Quando os moocs não são moocs

17
O MS adverte : os conceitos emitidos aqui podem causar uma revolução na forma como você pensa que a educação deve ser produzida– ensino e aprendizado – especialmente nas universidades.

description

Um pouco mais sobre o MOOC

Transcript of Quando os moocs não são moocs

Page 1: Quando os moocs não são moocs

O MS adverte : os conceitos emitidos aqui podem causar uma revolução na forma como

você pensa que a educação deve ser produzida– ensino e aprendizado – especialmente nas universidades.

Page 2: Quando os moocs não são moocs

Texto de: Reginaldo Albuquerque

Page 3: Quando os moocs não são moocs

Continuamos hoje com um novo artigo sobre os MOOCS. O

primeiro desta série foi publicado nos sites: www.canvas-moocs.blogspot.com.br, www.unasus.gov.br, e www.observasaude.org.br e na primeira semana alcançou 300 visitas. Uma boa repercussão, novas dúvidas e algumas críticas. Uma delas me deixou particularmente feliz ao referir o artigo como uma colcha de retalhos. Nada mais significativo. MOOCS é também um espaço, às vezes uma loja, onde as pessoas trocam ou vendem os seus pertences indesejados. O nome é perfeito para esta concepção de curso, um espaço de troca de conhecimentos, de conteúdos, de vivências, etc. Não se trata de um conteúdo estático que não se renova e não se integra com o grupo que dele participa. É uma inovação disruptiva como são aquelas que ajudam a criar novos valores causando uma desorganização nos valores presentes.

QUANDO OS MOOCS NÃO SÃO MOOCS

Page 4: Quando os moocs não são moocs

A desconstrução contém o ambiente do futuro. Usualmente, os

paradigmas existentes, podem causar revoluções tecnológicas e cognitivas. Como exemplo temos a introdução do computador pessoal que evoluiu de uma brincadeira para crianças e em 20 anos eliminou os grandes computadores. Incomoda, assim, a muita gente que precisa desaprender os seus paradigmas de trabalho. E isto é difícil. Muito difícil.

MOOC é um conceito desenvolvido no movimento OPEN EDUCATIONAL RESOURCES. Usa tecnologias da web 3.0 e assim permite a adição de páginas ativas no material textual. Um vídeo pode ser parado para introdução de explicações e perguntas, uso exaustivo de hipertextos, avaliações dinâmicas com registro dos percursos dentro do website, revisão por pares, uso de hangouts, skypes, rede sociais, etc.

Page 5: Quando os moocs não são moocs

O que significa, afinal MOOC?

Page 6: Quando os moocs não são moocs

Massivo - não é o número de matrículas e sim a

oportunidade de atingir e explorar a capacidade de milhares de estudantes em fóruns, hangouts e em atividades moderadas. É gratificante a ajuda e inspiração que pode ser conseguida dos estudantes e quantos conhecimentos aparecem a medida que o curso prossegue e quanta inspiração pode ser dele recorrente.

Page 7: Quando os moocs não são moocs

Open – deve oferecer vários caminhos e objetivos

utilizando diferentes recursos e habilidades sem diminuir a qualidade. Isto pode parecer problemático num mundo de culturas e sistemas educacionais caóticos. Não podemos esquecer também que os estudantes estão à procura de educação continuada. O curso deve evoluir ou acontecer numa plataforma LMS de fácil usabilidade e sem as complexidades dos atuais sistemas. Plataformas tipo CANVAS poderá ser a solução. Todos os participantes podem contribuir livremente.

Page 8: Quando os moocs não são moocs

Online – os livros são importantes, mas não

devemos forçar os estudantes a irem off-line quando as informações estão disponíveis online. Não é apenas um texto, mas existem laboratórios, nuvens computacionais. Todas as coisas podem se tornar uma atividade complementar, ou o inicio de um projeto pessoal de melhora.

Page 9: Quando os moocs não são moocs

Course – os certificados são importantes e

fundamentais. Sem eles é melhor seguir os vídeos no You Tube. São importantes para a avaliação do processo educacional.

Nunca esqueça que o O é mais importante que o M

Page 10: Quando os moocs não são moocs

A wikipedia diz que existem dois tipos: o primeiro que enfatiza a filosofia conectivista e aqueles que se assemelham aos cursos tradicionais e bem financiados como os do Coursera e edX. Para distinguir os dois Stepbhen Downes propõe os termos “cMOOC” e “xMOOC”.

Pode existir mais de um tipo de MOOC ?

Page 11: Quando os moocs não são moocs

Os cMOOCs são contextos de aprendizados, co-construídos e

adaptados por quem está aprendendo. Elimina a figura do grande professor-autor, pois todos são co-autores do curso e utilizam os princípios do aprendizado conectivista. O que o distingue é o elemento interativo e são focados na produção do contexto e não do conteúdo. Necessita por definição dos seguintes elementos de transmídia: Vídeos Tarefas – dever de casa Ferramentas de comunicação entre os participantes, como

chats, discussão fóruns, blogs. Fonte aberta Textos Uma plataforma que permite um desenvolvimento fácil, ágil.

OS cMOOCS

Page 12: Quando os moocs não são moocs

Os estudantes aprendem usando estes recursos e se

conectando uns com os outros, aprendem e gerenciam o seu crescimento no campo do conhecimento. Não existem objetivos fixados, exceto aprender em profundidade o assunto da matéria.

Os grande problemas dos cMOOCs são a acreditação, a certificação e avaliação.

Page 13: Quando os moocs não são moocs

São essencialmente os cursos padrões com objetivos,

matérias fixas, perguntas e exames. O enfoque é mais sobre a produção do conteúdo. O Coursera, o Edx são essencialmente deste tipo. Os do Medscape e do BMJ também seguem este padrão. Esta discussão – valorização do conteúdo ou do contexto – não é nova. Há 15 anos os especialistas em educação online asseguravam que o futuro está no conteúdo. Hoje sabemos que eles só têm valor quando usados no contexto.

E os xMOOCS ?

Page 14: Quando os moocs não são moocs

A função central da educação hoje, para muitos, é o

design de contextos onde a aprendizagem possa acontecer. Ensinar é criar contextos onde se possa aprender.

A.Dias de Figueiredo

Page 15: Quando os moocs não são moocs

Estas definições de MOOCS são agora um padrão

para discussão. Pesquisadores da educação à distância em saúde, como Vinicius Oliveira, Luiz Carlos Lobo e Lina Barreto, propõem agora a criação dos bMOOCs que seria um “blended” dos dois tipos acima descritos. Os “bMOOCS” seriam capazes de resolver os grandes problemas: as dificuldades de avaliação, certificação e da acreditação. As plataformas atuais de desenvolvimento destes cursos como o Canvas, o Moodle etc, serão capazes de responder a estes desafios?

O “bMOOCS” vem ai

Page 16: Quando os moocs não são moocs

Com o entendimento destas diferenças e limitações,

os educadores de EAD podem fazer as opções sobre o desenvolvimento dos seus cursos.

Na internet e na imprensa escrita vemos muitas apresentações em power point de instituições respeitáveis chamando o seu material de educação à distância de MOOCS. Alguns descrevem o atual momento como “MOOC pânico” ou uma “MOOC mania”, ou ainda como um tsunami – como disse John Hennssy, reitor de Stanford.

Page 17: Quando os moocs não são moocs

Alguns cursos que estão sendo oferecidos na internet

– como os dos grandes hospitais ou laboratório brasileiros, mais parecem apresentações de slides do que cursos realmente.

Não posso dizer que não aprendo ouvindo passivamente estes cursos, mas é muito pouco diante do que pode ser feito com as tecnologias atuais.

Continuamos em breve esta série discutindo as críticas aos MOOCS