Querer é Poder Ii

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Administração Regional de Saúde do Norte Centro Regional Saúde Pública do Norte Programa Escolas Livres de Tabaco PROGRAMA ESCOLAS LIVRES DE TABACO CENTRO REGIONAL DE SAÚDE PÚBLICA DO NORTE ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO NORTE - 1 -

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PROGRAMA ESCOLAS LIVRES DE TABACO

CENTRO REGIONAL DE SAÚDE PÚBLICA DO NORTE

ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO NORTE

SETEMBRO 2006

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PROGRAMA "QUERER É PODER II” 1

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DO TABAGISMO

PARA O 3.º CICLO DO ENSINO BÁSICO

ManualDo Professor

1 Paulo Duarte Vitória, Carlota Simões Raposo, Filipa Alves Peixoto, António Romeiro Carvalho e Manuel Pais Clemente

Conselho de Prevenção do Tabagismo, Lisboa, 2000

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Índice

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................................................... 5

PLANO DO MANUAL DO PROFESSOR................................................................................................................................... 7

SESSÃO 1 - TEMA: “QUÊS” E “PORQUÊS”............................................................................................................................. 8

SESSÃO 2 - TEMA:" O TABAGISMO".................................................................................................................................... 13

SESSÃO 3 - TEMA:SOMOS TODOS FUMADORES.............................................................................................................. 17

SESSÃO 4 - TEMA:"NÃO" É FÁCIL........................................................................................................................................ 21

SESSÃO 5 - TEMA:EXPOSIÇÃO AO FUMO AMBIENTAL..................................................................................................... 24

SESSÃO 6 - TEMA: QUERER É PODER................................................................................................................................ 27

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Introdução

O tabagismo é a principal causa evitável de doença e morte. Estima-se que na Europa morre meio milhão de pessoas por ano devido ao tabagismo. Fumar provoca ou está associado a diversas doenças (cancro, problemas cardiovasculares, doenças respiratórias), provoca dependência, associa-se a outros problemas comportamentais (insucesso escolar e uso de outras drogas) e polui o ambiente. Os custos sócio-económicos de toda esta destruição superam largamente os benefícios directos e indirectos da indústria e comércio de produtos do tabaco.

Sabemos também que a iniciação tabágica acontece no fim da infância (antes dos 12 anos para a maioria dos fumadores) e que o hábito tabágico se instala no início da adolescência (14-16 anos para a maioria dos fumadores).

Face a este quadro, a prevenção primária do problema, dirigida em especial a jovens, com o objectivo de evitar ou atrasar o hábito, está entre as principais medidas de controlo do tabagismo e das suas consequências. A escola oferece-se, naturalmente, como a principal base de desenvolvimento de acções de prevenção tabágica.

A eficácia da prevenção primária do tabagismo depende da articulação de diferentes medidas dirigidas a vários grupos alvo de um modo sistemático e continuado. Estratégias individualizadas, na tradição do trabalho de educação para a saúde, devem ser implementadas a par com estratégias de promoção de meios mais favoráveis aos objectivos propostos. As pessoas, os seus sistemas de inserção e os contextos sociais mais vastos estão inter-dependentes e devem ser interligados numa estratégia global de gestão do problema. Os programas curriculares, a disseminação de conteúdos preventivos em diferentes disciplinas, a política de escola, a visão da autarquia, os conselhos do médico, as orientações da família, as notícias dos jornais, os discursos dos responsáveis políticos pelo sector da saúde, … devem ser sintonizados em função dos mesmos objectivos globais.

Esta perspectiva integrada dos problemas e da sua gestão baseia-se em conhecimentos das ciências da saúde, com uma contribuição crescente das ciências sociais e humanas.

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O Programa Querer é Poder II

O Programa Querer é Poder II (“QP II”) pretende, de modo equilibrado, sensibilizar os alunos para o problema do tabagismo, transmitir informação que apoie essa sensibilização e estimular uma acção pro-activa e responsável, individual e colectiva, para gerir um problema que é de todos.

O Programa “QP I” é mais superficial e abrangente do que o “QP II”. No “QP I” são explorados os seguintes temas:

- efeitos de fumar e de não fumar, a curto e longo prazo para o organismo, para as pessoas e suas relações e para a sociedade;

- motivos para não fumar e para começar a fumar; motivos para continuar a fumar mesmo quando se quer parar (o tabagismo como uma dependência);

- pressões directas e indirectas do meio para fumar (publicidade, normas sociais, pressão do grupo e dos amigos)

- competências sociais para gerir situações de pressão social (alternativas para dizer “não”, dizer “não” de modo assertivo, registos para promover auto-conhecimento).

- Orientação de intenções relativamente a fumar no futuro.

O “QP II” tem como tema de fundo a exposição ao fumo ambiental de modo a se tornar mais evidente que este problema diz respeito a todos. Em termos gerais, pretende-se sensibilizar os alunos para um problema que os afecta, mesmo que não fumem. Pretende-se também mobilizá-los para uma participação activa na gestão e controlo deste problema nos meios em que se inserem: a escola, a família e a comunidade. Deste modo, reforça-se o valor preventivo do programa em dois níveis:

(1) efeito directo nos jovens envolvidos no programa, pois a sua participação activa na gestão do problema é uma estratégia que reforça as suas barreiras à iniciação e ao hábito tabágico e (2) no meio, com efeito indirecto nos jovens, pois as suas acções na escola, na família e na comunidade, produzem mais barreiras externas ao seu comportamento tabágico.

Espera-se ainda um terceiro benefício, importante para todos, que é a sensibilização da comunidade em geral para os efeitos nocivos do fumo passivo. É urgente melhorar as medidas de protecção dos não fumadores nos espaços públicos, muitas das quais já são contempladas na Lei mas ainda não o são de facto. É também urgente que os fumadores, quando querem fumar um cigarro, tenham mais cuidado com os que estão à sua volta, em especial quando se trata de bebés, crianças, grávidas e idosos.

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P lano do manual

Os princípios orientadores do programa "Querer é Poder II" (“QP II”) são os seguintes: pressupostos teóricos do modelo da influência social; métodos pedagógicos activos e interactivos; aplicação pelos professores, no quadro da relação interpessoal que já construíram com os seus alunos.

Este manual serve de apoio ao professor interessado em abordar o tema do tabagismo com os seus alunos e está organizado em seis sessões de 50 minutos (uma aula). O programa foi testado com alunos do 8º ano de escolaridade, mas adequa-se a alunos do 3º ciclo do ensino básico. A base da aplicação experimental do programa foi a turma em actividade curricular.

O manual foi desenvolvido de forma a que qualquer professor, mesmo sem formação específica, possa aplicar o programa. No entanto, o ideal será aplicar o programa com a supervisão e o apoio de profissionais, por exemplo no quadro de acções da Formação Contínua de Professores, da Área Escola ou da Área de Projecto.

Cada sessão é apresentada em 3 secções:

Na Apresentação da Sessão é introduzido o tema, são definidos os objectivos e são apresentadas sinteticamente as actividades que constituem a sessão. Pretendemos deste modo proporcionar uma visão e assimilação rápida do conjunto da sessão.

Segue-se o Guia da Sessão, organizado em função das actividades introduzidas na Apresentação da Sessão, mas com orientações mais concretas e detalhadas sobre o seu desenvolvimento. Depois de uma ideia geral sobre o conjunto da sessão, esta secção apresenta a informação e os instrumentos necessários para as actividades e sugestões para a sua condução. Esperamos que o professor parta de uma base comum, tão concreta quanto possível e, ao mesmo tempo, se sinta livre para introduzir a sua marca pessoal na aplicação de cada actividade.

A terceira secção é o Plano da Sessão, com uma sugestão dos tempos necessários para realizar cada uma das actividades da sessão. Nesta folha o professor encontra espaço para fazer a sua própria preparação da sessão, podendo depois utilizá-la como primeiro apoio na sua condução.

Algumas das actividades propostas contam ainda com um apoio mais específico de anexos.

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TEMA:Q.P. – “Quês” e “Porquês”

Apresentação da sessão

Objectivos da sessão:Objectivos da actividade 1

Definir, de modo geral, a problemática do tabagismo: consequências para a saúde física (cancro, doenças cardiovasculares e respiratórias), para a saúde mental (dependência), para o ambiente (poluição) e para a sociedade (conflitos, diminuição da produtividade, utilização de recursos de saúde e sociais)

Justificar a realização de acções de prevenção do tabagismo na escola

Introduzir o tema do tabagismo e o programa "Querer é Poder II"

Objectivos da actividade 2

Aprofundar o tema das consequências do tabagismo (segue na sessão 2)

Nota: O “Q” e o “P” são o tema unificador da sessão: O “Q” e o “P” de “QP II” na actividade I; “Q” de “o Quê?” e “P” de “Porquê?” na actividade 2.

Actividade 1: Breve introdução ao Programa “Querer é Poder II”

Breve exposição do professor para introduzir o programa. O objectivo geral é construir uma base comum para desenvolver o programa, unificando um pouco, em linhas gerais, a visão do problema. Os objectivos acima enunciados e os tópicos apresentados no Guia da Sessão podem ser utilizados para orientar a exposição. Dar espaço aos alunos para discutirem e fazerem comentários. O professor pode conduzir a discussão para a recordação das actividades e dos assuntos abordados no ano passado. Nota: alguns alunos podem não conhecer o “QP I” (os repetentes e os que vieram de novo para a escola).

Actividade 2: Onde vai o fumo que entra no nosso corpo? (jogo para descobrir palavras)

Ficha de trabalho para construir o percurso do fumo que entra no corpo humano. Serve para os alunos descobrirem ou reverem o que acontece ao fumo do tabaco quando entra no nosso corpo. Serve também para iniciar a discussão sobre o que acontece ao nosso corpo quando nele entra fumo de tabaco. (Tema a aprofundar na sessão 2.)

Encerrar a sessão

Breve avaliação oral de como correu a sessão.

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Guia da sessão

Orientações para a actividade 1: Breve introdução ao Programa “Querer é Poder II”

Nota: O objectivo geral desta actividade é estabelecer uma base para desenvolver o programa, assente em 3 pilares: (1) deixar claro, desde o princípio, a gravidade do problema do tabagismo (o principal problema de saúde pública nos países desenvolvidos, que prejudica todos, porque somos todos fumadores, mesmo quando não queremos); (2) o tom em que se pretende desenvolver o programa (rigor na informação, flexibilidade na comunicação) e (3) uma metodologia pedagógica dinâmica e participativa.

Ponto 1. - Apresentar o Programa “Querer é Poder II”. Trata-se de um conjunto de 6 aulas sobre o tabagismo, com o fim de prevenir / evitar que os jovens comecem a fumar. Referir que alguns alunos já participaram num programa semelhante no ano lectivo anterior, do qual este é a continuidade, com temas novos e algumas repetições.

Neste ponto, dar a palavra ao grupo para, a partir das suas intervenções, fazer uma breve revisão do programa “QP I”. Perguntar quem se lembra do programa do ano passado e do que se lembram. Se necessário dar pistas a partir dos tópicos do Quadro 1.

Para começar é importante criar uma dinâmica e que esta seja positiva. Por isso, se as intervenções da turma não forem espontâneas ou não forem positivas, interpelar directamente os alunos que costumam colocar positividade nas suas intervenções. Perguntar o que aprenderam e o que mais gostaram (tanto quanto possível sempre pela positiva). Envolver os alunos que não participaram no programa “QP I” (novos na escola ou repetentes). Perguntar-lhes se já falaram de tabagismo na escola ou a sua opinião sobre o tema.

Não se trata de uma discussão exaustiva do que foi o programa “QP I”, mas de uma breve revisão. No entanto, para orientação do professor apresentamos no Quadro 1 os tópicos em que se organiza o programa “QP I”

Quadro 1 - Tópicos do Programa “QP I” Efeitos de fumar e de não fumar, a curto e longo prazo para o organismo, para as pessoas e suas relações e

para a sociedade;

Motivos para não fumar e para começar a fumar; motivos para continuar a fumar mesmo quando se quer parar (o tabagismo como uma dependência);

Pressões directas e indirectas do meio para fumar (publicidade, normas sociais, pressão do grupo e dos amigos)

Competências sociais para gerir situações de pressão social (alternativas para dizer “não”, dizer “não” de modo assertivo, registos para promover auto-conhecimento).

Orientação de intenções relativamente a fumar no futuro.

Ponto 2. - Introduzir a exposição fumo ambiental como o tema de fundo do programa “QP II”. Justificar a escolha deste tema através de duas ideias chave.

a) Uma ideia geral: o exposição fumo ambiental é um problema que diz respeito a todos porque todos somos fumadores passivos e todos somos prejudicados por isso.

b) Uma ideia que se liga com a vida na escola e com a proibição de fumar na escola: a nossa Lei proíbe que se fume na escola, a não ser em espaços definidos para tal. O programa “QP II” pretende explicar o porquê desta medida e estimular cada um a exercer a sua cidadania e a lutar de modo eficaz pelos seus direitos.

Dar novamente a palavra à turma. Pedir comentários a estas duas ideias. Perguntar se sabem o que é fumo passivo, se sabem que o fumo passivo também é prejudicial e porquê. Anunciar que ao longo do programa “QP II” serão dadas mais informações sobre a exposição fumo ambiental, o modo como nos prejudica e porquê.

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Ponto 3. – Encerrar esta exposição recordando alguns tópicos essenciais para caracterizar o problema do tabagismo e para justificar as actividades de prevenção nas escolas:

O tabagismo é o maior problema actual de saúde pública das sociedades desenvolvidas, ou seja, é a mais importante causa de morte e doença entre as que podem ser evitadas / prevenidas.

O tabagismo provoca graves problemas nos sistemas respiratório (cancro do pulmão) e circulatório (problemas de coração e cardiovasculares).

Fumar provoca forte dependência. Apenas alguns cigarros podem dar lugar a uma dependência. Por isso, o conselho relativamente ao tabaco é o mesmo que para as outras drogas: o melhor é não começar.

O fumo de tabaco polui o ambiente e prejudica a saúde de todos. Quem não quer fumar tem o direito de se proteger das consequências que o ar poluído de tabaco pode provocar.

O tabagismo produz elevados custos para a sociedade devido às doenças que impedem as pessoas de trabalhar e as leva a recorrer, mais do que o normal, aos serviços de saúde e de assistência social.

A grande maioria dos fumadores inicia o hábito na adolescência. Por isso a prevenção deve ser dirigida aos jovens, evitando ou atrasando a sua iniciação no uso de tabaco e a escola é o melhor meio para fazer esse trabalho. (Ter presente o conceito de prevenção primária: procura evitar a ocorrência de um problema e dirige-se principalmente aos que estão em risco de o ter e não aos que já o têm.)

Uma vez mais, sugerimos dar a palavra à turma para comentários ou dúvidas, mas atenção à gestão do tempo.

Orientações para a actividade 2: Onde vai o fumo que entra no nosso corpo? (jogo para descobrir palavras)

Dar a ficha de trabalho e pedir aos alunos para a resolverem individualmente. É importante criar dinâmica no grupo, por isso não dar mais do que 5 minutos para uma primeira abordagem de cada aluno à ficha (pedir uma vista de olhos rápida para encontrar as soluções que ocorrem mais rapidamente). Depois, antes de dar as soluções, também rapidamente, pedir aos alunos para conferirem a sua solução com a solução do colega do lado. Depois, dar as soluções de uma só vez e introduzir uma breve discussão, começando no fim, através da definição de “intoxicação” (ver quadro 3.).

O Quadro 2 é a ficha de trabalho e o Quadro 3 apresenta as soluções e sugere tópicos para a discussão.

Quadro 2 - Ficha de trabalhoPASSATEMPO: DESCOBRE AS PALAVRAS

PARA ONDE VAI O FUMO QUE ENTRA NO NOSSO CORPO?O objectivo deste passatempo é descobrir palavras. Segue as pistas. Em cada linha há uma ou duas palavras para descobrir. As palavras têm tantas letras como o número de traços. Por exemplo na linha 1 há 4 traços + 5 traços, o que quer dizer que são duas palavras, uma com 4 letras e outra com 5. Agora descobre o que acontece ao fumo do tabaco quando entra no nosso corpo e o que acontece ao nosso corpo quando nele entra fumo de tabaco. 1. B __ C __ + N __ R __ __ Não foi feita para estar fechada + não o meter onde não é chamado. 2. F A __ __ N G __ Por aqui ainda passam sólidos, líquidos e gasosos. 3. T __ A Q __ E __ __ Se sólidos ou líquidos aqui chegarem dá direito a palmadas nas costas. 4. P __ __ __ Õ __ S Quem os tem bons, bom fôlego tem. 5. B R __ N Q U __ __ __ Se não estão bem, não dá bronca, dá bronquite. 6. A __ V É __ L O __ É aqui que vai parar tudo o que anda no ar. 7. H E __ __ __ __ __ E Entra oxigénio, sai dióxido de carbono, mas outras coisas vão nessa onda. 8. S __ N __ U __ Quando está escuro precisa de bons ares para ficar mais vivo. 9. C __ R __ O + T __ D __ Duas palavras que são o que nós somos, pelo menos fisicamente. 10. I __ T O X I __ __ D __ Se no ar há fumo de tabaco, no fim dá este resultado.

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Quadro 3 - Soluções da ficha de trabalho e tópicos para a discussãoSoluções:1. Boca+Nariz2. Faringe3. Traqueia4. Pulmões5. Brônquios6. Alvéolos7. Hematose8. Sangue

9. Corpo+todo10. Intoxicado

Sugestões para a discussão:-Tabaco irrita as vias respiratórias, estimula produção de secreções (expectoração), favorece alergias e infecções. Tosse e catarro procuram limpá-las mas, se em demasia, irrita-as ainda mais. O tabaco provoca o cancro das vias respiratórias, em especial o do pulmão, que é o mais comum nos homens e o que mais está a aumentar nas mulheres. Referir o fumo passivo a propósito de boca+nariz.-Tubos que conduzem o ar nos pulmões. São irritados pelos venenos que há no tabaco.-Pequenos sacos que recebem o ar e onde ocorre a hematose. São prejudicados pelo alcatrão.-Processo de trocas gasosas entre o ar e o sangue. Quanto mais puro o ar, melhor para o corpo. -Transporta oxigénio (energia) a todo o corpo. O monóxido de carbono limita esta função vital do sangue. Por isso os fumadores diminuem a sua forma física.-Através da circulação os venenos do tabaco chegam a todo o corpo.-Intoxicado = envenenado. No fumo de tabaco há mais de 4000 substâncias, muitas delas nocivas para o organismo. Ex. Nicotina: veneno poderoso usado em insecticidas (cancerígena e provoca dependência). O fumo intoxica directamente as partes do corpo com as quais contacta (olhos, ouvidos e todo o sistema respiratório) e intoxica outras partes indirectamente, através dos alguns dos seus produtos (ex. sistema nervoso central) ou da sua metabolização (ex. estômago, intestinos, rins, bexiga)

Orientação para encerrar a sessão

Guardar algum tempo para uma avaliação rápida da sessão (pedir comentários: o que aprenderam, o que gostaram, o que os surpreendeu, …).

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Plano da sessão

Tempo Desenvolvimento da sessão

0’ — 25 Actividade 1 – Breve introdução ao Programa "Querer é Poder II"

25´ — 45´ Actividade 2 – Ficha de trabalho - Jogo para descobrir palavras

Dar 5 minutos para fazer individualmente + 5 minutos para comparar soluções a pares + 15 minutos para apresentar soluções e discutir brevemente o jogo

45´ — 50´ Encerrar a sessão. Breve avaliação oral: O que aprenderam, o que gostaram, …

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TEMA:O tabagismo

Apresentação da sessão

Objectivos da sessão: Aumentar conhecimentos sobre conceitos básicos: tabaco, cigarro, fumo principal e secundário ou lateral,

substâncias (nicotina, CO- monóxido de carbono, alcatrão, amónia, …). (T1*)

Aumentar conhecimentos sobre o modo como o tabagismo prejudica a saúde (como o tabagismo provoca problemas respiratórios e cardiovasculares, cancro, …). (T2 e T3*)

Aumentar conhecimentos sobre os benefícios de não fumar para os jovens e as consequências de fumar para os jovens, (prejudica a aparência, a condição física, o poder económico e a saúde). (T5*)

Aumentar conhecimentos sobre as consequências de fumar para o ambiente e a sociedade. (T1 e T5*)

Discutir o processo da iniciação tabágica e a importância do meio nesse processo. (T4*)

Saber que o tabagismo é uma dependência. (T4*)

Saber que não fumar é a norma. (T5*)

Reconhecer as vantagens de não fumar. (T5*)

Actividade 1: Preparar uma apresentação em subgrupos

Constituir 5 subgrupos. Cada subgrupo prepara a apresentação de um texto aos seus colegas.

Actividade 2: Apresenta com as tuas palavras …

Apresentação de cada subgrupo seguida de uma breve discussão.

Encerrar a sessão

Breve avaliação oral de como correu a sessão.

(* Nota: T1, T2, T3, T4 e T5 são os textos onde estes objectivos são referidos.)

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Guia da sessão

Orientações para a actividade 1: Preparar uma apresentação em subgrupos

Primeiro, descrever genericamente a actividade do seguinte modo: Vamos dividir a turma em 5 grupos. Cada grupo recebe um pequeno texto. Depois de receberem o texto, fazem uma leitura individual e a seguir preparam a apresentação em grupo. Informar que o tempo para esta actividade será pouco, e admitir como normal, em tais circunstâncias, que a apresentação não seja perfeita (descontrair a turma: o que conta é o esforço). Pedir para as apresentações serem, tanto quanto possível, pelas próprias palavras e não uma leitura do texto (preparar os grupos para eventuais erros – errar é uma maneira de aprender).

Depois distribuir os alunos em 5 subgrupos e só a seguir entregar os textos. Circular pelos grupos para estimular o trabalho, tirar eventuais dúvidas e dar breves sugestões.

Esta actividade deve acabar cerca de 20 minutos depois do início da aula para que possa haver discussão, que é o mais importante. Dar pouco tempo a uma actividade como esta serve também para manter o ritmo e para que as apresentações sejam tão espontâneas quanto possível (para que usem mesmo as suas palavras e para que falsas ideias ou conceitos surjam).

Os 5 textos apresentados em anexo servem para realizar esta actividade. Mas o professor pode substituir esses textos por outros que lhe pareçam mais adequados, desde que tenha em conta os objectivos definidos para a sessão.

Quadro 1 – Títulos dos 5 textos a utilizar nesta actividade

Temas para trabalhar em subgrupos

T1 - O tabaco, o cigarro e o fumo

T2 - Fumo de cigarro e cancro

T3 - Fumo de cigarro e doenças cardiovasculares

T4 - Porque fumam os jovens

T5 - A maioria dos jovens não fuma

Orientações para a actividade 2: Apresenta com as tuas palavras …

Cada grupo apresenta o seu texto (contar com cerca de 5 minutos para cada grupo). O professor coordena as apresentações, estimula a discussão, controla a turma e deve estar preparado para corrigir eventuais erros e esclarecer dúvidas sobre os temas. Em seguida apresentamos um resumo das ideias e conceitos chave de cada texto, a ter presente na sua discussão.

Ideias e conceitos chave de cada um dos textos:

T1 - O tabaco, o cigarro e o fumo

O fumo é mais nocivo que o cigarro e este é pior que o tabaco; o que é o fumo do cigarro; distinguir corrente de fumo principal e corrente de fumo secundária (importante para abordar mais tarde o tema do fumo passivo); referência a algumas das substâncias presentes no fumo: nicotina, CO, CO2, alcatrão, amónia; referência ao fumo passivo e às consequências de fumar para o ambiente.

T 2 – Fumo de cigarro e cancro

Definição de cancro; factores de risco para o cancro; cancro do pulmão e tabagismo; outros cancros e tabagismo; o que são nitrosaminas.

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T 3 – Fumo de cigarro e doenças cardiovasculares

Definição simples do sistema cardiovascular (coração e vasos sanguíneos); doenças cardiovasculares são primeira causa de morte no mundo desenvolvido e em Portugal; exemplos e definições de algumas doenças cardiovasculares; como o fumo afecta o sistema cardiovascular.

T 4 – Porque fumam os jovens

Como as atitudes de cada um podem condicionar as suas escolhas e o seu comportamento; caracterizar as 3 atitudes de base relativamente a fumar e a não fumar; distinguir iniciação (o foco da explicação deve situar-se nas circunstâncias) de hábito e dependência (foco no indivíduo); explicitar esta interacção entre individuo e circunstâncias na resposta à questão “porque fumam uns e outros não?”.

T 5 – A maioria dos jovens não fuma

Sublinhar que não fumar é a norma (a maioria das pessoas não fuma); referir os principais benefícios de não fumar: melhor rendimento físico, melhor aspecto, melhor desenvolvimento físico e mental, melhor ambiente, mais dinheiro para as pessoas individualmente e para a sociedade no seu conjunto; enfatizar a ideia que a saúde e o ambiente dependem, em parte, de cada um de nós.

Orientação para encerrar a sessão

Guardar algum tempo para uma avaliação rápida da sessão (pedir comentários: o que aprenderam, o que gostaram, o que os surpreendeu, …).

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Plano da sessão

Tempo Desenvolvimento da sessão

0’ — 20’ Actividade 1 – Preparar uma apresentação em subgrupos

Introduzir a actividade, distribuir os textos e dar tempo para ler e preparar a apresentação

20´ — 45´ Actividade 2 – Apresenta com as tuas palavras …

Breve apresentação de cada grupo (5 minutos por cada apresentação)

45´ — 50´ Encerrar a sessão. Breve avaliação oral: O que aprenderam, o que gostaram, …

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TEMA:Somos todos fumadores

Apresentação da sessão

Objectivos da sessão:Objectivos da actividade 1

Reconhecer que não fumar é a norma social (a maioria das pessoas não fuma)

Consciencializar processos de normalização social que influenciam o nosso comportamento

Objectivos da actividade 2

Reconhecer uma situação de exposição fumo ambiental

Avaliar a própria exposição ao fumo ambiental

Objectivos do trabalho de casa

Estimular a comunicação sobre o tabagismo, colocar o tema na agenda familiar

Actividade 1: Em 100 portugueses quantos fumam?

Perguntar aos alunos: Em 100 portugueses quantos fumam? Os alunos que participaram no “QP I” já responderam a esta questão pelo menos duas vezes. Geralmente as suas respostas são muito mais elevadas do que a realidade, devido a uma percepção ilusória da norma social. Queremos aproveitar esta oportunidade para reforçar, uma vez mais, que a norma social é não fumar (só um quarto dos portugueses fuma). Mas esse não é o principal objectivo a alcançar neste momento. Esperando que as respostas dos alunos sejam mais baixas que o habitual, a nossa resposta será 100%, introduzindo assim, com algum humor, o conceito de exposição ao fumo ambiental.

Actividade 2: Exposição involuntária ao fumo de tabaco

Os alunos preenchem o questionário, sobre a sua exposição ao fumo ambiental e os resultados são discutidos.

Trabalho de casa

Pedir aos alunos para realizarem uma entrevista a um familiar, de preferência um dos pais.

Encerrar a sessão

Breve avaliação oral de como correu a sessão.

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Guia da sessão

Orientações para a actividade 1: Em 100 portugueses quantos fumam?

Perguntar aos alunos: Em 100 portugueses quantos fumam?

Esta questão já foi colocada aos alunos diversas vezes. Sabemos, através de diversos estudos feitos em Portugal e noutros países, que os jovens pensam que a maioria das pessoas fuma (ver resultados de um inquérito realizado a alunos do 7º ano de escolaridade apresentado no Quadro 1). Isto acontece porque os fumadores, com o seu comportamento activo, se tornam mais visíveis do que os não fumadores. Vemos os que fumam a fumar e não contamos os que não fumam, quando fazemos, de modo automático e inconsciente, as contas à percentagem. Trata-se de uma percepção ilusória da norma social que influencia negativamente o comportamento dos jovens (eles querem ser como a maioria, mesmo que isso não seja muito consciente). Com esta actividade queremos reforçar, uma vez mais, que a norma é não fumar (só um quarto dos portugueses fuma). Mas o mais importante neste momento é, a brincar, introduzir o conceito de exposição ao fumo ambiental.

O procedimento para esta actividade segue os seguintes passos:

1. Colocar a pergunta e pedir aos alunos para escreverem a resposta no caderno. Enquanto os alunos pensam na resposta, desenhar no quadro da sala as duas primeiras linhas da tabela apresentada no Quadro 1.

2. Pedir as respostas em sistema de braço no ar para cada um dos intervalos da tabela. Pedir a quem respondeu entre 0-20% para colocar o braço no ar, contar, anotar no quadro, e assim sucessivamente.

3. Sejam quais forem as respostas, dizer com alguma gravidade que eles estão muito enganados. Com humor dar a resposta correcta = 100%, porque todos fumamos, nem que seja o tabaco dos outros. Introduzir assim o conceito de fumo passivo.

4. Dizer então que, caso se contasse apenas os fumadores activos, a resposta certa seria cerca de 25%. Esta percentagem é menor no grupo com a idade destes jovens, onde fuma apenas cerca de 5%.

5. Por fim, escrever no quadro as respostas que cerca de 3000 jovens deram a esta pergunta (ver Quadro 1) e comparar os resultados com os da turma. Se os resultados da turma forem tendencialmente mais baixos do que as respostas dos 3000 jovens, reforçar o grupo, por exemplo, dizendo que eles estão mais perto da verdade do que os seus colegas. Explicar brevemente porque se dá esta ilusão perceptiva (o comportamento activo do fumador “dá nas vistas” enquanto o comportamento do não fumador não se vê). Referir que estes processos de normalização influenciam o nosso comportamento muitas vezes sem nos darmos conta.

Quadro 1 – tabela para apurar rapidamente as respostas da turma e respectivos resultados0-20 21-40 41-60 61-80 81-100

Resposta da turma

Respostas dadas por jovens do 7º ano 36 (1%) 119 (4%) 643 (21%) 1278 (43%) 918 (31%)

A resposta certa é… - 100% se contarmos os fumadores passivos como fumadores

- (Os fumadores activos em Portugal são cerca de 25%)

- (No grupo dos 13-14 anos fumam cerca de 5 %)

Orientações para a actividade 2: Exposição involuntária ao fumo de tabaco

Retomar o conceito de exposição ao fumo ambiental introduzido na actividade anterior e anunciar que, através do preenchimento de um pequeno questionário, vamos estudar a gravidade da exposição ao fumo ambiental na turma. O questionário de avaliação da exposição ao fumo ambiental é entregue e cada aluno responde individualmente. Enquanto os alunos respondem o professor desenha no quadro da sala a tabela apresentada no Quadro 2.

O mais importante nesta actividade é consciencializar cada aluno do grau em que está exposto ao fumo ambiental e isso decorre do preenchimento do questionário. Como não há tempo para discutir todas as

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respostas, apenas a última será discutida para reforçar a ideia que a exposição ao fumo ambiental também é prejudicial e todos os que estão expostos devem preocupar-se com isso e evita-lo ao máximo.

Depois de todos os alunos terem respondido, analisar apenas as respostas à questão 3, recolhendo as respostas através do sistema de braço no ar e anotando-as no quadro. Se a maioria dos alunos se preocupa, reforçar e anunciar que vamos trabalhar algumas ideias para resolver este problema na sequência do Programa. Se a maioria não se preocupa, insistir na ideia que o fumo passivo polui o ambiente e também prejudica gravemente a saúde.

Quadro 2 - Tabela para apurar os resultados do questionário de exposição ao fumo passivo

Eu não estou exposto a fumo de

tabaco

Eu estou exposto ao fumo de tabaco……mas não me

preocupo…e preocupo-me

um pouco por isso…e preocupo-me

muito por isso0 1 2 3

Orientação para o trabalho de casa

Esta sessão termina com um pedido aos alunos para fazerem uma entrevista sobre fumar e fumo passivo a um dos pais ou outro familiar. Justifica-se esta actividade com o fim de preparar as sessões seguintes do programa. Mas pode-se sugerir aos alunos que aproveitem para falar lá em casa do programa e do que estão a aprender sobre tabagismo.

Quadro 2 - Entrevista para fazer lá em casa

ENTREVISTA PARA FAZER A UM DOS PAIS (ou outro familiar)1. Considera-se não fumador ou fumador?Não fumador Fumador 2. Se é não fumador …Protege-se da exposição ao fumo ambiental? Muito Pouco Nada2. Se é fumador …Protege os outros do fumo do seu cigarro?Muito Pouco Nada3. Considera que a exposição ao fumo ambiental prejudica a saúde?Muito Pouco Nada

Orientação para encerrar a sessão

Guardar algum tempo para uma avaliação rápida da sessão (pedir comentários: o que aprenderam, o que gostaram, o que os surpreendeu, …).

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Plano da sessão

Tempo Desenvolvimento da sessão

0’ — 15’ Actividade 1 – Em 100 portugueses quantos fumam?

Discutir as respostas à pergunta

15´ — 40´ Actividade 2 – Exposição involuntária ao fumo de tabaco

Resposta individual a um questionário e discussão dos seus resultados

40´ — 45´ Apresentar o trabalho de casa

45´ — 50´ Encerrar a sessão. Breve avaliação oral: O que aprenderam, o que gostaram, …

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SE

SS

ÃO 4

TEMA:“NÃO” é fácil

Apresentação da sessão

Objectivos da sessão:Objectivos da actividade 1

Reforçar a comunicação entre os alunos e a família sobre o problema do tabagismo e exposição ao fumo ambiental.

Melhorar a “política tabágica da família”

Objectivos da actividade 2

Aumentar a consciência que existem formas educadas e eficazes para comunicar que não queremos estar expostos a fumo de cigarros

Estimular acções para promover um ambiente mais saudável, sem fumo de cigarros

Nota: O título desta sessão (“Não” é fácil) presta-se a várias interpretações: (1) em geral, não é fácil para ninguém proteger-se do fumo passivo; (2) em concreto, não é fácil dizer “não” quando nos perguntam se podem fumar ao pé de nós, e é ainda mais difícil quando não nos perguntam; (3) agora pela positiva, que é a intenção que queremos dar ao título, dizer “não” é mais fácil quando estamos convictos que essa é a resposta a dar e quando temos confiança em nós mesmos.

Actividade 1: Discutir o trabalho de casa – entrevista a um dos pais

Os resultados das entrevistas são apresentados e comentados. Permite uma avaliação rápida da importância que a família dá ao fumo passivo.

Actividade 2: Dizer “não” é difícil

Como evitar fumar quando não queremos? Pergunta a colocar à turma para lançar uma chuva de ideias. As ideias são apresentadas e discutidas. A discussão é focada na transformação a partir de nós próprios (na próxima sessão o foco será a transformação a partir do meio). A actividade continua com uma dramatização em que um aluno tem que comunicar, a uma pessoa ao seu lado, que está a sentir-se incomodado com o fumo do seu cigarro. Esta dramatização serve para treinar as competências dos alunos para gerir situações como esta. Mas serve também para demonstrar que tal é muito difícil e para sugerir que há soluções mais demoradas, mas melhores, que passam pela transformação do meio (tema da próxima sessão).

Encerrar a sessão

Breve avaliação oral de como correu a sessão.

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Guia da sessão

Orientações para a actividade 1: Discutir o trabalho de casa – entrevista a um dos pais

Utilizando o método do braço no ar, preencher o quadro seguinte com os resultados das entrevistas.

Quadro 1 –Tabela para contar rapidamente as respostas à entrevista realizada aos pais Questões Resultados

1. Não fumador ou fumador? Não fumador _____ Fumador _____

2.1. Não fumador protege-se? Muito _____ Pouco _____ Nada _____

2.2. Fumador protege os outros? Muito _____ Pouco _____ Nada _____

3. A exposição ao fumo ambiental prejudica a saúde?

Muito _____ Pouco _____ Nada _____

Face aos resultados, discutir com a turma. Em primeiro lugar, uma percentagem razoável dos alunos fez a entrevista? Se sim, reconhecer e reforçar. Se não, discutir porquê? Será que o tema não é importante? Será que não há o hábito de fazer este tipo de trabalhos? Será que não há espaço em casa para este tipo de perguntas?… Discutir os resultados. Comparar as respostas dos fumadores e as dos não fumadores no que se refere a proteger-se / protegerem os outros (questão 2). Será que há aqui um conflito latente? Será que os não fumadores estão mais interessados em proteger-se do que os fumadores em proteger os outros? Analisar também os resultados da questão 3: será que as pessoas reconhecem que o fumo passivo prejudica a saúde? E em que grau? (pouco ou muito). Discutir as implicações destes resultados para os alunos. Aqueles que estão mais expostos ao fumo passivo preocupam-se com isso? Pensam em fazer alguma coisa para melhorar a sua situação? O quê? Introduzem-se assim as próximas actividades, mais orientadas para estimular medidas no sentido da protecção dos alunos relativamente ao fumo passivo.

Orientações para a actividade 2: Dizer “não” é difícil

Como podemos evitar fumar quando não queremos? Como podemos evitar a exposição ao fumo ambiental?Colocar estas perguntas à turma e pedir aos alunos para pensarem, em silêncio, em respostas. Dar um ou dois minutos e pedir sugestões. Classificar as respostas entre as que implicam transformação de nós próprios (saber melhor o que queremos, conseguir dizer adequadamente o que queremos, não frequentar espaços onde há muito fumo) e as que implicam transformação do meio (mais informação, educação das pessoas, melhores leis, políticas de escola).Pedir a um dos alunos mais activos nas suas respostas para se sentar numa cadeira à frente da turma. Ao seu lado colocar uma cadeira vazia. O aluno deve imaginar que nessa cadeira está uma pessoa a fumar sem qualquer cuidado com o fumo. Pedir ao aluno para comunicar a essa pessoa que não quer fumar o seu cigarro. O Professor irá "dando voz" ao interlocutor do aluno.Se o aluno se sentir inibido o professor pode solicitar o apoio de outros alunos: “Quem quer ajudar? Quem sabe o que fazer?… Os outros podem dar sugestões ao aluno ou mesmo virem eles dramatizar. Através desta dramatização os alunos treinam competências para gerir melhor uma situação como esta. Mas a dramatização serve também para demonstrar que resolver sozinho situações como esta é muito difícil. Por isso esta actividade deve terminar com o professor a notar essa dificuldade e a sugerir que há soluções mais demoradas, mas mais eficazes, que passam pela transformação do meio (tema da próxima sessão).

Orientação para encerrar a sessão

Guardar algum tempo para uma avaliação rápida da sessão (pedir comentários: o que aprenderam, o que gostaram, o que os surpreendeu, …).

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Plano da sessão

Tempo Desenvolvimento da sessão

0’ — 15’ Actividade 1 – Discutir o trabalho de casa – entrevista a um dos pais

15´ — 45´ Actividade 2 – Dizer “não” é difícil

45´ — 50´ Encerrar a sessão. Breve avaliação oral: O que aprenderam, o que gostaram, …

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SE

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ÃO 5

TEMA:Exposição ao fumo ambiental

Apresentação da sessão

Objectivos da sessão:Objectivos da actividade 1

Conhecer alguns efeitos da exposição ao fumo ambiental

Conhecer os princípios da Lei da Prevenção Tabágica

Objectivos da actividade 2

Estimular acções para promover um ambiente mais saudável, sem fumo de cigarros

Objectivos do trabalho de casa

Estimular a comunicação sobre o tabagismo, particularmente no que respeita ao fumo ambiental

Actividade 1: Discutir um texto em subgrupos

A turma é dividida em subgrupos. Cada grupo recebe um texto sobre fumo passivo. É pedido um trabalho de leitura e discussão do texto. Cada grupo deve responder às perguntas que estão no fim do texto.

Actividade 2: Preparar uma acção de prevenção tabágica a realizar em grupo

Cada grupo apresenta oralmente as suas respostas à turma. Discussão das respostas. Foco na resposta à última pergunta que deve resultar no compromisso de cada grupo em realizar uma acção comum de prevenção do tabagismo.

Trabalho de casa

Na sequência da entrevista realizada como trabalho de casa da sessão 3, pedir aos alunos que mostrem aos pais o texto sobre fumo passivo que foi utilizado na actividade 1.

Encerrar a sessão

Breve avaliação oral de como correu a sessão.

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Guia da sessão

Orientações para a actividade 1: Discutir um texto em subgrupos

Iniciar a sessão com uma breve revisão da sessão anterior, em que se tentou demonstrar duas ideias: (1) como é difícil dizer não ou lutar sozinho contra hábitos instalados e (2) como, apesar de difícil, com vontade e treino é possível melhorar a eficácia dessa luta.

Lançar esta sessão com a seguinte ideia: Uma das melhores armas para mudar hábitos instalados é a união de esforços entre pessoas com os mesmos interesses. É esta ideia que vamos tentar experimentar nesta sessão.

Dividir a turma em 4 ou 5 subgrupos e entregar o texto sobre fumo passivo. O trabalho dos grupos é discutir o texto e responder às 3 perguntas que estão no fim.

As perguntas são as seguintes:

1. O fumo passivo prejudica a saúde? Não prejudica nada ___ Prejudica um pouco ___ Prejudica muito ____

2. Qual a ideia mais importante deste texto?

3. Que pode o vosso grupo fazer para minimizar os efeitos nocivos do fumo passivo? Lembrem-se de várias medidas e escolham uma para realizar em conjunto.

Orientações para a actividade 2: Preparar uma acção de prevenção tabágica a realizar em grupo

Segue-se a apresentação e a discussão das respostas dos grupos. Primeiro cada grupo apresenta a sua resposta à pergunta 1. Depois cada grupo apresenta a sua resposta à pergunta 2.

As duas primeiras perguntas servem principalmente para motivar os grupos e para preparar a terceira, cujas respostas são o núcleo desta actividade. Apenas por razões imprevistas será necessário perder tempo com a discussão das respostas às perguntas 1 e 2. O tempo pode então ser usado para discutir a resposta à questão 3.

Pretende-se que cada grupo escolha uma acção de prevenção do tabagismo para realizar em conjunto. Por exemplo afixar um cartaz no café do bairro, ou na paragem do autocarro, afixar um dístico no elevador do prédio, escrever uma carta a um amigo que fuma ou ao presidente da Câmara, entregar um texto sobre fumo passivo lá em casa, etc. Uma acção conjunta não quer dizer que a tenham de fazer todos juntos e ao mesmo tempo. Por exemplo o grupo pode combinar que cada um dos seus elementos dá a ler o texto sobre fumo passivo aos seus pais.

No fim desta actividade anunciar que na sessão seguinte vamos discutir a realização das acções.

Trabalho de casa

Mostrar aos pais e outros familiares o texto sobre fumo passivo trabalhado nesta sessão.

Orientação para encerrar a sessão

Guardar algum tempo para uma avaliação rápida da sessão (pedir comentários: o que aprenderam, o que gostaram, o que os surpreendeu, …).

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Plano da sessão

Tempo Desenvolvimento da sessão

0’ — 20’ Actividade 1 – Discutir um texto em subgrupos

20´ — 45´ Actividade 2 – Preparar uma acção de prevenção tabágica a realizar em grupo

45´ — 50´ Propor o trabalho de casa

Encerrar a sessão. Breve avaliação oral: O que aprenderam, o que gostaram, …

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SE

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ÃO 6

TEMA:Querer é Poder

Apresentação da sessão

Objectivos da sessão:

Objectivos da actividade 1

Avaliar a acção de prevenção do tabagismo realizada em grupo

Avaliar a entrega do texto sobre o fumo passivo à família

Reflectir - A saúde está (em parte) na nossa mão – Querer é Poder.

Objectivos da actividade 2

Avaliar o “QP II”

Encerrar o “QP II”

Actividade 1: Querer é Poder

Esta actividade serve para partilhar as experiências relacionadas com a implementação das acções combinadas nos subgrupos durante a actividade 2 da sessão anterior. Aproveitar as actividades realizadas para demonstrar a ideia que a nossa saúde está, em parte, na nossa mão – ideia chave do Programa, expressa na sua designação "Querer é Poder".

Actividade 2: Encerramento do Programa "QP II"

Preenchimento da ficha de avaliação do programa “QPII” pelos alunos e discussão sobre o Programa.

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Guia da sessão

Orientações para a actividade 1: Querer é Poder

Esta actividade permite aos grupos, partilhar a experiência proporcionada pelos trabalhos de casa pedidos na sessão anterior: (1) acção de prevenção do tabagismo realizada em conjunto pelos elementos de cada subgrupo e (2) a entrega do texto sobre fumo passivo à família.

Pretende-se que cada grupo avalie a acção de prevenção do tabagismo realizada em comum: o que fizeram (ou porque não fizeram), como é que correu, aspectos positivos e aspectos a melhorar.

Discussão e Reflexão sobre a responsabilidade que temos sobre a nossa saúde. A saúde está (em parte) na nossa mão – Querer é Poder.

Tópicos de discussão:

O tabagismo é a principal causa de mortalidade e morbilidade evitável, no mundo ocidental.

Estilos de vida saudáveis.

Comportamentos de risco.

A nossa responsabilidade face aos nossos comportamentos e opções de vida.

Orientações para a actividade 2: Encerramento do Programa "QP II"

Distribuir o questionário de avaliação do Programa "QP II" e dar tempo aos alunos para responderem individualmente. Recolher os questionários.O questionário é de resposta anónima, mas os alunos que quiserem podem apresentar a sua avaliação do Programa.Lançar a discussão acerca do Programa "QPII", partindo das respostas dos alunos ao questionário de avaliação

Tópicos de discussão:

O que mais gostaram e o que menos gostaram.

O que aprenderam, o que os surpreendeu.

Pedir sugestões para melhorar o Programa.

Perguntar se foi interessante e se gostaram de participar no Programa.

Neste debate, o professor deve funcionar como moderador, levantando questões e gerindo a dinâmica do grupo, e deve evitar, na medida do possível, envolver-se directamente e emitir os seus próprios comentários.

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Plano da sessão

Tempo Desenvolvimento da sessão

0’ — 20’ Actividade 1 – Querer é Poder

20´ — 50´ Actividade 2 – Encerramento do Programa "QP II"

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