Raimundo Muniz de Oliveira Corr - monografias.ufrn.br · RESUMO As bibliotecas de teses e...
Transcript of Raimundo Muniz de Oliveira Corr - monografias.ufrn.br · RESUMO As bibliotecas de teses e...
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA
CURSO DE BIBLIOTECONOMIA
PANORAMA BRASILEIRO DAS BIBLIOTECAS DIGITAIS DE
TESES E DISSERTAÇÕES
Orientando: Raimundo Muniz de Oliveira Orientadora: Profa Ms Andréa V. Carvalho de Aguiar
Natal-RN 2003
Raimundo Muniz de Oliveira
PANORAMA BRASILEIRO DAS BIBLIOTECAS DIGITAIS DE
TESES E DISSERTAÇÕES
Monografia apresentada à disciplina Monografia, ministrada pela professora Maria do Socorro de Azevedo Borba e orientada pela professora Andréa Vasconcelos Carvalho de Aguiar para fins de avaliação da disciplina e como requisito parcial para conclusão do curso de Biblioteconomia do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Natal-RN 2003
Catalogação da Publicação na fonte UFRN. Biblioteca Central Zila Mamede
048p Oliveira, Raimundo Muniz Panorama brasileiro das bibliotecas digitais de tese e
dissertações/ Raimundo Muniz de Oliveira ; Andréa Aguiar (Orientadora). — Natal: UFRN, 2003. ....p.
Orientadora: Andréa Vasconcelos Carvalho de Aguiar Monografia (Graduação em Biblioteconomia) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2003. Bibliografia
1. Biblioteca digital - Monografia. 2. Sociedade da informação- Monografia. 3.Base de dados - Monografia. 4. Teses on-line I. Vasconcelos Andréa Aguiar. II. Título.
RN/UF/BCZM
CDU 025
RAIMUNDO MUNIZ DE OLIVEIRA
PANORAMA BRASILEIRO DAS BIBLIOTECAS DIGITAIS DE TESE E DISSERTAÇÕES
MONOGRAFIA APROVADA EM______ / __ /2003
BANCA EXAMINADORA
ORIENTADORA: PROFa ANDREA AGUIAR
PROFa DA DISCIPLINA: MARIA DO SOCORRO DE AZEVEDO BORBA
MEMBRO DA BANCA: PROFa
Dedico esta monografia:
a Deus por está sempre ao meu lado,
meus pais por sempre acreditarem em mim, in memória de meu querido irmão Everaldo Muniz de Oliveira,
minha esposa por ter me incentivado bastante, meus três queridos filhos que são a razão do meu viver,
e aos meus valiosos professores e colegas que contribuíram para esse êxito
Agradeço:
A Deus, meus pais, minha esposa, meus filhos, irmãos, professores e amigos.
Meus pais:
Armindo de Oliveira Bomfim e Munizia Muniz Bomfim
"Razão da minha existência"
Minha esposa:
Adna Cristiane Menezes Alcântara de Oliveira
"Por me incentivar e apoiar sempre. Sem ela não sei o que eu seria"
Meus filhos: Rayne Menezes de Oliveira
Dayan Muniz Menezes de Oliveira Ramone Menezes de Oliveira
"Razão do meu viver"
A todos os professores do Departamento de Biblioteconomia:
"Por todos os ensinamentos"
A informação é início/meio/fim. Ela está sempre em mutação. É uma força física (ação), provocando reação (conhecimento).
Raimundo Muniz
OLIVEIRA, Raimundo Muniz de. Panorama brasileiro das bibliotecas digitais de teses e dissertações.2003. 63f. Monografia (Graduação em Biblioteconomia) -Curso do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte).
RESUMO
As bibliotecas de teses e dissertações têm um papel fundamental para o desenvolvimento científico e cultural de um país. Nesse sentido, buscou-se, de modo geral, analisar o panorama brasileiro das bibliotecas digitais de teses e dissertações. Especificamente, objetivou-se caracterizar a sociedade da informação enquanto contexto das BDTD; caracterizar os vários tipos de bibliotecas surgidos a partir da inserção das novas tecnologias de informação e comunicação; identificar as diretrizes norteadoras da implantação de BDTD; e levantar as BDTD existentes no Brasil. Para tato, além de levantamento bibliográfico, realizou-se uma pesquisa nos sites de instituições de ensino superior brasileiras que já dispõe de bibliotecas digitais de teses e dissertações em funcionamento. A análise e interpretação destes dados nos permite considerar que no Brasil as BDTD encontram-se num estágio embrionário, sendo relevante pesquisar a histórica implantação e configuração desse novo modelo de biblioteca.
Palavras-chaves: Bibliotecas digitais de teses e dissertações, teses on line, bibliotecas e novas tecnologias de informação e comunicação.
] LISTA DE TABELAS
TABELA 1 -ÁREAS MAIS VISITADAS NA BDTLD DA USP 56
TABELA 2 - UNIDADES MAIS VISITADAS NA BDTD DA USP 56
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 - CARACTERÍSTICAS EVOLUTIVAS DAS SOCIEDADES ........................ 22
QUADRO 2 - ESTATÍSTICA DA BDTD DO PPGEP DA UFSC .....................................49
LISTA DE SIGLAS
BCZM - Biblioteca Central Zila Mamede
BDP - Biblioteca Digital da Puc-Minas
BDTD - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações
CBTD - Consórcio Brasileiro de Teses e Dissertações
CGB - Coordenadoria Geral de Bibliotecas
DTD - Data Type Definition
HTML - Hypertext Markup Language
IBICT - Instituto Brasileiro em Ciência e Tecnologia
IES - Instituições de Ensino Superior
LC - Library of Congress
MARC - Machine Readable Cataloguing
MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia
NDLTD - Networked Digital Library of Theses and Dissertation
NTIC - Novas Tecnologias da Informação e Comunicação
UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
PUC-Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
PUC-RS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
PPGEP - Programa de Engenharia de Produção
SIBI - Sistema Integrado de Bibliotecas
TDE - Teses e Dissertações Eletrônica
UCB - Universidade Católica de Brasília
UEL - Universidade Estadual de Londrina
UFF - Universidade Federal Fluminense
UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
UFRGS - Universidade Federal dói Rio Grande do Sul
UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte
UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina
UNB - Universidade de Brasília
UNESP - Universidade do Estado de São Paulo
UNICAMP - Universidade de Campinas
UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco
USP - Universidade de São Paulo
WWW - World Wide Web
XML - Extensible Markup Language
SUMARIO
1 INTRODUÇÃO
2 SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
2.1 CARACTERÍSTICA
2.2 ORIGENS, CAUSAS E EVOLUÇÃO
3 BIBLIOTECAS E NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
3.1 INTRODUÇÃO
3.2 EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS
3.2.1 Biblioteca tradicional
3.2.2 Biblioteca moderna ou automatizada
3.2.3 Biblioteca eletrônica
3.2.4 Biblioteca digital
3.2.5 Biblioteca virtual
4.2.2 Biblioteca de realidade virtual
4 BIBLIOTECA DIGITAIS DE TESES E DISSERTAÇÕES
5.1 CONCEITO
5.2 CARACTERÍSTICA
5.3 IMPORTÂNCIA
5 PANORAMA ATUAL BRASILEIRO DAS BIBLIOTECAS DIGITAIS DE TESES E DISSERTAÇÕES
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANEXO
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 2 - ESTATÍSTICA DA BDTD DA UFRGS ........................................................ 52
FIGURA 3 - ESTATÍSTICA DA BDTD DA UNICAMP..................................................... 54
14
1 INTRODUÇÃO
A introdução de sistemas de computadores na década de 50 foi,
provavelmente, o maior avanço do século XX. Sua introdução nos mais variados
campos de atuação humana acarretou grandes transformações. Essa tecnologia
trouxe grandes contribuições para as bibliotecas, padronizando seus produtos e
serviços facilitando a vida do usuário no momento da recuperação da informação
através dos catálogos on-line, das bases de dados, da comutação bibliográfica e da
automação dos serviços técnicos. Neste sentido, na emergente sociedade da
informação "a informática tem exercido uma influência fundamental no
funcionamento das bibliotecas e serviços de informação" (ROWLEY, 1994, p. 3).
Os sistemas informatizados ajudam no processamento de um volume maior de
trabalho com um quadro de pessoal constante ou reduzido. [...] Os registros
armazenados em computador podem ser mais exatos e mais acessíveis do que
seus equivalentes manuais. O fluxo de trabalho será mais rápido e sistemático.
[...] Uma das principais vantagens oferecidas pela informatização é a de permitir
o compartilhamento ou a aquisição de registros produzidos em outro lugar
(ROWLEY, 1994, P.4)
Atualmente, com esse desenvolvimento tecnológico e o alcance global
da comunicação via Internet, é necessário haver fontes de informação dos mais
variados tipos de diversas áreas de conhecimento disponíveis a um grande público.
A biblioteca, historicamente responsável por selecionar, armazenar, tratar,
organizar, recuperar e disseminar informações, tem que acompanhar essa evolução,
15
pois a sociedade exige cada vez mais infra-estruturas compatíveis com a demanda
crescente de informações.
Assim, as bibliotecas antigas, medievais, modernas e contemporâneas,
têm e continuarão a ter a mesma missão, porém, em face das novas ferramentas
disponíveis e de um novo contexto sócio-econômico e cultural, as bibliotecas
ampliam suas possibilidades de ação e também se incluem como um ponto de
acesso na "teia eletrônica", a Internet.
Com isso, emergem as bibliotecas digitais que são nossas
contemporâneas e constituem mais um meio de disseminar informações. Segundo
Corradi et ai (2003),
Um meio de fornecer e organizar essas fontes de informações é através de
bibliotecas digitais, que oferecem uma grande oportunidade de prover um grande
volume de informações para muitas pessoas, de várias maneiras e em vários
lugares. Uma biblioteca digital pode atingir milhões de pessoas, trazendo os
benefícios de recursos de aprendizado e acesso à informação compartilhada.
Neste sentido, as bibliotecas digitais foram escolhidas como tema de
uma reflexão mais elaborada. Os motivos que justificam esta escolha são vários. Por
um lado, o trabalho na Biblioteca Central Zila Mamede da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte (BCZM/UFRN) em ambientes nos quais se utilizam como
principais ferramentas a Internet, bases de dados e periódicos eletrônicos,
despertou-nos o interesse. Por outro lado, a possibilidade de armazenar informações
e disponibilizá-las aos usuários, a qualquer hora dia e em qualquer lugar, parece-nos
extremamente importante face às demandas dos dias atuais.
16
Com a disseminação das novas tecnologias de informação e
comunicação (NTIC) e o uso destas para a publicação eletrônica de textos
completos, diversas instituições viabilizaram ações para a disponibilização destes
recursos na rede mundial de computadores.
Em 2001, o Instituto Brasileiro em Ciência e Tecnologia (IBICT) formou
um grupo de estudo para analisar questões tecnológicas e de conteúdo relacionadas
com a publicação de teses e dissertações na Internet. O objetivo era integrar os
sistemas de informação de teses e dissertações existentes nas Instituições de
Ensino Superior (IES) brasileiras permitindo o acesso à produção científica e
tecnológica com vistas ao desenvolvimento sócio-econômico do país, assim como
tornando públicas as manifestações artísticas e culturais da sociedade brasileira.
A Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD), portanto, integrará em
uma só base de metadados não só dados que remetem ao texto completo de
teses e dissertações como também dados bibliográficos para aquelas teses e
dissertações que não tenham sido publicadas em meio eletrônico. [...] A BDTD
constitui-se na única fonte de informação integrada sobre teses e dissertações
no Brasil. (REUNIÃO, 2002).
Em parceria com o IBICT, IES como a Universidade Federal
Fluminense (UFF), Universidade Católica de Brasília (UCB), Universidade de
Brasília (UNB), Universidade Federal do Ceará (UFC), a Universidade do Estado de
São Paulo (UNESP), a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-
Rio), a Pontifícia Universidade Católica de Minas (PUC-Minas), a Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade Federal de São Carlos
(UFSC), a Universidade de Campinas (UNICAMP), a Universidade Católica de
Pernambuco (UNICAP) e a
17
Universidade de São Paulo (USP) estão desenvolvendo projetos para a criação da
BDTD brasileira. O objetivo é integrar em um único portal toda produção académica
para suprir a comunidade interna e externa de instrumentos capazes de criar e
disseminar os conhecimentos adquiridos, contribuindo para o desenvolvimento sócio-
cultural e técnico-científico do país.
Diante desse novo paradigma, instituições responsáveis pela gestão da
informação se encontram exatamente no momento de refletir sobre os conceitos que
esses produtos já disponíveis atualmente e os que virão, estarão estabelecendo no
novo contexto. Portanto, não podemos resistir a este processo que nos parece
irreversível.
Neste sentido objetivamos, de modo geral, analisar o panorama brasileiro
das bibliotecas digitais de teses e dissertações. De modo específico, os objetivos são:
caracterizar a sociedade da informação enquanto contexto das BDTD; caracterizar os
vários tipos de bibliotecas surgidos a partir da inserção das NTIC; identificar as
diretrizes norteadoras da implantação de BDTD; e levantar as BDTD existentes no
Brasil.
Para tanto, realizamos uma pesquisa bibliográfica sobre o tema em tela,
bem como coletamos dados referentes a cada uma das BDTD em seus respectivos
websites.
Em termos de estrutura esta monografia apresenta a seguinte disposição:
após a introdução, segue o capítulo que contextualiza o momento atual, demarcando
origens e características da sociedade da informação. No capítulo seguinte, é
apresentada a evolução das bibliotecas a partir do processo contínuo de absorção de
novas tecnologias de comunicação e informação (NTIC). O quarto capítulo é centrado
18
na apresentação das bibliotecas digitais de teses e dissertações, destacando os
elementos necessários para sua implantação. Em seguida, é exposto o panorama atual
das bibliotecas digitais de teses e dissertações brasileiras, para tanto são analisadas as
experiências individuais. Finalizando, são feitas as considerações finais sobre o tema
em lide.
19
2 SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
A comunicação é uma necessidade vital das sociedades, responsável
desde o princípio dos agrupamentos humanos pelo desenvolvimento e organização da
espécie. O homem sempre buscou estabelecer contato, sempre buscou se comunicar.
Mesmo aqueles que viviam isolados devido às distâncias que os separavam de outros
agrupamentos, deixaram suas mensagens nos mais variados suportes (argila, folhas de
plantas, paredes das cavernas), visando um contato com o seu semelhante, sem
consciência do valor que tais mensagens representariam no futuro, deixando nessas
práticas, valiosos vestígios antropológicos. Graças a essas informações que nos foram
deixadas é que sabemos como nossos antepassados viveram. Da era pré-histórica até
a atualidade, as sociedades passaram por várias transformações, até chegar nessa
nova era da transformação tecnológica, onde os hardwares e softwares efetivam a
revolução nas Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC).
A Sociedade da Informação é uma nova era que impulsiona os
profissionais bibliotecários a se adequarem à infra-estruturas compatíveis com a
demanda. A informação "flui a velocidade e em quantidade há apenas poucos anos
inimagináveis assumindo valores sociais e econômicos fundamentais" (TAKAHASHI,
2000, p.3). Essa evolução proporcionada pela associação da informática com as
telecomunicações através da Internet "forma uma verdadeira 'superestrada' de
informações e serviços frequentemente chamada de 'infovias' ou 'supervia'
(TAKAHASHI, 2000, p. 3).
20
A sociedade produz a informação, efetiva seu tratamento, produz sua
disseminação e seu comportamento, na sociedade contemporânea, é
determinado por ela. A tecnologia, por sua vez, é decorrência 'natural' da
necessidade imperiosa da sociedade de veicular a informação com mais
velocidade, dinamismo e precisão possíveis, garantindo sua inserção no
mundo globalizado. Em suma, não há informação sem sociedade, da mesma
forma que nenhuma sociedade sobrevive sem informação e nem existe
tecnologia sem informação e/ou sociedade. (MARANHÃO, 2002, p. 263)
Atualmente, um dos fenômenos que mais contribui para o
desenvolvimento da sociedade e mais particularmente da comunicação e
informação, é a Internet. A teia mundial de computadores atingiu todos os setores da
sociedade, revolucionando o mundo, abrindo fronteiras e proporcionando ganhos de
conhecimentos e consequentemente ganhos econômicos e sociais.
Nos dias atuais, a informação digital domina o cotidiano das pessoas.
Os avanços tecnológicos nessa área revolucionam o processo de acesso à
informação. Essa transformação do cotidiano representa a evolução da "Sociedade
Pós-industrial" para a "Sociedade da Informação".
Um novo sistema de comunicação que fala, cada vez mais, a língua universal
digital tanto está promovendo a integração global da produção e distribuição de
palavras, sons e imagem de nossa cultura como os personalizando ao gosto da
identidade e humores dos indivíduos. As redes de computadores estão
crescendo exponencialmente, criando novas formas e canais de comunicação,
moldando a vida e, ao mesmo tempo, sendo moldadas por ela (CASTELLS,
2000, p. 22).
21
2.1 ORIGENS
Conforme Moore (1999) a Sociedade da Informação é originada e
fundamentada em dois tipos de desenvolvimentos interdependentes: o
desenvolvimento econômico a longo prazo e a mudança tecnológica. No princípio, o
setor primário era o responsável pelo desenvolvimento. Em seguida, com o advento
das indústrias manufatureiras, o desenvolvimento foi impulsionado pelo setor
secundário. Atualmente, ele é fortalecido pela expansão do setor terciário, ou de
serviços, que avança cada vez mais em direção ao uso da informação em seus mais
diversos segmentos. Neste sentido, Diniz ( 2000, p. 30) afirma
Assim, da mesma forma que a sociedade feudal é substituída pela sociedade industrial,
com a ênfase econômica deslocando-se da terra para a indústria, a sociedade industrial
é substituída, gradativamente, pela sociedade da informação, o que conduz Daniel Bell
a lembrar que a sociedade da informação se dá no contexto do pós-industrialismo.
Castro e Ribeiro (1997) demarcam as características das sociedades,
desde a primitiva até a atual sociedade da informação. Com isso, podemos notar uma
evolução significativa no que diz respeito ao desenvolvimento intelectual e tecnológico
da humanidade, pois a cada fase fatores determinantes para a sobrevivência foram
sendo substituídos de acordo com as necessidades.
23
Como podemos observar no Quadro 1, essas transformações levaram o
homem rumo ao conhecimento e, consequentemente, ao desenvolvimento, onde seus
costumes foram transformados por tecnologias que facilitaram o seu modo de vida.
Essa nova era, onde um novo paradigma emerge, faz surgir barreiras
linguísticas e tecnológicas para uma significante parcela da sociedade, dificultando o
acesso às NTIC e, consequentemente, às oportunidades por elas geradas. Com o
surgimento de tantas inovações, vivemos o paradoxo da elitização dessa tecnologia no
sentido de excluir uma considerável parcela da sociedade, marginalizando-a.
Assim, são necessárias implementações de projetos do governo, visando
promover a universalização do acesso aos meios eletrônicos de comunicação e
informação, evitando que aconteça a exclusão. Neste sentido, o Ministério da Ciência e
Tecnologia (MCT) já deu o pontapé inicial, colocando à disposição da sociedade para
reflexão e análise o "Livro Verde" que contém as metas de implementação do Programa
da Sociedade da Informação no Brasil.
No decorrer dessas evoluções, assistimos a introdução das NTIC no
gerenciamento de grandes bases de dados, públicas e privadas, em princípio as bases
referenciais e, finalmente, a explosão exponencial das bases em texto completo. No
caso das bibliotecas, a tendência é dispor seus serviços de forma digital. Assim, amplia
a disponibilização dos seus acervos, economizando tempo, superando distâncias e
redimensionando o espaço físico; otimizando, enfim, a pesquisa e o desenvolvimento
científico.
24
2.2 CARACTERÍSTICAS
A sociedade sempre esteve em mutação. Hoje está sendo moldada em
meios turbulentos, pois há, ao mesmo tempo e em constante interação, diferentes
condições socioeconômicas, culturais e tecnológicas. De acordo com Moore (1999, p.
94), as sociedades da informação têm três características principais:
a) Utilização da informação como um recurso econômico: as
empresas recorrem cada vez mais à informação para aumentar sua eficácia,
sua competitividade, estimular a inovação e obter melhores resultados,
ampliando a qualidade dos bens e serviços que produzem.
b) Crescente uso da informação pelo público em geral: as pessoas
consomem intensamente informação em suas atividades: como critério para
escolher entre diferentes produtos, conhecer seus direitos, acessar os serviços
públicos, realizar suas atividades profissionais ou controlar suas próprias vidas.
c) Desenvolvimento de informação na economia: tem como função
satisfazer a demanda geral de meios e serviços de informação. Uma parte
importante deste setor refere-se à infra-estrutura tecnológica, a saber: rede de
telecomunicações e computadores.
Nos dias atuais, a informação digital domina o cotidiano das pessoas. Os
avanços tecnológicos nessa área revolucionam o processo de acesso à informação e
transformam o cotidiano das pessoas. Contudo, esta transformação se dá de modo
25
desigual e turbulento, ampliando, em alguns casos, as contradições sociais
existentes. Neste contexto, emerge a Sociedade da Informação.
Regiões, segmentos sociais, setores econômicos, organização e indivíduos
são afetados diferentemente pelo novo paradigma, em função das condições
de acesso à informação, da base de conhecimento e, sobretudo, da
capacidade de aprender e inovar (TAKAHASHI, 2000, p. 5).
Esse desenvolvimento veio proporcionar facilidade e velocidade no
acesso às informações. Porém, faz-se necessário a implementação de políticas de
incentivos que garantam o acesso de todos os cidadãos à informação, fortalecendo
as garantias de segurança, privacidade e liberdade de expressão.
É no contexto da Sociedade da Informação que as principais instituições
públicas e privadas mais se desenvolvem. Governos, mercado de capitais, indústrias
e unidades de informação são exemplos de organizações interdependentes que se
desenvolvem utilizando as tecnologias dessa nova sociedade que emerge.
26
3 A BIBLIOTECA E AS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO
O homem, impulsionado pelo seu desejo de expressar seus sentimentos
e melhorar seu ambiente, sempre buscou melhorar sua qualidade de vida. Com essa
preocupação e a certeza da morte, o homem sempre esteve em busca de conhecer
o desconhecido.
Os homens primitivos representavam seus atos e culturas nas paredes
das cavernas, utilizando a rocha como um instrumento da escrita. Tais registros
podem ser considerados como o primeiro livro e a primeira tela de pintura utilizada
pela humanidade. Esse era o meio de comunicação dos nossos antepassados.
Assim, teve início a linguagem escrita, revolucionando os meios de comunicação,
abrindo um caminho direto entre a mente e o mundo exterior.
Desde então, o homem demonstra capacidade de abstração, diferenciando-se
dos demais animais, além de buscar meios que propiciem sua sobrevivência.
Como homo erectus, descobre o fogo. Como homo habilis, utiliza as mãos
para talhar e moldar pedras. Prossegue, pois, descobrindo as coisas e se
descobrindo como agente transformador. Seguindo este raciocínio, os primeiros
registros do homem são as gravuras nas paredes das cavernas. A
comunicação evolui, baseada na linguagem oral (grunhidos e sons), desenhos,
fumaças e entalhes sobre matéria dura. Após a escrita, surgem vários suportes
além da pedra, tais como: mármore, argila, metais, madeira, folhas de
palmeiras e oliveiras, panos, seda, papiro, pergaminho e o papel, que
predomina até hoje (DINIZ, 2000, p. 52).
27
A criação da imprensa por Gutenberg veio ampliar as possibilidades de
comunicação humana. Na Revolução Industrial, surge o paradigma tecnológico,
transformando a imprensa em indústria, proporcionando a produção em massa do livro
impresso, disseminando a informação de forma nova, proporcionando ganhos de
conhecimento e aperfeiçoando o processo tecnológico da informação.
Na sociedade contemporânea, as NTIC desempenham um papel
fundamental no processo de comunicação humana. Diante da explosão informacional,
tais recursos tecnológicos oferecem novas possibilidades de armazenamento,
processamento, recuperação e disseminação da informação. Elas se inserem e tornam-
se relevantes para os vários setores da sociedade, constituindo-se em ferramentas
indispensáveis.
No entanto, as mudanças estão acontecendo de forma acelerada e obrigam as pessoas
a se adaptarem a essas transformações que ocorrem ao seu redor. Afinal o ser humano
tem de estar atualizado para poder conviver com as novas tecnologias (VALENTIM, 1997,
p. 27).
Neste sentido, é necessário um esforço para se adaptar a esses avanços
tecnológicos. Qualquer pessoa sem esforços pode perceber as alterações que estão,
vertiginosamente ocorrendo e, como afirma Almeida Júnior (1997, p.11), "seria prova de
insanidade não reconhecer os avanços tecnológicos". Como exemplo dessas
alterações, podemos citar os catálogos online nas bibliotecas, facilitando a recuperação
das informações; o correio eletrônico, universalizando a comunicação entre as pessoas;
a Internet, revolucionando o trabalho, a educação e o lazer.
28
Apesar dessas NTIC não estarem à disposição de todos, devido aos
fatores sócio-econômicos de cada país, pode-se observar que estas diferenças sociais,
não são de agora. Neste sentido, Almeida Júnior (1997, p.13) afirma que, "analisando
as grandes descobertas da humanidade podemos perceber que a sua maior parte
ainda não está introduzida no cotidiano do cidadão comum". Essa disparidade só+cio-
econômica sempre existiu e afeta grande parte da população mundial, criando barreiras
para o acesso às inovações tecnológicas. Atualmente, essa condição exclui
considerável contigente de pessoas do acesso às NTIC, que revolucionam a sociedade
contemporânea. Agora, as bibliotecas enfrentam o desafio paradoxal de absorver e
utilizar as NTIC e, ao mesmo tempo, enquanto agente democratizador da informação,
envidar esforços no sentido de socializar o uso coletivo destes novos recursos.
Com a crescente e contínua produção de informação e com a busca
incessante pelo conhecimento é que surge, no cenário da sociedade da informação, a
necessidade premente do emprego de NTIC para o processamento e a difusão de
grandes volumes de documentos sobre o conhecimento humano.
A racionalização do conhecimento humano instiga o desenvolvimento de
novas formas de armazenamento desse conhecimento. Este cenário estimula a
evolução e o surgimento de bibliotecas, indo das bibliotecas tradicionais até as de
realidade virtual.
29
3.1 BIBLIOTECAS TRADICIONAIS
Cada etapa da evolução das bibliotecas é marcada por características
próprias, determinadas pelas tecnologias predominantes na época.
Em sua evolução, o mais importante evento foi a transição dos rolos de papiros
para os livros de pergaminho. Posteriormente, foi a construção do corpora, isto
é, a coleção de textos escritos em um mesmo livro físico (códice) e, com
Gutenberg, o processo de impressão é implementado, permitindo a
multiplicação e circulação de textos mais agilmente, consolidando as
características básicas de sua identificação, tornando-o um instrumento clássico
para a troca de informação (LANDONI apud ROSETTO, 1997).
No princípio, os serviços e produtos das bibliotecas tradicionais eram
oferecidos de forma manual. A evolução acontece com a introdução dos catálogos
em fichas e o abandono do catálogo sob a forma de livro. Os recursos tecnológicos
utilizados eram as microfichas e microfilmes, mas os serviços eram manuais. Neste
estágio, as NTIC ainda não integravam as bibliotecas.
3.2 BIBLIOTECA MODERNA OU AUTOMATIZADA
Esta se diferencia da biblioteca tradicional pela introdução do computador,
empregado apenas em atividades voltadas ao processamento técnico e à
recuperação da informação. Contudo, em termos de acervo, composto por
documentos impressos em papel, não se distingue da biblioteca convencional.
(AGUIAR, 2003, p. 3).
30
Nesta, inicia-se o uso do computador em alguns setores, agilizando
alguns serviços, facilitando ainda mais a vida dos usuários, pois a máquina
possibilita rapidez no desempenho dos vários serviços. Dotados de memória, os
computadores armazenam e processam grande quantidade de informações, além de
proporcionarem uma recuperação mais rápida das informações.
3.3BIBLIOTECA POLIMÍDIA
Inicia-se a introdução de vários suportes informacionais. São os
multimeios revolucionando as bibliotecas. Um conceito bastante elucidativo do que
vem a ser uma biblioteca polimídia é apresentado por Aguiar (2003, p. 3).
O acervo da biblioteca começa a se transformar, tendo em vista que os
documentos no formato convencional passam a conviver com vídeos, CD-
ROMs, microfilmes, filmes, etc, ou seja, com outras mídias. Neste tipo de
biblioteca, o computador é empregado como auxiliar em etapas dos processos
técnicos (da mesma maneira que ocorre na biblioteca automatizada) e para
utilização dos usuários, uma vez que parte do seu acervo não prescinde deste
equipamento para ser consultado. Tendo em vista que estas novas mídias
são tecnologias complexas que requerem o computador para disponibilizar
seus conteúdos.
3.4 BIBLIOTECA ELETRÔNICA
Os suportes tradicionais estão sendo auxiliados pelos avanços
tecnológicos, que permitem o acesso a banco de dados em um espaço físico
específico, bem como por meio de redes de computadores. O suporte eletrônico
31
oferece uma oportunidade para que a transmissão e o uso das informações sejam
mais fluentes. Neste tipo de biblioteca,
Os computadores são empregados na armazenagem, tratamento, recuperação
e disponibilização de registros. Inclui índices on-line, busca de textos na íntegra
e digitalização de livros (os originais podem ser impressos). Tem como
característica marcante a utilização dos meios eletrônicos para colocar a
informação ao alcance do público (AGUIAR, 2003, p. 4).
Através da introdução de software aplicativo nos serviços básicos como
catalogação, indexação e buscas de informações no acervo, a utilização de
telefacsímile; scanner; catálogos em linha para acesso público; teleconferências;
padronização e intercâmbio de dados entre computadores, é que tornou a
informação ainda mais, um objeto flexível, mutante e valioso.
3.5 BIBLIOTECA DIGITAL
Diferencia-se das demais por seu acervo ser constituído, exclusivamente, por
documentos eletrônicos. Catálogos e textos são disponibilizados de forma
digital. O acesso às informações presentes neste tipo de biblioteca tanto pode
ser realizado em locais específicos, quanto remotamente, através das redes
eletrônicas (AGUIAR, 2003, p. 4).
Representa o momento da transposição de um suporte para outro.
Neste tipo de biblioteca, característica dessa nova era dominada pelas NTIC, dá-se a
radical mudança do suporte impresso para o suporte digital. Na biblioteca digital,
todos os
32
documentos se encontram em formato eletrônico. Referindo-se a este tipo de
biblioteca Diniz (2000, p. 52) afirma:
Nesse contexto, surge um novo paradigma informacional, o texto eletrônico,
como um novo meio de informação e comunicação, contribuindo para uma
explosão na troca de conhecimentos em todo o mundo, ao lado da possibilidade
de maior rapidez na sua disseminação para garantia do crescimento econômico,
social e político das nações e regiões.
Por constituírem o alvo da pesquisa em tela, as bibliotecas digitais e,
mais especificamente, as bibliotecas digitais de teses e dissertações serão
analisadas mais detalhadamente no capítulo seguinte.
3.6 BIBLIOTECA VIRTUAL
Consiste em um acervo digital, disponível para consulta on-line,
podendo ser recuperado por várias formas de entradas (autor, título, assunto).
Constitui-se de informações que se encontram dispersas na Internet.
Tendo como principal objetivo organizar o caos informacional da Internet, a
biblioteca virtual reúne informações antes dispersas, as quais são identificadas,
localizadas, capturadas, tratadas, organizadas, recuperadas, integradas e
disponibilizadas em rede, sem a necessidade de um acervo interno (AGUIAR,
2003, p. 4).
33
Essas informações são organizadas sistematicamente facilitando a
recuperação e evitando, com isso, a perda de tempo dos usuários em ferramentas de
buscas na Web. As bibliotecas virtuais têm o mesmo objetivo das demais, com a
diferença de ter como espaço de atuação apenas a Internet.
3.7 BIBLIOTECA DE REALIDADE VIRTUAL
A biblioteca de realidade virtual representa o tipo de biblioteca em que há
maior intensidade de uso de NTIC e ainda encontra-se em construção. Diferencia-se
das demais por direcionar o usuário a uma realidade paralela, a um mundo artificial
existente apenas no ciberespaço, proporcionando sensações, ações e reações
diversas. Através do emprego da tecnologia de realidade virtual, reproduz um ambiente em duas ou três
dimensões, mediante software específicos acoplados ao computador. Nesta biblioteca é possível
andar por salas, selecionar um livro nas estantes, tocá-lo, abri-lo e lê-lo, sem sair do lugar
(AGUIAR, 2003, p. 4).
Após termos caracterizado cada tipo de biblioteca em função do emprego
das NTIC, convém explicitar que a biblioteca contemporânea convive ao mesmo tempo
com as técnicas tradicionais e com as ferramentas eletrônicas. Hoje, a biblioteca utiliza
a tecnologia dos computadores junto das técnicas tradicionais nos seus serviços, onde
o texto completo também está disponível no suporte digital. Com a Internet, a biblioteca
34
ganha nova dimensão, deixa de existir somente no espaço físico e ganha um novo
ambiente: o ciberespaço.
Porém, deve haver incentivos governamentais para a socialização do
acesso a essas novas ferramentas tecnológicas, que poderão contribuir para a inclusão
social e intelectual das pessoas, diminuído a opressão das classes dominantes sobre
as classes populares.
4 BIBLIOTECA DIGITAL DE TESES E DISSERTAÇÕES: DIRETRIZES PARA
IMPLANTAÇÃO
Como foi mostrado no capítulo anterior, a biblioteca passou por profundas
transformações, mas sempre se manteve fiel ao seu objetivo de preservar, organizar e
disseminar informações.
A "explosão documental" e a preocupação em organizar esses
documentos, fizeram com que instituições buscassem instrumentos capazes de
manipular essa massa documental de novas proporções. Isso vem acontecendo desde
a metade do século passado, com o uso de computadores em unidades de informação
americanas, em especial a Library of Congress (LC) que ao iniciar seu processo de
automação, nos anos 60, propiciou o trabalho em conjunto de profissionais da área de
informática e de biblioteconomia.
Com o advento das NTIC e, mais especificamente, da Internet, os serviços
de informações passaram por uma revolução ainda maior.
Na Sociedade da Informação, as bibliotecas evoluem a partir de novas
configurações. Uma dessas novas configurações é representada pelas bibliotecas
35
digitais que, como mencionado no capítulo anterior, objetivam a disponibilização
digital de textos completos através das redes eletrônicas de computadores. As
bibliotecas digitais de teses e dissertações, como o próprio nome sugere, têm como
especificidade a disponibilização integral e digital da produção acadêmica,
marcadamente de teses e dissertações.
As bibliotecas digitais evoluíram rapidamente desde a década passada e
atualmente existem em uma variedade tão grande quanto bibliotecas físicas.
[...] Todavia, construir uma biblioteca digital envolve a combinação de
sistemas complexos, incluindo coleções de documentos em vários formatos,
mídia e conteúdo. Acrescente a isso componentes de hardware e software que
operam em conjunto através de diferentes formatos de dados e algoritmos, e
várias pessoas, comunidades e instituições com diferentes objetivos, política e
cultura. (CORRADI et ai, 2003, p. 37)
A possibilidade de acessar, de forma gratuita, o texto completo das
dissertações e teses resulta nas seguintes vantagens:
• Agilidade na divulgação e obtenção da informação;
• Uso simultâneo do mesmo documento por vários usuários, no próprio
ambiente de trabalho;
• Acesso ininterrupto;
• Preservação dos originais, eliminando o empréstimo e/ou reprografia do texto
em papel;
• Facilidade e flexibilidade para atualização e manutenção do banco de dados
das bibliotecas digitais;
36
• Redução de custo com reprografia e correios.
Neste capítulo abordaremos alguns princípios básicos que devem ser
levados em consideração para a implantação e manutenção das bibliotecas digitais
de teses e dissertações, os quais são apresentados a seguir.
4.1 ADPTAÇÃO PARA EVENTUAIS MUDANÇAS TECNOLÓGICAS
A área tecnológica é marcada por mudanças repentinas. Por isso, no
momento de escolher os recursos tecnológicos que integrarão o sistema de uma
biblioteca digital deve-se ter o máximo de precaução. Considere-se por exemplo, um
disquete 5 1/2 que caiu em desuso devido a evoluções tecnológicas, sendo substituído
pelo disquete 3 1/2, e as informações que se encontravam armazenadas nesse
suporte, possivelmente foram perdidas por falta de equipamentos compatíveis. Essas
mudanças devem ser acompanhadas a fim de que as informações possam ser
transportadas de um suporte em extinção para outro que esteja em uso no momento.
Nesse sentido, as tecnologias utilizadas devem ser confiáveis, ter um padrão
internacional, administrado por instituições que tenham credibilidade mundial, afinal o
acervo de uma biblioteca tem que ser duradouro.
4.2 PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS
A construção de uma biblioteca digital envolve diversas categorias
profissionais, principalmente nos campos da Informática e da Biblioteconomia. A
parceria dos profissionais destas áreas do conhecimento é necessária por
proporcionar, de um lado, o conhecimento dos limites e possibilidades da tecnologia
e, de outro, os saberes relativos à catalogação, indexação e gerenciamento
documental. Tais
37
conhecimentos são indispensáveis para organizar, preservar e disseminar informações
no âmbito das bibliotecas digitais.
Em bibliotecas digitais a palavra "informação", convive com a palavra
"metadados", que na verdade, é a informação sobre informações. Da mesma forma que
nas bibliotecas tradicionais, o objetivo principal da biblioteca digital é a recuperação e
disseminação das informações. Para tanto, se faz necessário a participação do
profissional bibliotecário, que exerce um papel fundamental para selecionar, coletar,
organizar e fornecer informações. Esses serviços são também empregados no
desenvolvimento de uma biblioteca digital, embora grande parte dos usuários de tais
bibliotecas não perceba a participação desse profissional no processo, pois as
consultas são feitas a partir de opções que o próprio sistema oferece ao usuário. Mas a
automação sozinha, não tem condições de realizar os serviços do profissional
bibliotecário, ele sempre será o mediador entre a informação e o usuário, por isso,
consultá-lo é indispensável. As consultas dos usuários de uma biblioteca digital, ao
bibliotecário, podem ser feitas através de e-mails, telefones ou em local físico.
4.3 CONFIGURAÇÕES FÁCEIS DE USAR
Atualmente, a maioria das bibliotecas digitais está disponível na Web,
utilizando protocolos básicos de comunicação como Hipertext Tranfer Protocol (HTTP) e
File Transfer Protocol (FTP), e as linguagens de marcação Extensible Markup
Language (XML) e Hypertext Markup Language (HTML). Todos esses considerados de
fácil interface para o usuário.
38
Em bibliotecas digitais a preocupação é permitir um acesso fácil a todos,
inclusive os portadores de necessidades especiais. Por isso, deve incluir documentos
claros e simples; configurações de fácil manuseio, tornando a navegação prazerosa.
Nesse sentido, faz-se necessário a utilização de linguagem padrão, incluindo
informações sobre o conteúdo, bem como orientações e mecanismos de navegação
4.4 LIVRE ACESSO
O acesso às informações da biblioteca digital, bem como o acesso à
própria biblioteca digital, têm que ser livre, seja através da rede, ou de uma central fixa,
onde os conteúdos estão disponíveis. A facilidade de acesso é possibilitada por
sistemas abertos, que permitem a todos os segmentos da sociedade direitos iguais ao
acesso às informações, diferentemente dos sistemas proprietários disponíveis em rede
que podem não ser duradouros e ocasionar complicações futuras se houver mudanças
tecnológicas.
Ao disponibilizar em rede as informações contidas nas teses e
dissertações, surge uma preocupação em relação aos direitos autorais. O direito autoral
garante ao autor de obra científica, literária ou artística a vinculação de seu nome à
produção, divulgação e uso de sua obra. Também conhecido como propriedade
intelectual, ou lei de copyright, que tem como objetivo principal preservar os direitos
econômicos dos autores.
Assim, no âmbito das bibliotecas digitais, para que as informações sejam
disponibilizadas tem que haver autorização prévia dos autores, respeitando as leis dos
direitos autorais. Neste sentido, os desenvolvedores de bibliotecas digitais estão
39
preocupados, pois no meio digital as informações estão compartilhadas, podendo ser
acessadas gratuitamente e redistribuídas sem controle, como acontece com os
impressos, onde não é permitida a reprodução na íntegra de um documento e sim de
partes. Por esse motivo, muitas áreas ainda resistem em disponibilizar online os
trabalhos científicos, temendo que os documentos sejam copiados indevidamente,
aumentando os casos de plágios. Além disso, os autores que pretendem publicar suas
teses em forma de livros posteriormente rejeitam a disponibilização online de seus
trabalhos, receando perdas económicas na publicação do documento nos meios
tradicionais.
O direito autoral é inalienável, por isso os criadores de bibliotecas digitais
discutem, tentando solucionar esse problema. Em breve, devem surgir soluções
tecnológicas para superar este problema das cópias digitais. Por certo, estas soluções
virão no decorrer dos projetos de construção de bibliotecas digitais, para que no futuro
não ocorram danos em relação à integridade dos dados.
4.5 AUTOMAÇÃO
A automação amplia a capacidade dos recursos humanos, facilitando a
validação dos dados, listas com opções selecionáveis, geração de relatórios e outros
mecanismos que reduzam tempo e trabalho. O sistema de entrada de metadados é
utilizado para enviar as informações à base de dados principal, fornecendo a
informação apenas uma vez, economizando tempo e esforços humanos, reduzindo a
taxa de erros e oferecendo mais flexibilidade.
40
O formato MARC é sinônimo de automação bibliotecária. Em princípio, foi
aplicado às fichas catalográficas, transformando os dados impressos em algo legível
por computador. Assim, surge o formato LC Machine Readable Cataloguing (LC
MARC). O LC MARC evoluiu e hoje, conhecido como MARC 21, é o padrão utilizado
pelas maiores instituições do mundo todo para o controle bibliotecário. O formato MARC
compacta os dados utilizando símbolos para identificar a informação. O registro MARC
é um registro bibliográfico legível por computador, onde as informações estão contidas
em campo e subcampos.
Além disso, o que o MARC têm de mais especial é a padronização dos
registros, permitindo um intercâmbio de informações entre bibliotecas, facilitando os
serviços de catalogação e recuperação de informações e possibilitando a cooperação
entre bibliotecas.
O padrão MARC é bastante eficiente no desenvolvimento de bibliotecas
digitais. Representa uma segurança em relação às constantes mudanças tecnológicas,
permitindo alteração do sistema, sempre que necessário, sem que nenhum dano seja
causado aos dados.
4.6 PADRÕES INTERNACIONAIS
Para a implementação e manutenção de bibliotecas digitais, deve-se usar
sistemas padrões, pois esses propiciam interoperabilidade e portabilidade,
características muito importantes para um projeto de construção de bibliotecas digitais.
Mesmo que os dados tenham que ser transferidos para outro suporte, a transferência
será fácil, se o padrão for utilizado corretamente.
41
Um dos padrões tecnológicos utilizados mundialmente, além do MARC 21,
é o protocolo Z39.50, que possibilita a conexão entre computadores. Trata-se de um
protocolo de comunicação aberto que gerência serviços online de consulta simultânea e
trata principalmente da pesquisa e recuperação de informação eletrônica. Neste
sentido, deve-se citar também a linguagem XML, ou linguagem de marcação, usada
para qualificar as informações, bem como seu formato de apresentação e seu
armazenamento. É um padrão adotado pelo WWW, para auxiliar a linguagem HTML na
troca de dados na Web.
Diferente da HTML, que foi projetada para controlar a aparência visual das informações, a XML
foi exclusivamente projetada para transmitir dados estruturados de um computador para outro
ou de um aplicativo para outro. A XML não propicia nenhuma informação visual. A
apresentação visual, se necessária, fica totalmente sobre o controle e decisão do programa que
recebe os dados (BUYENS apud CORRADI et al, 2003, p.73).
Estas são algumas das tecnologias utilizada no desenvolvimento de
bibliotecas digitais, mas por trás dessas, existem outras que auxiliam o gerenciamento
dessas ferramentas.
4.7 QUALIDADE
A questão da qualidade da biblioteca digital está vinculada à entrada e
saída de metadados. Se a entrada dos metadados não for correta, a saída também não
será, e isso comprometerá todo o sistema da biblioteca digital. Os metadados, além de
42
localizar e visualizar os objetos da informação, desempenham também um papel
importante no gerenciamento da biblioteca.
4.8 PRESERVAÇÃO
A preservação e disseminação têm sido uma preocupação constante das
bibliotecas e arquivos há muito tempo. Em bibliotecas digitais não é diferente, pois,
como já foi explanado anteriormente, há bastante preocupação com as constantes
mudanças tecnológicas na atualidade. Pesquisas já foram feitas e como exemplo,
Kenney apud Corradi (2003, p. 41) relata:
Uma pesquisa das instituições membros do Research Libraries Group, que está
interessado na questão que envolve a preservação de objetos digitais, classificou a
obsolescência tecnológica como a maior ameaça para as coleções digitais.
A citação acima ratifica o que já comentamos anteriormente acerca da
preocupação em haver a preservação tecnológica, evitando acarretar danos aos dados.
Neste sentido, deve-se, sempre que necessário, converter os dados de um ambiente de
software para outro, ou de um meio físico para outro. Isso é considerado um dos
grandes desafios na construção de bibliotecas digitais.
43
5 PANORAMA BRASILEIRO DAS BIBLIOTECAS DIGITAIS DE TESES E
DISSERTAÇÕES
As teses e dissertações são documentos não publicados (pré-prints),
que logo após serem defendidos em bancas académicas, são enviados aos
departamentos, e logo em seguida para as bibliotecas, onde serão inseridos no
acervo. Tradicionalmente, os interessados em consultá-las terão que ir até o local
onde se encontram ou utilizarão bases de dados referenciais para acessar suas
referências e resumos. Porém, com o advento das bibliotecas digitais de teses e
dissertações surgem novas possibilidades de acesso a tais documentos. Como
afirma Sayão (2002, p. 530):
A convergência e o uso integrado das tecnologias de comunicação, de
computação e de conteúdo em formato digital, cujo paradigma é a Internet, tem
contribuído nos anos recentes para criar um novo ambiente de acesso,
disseminação, cooperação e promoção do conhecimento numa escala global.
[...] Estas transformações têm exercido uma profunda influência sobre a
concepção e funcionamento dos sistemas de informação automatizados,
especialmente aqueles voltados para a atividade de pesquisa.
Como é sabido, as bibliotecas tradicionais possuem a maior parte do
seu acervo em papel. Contudo, com o advento da NTIC este suporte não é mais
hegemónico.
Neste sentido e vendo a possibilidade de disponibilizar documentos
eletrônicos com textos completos, as instituições do mundo todo iniciaram ações em
busca de concretizar esta ideia. "Seguindo essa tendência, em 2001 o IBICT formou
um grupo de estudo para analisar questões tecnológicas e de conteúdo relacionadas
com a
44
publicação de teses e dissertações na Internet" (IBICT). Este grupo foi formado por
especialistas da Bireme, CNPq, IBICT, USP, PUC-Rio e UFSC, além de outros
profissionais contratados pelo IBICT com a finalidade de propor padrões de
metadados para o intercâmbio das informações de teses e dissertações.
Este padrão, expresso em uma DTD (Data Type Definition) não só inclui itens
de dados relativos à descrição e localização de informações de teses e
dissertações como também incorpora itens de dados que possibilitam a
gestão dessa informação e a interligação entre fontes de informação" (IBICT).
Nesse mesmo ano, foi desenvolvido um projeto piloto, onde foram
analisadas algumas amostras de metadados sobre teses e dissertações enviadas em
arquivo XML por três instituições que participaram do grupo de estudo e os
resultados comprovaram a viabilidade da proposta.
Com base nessas duas iniciativas: a base cooperativa de referências
bibliográficas de teses e dissertações e a base de metadados de teses e
dissertações eletrônicas, foi proposto pelo IBICT em 25 de abril de 2001 a criação de
um Consórcio Brasileiro de Teses e Dissertações (CBTD) entre as IES, dando início
a base sustentadora da BDTD. Esse Consórcio, conta com um comité técnico
consultivo, instalado na reunião de 25 de abril, além de um fórum de discussão e
grupos técnicos que discutirão temas específicos tais como: direitos autorais,
padrões tecnológicos, preservação digital etc.
Exatamente um ano após a proposta do IBICT de criar o CBTD, dando
prosseguimento aos trabalhos, realiza-se uma reunião com a participação de
técnicos
45
do IBICT, representantes de bibliotecas universitárias brasileiras, membros do Comité
Técnico-Consultivo do Consórcio e representantes da Sesu e Finep (REUNIÃO...,
2002). Nessa reunião foram apresentados o programa Biblioteca Digital e seus projetos.
A Biblioteca Digital Brasileira é um programa a ser implantado e operacionalizado do
pelo IBICT, que tem o papel de articulador nacional além de ser um provedor de
informações e desenvolvedor de tecnologias (REUNIÃO..., 2002).
A BTD tem como objetivos principais aumentar a presença brasileira de
documentos eletrônicos de texto completo na Internet; e criar mecanismos que
possibilitem aos usuários acessar recursos informacionais distribuídos e heterogéneos
por meio de uma interface única.
O projeto da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações integra as duas
linhas de ação relacionadas com teses e dissertações atualmente em curso no IBICT,
são elas:
• Bases de Teses Brasileiras (Sites) - base de dados cooperativa contendo
dados bibliográficos de teses e dissertações. Dezessete bibliotecas universitárias
enviam dados, utilizando-se de um formato padrão denominado batchin.
• Projeto piloto do consórcio de teses e dissertações - especialistas da PUC-
Rio, USP, UFSC, Bireme e CNPq e os consultores contratados pelo IBICT,
definiram padrões para o intercâmbio de informações sobre teses e dissertações
publicadas em meio eletrônico.
46
A Biblioteca Digital de Teses e Dissertações integrará em uma só base de
metadados não só dados que remetem ao texto completo de teses e
dissertações como também dados bibliográficos para aquelas teses e
dissertações que não tenham sido publicadas em meio eletrônico (REUNIÃO,
2002).
Essa mudança do suporte impresso para o digital, que no momento
vivenciamos, além de preservar o documento original, permite a inserção desse
documento em rede, disponibilizando a informação com mais rapidez e para várias
pessoas ao mesmo tempo, e 24 horas por dia.
O IBICT coordena o projeto da BDTD, desenvolvido no âmbito do
programa BDB, integrada a uma iniciativa global reconhecida pela Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a Networked
Digital Library of Theses and Dissertation (NDLTD), uma instituição internacional que
disponibiliza textos completos de teses e dissertações publicadas em instituições
distribuídas em vários países. Desta forma, a produção nacional de teses e
dissertações de IES brasileiras será também disponibilizada internacionalmente,
visando à disseminação desses documentos através do meio eletrônico, contribuindo
sobremaneira para o aumento do acesso à produção científica e tecnológica
brasileira.
Em termos gerais, o projeto da BDTD promove a difusão das produções
académicas nacionais em nível global, além, de gerar uma capacitação no uso das
tecnologias de informação e comunicação na construção de bibliotecas digitais.
Como mencionado no capítulo anterior não é tarefa fácil construir uma
biblioteca digital, devendo levar em consideração todos os princípios básicos citados
anteriormente. Preocupados com essas dificuldades, os idealizadores do projeto
BDTD,
47
em decisão tomada na reunião da implantação do Consórcio, decidiram equipar 15
bibliotecas de pequenos servidores "visando dotar essas instituições de infra-estrutura
básica, capazes para disponibilizar as teses em meio eletrônico" (REUNIÃO.. ,2002)
As instituições selecionadas como piloto do projeto foram as seguintes:
PUC-Rio, PUC-MINAS, PUC-RS, UFRGS, UCB, UNB, UEL, UFF, UFSC, UNICAMP,
USP, UNESP, UNICAP e UFPE.
5.1 PANORAMA ATUAL
Apesar de o IBICT apontar as IES acima como as pioneiras na
implantação de projetos de BDTD no Brasil, na exaustiva pesquisa realizada nos sites
das bibliotecas universitárias, detectamos apenas oito instituições com projetos
implantados e em pleno funcionamento, são elas: PUC-Minas, UFRGS, UFSC, UFF,
UNICAP, USP, UNESP e UNICAMP. Contudo, outras podem ser disponibilizadas a
qualquer momento, pois como já mencionado, 15 bibliotecas já estão com infra-
estruturas básicas para por em prática o projeto.
Foram pesquisadas, no período de 15 de junho a 15 de julho de 2003, as BDTD
brasileiras com vistas a analisar o panorama brasileiro atual. Para tanto, buscou-se
levantar os seguintes dados: nome da BDTD, origem, profissionais envolvidoa,
tecnologias utilizadas, área de cobertura, quantidades de documentos inseridos, direitos
autorais, critérios de inserção, produtos e serviços de informação, procedimentos de
inserção, período de cobertura, forma de diaponibilização (integral, restrita, mixta), URL
e estatística disponível.
A seguir são apresentados e discutidos os resultados da pesquisa.
48
5.1.1 BDTD da Universidade Federal da Santa Catarina
Esta biblioteca digital foi elaborada com o objetivo de subsidiar às pessoas
interessadas nas dissertações e teses defendidas no Programa de Engenharia de
Produção (PPGEP) da UFSC.
Além das teses e dissertações propriamente ditas, esta BDTD apresenta
dados para contato com os autores de trabalhos defendidos, perfil das defesas, bem
como estatísticas dos últimos anos.
Esta universidade é precursora no desenvolvimento de bibliotecas digitais
no Brasil, sendo, inclusive, bastante anterior à iniciativa do IBICT. Pois tem origem em
1995, como resultado dos trabalhos de digitalização e disponibilização na Internet das
teses e dissertações do Programa, realizados pelo Laboratório de Mídia e
Conhecimento.
No site da Instituição não foi mencionado, qual a tecnologia utilizada na
época, quais profissionais estiveram envolvidos, nem as questões dos direitos autorais.
O procedimento de inserção é através de preenchimento de formulário
disponibilizado no site. Sua área de cobertura corresponde à área de atuação do
PPGEP. Disponibiliza documentos defendidos a partir de 1995, alguns dos quais se
encontram na íntegra com texto em PDF, sendo necessário ter instalado no computador
usuário o aplicativo Adobe Acrobat Reader para visualizar os arquivos neste formato.
Em termos de estatística a biblioteca em lide disponibiliza dados
referentes ao período de 1995 a 2000, os quais podem ser vistos no Quadro 2:
49
QUADRO 2 - ESTATÍSTICA DA BDTD DO PPGEP DA UFSC
Fonte: Estatística das teses e dissertações digitalizadas. Disponível em:
<http://teses.eps.ufsc.br/tese.asp>. Acesso em: 11 de jul. de 2003
A partir de 2000, o PPGEP decidiu solicitar a digitalização para os alunos.
Encontra-se em andamento o processo de formatação PDF dos arquivos entregues e
com isso, pretende-se incluir e disponibilizar os trabalhos defendidos, na íntegra e em
formato PDF.
50
5.1.2 BDTD da Pontifícia Universidade Católica de Minas
A Biblioteca Digital da PUC-Minas (BDP) foi desenvolvida por iniciativa da
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, antecipando a recomendação do IBICT. A
BDP tem como objetivo disponibilizar, via Internet, as teses de doutorado e as
dissertações de mestrado produzidas nos Programas de Pós-graduação stricto sensu
da PUC-Minas.
A BDP utiliza os padrões tecnológicos do IBICT e pode ser acessada
através do seguinte endereço eletrônico: <htp://www1.sistemas.pucminas .br/BDP/
SilverStream/ Pages/pg_BDPPrincipal.htm>.
As buscas podem ser feitas pela área de conhecimento, pelo orientador,
por autor, título, assunto, palavra-chave, resumo e pelo programa de pós-graduação.
O site não deixa em evidência aspectos importantes de sua origem, bem
como não menciona como tem sido enfrentado o problema dos direitos autorais. Ainda
foram percebidas lacunas em relação a: período de cobertura, forma de
disponibilização dos documentos e estatística.
Para a inserção dos documentos na base, os interessados contam com
um formulário disponível. Os critérios para a inserção na biblioteca digital, ainda se
encontram em discussão.
5.1.3 BDTD da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
A BDTD da UFRGS tem como objetivo divulgar a produção intelectual da
instituição. Seu acervo inicia-se pelas teses e dissertações defendidas a partir de 2001,
51
porém as produções dos anos anteriores serão inseridas à medida que cada programa
de pós-graduação obtiver licença dos autores. Os programas de pós-graduação foram
imbuídos da responsabilidade de providenciar, em consonância com as leis de direitos
autorais, a permissão para disponibilização do texto completo.
Sua implantação está sendo realizada mediante um trabalho conjunto do
Sistema de Bibliotecas com a Pró-Reitoria Adjunta da Pós-Graduação, o Centro de
Processamento de Dados e a Pró-Reitoria de Pesquisa.
Os padrões tecnológicos utilizados são os mesmos adotados pelo IBICT
Como ferramenta de busca essa BDTD utiliza seu catálogo SABI, o qual reúne as teses
e dissertações da UFRGS, bem como as defendidas em outras instituições por seus
técnicos e docentes. As consultas podem ser realizadas por autor, título, orientador,
assunto, ano de defesa e biblioteca de origem. Permite o acesso ao texto completo do
documento, necessitando apenas do aplicativo Adobe Acrobat Reader para fazer a
leitura do documento. Os procedimentos de inserção, também são na forma de
formulário de autorização.
52
FIGURA 2 - ESTATÍSTICA DA BDTD DA UFRGS
Fonte: Estatística das teses e dissertações defendidas na Puc-Minas. Disponível em:
<http://www.biblioteca.ufrgs.br/bibliotecadiqital/>. Acesso em 11 de jul. de 2003.
O acervo desta biblioteca digital conta com 1095 publicações, com um
arquivo de 1.84GB de teses e dissertações digitalizadas, podendo ser consultada
através do endereço: <http://www.biblioteca.ufrgs.br/bibliotecadiqital/>.
5.1.4 BDTD da Universidade de Campinas
A BDTD da UNICAMP resulta de uma parceria entre o Centro de
Computação da instituição e o Instituto Vale do Futuro. Através desta parceria foram
desenvolvidos aplicativos visando expandir o ensino à distância, com base na utilização
de softwares livres.
53
"O primeiro componente desenvolvido foi o sistema 'Rau-tu' de perguntas
e respostas" (UNICAMP). Depois dessa experiência, utilizaram o software 'Nou-Rau',
capaz de suportar um sistema online para armazenamento e recuperação de
documentos digitais, com eficientes ferramentas de buscas.
O Sistema de Bibliotecas da UNICAMP, objetivando disponibilizar as teses
e dissertações em formato digital, iniciou em 2001 o processo de digitalização desses
documentos.
Alguns meses de experiência foram suficientes para a equipe apresentar a
reitoria um projeto de construção da BDTD da UNICAMP. Essa se diferencia das
demais bibliotecas digitais de teses e dissertações, pois além das teses e dissertações,
seu objetivo é difundir outras produções: "artigos, fotografias, ilustrações, obras de arte,
registros sonoros, revistas, vídeos e outros documentos de interesse ao
desenvolvimento científico, tecnológico e sócio-cultural" (UNICAMP).
Os documentos somente são disponibilizados integralmente mediante
permissão do autor, via preenchimento de um formulário. Essa biblioteca digital
abrange as seguintes áreas:
Fonte: Estatística das teses e dissertações defendidas na UNICAMP. Disponível em:
<http://www.rau-tu.unicamp.br/nou-rau/sbu/>. Acesso em 11 de julho de 2003.
Não foi especificado o período de cobertura e nem os critérios de
inserção. Seu endereço de acesso é <http://www.rau-tu.unicamp.br/nou-rau/sbu/ >.
5.1.5 BDTD da Universidade de São Paulo
Desde o início, a BDTD da USP contou com uma equipe multidisciplinar
para o seu desenvolvimento e implantação. Para isto foram pesquisadas iniciativas
semelhantes e referências relacionadas para um embasamento teórico.
54
55
Neste levantamento, encontrou-se o NDLTD, e como membro do NDLTD, a USP teve
acesso e o direito de utilizar o pacote desenvolvido peia Virgínia Tech (Virgínia
Polytechnic Institute and State University) para o gerenciamento e armazenamento de
Teses e Dissertações Eletrônicas (TDE). Este pacote utiliza softwares de domínio
público. (USP)
As experiências estudadas foram adaptadas no contexto da USP,
unindo o sistema existente da Pós-Graduação com o Banco de Dados Bibliográficos
da USP DEDALUS, do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBI).
Seu objetivo é disponibilizar mundialmente, pela Internet, seu
conhecimento produzido e acumulado durante anos de pesquisas, podendo ser
acessado gratuitamente os dados completos das teses e dissertações de interesse.
Não foram registradas em seu site as questões relativas aos direitos
autorais, aos critérios e procedimentos de inserção de documentos nem ao período
de cobertura. Pode ser acessada em <www.teses.usp.br>.
A BDTD da USP apresenta várias estatísticas de acesso ao seu banco
de dados, dentre elas apresentamos abaixo às relativas à consulta de documentos
por área do conhecimento e por unidade institucional de origem.
TABELA 1 - ÁREAS MAIS VISITADAS NA BDTD DA USP 56
TABELA 2 - UNIDADES MAIS VISITADAS NA BDTD DA USP
Fonte: Estatística das teses e dissertações digitalizada na USP. Disponível em:
<www.teses.usp.br>. Acesso em: 11 de jul. de 2003.
57
5.1.6 BDTD da Universidade Federal do Estado de São Paulo
A Coordenadoria Geral de Bibliotecas (CGB), órgão responsável pela
Rede de Bibliotecas da Unesp, não vem medindo esforços no sentido de informatizar
as 22 bibliotecas existentes, com o objetivo de facilitar o acesso às coleções, sendo
que a preocupação inicial ficou apenas no seu Banco de Dados Bibliográficos, o
ATHENA.
Depois dessa fase, a preocupação se voltou para o acervo bibliográfico
da produção científica gerada na UNESP, visando a disponibilização eletrônica das
dissertações e teses, dos docentes e de seus programas de pós-graduação, através
da BDTD da UNESP disponibilizada através do Portal da CGB no endereço
<www.cgb.unesp.br>.
Para a concretização da Biblioteca Digital, foi elaborado a Portaria 538, de
13/11/2000, regulamentando a criação da Base de Dados Eletrônica em texto
completo das teses e dissertações da Unesp, e em complementação, foi
publicado no DOU. °, de 28/06/2002, a Resolução Unesp n. 62, dispondo sobre
a entrega dos originais das Dissertações e Teses em formato eletrônico, na
Biblioteca e Diretoria Técnica Acadêmica de cada Unidade para publicação no
site da Biblioteca Digital (UNESP)
A BDTD pretende futuramente disponibilizar, também, outros tipos de
materiais, tais como: coleções especiais, obras raras, fotografias, dentre outros.
Para a recuperação dos textos das teses e dissertações, no início
deverá ser usado o Banco de Dados Bibliográficos ATHENA e para a leitura, deve-se
instalar o programa Adobe Acrobat Reader, que permite a visualização dos arquivos
em PDF.
58
Quanto aos direitos autorais, critérios e procedimentos de inserção,
período de cobertura, forma de disponibilização e estatística, não foram encontrados
dados no site desta Biblioteca.
5.1.7 BDTD da Universidade Federal Fluminense
Esta BDTD resulta do trabalho em conjunto da UFF com a Universidade
Católica do Distrito Federal e a Universidade de Brasília (UnB), em parceria com o
IBICT. Pretende disponibilizar via Web todas as suas teses e dissertações no
endereço eletrônico <http://www.bdtd.ndc.uff.br/>. No entanto o projeto se encontra
em andamento, limitando as consultas no âmbito da instituição não sendo possível a
visualização das mesmas por usuários externos, pelo menos por enquanto.
Nesse sentido, os Programas de Mestrado e Doutorado estarão recebendo
treinamento no uso da interface do BDTD com instruções dos procedimentos, que
a partir de então, serão adotados para incluir cópias de todas as suas novas
teses e dissertações sob forma eletrônica, devidamente informada (nome do
autor, data da defesa e programa), com autorização para sua inclusão e
divulgação por meio Web. (UFF).
5.1.8 BDTD da Universidade Católica de Pernambuco
O objetivo dessa biblioteca digital é disponibilizar toda sua produção
científica, composta por: teses, dissertações e artigos de periódicos, além dos limites
físicos das bibliotecas.
59
Ampliando os serviços da biblioteca tradicional aproveitando as
potencialidades do armazenamento e comunicação digital para desenvolver
serviços mais personalizados, promover acesso e utilização de informação e
reduzir as barreiras de distância, sejam elas geográficas e/ou organizacionais,
e o tempo no acesso à informação (UNICAP)
As estatísticas desta BDTD se referem a: Teses e Dissertações por Ano
e Instituição Patrocinadora; Teses e Dissertações por Orientador e Ano; Teses e
Dissertações por Unidade; Teses e Dissertações por Ano; Teses e Dissertações por
Instituição Patrocinadora; Teses e Dissertações por Programa de Pós-Graduação e
Ano; e Teses e Dissertações por Unidade e Ano.
Esta BDTD conta com 114 teses e 436 dissertações, defendidas no
período de 1994 a 2003, digitalizadas, com livre acesso para consulta em texto
completo. O acesso pode ser feito através do endereço <www.unicap.br>.
Na pesquisa realizada no site da biblioteca não foi possível obter
informações referentes aos direitos autorais, aos profissionais envolvidos, às
tecnologias utilizadas, aos critérios de inserção e nem a área de cobertura.
60
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme apresentado, das instituições, apontadas pelo IBICT como
iniciadoras do projeto das BDTD brasileiras, até o período de realização desta
pesquisa, apenas oito bibliotecas foram disponibilizadas. Contudo, espera-se que num
futuro próximo todas as BDTD estejam funcionando em um único portal administrado
pelo IBICT, compondo a Biblioteca Global de Teses e Dissertações.
Essa disponibilização de informações pelo meio digital, faz com que cresça
ainda mais a produção intelectual, pois o acesso no meio eletrônico agiliza as pesquisa
e as trocas de informações entre os pesquisadores.
Antes das bibliotecas digitais, um usuário que precisassem de uma cópia de
um documento de outra instituição, levaria em torno de quinze dias para obter essa
informação. Agora será necessário apenas alguns segundos, ele terá em suas mãos,
não apenas os documentos de uma Instituição, mas de todas as Instituições nacionais
e internacionais que disponibilizem digitalmente, via Internet, suas publicações
A análise das BDTD disponibilizada revela que a maioria se encontra num
estágio bastante embrionário, tendo em vista que não é tarefa fácil construir uma
biblioteca digital, assim, vários aspectos precisam ser analisados, tais como os
profissionais envolvidos, as tecnologias empregadas e a questão dos direitos autorais,
entre outras
Essa relação a tais aspectos e considerando a análise dos dados percebe-
se que nem todos os projetos de BDTD dispõem de informações pertinentes ao
conteúdo disponibilizado, pois observou-se, que grande parte delas não divulga o tipo
61
de tecnologia utilizada para o seu desenvolvimento. Assim como, os seus critérios e
procedimentos de inserção dos dados. Notou-se ainda que há uma necessidade
premente de um índice remissivo às áreas de conhecimento beneficiadas por
determinada biblioteca. Como também, um levantamento estatístico dos dados
inseridos, além, da necessidade de uma melhor divulgação do formato desse
documento, no que corresponde a integralidade de seu conteúdo. Quanto aos direitos
autorais, existe um problema, pois alguns autores ainda resistem em autorizar a
disponibilização de suas obras, retardando o processo de inserção dos documentos no
meio eletrônico.
É imprescindível registrar também que as BDTD brasileiras, por se tratar
de um projeto, ainda apresentam dados insuficientes e pouco sistematizados em
relação à sua implantação, o que restringiu as possibilidades de analisar o panorama
nacional destas bibliotecas. Neste sentido, convém salientar que tais dados são
extremamente relevantes para que o país conheça o histórico de implantação desta
nova configuração de biblioteca, além disso, esses dados também possibilitariam o
esclarecimento de outras instituições que fossem se integrando ao programa.
62
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Andréa Vasconcelos Carvalho de. Biblioteca virtual: o que é isto afinal, [s.l.]: [s.n.], 2003.
CASTELLS, M. A sociedade em rede: economia, sociedade e cultura. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
CASTRO, César Augusto ; RIBEIRO, Maria Solange Pereira. Sociedade da informação: dilema para os bibliotecários. Transformação, Campinas, v. 9, n. 1, p. 17-25, já./abr., 1997.
CORRADI, Alexsadro Mattos et al. Sistema de gerenciamento de bibliotecas digitais: caracterização e desenvolvimento. 2003. Monografia (Graduação em Engenharia da Computação) - Universidade Federal de Minas Gerais, Ouro Preto, MG. Curso de Engenharia da Computação.
DINIZ, Isabel Cristina dos Santos. As expectativas dos bibliotecários diante da biblioteca virtual: o caso das bibliotecas centrais das universidades federais do Maranhão e da Paraíba. 2000. (Dissertação de Mestrado) Universidade Federal da Paraíba.
INSTITUTO BRASILEIRO DE IFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA (IBICT). Bibliotecas digitais de teses e dissertações. Disponível em: www.ibict.br.
MARANHÃO, Tarcila Barros Nunes. Informação, sociedade e tecnologia. In: TARGINO, Maria das Graças ; CASTRO, Mônica Maria Machado Ribeiro Nunes de. Desafiando os domínios da informação. Teresina: EDUFPI, 2002.
REUNIÃO sobre a implantação do consórcio de teses e dissertações. Disponível em www.ibict.br. Acesso em : 30 de ju. De 2003.
ROSSETO, Márcia. Os novos materiais bibliográficos e a gestão da innformação: livro eletrônico e biblioteca eletrônica na América Latia e Caribe. Ciência da informação, Brasília, v. 26, n. 1, jan./abr., 1997.
ROWLEY, Jennifer. Informática para bibliotecas. Brasília: Briquet de Lemos, 1994.
SAYÃO, Luís Fernando. Integração e interoperabilidade no acesso a recursos informacionais em C&T: a proposta da biblioteca digitais brasileiras. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE ARQQUIVOS, BIBLIOTECAS, CENTROS DE DOCUMENTAÇÃO E MUSEUS, 1. São Paulo, 2002.
TAKAHASHI, Tadao (Org.). Sociedade da informação no Brasil: livro verde. Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia, 2000.
63
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO. Biblioteca digital de teses e dissertações. Disponível em: <www.unicap.br>. acesso em: 30 jun., 2003.
UNIVERSIDADE DE CAMP[INAS. Biblioteca digital de teses e dissertações. Disponível em: <www.rau-tu.unicamp.br/nou-rau/sbu/. acesso em: 30 jun., 2003.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Biblioteca digital de teses e dissertações. Disponível em: < www.teses.usp.br>. Acesso em: 30 jun., 2003.
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO. Biblioteca digital de teses e dissertações. Disponível em: <www.cgb.uesp.br>. Acesso em: 30 jun., 2003.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Biblioteca digital de teses e dissertações. Disponível em: <http://teses.eps.ufsc.br/teses.asp>. Acesso em: 30 jun., 2003.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Biblioteca digital de teses e dissertações. Disponível em: <www.biblioteca.ufrgs.br/bibliotecadigital/>. Acesso em: 30 jun.,2003.
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. Biblioteca digital de teses e dissertações. Disponível em: <www.bdtd.ndc.uff.br/>. Acesso em: 30 jun., 2003.
VALENTIM, Maria Lígia Pomin. O custo da informação tecnológica. São Paulo: Plis: APB, 1997.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA DISCIPLINA: MONOGRAFIA
PROFESSORA: MARIA DO SOCORRO DE AZEVEDO BORBA AUTOR: RAIMUNDO MUNIZ DE OLIVEIRA
ORIENTADORA: ANDRÉA VASCONCELOS CARVALHO DE AGUIAR
FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS