Refrão orante: Cristo é nossa paz, Cristo é nossa paz,

14

Transcript of Refrão orante: Cristo é nossa paz, Cristo é nossa paz,

Refrão orante: Cristo é nossa paz, Cristo é nossa paz,

do que era dividido ele fez uma unidade! (CF 2021 – Leonardo Damasceno e Pe. Jean Poul Hansen)

PREPARAR O CORAÇÃO(Com poucas luzes acesas ou com velas)

Dirigente (D): Querida família, graça e paz! Estamos

começando nossa celebração de

hoje aqui, à porta do banheiro de nossa casa...

Desde quando banheiro é lugar de rezar? Porém,

nesta quarta-feira da Semana Santa, no meio exato

da Semana, escolhemos começar nossa celebração

no local mais íntimo da nossa casa, onde nos

renovamos a cada dia do cansaço diários para

recomeçar! É também um lugar de ficarmos a sós, de

repensarmos a vida, de chorarmos nossas dores.

Iniciemos, confiantes:

T: Em nome do Pai + e do Filho + e do Espírito Santo.

Amém!(Acendendo a vela que ilumina a imagem de Nossa

Senhora das Dores)

D: Celebramos hoje nossa Mãe das Dores: aquela

que colaborou para que o verbo se fizesse carne e

viesse morar entrenós... acompanhando seu sagrado

Filho em sua paixão, com certeza seu coração se enchia de lembranças e saudades...

Façamos dessa noite, uma celebração da saudade:

saudade de nossa vida como era antes do

coronavírus, saudade das celebrações da

comunidade , com a família e amigos – hoje

aglomerações que colocam a vida em risco,

saudades dos que se foram por causa do Covid,

saudades do que perdemos: emprego, saúde...

Saudades essas que, na fé, se transformam em

esperança. (a família pode partilhar outras saudades...)

Leitor (L) 1: Diz o Papa emérito Bento XVI em sua

carta sobre a esperança cristã: “é na esperança que

fomos salvos: diz São Paulo aos Romanos e a nós

também (Rm 8,24)... A redenção é-nos oferecida no

sentido que nos foi dada a esperança, uma

esperança fidedigna, graças à qual podemos

enfrentar o nosso tempo presente: o

presente, ainda que custoso, pode ser vivido e

aceite, se levar a uma meta e se pudermos estar

seguros desta meta, se esta meta for tão grande que

justifique a canseira do caminho”.

L 2: Estamos aqui na penumbra, recordando estes

tempos difíceis que estamos vivendo... Acendendo

nossas velas, iluminando a cruz de nosso Senhor e

abrindo a Palavra que é luz de esperança para nossa

vida mesmo em meio às maiores dores e sofrimentos,

digamos juntos.

Todos (T): É na esperança que fomos salvos (Rm 8,24)

L 3: Sim, aqL 3: Sim, aqui não é a igreja-templo, mas é

a casa do Senhor, é a nossa casa, a casa da nossa

família, o templo da nossa Igreja doméstica! Uma

comunidade eclesial missionária! Toda a nossa casa

é morada do Senhor, lugar de oração. E é esta

oração em família que tem mantido viva a nossa fé e

nossa esperança durante esta longa pandemia!

Definitivamente, nós somos o povo da esperança, a

esperança que é mãe da paz:

A sabedoria da paz(José Tolentino Mendonça)

Dá, Senhor, à nossa vida a sabedoria da

paz.

Que o nosso coração não naufrague

na lógica de tanta violência disseminada ao nosso

redor.

Que os sentimentos de dor ou de despeito não

sufoquem

a necessidade dos gestos de reconciliação,

a urgência de uma palavra amável que

rompa as paredes do silêncio,

o reencontro dos olhares que se desviam.

Dá-nos força de insinuar no inverno

gelado, em que por vezes vivemos,

o ramo verde, a inesperada flor,

a claridade que é esta irreprimível e

pascal vontade de recomeçar.

D: Neste sentido, é verdade que quem não

conhece Deus, mesmo podendo ter muitas

esperanças, no fundo está sem esperança, sem a

grande esperança que sustenta toda a vida (cf. Ef

2,12).

A verdadeira e grande esperança do homem, que

resiste apesar de todas as desilusões, só pode

ser Deus – o Deus que nos amou, e ama

ainda agora « até ao fim », « até à plena

consumação »

ACOLHER A PALAVRA

L 1: Maria é a mãe das Dores e a mãe da

Esperança. Com ela, que soube como ninguém

guardar a Palavra e viver a Palavra

de Deus, e ficar de pé junto a cruz de seu

Filho, cantemos, nos preparemos e escutemos a

Palavra:

♪ Canto:

Guarda a Palavra, guarda-a no coração.

Que ela entre em sua alma, e penetre os

sentimentos. Busca, noite e dia, a luz, o

amor de Deus. Se guardares a Palavra, ela

te guardará!

Texto bíblico: Mateus, 26, 14-25(Alguém proclama da Bíblia e todos fazem um

momento de silêncio ao final)

D: «Um dos Doze», um dos amigos íntimos

de Jesus foi entregá-lo aos que O pretendiam matar.

Foi por sua iniciativa, livremente. A partir desse

momento, continuando no grupo dos discípulos, que

partilhavam a vida e a missão do Mestre, ficou à

espera de «uma oportunidade: (v. 16) para O

entregar. É arrepiante! E nós, temos sido fiéis ao nosso

Batismo e, apesar de não nos ser possível estar à 8

frente na igreja estamos usando este tempo para

conhecer mais Jesus e descobrir meios de amá-lo nos

irmãos que sofrem?

L 2: A liberdade humana é capaz de tudo,

até de se transcender na iniquidade, obra

de Satanás (cf. Lc 22, 3 e Jo 13, 2). Mateus

dá-o a entender, quando cita Zacarias:

«Quanto me dareis, se eu vo-to entregar?» Eles

garantiram-lhe trinta moedas de prata» (v. 15; cf. Zc

11, 12). Mais significativo é o uso teológico do verbo

«entregar» .Trata-se de uma «entrega-traição»,

da parte dos homens, e uma «entregadom», da

parte do Pai, que entrega o Filho, e da parte do Filho

que se entrega a Si mesmo até à morte na cruz (Jo

19, 30). E nós, que tipo de entrega temos vivido: a

que Jesus nos propõe ou a que nosso orgulho impõe?

L 3: Jesus sente que a sua «hora» se aproxima. Por isso,

ordena que a celebração da Páscoa seja

devidamente preparada. Deseja ardentemente

comê-Ia com os discípulos pois, nela, o antigo

memorial dará lugar ao novo, deixando-nos o seu

Corpo e o seu Sangue como alimento e bebida. E

nós, pela obediência e cuidado com a vida, somos

capazes até mesmo de aceitar com resignação a

não participação na comunhão eucarística,

buscando a comunhão com a Palavra e com

aqueles que precisam de nós?

L 1: A entrega de Si mesmo acontece num

ambiente toldado pelo anúncio da entrega-traição.

Os discípulos mergulham num clima de insegurança

e de desconfiança. Fazem perguntas a Jesus,

chamando «Senhor» (Kyrios), enquanto Judas o

chama simplesmente «Mestre. (Rabi). Mas Jesus

é, de facto, Senhor. Por isso, conhece o traidor e

reconhece que nele se cumprem as Escrituras. A

insegurança dos discípulos representa a nossa própria

insegurança perante a possibilidade de também

nós virmos a atraiçoar e a negar Jesus.

E nós, durante esta pandemia e suas restrições, que

tipo de segurança buscamos?

L 2: A Páscoa estava desde sempre preparada em

Deus. Mas, quando o Filho do homem veio realizá-Ia

no meio de nós, abriu-se para todo o homem um

horizonte novo de ilimitada liberdade, a liberdade de

amar dando a própria vida, para se reencontrar em

plenitude no seio amante da Trindade. E nós, como

estamos sendo capazes de viver nossa liberdade de

filhos de Deus?

Somos capazes de aprender de nossa Mãe dolorosa

a graça do silêncio fecundo?

Fazemo-nos capazes de oferecer o sacrifício do

confinamento social, com paciência, pelo bem da

vida de todas as pessoas?

Estamos sabendo valorizar nossa vida em família?

D: Conversemos um pouquinho sobre

essas questões. (Depois de uma boa prosa, continuam)

VIVER A PALAVRA

D: A esperança é alimentada pelo cuidado

consigo mesmo e com o outro. Quem cultiva a

esperança sabe que apenas cuidando uns dos

outros que semearemos um

amanhã melhor.

L 3: Em tempos de pandemia, de muita canseira no

caminho, nos quais muito pouco podemos fazer: só

nos é pedido o confinamento em nossas casas e um

gesto muito simples que pode salvar nossas vidas e

dos irmãos: que lavemos muito bem as nossas mãos!

O gesto que agora faremos carrega em si um

significado mais profundo. Quer ser sinal de

esperança, de cuidado e de compromisso com os

irmãos. Vamos agora, um a um, nos aproximar da

pia, no banheiro, e lavar cuidadosamente as nossas

mãos, como nos tem sido orientado. Façamos este

gesto em oração, pedindo à Mãe da Esperança que

nos ensine a valorizar os pequenos gestos e a Deus-

Pai que nos dê a graça de viver a unidade, ainda

que na diversidade e no isolamento social.

Cantemos:

(Enquanto se canta, cada um se aproxima da pia no

banheiro e lava cuidadosamente as mãos, podendo

depois,usar o álcool em gel; após lavar as mãos,

retorna para o lugar da oração)

Refrão:

Cristo é nossa paz, Cristo é nossa paz, do

que era dividido ele fez uma unidade! (CF 2021 – Leonardo Damasceno e Pe. Jean Poul Hansen)

RESPONDER À PALAVRA

EM ORAÇÃO

D: Peçamos ao Senhor, pela intercessão de

Nossa Senhora, que nos guarde e nos sustente na

esperança; que tenhamos uma fé

forte, alegre e misericordiosa; que nos

ajude a ser santos, a encontrarmo-nos

com Maria, um dia, no Paraíso.

L 1: Para que aprendamos de Maria a manter a

esperança, ela que, mesmo após a

morte de Jesus continuou sendo discípula fiel,

rezemos aos Senhor:

T: Pela Soledade de Maria, atendei-nos,

Senhor!

L 2: Para que, a exemplo de Maria, tenhamos certo

em nosso coração que a vida

do discípulo de Jesus não é feita só de

dores, mas é fonte de esperança, rezemos

ao Senhor:

L 1: Para que a certeza da ressurreição que

inundava a fé e a vida de Maria, nos faça

também viver na certeza de que Jesus

nunca decepciona, pois sempre devolve a

alegria, a esperança, o amor àqueles que,

porventura, os venham a perder, rezemos

ao Senhor:

L 2: Para que sempre encontremos em

Maria, a Mãe não só de Jesus, mas de

todos nós, por vontade de seu próprio

Filho, e recorramos a ela como Consoladora dos

discípulos e discípulas de Jesus, rezemos ao Senhor:

L 1: Assim como Maria, mãe daquele que é a

nossa paz que do que estava dividido fez

uma unidade, saibamos buscar e respeitar o diálogo

como fonte de fraternidade ecumênica e entre nós,

rezemos aos Senhor:

T: Pai Nosso...

D: Mais uma vez, nos confiemos a nossa

Mãe, que sabe direitinho o que cada um

de nós precisa para fazer a vontade de

Deus em nossa vida:

T: Assim como vós permaneceis no meio dos

discípulos como a sua Mãe, como Mãe da

esperança, Santa Maria, Mãe de Deus, Mãe nossa,

ensinai-nos a crer, esperar e amar convosco.

Indicai-nos o caminho para o seu reino!

Estrela do mar, brilhai sobre nós e guiai-nos no nosso

caminho!

D: Ó Maria, nossa Senhora das Dores e da

Esperança

T: Rogai por nós, que recorremos a vós!

D: Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!

T: Para sempre seja louvado!

D: Em nome do Pai + e do Filho + e do Espírito Santo.

T: Amém

Créditos e agradecimentos