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GUIA PARA EDUCAÇÃO SOBRE AUTOAPLICAÇÃO DE INSULINA 1

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GUIA PARA EDUCAÇÃO SOBRE

AUTOAPLICAÇÃO DE INSULINA

1

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Material produzido por Beatriz Lott, farmacêutica, CRF-SP 91.228.Destinado para educação sobre Autoaplicação de Insulina.

O objetivo do presente material é servir de consulta e guiar o profissional durante o processo de educação em Saúde para a pessoa que convive com o Diabetes. Aborda-se aqui o tema administração de insulina e alguns aspectos podem ser aplicados para outros injetáveis também usados para esta condição.

Trata-se de um material para consulta e as informações se encontram distribuídas em itens e listas. Detalhamentos sobre cada etapa foram apresentadas no workshop conduzido durante o I Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas realizado pelo Conselho Federal de Farmácia em novembro de 2017. Quer participar de cursos ou palestras sobre o tema? Entre em contato com a Aplicar Conteúdos em Saúde ([email protected]).

Este material contém:

• Listas com as diversas etapas e aspectos que envolvem a aplicação de insulina.

• Principais especificações de seringas e agulhas disponíveis no mercado.

• Modelos de instrumentos sugeridos para uso em simulações e demonstrações durante o processo da educação.

• Descrição das etapas para associação de dois tipos de insulina em seringa.

Não aconselho a entrega deste material para pacientes e/ou cuidadores por não conter o aprofundamento de conteúdo e linguagem correspondentes às suas demandas. Apesar disto, incentivo que este material possa servir como referência e/ou base para a construção de um manual direcionado para o paciente, desde que citada a fonte.

O termo autoaplicação de insulina é o mais utilizado neste material visto que a maioria dos pacientes se autoaplica, mas todas as orientações também servirão para orientar cuidadores que assumam a tarefa de fazer as injeções de insulina.

Ainda com o objetivo de esclarecimentos, informo que em alguns pontos deste material os termos paciente, cliente e farmacêutico foram evitados e substituídos por termos como aprendiz e educador. Espero que esta iniciativa inspire farmacêuticos para atuarem cada vez mais na Educação em Diabetes. Bom trabalho!

Atenciosamente,

Beatriz Lott

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Material produzido por Beatriz Lott, farmacêutica, CRF-SP 91.228.Destinado para educação sobre Autoaplicação de Insulina.

DICAS PARA ABORDAGEM

São diversos aspectos e cuidados que, feitos de forma correta e equilibrada, levam

a uma autoaplicação de insulina precisa. Oferecendo atenção a todos estes pontos e

transformando os mesmos em hábitos, a insulina aplicada irá promover o controle glicêmico

ideal.

• Aprende-se ouvindo

Ao ensinar, fale

• Aprende-se observando

Ao ensinar, demonstre

• Aprende-se fazendo

Ao ensinar, faça

Todos os aspectos da autoaplicação são importantes e devem ser abordados.

Pode-se optar por abordar todo o conteúdo de uma vez só ou dividi-lo em encontros diferentes. Avalie o perfil do seu cliente, seu estilo, urgência e demandas.

De qualquer forma, é importante abordar o assunto autoaplicação de insulina periodicamente. É comum o paciente negligenciar alguma conduta, por esquecimento, por desatenção e/ou por não ter aprendido corretamente.

Os temas estão aqui dispostos numa ordem que pode ser seguida no atendimento, mas avalie caso a caso. À medida que você pegar prática irá confirmar se esta é uma boa sequência ou se prefere criar outra. Eu acredito que isto é bem pessoal. E que educadores sempre aprendem com seus aprendizes!

APLIQUE ESTA DICA!

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ETAPAS E ASPECTOS A SEREM ABORDADOSSOBRE INSULINAS

Nomenclaturas (nome comercial e genérico). Isso vai evitar trocas e ajudar

em próximas compras.

Como elas agem (se são de ação rápida, ultrarrápida, ou outra), explicar

o perfil de ação, em que momento acontece o pico de ação (informar risco

e prevenção de hipoglicemias). É comum usar mais de um tipo de insulina e

o risco de trocas pode ser fatal, por isto sempre mostre as diferenças

entre elas.

Como são suas aparências e diferenças entre elas. Avisar que nunca

devem ser usadas quando houver mudança no aspecto (alteração de cor,

presença de partículas, não ressuspensão, por exemplo).

Deixe claro as razões para cada cuidado.Isso aumenta a motivação!

APLIQUE ESTA DICA!

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ETAPAS E ASPECTOS A SEREM ABORDADOSSOBRE INSULINAS

O que é frasco de insulina, o que é refil de insulina e o que é caneta

(descartável e recarregável). Considero importante que todos os pacientes

pelo menos conheçam tudo. Dar ênfase ao que está em uso. Explicar

quantas unidades de insulina há no recipiente. Ele deve aprender que a

medida usada é em unidades de insulina e não mL (mililitros).

Como conservar antes de abrir, depois de abrir (em uso). Levar em

consideração se é caneta ou frasco.

Validade antes de abrir e depois (durante o uso).

Como transportar, seja no dia a dia (se a rotina da pessoa exige que ela

leve insulinas para o trabalho e escola por exemplo) e em viagens.

Sempre faça perguntas para checar o aprendizado!

APLIQUE ESTA DICA!

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ETAPAS E ASPECTOS A SEREM ABORDADOS

SOBRE PREPARO DA SERINGA OU CANETA

Prescrição: explicar qual a quantidade a ser aplicada (em cada horário).

Seringas: mostrar as diferentes seringas, diferenças nas capacidades e

escalas de graduação, explicar qual ele poderá usar. É possível a troca

de uma seringa para outra no futuro e mostrar todas evita erros futuros.

Seringa escolhida ou usada: ensinar a leitura da escala de graduação e

onde as doses são marcadas. Use também outros valores (diferentes do

prescrito) para conferir o aprendizado.

Manuseio: técnica correta para segurar a seringa para evitar erros e

aumentar conforto.

Preenchimento da seringa com a insulina (principais pontos): higiene mãos,

homogeneização insulina leitosa, injetar ar em quantidade igual à

prescrita, retirar bolhas de ar da seringa.

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ETAPAS E ASPECTOS A SEREM ABORDADOS

SOBRE PREPARO DA SERINGA OU CANETA

Canetas: concentrar na caneta que o paciente usa, ensinar como

manipular e para o que serve cada parte da caneta. Há muitas canetas

no mercado, explicar que se ocorrer troca do tipo ele deverá receber

nova orientação. Principais pontos: posição do êmbolo para inserir refil,

colocação agulha, homogeneização insulina leitosa, teste anterior

(conhecido como primer ou “regulagem da caneta”) com a caneta na

vertical até aparecer um jato de insulina na ponta da agulha, não retirar

refil entre uma aplicação e outra, não deixar agulha acoplada entre

aplicações.

Agulhas: apresentar as opções, diferenças entre elas, opções que podem

ser usadas e escolha entre elas.

Reuso: abordar este tema se for uma dúvida e se você identificar a sua

ocorrência. Deve ser contraindicado. Informe os riscos que ele gera.

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ETAPAS E ASPECTOS A SEREM ABORDADOSSOBRE A AUTOAPLICAÇÃO

Locais de aplicação (onde é recomendado, limites e divisão em diferentes pontos

para o rodízio). Utilizar o seletor de locais. Evitar se houver algum

comprometimento na área. Explicar o que é lipohipertrofia (use o termo

deformidade), suas causas e contraindicar aplicação onde houver. Nos locais onde

forem feitas aplicações de insulina glargina, nenhuma outra insulina deve ser

aplicada.

Rodízio: definir um plano considerando rodízio de locais, pontos e lados.

Considerar também as regras: 14 dias entre aplicações, distância de 1 a 2 cm

entre pontos, realização de exercícios físicos e atividades diárias. Utilizar o seletor

de locais.

Prega subcutânea: considerar a demanda de acordo com agulha usada, como é a

forma correta de se fazer a prega SC (quando necessária) e como não fazer.

Ângulo: considerar a demanda de acordo com a agulha definida, como fazer

corretamente e como não fazer.

Aplicação técnica correta para segurar tanto a seringa como a caneta, tempo

para se manter a agulha no local após injeção.

Descarte tipo de recipiente correto, onde não se descartar e como/onde destinar

o recipiente com os resíduos.

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KIT DE TRABALHO PARA EDUCAÇÃO SOBRE AUTOAPLICAÇÃO DE INSULINA

Um kit de materiais permite que você tenha todos os insumos em mãos

para que possa demonstrar o uso de cada um deles e também permitir

que o aprendiz manipule treinando as etapas.

Seletores de locais Simuladores

para aplicação

Seringas e frascos de

insulina

Materiais para antissepsia e

descarte

Canetas, refis e agulhas

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KIT DE TRABALHO PARA EDUCAÇÃO SOBRE AUTOAPLICAÇÃO DE INSULINA

Ele deve conter:

seringas com capacidades e escalas diferentes (pelo menos uma de cada),

canetas descartáveis e recarregáveis (pelo menos uma de cada),

agulhas (pelo menos uma de cada),

insulinas em frasco e refil (uma de cada),

seletor de locais (para guiar o rodízio),

simulador de local (para praticar a aplicação),

algodão, álcool 70% ou gaze embebida em álcool a 70%,

recipiente para descarte dos resíduos.

Solicite a seus clientes e/ou fornecedores frascos de insulina já vencidos (que você apenas usará em simulações) e materiais de demonstração que a indústria farmacêutica fornece.

Fundamental ter pelo menos uma unidade de cada um dos insumos e insulinas que são disponibilizadas pela prefeitura local.

Pode ser difícil conseguir ter todas as canetas existentes no mercado. Tendo pelo menos uma descartável e uma recarregável já irá ajudar. Lembre-se que seu aprendiz terá sua caneta recém comprada em mãos, ela poderá ser utilizada durante a orientação.

DICAS PARA VOCÊ

FARMACÊUTICO!

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SERINGAS DE INSULINA

Dicas para ajudar na seleção de seringas de insulina:• Seringa de tuberculina não é recomendada para aplicação de insulina. Ela tem escala em mililitros, o que pode levar a erro grave na aplicação deste medicamento.• 100 U (unidades de insulina) equivalem a 1 mL (mililitro). Então a seringa de 30U pode também ser expressa como seringa de 0,3 mL ou 0,3 cc. 1 cc (centímetro cúbico equivale a 1 mL).• Seringa com agulha acoplada ao corpo (não é possível desconectar agulha da seringa) são preferíveis pois evitam desperdício de insulina e permitem aplicação de misturas.• Atenção para não confundir U (unidades de insulina) com 0 (zero). Risco de aplicar dose 10 vezes maior que a prescrita.• Na escolha da seringa mais indicada, considerar a escala de graduação da mesma. Seringas com escala de 1 em 1 ou 0,5 em 0,5 permitem aplicação de doses pares e ímpares com precisão.• As medidas da agulha são comprimento e calibre, sendo descritas em milimetros (mm) na seguinte ordem: Calibre x comprimento. Por exemplo: 0,25 x 6 mm (agulha de 6 mm de comprimento com 0,25 de calibre). Os calibres mais encontrados vão de 0,25 (nas seringas com agulha fixa) até 0,45 mm (nas seringas com agulha removível).

Capacidade (em unidades de insulina)

100

50

30

Escalas de graduação (em

unidades de insulina)

2 em 2

1 em 1

0,5 em 0,5

Comprimento das agulhas (em mm)

6

8

12,7

13

Principais especificações das seringas de insulina

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AGULHAS PARA CANETAS

Na tabela acima não há discriminação de nomes de marcas e de fabricantes pela existência de diferentes fabricantes que disponibilizam apresentações com as mesmas especificações.

Dicas para ajudar na seleção de agulhas para caneta:

• As medidas de uma agulha informadas na embalagem são: comprimento e calibre, sendo descritas em milimetros (mm) na seguinte ordem:Calibre x comprimento, por exemplo: 0,23 x 4 mm (agulha de 4 mm de comprimento com 0,23 de calibre)

• Há grande variação no comprimento (de 4 a 13mm). A escolha correta do comprimento é fundamental para uma aplicação correta. Agulhas curtas (4, 5 e 6 mm de comprimento) previnem a aplicação IM da insulina, seu uso é seguro para qualquer individuo. É raro encontrar no mercado agulhas para caneta de 12,7 mm.

• Há variação de calibre entre diferentes agulhas para caneta, as medidas encontradas vão de 0,23 mm (nas agulhas de 4 mm) até 0,33 mm (nas agulhas com 12,7 de comprimento). Diferentes calibres irão impactar no conforto.

• Para evitar erros, leia detalhamentos informações existentes nas embalagens.

• Leitura recomendada: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, capítulo sobre “Práticas seguras para preparo e aplicação de insulina”.

Comprimento das agulhas (em mm)

4568

12,7

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SELETORES DE LOCAIS PARA APLICAÇÃO DE INSULINA

O seletores de locais permitem:

a visualização das áreas, dos limites e dos pontos onde a insulina pode ser aplicada.

a organização da sequência de utilização dos diferentes pontos para que o cliente se oriente quanto aos locais recentemente aplicados e locais que devem ser usados em seguida.

Como utilizar:

O seletor de locais é semelhante a um mapa ou um guia. Ao colocá-lo sobre a área recomendada, o cliente visualiza os pontos que podem ser explorados.

Não é recomendado que ele esteja sobre a área no momento da injeção. Isso irá comprometer a realização do procedimento (o que leva a erros na prega, ângulo e inserção da agulha).

Nas próximas páginas estão disponíveis moldes para você criar seletores. Considere as medidas indicadas. Tratam-se de exemplos com a identificação de 7 pontos a serem usados em cada lado de cada região. Este número de pontos (sete) não é uma regra pois é possível que em alguns indivíduos um maior ou menor número de pontos possa ser usado.

Os seletores de locais podem ser feitos de papel ou de materiais mais duráveis

como E.V.A.APLIQUE ESTA DICA!

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Molde para seletor de locais para uso nas regiões da coxa, braço e nádegas:

Molde para seletor da região do abdome adultoD

istâ

ncia

de

27

cm

ap

roxi

ma

da

men

te

Distância de 18 cm aproximadamente

Distância mínima entre os pontos deve ser de 1 a 2 cm

aproximadamente

1

6

54

32

7

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Dis

tânc

ia 1

8 c

m a

pro

xim

ada

men

te

Distância de 12 cm aproximadamente

Molde para seletor da região do abdomede criança

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Molde para seletor da região dacoxa, braço ou nádega de adulto

Dis

tânc

ia d

e 2

0 c

m a

pro

xim

ad

am

ente

Distância de 10 cm aproximadamente

Distância mínima entre os pontos deve ser de

1 a 2 cm aproximadamente

1

65

43

2

7

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Molde para seletor da região da coxa, braço ou nádega de criança

Dis

tânc

ia d

e 1

3cm

ap

roxi

ma

da

men

te

Distância de 6 cm aproximadamente

Distância mínima entre os pontos deve ser de

1 a 2 cm aproximadamente

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SIMULADOR PARA INJEÇÃO

O simulador para injeção permite:

a visualização dos diferentes tecidos: derme (representado pelo E.V.A.), subcutâneo (representado pela camada de espuma amarela) e o músculo (representado pela espuma vermelha).

ensinar sobre a importância de se aplicar no tecido indicado (subcutâneo no caso de insulinas),

informar sobre as medidas de espessura dos diferentes tecidos,

demonstrar a importância do uso de agulha, ângulo e prega corretos,

demonstrar e repetir a técnica correta.

Materiais necessários para construção do simulador:• Esponjas de lavar vasilhas com duas camadas sendo uma amarela e outra vermelha (não use esponjas que têm uma camada feita de material mais resistente, de cor verde escuro).• Folha de E.V.A. nas cores bege e marrom (irão representar os tons de pele mais comuns na população) na espessura de 2 cm (ou mais fina).• Cola de silicone.• Estilete.• Tesoura.

Simulador com SC pouco espesso (0,8 cm)

Simulador com SC muito espesso (2,6 cm)

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Passo a passo para construção do simulador para injeção:

1. Para produzir o simulador que representa local com subcutâneo pouco espesso:

- usando um estilete, corte longitudinalmente a espessura da camada amarela de uma das esponjas para que esta camada se reduza à metade. Originalmente ela tem 1,8 cm e deve ficar com 0,8 cm.

- corte o E.V.A. em medidas semelhantes às da esponja (11 x 8 cm) e cole sobre a camada amarela (espalhe bem a cola de silicone para evitar marcas).

2. Para produzir o simulador que representa local com subcutâneo muito espesso:

- cole a sobra de esponja amarela usada no preparo anterior sobre a camada amarela de uma nova esponja. Ela ficará dupla e terá aproximadamente 2,6 cm.

- corte o E.V.A. em medidas semelhantes às de uma esponja (11 x 8 cm) e cole sobre a camada amarela dupla (espalhe bem a cola de silicone para evitar marcas).

Todas as medidas são aproximadas. O objetivo é ter um material com um visual que ajude no aprendizado. Medidas exatas não são essenciais, afinal cada indivíduo terá medidas bem

particulares nos seus tecidos.

SIMULADOR PARA INJEÇÃO

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MISTURA DE DOIS TIPOS DE INSULINA EM SERINGAPÁGINA 1

Associações (ou misturas) de dois tipos de insulina numa só seringa são possíveis desde que cumpram os seguintes cuidados:

Uso exclusivo de seringas com agulha fixa.

São permitidas misturas de insulina regular + NPH ou de insulina ultrarrápida + NPH.

Destreza e compreensão compatíveis com todas as etapas e sequência de procedimentos descritos abaixo.

Segue passo a passo do preparo de misturas de dois tipos de insulina:

1. Separar os frascos de insulinas, a seringa, algodão e álcool 70%.

2. Lavar e secar as mãos.

3. Homogeneizar a insulina NPH.

4. Fazer a desinfecção da borracha dos frascos.

5. Com a seringa em mãos aspirar ar até a graduação correspondente

à dose de insulina NPH prescrita.

6. Injetar esta quantidade de ar no frasco de NPH e retirar a agulha do frasco (sem aspirar insulina).

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MISTURA DE DOIS TIPOS DE INSULINA EM SERINGAPÁGINA 2

7. Com a mesma seringa em mãos aspirar ar até a graduação correspondente à dose de insulina regular ou ultrarrápida.

8. Injetar esta quantidade de ar no frasco de insulina regular ou ultrarrápida.

9. Virar o frasco e aspirar a insulina regular ou ultrarrápida prescrita.

10. Eliminar bolhas de ar, se houver.

11. Retirar a agulha da borracha do frasco da regular ou ultrarrápida.

12. Posicionar de cabeça para baixo o frasco de insulina NPH, introduzir a agulha da seringa (que já está com a insulina regular ou ultrarrápida em seu interior) e aspirar a dose de insulina NPH prescrita.

O total de insulina na seringa deve corresponder à soma das doses das 2 insulinas.

Se por erro ocorrer aspiração de dose de NPH acima da prescrita, deve-se descartar a seringa e reiniciar o procedimento a partir do item 1.

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Referências:

Sociedade Brasileira de Diabetes. Posicionamento Oficial SBD 01/2017. Recomendações sobre o tratamento injetável do Diabetes: insulinas e incretinas. São Paulo. 201.

Sociedade Brasileira de Diabetes. Práticas seguras para preparo e aplicação de insulina. In: Clannad, editor. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes: 2017-2018. São Paulo 2017.

Sites dos fabricantes dos insumos.

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