Relatorio 1 Eletromag - Kelvin Dessanai

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Kelvin Dessanai Introdução ao Laboratório de Eletromagnetismo 1 Lâmpadas em série e paralelo Experimento 1 Palmas - To 2012 The image cannot be displayed. Your computer may not have enough memory to open the image, or the image may have been corrupted. Restart your computer, and then open the file again. If the red x still appears, you may have to delete the image and then insert it again.

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Relatório prático da disciplina de Eletromagnetismo 1. O tema era corrente e tensão em lâmpadas série e paralelo.

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Kelvin Dessanai

Introdução ao Laboratório de Eletromagnetismo 1 Lâmpadas em série e paralelo

Experimento 1

Palmas - To

2012

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Introdução

Um circuito elétrico é uma ligação de elementos elétricos, tais como resistores,

indutores, capacitores e etc., de modo que formem pelo menos um caminho fechado para a

corrente elétrica. Os elementos de circuito podem ou não obedecer a Lei de Ohm (ôhmicos ou

não ôhmicos), que afirma que ao se percorrer um resistor de resistência (R), a corrente elétrica (i)

é diretamente proporcional à tensão aplicada V. Em termos matemáticos:

𝑉   =  𝑅. 𝑖

 

Um resistor pode ser definido como sendo um dispositivo de circuito que possui duas

funções básicas, transformar energia elétrica em energia térmica (efeito joule) e/ou limitar a

quantidade de corrente elétrica em um circuito, ou seja, oferece resistência à passagem de

elétrons (resistência elétrica). Existem em praticamente todos os tipos de circuitos, desde

secadores de cabelo e aquecedores espaciais até circuitos que dividem ou limitam correntes e

voltagens. Circuitos geralmente contêm muitos resistores, de modo que é conveniente saber os

tipos de combinação de resistores. As ligações em série e paralelo fazem parte das combinações

mais usuais. Dizemos que existe uma ligação em série quando todos os elementos de circuito são

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ligados em sequência e há um único caminho de corrente entre os pontos, e uma ligação em

paralelo quando a diferença de potencial é a mesma em todos os terminais de qualquer um dos

elementos ligados em paralelo.

A montagem de um circuito requer o domínio de procedimentos básicos como o

cálculo de corrente em um ramo determinado ou a previsão da diferença de potencial em algum

elemento. Esses procedimentos são essenciais, principalmente na hora da simulação do circuito

visto assim é possível evitar em um processo empírico a queima de elementos do circuito e

garante um funcionamento com melhor aproveitamento da energia da fonte.

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Objetivos

• Montar os circuitos em série e paralelo

• Achar a resistência de cada lâmpada

• Medir a tensão e a corrente aplicada em cada lâmpada dentro do circuito

• Analisar os dados teóricos com os obtidos experimentalmente

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Materiais

• Fonte eletromotriz de corrente contínua (𝑓𝑒𝑚): 6 V

• Protoboard – Placa de circuitos didática

• 3 Lâmpadas 2− 2  𝑊  (𝑤𝑎𝑡𝑡)  

1− 3  𝑊  (𝑤𝑎𝑡𝑡)  

• Multímetro

• Fios de contato

• Calculadora Científica

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Métodos

Quando se manipula circuitos elétricos, algumas ferramentas são relevantes para questão

de análise das propriedades dos elementos de circuito, o amperímetro que se usa para medir a

corrente na teoria não deve possuir resistência para evitar qualquer queda de tensão, mas tal

estado é impossível de se obter na pratica assim os amperímetros possuem resistência muito

próxima à zero de forma a tornar desprezíveis os possíveis erros experimentais que poderiam ser

ocasionados. O voltímetro consistiria em um aparelho de resistência infinita, para evitar que

qualquer tensão passe por ele e comprometa e medição da tensão, na pratica esses aparelhos

possuem resistência muito elevada para minimizar erros de medição, e por ultimo o ohmímetro

que atua medindo a resistência. Através do uso do multímetro, aparelho usado para medir

grandezas elétricas que permite realizar medidas de tensão, corrente e resistência elétrica, os

testes puderam ser realizados com mais simplicidade e organização.

Primeiramente foi montado o circuito com configuração em paralelo, seguindo as

instruções presentes na folha modelo, o circuito foi montado na placa de ensaios (protoboard). O

polo positivo da fonte de tensão (6V) foi ligado em um dos lados do circuito e o negativo ao

outro lado, os fios de contato foram conectados de modo que fosse formado um circuito paralelo

como o da figura abaixo, podendo ser assim realizada a avaliação da corrente, da tensão e da

resistência de cada lâmpada.

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Para efetuar a medição das grandezas, o multímetro foi ajustado com a configuração

adequada para cada caso, foi necessário que a fonte de corrente continua permanecesse ligada

para a medição da corrente e da tensão, para a medição das resistências o circuito foi

desconectado da fonte e ligaram-se os fios do multímetro aos polos do circuito respectivos a cada

lâmpada. Como a resistência não depende da passagem de corrente ou influência da tensão para

existir, ela pode ser usada para ambas às configurações.

Da mesma maneira foi montado o segundo circuito com configuração em série, o polo

positivo da fonte de tensão (6V) foi ligado no lado superior esquerdo do circuito e os fios foram

inseridos na forma diagonal, conectando o lado superior de parte do circuito por onde chega a

corrente a lâmpada 1, saindo pelo lado inferior da mesma conectando com o lado superior da

lâmpada seguinte, repetindo o mesmo processo até a última lâmpada que foi conectada no polo

negativo da tensão, através disso pode ser realizada a avaliação de corrente, tensão e resistência

de cada lâmpada para essa determinada combinação.

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Resultados

Os resultados obtidos experimentalmente foram:

Lâmpadas Paralelo Série

R Voltagem Corrente Voltagem Corrente

A1 2𝑊 2,5 Ω 5,83 V 0,29 A 2,43 V 0,18 A

A2 2𝑊 2,5 Ω 5,81 V 0,30 A 2,52 V 0, 18 A

A3 3𝑊 1,5 Ω 5,79 V 0,46 A 1,58 V 0, 18 A

Os valores de tensão e corrente medidos com o multímetro para o circuito em paralelo

como um todo foram de aproximadamente 5,8 Volts e 1,05 Ampères respectivamente. Através

dos dados experimentais vê-se que a tensão diminuiu em relação à tensão que deveria ser

teoricamente aplicada pela fonte (6V), isso acontece devido à resistência do condutor por onde é

transportada a corrente, este apresenta resistência interna que na teoria é desconsiderada para

simplificar os cálculos. A tensão de 5,8 V é praticamente a mesma para todas as lâmpadas,

característica condizente com as propriedades teóricas da configuração em paralelo.

Para as lâmpadas com 2 Watts de potência e 2,5 Ohms de resistência a corrente em cada

uma difere na ordem de um centésimo, fato que pode ter sido ocasionado por erros nas medidas

ou fatores externos; a lâmpada 3 com maior potencia que as demais e de menor resistência,

permite que uma quantidade maior de corrente a atravesse, o que está de acordo com a lei de

ohm e também com a definição de potência, que é o trabalho realizado pela corrente elétrica em

um determinado intervalo de tempo, assim quanto mais corrente passa pelo resistor mais trabalho

é exercido por unidade de tempo, desse modo a potencia só poderia aumentar.

Para a configuração em série a corrente é a mesma para todas as lâmpadas, porque a

lâmpada possui uma resistência interna, portanto se comporta como um resistor e para uma

configuração de resistores em série, a corrente é sempre a mesma independente da resistência de

cada um, pois não se consome corrente. Já a voltagem diferenciou pouco em relação às duas

lâmpadas de mesma potência e mesma resistência, o que pode ter sido ocasionado por fatores

externos; a de maior potência e menor resistência sofreu uma relevante queda de tensão, a tensão

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é a “força” responsável pelo movimento dos elétrons, assim se existe menos oposição à

passagem de elétrons (resistência), menos “força” é necessária para fazer que se movam no

circuito.

Os valores respectivos obtidos na teoria são para cada circuito, seguindo a lei de ohm:

Como se pode ver através da tabela de resultados, os valores obtidos com a teoria

divergem bastante dos resultados obtidos pelo método experimental, uma das causas para essa

diferença nas medidas se deve a temperatura, que está relacionada ao conceito de resistividade

que é uma medida da oposição de um material ao fluxo de corrente elétrica. Quanto mais baixa

for a resistividade em um condutor metálico (fios de condução; base, haste e filamento da

lâmpada), mais facilmente o material permitirá a passagem de uma carga elétrica. A resistividade

aumenta com o aumento da temperatura através da seguinte relação:

𝜌 𝑇 = 𝜌![1+ 𝛼 𝑇 − 𝑇! ]

Onde 𝜌!é a resistividade para uma temperatura de referência T0 (geralmente considerada

como 0 ºC ou 20 ºC) e 𝜌 𝑇 é a resistividade para uma temperatura T, que pode ser maior ou

menor que T0, o fator 𝛼 denomina-se coeficiente de temperatura da resistividade. A resistência

de um fio ou de outro condutor com seção reta uniforme e diretamente proporcional ao

comprimento do fio e inversamente proporcional à área de sua seção reta. Ela também é

proporcional à resistência do material com o qual o condutor é feito, como a resistividade de um

material varia com a temperatura, a resistência de um condutor específico também varia; essa

variação é dada aproximadamente análoga à da resistividade:

Lâmpadas Paralelo Série

R Voltagem Corrente Voltagem Corrente

A1 2𝑊 2,5 Ω 6 V 2,4 A 2,3 V 0, 92A

A2 2𝑊 2,5 Ω 6 V 2,4 A 2,3 V 0, 92 A

A3 3𝑊 1,5 Ω 6 V 4,0 A 1,38 V 0, 92 A

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𝑅 𝑇 = 𝑅![1+ 𝛼 𝑇 − 𝑇! ]

Portanto para temperaturas próximas a temperatura ambiente, podemos considerar o

resistor como resistor ôhmico, pois 𝑇 ≅ 𝑇! e assim 𝑅 𝑇 = 𝑅! , mas para temperaturas que

diferem em larga escala dessa temperatura haverá uma diminuição da corrente, como se pode ver

ao comparar os resultados experimentais com os teóricos, com isso conclui-se que a temperatura

na hora da medição não era próxima a temperatura ambiente e para tal caso não se pode

considerar as lâmpadas resistores ôhmicos, porque não obedecem à equação 𝑉   =  𝑅. 𝑖.

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Conclusão

Verificou-se que assim como era previsto pela teoria, a lei de ohm perde sua validade em

determinadas condições e que a temperatura pode afetar a resistividade do material. Percebeu-se

também que a associação de paralelo de lâmpadas é mais eficiente que a em serie para efeitos de

iluminação, e também no circuito em paralelo conseguimos dissipar mais potencia que no em

serie.

• Caso fosse montar uma instalação com lâmpadas para iluminação usaria ligações em paralelo,

visto que se uma lâmpada ocasionalmente queimar, não virá a comprometer a estabilidade de

toda a instalação, e porque ligadas em paralelo, a lâmpada de maior potência apresentou maior

luminosidade, mas não comprometeu a luminosidade das demais, o que ocorreu na ligação em

série.

• Sim existem erros. Os erros estão na medida da corrente elétrica e da resistência. O erro na

resistência das lâmpadas se deve a desconsideração da resistividade do material, que se altera

com a mudança da temperatura do ambiente, e que também afeta a resistência do elemento de

circuito devido a ser diretamente proporcional a mesma. As lâmpadas obedecem a lei de ohm

somente para temperaturas próximas à temperatura ambiente (em torno de 20 ºC).

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Bibliografia

• HALLIDAY, D.; RESNICK, R. WALKER, J. Fundamentos de Física 3 – Tradução BIASI Ronaldo Sérgio de, - Rio de Janeiro: Livros técnicos e Científicos Editora, 7a Edição, 2007.

• SEARS & ZEMANSKY. Física 3 Eletromagnetismo – Young & Freedman , 12ª Edição. São Paulo: Addison Wesley, 2009.