Rádio Voz da Planicie

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UMA NOVA OPORTUNIDADE

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Revista ALTENJO 2020

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UMA NOVAOPORTUNIDADE

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I festival

Praça da República

30 MAIO A 1 JUNHO

MÚSICA | ANIMAÇÃO CORTEJOS | MERCADO FALCOARIA | ACEPIPES ESPETÁCULOS DE FOGO & MUITO MAIS

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Nota de Abertura

A cada novo ciclo de Fundos Comu-nitários repete-se, por parte de quem tem responsabilidades na sua gestão, um conjunto de chavões que já nos habituámos a ouvir, cada vez com me-nos convicção, tais como: Agora é que vai ser…; Esta é a última grande opor-tunidade para apanhar o pelotão da Europa; Este quadro vai obrigar a uma política de rigor e exigência.Para este, juntam-se outras intenções como são os casos da Competitivida-de e Internacionalização; a eficiência no uso dos recursos e o crescimento inteligente.Grande parte do novo discurso, tem sido centrado na importância do apoio às empresas em detrimento do inves-timento público. Queremos acreditar que esta intenção de apoio à iniciativa privada vai chegar às pequenas e médias empresas que, na região, como no país, são as prin-cipais geradoras de riqueza e empre-go sustentáveis, quando atualmente, como sabemos, estas vivem momen-tos dramáticos.Queremos acreditar que os financia-mentos não se vão escoar nas gran-des empresas e nas multinacionais, especialistas na absorção destes fun-dos, e que, na primeira oportunidade, deslocalizam a sua produção para ou-tro país, buscando aí, novos financia-mentos e mão-de-obra mais barata.O Plano Operacional Regional do Alentejo, documento estratégico e orientador da aplicação dos fundos, foi de forma inédita aprovado por una-nimidade, em sede do Conselho de Região. Este é um feito que pode ser atribuído à forte procura de consensos e amplo espaço de discussão patroci-nado pela atual direção da CCDRA. Se é verdade que este consenso é im-portante para os diversos agentes que constroem a região, também é verdade que muito ainda se encontra por defi-nir. Da regulamentação ao modelo de governança, são muitos os pormeno-res em aberto e, como bem sabemos, muitas das vezes o “Diabo” está nos pormenores.A Ovibeja que, como a Primavera, re-nasce a cada ano, tem o condão de alimentar, em cada edição, a esperan-ça dos que veem na Grande Feira do Sul uma importante montra da nossa região. A Rádio Voz da Planície conta-se entre esses que alimentam essa esperança, com o seu trabalho, na construção de um futuro mais sustentável e por isso cá estamos, como sempre, para fazer da Ovibeja a feira de todos nós!

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CASTRO VERDEUMA JANELA

SOBRE A PLANÍCIE

www.cm-castroverde.pt

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O apoio do INALENTEJO – Pro-grama Operacional Regional do Alentejo 2007-2013 e dos pro-gramas regionais dos anteriores períodos de programação tem permitido dotar a região Alen-tejo de um conjunto de infra-es-truturas e equipamentos diver-sos que muito têm contribuído para a melhoria da qualidade de vida da população e para o de-senvolvimento do tecido econó-mico empresarial.

O Alentejo está a mudar, há hoje uma maior capacidade de in-centivar o dinamismo empreen-dedor e de potenciar a valoriza-ção dos recursos endógenos, incluindo algo que é fundamen-tal para o desenvolvimento de qualquer região que é a qualifi-cação e competências, tudo isto somado fará com que o Alentejo junte aquilo que fez no passado e foi bom, aos novos desafios que estão à nossa frente.

A CCDRA – Comissão de Coor-denação de Desenvolvimento Regional do Alentejo está a con-cretizar a proposta de Programa Operacional Regional do Alen-tejo para o novo ciclo de fundos comunitários 2014-2020. Para o efeito, desenvolveu um proces-so de planeamento exigente e complexo, em que contou com a colaboração e a parceria em-penhada dos actores regionais representativos das diferentes dimensões (política, económica, social, ambiental e associativa) e de toda a população em geral,

o que constituiu um elemento determinante para a qualidade do documento.

Como se perspectiva no Progra-ma Estratégico ‘Alentejo 2020’, uma estratégia de desenvolvi-mento para a Região semi-an-corada na seguinte Visão:

Um Alentejo com capital simbó-lico e identidade distintiva, num território dotado de recursos materiais, de conhecimento e competências e de amenidades, aberto para o mundo e capaz de construir uma base económica renovada sobre a sua mais valia ambiental, atraindo residentes, investimentos e actividades ge-radoras de emprego e coesão social.

Entende-se a herança cultural e ambiental da Região como o su-porte do futuro, associada à ino-vação e à parceria urbano-rural, estimulando dinâmicas sociais e valorizando a complementari-dade.

O modelo de desenvolvimento e de especialização regional deve combinar uma vertente econó-mico-produtiva (geradora de va-lor e emprego) com as vertentes da sustentabilidade e deve cen-trar-se nas seguintes priorida-des de intervenção:• Consolidação do sistema re-gional de inovação e competên-cias• Qualificação e internacionali-zação de activos do território

• Renovação da base económica sobre os recursos naturais e a excelência ambiental e patrimo-nial da Região• Qualificação do território: re-des de suporte e novas dinâmi-cas territoriais• Qualificações, empregabilida-de e coesão social

O Programa Operacional Regio-nal 2014-2020 será plurifundos (FEDER e FSE) e irá promover fundamentalmente a competi-tividade do tecido económico regional e a criação de emprego, num quadro de crescimento que se pretende tecnologicamente mais avançado e inovador, sus-tentável e inclusivo. A dotação global do programa é de 1.215 milhões de euros, sendo 1.030 milhões de euros FEDER e 185 milhões de euros FSE.

Uma atitude dinâmica de parti-lha de iniciativas e responsabi-lidades entre todos os agentes com preocupação activa na ob-tenção e medição de impactos, nas várias áreas de intervenção, será necessária e assumida nos processos de decisão dos apoios. Não precisamos de discrimina-ção positiva, devemos buscar a diferenciação competitiva.

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Actualidade Rádio Voz da Planície // 31ª Ovibeja

ALENTEJOOS NOVOS DESAFIOS

CCDR ALENTEJO

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A programação do Governo para o horizonte 2020 é dura para Beja e o Baixo-Alentejo.Os documentos fundamentais onde podemos encontrar a pro-gramação para a aplicação dos fundos comunitários 2014-2020 são, fundamentalmente, o Pla-no de Ação Regional do Alente-jo (PAR da CCDR), o Programa Operacional Regional do Alen-tejo (PO da CCDR), e o Plano Es-tratégico dos Transportes e das Infraestruturas (PETI).As novidades e os pontos princi-pais são todos contra Beja.Desde logo a concretização do

grave caminho de desligamento do Baixo-Alentejo interior e lito-ral.Diz o PO da CCDR de Évora, na página 266: “Subsistema urbano do Litoral Alentejano - estende-se entre Al-cácer do Sal e Odemira, forman-do uma rede de centros urbanos ancorados em Sines-Santiago do Cacém-Santo André. Em termos regionais, a rede policêntrica de centros urbanos enquadra-se num espaço de relacionamento de geometria variável, a articular prioritariamente com a metrópo-

le de Lisboa e secundariamente com Évora e Beja.”

Isto é: isolar Beja face ao litoral, privilegiando a ligação deste primeiramente a Lisboa, depois Évora e só em último lugar a Beja!O plano de investimentos con-cretiza esta estratégia trucidan-te, de duas maneiras:1º - Investindo: Prioridade da liga-ção de Sines e do litoral alenteja-no à autoestrada A2, mas viran-do a Norte (IC33), direcionando para Lisboa e para o corredor de Évora;

Ao abordarmos o próximo ciclo de financiamento comunitário não podemos esquecer que os primeiros 20 anos de Política Agrícola Comum estão associa-dos em Portugal a uma redução de 500.000 hectares da Super-fície Agrícola Útil e à perda de 300.000 explorações agrícolas, que desapareceram a uma mé-dia de 41 por dia. O fim das negociações da Refor-ma da Política Agrícola Comum e do programa financeiro que a suporta até 2020 foi anuncia-do como um grande sucesso. Na verdade representa a manu-tenção do rumo que a Europa tem traçado para países como Portugal e para os seus setores produtivos. Portugal: terá uma redução global de 670 milhões de euros e menos dinheiro para o desenvolvimento rural; teve uma derrota na batalha pela manutenção das quotas de lei-

te e dos diretos de plantação de vinha; teve uma derrota total na luta pela obtenção de quo-tas para produção de beterraba sacarina apontadas como uma das bandeiras das negociações; pode contar com a manutenção da linha de desligamento das ajudas à produção. Aparente-mente positivo, o aumento dos apoios por hectare no primei-ro pilar, este valor mantem-se abaixo da média europeia e muito abaixo de alguns países mais poderosos. Enquanto Por-tugal poderá chegar aos 200€ por hectare, países como a Bél-gica recebem mais de 400€.O PCP apresentou já um proje-to de resolução onde apresenta um conjunto de propostas em defesa da agricultura portugue-sa, no quadro da aplicação da Reforma da PAC. Neste projeto recomenda-se, entre outras pro-postas, a atribuição de ajudas

apenas a quem produz; a cria-ção de um regime específico para os pequenos agricultores e para as pequenas explorações; a criação de medidas de valori-zação das produções agrope-cuárias tradicionais e autócto-nes; e a garantia do reforço do financiamento e a dinamização das atuais ITI, nomeadamente nas áreas protegidas.

O quadro comunitário que ago-ra se inicia poderia contribuir para o desenvolvimento dos setores produtivos tendo como desígnio o interesse nacional e a soberania do país. Mas para isso tinha de romper com a li-nha de desenvolvimento de an-teriores quadros comunitários e de anteriores reformas da PAC e não o faz.

O ciclo de financiamento 2014-2020

Portugal 2020 Sem Beja

João Ramos - Deputado do PCP

Pita Ameixa - Deputado do PS

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Em cada edição da Ovibeja a questão do desenvolvimento da região assume uma maior relevância. Percebe-se porquê. O grande evento do sul persiste em ser uma referência, um sinal, do que pode a capacidade de realização dos baixo alenteja-nos.São muitos anos a resistir. Muitos anos a provar como os insubmissos podem fazer a di-ferença. Que mais Ovibejas flo-resçam é o secreto desejo que nos fica depois de percorrer o evento na sua pujança e capa-cidade criativa. É um exemplo, que traz até Beja o país político, o poder central, rendidos que ficam ao que vale a Ovibeja, transformada, pela força das cir-cunstâncias, numa espécie de “lobby” sem o querer ser.Temos de ir mais além, até para que se saiba que o dinamismo que preside à sua realização, os motivos que a estruturam, de-vem alargar-se a outras iniciati-vas, a outros sectores, a outros protagonistas.Este Ano, o grande certame do Sul, fala-nos da “Terra Fértil”.Fala-nos do Regadio e do Se-queiro, do Montado e da Tran-sumância…E se Alqueva já prova o que lhe foi exigido, que aproveitemos uma infraestrutura cada vez mais determinante para o relan-çamento do motor económico da região, que é a agricultura, a

pecuária e a floresta, a verdade é que ainda tardam medidas que relancem a agricultura de sequeiro. O Campo Branco é o exemplo mais visível dessa ne-cessidade e importância. Este primado não pode ser per-vertido com propostas mais ou menos folclóricas. O Alentejo, são os seus campos e o apego das comunidades à terra, valori-zando o conhecimento científi-co e profissional.E este só pode ser alcança-do com um ensino politécnico adequado à realidade concreta, valorizando a Escola Superior Agrária e o seu trabalho na área da investigação e experimenta-ção.Um ensino que polarize a gera-ção que estuda, a ficar, a criar raízes e uma nova mão-de-obra ativa, qualificada e profunda co-nhecedora do que tem a fazer. Passou o tempo do canudo, não importava qual nem como, para ter um lugar ao sol. Passou o tempo de hipotéticos triângulos de desenvolvimento. Passou o tempo das realidades virtuais.Vivemos um tempo novo. De sa-ber agarrar as oportunidades. O próximo quadro comunitário, a agenda 2020, será decisivo. Concluir Alqueva e atrair a in-dustria transformadora; concluir o processo de modernização da nossa agricultura; Apostar no agroturismo e turismo rural de excelência; serão alguns dos

principais desafios que temos entre-mãos. Regresso ao paradigma que es-truturou, consolidou e afirmou a Ovibeja. Cresceu ao longo do tempo, com persistência, sem-pre tendo presente o vínculo à terra e às suas gentes, cativando multidões, advertindo dirigentes políticos com funções governa-tivas, assustando-os por vezes.Não há segredo no seu suces-so. Há apenas trabalho, organi-zação, capacidade de afirmação e respeito pelas raízes.O desenvolvimento da região entrou num novo capítulo da sua história secular. Resistir foi a atitude constante dos baixo alentejanos, mas agora há moti-vos para dar um passo em fren-te, passar à ação. O caminho é tremendamente difícil, a conjun-tura é péssima, mas a região já viveu muitas conjunturas sem perder de vista a sua matriz. Sejamos persistentes, evitando copiar modelos de desenvolvi-mento que nos são estranhos e adversos. É no uso da terra que está a resposta. A Terra e a água são hoje o nos-so capital de Esperança!

Terra e água: o nosso capital de esperançaMário Simões - Deputado do PSD

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2º - Desinvestindo: Abandono do objetivo (e das obras em curso!) da ligação do litoral alentejano a Beja: Desistência da ligação Si-nes–S. Margarida do Sado, e, S. Margarida do Sado–Beja, em au-toestrada; haverá apenas inter-venções pontuais nas estradas nacionais no troço S. Margarida do Sado–Beja, e a concluir só em 2016. E nem uma palavra para o

troço Beja–Ficalho.De resto, nestes documentos, te-mos:a) A previsão ridícula de que o Aeroporto de Beja deve passar dos 2.011 passageiros, do ano 2012, para 5.219, no ano 2017, e 21 mil toneladas de carga!b) A linha ferroviária Beja–Casa Branca, lá para o ano 2022, con-tinuará não eletrificada, como re-

trata o mapa da página 1393 do anexo VI do PETI.Em suma, o País planeado e desenhado pelo Governo PSD+-CDS, com vista à aplicação do ciclo de fundos comunitários, no horizonte 2020, será feito sem Beja, verdadeiramente numa es-tratégia anti-Beja como parece ficar bem explícito.

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A Turismo do Alentejo, ERT começou a trabalhar na nova agenda 14-20 no início de 2013, ao despoletar o processo de revisão do Plano Operacional de Turismo. Com esta iniciativa pretendeu-se adequar as priori-dades e linhas estratégicas de intervenção que tinham guiado o setor até então, ao Quadro Estratégico Comum (QEC) da União Europeia e às orienta-ções da Estratégia 20-20.

Como grandes prioridades do novo “Documento Estratégi-co Turismo do Alentejo 2014-2020”, finalizado e entregue em meados do ano passado à CC-DR-Alentejo e ao Secretário de Estado do Turismo, definiram-se o Reforço da Internacionaliza-ção e a Certificação do Destino, propostas que encontram eco no processo de planeamento que entretanto era conduzido à escala nacional.

Alguns meses mais tarde, quer o Acordo de Parceria Portugal 2020, ou seja o “novo QREN”, quer o Programa Operacional da Competitividade de Interna-cionalização, viriam a dedicar ao turismo no Alentejo um nível de Prioridade Máxima, na matriz agregada de prioridades temá-ticas da Estratégia de Especia-lização Inteligente. É um resul-tado com o qual todo o setor se deve congratular, pois desse posicionamento advirá grande parte da diferenciação positiva que o turismo alentejano pode-rá beneficiar nos próximos anos.

Mas para isso é igualmente ne-cessário garantir que o Turismo figure como domínio prioritário da Estratégia de Especializa-ção Inteligente Regional. Numa

análise breve, mas rigorosa, que podemos fazer à realidade eco-nómica regional, não há certa-mente muitos mais setores em que a Região possa ser Exce-lente no futuro - e acreditamos que já o é no presente, como é o caso do Turismo.

Por isso defendemos que o Pla-no Operacional Regional 14-20 se constitua como um adjuvan-te insubstituível do processo de crescimento turístico do Alen-tejo, apoiando as empresas no seu esforço de modernização e de internacionalização. Em simultâneo deverá abrir espaço para o financiamento de ações colectivas de promoção do Des-tino, lideradas pelas entidades turísticas regionais, e instituir-se como instrumento de afirma-ção de um Cluster turístico, em que outras actividades e setores

da economia regional terão na-turalmente enquadramento.

A Turismo do Alentejo, ERT es-tará na primeira linha desse tra-

balho, dinamizando e inovando toda a cadeia de valor da ativi-dade turística, interagindo igual-mente com as Comunidades Intermunicipais com quem assi-nou protocolos de colaboração.Quero, por ultimo, saudar o ex-celente trabalho que a CCDR-Alentejo e particularmente o seu Presidente, António Dieb, tem desenvolvido na liderança e animação deste trabalho de pla-neamento, complexo e com alto grau de exigência, mas que é essencial para que a Região al-cance no futuro melhores níveis de coesão económica, social e territorial.

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O Turismo do Alentejo e a AgendaRegional 2014-2020

António Ceia da SilvaPresidente da Turismo do Alentejo, ERT

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Apesar das muitas dificuldades enfrentadas pelo sector, fruto da actual conjuntura, temos vindo a assistir a uma grande evolução na agricultura no que diz respei-to à modernização das explo-rações agrícolas, numa grande parte dos casos, na sua espe-cialização tanto na agricultura e pecuária em extensivo, como no regadio. Esta evolução deve-se funda-mentalmente ao investimento privado, por exemplo na área do regadio e com os novos períme-tros de rega a partir de Alqueva que permitiram uma reconver-são do sequeiro para o regadio e a especialização de muitas explorações agrícolas em áreas como o olival, as culturas hor-to-industriais, pomares, prados regados, etc. Destas culturas o olival é o que assume maior di-

mensão, que ocupa a maior área deste novo regadio e que colo-ca o Alentejo a produzir 70% do azeite a nível nacional, fazendo com que o nosso País seja já auto-suficiente na produção de azeite. Há ainda perspectivas de um grande aumento da pro-dução destinada ao mercado de exportação. Acerca da nova Política Agrícola Comum equacionam-se outros modelos tendo em vista uma distribuição mais equitativa dos apoios aos agricultores. O que se espera, neste novo Quadro, além desta distribuição mais equitati-va, é que haja também um maior peso na área da protecção da natureza e do bem-estar animal. A nova PAC é a PAC possível mas, as suas ajudas são vitais para a sobrevivência do sector no nosso País.

É imprescindível um maior fo-mento da floresta já que existe um vazio deixado por uma agri-cultura de subsistência que de-sapareceu com o abandono do interior. A floresta é dos bens mais importantes para a nossa Balança Comercial, sendo ne-cessária a sua promoção a todos os níveis. Nos anos que se avizinham ha-verá um aumento exponencial da população mundial sendo, de alguma maneira, imprevisível a corrida ao consumo de alimen-tos. Este fenómeno preocupa muito as diversas organizações mundiais, como a FAO e a ONU. Esta situação augura um forte crescimento da produção agrí-cola e um desenvolvimento im-portante neste sector pelo que teremos de encarar o futuro de uma forma optimista.

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Investimento privado, reconversão e desenvolvimento do sector agricola

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Presidente da ACOS - Agricultores do Sul

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As associações de desenvolvi-mento local que operam no dis-trito de Beja apresentam exce-lentes resultados da aplicação dos fundos comunitários que lhes foram disponibilizados no período compreendido entre os anos 2007 e 2013. A quantidade e a qualidade de novos projetos empresariais, criados sobretudo

em meio rural, e que são res-ponsáveis pelo surgimento de centenas de postos de trabalho surgem como indicadores des-se sucesso. Os esforços efetua-dos na formação de adultos, na qualificação profissional, na pro-moção de produtos locais ou no desenvolvimento de ações em torno da igualdade de género foram decisivos para a melhoria da qualidade de vida das popula-ções que servem.O tempo é de balanço mas, in-ternamente, as associações re-desenham as suas estratégias para intervir nos territórios até 2020 e, em simultâneo, apresen-tam propostas que possam vir a enriquecer, entre outros, o PORA - Programa Operacional Regional do Alentejo 2014/2020, gerido pela Comissão de Coordenação

e Desenvolvimento Regional do Alentejo. Em declarações à Voz da Pla-nície, Jorge Revez, que preside à Associação de Defesa do Pa-trimónio de Mértola (ADPM), disse acreditar que o período ne-gocial deve encerrar no primeiro semestre de 2014, estimando que os fundos comunitários pos-

sam estar disponíveis a partir do último trimestre do ano.Todos os dirigentes contatados pela Voz da Planície falam em indicadores que apontam para uma redução, comparativamen-te com o período 2007/2013, dos fundos comunitários a disponibilizar. A confir-marem-se estes receios estaremos perante “um problema grave para estes territórios, onde as infraes-truturas existentes são in-suficientes”. A redução das ajudas europeias pode “in-viabilizar” muitos projetos estratégicos, vaticina Jorge Revez.Para o período 2014/2020 a ADPM está apostada em responder às necessida-des de formação profis-

sional no território em que opera. “Estamos a tentar identificar as áreas mais adequadas para a for-mação e para a capacitação pro-fissional, de forma a servir melhor os recursos humanos da região”. Uma das preocupações levan-tadas por David Machado, pre-sidente da Associação Rota do Guadiana, com intervenção nos concelhos de Mértola, Serpa, Bar-rancos, Moura e Mourão prende-se com a indefinição que paira no ar sobre a entidade que terá com-petência para aprovar os projetos submetidos pelas associações de desenvolvimento local. Para este dirigente seria “contrapro-ducente” retirar essa responsabi-lidade aos Grupos de Ação Local.A promoção do emprego vai continuar a ser um dos vetores fundamentais da intervenção da Rota do Guadiana. Uma estraté-gia para manter, dada a “apetên-cia local por parte dos promo-tores de projetos” que permitiu, entre 2007 e 2013 a “criação de cerca de 140 postos de trabalho”, sustenta David Machado.Por outro lado, a ESDIME - Agên-cia para o Desenvolvimento Lo-cal do Alentejo Sudoeste, através

ADLs aguardam conclusão das negociações com expetativa e apreensão

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ROTA DO GUADIANA | ESDIME | ADPM | ALENTEJO XXI

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do seu presidente, David Mar-ques, apontou como principal preocupação nesta fase negocial a prioridade que a tutela preten-de atribuir ao financiamento de projetos agrícolas através do programa Leader. É que segun-do David Marques a filosofia do Leader apontava para a diversificação de atividades no meio rural, algo que pode “estar a ser posto em causa, perdendo-se muita da flexibi-lidade e da originalidade do Leader”. A estratégia da ESDIME pas-sa por dar continuidade ao apoio à criação de empresas, mantendo e reforçando as atuais intervenções sociais em concelhos como Ourique, Aljustrel ou Ferreira do Alen-tejo. A operar nos concelhos de Beja, Castro Verde, Mértola e Vi-digueira a Associação Alentejo XXI prepara uma nova estratégia de intervenção após um ciclo de fundos aplicados em diversas vertentes mas com especial inci-

dência no surgimento de novas unidades de alojamento no setor do agroturismo. “A Herdade do Vau é um bom exemplo de pro-jeto acompanhado pela Alentejo XXI que já mereceu vários reco-nhecimentos, bem como uma

aposta importante concretizada no Campo Branco e assente na área do turismo de natureza”, revelou-nos Manuel Oliveira, pre-sidente da Associação Alentejo XXI.

Apoiados os investidores e cria-dos os espaços turísticos, a nova vaga de fundos comunitários deve ser aplicada essencialmen-te no enriquecimento das ofertas de animação, uma lacuna identi-ficada pela Alentejo XXI e pelos

seus parceiros no terreno. “Temos de dar reposta às necessidades de animação e dinamização destas uni-dades. Na zona do Campo Branco há uma aposta clara na captação de turistas que procuram o birdwatching, mas precisamos de entreter estas pessoas e complemen-tar a oferta”, concluiu Manuel Oliveira. Perante este quadro de inde-finição as associações de de-senvolvimento local aprovei-tam este período para ajudar a melhorar os documentos

de gestão dos fundos e, em si-multâneo, preparam as suas es-truturas e quadros técnicos para os desafios que se colocam pela frente.

Actualidade Rádio Voz da Planície // 31ª Ovibeja

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Praceta  Rainha  D.  Leonor,  nº  1–  Apartado  70-­‐7801–953    BEJA    -­‐  Telefs.  284  310  160  /  Fax  284  326  332    E-­‐mail:  [email protected]

                       A  CIMBAL  tem  como  lema  –  Fazer,  Crescer,  Inovar  e  Desenvolver,  aPvidades  e  projetos  ao  serviço  da  populações  do  território.   Neste  senPdo,  está  a  elaborar  o  PEDBA  –  Plano  Estratégico  de  Desenvolvimento  do  Baixo  Alentejo  e  prepara  o  Pacto  de  Desenvolvimento,  em  parceria   com   todos  os  atores   locais  e   regionais.   Este  plano  apresenta  a  estratégia  para  o  território  até  2020  e  também  consubstancia  o  Novo  Quadro  Comunitário.   O   PEDBA   faz   assentar   a   sua   estratégia   em   cinco   objeDvos,   designadamente:   Território   Amigo   do  InvesPmento,   Território   Empreendedor   e   ProduPvo,   Território   de   Excelência   Ambiental,   Território  Residencialmente    AtraPvo  e  Território  em  Redes. Estes  objeDvos  materializam-­‐se  em  dez  ações  estruturantes,  que  são:  Qualificação  da  Envolvente  de  Suporte   à   IniciaPva   Empresarial,   Promoção   e   Valorização   Económica   do   Potencial   Endógeno,   Pacto  Territorial   para   a   Empregabilidade   e   o   Empreendedorismo,   Rede   para   a   Inclusão   e   Promoção   do  Desenvolvimento  Social,  Valorização  e  Promoção  da  AtraPvidade  Residencial,  Rede  de  Infraestruturas  e  Serviços   Ambientais,   Rede   de   Infraestruturas   e   Serviços   de   ConecPvidade,   Promoção   da   Eficiência  EnergéPca  e  das  Energias  Renováveis,  Gestão   Integrada  de  APvos  e  Riscos  Ambientais,  Capacitação  e  Modernização  da  Administração  Local… !  OUTROS  PROJECTOS  E  INICIATIVAS  

Contratualização  do  QREN,  POVT  –  Programa  Operacional    TemáPco    Valorização  do  Território  –  Candidatura  para  aquisição  de  Equipamentos  de  Proteção  Individual  (EPI)  –  Prevenção  e  Gestão  de  Riscos  Naturais,  Bejadigital,  Programa  de  Formação  Autárquica,  Programa  de  Modernização  AdministraPva/  Centro  Intermunicipal  de  Digitalização,  Rede  de  Fibra  ÓPca  de  Nova  Geração,  INTERREG  IV  C  –  Lead  Partener  Incompass  Project  ,Planos  Municipais  de  Emergência,  entre  outros.

A  CIMBAL    integra  a  NUT  II  do  Alentejo  e  consDtui  a  NUT  III  do  Baixo  Alentejo,  da  qual  fazem  parte  os  municípios  de  Aljustrel,  Almodôvar,  Alvito,  Barrancos,  Beja,   Castro  Verde,  Cuba,   Ferreira  do  Alentejo,  Mértola,  Moura,  Ourique,  Serpa  e  Vidigueira.           Praceta  Rainha  D.  Leonor,  nº  1–  Apartado  70-­‐7801–953    BEJA    -­‐  Telefs.  284  310  160  /  Fax  284  326  332    E-­‐mail:  [email protected]

                       A  CIMBAL  tem  como  lema  –  Fazer,  Crescer,  Inovar  e  Desenvolver,  aPvidades  e  projetos  ao  serviço  da  populações  do  território.   Neste  senPdo,  está  a  elaborar  o  PEDBA  –  Plano  Estratégico  de  Desenvolvimento  do  Baixo  Alentejo  e  prepara  o  Pacto  de  Desenvolvimento,  em  parceria   com   todos  os  atores   locais  e   regionais.   Este  plano  apresenta  a  estratégia  para  o  território  até  2020  e  também  consubstancia  o  Novo  Quadro  Comunitário.   O   PEDBA   faz   assentar   a   sua   estratégia   em   cinco   objeDvos,   designadamente:   Território   Amigo   do  InvesPmento,   Território   Empreendedor   e   ProduPvo,   Território   de   Excelência   Ambiental,   Território  Residencialmente    AtraPvo  e  Território  em  Redes. Estes  objeDvos  materializam-­‐se  em  dez  ações  estruturantes,  que  são:  Qualificação  da  Envolvente  de  Suporte   à   IniciaPva   Empresarial,   Promoção   e   Valorização   Económica   do   Potencial   Endógeno,   Pacto  Territorial   para   a   Empregabilidade   e   o   Empreendedorismo,   Rede   para   a   Inclusão   e   Promoção   do  Desenvolvimento  Social,  Valorização  e  Promoção  da  AtraPvidade  Residencial,  Rede  de  Infraestruturas  e  Serviços   Ambientais,   Rede   de   Infraestruturas   e   Serviços   de   ConecPvidade,   Promoção   da   Eficiência  EnergéPca  e  das  Energias  Renováveis,  Gestão   Integrada  de  APvos  e  Riscos  Ambientais,  Capacitação  e  Modernização  da  Administração  Local… !  OUTROS  PROJECTOS  E  INICIATIVAS  

Contratualização  do  QREN,  POVT  –  Programa  Operacional    TemáPco    Valorização  do  Território  –  Candidatura  para  aquisição  de  Equipamentos  de  Proteção  Individual  (EPI)  –  Prevenção  e  Gestão  de  Riscos  Naturais,  Bejadigital,  Programa  de  Formação  Autárquica,  Programa  de  Modernização  AdministraPva/  Centro  Intermunicipal  de  Digitalização,  Rede  de  Fibra  ÓPca  de  Nova  Geração,  INTERREG  IV  C  –  Lead  Partener  Incompass  Project  ,Planos  Municipais  de  Emergência,  entre  outros.

A  CIMBAL    integra  a  NUT  II  do  Alentejo  e  consDtui  a  NUT  III  do  Baixo  Alentejo,  da  qual  fazem  parte  os  municípios  de  Aljustrel,  Almodôvar,  Alvito,  Barrancos,  Beja,   Castro  Verde,  Cuba,   Ferreira  do  Alentejo,  Mértola,  Moura,  Ourique,  Serpa  e  Vidigueira.          

Praceta  Rainha  D.  Leonor,  nº  1–  Apartado  70-­‐7801–953    BEJA    -­‐  Telefs.  284  310  160  /  Fax  284  326  332    E-­‐mail:  [email protected]

                       A  CIMBAL  tem  como  lema  –  Fazer,  Crescer,  Inovar  e  Desenvolver,  aPvidades  e  projetos  ao  serviço  da  populações  do  território.   Neste  senPdo,  está  a  elaborar  o  PEDBA  –  Plano  Estratégico  de  Desenvolvimento  do  Baixo  Alentejo  e  prepara  o  Pacto  de  Desenvolvimento,  em  parceria   com   todos  os  atores   locais  e   regionais.   Este  plano  apresenta  a  estratégia  para  o  território  até  2020  e  também  consubstancia  o  Novo  Quadro  Comunitário.   O   PEDBA   faz   assentar   a   sua   estratégia   em   cinco   objeDvos,   designadamente:   Território   Amigo   do  InvesPmento,   Território   Empreendedor   e   ProduPvo,   Território   de   Excelência   Ambiental,   Território  Residencialmente    AtraPvo  e  Território  em  Redes. Estes  objeDvos  materializam-­‐se  em  dez  ações  estruturantes,  que  são:  Qualificação  da  Envolvente  de  Suporte   à   IniciaPva   Empresarial,   Promoção   e   Valorização   Económica   do   Potencial   Endógeno,   Pacto  Territorial   para   a   Empregabilidade   e   o   Empreendedorismo,   Rede   para   a   Inclusão   e   Promoção   do  Desenvolvimento  Social,  Valorização  e  Promoção  da  AtraPvidade  Residencial,  Rede  de  Infraestruturas  e  Serviços   Ambientais,   Rede   de   Infraestruturas   e   Serviços   de   ConecPvidade,   Promoção   da   Eficiência  EnergéPca  e  das  Energias  Renováveis,  Gestão   Integrada  de  APvos  e  Riscos  Ambientais,  Capacitação  e  Modernização  da  Administração  Local… !  OUTROS  PROJECTOS  E  INICIATIVAS  

Contratualização  do  QREN,  POVT  –  Programa  Operacional    TemáPco    Valorização  do  Território  –  Candidatura  para  aquisição  de  Equipamentos  de  Proteção  Individual  (EPI)  –  Prevenção  e  Gestão  de  Riscos  Naturais,  Bejadigital,  Programa  de  Formação  Autárquica,  Programa  de  Modernização  AdministraPva/  Centro  Intermunicipal  de  Digitalização,  Rede  de  Fibra  ÓPca  de  Nova  Geração,  INTERREG  IV  C  –  Lead  Partener  Incompass  Project  ,Planos  Municipais  de  Emergência,  entre  outros.

A  CIMBAL    integra  a  NUT  II  do  Alentejo  e  consDtui  a  NUT  III  do  Baixo  Alentejo,  da  qual  fazem  parte  os  municípios  de  Aljustrel,  Almodôvar,  Alvito,  Barrancos,  Beja,   Castro  Verde,  Cuba,   Ferreira  do  Alentejo,  Mértola,  Moura,  Ourique,  Serpa  e  Vidigueira.          

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Vidigueira,quando o vinho é uma viagem...

índia

cubaVidigueira

alvito

ato IIa partida

VILA DOS GAMAS

ato IIia saudade

vIDIGUEIRA

ato IPrenuncio da viagem

nAVEGANTE

ato IVinspiração

vidigueiraANTÃO VAZ

ato VDecisão

vidigueiraGrande escolha

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

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A melhoria da qualidade da ofer-ta formativa e da capacidade de resposta ao nível da investiga-ção aplicada são áreas onde o Instituto Politécnico de Beja vai apostar nos próximos anos. Esta estratégia é apresentada em se-guida numa entrevista a Sandra Saúde, Pró-Presidente para o Planeamento e Desenvolvimen-to Estratégico e João Paulo Bar-ros, Pró-Presidente para a Inves-tigação e o Conhecimento.

Estamos a concluir um Quadro Comunitário. Peço-lhe, ainda que de uma forma genérica, que nos explique de que forma é que as ajudas comunitárias foram apro-veitadas pelo Instituto Politécni-co de Beja?

Os fundos comunitários foram muito importantes para dois pro-jetos estruturantes. Por um lado, a qualificação da Escola Supe-rior de Tecnologia e Gestão, que como sabemos funcionou du-rante mais do que uma década em instalações provisórias per-tencentes à CP. Por outro lado, o apetrechamento e valorização de laboratórios de investigação aplicada nos domínios da agri-cultura, tecnologia alimentar e

ambiente, dos sistemas com-putacionais e da criatividade multimédia, da atividade física e saúde e ainda a criação de uma incubadora de empresas direcio-nada eminentemente para spin-offs e startups.

Esta é também uma fase de pre-paração para o próximo QCA, a vigorar entre 2014 e 2020. Já existe uma estratégia definida pelo IPB para aproveitamento destas ajudas?

A estratégia para os próximos anos está ancorada em três documentos: o fundamental é o novo Plano Estratégico do instituto referente ao período de 2014-2017. Como enquadra-mento teremos sempre outros dois documentos referentes à Estratégia de Especialização Inteligente e ao Programa Ope-racional para a Região (versões preliminares disponibilizadas pela CCDRA), em cuja constru-ção temos vindo a colaborar.

Para o IPBeja é clara a identifica-ção de dois vetores fundamen-tais de atuação a saber: a me-lhoraria da qualidade e da oferta formativa em consonância com as necessidades da região, afim de ajudarmos a cumprir a meta nacional dos 40% de diploma-dos de ensino superior e, con-comitantemente, garantirmos a existência de pessoal qualifica-do que apoie o desenvolvimento empresarial e económico da re-gião. A este respeito destaca-se a aposta nos novos cursos su-periores de dois anos e de perfil profissionalizante, a desenvolver em parceria com as associações profissionais e empresas.Por outro lado, a melhoraria da

capacidade de resposta ao ní-vel da investigação aplicada e prestação de serviços em áreas-chave para a região desde a área agro-alimentar, à gestão dos recursos naturais, à economia social, ao turismo, à cultura e

património, passando também pelas TIC aplicadas à saúde e qualidade de vida e à educação.

Quais são as áreas/projetos que merecerão maior atenção?

As áreas a privilegiar serão as di-retamente ligadas ao “core busi-ness” do IPBeja e que são trans-versais, como desejavelmente devem ser numa instituição com o nosso perfil de atuação de for-mação e investigação, em simul-tâneo. O IPBeja tem oito áreas estratégicas de intervenção: Educação e Formação de Adul-tos; Agricultura e Tecnologia Ali-mentar; Água e Ambiente; Ener-gias Sustentáveis; Tecnologias do Conhecimento e Criatividade Multimédia; Turismo e Patrimó-nio (Cultural e Natural); Saúde e Qualidade de Vida; Planeamen-to e Intervenção Comunitária.

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Actualidade Rádio Voz da Planície // 31ª Ovibeja

IP Beja já definiu àreas estratégicas de intervençãoSandra Saúde - João Paulo Barros

Pró-presidentes do IP Beja

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Actualidade Rádio Voz da Planície // 31ª Ovibeja

O Governo português compro-meteu-se a concluir a construção das infraestruturas de Alqueva até 2015 e nesta entrevista, José Pedro Salema, presidente do Conselho de Administração da EDIA, afirma que ainda está em “negociação” o figurino final do seu financiamento.

O financiamento do projeto do Alqueva está garantido?

O Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva é um projeto cujo financiamento depende de fundos comuni-tários em cerca de metade do valor global sendo a outra metade dividida entre capi-tais próprios da EDIA e capi-tais alheios.

É uma solução que garante a conclusão das infraestrutu-ras em 2015, conforme com-promisso público do gover-no?

Alqueva é um projeto conside-rado pelo Governo Português como estratégico e fundamen-tal para o País e tem, como tal, financiamento assegurado. O figurino final do financiamento para a sua conclusão ainda está em negociação. Este passará, com certeza, pelo aproveita-mento de todas as oportunida-des que ainda existem no QCA 2007/2013, cuja execução pode ir até 2015, reservando para o próximo QCA o remanescente distribuído por vários fundos comunitários.

O que é que falta fazer no que às infraestruturas diz respeito?

Os projetos que completarão a instalação dos 120 mil hectares de regadios de Alqueva estão lançados bem como as respeti-vas redes primárias associadas.Alqueva dispõe nesta data de

cerca de 68 mil hectares insta-lados, encontrando-se em obra mais 20 mil hectares corres-pondentes aos blocos de rega de Cinco Reis/Trindade e São Pedro/Baleizão/Quintos. As restantes áreas encontram-se em processo de concurso, onde se incluem os blocos de rega Caliços/Machados, Cali-ços/Moura, Pias e Amoreira/Caliços, que completarão o subsistema de rega do Ardila; o bloco de rega de S. Matias, que completa o subsistema de rega de Pedrógão, e os blocos de rega de Vale de Gaio, Beringel/Beja e o Roxo/Sado, fechando assim o ciclo do subsistema de

rega de Alqueva e, por conse-guinte, todo o sistema global de rega do Empreendimento.

Qual será o papel da EDIA pós conclusão das infraestruturas?

À EDIA, enquanto entidade res-ponsável pela conceção, cons-

trução e gestão do projeto, foi-lhe atribuído um conjun-to de competências na área da exploração das infraes-truturas, nomeadamente a concessão do domínio público hídrico para fins de rega e produção de energia, bem como a gestão das in-fraestruturas de adução de água da rede primária, por um período de 75 anos, bem como a atribuição da explo-ração da rede secundária de rega, até ao ano de 2020, ou seja, cinco anos após a con-clusão das empreitadas da rede secundária, altura em

que se reavaliará o modelo de gestão.

Figurino de financiamento ainda em negociaçãoJose Pedro SalemaPresidente da EDIA

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alentejo� � � �

Programa Operacional Regional do Alentejo 2014-2020

ALENTEJOCapital simbólico e identidade distintiva,

Recursos materiais, de conhecimento e competências,

Investimento gerador de emprego,

Coesão social.

UNIÃO EUROPEIA

Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional

Conheça a proposta em | web.ccdr-a.gov.pt |

Informe-se!

Page 21: Rádio Voz da Planicie

A CIMBAL aposta no desen-volvimento da Região, através da Valorização dos Projetos Estruturantes, como o Aero-porto de Beja e o Empreendi-mento de Fins Múltiplos do Alqueva e defende a melhoria das Acessibilidades rodo e fer-roviárias e todos os recursos endógenos diferenciadores no território. Para o efeito, foram inúmeras as diligências efetuadas junto do Governo para que este atue urgentemente sobre as Infraestruturas de Ele-vado Valor Acrescentado (que não são contempla-das no relatório ou apenas constam parcialmente), no-meadamente a conclusão das obras do IP8, a conclu-são do IP2, a adoção de um plano de requalificação de toda a rede viária da região, bem como a eletrificação da linha do Alentejo, es-senciais para a promoção do desenvolvimento do Baixo Alentejo.Quanto ao Novo Período de Programação 2014-2020, em-bora seja efetivamente uma oportunidade no que diz res-peito à competitividade e ino-vação, consideramos neces-sário continuarem a existir apoios em áreas ainda funda-mentais para este território, de forma a consolidar os investi-mentos já feitos, aumentan-do a capacidade de atração e possibilitando a correção de

assimetrias regionais. É o caso das estradas e caminhos, da regeneração urbana, do sa-neamento, da reparação de redes de água e esgotos, entre outros tão essenciais à fixação da população no nosso territó-rio.Neste sentido, é fundamental que o Governo negocie com Bruxelas, de forma a promover a existência de novas oportu-nidades para esta região, crian-

do instrumentos financeiros que permitam um crescimento mais sustentável e inclusivo. Instrumentos financeiros que capacitem este território para o efetivo desenvolvimento, cumprindo os princípios da coesão territorial .Neste quadro, a CIMBAL está a elaborar o PEDBA – Plano Es-tratégico de Desenvolvimento do Baixo Alentejo e prepara o Pacto de Desenvolvimento,

em parceria com todos os ato-res locais e regionais. Este pla-no apresenta a estratégia para o território até 2020 e também consubstancia o Novo Quadro Comunitário. É a partir daqui que a CIMBAL continuará a intensificar o seu trabalho em prol do desen-volvimento do Baixo Alentejo, com vista a atrair investidores e promover a qualidade de vida e bem-estar dos nossos

cidadãos. Bastará para isso que não defraudem as nos-sas expetativas, porque os territórios de baixa densi-dade têm que ser tratados de uma forma especifica, de modo a poderem fixar pessoas e promover recur-sos existentes e em potên-cia. Para a concretização de tudo isto, as autarquias precisam de manter a au-tonomia conquistada com o 25 de Abril de 1974 e, de igual forma, não podem ser retirados (pelo contrá-rio, devem ser restituídos

serviços essenciais às popu-lações, como as escolas/edu-cação, a saúde, as finanças, a segurança, o trabalho, entre outros, conseguidos com a de-mocracia.

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Opinião Rádio Voz da Planície // 31ª Ovibeja

alentejo� � � �

Programa Operacional Regional do Alentejo 2014-2020

ALENTEJOCapital simbólico e identidade distintiva,

Recursos materiais, de conhecimento e competências,

Investimento gerador de emprego,

Coesão social.

UNIÃO EUROPEIA

Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional

Conheça a proposta em | web.ccdr-a.gov.pt |

Informe-se!

CIMBAL define Plano Estratégico para o território

João RochaPresidente da CIMBAL

Page 22: Rádio Voz da Planicie

O CEBAL – Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Alentejo quer crescer com o Plano de Ação Regional Alentejo 2020, mas as suas expetativas passam também, pela obtenção de fundos, para a investigação e inovação, a nível europeu, internacional e nacional, no âmbito do novo quadro comunitário de apoio.

A nível Europeu, no âmbito do novo quadro comunitário de apoio, existe uma aposta forte, defendida por políticos e investigadores, para a investigação e inovação, por entenderem que esta será uma das formas de sair da crise atual, visão que partilho. Neste contexto estão perspetivados fundos significativos para o que foi denominado de “Horizonte 2020” e a ideia é que o CEBAL, em conjunto com entidades europeias e nacionais, possa concorrer a estes fundos, na área do agroalimentar. O CEBAL já está a estabelecer contactos nesse sentido, com entidades nacionais e estrangeiras, porque este é um dos caminhos que o Centro quer explorar e percorrer. Ainda, a nível Europeu, mas pensando nas zonas transfronteiriças, o CEBAL está também, a

desenvolver contactos, com o objetivo de poder apresentar-se em candidaturas a projetos, com parceiros espanhóis da Andaluzia e Extremadura, que tenham interesses comuns, nas áreas da investigação e da inovação.A nível regional, o CEBAL acredita poder vir a obter, igualmente, alguns

financiamentos, através de fundos geridos pela CCDRA – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, como está previsto no âmbito do Plano de Ação Regional Alentejo 2020.A nível regional, o CEBAL tem todo o interesse também, em submeter-se a candidaturas,

a fundos do PDR – Programa de Desenvolvimento Rural que integra duas medidas, nomeadamente a da “Promoção para o conhecimento” e a da “Promoção para a inovação”, direcionadas para as áreas em que o Centro opera. Neste contexto foram criados os chamados “grupos operacionais”, que consistem na comunhão de diversas entidades, que a nível regional e nacional, tenham interesses comuns em candidaturas a uma determinada área. Nestes grupos são discutidos os projetos que seguem depois para apreciação e o CEBAL já está inscrito em vários, nas áreas da produção vegetal e animal, com o objetivo de os integrar e de poder fazer parte de candidaturas ao PDR.O CEBAL tem boas expetativas para o quadro comunitário de apoio 2020, por dispor do know how necessário e determinante para integrar as parcerias e candidaturas fundamentais à obtenção dos fundos indispensáveis para a continuação do bom trabalho que tem desenvolvido até à data, na região.

Rádio Voz da Planície // 31ª Ovibeja Actualidade

CEBAL quer crescer com ”Alentejo 2020“Claudino MatosDiretor do CEBAL

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ALENTEJO XXI - Associação De Desenvolvimento Integrado do Meio RuralRua da Misericórdia, 10 - 7800-285 Beja telefone: 284 318 395 fax: 284 318 394site: www.alentejoxxi.pt e-mail: [email protected]

MOTOR DO DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DA REGIÃO!

UM TERRITÓRIO CONSTRUIDO POR TODOS NÓS!