Reflexoes Sobre a CReflexoes sobre a crise atual.rise Atual

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13 de setembro de 2011 Reflexões sobre a crise atual Manuel Cardoso de Mello e Luiz Gonzaga de Mello Bell isciplina: Economia Brasileira rofessor: Cláudio Gontijo luno: Felipe Renê Gurgel Brêtas

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Reflexoes sobre a crise atual.

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13 de setembro de 2011

Reflexões sobre a crise atualJoão Manuel Cardoso de Mello e Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo

Disciplina: Economia BrasileiraProfessor: Cláudio GontijoAluno: Felipe Renê Gurgel Brêtas

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Reflexões sobre a crise atual

◦ Economia brasileira em fase crítica desde meados de 1974

◦ Não é a visão de muitos economistas

◦ Para estes não houve queda no nível de emprego e renda

◦ Sintoma da crise: declínio acentuado da taxa de acumulação

◦ Não ocorreu uma queda no nível geral de preços, mas sim uma aceleração na taxa de inflação

◦ Em uma economia monopólica, as grandes empresas tem o poder de controlar suas margens de lucro, aumentando-as em casos de queda na demanda e assim impulsionando a inflação

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Reflexões sobre a crise atual

◦ Comportamento erradico: STOP AND GO

◦ Oscilando entre uma aceleração da inflação ou queda nos níveis de emprego e renda

◦ Freqüentemente deparamos com explicações que tentam atribuir a crise a um caráter induzido.

◦ Questão do aumento dos preços do petróleo

◦ Crescimento nos últimos anos estava voltado para o mercado externo, enquanto o mercado interno ficou a margem

◦ Erro teórico: contraposição entre o crescimento interno e o externo

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Reflexões sobre a crise atual

◦ Capitalismo monopolista de Estado no Brasil

◦ Início no período Juscelino, apesar se já se verificar monopólios no Brasil desde o início do século

◦ Importância crucial do setor produtivo estatal

◦ Profundidade do processo de internacionalização do sistema produtivo

◦ Extensão do controle do Estado sobre o processo de acumulação

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Reflexões sobre a crise atual

◦ O ciclo de expansão do período JK desembocou em uma crise de superacumulação com altas pressões inflacionárias.

◦ Visando solucionar os problemas econômicos é estabelecido o PAEG

◦ Diagnóstico da inflação: excesso de demanda e demagógicos aumentos salariais

◦ Corte nos gastos públicos, aumento da carga tributária, contenção de crédito e arrocho salarial

◦ Regulamentação do setor financeiro, visando resolver o problema no longo prazo: instrumentos de mobilização e especialização de crédito por instituições

◦ De 1964 a 1967 a economia cresceu com base no STOP AND GO

◦ Arrocho salarial: por um lado evitou uma queda generalizada de pequenas e médias empresa e por outro prejudicou a industria de bens-salários.

AS RAÍZES DO MILAGRE

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Reflexões sobre a crise atual

◦ Durante o plano de metas o Brasil cresceu com base em uma nova estrutura industrial, porém de 1968-74, o crescimento foi proporcionado pela base já existente.

◦ Na fase 56/62 o crescimento foi compatível com o crescimento dos salários, já em 68-74 baseou-se na contenção de salários.

◦ No período JK havia baixa capacidade de importação, o que foi contornado por investimentos diretos, então a dívida externa cresceu em taxas modestas

◦ De 67 a 73 a capacidade de importar cresceu muito devido pelo crescimento sem precedentes no pós-guerra e sistema de crédito internacional

◦ Agricultura cresceu muito impulsionada pela demanda externa

◦ Gastos públicos no período JK: em infra-estrutura e no período analisado em gastos improdutivos

CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DA EXPANSÃO

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Reflexões sobre a crise atual

◦ Crescimento no período 68/74 apoiado pelo setor de bens de consumo duráveis

◦ Crescimento do setor de bens duráveis se deu por duas condições: existência de capacidade ociosa e margem de endividamento das famílias.

◦ Isso significa que a recuperação da indústria de bens de produção se deu depois da de bens duráveis. Promovendo assim uma defasagem na taxa de acumulação

◦ A industria de bens duráveis não é capaz de gerar um crescimento contínuo por si mesma, diferentemente da industria de bens de produção.

◦ O fôlego do crescimento acelerado de bens duráveis é curto, principalmente em um país cuja pirâmide salarial não pode ter acesso aos bens por ela consumidos.

A DINÂMICA DA ACUMULAÇÃO

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Reflexões sobre a crise atual

◦ Por sua vez, o crescimento de uma indústria de bens de produção necessita de altos financiamentos.

◦ Neste ponto o investimento governamental assumiu importante função, através de financiamentos externos

◦ Como pode sr percebido a expansão brasileira estava tomada por contradições que inevitavelmente levariam à crise.

A DINÂMICA DA ACUMULAÇÃO

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Reflexões sobre a crise atual

◦ Os níveis de investimento nos anos 72/73 atingiram níveis muito altos, cerca de 27%

◦ Isso acabou por provocar elevação dos salários nominais. A especulação desenfreada por matérias primas indicavam que o ritmo de atividade tinha chegado a um ápice.

◦ O auge do ciclo pode ser explicado pela combinação da aceleração vertiginosa do crescimento da indústria de bens de produção e pela politica econômica, que conseguiram manter a demanda em patamares elevados , ainda que em taxas declinantes.

◦ A recessão então é patente em 1975, quando o investimento privado sofre corte substancial.

A CRISE

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Reflexões sobre a crise atual

◦ A crise se desencadeia então pela descompatibilidade entre as taxas de acumulação e da de crescimento da demanda efetiva de bens duráveis de consumo.

◦ Estagflação

◦ Combate a inflação se resumiu a políticas monetárias.

◦ Um corte nos gastos públicos levaria o país a uma recessão ainda maior

◦ As medidas quanto ao BP foram tímidas, como realmente deveriam ser, uma vez que cortes nas importações levariam a uma súbita desaceleração do investimento

◦ A maior razão do fracasso foi pela incapacidade de se ajustar e conciliar os interesses da grande empresa estatal, grande empresa nacional e das multinacionais.

A CRISE