QUESTÕES VARIADAS DE HISTÓRIA

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QUESTÕES VARIADAS DE HISTÓRIA Questões de história – Esparta: sociedade e política Para os que vão fazer vestibular e procura uma seleção de questões de historia com gabarito que está totalmente voltada para a história de Esparta, então está no lugar certo. São várias questões de história para vestibular que contém em seu contexto tudo sobre Esparta, sociedade e seu poder político. Um ótimo simulado de história para vestibular que irá, sem dúvida, aumentar o seu conhecimento. 1. Situava-se na península do Peloponeso, na região da Lacônia: a) Atenas b) Esparta c) Grécia d) Mesopotâmia e) Roma 2. Não é uma das divisões da sociedade espartana: a) Esparciatas b) Periecos c) Hilotas d) Genos e) Todos 3. Em relação ao poder político de Esparta podemos afirmar que era: a) diarquia b) Oligarquia c) Perieco d) Anarquia e) Monarquia 4. Não era um órgão da administração política de Esparta: a) Conselhos da monarquia b) Gerúsia c) Ápela d) Conselhos dos Éforos e) Todas as alternativas

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QUESTÕES VARIADAS DE HISTÓRIA

Questões de história – Esparta: sociedade e política

Para os que vão fazer vestibular e procura uma seleção de questões de historia com gabarito que está totalmente voltada para a história de Esparta, então está no lugar certo. São várias questões de história para vestibular que contém em seu contexto tudo sobre Esparta, sociedade e seu poder político. Um ótimo simulado de história para vestibular que irá, sem dúvida, aumentar o seu conhecimento.

1. Situava-se na península do Peloponeso, na região da Lacônia:a) Atenasb) Esparta c) Gréciad) Mesopotâmiae) Roma

2. Não é uma das divisões da sociedade espartana:a) Esparciatasb) Periecosc) Hilotasd) Genos e) Todos

3. Em relação ao poder político de Esparta podemos afirmar que era:a) diarquia b) Oligarquiac) Periecod) Anarquia e) Monarquia

4. Não era um órgão da administração política de Esparta:a) Conselhos da monarquia b) Gerúsiac) Ápelad) Conselhos dos Éforose) Todas as alternativas

5. Corresponde a assembleia composta dos mais importantes cidadãos espartanos maiores de 30 anos de idade:a) Ápela b) Gerúsiac) acrópole d) Arcontadoe) Metecos

Gabarito:1.b – 2.d – 3.a – 4.a – 5.a

Questões sobre os hebreus com gabarito

A história dos hebreus é bem extensa e compreende várias etapas importantes. Antes de tentar resolver esse simulado com questões sobre os hebreus, ou seja, questões que envolvem a história dos hebreus é preciso saber um pouco sobre toda história de um povo que viveu muitas etapas. As questões abaixo se referem à herança cultural dos hebreus e sua evolução política. Essas são questões que podem cair em vestibular ou até mesmo em prova de concurso público. No final de todas as questões você encontrará toda resposta em um gabarito.

1.Os hebreus não desenvolveram um império, mas deixaram uma importante herança:a) o monoteísmo b) o patriarquismo c) a monarquiad) a arquiteturae) suas artes e cultura

2. Assinale a alternativa que se refere a um dos grandes períodos da história política dos hebreus:a) governo aristocratasb) governo dos patriarcasc) governo de monarcad) governo dos plebeuse) governo dos monoteístas

3. Assinale a alternativa que se refere ao primeiro patriarca dos hebreus:a) Moisésb) Sansãoc) Judád) Saule) Abraão

4. As constantes batalhas pela reconquista da palestina duraram cerca de 200 anos e durante esse período a palestina foi governada por:a) juízes b) patriarcasc) monoteístas d) reise) sacerdotes hebreus

5. A vida dos hebreus em relação ao socioeconômico pode ser dividida em duas partes, a fase nômade e a fase:a) religiosab) da literaturac) islâmicad) das batalhase) sedentária

Gabarito:1.a – 2.b – 3.e – 4.a – 5.e

Questões sobre o Egito antigo

Nada mais prazeroso que começar a estudar a história do Egito na idade antiga, suas civilizações e seus impérios. Para quem gosta de história antiga e está se preparando para fazer uma prova de vestibular ou concurso elaborei muitas questões que envolvem assunto referente à história antiga mais precisamente a história do antigo Egito. Nestas questões sobre a história antiga do Egito o aluno irá encontrar suas respostas em um gabarito mais abaixo. A prática de responder questões e exercícios em simulados transforma a maneira do aluno de resolver questões em prova de vestibular e concurso ganhado, assim, mais tempo na realização da prova.

1.Considerado um oásis em meio ao deserto na Idade antiga:a) Mesopotâmiab) Síriac) Egito d) Arábiae) Pérsia

2.O Egito apresenta na idade antiga fatores importantes que propiciaram a fixação do homem que foram:a) Água do rio Nilo e os Solos férteis b) Criação de animais e chuvas periódicas c) Presença de muita chuva e animais de grande ported) Muitos rios e lagos com chuvas constantese) Presença de várias espécies de animais e pequeno lagos

3. Os egípcios tiveram muita criatividade, pois construíram diques e barragens para proteger vilas e casas, além de:a) Canais de irrigações para levar água do rio para as regiões mais distantes. Xb) Poços de armazenamentos de água para uso doméstico.c) construções de lagos para armazenar água que será utilizada na época da seca.d) produção de grandes tanques de barro para guardar grande quantidade de água.e) Construção de grandes buracos no solo para armazenar água e evitar a inundação.

4.Desde 5000 A.C o Egito era habitado por uma quantidade de povos que costumavam viver em clã, chamados de:a) Assíriosb) tibasc) maias d) hicsose) nomos

5. Depois que os egípcios se livraram dos Assírios deu partida para um novo recomeço de sua recuperação na economia e brilho cultural conhecida como:a) nascença saítab) Novo império c) Primeira dinastia d) Crescente fértile) Era da prosperidadeGabarito:1.c – 2.a – 3.a – 4.e – 5.a

Questões sobre a Mesopotâmia e História Geral para vestibular

Estudar história geral e deixar passar despercebido esse assunto tão importante que é a história da Mesopotâmia significa errar pelo menos uma questão no vestibular, pois esse assunto é muito pedido e certamente vai cair uma questão falando sobre a Mesopotâmia. Abaixo algumas questões de história geral para vestibular referente a mesopotâmia:

1.Assinale a alternativa que afirma ser a região que ficava ao norte da Mesopotâmia e que era utilizada como passagem entre a Ásia e o Mediterrâneo:a) Feníciab) Pérsiac) Egitod) Síriae) Assíria

2.Era o povo conhecido como neobabilônios:a) Assíriosb) Caldeus c) Feníciosd) Hebreus e) Árabes

3.Quem construiu a torre de babel:a) Nabucodonosor b) Hamurábic) Faraód) Tebase) Quéops

4.Assinale a afirmação que se refere ao código de Hamurábi:a) A função da pena é sujeitar o condenado a um castigo equivalente ao dano por ele praticado. b) A pena dada não era prisão, mas as quantidades de chibatadas dadas conforme a gravidade do crime.c) O condenado era preso em um calabouço até o fim de sua vida comendo pão e água somente.d) Havia apenas duas leis que levava o condenado a morte, roubar e matar.e) Todos deviam respeito ao rei e caso descumprisse era condenado à morte.

5. Assinale a alternativa que não corresponde à economia da mesopotâmia:a) Cultivo de Cevadab) Criação de Gadoc) Cultivo de Trigo e tâmarad) Oficinas de artesãos e) Cultivo de flores e especiarias Respostas:1.a – 2.b – 3.a – 4.a – 6e

Questões respondidas para vestibular de história

Para quem estudou sobre a pré-história e um pouco da Mesopotâmia vai conseguir responder essas questões de história para vestibular e concurso. Em todo Brasil estão sendo realizadas provas de vestibulares e se você vai fazer para uma área que cai história, então aproveite as questões que estão disponíveis e todos com gabarito para você conferir se acertou as questões. Aqui sempre estaremos com novidades e novas questões a cada dia para ajudar o vestibulando a passar no vestibular. Bons estudos.

1.Dentre os eventos abaixo assinale o único que caracteriza o surgimento da civilização:a) Formação do Estado b) Vida espiritualc) Metalurgia do cobred) Uso da rodae) Interferência do homem no meio ambiente

2.A região conhecida como crescente fértil corresponde a área:a) Da Ásiab) Da Oceaniac) Da Américad) Da África e) Da Europa

3.Assinale a alternativa que se refere a região do Oriente Médio localizada entre os rios Tigres e Eufrates:a) Pérsiab) Ásia Menorc) Assíriad) Arábiae) Mesopotâmia

4. É característica do modo de produção asiática das primeiras civilizações:a) As classes dirigentes organizavam e administravam o Estado. b) As terras não eram usadas pelos membros da comunidade.c) Os membros eram donos das terras e dirigiam todo trabalho.d) Os pobres não pagavam impostos, apenas deviam obediência ao governo.e) A maior parte da sociedade era constituídas pelos ricos.

5. Assinale uma característica da Mesopotâmia:a) solos férteis e abundância de água b) seca e clima quente dificultando a agriculturac) Solos inférteis, mas com abundância de chuvad) Rico em rios, porém com solos inférteis e) Poucas chuvas, seca e clima quente.Gabarito:1.a – 2.d – 3.e – 4.a – 5.a

Questões de história para vestibular com gabarito

Para alunos que estão se preparando para realizar uma prova de vestibular com questões referente à pré-história e seus períodos. Todas as questões estão respondidas com o gabarito.

1.A pré-história corresponde ao período que vai do surgimento do homem _______ até a invenção da escrita.a) hominídeo b) nômadec) sedentáriod) Macacoe) Pré-indivíduo

2. A paleontologia Humana estuda:a) Os objetos deixados pelos antigos homens pré-históricos.b) Os fósseis dos corpos dos homens pré-históricos. c) A Escrita dos antepassados e desenhos rupestres.d) Comportamento humano dos homens antigos.e) A Evolução do homem da pré-história até os dias de hoje.

3.A pré-história divida-se em três grandes períodos dentre eles temos o Paleolítico que:a) É o período em que predominou a sociedade de homens caçadores e coletores. b) É o período em que se desenvolveu a agricultura e a criação de animais.c) É o período em que se desenvolveu a fundição dos metais.d) É o período em que o homem desenvolveu a escrita e os desenhos.e) é o período em que o homem cria uma religião própria.

4. O _________ foi uma das maiores realizações humanas do Paleolítico.a) Descobrimento da rodab) Desenvolvimento de uma religiãoc) Controle do fogo d) Descobrimento da escritae) O desenvolvimento da agricultura.

5. Não é uma invenção do período Neolítico:a) Cerâmicab) Tecelagemc) Casas e Aldeiasd) Uso da rodae) Uso das Embarcações

Gabarito:1.a – 2.b -3.a – 4.c – 5.e

1.A pré-história corresponde ao período que corresponde ao surgimento do homem primitivo até a invenção:a) da escrita b) da rodac) das armasd) da pinturae) dos instrumentos de metais

2.Assinale a alternativa que corresponde ao período que se desenvolveu a agricultura e a criação de animais na pré-história:a) Paleolítico.b) Neolítico. c) Pré-neolíticod) Era do cultivoe) Era agro paleolítico

3. São realizações culturais dos sumérios, o desenvolvimento da escrita e:a) a invenção da roda b) o uso dos metaisc) o desenvolvimento da agriculturad) a criação de um calendárioe) o desenvolvimento da matemática

4. Assinale a alternativa que se refere à localização do Egito na idade antiga:a) Sul da Pérsiab) Ásia Menorc) Nordeste da África. d) Sul da Mesopotâmia.e) Leste do rio Nilo.

5. Voltando para a palestina, os hebreus tiveram que entrar em conflito contra os cananeus e, logo em seguida, contra os:a) Babilôniosb) Israelitas c) feníciosd) Galileus e) filisteus

6. Assinale a alternativa que se refere à localidade em que os hebreus viviam:a) No sul da mesopotâmia b) No norte do rio Niloc) No Oeste da Palestinad) No Leste da Feníciae) Norte de Judá

7. Região que se localizava ao norte do golfo do corinto:a) Grécia peninsularb) Grécia continental c) Grécia insulard) Grécia oceânicae) Grécia mediterrânea

8. No período da decadência de Roma a capital do império Romano foi transferida para Bizâncio passando a se chamar:a) Justiniano b) Constantinopla c) Reino dos francosd) Atenase) Novo império Bizâncio

9. A civilização islâmica teve início na península Arábica:a) Entre Itália e Espanhab) Líbia e Egitoc) Arábia e Pérsiad) Armênia e Pérsiae) Ásia e África

10. Sistema de trabalho servil que surgiu devido à decadência do Império Romano, no período em que os escravos e plebeus passaram a trabalhar em terras de um grande senhor. a) Colonato b) Servidãoc) Escravidãod) ruralizaçãoe) feudalGabarito:1.a – 2.b – 3.a – 4.c – 5.e – 6.a – 7.b – 8.b – 9.e – 10.a

Exercícios Resolvidos de Ensino médio e vestibular

1. (Fuvest-SP) Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo colonizador. O europeu, com visão de mundo calcada em preconceitos, menosprezou o indígena e sua cultura. A acreditar nos viajantes e missionários, a partir de meados do século XVI, há um decréscimo da população indígena, que se agrava nos séculos seguintes. Os fatores que mais contribuíram para o citado decréscimo foram:

a) a captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata do Potosí.b) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos.c) o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário, cruel e vingativo dos naturais.d) as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho indígena na extração da borracha.e) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios.

2. (UFMG) Leia o texto. “A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma: ainda que em certos vocábulos difere em algumas partes; mas não de maneira que se deixem de entender. (...) Carece de três letras, convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem

desordenadamente (...)." (GANDAVO, Pero de Magalhães, História da Província de Santa Cruz, 1578.) A partir do texto, pode-se afirmar que todas as alternativas expressam a relação dos portugueses com a cultura indígena, exceto:

a) A busca de compreensão da cultura indígena era uma preocupação do colonizador.b) A desorganização social dos indígenas se refletia no idioma.c) A diferença cultural entre nativos e colonos era atribuída à inferioridade do indígena.d) A língua dos nativos era caracterizada pela limitação vocabular.e) Os signos e símbolos dos nativos da costa marítima eram homogêneos.

3. (Fuvest-SP) A sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...) as distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígines e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na cor." (Stuart B. Schwartz, Segredos internos.) A partir do texto pode-se concluir que:

a) a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato, existente na Europa, foi transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no elemento fundamental da sociedade brasileira colonial.b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições como a escravidão, completamente desconhecida da sociedade européia nos séculos XV e XVI.c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial.d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade.e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de negros, não alterou em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante os séculos XVI e XVII.

4. (UFMG) Todas as alternativas apresentam fatores que explicam a primazia dos portugueses no cenário dos grandes descobrimentos, exceto:

a) a atuação empreendedora da burguesia lusa no desenvolvimento da indústria náutica.b) a localização geográfica de Portugal, distante do Mediterrâneo oriental e sem ligações comerciais com o restante do continente.c) a presença da fé e o espírito da cavalaria e das cruzadas que atribuíam aos portugueses a missão de cristianizar os povos chamados "infiéis".d) o aparecimento pioneiro da monarquia absolutista em Portugal responsável pela formação do Estado moderno.

5. (FESO-RJ) "O governo-geral foi instituído por D. João III, em 1548, para coordenar as práticas colonizadoras do Brasil. Consistiriam estas últimas em dar às capitanias hereditárias uma assistência mais eficiente e promover a valorização econômica e o povoamento das áreas não ocupadas pelos donatários." (Manoel Maurício de Albuquerque. Pequena história da formação social brasileira. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 180.) As afirmativas abaixo identificam corretamente algumas das atribuições do governador-geral, à exceção de:

a) Estimular e realizar expedições desbravadoras de regiões interiores, visando, entre outros aspectos, à descoberta de metais preciosos.b) Visitar e fiscalizar as capitanias hereditárias e reais, especialmente aquelas que vivenciavam problemas quanto ao povoamento e à exploração das terras.c) Distribuir sesmarias, particularmente para os beneficiários que comprovassem rendas e meios de valorizar economicamente as terras recebidas.d) Regular as alianças com tribos indígenas, controlando e limitando a ação das ordens religiosas, em especial da Companhia de Jesus.e) Organizar a defesa da costa e promover o desenvolvimento da construção naval e do comércio de cabotagem.

6. (UNISO) Durante a maior parte do período colonial a participação nas câmaras das vilas era uma prerrogativa dos chamados "homens bons", excluindo-se desse privilégio os outros integrantes da sociedade. A expressão "homem bom" dizia respeito a:

a) homens que recebiam a concessão da Coroa portuguesa para explorar minas de ouro e de diamantes;b) senhores de engenho e proprietários de escravos;c) funcionários nomeados pela Coroa portuguesa para exercerem altos cargos administrativos na colônia;d) homens considerados de bom caráter, independentemente do cargo ou da função que exerciam na colônia.

7. (UNAERP-SP) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação do Brasil seria através da colonização. Era necessário

colonizar, simultaneamente, todo o extenso território brasileiro. Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da:

a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.c) criação das capitanias hereditárias. d) montagem do sistema colonial.e) criação e distribuição das sesmarias.

8. (Cesgranrio-RJ) Assinale a opção que caracteriza a economia colonial estruturada como desdobramento da expansão mercantil européia da época moderna.

a) A descoberta de ouro no final do século XVII aumentou a renda colonial, favorecendo o rompimento dos monopólios que regulavam a relação com a metrópole.b) O caráter exportador da economia colonial foi lentamente alterado pelo crescimento dos setores de subsistência, que disputavam as terras e os escravos disponíveis para a produção.c) A lavoura de produtos tropicais e as atividades extrativas foram organizadas para atender aos interesses da política mercantilista européia.d) A implantação da empresa agrícola representou o aproveitamento, na América, da experiência anterior dos portugueses nas suas colônias orientais.e) A produção de abastecimento e o comércio interno foram os principais mecanismos de acumulação da economia colonial.

9. . (UFRJ) "(...) meu coração estremece de infinita alegria por ver que a terra onde nasci em breve não será pisada por um pé escravo. (...) Quando a humanidade jazia no obscurantismo, a escravidão era apanágio dos tiranos; hoje, que a civilização tem aberto brecha nas muralhas da ignorância e preconceitos, a liberdade desses infelizes é um emblema sublime (...). Esta festa é a precursora de uma conquista da luz contra as trevas, da verdade contra a mentira, da liberdade contra a escravidão." (ESTRELLA, Maria Augusta Generoso e Oliveira. "Discurso na Sessão Magna do Clube Abolicionista", 1872, Arquivo Público Estadual, Recife-PE.) A escravidão está associada às diversas formas de exploração e de violência contra a população escrava. Essa situação, embora característica dos regimes escravocratas, registra inúmeros momentos de rebeldia. Em suas manifestações e ações cotidianas, homens e mulheres escravizados reagiram a esta condição, proporcionando formas de resistência que resultaram em processos sociais e políticos que, a médio e longo prazos, influíram na superação dessa modalidade de trabalho.

a) Cite duas formas de resistência dos negros contra o regime da escravidão ocorridas no Brasil.b) Explique um fator que tenha contribuído para a transição para o trabalho livre no Brasil no século XIX.

Explicação da Resposta:

a) Uma forma de resistência era a fuga e a posterior organização em quilombos; outra era a simples passividade perante o trabalho e o não-enfrentamento com o senhor, levando o escravo algumas vezes ao suicídio.b) Um fato foi o fim do tráfico negreiro em 1850 (Lei Eusébio de Queirós), levando ao lento processo de diminuição da população de escravos.10. (Cesgranrio-RJ) "O senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado de muitos." O comentário de Antonil, escrito no século XVIII, pode ser considerado característico da sociedade colonial brasileira porque:

a) a condição de proprietário de terras e de homens garantia a preponderância dos senhores de engenho na sociedade colonial.b) a autoridade dos senhores restringia-se aos seus escravos, não se impondo às comunidades vizinhas e a outros proprietários menores.c) as dificuldades de adaptação às áreas coloniais levaram os europeus a organizar uma sociedade com mínima diferenciação e forte solidariedade entre seus segmentos.d) as atividades dos senhores de engenho não se limitavam à agroindústria, pois controlavam o comércio de exportação, o tráfico negreiro e a economia de abastecimento.e) o poder político dos senhores de engenho era assegurado pela metrópole através da sua designação para os mais altos cargos da administração colonial.

11. (UFMG) "Restituídas às capitanias de Pernambuco ao domínio de Sua Majestade, livres já dos inimigos que de fora as vieram conquistar, sendo poderosas as nossas armas para sacudir o inimigo, que tantos anos nos oprimiu, nunca foram capazes para destruir o contrário, que das portas adentro nos infestou, não sendo menores os danos destes do que tinham sido as hostilidades daqueles." ("Relação das guerras feitas aos Palmares de Pernambuco no tempo do Governador D. Pedro de Almeida, de 1675 a 1678", citado por CARNEIRO, Edson. Quilombo dos Palmares. 2.ed. São Paulo: CEN, Col. Brasiliana, 1958. v.302.) O texto faz referência tanto às invasões holandesas ("... dos inimigos que de fora as vieram conquistar") quanto ao quilombo de Palmares (“... o contrário, que das portas adentro nos infestou"). O quilombo de Palmares, núcleo de rebeldia escrava no Nordeste brasileiro, alcançou considerável crescimento durante o período de ocupação holandesa em Pernambuco. Mesmo após a expulsão dos invasores estrangeiros pela população local, o quilombo resistiu a inúmeros ataques de tropas governistas.

a) Apresente uma razão para a ocupação holandesa do Nordeste brasileiro.b) Explique, com base em um argumento, a longa duração de

Palmares.

Explicação da Resposta:a) Os holandeses atacaram o Nordeste brasileiro em decorrência do embargo açucareiro decretado por Filipe II, rei da Espanha e, nos termos da União Ibérica de 1580 a 1640, também rei de Portugal. b) A longa duração de Palmares é, em grande parte, fruto do longo conflito com os holandeses em Pernambuco (1630-54). Apesar de um período de apaziguamento, os atritos entre holandeses e portugueses ou brasileiros estimulavam as fugas de escravos e contribuíam para o fortalecimento do quilombo.12. (UEL-PR) No Brasil colônia, a pecuária teve um papel decisivo na:

a) ocupação das áreas litorâneasb) expulsão do assalariado do campoc) formação e exploração dos minifúndiosd) fixação do escravo na agriculturae) expansão para o interior

13. (Cesgranrio-RJ) A ocupação do território brasileiro, restrita, no século XVI, ao litoral e associada à lavoura de produtos tropicais, estendeu-se ao interior durante os séculos XVII e XVIII, ligada à exploração de novas atividades econômicas e aos interesses políticos de Portugal em definir as fronteiras da colônia. As afirmações abaixo relacionam as regiões ocupadas a partir do século XVII e suas atividades dominantes. 1) No vale amazônico, o extrativismo vegetal – as drogas do sertão – e a captura de índios atraíram os colonizadores. 2) A ocupação do Pampa gaúcho não teve nenhum interesse econômico, estando ligada aos conflitos luso-espanhóis na Europa. 3) O planalto central, nas áreas correspondentes aos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, foi um dos principais alvos do bandeirismo, e sua ocupação está ligada à mineração. 4) A zona missioneira no Sul do Brasil representava um obstáculo tanto aos colonos, interessados na escravização dos indígenas, quanto a Portugal, dificultando a demarcação das fronteiras. 5) O Sertão nordestino, primeira área interior ocupada no processo de colonização, foi um prolongamento da lavoura canavieira, fornecendo novas terras e mão-de-obra para a expansão da lavoura. As afirmações corretas são:

a) somente 1, 2 e 4.b) somente 1, 2 e 5.c) somente 1, 3 e 4.d) somente 2, 3 e 4.

e) somente 2, 3 e 5.

14. (Unicamp-SP) O escravo no Brasil é geralmente representado como dócil, dominado pela força e submisso ao senhor. Porém, muitos historiadores mostram a importância da resistência dos escravos aos senhores e o medo que os senhores sentiram diante dos quilombos, insurreições, revoltas, atentados e fugas de escravos.

a) Descreva o que eram os quilombos.b) Por que a metrópole portuguesa e os senhores combateram os quilombos, as revoltas, os atentados e as fugas de escravos no período colonial brasileiro?

Explicação da Resposta:a) Os quilombos eram aldeamentos de negros fugitivos. b) Porque a simples existência de quilombos representava uma forma de subversão da ordem econômica brasileira, impedindo eventualmente que a colônia cumprisse sua função perante a metrópole.15. (Cesgranrio-RJ) A expansão da colonização portuguesa na América, a partir da segunda metade do século XVIII, foi marcada por um conjunto de medidas, dentre as quais podemos citar:

a) o esforço para ampliar o comércio colonial, suprimindo-se as práticas mercantilistas.b) a instalação de missões indígenas nas fronteiras sul e oeste, para garantir a posse dos territórios por Portugal.c) o bandeirismo paulista, que destruiu parte das missões jesuíticas e descobriu as áreas mineradoras do planalto central.d) a expansão da lavoura da cana para o interior, incentivada pela alta dos preços no mercado internacional.e) as alianças políticas e a abertura do comércio colonial aos ingleses, para conter o expansionismo espanhol.

16. (Fuvest-SP) Podemos afirmar sobre o período da mineração no Brasil que:

a) atraídos pelo ouro, vieram para o Brasil aventureiros de toda espécie, que inviabilizaram a mineração.b) a exploração das minas de ouro só trouxe benefícios para Portugal.c) a mineração deu origem a uma classe média urbana que teve papel decisivo na independência do Brasil.d) o ouro beneficiou apenas a Inglaterra, que financiou sua exploração.e) a mineração contribuiu para interligar as várias regiões do

Brasil e foi fator de diferenciação da sociedade.

17. (UFMG) Em 1703, Portugal assinou com a Inglaterra o tratado de Methuen. A assinatura desse tratado teve implicações profundas para as economias portuguesa e inglesa.

a) Apresente a situação em que se encontrava Portugal na época da assinatura do tratado.b) Cite a principal cláusula do tratado de Methuen.c) Apresente 2 (duas) implicações fundamentais desse tratado para a economia portuguesa.d) Apresente a implicação fundamental desse tratado para a economia inglesa.

Resposta: AExplicação da Resposta:a) Portugal encontrava-se em decadência econômica, após o malfadado período da União Ibérica (até 1640) e o rompimento das relações com os holandeses. b) A principal cláusula do tratado de Methuen é aquela que abre Portugal para as importações de tecidos ingleses e, em troca, a Inglaterra se abre para os vinhos portugueses. c) A partir da assinatura do tratado, a economia portuguesa abre-se para as importações de tecidos ingleses, arrasando o pequeno setor têxtil português e condenando o país à especialização agrícola, mais especificamente à produção de vinhos. d) O tratado garantiu para a Inglaterra o controle sobre o mercado português e, conseqüentemente, sobre o brasileiro.

18. . (UFMG) Leia o texto. Ele refere-se à capitania de Minas Gerais no século XVIII. "... ponderando-se o acharem-se hoje as Vilas dessa Capitania tão numerosas como se acham, e que sendo uma grande parte das famílias dos seus moradores de limpo nascimento, era justo que somente as pessoas que tiverem esta qualidade andassem na governança delas, porque se a falta de pessoas capazes fez a princípio necessária a tolerância de admitir os mulatos aos exercícios daqueles oficias, hoje, que tem cessado esta razão, se faz indecoroso que eles sejam ocupados por pessoas em que haja semelhante defeito..." (D. João, Lisboa, 27 de janeiro de 1726.) No trecho dessa carta, o rei de Portugal refere-se à impropriedade de os mulatos continuarem a exercer o cargo de:

a) governador, magistrado escolhido entre os "homens bons" da colônia para administrarem a capitania.

b) intendente das minas, ministro incumbido de controlar o fluxo de alimentos e do comércio.c) ouvidor, funcionário responsável pela administração das finanças e dos bens eclesiásticos.d) vereador, membro do Senado da Câmara, encarregado de cuidar da administração local.

19. (PUC-SP) "Eu a Rainha faço saber: Que devido ao grande número de fábricas e manufaturas, que desde alguns anos tem se difundido em diferentes capitanias do Brasil, com grave prejuízo da cultura e da lavoura e da exploração das terras minerais daquele continente; porque havendo nele falta de população é evidente que quanto mais se multiplicar o número de fabricantes, mais diminuirá o de cultivadores e menos braços haverá... Hei por bem ordenar que todas as fábricas e manufaturas... (excetuando-se as que tecem fazendas grossas de algodão) sejam extintas e abolidas em qualquer parte dos meus domínios no Brasil." (Alvará de 5/1/1785.) No final do século XVIII, ampliam-se as restrições e proibições impostas pela metrópole portuguesa ao desenvolvimento das atividades econômicas na colônia. O texto reproduzido acima, baixado por D. Maria I, rainha de Portugal, contém aspectos dessa política de restrições. Leia com atenção o texto e a seguir:

a) identifique a restrição central nele imposta;b) destaque e comente um argumento usado no texto para justificar tal medida.

Explicação da Resposta:. a) O alvará de 1785 basicamente restringe a instalação de manufaturas no Brasil e obriga o fechamento das já existentes. b) O principal argumento utilizado é a escassa mão-de-obra brasileira, que seria mais bem aproveitada na lavoura e na mineração. O argumento é falso, já que tanto a atividade mineradora quanto a lavoura tradicional (açucareira) encontravam-se em franca decadência. O verdadeiro interesse português era a necessidade de garantir o monopólio metropolitano sobre os manufaturados.

Descobrimento do Brasil

 

Em 22 de abril de 1500, no atual estado da Bahia, aportavam os primeiros portugueses nas terras que se transformariam no Brasil que hoje conhecemos. Porém, é necessário entender o Descobrimento do Brasil como um episódio mais amplo, denominado Grandes Navegações.

 

Em busca das Índias

As Grandes Navegações são resultantes de um processo de transformação maior ocorrido na Europa no final da Idade Média a procura de uma nova rota para as Índias, objetivando o comércio de especiarias.

 

Portugal foi o primeiro

O primeiro país a lançar-se à procura de novas rotas para o Oriente foi Portugal. Isso, graças às condições extremamente favoráveis em que esse país se encontrava.

Burguesia rica: o grupo mercantil português tem sua origem ligada ao desenvolvimento comercial europeu e ao aparecimento de novas rotas de comércio. Havia uma delas, a Atlântico-Mediterrâneo, que iniciava nas cidades italianas e passava pelo estreito de Gibraltar para alcançar o mar do Norte. Os navios dessa rota faziam escala em Portugal para se reabastecer e aproveitavam também para realizar o comércio. O aproveitamento dessa rota deu à burguesia portuguesa uma posição econômica tão favorável que lhe permitia financiar a procura de novas roas marítimas;

Monarquia forte: em 1385 sobe ao poder de Portugal o rei D.João I, da dinastia de Avis. Como para isso foi apoiado pela burguesia, teve que atender, no seu governo, aos interesses dessa camada, orientando a política portuguesa no sentido da procura de novas rotas comerciais;

Situação de paz: Portugal atravessava um período de paz tanto interna quanto externamente, enquanto outros países europeus estavam envolvidos em guerras (a Inglaterra e a França travavam a Guerra dos Cem Anos e a Espanha tentava expulsar os árabes do seu território);

Posição geográfica favorável: Ao observar o mapa, podemos perceber que Portugal está inteiramente voltado para o oceano Atlântico o que significava ótima posição para a navegação marítima.

O objetivo de Portugal era chegar às Índias contornando o continente africano, por essa razão chamamos as navegações portuguesas de ciclo oriental.

Durante muito tempo, Portugal foi o único país europeu a fazer navegações:

Conquistou Ceuta, no norte da África, em 1415. Nessa região fundou sua primeira base dentro do continente africano;

conquistou várias ilhas no Atlântico; em 1488, Bartolomeu Dias contornou o cabo da Boa Esperança, comprovando a

ligação do oceano Atlântico com o Índico.

O primeiro concorrente

Logo depois, em 1492, a Espanha também começou a navegar. Os espanhóis expulsaram os árabes que dominavam seu território e contrataram o grande navegador italiano Cristóvão Colombo, que pretendia chegar às Índias por outro caminho.

Acreditando na esfericidade da Terra, Colombo pretendia fazer a viagem de circunavegação: iria em direção ao Ocidente para atingir o Oriente. Este foi o ciclo ocidental.

Essa viagem era possível, mas o que Colombo não sabia é que, ao invés de chegar às Índias, iria descobrir um novo continente.

Em 12 de outubro de 1492, após dois meses de viagem, ele chegou a terra firme: eram as ilhas da América Central. Ele, entretanto, pensou ter chegado às Índias.

Somente mais tare é que Américo Vespúcio, outro navegante italiano, verificou não se tratar das Índias e sim de um novo continente, por isso a nova terra levou o nome de América.

Quando Colombo voltou para a Europa e comunicou o resultado de sua viagem, Portugal passou a cobiçar essas terras e exigiu da Espanha um tratado que dividisse com ele as terras descobertas ou por descobrir.

A fim de solucionar a contenda entre os dois países, oi chamado o Papa Alexandre VI, que fez a Bula Inter Coetera:seria traçado um meridiano imaginário a 100 léguas das ilhas de Cabo Verde.

As terras que ficassem a oeste pertenceriam à Espanha e as ficassem a leste, a Portugal.

Portugal foi extremamente prejudicado pelo tratado: não ficou de posse de nenhum trecho de terra do novo continente. Assim sendo, recusou-se e exigiu outro. O novo tratado, elaborado diretamente entre os governos da Espanha e de Portugal, recebeu o nome de Tratado de Toresilhas (1494). Estabelecia um meridiano imaginário a 370 léguas a oeste de Cabo Verde; as terras que ficassem a oeste pertenceriam à Espanha e a leste a Portugal.

 

Assim, Portugal ficou com uma parte do Brasil antes mesmo de seu descobrimento oficial. O setor do território brasileiro que ficou para Portugal ia da atual cidade de Belém do pará até Laguna, em Santa Catarina. Corresponde aproximadamente a um terço do Brasil atual.

 

O Brasil e as Índias

Apesar de Portugal insistir em garantir a posse das terras ocidentais, ele continuava interessado no comércio de produtos asiáticos, e para tanto era necessário continuar a busca do caminho marítimo para as Índias.

Em 1498 foi organizada uma nova esquadra, comandada por Vasco da Gama. Seguindo

o caminho já determinado por Bartolomeu Dias, Vasco da Gama atingiu o oceano Índico e assim conseguiu chegar às tão procuradas Índias. Aportou na região de Calicute, centro comercial das especiarias. Estava, assim, descoberto o caminho marítimo para as Índias.

Era necessário, agora, estabelecer um comércio com essa região. Por isso, em 1500, o rei D. Manuel, o Venturoso, organizou a esquadra de Pedro  Alvares Cabral, que tinha como objetivos:

fundar nas  Índias um centro comercial português; oficializar o descobrimento do Brasil.

Cabral partiu de Portugal com sua grande esquadra no dia 9 de março de 1500.

Atravessou o Oceano Atlântico, que naquela época era conhecido como o Mar Oceano, e no dia 21 de abriu avistou os primeiros sinais de terra: ervas marinhas e pássaros. No dia seguinte, 22 de abril, avistou a própria terra. A armada aportou então num abrigo seguro que foi chamado de Porto Seguro (hoje baía Cabrália, no atual estado da Bahia) e ali permaneceu durante dez dias.

Como disse  Caminha em sua carta: “... Primeiro um monte muito alto e redondo, com muitas serras mais baixas ao sul...”

Ao monte foi dado o nome de monte Pascoal , pela proximidade da festa da Páscoa e à terra, Ilha de Vera Cruz, em nome do rei de Portugal.

No dia 26 de abril foi celebrada a primeira missa por Frei Henrique Soares, no Ilhéu da Coroa Vermelha.

A 1º de maio foi rezada a segunda missa, agora já em terra firme, e com esse ritual se deu também a posse oficial da terra para Portugal.

A 2 de maio Cabral continuou a viagem em direção às Índias, deixando aqui dois degredados.

O Brasil teve três nomes: inicialmente, Ilha de Vera Cruz, pois supunha-se que se tratava apenas de uma ilha e não de um enorme território; comprovado o erro, passou a ser Terra de Santa Cruz. O nome atual, Brasil, deve-se à madeira cor de brasa, aqui existente, denominada pau-brasil.

Os índios do Brasil

Na época do Descobrimento quando os portugueses chegaram ao litoral brasileiro, dando início ao processo de ocupação, perceberam que a região era  ocupada pelos povos nativos. A estes nativos os portugueses deram o nome de índios, pois acreditavam ter chegado às Índias.

Mesmo após a descoberta de que não estavam nas Índias, e sim em um território desconhecido, os europeus continuaram a chamá-los assim, ignorando propositalmente as diferenças linguístico-culturais. Desta maneira  era mais fácil tornar todos os nativos iguais e tratá-los também de forma igual, já que a finalidade era o domínio político, econômico e religioso.

Ainda que não se tenha um conhecimento exato quanto ao número de sociedades indígenas existentes no Brasil à época da chegada dos europeus, existe estimativas sobre o número de habitantes nativos naquele tempo, algo em torno de 5 milhões de indivíduos.  O processo de colonização levou à extinção de muitas sociedades indígenas que viviam no território dominado, seja por meio das guerras, seja em consequência do contágio por doenças trazidas dos países distantes como a gripe, o sarampo e a varíola, que vitimaram, muitas vezes, sociedades indígenas inteiras, em razão dos índios não terem imunidade natural a estes males, ou, ainda, pela imposição aos índios à nova maneira de viver. Sem poder enfrentar os portugueses na guerra e não querendo conviver pacificamente com eles, muitos indígenas resolveram fugir para o interior do território, na tentativa de manter seu modo de vida, longe dos invasores. Apesar disso, muitos desses índios acabaram aprisionados e transformados em escravos.

 

A classificação indígena

Os portugueses conheceram primeiro os povos que viviam no litoral. Por terem traços culturais semelhantes entre si, eles receberam dos colonizadores uma denominação geral: Tupi ou Tubinambá.  Os outros grupos que tiveram menor contato, como os povos que habitavam o interior do território e que não falavam a língua que os jesuítas deram o nome de "língua geral" ou "língua mais usada na costa do Brasil", os portugueses deram o nome de  Tapuia.Esta classificação foi extremamente importante para o registro das informações sobre os índios produzidas pelos portugueses, franceses e outros europeus. Sem os documentos produzidos pelos colonizadores, as crônicas dos viajantes, a correspondência dos jesuítas e as gramáticas da "língua geral" e de outras línguas, não teríamos como saber sobre os nativos, sua cultura e sua história.

Sociedades indígenas

À medida que os colonizadores foram explorando o território, perceberam que essas populações dividiam-se em centenas de povos que falavam línguas distintas, tinham costumes e hábitos  diferentes.Estima-se que na época eram faladas cerca de 1.300 línguas indígenas diferentes.Para estudarmos os povos indígenas, estes foram agrupados de acordo com as semelhanças existentes entre suas línguas. Desta forma são reunidos povos com características culturais comuns.A classificação linguística reconhece a existência de dois troncos principais (tupi e macro-jê) e de outras seis famílias linguísticas de significativa importância (aruak, arawá, karib, maku, tukano e yanomami), além de muitas línguas sem filiação definida, não classificadas ou isoladas.Atualmente essa população está distribuída em aproximadamente 215 etnias, que falam cerca de 170 línguas diferentes, excluindo-se os índios isolados. Muitos índios falam unicamente sua língua, desconhecendo o português e outros falam o português como sua segunda língua.

Aproximadamente 60% da população indígena brasileira vive na região designada como Amazônia Legal, área esta que engloba nove estados brasileiros pertencentes à Bacia amazônica e, que possuem em seu território trechos da Floresta Amazônica, entretanto registra-se a presença de grupos indígenas em praticamente todos os estados brasileiros. Apenas no Rio Grande do Norte, Piauí e no Distrito Federal não se encontra grupos indígenas.

Os principais grupos indígenas brasileiros em expressão demográfica são: Tikuna, Tukano, Macuxi, Yanomami, Guajajara, Terena, Pankaruru, Kayapó, Kaingang, Guarani, Xavante, Xerente, Nambikwara, Munduruku, Mura, Sateré-Maué, entre outros.

Grupos indígenas de destaque:

Tupis: habitavam principalmente o litoral brasileiro,  desde o Rio Grande do Sul até o Amazonas. Ocuparam também trechos do interior do país. Entre as tribos que formavam esta nação, destacam-se: os tupinambás, os tupiniquins, os mundurucus e os parintintins.

Jês ou tapuias: comparado aos outros grupos, era o que se encontrava no mais atrasado estágio de desenvolvimento. Dominavam todo o planalto central; na região que corresponde atualmente ao oeste de Minas Gerais, o Estado de Goiás e do Mato Grosso. Eram encontradas algumas tribos também no Maranhão e no Piauí. Entre suas principais tribos destacam-se: timbiras, aimorés, goitacás, cariris, carijós e caiapós.

Aruak: O grupo Aruak ocupava uma extensa zona geográfica compreendida em parte do Amazonas e a ilha de Marajó. Fora do território brasileiro localizavam-se desde a Bolívia até  a costa setentrional da Venezuela, para o Norte chegaram  até a Flórida e para a o Sul atingiram a região do Paraguai. Eram considerados excelentes navegadores e em estágio bem adiantado de desenvolvimento possuindo agricultura organizada. As principais tribos Aruak em nosso país eram: aruãs, parecis, paumaris, cunibos, guanás e terenos.

Karib: O grupo Karib destacou-se como o grupo mais violento. Ocupavam a região do baixo Amazonas e parte do território do Amapá e Roraima. Em razão da prática da antropofagia, eram chamados canibais. Destacam-se: palmelas, pimenteiras, nauquás, bocairis, cotos, mariquitares e crixamas.

Organização social dos índios

Os costumes dos tupis ou tupinambás são os mais conhecidos em razão dos registros feitos pelos os jesuítas e os viajantes estrangeiros durante o Período Colonial. O mesmo, entretanto, não ocorreu com os tapuias, avaliados pelos colonizadores como o exemplo máximo da barbárie e selvageria.Os índios vivem em tribos. Organização de um grupo de pessoas ligadas entre si por  laços de sangue, com costumes e interesses comuns. Constroem sua aldeia em uma mesma área, falam a mesma língua, têm os mesmos costumes e união entre si.

Os Tupis moravam em malocas. Cada grupo local ou "tribo" tupinambá era composta de cerca de 6 a 8 malocas. A população dessas tribos girava em torno de 200 indivíduos, podendo atingir até 600.

As formas de organização das aldeias indígenas são distintas de um povo para outro. Algumas tribos  preferem construir suas aldeias em forma de ferradura; já outras optam pela forma circular; outros, ainda, constroem uma única habitação coletiva.

As  tribos são compostas de unidades menores que recebem o nome de tabas ou aldeias e cada uma delas formada por um conjunto de ocas. As ocas localizam-se em torno de uma praça central, a ocara, onde são realizadas as festas, as danças e as cerimônias religiosas. A taba normalmente é protegida por uma cerca de troncos chamada caiçara.O comando da tribo é de responsabilidade do cacique. Na época do descobrimento era o cacique que conduzia os homens à guerra, à pesca e à caça. Era ele que reunia os índios para as decisões dos negócios mais importantes da tribo: declaração de guerra, mudança de aldeia, etc.O chefe religioso é o pajé. A ele compete realizar as cerimônias religiosas e manter as tradições  da tribo. Também exerce as funções de sacerdote, médico e professor.A economia baseava-se na coleta de raízes e frutos e também praticavam a caça e a pesca. Algumas tribos conheciam a agricultura, que era bastante primitiva. Destacava-se

principalmente o plantio do milho, mandioca, amendoim e tabaco.Em razão da economia da coleta os índios eram nômades desta forma era bastante comum os índios invadirem as terras de outras tribos, o que acabava resultando em guerras.No período da entressafra, os índios faziam objetos de cerâmica e utensílios para o trabalho. Cada índio costumava ter seus próprios instrumentos de trabalho, como seu arco e suas flechas.As tarefas eram dividas entre os membros  das tribos e, geralmente, obedeciam à seguinte distribuição:

Trabalho das mulheresTrabalho dos homens

O trabalho agrícola, desde o plantio até a colheita.

 A derrubada do mato e a preparação da terra para o plantio.

A coleta de frutos. Caçar e pescar.A fabricação de farinha. Fabricar arcos, flechas e canoas.O preparo da comida. A construção das moradias.Cuidar das crianças da tribo Expedições guerreiras.Tecer redes e trançar cestos Proteger a tribo.

Para deslocarem-se com maior rapidez, os índios utilizavam a navegação nos rios em canoas ou jangadas. As canoas maiores eram chamadas de igaras e as mais velozes de ubás.Os índios eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses, como, por exemplo, Guaraci, o Sol; Jaci, a Lua e Tupã, o raio e o trovão.Os nativos não possuíam sistema de escrita, no entanto desenhavam figuras de animais, corpos humanos, astros e utensílios. Entre os tupis, o matrimônio avuncular (tio materno com sobrinha), ou entre primos cruzados, era o mais desejado, entretanto, para casar, o jovem Tupi devia passar por certos testes, o principal deles consistindo em fazer um cativo de guerra para o sacrifício. Algumas tribos permitem apenas a monogamia, e em outras, a poligamia.A vida dos grupos locais ou mesmo de "nações" Tupi girava em torno da guerra, da qual faziam parte os rituais antropofágicos. Guerreavam contra grupos locais da mesma nação, entre "nações" e contra os "tapuias". A guerra e os banquetes antropofágicos reforçavam a união da tribo. Por meio da guerra era praticada a vingança dos familiares mortos, enquanto o ritual antropofágico representava para todos, homens, mulheres e crianças, a lembrança de seus bravos. O dia da execução era uma grande festa. Nos banquetes antropofágicos, o aprisionado era imobilizado por meio de cordas. Mesmo assim, para mostrar seu espírito guerreiro, precisava enfrentar com bravura os seus inimigos, debatendo-se e anunciando que os seus companheiros logo vingariam a sua morte.

Inimigo amarrado na preparação do sacrifício, segundo descrição de Hans Staden, 1554.

O conhecimento do índio

Os índios por viverem sempre em contato com a natureza a conhecem com propriedade. Muitos destes conhecimentos estão ligados à alimentação. Eles descobriram, por exemplo, que era possível retirar o veneno da mandioca venenosa, tornando-a comestível. Criaram também o instrumento para retirar esse veneno: o tipiti, um longo tubo tecido de fibra vegetal, que é cheio com a mandioca ralada e depois esticado, fazendo com que todo esse líquido venenoso saia  por entre as fibras.Descobriram também vegetais venenosos que são usados na pesca; dentre eles, o mais conhecido no Brasil é o timbó ou tingui. Quando jogado na água, os peixes começam a boiar e podem ser facilmente apanhados à mão; ele não faz mal a quem come os peixes.Já o curare, é utilizado na caça. O veneno pode ser sólido, líquido ou pastoso, e cada povo que o utiliza tem sua maneira de fabricá-lo. O curare é utilizado na ponta da flecha e o animal atingido fica paralisado, não consegue respirar e acaba morrendo. O animal envenenado pode ser consumido sem perigo, pois o veneno não é absorvido pelo sistema digestório.Com o líquido extraído do tronco da seringueira, o látex, alguns índios, especialmente da região Amazônica, fazem bolas e outros objetos. A técnica utilizada pelos nhambiquaras, por exemplo, é a de produzir primeiro uma bola de barro; nessa bola espetam um canudo; depois cobrem a bola com camadas de látex e finalmente, jogam água pelo canudo, assim dissolvem e retirar o barro, em seguida,  tiram o canudo e fecham o buraco com látex.Todo esse conhecimento é fruto da coexistência com a natureza e adquirido, na prática,  desde a infância.

 Alianças com os colonizadores

Os índios reagiram de formas distintas à presença dos colonizadores e à chegada de invasores, como os holandeses e franceses. O apoio indígena foi crucial para a vitória da

colonização portuguesa. Com este apoio, contudo, as lideranças indígenas tinham seus próprios objetivos: lutar contra seus inimigos tradicionais, que, por sua vez, também se aliavam aos inimigos dos portugueses (franceses e holandeses) por idênticas razões. Alguns exemplos das alianças com os portugueses: - guerreiros temiminós liderados por Araribóia se aliaram aos portugueses para derrotar os franceses na baía de Guanabara, nos anos 1560, que recebiam apoio dos Tamoios. - chefe tupiniquim Tibiriçá, valioso para o avanço português na região de São Vicente e no planalto de Piratininga. Combatia rivais da própria "nação" Tupiniquim e os "tapuias" Guaianá, além de escravizar os Carijós para os portugueses. - o chefe potiguar Zorobabé, na Paraíba e Rio Grande do Norte. Aliou-se aos franceses, em fins do século XVI, e aos portugueses, tendo sido recrutado para combater os Aymoré na Bahia e até para reprimir os nascentes quilombos de escravos africanos. - o potiguar Felipe Camarão, a mais notável líder indígena no contexto das guerras pernambucanas contra os holandeses no século XVII. Camarão combateu os flamengos, os tapuias e os próprios potiguares que, ao contrário dele, passaram para o lado holandês, recebendo por isso o título de Cavaleiro da Ordem de Cristo, o privilégio de ser chamado de "Dom" e pensões régias, entre outros privilégios. Diversas lideranças pró-lusitanas receberiam antes e depois de Camarão privilégios similares, criando-se no Brasil autênticas linhagens de chefes indígenas condecorados pela Coroa por sua lealdade a Portugal.

Resistência aos colonizadores

Alguns grupos moveram inúmeros ataques aos núcleos de povoamento portugueses. Entre estes, os Aymoré, depois chamados de Botocudos, foram um constante flagelo para os colonizadores durante o século XVI, na Bahia. Entre os episódios célebres de resistência ou represália, ficaram registrados: - o do donatário da Bahia, Francisco Pereira Coutinho, devorado pelos Tupiniquins, em 1547; - o do jesuíta Pero Correa, devorado pelos Carijós, na região de São Vicente, em 1554; - o do primeiro bispo do Brasil, D.Pedro Fernandes Sardinha, em 1556, devorado pelos Caetés, após naufragar no litoral nordestino. Alianças com invasores contra os colonizadores  também ocorreram. Nações inteiras escolheram por se aliarem aos inimigos dos portugueses. - os Tamoio, no Rio de Janeiro, fortes aliados dos franceses nas guerras dos anos 1550-60; - os Potiguar, boa parte deles combateu com os franceses durante algum tempo na Paraíba e atual Rio Grande do Norte, e por ocasião das invasões holandesas em Pernambuco, onde forneceram assistência aos flamengos, tornando célebre lideranças como a de Pedro Poti e de Antônio Paraupaba.

Índios isolados

Alguns povos indígenas, desde a época do Descobrimento, mantiveram-se afastados de todas as transformações ocorridas no País. Eles mantêm as tradições culturais de seus antepassados e sobrevivem da caça, pesca, coleta e agricultura incipiente, isolados do convívio com a sociedade nacional e com outros grupos indígenas. Os índios isolados defendem bravamente seu território e, quando não podem mais sustentar o enfrentamento com os invasores de seus domínios, recuam para regiões mais

distantes, na esperança de conseguirem sobreviver escondendo-se para sempre. Pouca ou nenhuma informação se tem sobre eles e, por isso, sua língua é desconhecida. No entanto, sabe-se que alguns fatores são fundamentais para possibilitar a existência futura desses grupos. Entre eles, a demarcação das terras onde vivem e a proteção ao meio ambiente, de forma a garantir sua sobrevivência física e cultural.No processo de ocupação dos espaços amazônicos, o conhecimento e o dimensionamento das regiões habitadas por índios isolados são fundamentais para que se possa evitar o confronto e a destruição desses grupos.

Política indigenista

As barreiras à escravização dos índios datam do início da colonização, 1530, mas o cativeiro indígena foi mais tenazmente combatido somente com a chegada dos jesuítas, em 1549, e a implantação do sistema de aldeamento. Neste combate os jesuítas contaram com o apoio da Coroa.No quadro abaixo podemos acompanhar, a partir do século XVI, as principais medidas de proteção aos índios.

1570 Primeira lei contra o cativeiro indígena

Esta lei só permitia a escravização dos indígenas com a alegação de "guerra justa"

1609Lei que reafirmou a liberdade dos índios do Brasil

Importante lei que tentou garantir novamente a liberdade dos índios, ameaçada pelos interesses dos colonos

1686Decretação do "Regimento das Missões"

Estabeleceu a base de regulamentação do trabalho missionário e do fornecimento de mão-de-obra indígena no Estado do Maranhão e Grão-Pará

1755

Aprovado o Directorio, que visava, através de medidas específicas, a integração do índio na vida da colônia.

Proibia definitivamente a escravidão indígena

1758Fim da escravidão indígena: Directorio foi estendido a toda a América Portuguesa.

Secularização da administração dos aldeamentos indígenas: abolida escravidão, a tutela das ordens religiosas das aldeias e proclamados os nativos, vassalos da Coroa.

1798 Abolido o DirectorioO espírito "integrador" desse Directorio conservaria a sua força na legislação do Império Brasileiro

1845Aprovado o Regulamento das Missões

Renova o objetivo do Directorio, e visava, portanto, a "completa assimilação dos índios"

1910Criação do Serviço de Proteção aos Índios - SPI

O Estado republicano tutelou os indígenas

1952Rondon criou o projeto do Parque Nacional do Xingu

Objetivo era criar uma área de proteção aos indígenas

1967Criação da Fundação Nacional do Índio - FUNAI

Substituiu o extinto SPI na administração das questões indígenas

1979Criação da União das Nações Indígenas

Primeira tentativa de defesa da cultura indígena, importante para a consagração dos direitos dos índios na Constituição de 1988

 

Os primeiros trinta anos

Em primeiro lugar, é importante saber que o Brasil, no decorrer de sua História, passou sucessivamente por três períodos políticos:

colonial: inicia-se com o Descobrimento, por parte do navegador português Pedro Álvares Cabral. Nesse período, o Brasil era dependente da política portuguesa, isto é, todas as decisões relativas ao nosso país vinham da nossa Metrópole: Portugal. Esse período termina com a proclamação da Independência, em 7 de setembro de 1822.

monárquico: após a independência, foi adotada a forma monárquica de governo. Entre 1822 e 1831 temos o Primeiro Reinado, com o governo de D. Pedro I; a partir dessa data até 1840, o Período Regencial, devido à menoridade de D. Pedro de Alcântara; daí até 1889, o Segundo Reinado, exercido por D. Pedro II.

republicano: inicia-se com a proclamação da República pelo marechal Deodoro da Fonseca e vem até os dias atuais. O período republicano também pode ser dividido em fases: a República Velha (1889 – 1930), o período de Getúlio Vargas (1930 – 1945) e a República Nova (de 1945 em diante).

Do longo período colonial, veremos agora os primeiros trinta anos, que receberam a denominação de Período Pré-Colonial, isto é, anterior ao processo de colonização.

Deve-se isto ao fato de Portugal, mais interessado no lucrativo comércio de especiarias asiáticas, dar um mínimo de atenção à nova colônia, que foi, assim, objeto de um tratamento secundário. Apenas expedições de reconhecimento e defesa eram enviadas e por vezes estabeleciam feitorias no litoral.

Colonizar significa mais do que isso: envolve povoamento, organização da economia e da administração da colônia.

 

As expedições

O primeiro tipo de expedições que Portugal enviou ao Brasil tinha por finalidade reconhecer o litoral da nova terra descoberta, sendo, por isso, denominadas expedições exploradoras.           

 

Primeira Expedição (1501)

Com o objetivo de fazer uma exploração geográfica da terra, em 1501 foi enviada a primeira expedição, comandada por Gaspar de Lemos e contando com a participação de Américo Vespúcio. Tocou o Brasil na altura do Rio Grande do Norte e, costeando o país denominou uma série de acidentes geográficos: Cabo de São Roque, Cabo de Santo Agostinho, Rio São Francisco, Baía de Todos os Santos, Rio de Janeiro, entre outros.

 

O arrendamento (1502)

As perspectivas de aproveitamento econômico do Brasil não eram boas. Ausentes as especiarias, o ouro e a prata, um único produto despertou o interesse, o pau-brasil, útil à indústria de tintas. Desde o início, sua exploração foi considerada monopólio real, mas em 1502 Portugal resolveu arrendar sua extração a mercadores de Lisboa, os cristãos-novos.

O prazo de arrendamento era de três anos. Constava do contrato a obrigatoriedade do arrendatário de enviar anualmente uma expedição de seis navios, a fim de explorar 300 léguas da costa e estabelecer feitorias fortificadas. No ano seguinte, Fernão de Noronha assinou o contrato e arrendamento.

 

Segunda Expedição (1503)

Uma nova expedição exploradora foi organizada em 1503, sob o comando de Gonçalo Coelho. Américo Vespúcio, que já havia participado da expedição anterior, era o comandante de uma das embarcações.

Tocaram o Brasil na Ilha de São João, que mais tarde foi chamada de Fernão de Noronha. Ali a nau capitânia naufragou e a expedição se dividiu. Américo Vespúcio viajou rumo ao Sul, fundando uma feitoria e um forte em Cabo Frio.

Organizou a primeira entrada ao interior do Brasil. Depois de alguns meses, carregou seus navios de madeira pau-brasil e regressou a Lisboa.

Gonçalo Coelho, ao que tudo indica, também atingiu o Rio de Janeiro,  regressando, em seguida, a Portugal.

Pau-brasil

A fim de não deixar o Brasil totalmente abandonado, Portugal  iniciou a exploração de vários produtos naturais da colônia: madeira, especiarias, sementes, ervas medicinais, alguns animais, etc. Esses produtos eram muitas vezes obtidos dos índios em troca de alguns presentes: colares, pentes, machados. De todos os produtos naturais, o que mais significado teve foi o pau-brasil. Contudo, sua exploração não representou atividade  marcante na história da colônia, pois não provocou a colonização da terra, nem a  fixação de povoamentos.

Sua procura se deve ao fato de extraírem dele uma tinta de cor vermelha, muito usada como corante na indústria de tecidos.

A exploração desse produto era rudimentar e predatória. A madeira era cortada pelos índios e empilhada nas praias em grandes armazéns. Os navios que aqui chegavam levavam-na  para a Europa.

As florestas litorâneas de pau-brasil se estendiam do Rio Grande do Norte ao Rio de Janeiro, sendo que Pernambuco, Porto Seguro e Cabo Frio eram as regiões de maior  concentração do produto.

O pau-brasil só podia ser explorado com a autorização do rei de Portugal. Por isso se diz que o pau-brasil era monopólio (link dicionário) do rei.

Esse privilégio era dado pelo rei, que, em troca, ficava com boa parte dos lucros.

A extração do pau-brasil foi realizada em diversas partes do território. Quando o pau-brasil acabava num lugar os comerciantes passavam a explorá-lo em outro e, assim, iam derrubando as florestas. Como essa atividade não exigia que os europeus se fixassem na América, nos primeiros trinta anos não foram construídos povoados, apenas construções fortificadas chamadas feitorias, em alguns pontos do litoral, para defesa e armazenamento do pau-brasil ou de outras mercadorias retiradas da terra.

As notícias sobre a grande quantidade de pau-brasil existente no litoral, passaram a atrair outros países europeus. Em especial a França que, sentindo-se prejudicada pelos termos do Tratado de Tordesilhas, não reconhecia sua validade. O governo francês, então, patrocinou grupos de corsários que começaram a percorrer a "costa do pau-brasil", negociando a extração da madeira diretamente com os índios, por meio do escambo.Em conseqüência da pressão exercida pelas freqüentes incursões de franceses e de outros europeus às suas terras, a Coroa portuguesa organizou expedições, chamadas "guarda-costas", para expulsar os corsários.

A primeira ocorreu em 1516 e, a segunda, em 1526. Cristóvão Jacques comandou as duas expedições guarda-costas organizadas pela Coroa.

Ambas mostraram-se insuficientes para combater o contrabando e a constante ameaça de ocupação estrangeira, diante da vasta extensão do litoral. O historiador brasileiro Capistrano de Abreu ressaltou outra grande dificuldade: as alianças feitas entre os europeus e os indígenas. Os Tupinambás se aliavam, com freqüência, aos franceses e os portugueses tinham ao seu lado os Tupiniquins. E, segundo Capistrano, "durante anos

ficou indeciso se o Brasil ficaria pertencendo aos Peró (portugueses) ou aos Mair (franceses)."

Entretanto, a existência de sobreviventes de naufrágios, degredados e desterrados portugueses no Brasil, além de favorecer o contato com os índios, facilitou a defesa e a ocupação da terra. Esses homens, que teriam chegado com as primeiras viagens e permanecido pelas mais diversas razões, já estavam adaptados às condições físicas e sociais do território e ao modo indígena de viver. Alguns deles sucumbiram ao meio, a ponto de furar lábios e orelhas, matar prisioneiros segundo os ritos nativos, e alimentar-se de sua carne. Acreditavam nos mitos existentes, incorporando-os à sua maneira de viver, como é o caso daquele homem que passou a se julgar um tamanduá. Enfurnava-se, de quatro, em todos os buracos, à cata de formigas, seu alimento predileto. Outros, ao contrário, revoltaram-se e impuseram sua vontade, como o bacharel de Cananéia. Havia, ainda, tipos intermediários, que conviviam com os nativos e com eles estabeleciam laços familiares. Casavam e tinham filhos com as índias, constituindo, na maioria das vezes, numerosa família, composta de várias mulheres e de um grande número de filhos mamelucos (link dicionário)

A Colonização Acidental

Dentre os inúmeros homens que viviam no Brasil destacaram-se Diogo Álvares Correa, o Caramuru, e João Ramalho. Caramuru, desde o seu naufrágio, em 1510, até a sua morte, em 1557, viveu na Bahia, sendo muito respeitado pelos Tupinambás. Tinha várias mulheres indígenas, entre elas Paraguaçu, filha do principal chefe guerreiro da região. Com ela teve muitos filhos e filhas, das quais duas se casaram com espanhóis, moradores da mesma região. João Ramalho, por sua vez, não se sabe se era náufrago, degredado, desertor ou aventureiro. Desde 1508 convivia com os índios Guaianá, na região de São Vicente. Casou-se com Bartira, filha do maior chefe guerreiro da região. Tiveram vários filhos e filhas, as quais se casaram com homens importantes.

Caramuru e João Ramalho possuíam algumas características em comum: muitas concubinas, muitos filhos, poder e autoridade entre os indígenas. Protegiam os europeus que chegavam em busca de riquezas e, com eles, realizavam negócios. Também socorriam os que naufragavam em seus domínios, fornecendo-lhes escravos, alimentação, informação, pequenas embarcações e guarida. Em troca, recebiam armamentos, moedas de ouro, vestimentas e notícias sobre o mundo europeu. Graças à obediência que os índios lhes tinham, os expedicionários portugueses foram recebidos de forma hospitaleira, e obtiveram importantes informações sobre a terra.

Caramuru e João Ramalho integram um grupo de homens fundamentais na colonização do Brasil. Além de participarem ativamente nesse processo, ainda que de forma acidental, prepararam e facilitaram o estabelecimento da colonização oficial das terras portuguesas na América. A Coroa, reconhecendo o importante papel desses homens, atribuiu-lhes funções oficiais. João Ramalho, por exemplo, em 1553, foi nomeado capitão da vila de Santo André por Tomé de Sousa, o primeiro governador geral do Brasil.

Os jesuítas procuravam também se aproveitar do relacionamento desses homens com os indígenas, para concretizar a missão evangelizadora que lhes cabia. Para eles, esses portugueses aventureiros representavam a afirmação integradora dos dois mundos: o bárbaro, dos índios, e o civilizado, dos europeus.

Neste período de colonização acidental, inúmeras feitorias se estabeleciam em diferentes pontos do litoral. Alianças eram firmadas e os contatos entre portugueses e índios tornavam-se mais sistemáticos e freqüentes. Estas estratégias, entretanto, não se mostravam suficientes para assegurar a Portugal o domínio sobre suas terras. Não garantiam uma forma efetiva de ocupação do litoral, em toda a sua extensão.

O rei francês, Francisco I, insatisfeito com a situação, resolveu contestar o monopólio ibérico sobre as terras do novo mundo, legitimado pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494. A Coroa francesa pretendia estabelecer o princípio do Uti Possidetis, pelo qual só a ocupação efetiva do lugar assegurava sua posse.

Para solucionar esta questão de forma definitiva, a Coroa portuguesa estabeleceu uma política de colonização efetiva do Brasil. Dois fatos concorreram para esta decisão. Um deles foi o declínio do comércio do Oriente, cujos investimentos passaram a pesar bastante na economia portuguesa. Os lucros ficavam em grande parte com os financiadores de Flandres, atual Bélgica. O outro fato a influir foi a notícia da descoberta, pelos espanhóis, de metais preciosos nas suas terras americanas. Tal notícia estimulou o interesse dos portugueses pelo novo território, reforçando a idéia de um "eldorado" promissor para os negócios de Portugal.

A Expedição de Martim Afonso de Sousa (1530-1532)

Em 1530, com o propósito de realizar uma política de colonização efetiva, Dom João III, "O Colonizador", organizou uma expedição ao Brasil. A esquadra de cinco embarcações, bem armada e aparelhada, reunia quatrocentos colonos e tripulantes. Comandada por Martim Afonso de Sousa, tinha uma tríplice missão: combater os traficantes franceses, penetrar nas terras na direção do Rio da Prata para procurar metais preciosos e, ainda, estabelecer núcleos de povoamento no litoral. Portanto, iniciar o povoamento do "grande desertão", as terras brasileiras. Para isto traziam ferramentas, sementes, mudas de plantas e animais domésticos.

 

Martim Afonso possuía amplos poderes. Designado capitão - mor da esquadra e do território descoberto, deveria fundar núcleos de povoamento, exercer justiça civil e criminal, tomar posse das terras em nome do rei, nomear funcionários e distribuir sesmarias.

Durante dois anos o Capitão percorreu o litoral, armazenando importantes conhecimentos geográficos. Ao chegar ao litoral pernambucano, em 1531, conseguiu tomar três naus francesas carregadas de pau-brasil. Dali dirigiu-se para o sul da região, indo até a foz do Rio da Prata. Fundou a primeira vila da América portuguesa: São Vicente, localizada no litoral paulista. Ali distribuiu lotes de terras aos novos habitantes, além de dar início à plantação de cana-de-açúcar. Montou o primeiro engenho da Colônia, o "Engenho do Governador", situado no centro da ilha de São Vicente, região do atual estado de São Paulo.

Diogo Álvares Correa, o Caramuru, João Ramalho e Antônio Rodrigues facilitaram bastante a missão colonizadora da expedição de Martim Afonso. Eram intérpretes junto aos índios e forneciam valiosas informações sobre a terra e seus habitantes. Antes de retornar a Portugal, ainda em 1532, o Capitão recebeu carta do rei Dom João III. Este

falava de sua intenção de implantar o sistema de capitanias hereditárias (link para anexo)e de designar Martim Afonso e seu irmão Pero Lopes de Sousa como donatários.

Enquanto Portugal reorganizava sua política para estabelecer uma ocupação efetiva no litoral brasileiro, os espanhóis impunham sua conquista na América, chegando quase à exterminação dos grupos indígenas: os astecas, no atual México, os maias, na América Central e os incas, no atual Peru.

Porém, eles erraram o caminho...

O nome definitivo, Brasil, só veio alguns anos depois, devido à quantidade de pau-brasil encontrado no litoral!

Então, Pero Vaz de Caminha, que acompanhava a esquadra de Cabral, escreveu uma carta ao rei de Portugal.

A carta escrita por Pero Vaz de Caminha e enviada para o rei em Portugal descreve com detalhes a viagem, a terra descoberta e os nativos.

Este é um importante documento histórico para o Brasil e para o mundo! Lembre que:

A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras.

Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando pela Espanha, chegou a América, fato que ampliou as expectativas dos exploradores.

Diante do fato de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494.

De acordo com este acordo, Portugal ficou com as terras recém descobertas que estavam a leste da linha imaginária ( 200 milhas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a

Espanha ficou com as terras a oeste desta linha.

O primeiro contato com os indígenas foi feito no dia 23 de abril. Os índios de origem tupi-guarani habitavam o litoral do sul da Bahia. Apesar do choque entre as diferentes

culturas, trocaram objetos e cortesias pacificamente.

E, no dia 26 de abril Frei Dom Henrique celebrou a primeira missa em nosso território. Era um domingo de Páscoa!

Nesta cerimônia estavam os comandantes e suas tripulações, e também muitos nativos curiosos atraídos pelo ritual...

Durante um bom tempo os portugueses apenas exploraram o território...

E extraíram o Pau-brasil de nossa terra...

A partir de 1530, a Coroa Portuguesa resolveu colonizar o Brasil e para isso dividiu o território em “fatias” para melhor governar.

Isso aconteceu em 1534!

Estas “fatias” receberam o nome de: Capitanias Hereditárias

Alguns anos depois....

No ano de 1549, chegaram os primeiros padres jesuítas que auxiliaram na construção da cidade de Salvador na Bahia e na construção de muitas escolas espalhadas pelo Brasil.

E quem eram os jesuítas?

Os jesuítas eram padres da Igreja Católica que faziam parte da Companhia de Jesus.Esta ordem religiosa foi fundada em 1534 por Inácio de Loiola.

Por que os jesuítas vieram?

Naquela época,  os europeus acreditavam  que a religião católica  era a única religião  certa!

E quais os objetivos dos padres jesuítas?

O objetivo desses padres era reunir  os índios em comunidades organizadas pelos sacerdotes e fazer  com que eles abandonassem os seus hábitos...

Os povos indígenas que habitavam as  terras do nosso território possuíam suas próprias crenças e hábitos, e todas eram muito diferentes dos hábitos europeus...

Alguns dos costumes indígenas escandalizaram os europeus....

Eles andavam nus,  e não sentiam vergonha...

Este hábito “estranho” foi retratado por diversos artistas...

O OLHAR ESTRANGEIRO SOBRE O BRASIL:  Albert Eckhout. Índia Tarairiu, óleo sobre tela (1641)

Outro costume  que chocou os europeus foi o canibalismo...

O canibalismo ou ritual antropofágico era realizado por alguns povos indígenas efazia parte dos rituais ligados, normalmente, às guerras ou as cerimônias religiosas.

Quando o canibalismo estava relacionado às guerras, os indígenas acreditavam que se ingerissem seus inimigos, vingariam a memória de seus antepassados mortos em guerras e que também, receberiam todas as qualidades, como a sabedoria, a força e a coragem do inimigo.

Os europeus, entretanto,  não aceitavam esses costumes e rituais e, por esta razão, catequizar os índios era fundamental!

Padre jesuíta Antônio Vieira

Desta forma, eles abandonariam seus próprios hábitos e adotariam os hábitos e costumes europeus.

Usariam roupas e não cometeriam  mais o canibalismo... Deixando de lado suas crenças e cultura !

 

Os padres jesuítas, então, deram início às construções que receberam o nome de:  Missões ou Reduções Jesuíticas

As missões ou reduções jesuíticas eram aldeamentos indígenas e foram construídas pelos padres jesuítas e pelos índios nativos  do nosso território.

Eram grandes fortalezas e formavam verdadeiras cidades!

E como era a vida nestas missões?

Cada missão possuía uma estância, onde era criado o gado, e ervais, onde se coletava a erva-mate, plantavam batata – doce, feijão, aipim,  entre outros...

As terras para a lavoura eram de dois tipos: Amambaé eram distribuídas pelo chefe indígena a cada família.eTupambaépertencentes à comunidade.

Nestas, cada indígena  devia trabalhar dois dias por semana para pessoas que não podiam trabalhar na lavoura, como os padres.No centro da missão estavam a praça e, em posição de destaque, a igreja.

Próximo a igreja, ficava o colégio, onde os meninos eram alfabetizados, aprendiam música e técnicas de agricultura.

As oficinas dos artesãos (tecelões, ferreiros, carpinteiros e escultores) e o cemitério também ficavam perto da igreja, assim como o hospital e os depósitos.

E as casas dos índios missioneiros eram em geral feitas de tijolos e telhas de barro e enfileiravam-se ao redor da praça.

Os jesuítas construíram suas primeiras reduções nas terras onde hoje fica o estado do Paraná e a região sudeste do Paraguai.

Estas reduções receberam o nome de  Missões do Guairá.

Essas missões, porém, eram constantemente atacadas pelos bandeirantes paulistas que tinham o objetivo de capturar índios e levá-los para trabalhar como escravos.

 

Domingos Jorge Velho, um dos bandeirantes paulistas.

Então, com os ataques constantes do bandeirantes em busca de “escravos”, os jesuítas fugiram da área do Guairá... Os jesuítas então se estabeleceram nas terras do atual Rio Grande do Sul, à margem esquerda do rio Uruguai.

Então, em 1626, foi instalada a primeira missão na região do Rio Grande do Sul pelo padre espanhol Roque González.

Esta missão recebeu o nome de São Nicolau de Piratini

Porém os constantes ataques dos bandeirantes destruíram com as missões desta região...

E, em 1641 os jesuítas fugiram levando alguns indígenas para a outra margem do rio Uruguai, na atual Argentina.

Na fuga, os jesuítas deixaram para trás boa parte do gado que criavam, o gado abandonado, reproduziu-se e criou uma grande reserva que ficou conhecida como  Vacaria do Mar

Somente em 1682 os jesuítas voltaram às terras do RS e fundaram novos aldeamentos que ficaram conhecidos como os  Sete Povos das Missões

Os Sete Povos das Missões são:

1. Santo Ângelo2. São Nicolau3. São Borja4. São Luiz Gonzaga5. São João Batista6. São Lourenço7. São Miguel Arcanjo

Os jesuítas viveram em paz nesta região até  o ano de 1750.

Neste ano, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Madri

O Tratado de Madri dizia que a área onde estavam os Sete Povos, que até então, e de acordo com o Tratado de Tordesilhas pertencia à Espanha...

Pertenceria agora, a Portugal!

Os jesuítas e indígenas aldeados deveriam sair imediatamente das terras!

Os jesuítas e os indígenas não aceitaram e recusaram-se a sair, e passaram a defender suas terras.

Este fato desencadeou as Guerras Guaraníticas.

As Guerras Guaraníticas deixaram um saldo de milhares de mortos, entre eles o lendário guerreiro guarani Sepé Tiaraju

Que ficou conhecido por sua bravura e seu brado heróico: “...esta terra tem dono!”

Monumento a Sepé Tiaraju, na cidade de Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul.

Sepé Tiaraju foi um dos principais defensores dos aldeamentos jesuíticos.

Por fim, no ano de 1759 os padres jesuítas foram expulsos do Brasil o que pôs fim  os Sete Povos das Missões.

Descobrimento do Brasil  até capitanias hereditárias

 

Portugal, 22 de abril de 1500, Pedro Álvares Cabral parte com sua esquadra de dez naus, três caravelas chamadas Santa Maria, Pinta e Nina e cerca de 1,2 mil homens, com destino as Índias.

 

Erram o caminho e descobrem o Brasil. Atingem o litoral sul da Bahia, na região da atual cidade de Porto Seguro.  O desembarque aconteceu no dia seguinte, 45 dias após a

partida de Portugal. Ao chegarem a terra firme encontram com os índios nativos do território.

A esquadra continua a viagem para a Índia no dia 2.

 

E, em 26 de abril, é rezada a primeira missa no território.

 

A partir de 1530, tem início a colonização efetiva, com a expedição de Martim Afonso de Sousa, cujos efeitos foram o melhor reconhecimento da terra, a introdução do cultivo da cana-de-açúcar.

 

Portugal temendo ter seu novo território invadido decretou, em 1534, por meio de Dom João III a divisão do território brasileiro em 15 faixas de terras que começaria no litoral

e terminaria na linha do Tratado de Tordesilhas, forma que havia sido feita nas Ilhas do Atlântico. A esta divisão de terras deu-se o nome de Capitanias Hereditárias.

Mapa ilustrando capitanias hereditárias

Mapa ilustrando tratado de Tordesilhas

Imigração no Brasil

O que é imigrar?

Imigrar significa entrar em um país que não é o seu de origem para ali viver ou passar um período de sua vida.

 

Podemos considerar o início da imigração no Brasil o ano de 1530, pois a partir deste momento os portugueses vieram para o nosso país para dar início ao plantio de cana-de-açúcar.

Porém, a imigração intensificou-se a partir de 1818, com a chegada dos primeiros imigrantes não-portugueses, que vieram para cá durante a regência de D. João VI.

Em busca de oportunidades na terra nova, vieram para o nosso país os suíços, que chegaram na década de 20 e se instalaram no Rio de Janeiro

Embarque de suíços para o Brasil no porto de Gênova, Itália, década de 1920. (Acervo Memorial do Imigrante)

Família Suíça na Hospedaria de Imigrantes de São Paulo, SP, 1937. Acervo Memorial do Imigrante São Paulo/Brasil

Os alemães, que vieram logo depois, foram para o Rio Grande do Sul (Novo Hamburgo, São Leopoldo) e para Santa Catarina(Blumenau, Joinville e Brusque)

Os eslavos, originários da Ucrânia e Polônia, habitaram o Paraná...

Vieram também os árabes...

Vieram os italianos...

 

E os japoneses... 

Kasato Maru: navio que trouxe os primeiros japoneses ao Brasil

O maior número de imigrantes no Brasil, porém são os portugueses, que vieram em grande número desde o período da Independência do Brasil. 

Monumento aos Açorianos

É um monumento da cidade de Porto Alegre, em homenagem à chegada, em 1752, dos primeiros sessenta casais açorianos que povoaram a cidade.

Após a abolição da escravatura (1888), o governo brasileiro incentivou a entrada de imigrantes europeus em nosso território.

Com a necessidade de mão-de-obra qualificada, para substituir os escravos, milhares de

italianos e alemães chegaram para trabalhar nas fazendas de café do interior de São Paulo, nas indústrias e na zona rural do sul do país. 

Imigrantes na indústria  - São Paulo -  1910

Imigrantes nas fazendas de café 

 

Todos estes povos vieram e se fixaram no território brasileiro com os mais variados ramos de negócio....

Como as fazendas de café...

atividades artesanais...

 

Os parreirais...

 

O processo imigratório foi de extrema importância para a formação da cultura brasileira.

Esta, foi, ao longo dos anos, incorporando características dos quatro cantos do mundo.

Basta pararmos para pensar nas influências trazidas pelos imigrantes, que teremos um leque enorme de resultados:

O idioma português, a culinária italiana, as técnicas agrícolas alemãs, as batidas musicais africanas e muito mais.

Graças a todos eles, temos um país de múltiplas cores e sabores.

 

    

 

      

Um povo lindo com uma cultura diversificada e de grande valor histórico.

 

   

 

No dia 25 de junho comemora-se o  Dia do Imigrante