PROPOSTA DE UMA ABORDAGEM HUMANISTA NA PEDAGOGIA …
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PROPOSTA DE UMA ABORDAGEM HUMANISTA NA PEDAGOGIA DO ENSINO SUPERIOR
VOLORES IZABEL MARTINS VE BARROS
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PROPOSTA DE UMA ABORDAGEM HUMANISTA
NA PEDAGOGIA DO ENSINO SUPERIOR
DISSERTAÇÃO SUBMETIDA COMO REQUISITO
PARCIAL PARA A OBTENÇAO DO GRAU DE
MESTRE EM EDUCAÇÃO
OR I E NTADORt\ ~
MÍRIAN PAURA SABROSA ZIPPIN GRINSPUN
RIO DE JANEIRO
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS
INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
1987
Aventunan-~e cau~a an~iedade,
ma' deixan de a~~i~can-~e ~ pe~deh
a ~,{_ ,';C-,jmo ••• [aventunaJt-~e no
~e"tido mai~ elevado ~ pneci~amen
te -tol1lan c.o~L~ciQ.ncia de ~i pnôpJtio.
KIERKGAARD
111
Tc.mo-6 rlledo de ap/Lende/L
pO'li{uc. temO"6 medo dI.! c./Le6c.eh e de
a66WlI{Jt a fLU)pOIl.6aO.Lf.Ldade maio/L
qU.e vem C.OH1 o C. fLC •• 6c..Llllellto.
Tl\RTHl\NG TULBU
iv
Meu entendimento ~ o ~nico
te~ou~o que po~~uo, o maio~ de todo~. [lIiUU/La in6inLtamente pe.queno e 1Í~á.gil
quaJ~rio c.ompa~ado com o~ pode.~e.~ da~
t~e.va~, ~ ainda uma luz, minha ~nic.a
lu z.
CARL G. JUNG
v
A que~tão e~tâ em ~e pode~
ama~. Ne~~e ponto - h~ta~!
- muito~ ~ão o~ ehamado~, pou
eo~ o~ eleito~ ...
PERESTRELLO
vi
vii
Ao~ aiuno~ da FaQuidad~ d~
M~diQina da Univ~~~idad~
Fed~~al do Rio d~ Jan~i~o,
de ago~a, ~ ao~ que vi~ão,
AGRADEÇO ~IU ITO
a GEORGE BITTENCOUkI DOYLE MAIA; que me mostrou que EN
SINAR é sobretudo EDUCAR;
a JOÃO CIRIBELLI GUIMARÃES e ao Instituto de Microbiolo
gia da UfRJ, pelo apoio e cooperação na tentativa de ENSINAR e EDUCAR;
a FACULDADE DE MEDICINA da UFRJ, pela oportunidade de
EDUCAR e possibilitar a formaç~o de um Homem Integral;
i Prof~ MIRIAN P.S.ZIPPIN GRINSPUN, orientadora, mestra
e amlga, pela [orça e carinho que muito me ajudaram
na elaboração Jcste trabalho;
ao Pro[. ELIEZER SCIINEIDER, pela r:,C'ncrosidade e grandio
sidade do afeto e compreensão ~om que sempre me dis
tinguiu;
ao Prof. ABRAM EKSTERMAN, pela paciente e atenciosa ori
entação que me dispensou;
à Prof~ INGRID SIECKENIUS DE SOUZA, amiga, colega de
trabalho, companheira nas lides da UfRJ; com sua fiel amizade, disciplina de trabalho e seus valores de res
peito à pessoa, me impulsionaram sempre a não desis
tir;
aos COLEGAS DA 6~ TU~~A DO IESAE, por me ajudarem a desc~ brir a realidade das Ciências Humanas no quotidiano
da Educação;
aos DOCENTES do Instituto de Microbiologia da UfRJ, pela
facilitação e colaboraç~o prestada no levantamento dos dados, para a amostragem realizada neste trabalho.
Vl.Ll
ao Prof. WILSON LEON,
que com sua seriedade acadêmica, seu espi
rito cientifico, seu apoio doméstico, suas
cobranças e exigências técnicas, e todo o
seu devotado companheirismo, fez com que
esta dissertação se viabilizasse,
o meu AGRADECIMENTO ESPECIAL
ix
-I N D I C E
pág.
CAPo I INTRODUÇÃO -------------------------- 1
1.1. A Educaç~o e a Pedagogia ---------------- 1
1.2. O Humanismo na pedagogia ---------------- 4
1.3. O Aluno como Pessoa --------------------- 14
1.4. A Interação Professor-Aluno ------------- 18
1.5. Objetivos do Trabalho ------------------- 33
CAPo 11 METODOLOGIA ------------------------- 38
2.1. seleção dos Sujeitos -------------------- 39
2.1.1. Populaç~o -------------------------- 41
2.1.2. fu~ostra ---------------------------- 41
2.2. Instrumentação -------------------------- 42
2.2.1. Questionários ---------------------- 42
2.2.2. Observaç~o ------------------------- 44
CAPo 111 - RESULTADOS -------------------------- 45
3.1. Questionários --------------------------- 45
3.1.1. Alunos ----------------------------- 45
3.1.2. Professores ------------------------ 66
3.2. Observação ------------------------------ 72
3.2.1. Localizaç~o e Formação de Grupos de
Alunos na Sala de Aula de Acordo com
o Sexo ----------------------------- 72
3.2.2. Aspectos da Comunicação em Sala de
Aula ------------------------------- 88
CAPo IV DISCUSSÃO 107
4.1. Análise Critica ------------------------- 107
x
pág.
4.1.1. O aluno ---------------------------- 118
4.1.2. O Professor ------------------------ 122
4.1.3. A Interaçâo A1unn-A1uno ------------ 125
4.1.4. A Interaçdo Professor-Aluno -------- 135
4.1.5. A Instituiçâo ---------------------- 149
4.1.6. O Espaço Educacional --------------- 159
4.2. Conc1usõ8s ------------------------------ 161
4.3. Proposições e Recomendações ------------- 164
REFE~NCIÃS BIBLIOGRÂFICAS ---------------------- 170
BIBLIOGRÃFIA ------------------------------------ 173
ANEXOS:
Programa da Disciplina de Microbiologia ---- 179
Questionários/Alunos ----------------------- 184
Questionários/professores ------------------ 195
xi
1: N D I C;:: D ~ Q U 1\ D R O S
QUADRO DE ALUNOS: N9S PÁG.
1 46
2 47
3 48
4 49
5 50
6 51
7 52
8 53
9 54
10 55
11 56
QUADRO DE PROFESSORES: N9S PÁG.
12 67
13 68
14 69
15 70
16 71
xii
Í N o I C E f) E G R À F I C O S
PÁG.
GRÁFICO N9 1 73
GRÁFICO N9 2 77
GRÁFICO N9 3 82
* * *
Í N D I C E D E F I G U R A
PÂG.
FIGURA N9 1 108
xlii
Este trabalho teve por objetivo, ressaltar a im
portância de uma Pedagogia Humanista aplicada ao ensino su
perior.
Neste sentido, estudou-se sob vários aspectos, a
interação professor-aluno. ~nfases foram dadas à dinâmica
da formação de grupos em sala de aula, bem como uos víncu
los afetivos uí desenvolvidos.
A metodologia utilizada fundamentou-se no Estudo
de Caso, onde as observações realizadas se ativeram a uma
amostra de 20 alunos e. 3 professores envolvidos em uma dis
ciplina, regularmente oferecida ao curso médico da UFRJ.
Os resultados obtidos chamam a.atenção para:
1) a existência de parâmetros que até· então, tem
sido negligenciados no ensino superior, tais como:
. as características da Instituição;
a influência dos fatores. biológicos, psíqu:!:.
cos e sócio-ambientais nos.indivíduos·envol
vidos;
. as interações entre.os indivíduos. envolvi
dos - professor-aluno e aluno-aluno.
2) a existência de um "Espaço Educacional", onde
deva ser implementad~ u abordagem humanista. no. ensino. sup~
rior.
xiv
S U H H l\. R Y
This paper focuses on the importance of a
Humanistic Pedagogy that cnphasizes the personal worth of
each individual in the University education.
Interactions between masters and students were
studied upon different aproaches. Emphasis was given to
the dynamic of group formation in the classroom as well as
the development of inter-personal relationships.
Twenty students of the Hedicine School of the
Federal University of Rio de Janeiro as well as three
teachers involved in the same field of study - Discipline
were carefully analised throuqh a proper Methodology.
Overall, the issue of the proposed study is
complex and multifaceted. Institucional factors as well as
bilogical, psychological and social factors should be
considered for a better understanding of thc problem.
Our results strongly suggest the existence of
an "Educational Space" ·,..,:here an up to date Humanistic
Pedagogy should be applied.
xv
C A P 1 T U L O I
I N T R O D U ç Ã O
1.1. A Educaç50.,e a Pedago~ia
Desde os primórdios da história da civilização,
que os homens transmitem de uns para os outros o saber que
det3m e que os constitui. A educação sempre foi o grande
meio que os homens dispunham para garantir as descobertas
e conquistas obtidas, ratificar sistemas e processos, e man
ter crenças, valores e iêéias implantadas em determinado
grupo. Ela existiu desde o momento em que uma pessoa com
dominio de algum saber, teve intenção de ensin~-lo a outra
pessoa que não sabia e queria aprender.
A antropologia identifica como processos sociais
de aprendizagem, a transferência do saber tribal, que iria
desde a fabricação do arco e flecha, até a recitação de r~
zas sagradas aos deuses da tribo; assim, neste tipo de so-
ciedade primitiva, o saber seria adquirido pela convivên-
cia das pessoas entre si, fluindo de quem sabia e fazia,
para quem não sabia e então aprendia.
Segundo Durkheim (1911)
"SGO rCi3imp trib~l, :1 caracterrstic:1 essencial reside no fato de ser difusa e aJminis tiud3 por todos os elementos do c13: n;o hã r:l c ~, t r c s d c t e r m in;] dos, n c []i i II S P e t o r c s e s p e -ci~is para a formaç;o da juventude: esses fi " r (: i s :~ :í () cl C' S c 11) r c n 11 .'1 d l) S P o r t o dos o s a n -~_:ll~;~)~·; C ~JC1l) conjl:nto (::lS gpraçõcs .1ntcrio~ (~ :.; • 1I ( l )
2
Para Carlos Br~nd50 (l~81),
"o ensino farm.:1l e o momento em que a educa ç;o se sujeit.:1 ; ped.:1gogia (.:1 teori.:1 d.:1 ed~ CQção), cria situações proprias para o se~ cxercIcia, produz os seus m~todos, estabcl~ cc SU.:1S rczrns c tempos, e constitui executores espcci,Qlizados. f qU.:1ndo aparocem a escola, o aluno, e o professor ... ".(2)
Na antiga civilização grega, a transferência do
saber pela Educação era ro~lizada atrav6s de t~oca~ intc~-
pe~~oai~, por relaç6es fisicas e afetiv~s entre as pessoas
envolvidas no processo, isto é, o professor e o aluno.
Para os gregos, a formação do homem se concretizava inde-
pendente da escola, pois resultava da aç50 de todo o meio
s6cio-cultural sobre ele. O que efetivamente o educaria, e
o formaria, seria a din3.mica da vida, da cOHv.(,vêVlCÚt c-ntILc-
a~ pc-~60a6. A escola, seria ent50, simplesmente, o espaço
onde esta convivência poderia acontecer.
Na escola, o importante seria pois o aluno, c nao
o ensino, entidade abstrata.
A escola, é o lugar onde se realiza a Educação,
definida por René Hubert (1946), como uma -açao exercida
por um ser sobre outro, ou mais precisamente, um adulto so
bre um jovem ou por uma -scraçao madura sobre a geraçao se-
Esta açao e orientada - com um fim a atinsir, ten-
do pois toda Educação um destino, e est~ndo desta maneira,
sujeita a uma lei de finalidade. lI,. i "da segl1ndo I1uDert, o
fim da Educação parece resolver-se menos na posse de ccr-
tos bens positivos, que na aquisição de certas disposiç6cs
junLo das atividJ~es CtS se
sonalidades.
Gattegno (1950) julga que a Educaç~o 5 para o in
dividuo, o crescimento de seu Cil.-npO de . . . :) . , co~n8Clmen~~ae ~a~
maneira que seu desenvolvimento represente uma integração
de todos os elementos ~o nGcleo do seu grupo contextualiza
do, dilndo-lhe deste modo, a possibilidade de realizar uma
extensão do agregado.
A Pedagogia e definida por Debesse e Mialilret
(1974), corno a teoria e prática da Educação, formi:mdo um
conjunto de meios postos em ação para atingir os fins atri
buídos à Educação.
No inicio do s5culo XX, Durkheim (1971) julgou a
Pedagogia, corno um conjunto de teoriil3 e de maneirils de
conceber a Educaç~or n~o de praticá-la, isto e, sendo uma
forma de teoriil práticil da educação, tirilndo SUilS nocoes :.
bQsicas da psjcclogia e dil sociologia. Sua funç~o b5sica
seria guiar a pr~tica, ajudilndo, se preciso, u. pro encher
possíveis lacunas, ou socorrendo as insufici5ncias que
eventualmente se verificassem.
Ilubert IIenz (1970) afirma que a Pedilgogia,
"torn.:l a educaç20 como re.:llidade, ccscreven do-a, compreendendo-a e comparando-a. N~o c pur.:lmentc descritiva, nem .:lpenas renomenol~ gica, nem simples an51ise categorial, ne~ uma mera comprccns;u das relaç~es, nem somente pesquisa de fator. E tudo isso, mas ao mesmo tempo, sempre uma V1S;O do conjunto educacion.:ll na tr.:lma de todos os seres c agentes." (3)
Luiz Sancnez (1936) utiliza a expressa0 "ato pe-
dagógico", (4) definindo-.:l con:ü .:l -LIÇd.O que se rca 1 i Zél (1c~t:.ro
4
de uma comunidade, e cujo fim 5 a formaç5o da personalida
de em funç50 de alguns valores determinados.
Entenje-se pois, q~e a Educaç50 e a Pedagogia,
por definiç5o, tenham como seu objeto fundamental de trab~
lho, o aluno, faltando entretanto, nesta consideraç~~ a va
lorizaç~o deste aluno como pessoa, o que s5 ~ possIvel com
a utilizaç~o do conceito de Humanismo.
1.2. O Humanismo na Pedagogia
O conceito de humanismo de Burckhardt (193G), e
a descoberta do homem enquanto homem, e consequentemente a
reafirmaç50 de tudo quanto ~ humano.
o termo humanismo, tem sido utilizado coloquial
mente, para referir todo o sistema de valores que enfatiza
o valor pessoal de cada indivIduo.
A Pedagogia deve ser necessariamente unificadora
do conjunto da pessoa G da vida, articulando, reunindo,
fortalecendo as ligações tanto entre as faculdades do indi
viduo, bem co~o entre o indivIduo e as realidades
contexto hist5rico-social sempre maior.
de um
A incorporaç5o do lIumanismo pela Pedagogia, além
de desej5vel, 6 possivel, pois vem ao encontro, de acordo
com Roberto Etave (1972), do anseio b5sico dn homem, de
descobrir sua pr5pria unidade profunda, sua personalidade
una. Tal élnseio é seguido [>ela necessidade do homem em de~
cobrir a unidade pro~undél do cu com a realidade do mundo.
prin~ord~éllmclltc, c·::;n.S.tLrC-r.~~~ 2 I)CSS03. or.1 SU,] tot":-.tliJc;.Jc c
5
exercitar todas as suas faculdades, de tal maneira que elas
se integrem har~oniosamentei e também valorizar a relação
entre os educandos e o contexto hist6rico-social-econ5mic~
e vivificar esta relaç~o, de tal modo que os alunos se sin
tam me;nbros vivos, ativos, e participantes na História vi-
va de seu tempo.
Alguns estudIosos como John Martin Ric~Carl Ro-
gers, Arthur Ramos e Rubens Alves, t6m se dedicado a anal!
sar a educação sob a luz do aspecto humanístico, dando um
tratamento abrangente na an51ise efetuada. Merecem desta-
que todos os educadores que procuram ver esta an51ise al~m
da abordagem ensino-aprendizagem, e sim entrando no enfo-
que da essência e existên~ia do próprio ato pedagógico.
Um dos caminhos mais completos de análise da edu
caça0, em termos da relac~o que se efetiva nesta área, po-
de ser tomado a partir dos fundamentos legados por Sigmun-
do Freud em sua teoria psicanalítica (1886). Procurando in
terpretar a ação do homem na sua totalidade, Freud nos ofe
rece os subsIdios para refletirmos sobre quem ~ este Homem
que age, interfere e interage no proces0 educacional.
Educar, para Freud (1932), seria uma profissão
impossível I pois como ele próprio justificou em sua XXXIV
Conferência,
tI S ':2 COilsiJerc:lrI110S agol"'3. os JifIccis problcm .:l S c c' ';] q \! C S c d e f r 011 t.:l o c d \l C a c! o r - c o mo c 1 c: t c, 11l C <.' r c c o n h c c c r :1 i n d i v i d LI .:11 i Li .:l de c o n s titucion.:ll d.::! cri3nçn, de inferir, a partir '.~c 2°,;\];':",.:-; iucl:cÍ.Oé;, o que e que estn se IJ:1~.;s.:;.ndL~ n:! Inentc il~1atur~ dC~:t3, uc dar-lhe :l (i U ;1 :1 t .L \.j a J c í...~;-: :1 t..1 d c n m o r (l ~ :1 J 1110 S ~ll o l c In -
p O, !11 t! n !.: c r ~1 111 ~_: r ~ 1..1 (l r i. C::1 ~ de ;1 u t o l" I c1:1 LI c ... 11 () )
6
Conseguir t21 equillbrio seriu. o ideal no proce~
50 pedugógico, muito embora seja dificil "o oferecimento
de uma quantid.:ldc e:-:3 t.:l de élmor" e de difercnçélr, com pre-
cisâo, a autoridélde do élutoritarismo do professor. Isto se
ria ide21, n50 só no processo pedu.gégico, mas no próprio
desenvolvimento educ.:lcional do indivIduo.
A Psican~lise véli nos proporcionélr analisar este
equillbrio necess5rio ao desempenho individual
nas no que tange ao próprio indivIduo, mas na relação que
ele estabelece com os outros na sua d i n5mica de vida.
Rich (19/5) I .:ltr.:lvés de suas ponderações, tem
difundido a proposta de um.:l pedu.gogi.:l que considere .:l pes-
soa integralmente, exercitando todas as suas faculdades,
de tal maneira que elas se integrem harmonios.:lffiente.
"A clcsintegraç:Jo das relações pr~l1lãrias de g r u p o c a r.l l ' 1 t i p 1 i, c <l ç :1 o cI e r e 1 a ç o e s s e c u n d 5. rias c ela impessoalidade iCvoU ao desenvoT vimcnto :~ uma desconfiança de outros nao muito con: .. ciJos. Existem tendências para ver os outros em termos Je sua utilidade em ajudar-nos a progredir, profissional ou socialmente. Ê bem menos frequente desejarmos conhecer realmente os outros como pessoas, p01S isso leva tempo, exiBe muito e pode causar ligações emocionais que, mais tarde, poelcr;o ser afetadas ou destruldas. Envolve um risco e uma Jisposiç:Jo para sacrificar 11 o ~; ~; u s ~, C' n t i ml' n tos e III [a v o t' d o bem - c s t a r J e outros. Assim, e muito mais seguro e f5cil ver e tratar as pessoas com um sentimento ele externalidade, esquecendo que elas tem uma vida interior de pensamento e de senti monto. Essa atitude de externalidade [acilT tn o tratamento das pessoas como COlsas ou objetos a serem manipulados para se progredir n;t vida. O :.:ipo ele s()cied::t..!c l~l~! (:l:C' VlV()::~os dl..,·senc()-
i·' o l: :: 1) II l- U c r :; ~ : I,' ;: ~-; )
- -. V C ~ Li:1 t ;~ r 1 t) S 1 :..1
ll;lO
l !1 t c L~ --S l~ (l. i'!.l
CLl l~lubL~:-l, ~~::-u
f ;1 !1ll1 i,:1 • " ( 6 ) -
7
o culto a quantidade e definido por Rich ( 1975)
. I . -como quant~o~caçao.
'I • r- • - • 1 A quantlllcaçao Impregna a cu tura amerlca na com a fascinaç;o ante o tamanho e a gran dcza, bem como uma fixaç;o na quantidade. Os n~mcros tornaram-se instrumentos no funcionamento de nossa sociedade. Tudo isso lo va a urna convicç;o de que sabemos mais sobre coisas e pessoas do que realmente sabemos, já que, se podemos qU:lntificar as ear a c t e r I s t i c: :; de nossas vidas , isso s i g n i f i ca que introduzimos exntid;o, ordem, coeren cia e conveni~ncias num mundo complexo. Ou, pelo menos, assim parece. A primeira armaJi lha 5 acreditar que sabemos, verdadeiramen= te, muito sobre qualquer coisa ~uantificando essa ('()isa. O segundo el"I"O e acreditar que o produto acabado de toda essa quantifi caç;o torna a vida mais razo;vel e, por con seguinte, ma~s satis[at~ria devido a sua sistcmatizaç;o e controlabilidaJo. Ao quantificar essas coisas só as podemos conl!"cer externamente, enquarto b:lnhar nossas vidas em nGmeros e quantidades despersonaliza o indivíduo apesar disso oferecer mais ordcm."(7)
Ex;tc.!r.i~aLédad('_, é um conceito <1mplamente cmprcg<1-
do por Rich (1975) em Educaç~o, pois par<1 ele,
l'e; outro fator que contribui para a dcsumanizaçao c a alienap;o. H~ muitas rclaç;es SOClalS que t&m po; base apar~ncias sup~r[i C1BIS e tempor~rias. Um nGmero excessivo d~ n~s tende a julgar os outros muito rápida e impressionisticamente, depois de lhes termos sido apresentados pela primeira vez e de conversarmos com eles por apenas a1 ;:ns minutos. Temos cateBorias e ~ompartimentos 1.mediat;llOlcnte?i nOSS;1 di_sposiç;o pé1ra classificar e estcreotipar."(H)
Jolm r-la:!:'tin Rich (l975) em su.J. análise sobre
Educaç5o, valoriza .J. formilç~o e a manutenç50 da~dc.nt~dade.
Ele julga quo C~ saral, il identidade cst5 se formundo sem
a c:inci-:'l o pu!-_
8
sar da personalidade imanente, que tais forças seriam aba-
fadas pela necessidade de se representar papéis sociais de
terminados pelo grupo ou classe social.
lIA busca da .identidade e cumulativa em termos das experiências da vida e das relações interpessoais de uma pessoo. Trata-se de uma concepç~o que ~ rnodific~vel i luz de novas experiências, com o sentido de bem-estar, de individualidade e de pertencer de uma pessoa estando diretamente relacionado com sua habilidade para lidar com a busca da identidade."(9)
"Os problemas de identidade sao cruciais no nosso tempo dcv: 1 o a transformações e a des conjunturas generalizadas na vida social, po lItica e ccon~mica. Essas mudanças tamb&~ causoram no s~u caminho dos sistemas de valores modos de comportamentos tos."(lQ)
- ~
a crosao gradual tradicionais e de que antes, eram ace~
Rich, lança m~o de um conceito de extrema impor-
t3ncia social, mas que ele enfatiza sobremaneira na Educa-
ç~o - a DeGumani~aç~o. Tal conceito 6 constituído de uma
dimensão exterior, que advém das relações interpessoais p~
las quais as pessoas se relacionam umas com as outras e
também por uma dirnens50 interior que é a maneira como uma
relaç50 faz uma pessoa sentir-se, e como influencia o seu
auto-conceito, bem como seu sentido de dignidade pessoal.
Propõe uma cla3sificaç~o de cinco tipos, para si
tuações desumanizantes( com a justificativa de que, qual-
quer rclaç~o intcrpessoal que produza no individuo, um ou
mais dos efeitos relatados nos tipos propostos, e desumani
zcJ.ntc. sêi.o
c~·:trcrn~s !
9
te, é bem menos frequente na vida do individuo do que ou-
tros tipos, porém, é tQO perturbadora que pode deixar cica
... . trizes pSlqulcas permanentes.
No decorrer da situaç~o brutalizante e principal
mente depois, o i~divlduo ex?crimenta sentimentos profun-
dos de choque, mortificaç5o, copsternaç~o, Lncreduliddde,
vergonha, culpa, ressentimento, inutilidade.
2) T.tpo li Ulild'-hcOit~ ou H um,U.hctç.ão
Gera uma sensaç50 de destruiç50 mesmo que de mo-
do temporfirio, do sentido de dignidade de uma pessoa. g a
perda ou danificaç50 do resDeito prõprio do indivfduo e do
seu valor pessoal. "Um sentido de dignidade é essencial p~
ra todas as pessoas,"
Ocorre quando aquilo e quem uma pessoa acredita
ser e desgastado, irritado, desestruturado.
"Os efeitos dessas situações despertam um sentido de perda pessoal, um sentimento que já n;o se sabe quem se é e o que se está fa zendo. Sejam quais forem os fatores que pr~ cipitam a situaç;o, seja a intenç;o da ou= tra parte m3liciosa ou n;o, o ponto focal está sempre no resultado final dentro da vi da interior do indivíduo e seus efeitos na~ sua s r e 1 a ç õ e s s o c i a i s f u t u r as. A s s i TIl, a s p e r turbações que abalam o sentido de identida= de do indivíduo devem ser julgadas em termo~ de poderem vir a permitir que esse indi vIduo se realize mais ou ent;o, de provare; ser céonic.:1!llentc danosas."(ll)
o I ~ i ~l d i v : J u o se n te que c s t ti tr.:lt~Hlo
illals como um objeto que pode do que como uma pessoa a ser bem trat.:lda."(12)
10
ser ffianipulado respeitada e
Nesse tipo, pode-se ter duas relações básicas:
"re l aç .J:o escr.:lv.J.", quando o trat.:lmento dado ao
indivIduo e o mesmo que o considerado a um objeto ou peça
de propriedade que pode ser manipulada de acordo com a von
tade do "dono".
"reLlç.J:o robô" I quando o tratamento dado ao in
divlduo ~ o mesmo que o dispensado a uma máquina, isto e,
ele seria considerado apenas em funç~o de sua efici~ncia,
um objeto que executaria tarefas rapidamente e obedeceria
ordens sem discussão. O tratamento seria similar ao minis-
trado às mãquin~~, que não têm sentimentos ou emoções, se~
do que os desejos e objetivos da pessoa jamais seriam con-
siderados.
"Sempre que uma rel.:lçao social gera um sentimento de empobrecimento pessoal em que o individuo já não se sente como o portador de seus próprios poderes e capacidades e co mo a fonte de suas próprias ações."(l'~)
E~contramos esta situação quando o indivIduo sen
te que seus atos estão subordinados a autorid~dcs . . .. J.nV1Sl-
veis em determinada hierarquia c que este poder vai aumen-
tando, dia-a-dia, o controle sobre ele.
Os tipos propostos se sobrepõem em algumas cara~
lise do situações l u~ tipo puro.
11
Essas situações, quando levadas a extremos na vi
da de determinado indivIduo, podem gerar uma grave crise
nas suas relações • L • • lnLerpessoals e ocaslonar, pelo seu con-
teGdo ansiogênico, o desencadcamanto do processo de adoc-
cer no individuo.
Frequentemente em Educação, observamos as segui~
tes situações desumanizantes:
- Auto-conceito do aluno em conflito com o con-
ceito do professor quando este lhe transmite o sentido de
que ele é ~enos do que realmente pensa que é.
Transmissão pública ao aluno, de senso de in-
competência quando seus trabalhos são ridicularizados, em
função de avaliação do professor, que parte de um perfil
-de aluno por ele idealizado e nao do desempenho manifesta-
do em cada aluno.
Em geral, o resultado de tais situações desumani
zantes e a introjeção pelo aluno, das caracterIsticas que
lhe foram atribuldas pela figura de autoridade. Ele sente-
se com o respeito próprio abalado e incapaz de produzir.
- A agressão fIsica pela autoridade ao aluno, ao
~enos nos grandes centros urbanos brasileiros, nao mais
existe, mas os castigos morais e emocionais, as humilha-
çoes, continuam frequentando com assiduidade as nossas sa-
las de aula.
Os eo.s~i'Jcs c puniçucs I ~nrvc:n r:1o.is como rcforç~o
da ele ensi
12
- O tratamento dispensado ~o aluno, como um nume
ro de registro na Instituição de ensino, a consideração de
que ele deva cumprir satisfatoriamente seu papel discente,
qual seja, ~dquirir conteúdos e obter aprovação em determ~
nada disciplina, ~ uma rclaç~o objetaI, que pode determi-
nar no aluno uma alienação de si próprio.
- No professor, observa-se uma ~licnação na med~
da em que ele apenas cumpre normas e regulamentos estabel~
cidos na Instituição, ao invés de voltar-se para seu traba
lho específico.
Esta vis~o coercitiva da Educação, tem sido ana
lisada por "llCJuns educadores com~ Jules IIcnry (l9GS), que
identificam na educação um fator gerador de sit\laç6cs con-
flitivas e pouco estimulantes ao desenvolvimento do auto-
conceito do aluno. O parQmetro do certo-errado, justo e in
justo, bom e mau, é dado pela autoridade do professor. O
aluno não participa desta categorização sendo a sua atua-
ção observada mais a nivel de expectativa do professor do
que das suas próprias potencialidades.
Isto, e a c.,s c.o tCt ele.) ~wlcuLa, que estirnula em alu-
nos e professores o temor cJe scrc;n isolados, de ficarem so
zinhos, de serem ridicularizados ou rejeitados socialmcn~.
Rollo May (1985) em sua an5lise sobre cultura e
comunidade observa que em nossa sociedade,
",J. luta pelu sucC:sso ticiv~; urn~ pessoa c t :-:. ~- c t r i U i.l r :1 r ~j L) !) r c
é cssc;1cialmcnle COn1pl~ b lO' ;;. S ü c e cl i cl .::t s C s u p 1 a ~ os ~,;eu:~ C01:1:Jl.i ti,lni'"'l'S.
SClr:c:o o v;l1.or cu1Cur::l dOiHL!1:1nt:2 ue 3utO-~lV.1
1 i :1,; :1 (); c 1 c G a c c i lo c o III o o _ I1ll': ' cl c vaI i li ar o cu, t.:lnto aos ol::os da pc·uprl.:l pessoa co-
13
mo aos olhos dos outros. Seja o que for q~e ameaça esta meta ~, portanto, uma ocasiao para profunda ansiedade do individuo em nos 5a cultura, porque a ameaça ~ a valores co~ siderados essenciais a cxist~ncia do indivI duo como uma personaliJade - isto e, essenciais para o valor e prestIgio do indivIduo c o mau ::1 a p e r s o n :lI i d a de. "( 1 4 )
Em consequênci~ de tais padr6es, o mito do suces
so competitivo, definido essencialmente em termos econ6mi-
cos, evolui necessariamente para o nível das reaç6es inter
pessoais.
A cultural com seus valores sociais, interfere
na e sobre a educação. Assim, a competição, hoje, é um dos
valores mais identificados no grupo social que vivemos. E~
ta competição, se por um 13do din."'mi za, impuls iona, es tim~
la, por outro lado pode gerar a ansiedade, o confronto e o
desinteresse. Rollo May, ~~;lete que o esforço competitivo
pode levar a uma ansiedade, chegando inclusive, a um isola
mento e hostilidade social do individuo.
do diz que
Karen Horney (1937), aprofunda esta an5.1ise qua~
"a c o m p c t i ç ?í o a S S li,) como a h os t i I i d :l J e p o -te n c i .'l I c: u e a a c o :n p a n h a • i m p r e g na to das a s relaç~0s human:ls. Ü cspIrito de competiç;o C; um dos [:1tOl~l'S predominantes nas l~l'la(;õcs sociais. lmrrc~na as rel:lç;es dos homens en tre si, das mulheres entre si, e quer a di~ puta seja em torno da popularidade, compe= t~ncia, atraç;o ou qualquer outro valor social, prejudica imensamente as possibilidades de uma .3mizade sincera. Como j; foi indicado, tambem PC1"tllrba as relações entre llomens e mulhci"CS n30 50 na cscollla tlc parcerro, mas em toda a luta com ele pela supe r i \,)!.~ i li :.~ (1 c. T 1111) r c g n.'} .:l v.i. <.1 a \..~ S L: 01 .; )-. }~, tal =v c Z o lI! ~t 1.;-; i I:: il o t" t .3 n t c d (' t II do, ;} v i J;1 J e [a lllI.i..i . .:l e~;L::l ilubuLJa ucsse L~spl:l.-ito de cor:1pct i ç :; o, de ;J; o II o Ci U c, de !ll o cl o b c r aI, a c r 1. a n-
ça é inoculo.ua com seu germe desde os me i ros anos de sua exi s tênc i<1. II (15)
14
pri-
o respaldo encontrado n2 literatura acima meneio
nada reforça a certeza que a ex~ltaç~o dos valores humanos
e priorit5ria no processo pe~~g6gico, permitindo assim que
a Educação considere a pessoa em sua integralidade.
1.3. O Aluno cano Pessoa
Ao ingressQr no ensino superior, o aluno quase
que simultaneamente ~ sua comemoração por ter sido aprova-
do no exame de Vestibula~ tem que conviver com as diferen-
ças pedag6gicas existentes entre o ensino de 19 e 29 graus
e do 39 grau, tais como:
19) buscar o conhecimento em livros diversos, dar
semin5rios, receber durante as aulas, uma simples orienta-
ção de estudo, ter mais de um professor para a mesma disci
plina, ser parte de grandes turmas, onde ele nao passa de
um entre v5rios alunos brilhantes academicamente;
29) colocar ~ prova diariamente a sua opção pro-
fissional, com Q realidade de seu curso de formação;
39) vivenciar liberdades pessoQl e acadêmica.
E=tas s50 condiç6es altamente ansiog6nicas para
o alu~c, no seu primeiro semest~e de curso superior.
~o mo~ento crItico ~Q vidQ um jovem CIt:e o
rln~l da adolcscôncia, a sua entrnda no curso superior dc-
15
termina um impacto que 6 massacrante e at6 cruel, servin-
do, muitas vezes de agente desencadeador de doenças.
Somam-se a estas diferenças, as características
de uma instituiç~o de ensino superior, que em meio a pes-
quisas, atividades administrativas, trabalhos de consulta,
reuniões de comissões, colegiados e departamentos, relega
a um plano secundário o seu estudante de graduação, trans-
formando-o em um numero de registro no computador. Para
conseguir operar a grande burocracia que faz funcionar a
universidade, o aluno, para a administraç50 acad~mica, to~
na-se um ser impessoal, cuja identidade, desejos e aspira-
-çoes, perdem-se na massa indistinta de rostos e nomes sob
o titulo de Co~po VlSC~ILt~. Enquanto isto, as autoridades
tentam freneticamente que a máquina universitária, com seu
complicado mecanismo, nao emperre.
E assim, ao ser desumanizado e despersonalizado,
o estudante ve sua formaçQo para a carreira que escolheu,
como algo enfadonho, dificil e carente de sentido; acima
de tudo, não sente satisfaçQo pessoal, apenas uma sensaçQo
de vazio, solidQO e desesperança.
Carl Rogers (1978) procura evidenciar e transmi-
tir uma grande confiança na potencialidade e sabedoria do
homem para realizar as transformações n.'cess5rias ao mundo
e aos povos atrav6s da E~ucaçQo. Trabalhando com a aprend!
zagem significativa (processo de aprendizagem auto-inicia
da pelos alunos), Rogcrs preconiza que o professor, além
de transmicir conceitos, posslblli~a a auto-confiança do
aluno quanto ao do~Iniü do conteGdo.
16
Ainda segundo sua concepçao, sao propostos dez
princípios básicos na efetivaçQo da aprendizagem signific~
-1-' .... lva:
1) O homem 6 natural~n~te curioso a respeito de
si e do ambiente em que vive: possui um potencial natural
pari:l aprender.
2) s6 tem significado na aprendizagem, o conteG-
do que implici:l na mi:lnutenção ou elevação de si mesmo.
3) A aprendizagem que determini:l mudanças na au-
to-percepção, é ameaçadora e pode ocasionar reações.
4 ) "As aprenJiz.::lgens - , que ameaçam o proprLo se r
sao ma~s facilmente percebidas e assimilad.::ls quando as amea
ças externas se reduzem a um ... 11
liH n~mo.
5) "Quando e [caca a ameaça ao 'eu' pode-se per-
ccber a experi~ncia sob formas diversas, e a aprendizagem
ser levada a efeito."
6) f: através -de açoes que se realiza a aprendizi:l
gem mais significativa, colocando-se o aluno em contato ex
perimental direto com problem~s pr5ticos.
7) A aprendizagem significa~iva rende o máximo
quando o estudante participa responsavelmente do seu pro-
cesso, escolhendo os seus recursos t6cnicos de aprendi~~-
gem, enunci.:mrlo prob1e::::.::; próprios I decidindo que direções
seguir e assumindo as consc~uCnclas de cada uma dessas op-
-Ç00S.
17
8) A aprendiz~gc~ que envolve o estudante inte
gralmente, é a que mais dur~ e que mais o impregna.
9) V~lorizando-se basicamente a auto-critica e a
auto-apreci:~ç=o do aprendiz, estimula-se a sua indepcnd6n
cia, criatividade e auto-confiança.
10) A ~prendizagem que mais rende soci~lmente, e
a do próprio processo de aprendizagem, porque possibilita
ao aluno o instrumento b5sico para solucionar os seus futu
ros problemas do quotidiano, de si mesmo c do mundo.
Baseado nestes dez principios b5sicos enunciados,
podemos concluir que:
- o aluno deva ser considerado como uma
integral e não uma unidade cognitiva;
pessoa
- igu~lmente, o professor dever5 estar convicto
da sua respons~bilidade como educador devendo ser presti
giado na sua função e satisfeito com a sua tarefa;
as instituiç6es ~c ensino superior deveriam
pautar suas legis~ações e funcionamento, em uma consciente
e humanista filosofia da Educaç=L.
Sua proposição através dos principios b5sicos ser
vem de orientação para a implementação de uma Pedagogia hu
manista, centralizada no alunv, pessoa integral. Não ve
contudo, para o estudante, um processo f5cil e sem dificul
dades, pelo contr5rio, esta Pedagogia, por envolver as di
mens6es cognitiva, afetiva e emocional, dc~crmina ansieda
de e dor porque 6 o indivIduo que est5 inteiramente envol-
18
vido no processo.
~ preciso que consideremos a dor e a ansiedade
como sentimentos construtivos quando canalizados por condl
-çoes e objetivos positivos e conduzidos por um mestre res-
ponsável, respeitador do aluno e conhecedor do processo
emocional que ele vivencia.
Em Ro)ers (1978), o grande referencial para a Edu
caça0 e a preocupaçao em preparar e formar o aluno, para
uma busca constante de conhecimentos, num mundo ~ue se ca-
racteriza pela grande velocidade das mudanças e sucessao
constante de transformaç6es de toda ordem. enfatizado
por ele que esta é porém a grande dificuldade da Educação
nos dias de hoje - não ter adaptado seu paradigma as novas
solicitaç6es da humanidade no século XX.
1.4. A Interação Profcssor-n'uno
11 •• ~1 i n 113 e 1110 ç a o 3 o -\ n t.: o n t r a r 111 e li ve 1110 Iue s tre-escol~ adverte-me de que antes de tudo~ devo admitir urna coisa: ~ difIcil OLzer se o que exerceu mais influ6ncia sobre n~s c teve i:uportância maior foi a nossa preocupa ç2ío peI.::!:> cicllclas que nC1 s eram ensinadas~ ou pela personalidade de nossos mestres. E verdade, no mínimo, que esta segunda preocu p.::!ç2ío constituia uma corrente oculta e coni tante em todos n~s e, para muitos, os camL= nhos d.::!s ciências passavam apenas atraves de nossos professores. Alguns detiveram-se a meio c.::!minho dessa estrada e para uns pou cos - porque n;o admitir outros tantos? -ela [oi por causa disto definitivamente bl~ quc;ld~ .. N Ô~, o C.~) r te j ::; v a :.1 o s o li Ih e v i r 3. v a mos a s c os -l 3 s; i i~l a g i n 5 v ~ In os n c 1 ~ s ~; i m p a l i a s c a n t i 11 ~~ -
tias ~ue provavelmente n;o existiam; estudá vamos seus carátcres e sobre estes form3.va=
19
mos ou de [ o r la â v a ,u o s o s nos s os. E 1 e s p r o v o c a vam nossa mais en5r~ica oposiçao e forçi= vam-nos a uma submissio completa; bisbilhotavamos suas pequenas fraquezas e orgulhava -mos de sua excel~ncia, seu conhecimento e sua justiça. No fundo sentiamos grande arei ção por eles, se nos davam algum fundamento para ela, embora não possa dizer quantos se davam conta disso. Mas não se pode negar que nossa posiçio em relaçio a eles era notavel, uma posição que bem pode ter tido suas inconveni~ncias para os interessados. Estávamos, desde o princípio, igualmente in clinados a am3-1 n s e a odii-los, a criticá-=los e a respeitã-los."(l6)
S. Freud, 1914.
Além de criar a P6 {c.a.JwtlU,G.a, Sigmund
Freud estudou possibilidades da sua aplicação em outras ci
ências.
Freud nQo necessariamente trabalhou sobre a Edu-
caça0, mas os fundamentos de sua teoria, ~or certo, permi-
tem uma reflex30 Dais precisa sobre esta arca.
Aos ~8 anos de idade, escreveu um artigo intitu-
ra uma publicação coletiva, em comemoração ao 509 aniversã
rio de fundação do colégio onde fez seus estudos dos 9 aos
17 anos. Este artigo, do qual extralmos o texto introdutó-
rio a este item, é uma reflexão sobre o que se ?rocessa a-
fetivamente na sala de aula, entre o professor e seus alu-
nos. ~ vista a import5ncia da figura do professor, a força
de sua presença para os alunos, e também a ambivalência
emocional, as ati~udes contradit6rias experimentadas pelos
~l~nos frente ao professor.
A interaç50 professor-al~no co~stilui sem d~vid~
20
um dos pontos principais para compreensao do processo ensi
no-aprendizagem. A Psicologia fornece ~eios para que se d~
senvolvam análises satisfatórias nesta área da Educação,
sendo que ela n~o dir~ jamais como se faz, mas oferecerá
condiç~es para que se reflita pOh que e paha que se faz.
A Psican~lise, enquanto cié3ncia, fornece as rneios
para a compreensao dos fatos como os mesmos se apresentam;
a Educação oferece o campo de ação desses fatos e de suas
consequências. A integração das duas ~reas do Conhecimento,
possibilita à Educação uma margem n"üor de dados para a re
flexão de uma postura mais crItica e coerente com o que es
tá ocorrendo a nlvel do conscionte e do inconsciente.
Não ~ intenç~o do presc~te trabalho um aprofund~
mento sobre o terna da PSicanálise, no sentido estrito de
sua contribuição para desvendar o lado nao explicitado
dos fatos, mas sim, chamar a atenção dos educadores para a
necessidade de se buscar na Psicanálise um referencial de
apoio para os problemas educacionais que se dão a nlvel do
descoberto ou do não revelado.
No ensino superior, os professores têm privado
com seus alunos um tempo tão pequeno que muitas vezes, e
até imposslvel ao aluno saber o nome do docente. Deste mo-
do, fica dificultada a possibilidade do estabelecimento de
um vInculo afetivo e através deste, desenvolver-se o pro-
cesso de transfer6ncia, essencial para uma tr~nsmissão,não
apenas de conteGdos program5ticos, mas sobretudo de um pr~
cesso cultural, de modelos de atitudes profissionais e to-
da a tradição o:~l caract0'-Istica de cada escola e de cada
21
profissão.
Em geral, na situação de aula, o aluno nao tem
tido possibilidade de se identificar adequadamente com os
professores.
No atual sistema de ensino superior, feito para
um grande n0'~ero de estudantes, atendendo ~s necessidades
de massificação do ensino, é quase certo que o educando
passe desapercebido pelos professores, a menos que ele se
destaque por uma capacid2de intelectual extraordinãria ou
por um rompimento de normas de conduta e disciplina, acei-
tas pela escola e pelos professores. Os demais alunos sao
ignorados, arrolados como individuos indistintos um do ou-
tro.
Alguns alunos conseguem ser vistos como indivi-
duos próprios, identificando-se através do docente, pois
este, para o grupo, não emite de volta para os alunos a
percepçao deles como pessoas, isto é, a sua própria imagem.
Em grande parte, os alunos são observados através de rótu-
los e preconceitos internalizados pelo professor. Assim,
não conseguem saber quem realmente são, -e como sao, na si-
tuação de sala de aula e consequentemcnte, no processo pe-
dagógico que se propõe a form~-los como profissionais.
Tal situação, na verdade nao seria tão prejudi-
cial ao aluno, se o professor conseguisse no minimo manter
uma ne~~ralidade diante da turma, não evidenciando prefe-
r~ncias, sim~atia ou antipatia por deter~inado aluno. Fa-
la-se ~n neutr~lidaJe do ponto de vista de imparcialidade
afetiva e n50 da neutralidade do posicionamento politico
I f I ~ I
í
t f t f
I I i I
I I I
I
22
do professor enquanto educ~dor que e.
A atitude de escolha do professor, em geral in-
consciente, marca afetivamente os alunos, pois aquele que
& simp5tico ao professor, tende a reafirm~r as qualidades
aprov~das pelo mestre e assim, torna-se cada vez mais agr~
dável. O aluno desagr.J.dEtvel ao professor, costum ,- apresen-
tar caracteristicas opostas as idealiza~as pe~o professor.
Como sao rejeitados, em geral ~usc~m ser not.J.dos ,~través
de indisciplina, passividade ou outr.J. atitude biz~rr.J.. Os
estereótipos do "bom" e do "mau" aluno, tendem a se desen-
volver em circulo, reafirmando-se os padrões.
~ possivel .J. um prof~ssor em sua classe, per.ce-
ber as caracteristicas positivas de cada aluno, em geral
bem diferentes de um para outro. Os professores que conse-
guem esta percepção, obtém de suas turmas um rendimento
muito gr.J.nde, porque estimulando as qualidades positivas
dos alunos, acabam acentuando-as. Há professores que ape-
sar de muito competentes em sua matéria, não obtém das
classes, um rendimento satisfatório, e julgam tal resulta-
do como consequência de um processo de ensino deficiente,
a que os alunos foram submetidos no 19 e 29 graus.
Rogers (1978) considera a figura do mestre como
o grande agente responsável pela transformação da Educação,
e em consequência, a tr.J.ns[ormação do mundo. Vizualiza não
um técnico, mas uma pessoa inteira, tão integral quanto o
aluno:
II 1 • • • ~.. 1 1· S ;.l [) c :11 U s que a ~ n .l c 1. a ç .:1 o Cl c t a .:1 p r e n (. .l Z ::l -
gern n;o se baseia nas hebiliJaJes Je enSl-
23
nar que um lIder, no seu conhecimento erudi to do campo, no planejamento do curriculo; no uso de subsIdios audiovisuais, na progra mação do computador utilizado, nas pales~ tras e Llu1as expositivas, na abundância de 1 i v r os, l' li! b o r a t u d o i s s o p o s s a, uma vez o u outra, ser empregado como recurso importante. Não, a facilitação da aprendizagem significativa baseia-se em certas qualidades de comportamento que ocorrem no relacionamento pessoal ent~e o facilitdJor e o apre~ diz."(17)
Há algumas qualidades que ele considera essen-
ciais ao professor. são elas:
AuteJ1Ltc..tdad e:
Quando o professor é ele próprio na sua relação
com a classe, vivenciando seus sentimentos e comunicando-
os aos alunos, num encontro pessoa-a-pessoa. Deste modo,
sem apar6ncias falseadas, ele passa a ser para os estudan-
tes, uma pessoa com sentimentos, afetos e também atividade
profissional.
Apreço ao estudante, a seus sentimentos, suas op~
niões, suas potencialidades. Aceitação do aluno como indi
viduo com valor própr io. Confiança no aluno como possoa fun
damentalmente merecedora de crédito.
Sensibilidade perceber as reelçoes intimels do
aluno e aceit5-1as.
o ~luno torra-so profund~mente agradecido ao pr~
fessor, por ser compreendido e aceito por e 1 0.
Tais qualidades, propiciariam o meio adequado,
24
para o desenvolvimento de relações interpessoais num clima
positivo de respeito mútuo pelos papéis desempenha~os na
atividade integradora do ensino.
-Carl Rogers (1978) nao ve a Pedagogia como algo
impessoal e frioi pelo contrário, ela seria vivenciada in-
tensamente nas buscas e descobertas do quotidiano da sala
de aula, entre um professor e seus alunos.
"Sõ posso ser apaixonado na minha afirmaç:1o de que a pessoa humana tem que ser levada em conta, que relaç~es interpessoais importam muito, que sabemos algo sobre a liberta çao do potencial humano, que podemos apren= der muito mais, e que, se n:1o dermos atenç:1o intensamente positiva ao lado humano in terpessoal do nosso dilema educacional, a nossa civilizaç:1o estar~ a caminho da exaus t:1o. Melhores cursos, melhores currIculos~ abrang~ncia mais ampla, melhores m;quinas de ensino jamais resolver:1o o nosso dilema, na sua base. Somente as pessoas atuando corno pessoas, no seu relacionamento com os alunos, podem eventualmente começar a produ zir certa abertura no mais urgente problemi d~ moderna educaç:1o."(18)
Há ainda duas reflex3es de Rogers, que julgamos
necessárias considerar neste estudo. A primeira, jUlgi'l o
Homem ambivalente no processo de aprendizagem, pois apesar
de sentir necessidade de aprender, é dolorosa a aprendiza-
gem, porque ele tem que abrir m50 de conceitos pré-estab~
lecidos, e isto envolve uma certa quantidade de dor. A se-
gunda, considera que no processo educaciunal cotidiano, h~
milhaç6es, ridlculo, depreciações, meno~~rezo e desrespei-
to, s~o ameaças a própria pessoa, à auto-percepção e em
consequ~ncia, interferem profundamente na aprendizagem.
Se0undo Dohoslavsky (1983),
~
t i I I t t f
I ! t t
I ! I l
I I ! i
25
"no ensino, seja qual for a c:?llcepçao de liderança - democritica, autocratica e 'lai~~c.z-6a{!tc.f - o vInculo que se supõe 'natur3l' e o vínculo de depend~ncia. O vínculo de dependência está sempre presente no ato de ensinar e se manifesta em pressupostos do seguinte tipo: 1) que o professor sabe ma1S que o 31uno; 2) que o professor deve prot~
ger o aluno no sentido de que este nio cometa erros; 3) que o professor deve e pode jul gar o aluno; 4) clue o professor pode determí nar a legitimidade dos interesses do alunoT 5) que o professor pode e/ou deve definir a comunicação possível com o aluno.''(19)
Tais pressupostos são inculcados no aluno em todo
o processo educàcional a que este se submete ao longo de
sua vida, pois são normas de conduta aceitas pela sociedade,
e em geral ratificadas pelo núcleo familiar.
A açao do docente baseado nestes pressupostos, e
a aceitação de tal açao por parte dos alunos, criam o clima
de distanciamento e frieza, habituai~ nas salas de aula,
pois eles sup6em os alunos como seres nao dotados d0 vonta-
de pr5pria, livre-arbltrio p~ra açao e opção de comllnicação
e atividades, e ainda potencialidades diversas e variadas de
aluno para aluno.
Rich (1975) analisa a figura do professor, enfatl
zando o processo de comunicação desenvolvido entre ele e a
sua classe; não se atendo à an~lise da comunicação verbal,
busca justificar o clima emocional de uma sala de aula, atra
vés da comunicação não verbal.
"Os professores 3valiam con..;tantemente os es tudantes não s~ por seu comport3mento verb3L m3S tamb~m por suas ações e expressões. No entanto, os professores nem sempre tem a consci~nci3 da medida e da eX3tidão com que os jovens Llvalinm seus professores. Da mesma forma como alguns negros conhecem e compree~
26
dem os brancos muito melhor do que os branc os c o m p r e e n de m os negro s (p o i s a sob r e v i -v~ncia dos negros depende disso), o estudan te tamb~m precisa compreender os desejos e a vontade do professor melhor do que o professor compreende (pois a sobreviv~ncia aca dêmica e psicológica do estudante depende disso). "(20)
A avaliação constante dos estudantes pelos pro-
fessores, através do comportamento verbal, ações e expres-
sões faciais, é intuitiva, não sendo habitual a sua discus
sao em reuniões de professores e em cursos de Pedagogia.
Os professores, em geral desconhecem o fato de
que os alunos fazem uma análise de suas personalidades e
preferências acadêmicas, praticamente durante o seu primel
ro contato com determinada turma.
Alguns professores, derois de al~um tempo na ati
vidade docente perdem o senso autocritico quanto ao compoE
tamento diante dos alunos não conseguindo notar ou perce-
ber erros ôe pronúncia, atitudes irônicas, sarcásticas e
de desafio, gestos deselegantes ou excessivamente formais,
altura muito elevada ou demasiado baixa e timbre desagrad~
vel da voz, maneira de andar, de gesticul~r, falta de poll
dez. Tais aspectos, considerados talvez de somenos impor-
tância, são relevantes para o processo de comunicação en-
tre professor e aluno.
Os processos de comcnicação oral e corporal -sao
ainda pouco estudados e em consequência, pouca import~ncia
lhes é dada, principalmente. nos meios educacionais. Dai ad
vem consequôncias importantissimas no processo pedag6gico,
uma vez que o c6digo linguistico pode ser uma b2rreira pa-
ra a comunicação eficaz em sala de aula, pois as difcren-
t r I t t
I I
I
I I
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1 1
I •
27
ças culturais complicum os problemas do professor: o que
tem significaç~o para determinado grupo culturul pode rece
ber uma interpretaçQo e significaç~o em outro grupo. N~o
so a atitude individual, mas principalmente a atitude cole
tiva de uma turmu de alunos, é mediuda por éstas diferen-
ças culturais.
Em Rich (1975) vemos que:
"A maioria dos estudantes notam após algumas semanas numa classe, que ha uma atmosfe ra ou clima prevalecente, que pode variar ou ter certas semelhanças em relação ao cli ma encontrado em outras classes. Em certa~ classes, na verdade, há urna atmosfera tão marcantemente distintiva que se tende a associa-la com o conteGdo substantivo e com as atividades do curso. O clima tende a colorir e dar um certo tom de sentimento perceptivel ao curso de modo que, quando se p e n s a n e s s e c u r s o, C.il r e t r o s p e c to, n a o s Õ se podera ser levado a recordar os aconteci mentos verificados nele e os resultados ob~ tidos do estudo, mas tamb~m conservar certas atitudes e sentimentos para com essas atividadcs."(21)
Advém principalmente deste fator, a simpatia ou
antipatia que em geral sente-se com relaç~o a algumas dis-
ciplinas, e a associaç50 imediata que é feita a simples ~
ç~o da matéria, com a figura do professor que foi marcan~,
positiva ou negativumente para o aluno.
Ainda em Rich (1975)
"8 possível estudar as atividades nao-ver bais da sala de aula de maneira a ajudar os professores a compreenderem influ~ncias que, muitas vezes, permanecem num nível subconsciente. O cornrortamento verbal ~ apenas um 2specto (ln ;::omportamento do professor e ter; J c S (I :1 1 i 1111 3 r c o n1 as 3 t i t II d c s c se n t i lU C n tus cxiLiJus no comportamento n;o verbal s~ os professores desejarem motivar um estudo significante na sala de aula."(22)
! f
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28
9 professor, para Rubem Alves (1984), é uma fig~
ra mitica e poética. Ele salienta que para além do p~ofes-
sor, existe a figura do educador, e a compara com antigas
e já desaparecidas profissões, tais como o boticário, o v~
lho médico de familia e o caixeiro-viajante. Estas profis-
sões tinham como traço comum ser a atividade, mediada pela
comunicação do profissional com as pessoas. Ele julga que,
o progresso industrial, o crescimento da população e das
cidades, mudaram o ritmo du vida, e em consequência, a so-
licitação desses profissionais aumentou, não sendo mais
possivel manter o mesmo nivel de atendimento. Como resulta
do dessa din&mica formaram-se obrigatoriamente novos siste
mas profissionais, os quais, não mais puderam atender ao
individuo como uma pessoa integral. A comunicação real afe
tiva, para acontecer precisa de um tempo e um espaço pro-
pr:.o. Segundo Rubens Alves (1984), este espaço nilo é H\.:l.is
valorizado nas novas profissões, e nem nas salas de aula.
Afirma ele:
"Eu diria que os educadores sao como as velhas irvores. Possuem uma face, um nome, uma 'est~ria' a ser contada. Habitam um mundo em que o que vale ê a rela~ão que os liga aos alunos, sendo que cada aluno ê um:-: 'entidade' ~ui geneni~, portador de um nome, também de uma '·Estoria ' , sofrendo tristezas e alimentando esperanças. E a educaç;o é aI go para acontecer neste espaço invisLvel e denso, que se estabelece a dois. Espaço artesanal. Mas professores são habitantes de um mundo diferente, onde o 'educador' pouco importa, pois o que interessa ê um 'crédito' cultural que o aluno adquire numa disciplina identificada por uma sigla, sendo que, para fins instLtuciol1.:1is, nenhum.:1 diferença f;lZ
.:1quele que .:1 mInistra. Por isto mesmo professores são entidades 'desc.:1rt5veis', da mesma forma como h; canetas clescart;veis,
29
cO.:ldores de café clcsc.:lrtiívcis, copinhos p13:.§.. ticos UC cilfG dCé;C.:.Jrti}"cis." (23)
Farber (19 G 9), j ã considera os professores como
pessoas em geral inseguras, que buscam a salc:. de aula como
o espaço no qual podem exercer uma autoridade não contesta
da pelos alunos, e assim, compensar as suas necessidades
Je segurança e de auto-confiança:
"Não sei ao certo porque os professores sao tão fracos; t.:llvez a própria instrução acadêmica os obrigue a um.:l cisão entre pensamento e ação. Talvez a segurança inabalável de um cargo educativo atraia pessoas tímidas que não têm segurança pessoal e precisam das armas e dos demais adereços da auto ridade. De qualquer forma, falta-lhes muni~ ção. A sala de aula oferece-lhes um ambiente artificial e protegido onde podem exercer seus des"jos de poder. Seus vizinhos têm um carro melhor; os vendedores de gasolina amedrontam-no; sua mulher pode dominá-lo; a legislação estatal esmagá-lo, mas na sala de aula, por Deus, os alunos fazem o que ele diz. Assim sendo, o professor faz alarde desta autoridade. Desconcerta os tagarelas com um olhar cruel. Esmaga quem objete algo, com erudição ou ironia. E, pior de tu do, faz com que suas próprias conquistas pi reçam inacessíveis e remotas. Esconde a ig~ norância maciça e ostenta seus conhecimentos inconsistentes. O medo do professor me~ cla-se a uma necessidade compreensível d; ser admirado e de se sentir superior. Ideal mente, o professor deveria minimizar a dis~ tância entre ele e seus alunos. Deveria encorajá-lo a não necessitar dele com o tempo, ou mesmo no momento presente. Mas, isto ~ muito raro. Os professores transformam-se em sacerdotes supremos, possuidores de mist~rios, em chefes; at~ um professor mais ou menos consicente pode se pilhar dividido en tre a n~ccssidade de dar e a necessidade d; reter, o desejo de libertar:·seus escravos."(24)
Na educação, a figura do p~ofessor destaca-se co
mo agente ativo e desencadeador da dinâmica do processo de
ensino-aprendrzagem. A consideraçãb de sua formação pes-
30
soal, profissional, o seu m6todo de trabalho, a sua histõ-
ria de vida, são pois relevantes para uma Pedagogia huma-
nista.
Segundo Biddle e Rosencranz (1964), na pesquisa
em Educação, deve-se analisar a compet~ncia do professor
sob o enfoque comportamental, isto é, a sua habilidade de
agir de modos especificos, em uma determinada situação so-
cial, com o fim de ocasionar reações empiricamente demons-
tráveis e aprovadas dentro do contexto no qual a função do
cente em quest~o existe. Para isto deve-se considerar as
variáveis do processo ensino-aprendizagem.
Já Goldberg (1973), profere que a avaliação do-
cente deve ser realizada a partir de variáveis preditivas
ou antecedentes do professor, isto é, suas caractcristicas
pessoais, experi~ncias profissionais, etc. O seu enfoque é
nas variáveis processuais do ensino-aprendizagem, com ~nf~
se no comportamento do professor e do aluno, que interagem
na sala de aula. Ele parte da premissa de que a atitude do
professor é determinante das mudanças comportamentais ~ro-
duzidas no aluno.
De acordo com Medley (1972), os estudos mais an-
tigos sobre a competência do professor, datam do final do
século passado e dedicavam-se principalmente a diagnosti-
car os "traços" ou caracteristicas do "bom professor".
O professor 6 vitorioso ou fracassado no seu mis
ter, nao pela su~ntidade de saber acumulado, mas principal
mente pela sua hClbilidadc de lidar com os Clluno::::; e ser acei
to por eles. Ele precisa saber que a formClçâo de um indivl
31
duo depende primariamente de relações interpessoaisi é ur-
gente que ele saiba o quanto é importante para o aluno, a
sua própria relação com ele.
~ preciso que o professor busque em cada aluno,
suas qualidades permitindo assim desencadear o seu desen-
volvimento, ao invés de evidenciar sua inadequação para al
gumas tarefas. Estas qualidades positivas, diferentes de
aluno para aluno, quando percebidas e devidamente estimula
das, impedem a auto-deprecia~~o e desvalorização. Esta peE
cepção, constitui então o grande segredo do professor vito
rioso em sala de aula.
A não observância por parte do professor, das ca
racterIsticas individuais dos alunos, sugere uma falta de
consciência do humano em si mesmo, permitindo a conivência
com situações que o desumanizam a cada dia, e consequente-
mente impondo o mesmo processo massacrante a seus alunos.
Quando, sob determinada circunstância ele percebe o cruel
da situação pedagógica que vivencia, pode faltar-lhe cora
gem para L'J.dar esta situação, pois seguné'.o Rollo May (1985) ,
lia coragem emerge do senso da própria ~igni dade e da ~uto-estima; e a pessoa não e corajosa quando n;o tem um bom conceito de si mesrna."(25)
Uma Pedagogia humanista seria aquela que valori-
zaria a integridade de cada indivIduo comprometido no pro-
cesso, os alunos e o professor.
Baseado nas referências acima mencionadas, pode-
se concluir que um sistema educacional aprimorado, depend~
ra também de se fornecer ao professor, condiçõ'~::; de auto-
32
-avllliação como pessoll e como profissional. Esta abordagem,
permitirá que o professor valorize sua dignidade e auto-es
tima, propiciando assim um primeiro passo para a instala-
ção de uma pedagogia hUl1l.::mista, que é um ato de amor pelo
Homem, pois "amar significa essencialmente dar; c dar CX1-
ge maturidade no conceito de Si
Para Rollo-May (1985),
" mesmo.
"a c~pacidade de amar pressupoe a auto-pc:::.. cepçao, porque o amor exige empatia com a outra pessoa, a apreciaç~o e a afirmaçio de suas potencialidades."(26)
Desta forma, se atinge o aluno em toda sua inte-
gralidade e potencialidade.
A técnica ou metodologia pedagógica mais sofisti
cada, não será eficaz enquanto não se considerar o envolvi
mento emocional de professor e aluno na sala de aula, -nao
será possível se obter um aprendizado significativo sem que
a dimensão humanista seja levada em consideração.
Para Moreira Leit n (lgP3)
"a p s i c o I o g i a s e III p r e d '-' uma 1 o r a te n ç a o a o individuo, considerado isoladamente, que ao individuo participante de uma dupla ou de uma triade; a filosofia da educaç~o ora se volta para o individuo, ora para a sociedade, quase nunca para o problema do individuo em contato direto com seus semelhantes. Em outras palavras, como problema cientifico, o tema das relações interpessoais e mUi to recente no ppnsamento sistematizado, embora tenha sido analisado muitas vezes de maneira casual, apesar de algumas das relaçoes interpesso~is - como o amor, o ~dio, a ami~ade - sejam aspectos fundamentais da Vi da humana."(27)
~ preciso que tllnili6m se foclllize o processo ped~
gógico atravõs da 6tica da relação professor-llluno. A in-
i ! "
! t f ! I I
33
vestigação psicológica deste aspecto, juntamente com a pe~
quisa sociológica do tema, abrirá talvez novas possibilid~
des para esta, que além de ser uma das atividades mais an-
tigas da civilização humana, é também responsável pela pr~
servaçao do patrimônio da Humanidade - a Educação como ci-
ência.
1.5. Objetivos do Trabalho
Desde a criação da primeira universidade brasi-
leira, no inicio do século XX, não houve a formação do seu
senso de identidade, mas apenas um modelo seguido, que vi-
ve, nos dias de hoje, transformações e desconjunturas gen~
ralizadas, que foram aceleradas pelo momento social, poli-
tico e econômico do Brasil. Estas mudanças têm causado a
erosao gradual dos frágeis sistemas de v~lores acad6micos
tradicionais.
Observa-se também que a comunidade universitária
mergulha numa pretensa vida de reorganização, de grupos e
classes, de democracia, buscando ganhar um sentimento de
segurança. E neste momento, a situação fica pouco conexa,
isto é, a identidade do sujeito se confunde com a pretensa
identidade da instituição. O individuo participante da c~
munidade universitária, como docente, técnico ou funcioná-
rio auministrativo, n0. SU0. ansiedauc de' ser aceito, apre-
ciado ou respeitado, e no seu desejo de sucesso, riquezé.l.
ou fema - est.J. sucum1~-:Jo .:la apelo transformista, sem on-
I I 1 I I ~.
I
34
lo tradicional, e precisa se auto-afirmar a todo custo na
função de classe, porque a representação de um papel soci
al estabelecido, lhe dá a segurança de pertencer a um gru-
po social ou um grupo ocupacional especifico. Não é possi-
vel ao individuo comum, compreender e separar as duas iden
tidades e ele reivindica reformas institucionais quando sua
grande angústia é, não saber exatamente quem ele é, o que
faz em meio à instituição e o que ele deseja realizar ou
ser ele próprio como individuo.
Em contrapartida, observa-se em geral, um mero
cumprimento de tarefas e ordens, sem amor pelo que se rea-
liza, relações superficiais entre as pessoas e a utiliza
ção constante do argumento do grande número de alunos, pa-
ra justificar a falta de atenção para com eles e para com
a Educação fundamentalmente.
o panorama acima descrito, é agravado com o cri-
tério quantitativo de avaliação do sistema universitário.
Tal critério vem ao encontro da critica feita por Rid1 qu~
to à valorização da quantificação no ensino superior. Per-
cebe-se que, os relatórios da eficiência da Universidade
são baseados no número total de ~lunos de graduação, de
pós-graduação, de funcionários, de professores,de salas de
aula, o numero de livros nas biblioLecas, de aulas realiza
das, de diplomas emitidos, de teses defendidas. A aparen-
cia das quantidades é grandiosa, denotando portanto, trab~
lho e competência. Porém, ao se analisar com mais atenção,
procurélndo-se vcrificClr o que acontece n~ engrenagem prinúria
da instituição - a relação pessoa-pessoa - observamos que
I I
I t
I i ~,
35
as relações primárias est~n praticamente aniquiladas.
Com o advento em 1969, da Reforma Universitária,
criaram-se os Ciclos Básicos nas universidades brasilei-
ras, unindo-se áreas do conhecimento, uniformizando-se pr~
gramas e congregando-se professores especialistas em um
mesmo assunto, num único de~~rtamento.
A consequ~ncia da implantaç50 efetiva desta Re-
forma, permitiu as seguinte~ observações:
19) a preferência dos docentes por dar suas au-
las nos cursos de maior prestigio social;
29) na mesma disciplina ministrada para vários
cursos simultaneamente, observava-se um baixo rendimento
acadêmico de acordo com a ordem decrescente do prestigio
social das carreiras em questão;
39) com a concomitante expansao de vagas, houve a
possibilidade do preenchimento destas, com alunos de clas-
ses sociais diferentes das habituais;
49) o ensino superior nao se modificou, em fun-
ção desta nova clientela que ascendeu, isto é, o seu códi-
go linguistico, os seus métodos, a sua didática e a forma-
ção dos docentes, não foram adaptados para esta modifica-
-çao social;
59) alterou-se a população docente, pois a car-
reira do magistério passou a ser uma grande possibilidade
para os egressos do ensino superior, em virtude da crise
no mercado de trabalho, independente de se gostar ou n50 da
36
atividade docente.
Estes fatores conf] u iram e precipitaram-se no ele
mento mais fr~gil da Educaç~o, que e o aluno.
Em meio a esta problem~tica, o ensino superior
tornou-se massificado e massificante, para o professor, que
tinha que "informar" turmas nas quais ele n~o teria possi-
bilidades de gravar o nome dos alunos ou sequer seus ros-
tos, pois ou tais turmas eram enormes, ou então, suas au-
las seriam esporádicas ou descontinuas, acrescendo-se que,
na maioria das vezes, ele não conhecia os objetivos da car-
reira em questão, seu curriculo, ou talvez nem mesmo os o~
jetivos da disciplina. Para os alunos, o massacre -nao era
menor, pois ou eram colocados em uma turma, formada a par-
tir de elementos de v~rias carreiras, ou frequentavam dis
ciplinas, nas quais "passavam" por um grande número de pr~
fessores, num tempo minimo de aulas.
o aluno recém-ingresso no ensino superior, ao vi
venciar caracteristicas pedagógicas radicalmente diferen-
tes daquelas praticadas no 29 grau, sofre um dificil pro-
cesso de adaptação, com graves problemas para a sua apren-
dizagem.
Este trabalho tem por objetivo, a proposição de
uma atitude humanista aplicada ã Pedagogia do Ensino Su-
perior. Para tanto, estuda prioritariamente a interação
professor-aluno, a qual se reveste de extrema import5ncia
nos processos de formaç5o c informaç3o do aluno.
Praticamente, para atingir t~l1 objetivo, este
I I I
I f ! f 1 ~
37
trabalho enfatizou o estudo da formação de grupos, e a di-
nâmica grupal em sala de aula, bem como o estudo dos vincu
los afetivos que se desenvolveram entre professores e alu-
nos envolvidos numa mesma disciplina, durante um semestre
letivo (15 semanas).
I I
f f ! t ! t f ~
C A P 1 T U L O 11
M E T O D O L O G I A
Considerando o oojetivo deste trabalho estar vol
tado para a proposição de urna Pedagogia Humanista, aplica-
da à dinâmica das interaçõ.es pessoais no ensino superior,.a
metodologia empregada pretendeu aferir os seguintes parâm~
tros em urna disciplina curricular:
- a formação e dissolução de pequenos grupos no
desenvolvimento de aulas práticas;
- a formação e dissolução de vínculos emocionais
que se desenvolvem entre professores e alunos que partici-
parn de aulas práticas;
- a figura do professor idealizado;
- a figura do aluno idealizado;
- a existência de desumanização na relação inter
pessoal em laboratório de aulas práticas.
Para o desenvolvimento do trabalho, atendendo-se
as necessidades qualitativas da análise proposta optou-se
pelo método de E~~udo de Ca~o.
o E~~udo de Ca~Ot de acordo com a sua origem na
Medicina Clínica, é definido corno sendo urna investigação
da manifestação de principios gerais, expressos em um de-
terminado individuo.
A utilizaçdo do C::, t((do dê C(oo n.:1 metodolo<ji3 d3
39
Pesquisa Social, tem por objetivo proceder análises com r~
ferência a uma determinada unidade, pertencente a um con-
junto ou a um sistema. ~ um estudo descritivo, qualitativo
e fundamentalmente relacional. Sua grande caracterlstica
são as relações que possibilita, entre as variáveis envol-
vidas no processo.
2.1. Seleção dos Sujeitos
Em função da experiência em Educação da autora,
ter sido adquirida na Universidade Federal do Rio de Janei
ro e particularmente na área da Saúde, optou-se por desen-
volver o E~tudo de Ca~o, nesta Instituição de Ensino Supe-
rior, autarquia diretamente vinculada ao Ministério da Edu
-caça0.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro, tem sua
estrutura administrativa dividida em cinco Centros, que
congregam áreas afins do conhecimento e do saber: Centro
de Ciências da Saúde, Centro de Letras e Artes, Centro de
Tecnologia, Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza e
Centro de Ciências Jurldicas e Econômicas. Utiliza o siste
ma de créditos, como regime pedagógico de organização cur-
ricular.
o Centro de Ciências da Saúde é constituldo pe-
las seguintes unidades, que formam profissionais: Faculda-
de de Medicina, Faculdade de Odontologia, Faculdade de Far
mácia, Escola de Enfermagem Ana Neri, Instituto de Biolo-
gia, Instituto de Nutrição e Escola de Educação Flsica e
Desportos. Compõem ainda a ~rea da SaGde os seguintes Or-
i
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I , [ i
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I ~
í
I
40
gãos Suplementares: Hospital Universitário, Instituto de
Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, Instituto de
Bioflsica, Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais, Nú-
cleo de Tecnologia Educacional para a Saúde, Instituto de
Psiquiatria, Instituto de Neurologia, Maternidade-Escola,
Instituto de Pneumologia e Tisiologia e Instituto de Ciên-
cias Biomédicas.
A diferença fundamental entre Unidade e 6rgão Su
plementar e a caracteristica do primeiro em formar aluno
em urna carreira. O 6rgão Suplementar, ministra disciplinas
para urna ou diferentes carreiras da área de Saúde. No Cen-
tro de Ciências da Saúde, há ainda o Instituto de Microbi~
logia, que apesar de não formar profissional de graduação,
e considerado urna Unidade.
o E~tudo d~ Ca~o em questão, foi desenvolvido no
Instituto de Microbiologia, em urna disciplina ministrada
para o curso médico.
O Instituto de Microb~ologia ministra discipli-
nas também para os cursos de Biologia, Enfermagem, Nutri-
ção, Odontologia e Farmácia; possui programa especifico de
pós-Graduação, realizando cursos de Especialização, Mestra
do e Doutorado.
O curso médico da Universidade Federal do Rio de
Janeiro é de responsabilidade da Faculdade de Medicina. O
número médio de alunos matriculados neste curso e de mil
alunos. Seu curriculo é planificado em 12 periodos. Sua e~
trutura 6 de um Ciclo n5sico composto de quatro l~rlodos,
um Ciclo Profissional composto de cinco periodos, e de um
! ! ! 1 l ! f 1
I I
I I !
41
Internato Rotatório composto de três períodos.
Seu sistema de ingresso é por vestibular realiz~
do em janeiro, que classifica 80 candidatos para início do
curso em março, e outros 80 candidatos para início em ago~
to do mesmo ano.
2.1.1. População
- ALUNOS do curso médico da Universidade Federal
do Rio de Janeiro que cursaram a disciplina IMW 241 - HI-
CROBIOLOGIA, no 19 semestre letivo de 1982.
- DOCENTES do Instituto de Microbiologia da Uni-
versidade Federal do Rio de Janeiro.
2.1.2. Amostra
- ALUNOS: 20 alunos regularmente inscritos no 49
período do curso médico da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, cursando MICROBIOLOGIA no 19 semestre letivo de
1982. O total de alunos do 49 período é de 80 alunos divi-
didos em 4 grupos de 20. Aleatoriamente foi escolhido um
dos grupos.
DOCENTES: Três docentes do Instituto de Micro-
biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os pr~
fessores foram escolhidos ao acaso, dentre uma população
disponível para o curso médico, em número de 12.
- DISCIPLINA: IMG 241 - MICROBIOLOGIA. Discipli-
na obrigatória, oferecida no 49 período do currículo médi-
I ; ,.
l I I ! i
42
co da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ~ constitui
da de três unidades: Microbiologia Geral, Microbiologia M~
dica e Virologia.
Cada unidade tem duração m~dia de onze dias. As
aulas são ministradas diariamente, em expedientes alterna-
dos, isto ~, pelas manh~s e 5s tardes, num total de 26 au-
las práticas, com duração de duas horas e meia cada uma e
31 aulas teóricas, com duração m~dia de uma hora.
o estudo foi realizado nas aulas práticas, que
-sao divididas em duas partes distintas: a primeira, chama-
da Ap~e~entaçao, na qual o professor explica e discrimina
o que deve ser executado pelo aluno, no decorrer da aula;
a segunda parte, chamada Exe~ução, o aluno realiza a tare-
fa determinada para aquele dia. A recomendação do Institu-
to de Microbiologia e para que os alunos trabalhem em gru-
pos de dois, uniformizados com jaleco branco, a fim de se
protegerem da manipulação com material patogênico.
2.2. Instrumentação
Aluno / Questionário n9 1: Visa obter:
Auto-identificação.
Identificação da com?osiç~o familiar.
Situaç~o sócio-econômica e cultural média da
turma.
I 1
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I , f ! • i
43
Expectativas quanto ao curso médico.
Expectativas quanto ao papel a ser desempenha
do na turma.
visão real do professor universitário para a
turma.
Expectativas sobre o professor da l~ Unidade
da Disciplina (Microbiologia Geral; Professor
X) •
Aluno / Questionário n9 2: Visa realizar:
Avaliação do desempenho do professor da l~ Uni
dade (Microbiologia Geral; Professor X).
Expectativas quanto ao professor da 2~ Unidade
(Microbiologia Médica; Professor Y) .
Aluno / Questionário n9 3: Objetiva realizar:
Avaliação do desempenho do professor da 2~ Uni
dade (MIcrobiologia Médica; Professor Y).
Expectativas sobre o professor da 3~ Unidade
(Virologia; Professor Z).
Aluno / Questionário n9 4: Visa obter:
Avaliação do desempenho do professor da 3~ Uni
dade (Virologiai Professor Z).
Definição do aluno idealizado.
Def inição do professor uni versi tár io idealizado.
Definição do papel individual desempenhado na
turma durante a disciplina (aulas práticas).
Definição de figuras individuais de admiração.
44
Professor / Questionário n9 1: Visa obter:
Auto-identificação.
Identificação da composição familiar.
Situação sócio-cultural familiar.
Motivação para a opção pela carreira do magis
tériosuperior.
Tempo exercido no magistério superior.
Definição do aluno idealizado.
Professor / Questionário n9 2: Objetiva:
Avaliar a interação professor-aluno, no decor
rer das aulas práticas.
2.2.2. Ob~e~vação:
Realizada no laboratório de aulas práticas, obj~
tiva a visualização e registro de:
Localização dos alunos na sala de aula de acor
do com o sexo.
Formação de grupos de trabalho de acordo com o
sexo.
Comunicação do professor com a turma.
Comunicação dos alunos entre si.
Comunicação dos alunos com o Professor.
Integração do professor com a turma.
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I ;
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i ! f I I t f I l f f !
I
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i I I 1
1 1 i .i 1
1 1
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C A P 1 T U L O 111
R E SUL T A DOS
3.1. Questionários
Para melhor apresentação dos dados obtidos atra-
ves dos questionários utilizados, foram elaborados Quadros,
visando urna melhor visualização dos resultados.
3. L-1. ALUNOS
o Aluno / Questionário n9 1, foi decomposto nos
Quadros de n9s 1 a 6 e parcialmente os de n9s 7 a 9.
Os dados obtidos pelo Aluno / Questionário n9 2,
foram distribuídos para melhor conveniência nos Quadros de
n9s 9 elO.
O Aluno / Questionário n9 3, teve suas informa-
çoes explicitadas nos Quadros de n9s 10 e 11.
Os Quadros de n9s 7, 8 e 11, foram montados com
as informações resultantes do Aluno / Questionário n9s 4 e
1.
Os Quadros a seguir, visam nao só apresentar os
dados coletados nos quatro Aluno / Questionários distribui
dos e respondidos, corno também, e principalmente, inter e
co-relacionar informações de vital importância para melhor
análise dos resultados obtidos.
_""",,,,,,,,,,,,_,,,,,,,,,,-,",,,~_,,,,,,,,_<~ .. ,,,,,~>~_,,..t-~""_..,,,,,,,~~_ ... _,",,-~-...,:-,, •. " .. , .. jJ.k;,..,i>JN<,._',~ _ ....... ,~"""'~,,,;'" '. ",·"~,,,,,,,-,",,f';:""'''V,~"' .. ,",.,#I'~~'.;/''.M,,"'''''''~'''~·_'·''''''''''_' ... '_ ..... "'''"''''''" .... ,.''''.,,,--...,, .. <--~------_._---~--- -- ------ ----, -
IDEim FICAÇÃ
1
2
3
4
5
6
7
8
·9
10
li
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Masculino
Mascul.im
Feminino
Masculim
Masculino
Feminino
Fa1liniro
Fa1liniro
Femi.n1n)
Ma..scu.liro
Masculim
Feminino
Ma..scu.liro
Feminino
Feminillo
Feminino
Ma..scu.liro
Femin1no
Feminino
Ma..scu.liro
22
22
21
20
19
20
24
20
20
22
19
20
19
21
21
19
22
RESIDE COM
Solta1ro D.1tros
Solteiro aepúbl.ica
SOlteira Farnllia
Sol teiro FamIlia
Sol teiro Famtlia
Solbeira FamIlia
Solteira FamIlia
Solteira Famtlia
Solteira FamIlia
Solbeiro o.xtros
Solteiro SÓ
Solteira Farnllia
SOlteiro SÓ
Sol teira Farnllia
Solteira FarnIUa
Solteira Famtlia
Solteiro Alojamento UFRJ
26 .. Casada Farnllia
23
19
Solteira OUtros parentes
/",)ltairo República
Q U A D R O N° 1
.ALUNO
COMPOSIÇÃO FAt>lILIAR ATUAL
Pai, mãe, 5 irmãos
5 irmãos e 5 irmãs
Mãe e 2 inni::>s
Pai, mãe, 1 casal de irmãos
Pai, inni::>, iDnã
Mãe, pai, iDnã
2 filhos, CXIIpaJ'lheiro, mie e pa -drasto
Mamãe, papai, VOIIÓ e 2 iImios
Mãe, irmão
Pai, mie, 1 irmão
Pai, mãe, inni::>, iDnã, av6
Pai, mãe, 2 irmãos
Pai, mie, 3 irmãs·
Mãe, pai, 4 irmãs
Pai, mãe, 3 irmãs, avó
Pai, mãe, 2 JJ:mãoa, avó
Pai, Die, iDnã
lil.I e o marido
Mãe, pai, 2 irmãs
Pai, mãe, irmão e iDnã
IDENTIFICAÇÃO FAMILIAR POR QUE?
InlÜos, toros 1I\31s ou meros a roosma 1d.:l<bi
Com vários; caro são muitos a cada dia soonhece nelhor 1; então fica difícil terminar oan qual.
Irmã, Devido a cxrrpat1bilidade de idéias proximidade de idade, slt:uaçi5es sesre tes vividas.
Pai; nível diálogo.
Me u i rmã o: poxque é o mais parecido oanigo.
Com cada um em casos especiais, por serIIDS muito ligados.
Todos.
vovó, porque ela me CCJtt'reende.
Mãe; pelos' seus pen.saII'eIltos similares aos lreUS, pelos nossos pontos de vista e ações.
Pai; porque levo a vida pensando ro futu ro e na rcalid.:lde. Não gosto de a\'entu-= raso Dizan que sou um tanto atr1\Raoo (ta reta) porque sou muito tipo pé-f1rne. -
Mãe, pelo apoio IIDral que tem Ire proporcionado.
Pai, porque rossa formação filosófica é bem parecida.
Mãe; tipo de idéias parecidas.
Pai, mãe e irmãos.
~ innão do neio, identificação de obj~ tivos.
AVÔ! E: o que !Mia rre corrpreende atualnen te. -
Todos; a::.nsidero todos de muita iJtp:lrtân cia para m1Jn. -
~ tMrido, porque discutiJros todos os assuntos cuidadosamente e porrrenorizan:lo -os tentan:lo oolocar nossos pontos di vista o IMis claro possível.
Mãe, porque SCIIDS caro graOOes amigas.
Mãe, porque oan o deCXlrrer dos anos foi a pe5;308 oan a qual mais tive opartunida de de ,discutir problerras. -
.c:.. ~
__ .. _________ ~,_~,,""' ...... ,~" .... , ....... '"', ~~. ""' ~ ~,.. '" ,.~ Pc ~ .*~ 1?14QiiiA$ '4 «# I '" _-,~.',.,...,'o"""'~.,,.,.,..-.,."""'~~."··,,;"'·,,·, ~"}~' ... "'r~'''......,',.., .. ''''....,·-f'''',.... __ !JA'i'':'I''
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--_ .. __ . __ . __ .-
IDENTI- I HSTRUÇÃO INSTRUÇÃO FICAÇÃ PATERNA i'1ATERNA
1 Superior completo Ginasial completo
2 Primário completo Colegial completo
3 Superior completo Colegial completo
4 Superior completo Primário completo
5 Ginasial incompleto Ginasial completo
6 Ginasial incompleto Colegial completo
7 Superior completo Superior completo
8 Colegial completo Colegial completo
9 Ginasial completo Superior completo
10 Sem escolaridade Primário completo
11 Superior completo Colegial completo
12 Superior completo Ginasial. completo
13 Ginasial incompleto Colegial completo
14 Primário completo Ginasial incompleto
15 Superior completo Colegial completo
16 Superior completo Ginasial completo
17 Primário completo Ginasial irtcompleto
18 Primário incompleto· Primário incompleto
19 ~uperior completo Colegial incompleto
20 Superior completo Superior incompleto
"
Q U A D R O N" 2
A L UNO
INSTRUÇÃO DO PAI CÔNJUGE PROFISSÃO
Alto funcionário público
Fazendeiro, industrial
Militar oficial
Profissional liDeral
Peq~eno proprietário
Outros
Superior iDcompleto Profissional liberal
Pequeno proprie~ário
Outros
Outros
Médio fazendeiro, indus-trial ou comerciante
Profissional liberal
Médio. funcionário pÜbli-co ou privado
Outros
Militar oficial, profis-sional liberal
Profissional liberal
Outros
~uperior completo Bancário, pequeno funcio nário público -
Profissional liberal
Profissional liberal
CÔNJUGE PROFISSÃO
Médio funcionário I
público ou privaà:> I I
Bancário, pequeno funcionário públ! co
~ .......
,;",,...,,>..,.,,.,,.,,,'N, _"',.Ú" ..... ",n.'8i"-.,.!M.,' .. ".::" .• "c,. ....... <·, ,'~~.~<.,.~~."....,"l;~ ... _~"'. ___ ~~"""·,, ___ ., ........... ,_..,..;i~--'-"-... '-',.
Q U A D R O N- 3
A L UNO
IDE,m-1 PAI . --I I1Í\E . FICAÇÃO SITUAÇÃO TRABALHISTA SITUAÇÃO TRABALHISTA' RENDA I-1ENSAL FAMILIAR AUTOMOVEL
1 Trabalha atualmente Nunca trabalhou Não sei 1
2 Trabalha atualmente Trabalha há pouco tempo? Mais de 2
J Trabalha atualmente Está desempregada 80.000 1
4 Trabalha atualmente Nunca trabalhou 200.000 1
5 Está desempregado ~ falecida Não sei Não tem
6 Trabalha atualmente .Trabalha meio expediente Não sei exatamente; 1 entre 100 e 150.000
7 Trabalha atualmente Trabalha em horário integral 60.000 1
8 TrabalhÕu em horário integral 100.000 1
9 Não tenho informações Trabalha em horário integral 100.000 - 200.000 2
10 ~ aposentado Trabalhou em atividades remu- Não sei 1 neradas em casa
11 Trabalha atualmente Ajuda nos negócios da famllia '65.000 1
12 Trabalha atualmente Nunca trabalhou 'Não sai 2
13 ~ aposentado Trabalhou em atividades remu- 60.000 Não tem neradas dentro de casa
14 Trabalha atualmente Trabalhou em atividades remu- 30.000 Não tem neradas dentro de casa
15 Trabalha atualmente Nunca trabalhou Não sai Mais de 2
16 Trabalha atualmente Trabalha em horário integral' 2()'() .000 - 300.000 1
17 ~ aposentado Trabalhou em horário inbegral 60.000 1
18 E aposentado Nunca trabalhou Não sei 1
19 Trabalha atualmente Nunca trabalhou Não sei Mais de 2
20 Trabalha atualmente Trabalha há pouco tempo 200.000 Mais de 2
fi
_~~~ __ ••. ~. ___ .. _____ • __ .. _~" "" ._._~~ ... ~~~_~~" (, l'llll!' ".'!I"'II' 2L'. i JUSi Ji4U .;:; k t
.c::. CP
I • I I - • • • QUADRO N° 4
A L UNO wl
'[I Í1lEiHl-1" GRAU / 2" GRAU CRtDITO I PARTICIPAÇÃO NA VIDA IDADE
I F I CAÇÃO DUCATIVO ECONÔMICA FAI1ILIAR TRABALHO INÍCIO TRABALHO I
1 Todo em escola parti- Não Não trabalha; gastos financiados Estágio para treina- Entre 14-16 anos cular pela famllia mento
2 Maior parte em escola NÃo NÃo trabalha, gastos financiados NÃo pública pela famIlia
I 3 Maior parte em escola NÃo Não trabalha, gastos financiados. NÃo Nunca trabalhei pública pela famIUa
" Todo em escola públi- Não Não trabalha, gastos financiados Não Nunca trabalhei
" ca pela famIlia li ii :; Todo em escola parti- NÃo Não trabalha, gastos financiados NÃo Nunca trabalhei
1,1 cular pela famllia ;'i ,:
6· Todo em escola parti- Não Não trabalha, gastos financiados Não Entre 14 e 18 anos 'ui
! cular pela famIlia
7 Maior parte em escola pública
Não Trabalhos domésticos Não Nunca trabalhei
8 Maior parte em escola Não Não trabalha, gastos financiados Não ApÓS 18 anos pública pela famllia
9 Todo em escola públi- Não Não trabalha, gastos finançiados Não Nunca trabalhei ca pela famIlia
10 Todo em escola parti- Não Não trabalha, gastos financiados Não Nunca trabalhei cular pela famllia
11 Maior parte em escola Não pública
Não trabalha, gastos financiados Não Nunca trabalhei pela famIlia
12 Todo em escola parti- Não Não trabalha, gastos financiados Não Nunca trabalhei cular pela famllia .
13 Todo em escOla parti- NÃo Não trabalha, gastos financiados Não Nunca trabalhei cu lar pela famIl1a
14 Todo em escola públi- NÃo Exerce atividade remunerada, mas Sim, em tempo ~ Após 18 anos ca recebe também ajuda financeira (menos çie 40 horas
da famIlia ou outros semanais).
15 Maior parte em escola NÃo Não trabalha e seus Iastos são Não Nunca trabl:lhei particular financiados pela fam lia ou ou-
tras· pessoas 16 Maior parte em escola NÃo Exerce atividade remunerada, mas Sim, em tempo par- Após 18 anos
particular também recebe ajUda da famIl1a cial
17 loIaior parte em escola Não Não trabalha e seus gastos são NÃo Antes de 14 anos pública ~inanc1ados pela famIlia ou ou-
tras pessoas .to.
18 Toda em escola públi- Não Exerce atividade remunerada, mas Após 18 anos \O ca também·~ecebe ajuda financeira
da famIlia ou outras pessoas
19 Toda em escola pÚbli- Não Não trabalha e seus iastos são NÃo Nunca trabalhei ca financiados pela fam lia .
-~i 20 Maior parte em escola pública I
Não Não trabalha e seus gastos financiados pela famIl!a
são Não Nunca trabalhei
•
•
IDErnI-i=ICAÇÃ()
1
2
3
.. 5
. 6
7
8
9
10
11
13
a U A D R o N° 5
A L UNO
AUTO-DEFINIÇAQ N° II LIVIm PESSOA
Alegre, perseverante, pouco fe . chiIdo, apj)ic1cso. -
Sell3Ive1, romintico e procuran 00 SE5!p:8 viver intensamente õ meu &.I.
Una lIIllher ativa, ext:roYerti-da, bonita, aensIvel, ~ siva. -, Pergunta 1nespeclfica •
~ definição seria uma l1.m1.taçao •
Alegre, autDritária, emotiva, sensIvel, oc:afiante, idaal1at:a e solidária.
AlIada, feliz.
U"" [..c3<JOa nLti to alc<jrc,' qI.IB procura a felicidade e a bela-za nas coisas aa1s silrples.
GostD de seq:>re agradar !lOS de minha famI1ia, sou nervosa,não tendo paCiência OCII\ algunas coisas, <JOsto W tud:) arrumadi n.~,sou honesta, senslve1 i às vezes bruta.
Pessoa que confia desconftan-00, que age ou investe no que teD certeza. Não gosto de c0ntar oan a sorte. Sou ID tanto pessimista, oan relação ao futuro.
Una r"..ssoa oan 1111 objetivo na vida, mas acima de tudo igual a todos 08 deIIia1s.
Cal.'1\II, e que gosta de ter pouCIOS, poriat bons amip.
Pergunta aabIgua, para II11II. ~ pesta _ 3 linhas.
I ALUNO 6'1 ~
Interessacb, OCII\ grande vontade 20-50 de apren:ler.
Sob quais parâmetros? . Mais de SOO
~caOO,in~OO,Ati~~ 200-500 to em t.elnDs de escolha prof1s= si.ona1, inteligente.
InteressaOO, determinad:> e sa- 200-500 tisfeitD.
Não faço dist.in;ão entre o alu- Mais de 500 no e a pessoa •
Estudiosa, responsável, solldâ- 50-100 ria e OCID grande carinho ' Pela profissão. .
M.lttD bano 200-500
Una alW)8 esforçada. Haia de 500
GostD de estudisr, mas não chego 200-500 a ser bitolada, me %ealizo e me OCIlSidero bla aluna.
O::m altos e baixos mas que ago- Até 20 Ia oc:nsegu1 me encontrar na fa-culdade e que estou an uma tur-JIB de persona1iàade e de bons ami9=IB. •
NeI1I 8lCCE!lente .' nem péss.1no. t.h Até 020
aluno nivelada CCIII • maioria.
Interessada. autto esforçada. . Mais de 500
Bonzinho. - Pareoe "papo" . de nesa de
bar"·
Mais dit 500
14 Sou s1npl.es e cheia de esperan Não sou a melh:lr da turma, mas 000 •• ~~a ~~.~~ _____ =-__ .t:atrbÉÍlnll.ieome considero ~. das
Mais de 500
15
16
17
19
20
Calma, tImida, fechada, objet! va.
Eenslve1, observaOOra; alegre, a[.!lYfJtl.yla r..,la vida, Ó:"licacl.:l. sincera, t:emperanental e OCIII IIIlita capacidade de anar e ser amada.
Q:lStD de viagens e passeios; quando tenho t:errpo visito meus fa:nil1ares •
~tD arniga, instintiva,basta!! te senslve1, um pouco agressi-va e obseJ:vaOOra. .
Alegre, mas muitD pessimista. h::'rc JneSIlD que acred.i tD Im! IX>.!! co em mim, mas gostD de ajudar auttD os &1tros e fazê-los acred1 ter an si IIIE!SIIDS.
piores, estou na faixa 1Iédia.
Preocupada OCII\ • apll~ prã- 200-500 tica da teoria.
Interessada, relativamente b:la 50-100 alUrlll.
GostD do que faço, acro sue a 100-200 tBl1cina foi Im! bla qçao, CXl!. tlmD estmar JII.I1to.
Intereàsada. e estudiosa. Até 20
Exijo muito de mim e faço o pelE! Mais de 500 slva1 para a~iter o mãxiDõ das ooisas que me mostram •
~, oan Im! oerto proveito 100-200 do que aprendo, oonseguindo absorwrseq:>re DBis do "' ... o mI-
LEITURA DE JORNAL
Quase diar~ mente
Ocasional.nen te
Ocas~ te
Diarianente
Diariallente
0cas1.onalllen te
'lbcbs 08 ~ m1ngos
Ocas~ te
LAZER / FERIAS
. Em casa descansando/ 1enà:l/lV Praia, cinema.
Viajando / casa fora de parentes e amigos
Praia, cinema / casa fora parentes e ami-gos.
Nada faço de espec1.-. a1.
Não existe uma cons-tante.
Viajando/praia/clne-. ma.
Em caS3/leOOo/deSC<l!l sando/wncb 'N.
Em casa descansando/ wncb 'N/praticancb . esportes no clube, praia, cinema: casa fora parentesl.lencb.
CURSOS 1I\
Ginástica/eS!' tes / balé
MÚsica / ouO:
Ginástica/bal esportes
Outros . Não
Oub:Qs
Não
Llnguas eatn geiras
0cas1a1almen Ajudo meus pais em Não ta - suas atividades:
0cas1a1almen "ta -
'lbdos 08 do lIIiR})a
praia cinema.
Faço estágio não reII'lIII8raOO •
Praticando esportes no clube de que sou sócio.
Viagem ao exterior: casa de veraneio ou hotol.
()Iase diaria Em casa descansando/ 0ub:Qs menta - lendo/wncb 'N, via-
jando sozinho ou oan amigos em excUrsões.
0cas1onalnen Ajudo meus pais em Não te - suas atividades.
()Iase diaria Em casa descansando! mente - lerdo/vendo 'N.
Ocasi.ona1nen Em casa dc-scansando/ te- - l"".,b/\I\!nUo 'IV .
Praia, cinema.
_ Oc:as1a1almen Em casa descansando/ te - leOOo/vendo TIl: via-
jando em o excursão: Praia, cinema.
'lbdos 08 do- Em casa descansaWo, m1ngos 1eOOo, wncb TIl.
LInguas estra geiras
Não
LInguas estr. geiras
Quase diaria Em casa de parentes Outros mente - ou ami9=IB que \lDram
fora.
Viajan::lo sozinho ou Não amigos OCIII excursões
•
•
•
Q U A D R O ND 6
lil~rmFICAÇÃJ ESCJLHA DE CARREIRA
A L UNO
OPINIAo FAfllLIAR
1 (bnversar CXJI\ ~l e mãe. Reoorrer Aprovaram <XIII entusiasnD a amigos ou parentes r.a1s velhos. (bnsultar colegas de traba~ O:m tato CXJI\ profissionais, professo: reli que admira.
~ wo ajudaria.
J Fazer testes vocac1onais; consul- Aprovaram ~ entusiaaID tar colegas de traI:aUD; contato <XIII profiss1onais.
" • Testes vocacionais; IIIII1gos, pIIJ:e!! Aprovaram <XIII entusiaSlO tas mais velhJs; contato <XIII prc;: flssionais.
Cbntato CXIII prof1ss1onail. AprovaraI1I.OCIII entusiasnD
r EXPECTATIVA DO CURSO REALIDADE DO CURSO
Fonnação profiss1onal ~a nerca- Está dentro do que eu esperava. do de trabalh:l. Formaçao para p8! q\.Iisa. CoIlhec1Jnentos para <XI1'pr&" ender melh:>r o 1II.lI'Ido.
CUltura geral; fOIl1eÇão prof!.! Não está atenderm, sional para onercado; formaçao para pesquisa.
Formação profissional para merca- Não exatamente; falta prática; o eb de trabalh:l; conhec1Jnento para teórico às vezes é superficial e o::rtpree.rxler melh:>r o 1IUIdo. lmato ~.
Formação profiss1onal. para merca- Não está atenden:b elCpeCtativas. eb de trabalho.
Formação profissional para mercaã:i de trabalho; conhec1Jnento para
, COJpreender melh:>r o 1II.lI'Ido. Não está atenden:b expectativa ••
6
7
(bntato CXI\I profissionals; recor-rer a professores que aãu1ra. AproVaram CXIII entwJiaSlO
Cbnversar can pai e mãe; conversar Aprovaram <XIII entus1asnD <XIII o cônjuge e/ou 1miio, contato OCIII profiss1ona1s.
d Conversar CXI\I o pai e a mãe: en-trar EI1I conta to <XIII profissionais Aprovaram OCIII entus.ias1o
9 Fazer testes vocacJ.ona1s; contato Aprcvaram <XIII·entusiasnD <XIII IXQfiss1onals.
10
11
Entrar ecm contato <XIII profiss:lo- Aprovaram a:m entusJ.asrco nais.
Fazer testes vocac1onaisl entrar J\pxovaram <XIII entusiasnD &li contato a:m (XOf1ss1onais
(bnsultar gabinete de orlentar,ão Aprovaram _ entusJ.asrco educacional: entrar em contato can profiss1onlús.
13 OJnversar CXI\I pai e mãe, recorrer Aprovaram _ entusiasnD a amigos ou parentes de sua ida-de; contato CXIII profissionais I ~ correr a profiss1onllis que admira
_.lL._....c.ocwl.tar giib1nct.a. do oi!enmç.iio.~.Q;IJI. enblI!l.o11'P r:ê.racional.
15
16
t:ntrar an contato a:m profiss:lo- Aprovaram <XIII ent:usiaSlO nais.
Conversar can pai e mãe; debater Aprovaram <XIII entusiÁSIO CXX1I iDI.'lo; consultar gabinete de orientar,ão educac10nllll contato CXIII (XOfissionais.
17 Testes vocacionais; contato oc:m Foram indiferentes ' prof iss1ona1s.
111
19
Consultar gabinete de orientação Aprovaram CXIII entus1asnD eaucac1onal; contato <XIII profes-sores c:;ue aónira.
Fazer testes vocac1onais, contato AproVaram <XIII entusiasnD . CXI\I IXQf1&s1onals.
QmsuJ.tar ga!)inete de orientação J\prOYIIraIII <XIII entus4sno ecD:acional, contato <XIII profia-81ona1s. •
" 7.n ij
Formação ~a~; ooohec1Jnen Não a todas, não há incentivo tos para permj,tir a a:mpreensão - no t?ásico para a prática médica. meJ.ror do ~.
Formação para mercaeb; conhecimc:!:! Pouco. tos para ptmnitir a::apreerder ...".. lhor o 1II.lI'Ido; fomação para pes-quisa. .
Formação para mercado.de trabalh:l· As vezes.
(bnhec1Jnentos'que peimitissan CC!!! Muitos gostam de criticar, mas é ~ melh:>r o 1IIIrldó. claro, c,'Iistcm falh,~ .. , JneSIID as-
sim não me decepcionei.
Formação prot1ssional para mercaeb de trabalh:l.
Não, porque até hoje não me confotmJ can o absureb de não termos durante o perioeb letivo, au las prátiC.:ls de'anatania can dia secação. só existe nas férias. -
Formação profissional para merc;:t.- Na maioria.das vezes, sim. eb de tr~.
Princlpalmênte cultura geral pla.
am- Não. Mui tas vezes perdatos tatp: oan coisas JIIl1to especIficas e inÚteis.
Formação profissional para merca- Não. 'do de trabalhol oonhec1Jnentos que permj.tissem melhorar nlvel de ins t:rução. -
CUltura geral aapla.
Todas as opções.
e cedo para tal.
Em parte sim, nas tenho encontro do algums dificuldades. -
Formação para o mercacb de traba- Existem l!Uitas falhas. lho·.
Formação- profissional para merca- Ainda é cedo para se ter \IIIil rel eb de trabalh:l. posta. -
CUltura gerat aapla. Sim.
Formação profissional para o mer- Sim,' aRplamente. cada de trab</.lho ..
•
IDENTIFICAÇÃO
1
2
,.
QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE ESTA TURMA
Ainda não tenho opiniio fornada.
7·
A L UNO
CO~10 DEFINIRIA ESTES SEUS COLEGAS
Interessados, porém cem medo de trabalhar cem lMt:erial vivo.
TenI'D pouco contato cem eles para def1.n1r qualquer ooisa.
... O QUE VOCÊ ACHA ~UE SIGNIFICOU
PARA SEUS COLEGAS
3 Atenta, silenciosa e ativa. Interessados. Mais uma oportunidade de trocas de oonheci mentes e experiências. -
4 Nada de mais, l.m!I b.u:INl normal. Interessados em aprender o que é desnecessá Un oolega. rio (na maioria mas não todos) • -
5 Sob que prisma? Hunano, esoolar? Pergunta subjetiva.
6 são os ooleqas do 19 perIodo e que me acem J\gradáveis e interessados. Un terrpo para ~inrcs experiência j~ penham até hoje. - tos num assunto intei:essante.
7 Ainda não posso opinar. Ibns. Melhor relacionamento.
a t a mesma b.u:INl que senpre oostuIID ficar, gosto do pessoal.
9
10
11
12
13
14
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17
lei
19
20
Já esta:n:lS algum terrpo juntos e gosto dela. Cada pessoa teu falhas mas todas tem algo de ban e me sinto bati aqui.
~r efG\W\to nenhImt. obServação.
Una boa b.u:INl.
t uma boa turma.
Una turma normal.
E uma turma nuito boa.
são pessoas maravilhosas que me fazem sentir nui to à vontade e a:m disposição de &premer.
Gosto dela porque já estallDs juntos a algum terrpo.
Cada um tan suas qualidades e defeitos, 1MB no qeral me xelaciono bati cem eles.
Alguns não IIDstram interesse por aulas. práticas - são. nui to teéirio:>s.
Alguns desinteressados, porém a lIBioria ~ ticipa ~ aula. -
Atentos obsexvadores da ciência da Microbio legia. -
são os rnelhJres oolegas da tuxma.
Interessados em que as aulas se mantivessem apenas dentro dos objetivos.
Foram e>roelentes ClCI1p3llheiros, . incentivan~s e tornaJ"iIo o clima muito ban para o trabalho.
Estiveram . interessados nas aulas e fizeram os trabalhos designados pelos professores.
. Interessados.
1v:!ro meus colegas ót.UrDs/ portanto acho·a . são ót.1mas pessoas, amigas, aoUna de tudo. b.u:INl nui to boa. . .
TEm possibilidade de apresentar um ban pt1:I . Un tanto ou quanto egocêntrio:>a. Pensam que ve1to no deo:>rrer do curso. - aio donos do lalloratõrio. .
'"
Un oonheclJrento maior entre nós, assim aprerxlerros a gostar mais de alguns que não t1nhanDs tido a oporb.Inidade de conhecer melhor.
Não sei. Talvez o que 88I\ll'I! signifiquei •.
Un ~ de laboratório que ajudava quarXb podia e procurava não at:rapal.har.
Grande aprendizado para tOOa nossa eK1sten oia. -
PudeIros oonviver rnelOOr uns cem os outros oi firmar nossa amizade e carpanheirisno.
!leve ter dado uma noção geral do que é Miorobioloqia.
Vivência nuito positiva tanto cem ~o a conteúdos ClCm) poSicionamento E!II relação aos problemas sociais e realização de eltl\-1\eS.
Signifioou aprendizado e interesse pelo que es~vam fa~.
•
lJ1 tv
.,
•
•
,
IDErlTl rICACÃ
QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE O PROFESSOR UNIVERSITÁRIO?
Q ti A li i{ O Ne 8
A L UNO
O QUE VOCt ACHA QUE SIGNIFICOU PARA OS PROFESSORES?
Cor'10 SERIA O PROFESSOR IDEAL? FIGURA DE ADMIRACAo
1 Pouoos são excelentes; falta dtdátical conhecimento do assunto acro que tem.
Pontual, CXlIII dtd5tica, oonhccJJnento GolJa ~~ir.
2
3
do assunto, sensibilidade para as di ficuldades dos alunos. -
Poooos oorresp:mderam às minhas ex- O apr1nDI'IU1'ellto da atividade diditi- GraMe o:mhec1mento do assunto, exoe pcctativas. oa. lente dtdática, I;@nqUilJ.dada, .1Iri=
plicidade e convtvêrv:::ia agradável.
tbis grup>s: 1) cultos e atualiza- Não sei, mas apenas que deve ser ma- Una pessoa d1n&n1ca, bem Inm:Irada,dt dos; 2) mal fOI111ados divididos em çante a repetitiva leitura de slldes dática, profundo oo~r do assUji bEIn dtspostos a ensinar e os não. sem o calor de uma explanação viva. to e um profissional p>r lIIIDr •
4 • Em geral capacitados, mas nem seTpre Uu alUlX) interessado. Não' existe, logo é inimaginãvel.
5
6
7
8
9
OOnsa:JUaB passar perfeitaJoonte seus oonneciJrentos •
(;Uase todos são oonhecedores de una faIte da Medicina.
Maioria, profissionais mais gabarita Acho que foi gratificante, p>is __ dos, oan dtcláuca falha. Cl::rnunicaçãõ pre é, transmitir ensinamentos. com alunos é dtflcil.
Acacâ:tJ.oos oan visão tecrocrata, não vinculada às nossas realidades.
O que tenha bem relacionanento CXlIII
os alunos, os ~ nas suas dt ficuldades (vida esoolar e particu ::lar), tenha oonhec1Jrento do assunto e saiba transmiti -lo.
E diflcU imaginar o ideál, porque não é una experiérv:::ia vivida.
Em geral, jogam a matéria e saem cor- Acho que nós falDs s1Jrplesmente maia J\qUele que entende os alWlOS e prorcrm da Rala. \IIID tuI1l\ll. cura njud1i-los " c:-ntcn<1"r llS nntõ
rias.
Realr.ente, alguns parecem que entra- 'lalvez,' alguns nem tenham sentiCo' ram resta faculdade p>r pistolão,mas nossa existência, lNlS 'OUtxos, ~ em geral elYY.lntrei muita gente inte- /lOS mais una a:rdzaãe. ' ressada em oc:rrpa.rtilhar seus conheci IOOntos que são mui tos. - >
PealJrente, acho que não podBros ter um professor ideál, lNlS nuitos co~ ~ àlegar a ser nuito bano Cada \In e diferente dos outros e conseguem ser bons por suas própria8 virtudes dtferentes •
10 são bem intencionados e rruito bem preparados (algumas exc:ec;õesl embora não possam Jl'elhorar o nlvel do curso devido ao cSp.3ÇO curto de t.anp> que é oferecido.
11
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14
são cultos, conhece<hres do assunto" Uu 'aluno que não se destaca: lI'as às vezes não sabem se exprimir.
M.11tas vezes são desinteressados e Uu estllru1o. indiferentes aos problenas dos alu-nos linútam-sE: a dar aula.
CcI!o tudo na vida: p>udOS õt1nDs, a! Mais l.1li curso. guns t.ons - rcqulares e a maioria m::clf",.;:a:c.
Para mim, isto não existe.
J\qUele que trata os alunos CCIIID "pa!! soas" e que desperte o interesse doi JneSIIDII, não se limitando a chegar na
> sala de aula e "despejar" a matéria.
Alta, olhos azuis, n'orena •••
Existem alguns nuito bons, que se preocupam nuito oan o ensino,mas há outros que não se preocupam lIllito CXl!1l isto.
Mais \In aluno a cpem tiveram oportu- J\qUele que sabe tu&. e c:r.nseque' n1dade de ensinar o Jl'elhor que sabeIq tra,nsr.!itir tudo o que se prcpôe .e.
ens~nar.
J\dm1ro qualquer ressoa que seja culta,in te1igente, agradável e bonita.
O Professor Y.
. Jaoques <l>usteau.
Professor Y e minha mãe.
Professor Y.
Meu nanorado.
Minha mãe.
Professor Y.
l\Ur.JUSto P1nocl~t,~1. ~lUcre, Alfredo Str&sner. >
15 Alguns potIQ) adaptados ao atl'al nétodo de ensino. Mas de una forma ge ral existem bons professores. -
CapaZ de sanar as dúvidas 8lIX'9idas > ,Minha mãe. durante as aulas.
16 Muitos tem capacidade e bom conheci It>.!1IW .u lIuLG:iol. T.llvc" f .. lte lIIã maior oc:mun1cação e entusiaSlTO na explanação da matéria.
P\ldem)s ter \In maior contato oc:m 08 t aquele que. está senpre ao nosso ~ mesncs e oonheoê-los melhor. do, pronto a nos auxiliar, ~nU
var e tirar dúvidas. t o que nos faz , ver a inp:>rtància do que esta/lOS as
tudan:lo.
17 l:hI sua maioria são bons professores. Devan:l8 ter significado 1nportante
lei
19
s:io r.lzo:iwitl, entrct.lnto adlO ~ os cursos são mal estruturados, nao dão aWx:e ao aluno de: fl.xar a matá ria daaa. -
AdIO qth! o ensillO está decaindo, nns a culpa não é só das un1vers~ des; é ta.'tIbEm do aluno, por, isso acro que os professoreS tentam dar o Jl'elhor de si.
Fr ensinar-nos algo 1JttlOrtante CCIIID e a Microbiologia. >
Não sei. J\qUele que tem \In bom enbasamento teórico, sabe CCIIID colocar seu ~ r.ento em ordem e de maneira objeti: va, além de estar VQ.1tadO tl'Il"a OS ~emaa "JU8 venha :1 surgir nos '1l,!! ro • ., tet:orDs .,.. l!\"'I:8I'Y!iZ!lÕl. l!! nua
> dê una aula interessante, agradáVel e dinâmica.
Ocmln1cação entxe una turma nova e t adima de tudo una peSSOll sJJrples e de certa foXlllll bem interessada. amiga que se preocupa com o aluno co
IID ser hune.ro. > -
Meu pai.
. Minha mie.
•
..
•
• i I
IDEIHIFI CAÇÃO
1
2
3
4
s
6
7
9
10
II
12
13
14
15
16
EXPECTATIVAS SOBRE O PROFESSOR X
J::spero que ele além de dan1nar o assunto, tema didática e pac1ênc1a cx:m 08 alW1OS.
Segurarça. didática, cultura geral, IIIl1to COlilec1mm to de sua área. -
Inf~ teóricas atuallzadas ~ ~ementa -ção cb estl.r:b nos livros e fcmnaçao Fática.
Un curso que; entusJ..asne BII tImn:)s de didática • oon teúdo. -
Un bem enta.sanento para poder oont.1ralar o estl.r:b (Viro1.oq1a, etc;). .
~ passe o mãxirro de sua natér1a aos alW10S e 08 incentive, abrindo pesquisas e trabalhos em grupo e não fique só dependetxlo das provas, que na verdade nada trovam.
~ dê incentivo ã pesquisa e ooções' básicas 1lIp:Irtant.es para o ooilnecil1alto CIa pesquisa.
Não sei.
Só tiveros uma única aula, mas I1I!SIID assim gostei .. dá para sentir que varres oonsegu1r apn!Ilder IIIl1to •.
ComeciJrentcs gerais. soore Microbiologia neÓes s1.r.rios para quo eu possa el'!OroP.r a ~ prof!ssão-:
~ oonsiga transmitir can p:>sitiv1dade, o que for p:>ssiwl., de b:Xlo seu cohhec1mmto.
Qle dê UII bem curso e que eu possa fomar uma idéia CDlICI:eta cb que se trata a matéria.
~ me ensine Microbiologia geral, ou aeja, me oriente m apxen:llzatb.
()Je ele possa transmitir para os alums tI.r:b aquilo que p:xb1Ds aprerder.
Clareza de objetivos e orientação pedagógica anpla.
()Je ele nos dê noções básicas para que eu possa sem maiores dificuldades me aprofundar nos livros textca e aprcOOer e fixar pelo mams, o fun:!amental des ta disciplina tão ilrpxtailte. . -
11 Que ensinem asswít:.ai relacionados às realidadeS Ma sUeiras •
111
19
20
Una boa oase para enfrentar a viCIa médica futura.
Que ele seja direto e bem claro, não de1Jrarxk) nunca de ser humam.
Espero que seja de ban nlvel cultural e d1dátioo.
QUADRO N"9
A L UNO
APRECIAÇAo SOBRE O PROFESSOR X
Seu deSE!llp!OOo oorre!lpC)Rieu às minhas expectativas.
COHENTARIOS SOBRE O PROFESSOR X
DeseIrpenlx) abaiJIo das expectativas. 'Faltou um pooco de didática.
DeSE!llplnlD oorrespondeu às'expectati- Deixoo algunas dÚVidas. vaso
llegeI1penho abaiJIo das expectativas.
Desenp;rilo ábailcD das êxpectativas.
.Desenpnho abaiJIo das elCpeCtativas.
Desenpenho oorrespondeu às e.xpec:ta-tivas.
Desenpenho cOrrespondeu. às e.xpec:ta-tivas.
Deseq:enho correspondeu às expecta-tivas.
Desenp!llho oorrespondeu às expecta-tivas •.
Desenpenho oorrespondeu às expectativas.
Desenpenho oorresp:mdeu às expecta-tivas.
Desenepro OOrre5p:>ndeu às expêctativas.
Não soube sintetizar seus oonhecinentcs, alongando o teItqlo da aula prática e, cx:m isso tornando-a cansativa.
Pessoa capaz, grande interesse em ensi -nar cada aluno, só que é um pouco vagara 50 m explicar, o que nuitas vezes ms deixa desatentos e antlos, aluno e profea sor, se perdem. -
Não sei, .talvez pudesse ser mais paciente.
M.I1to enrolacb e nuita ooisa &à>re pIOIIa ele não cxmentou!
Não.
~ às vezes tentasse manter um 1~ nais de calma. p:>is os alunos não estao habituados às pl:'áticas e têm o direito de errar. ()le fosse In p:>U(X) mais objet1 vo na aula. -
Me deixava desatento durante toda a aula, fazerdo pexder as 'ooisas que ~ vamo Explicações In pouco oonfusas. -
Não.
Não.
Mostroll-se senpre disposto a retirar as dúvidas e ensinar W nuneira oorreta o del!elJilel1ho das práticas.
Não.
Não.
Possui um bem nIvel de instru;ão e \111
bem nIvel didátioo.
• IDENTI-
EXPECTATIVAS SOBRE O PROFESSOR Y FICAÇÃO 1
2 oidático, cientifico e objetivo.
• 3 0Je de1Jce a _ ~icialidade e entre em parâmetlXl8 que nos serao uteis na vida profissional.
4 Mais dinâmico. .. 5 0Je tenha capacidade de transmitir os seus oonhecJ.
mentes (se os tiver) • -, 6 No DÚniJq), o JneSI!I) que nos ofereceu o professor X.
7
IS Una orientação geral sobre os microrqanism::ls mais a::.m..J/lS na cllnica diária. Também orientação à res-peito de contaminação, assepsia, higiene hospita -lar, etc.
9 Al.cp mais cb que o X.
10 0Je continue caro o professor X, que se preocupou CXD o iUXlanento cbs a1WlOS na aula.
11 ()le possa oorre&pOIlder à minha expectativa caro o X fez.
12 0Je o curso que ele ministrará seja bastante obje-tivo.
u ()le saiba ne introduzir no tão robte camillh:> da M1 crobiologia Médica. -
14 0Je ele taIIilém corresponda às minhas expectativas.
15 Clareza de racioclnio e interesse pe~ alWlOS.
• 16 0Je ele possa iqualnente sanar as dÚVidas e ensiNo
r nar algo sobre a prática laboratorial da MicrobiO-logia.
" 17
la 0Je possa dar-ae oondiçio de enfrentar o 11'erCado' de trabalho OCIII Sf!gUrAI'ÇA ro que estarei fa2leJlélo.
19 Ser explIcito.
20 Correspondeu às minhas elCp!Ctativas.
•
a U A D R o N° 10
A L UNO
APRECIAÇÃO SOBRE O PROFESSORY
De~ corresporoeu às expectativas.
~ excedeu expectativas.
Oesenpedlo ~ expectativas.
DeSE!l1pl!llho excedeu expectativas
DesenpWJo excedeu expectativas.
, DesempenIx> excedeu expectativas.
Desempento oorrfilspondeu às expectativas;.
Deser!pWD =rrespondeu às expectativas.
Desenpenho excedeu expec1;ativas"
~ excedeu expeCtativas.
Desenpenho correspondeu expectativa.
DeseItpenho excedeu expecta1?-vas.
DesempenOO excedeu expectativas.
• lJesenpmho oorrespondeu às expectativas.
i:esent:enoo excedeu às expectativas. . . . lJesenpmho excedeu expectativas.
DeseItpenho oorrfilspondeu expectativas.
DeseIIpen/Io correspooieu expectativas.
DeseItpenho excedeu expectativas.
0eseItpmh0 excedeu expectativas.
COMENTÁRIOS SOBRE O PROFESSOR Y
Foi un professor dinâmico, bem hUITDrado, paciente, didático, interessado, espetacular! Interessante, dedicado, oosetvador, humano. tolerante.
Foi excelente.
Muito oarun.1cativo, Illlito amigo. gosooi do seu tipo de aula e atenção dispensada aos al~s.
Oesenper.oo excelente. Soube explicar tudo sem IC1xar lIada p.l.I'.l trás e se interessou pelo desenvolviJrento dos aluros. Foi nuito atencioso e educado.
Não
Poucas vezes conheci professor oan tanta didática e que desse atenção aos aluros = ele fazia. Ele sabia pn'nd.'r a ateJ1 ção dos alunos e tornava a aula bastanti objetiva.
M>strou-se nuito mais cammicativo e didático qoo o professor X.
Os professores do bloco são bons e que eles continuem assim.
Atencioso; soube! esclarecer as dúvida! surgidas durante as aulas de nunc1r3 cl; ra e precisa. -
Foi 1.111 professor maravilhoso, I!OStrando se SCJlpro disposto a nos ajud:u', tira: nosSas dúvidas e trabalhar ao nosso 1ad Foi nuito proveitoso o t:.enpo em que esb w COI'V~ c 'J.lt:5L.u"!.:1 qu.! c...ult..1JllLlS:JI!. '
.-Ele dcnonstrou ser un profc500r que ax1 segue transmitir a seus alunos o oonhec nento adequado, de maneira oojetiva. de senvolveroo para tal 1.111 ambiente amistc 00, nui to favorável às assimilaçÕ:!s p:i los alunos.
1\Chci cl<=lcnte, direto o ~ (,t.ir.Ia ?l! soa. Sua ccm.micação é excelente, \l1li pl fessor amigo que nos o:JILIIÚCOU o lleOeSI rio sem rodeios.
l\Chei que apresentou bastante intexeSI no que diz respeito aos as5Wltos da m,a1 ria. procurando ser.vre expor a matér! da nelhor maneira pOssível.
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., lO • • Q U A D R O N° 11
A L UNO
IDEl'lTH fICAÇAq EXPECTATIVAS SOBRE O PROFESSOR Z APRECIAÇÃO SOBRE O PROFESSOR Z I COMENTÁRIOS SOBRE O PROFESSOR Z
1 Es(>ero que ele saiba o assunto, tenha didática e p.! IlesenPenho aba1Jco das expectativas. ciéncia CXI1I os alunos.
2
3
4
5
6
7
d
9
lQ
A _ r-riedade e CCllpltênc1a do professor Ir. Desenpenlx:l ~ expectativas.
~ atenda aos parânetros do professor Y e nos for- Ilesarpenho abaixo das ~tivas. neça dicas e infoxmaçCies necessárias à nossa fODlB- ' ção profissional.
UNl boa didática de ensino. Desenpmho abaim das expectativas.
~ tenha capacidade de trammitir os seus oonheci- DeseI\p!rIb) abaUo das expectati'l'lS. uentlos (se os tiver).
!Il!nta dedicação CXIItl foi a cb professor Y. ~senpmho abaUo das expectativas.
Ilese!Ipenho corresporxleu expectativas.
Orientação geral sobre os vIrus que causam as doen- Deserrpenho excedeu expectativas. ças mais canuns na clínica cUária. '
~ ele tamI-.ém possa nos ajudar a aprender e gostar da matéria.
Desertpmho oorrespondeu exPectativas.
~ se poss!vel possa repetir a meSllll atuação do Desenpenho aba1Jco das expectativas. profesS')r Y.
li ~ seja objetivo. ~ explique bem porque estalros I:Jesenp!nho oorrespondeu expectativas. fazcntb cada 111M das práticas, que nost:re a sua a-plicaçãO na nossa vida profissional.
12 Didática e cnrun1cação suficientes. Desenpmho oorrespondeu expectativas.
13 ~ ele seja CXIItl os outros professores do bloco. Degel1'f?E!nho oorrespondeu expectativas.
14 'Clareza de objetivos. Desenvoltura ao tentar ' solu- DeseI!penho c:orrespordeu expectativas. clonar os problemas surgidos.
15 ~ igualmente possa ser interessado em nos ajudar, Desarp!nho oorrespondeu expectativas. tirar clÚviclas (! olhar, não IIÓ o gIUpo, CXIItl tantén '
16
17
la
o aluno 1nd1vidualmente.
~ enfatize os assuntos que necessitaxaros na prática profissional.
0Jé ele desenvolva o nosso calhec:imento a respeito Deserrpmho oorrespondeu 8xpectativas. <lo V1rolog1l1 <lo lIWlDira objotiva e calma.' ,
19 Espero que seja direta e amiga dOs alunos. DeIlElllpl!llOO oorrespondeu expectativas.
20 O-Ie irá manter o nIvel didático doa professores da DellCllp!nho oor'respondeu upoctativas. Microbiologia Mêdicaj , ,
Poderia ser na1s sucinto e direto nas explicaçÕes.
DesestiJ1ulante •
Inferior ao professor Y.
t pena que professores desgabari tados possam ministrar aulas num curso de Medicina. Perdia-se em divagações laboratoriais sem aplicação nédica.
Pessoa agradável, mas as práticas foram falhas.
Me pareceu interessada, nuita cal.ma para explicar e atenciosa.
Não
Não deveria repetir tanto as mesmas ooi sas nas aulas. -
Não
Foi \mia boa professora.
Foi atenciosa e procurou cobrir os ob~ tivos do programa. -
Foi esforçacb e senpre se nostrou interessado em esclarecer nossas dúvidas.
Foi bano
Acho que as aulas pcdoriam ser mis di.nâmicu' e IICnos repetitivas.
"
lTI 0'\
57
A Pedagogia Humanista exige uma avaliação mais
verticalizada que os dados configurados e_~cima expostos.
Sendo assim, foi organizada uma recombinação e agrupamen-
tos das informações e dos sujeitos envolvidos nesta pesqu!
sa.
to a:
Há que se observar a distribuição dos alunos qu~
r - Identificação, Dados Sócio-Econômico--culturais.
11 - Dados Pessoais.
111 - Dados Acadêmico/Profissionais.
IV Dados referentes ao Relacionamento Grupal.
V - Dados referentes à Figura dO Professor.
VI - Dados referentes aos Professores da Discipl!
na Observada.
APRESENTAÇÃO DE DADOS RECOMBINADOS
Total de Alunos: 20
I - Identificação, Dados Sócio-EconSmico-Culturais
Sexo:
Homens .,. 9 alunos
Mulheres ~ 11 alunos
Idade:
19 anos 5 alunos
20 anos 5 alunos
21 anos 3 alunos
22 anos 4 alunos /
23 anos 1 aluno
24 anos 1 aluno
26 anos 1 alunos
Idade Média: 20 anos.
I
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I I
Estado Civil:
Solteiros - 18 alunos
Casados 2 alunos (mulheres)
Residência:
Com a familia
Com outros parentes
Em República
Só
- 12 alunos
3 alunos
2 alunos
2 alunos
No Alojamento da UFRJ - 1 aluno
Compos~ç~o Familiar~
Figuras Familiares citadas:
Pai - 15 alunos
M~e - 17 alunos
Padrasto 1 aluno
Irmãos - 18 alunos
Avó 2 alunos
Avô 2 alunos
Filhos 1 aluno
Marido 1 aluno
Companheiro - 1 aluno
Composiç~o Proposta:
Pai, mae, irmão. (ã, as, ~os)
S8
- 10 alunos
Pai, mae, irm~o (~, as, ~os) , (ô) -~
avo 4 alunos
M~e, irm~o (~ , as, ~os)
Pai, irm~o (~ , ao, ~os)
Irm~os e irm~s
Filhos, companheiro, mae, padrastro
Marido
Instruç~o Paterna:
Superior Completo - 10 alunos
Colegial Completo - 1 aluno
Ginasial Completo - 1 aluno
2 alunos
1 alun
1 aluno
1 aluno
1 aluno
ç' -
Ginasial Incompleto - 3 alunos
Primário Completo - 3 alunos
Primário Incompleto - 1 aluno
Sem Escolaridade - 1 aluno
Instrus:ão Materna:
Superior Completo - 2 alunos
Superior Incompleto - 1 aluno
Colegial Completo - 7 alunos
Colegial Incompleto - 1 aluno
Ginasial completo - 4 alunos
Ginasial Incompleto - 2 alunos
Primário Completo - 2 alunos
Primãri.o Incompleto - 1 aluno
Instrução do Cônjuge:
Superior Completo - 1 aluno
Superior Incompleto - 1 aluno
Profissão Paterna:
Alto Funcionário Público - 1 aluno
Médio Funcionário Público ou Privado - 1 aluno
Pequeno Funcionário Público ou Bancário- 1 aluno
Fazendeiro ou Industrial - 1 aluno
Médio Fazendeiro, ou Industrial ou Comerciante
Militar Oficial
Profissional Liberal
Pequeno Proprietário
Outros
Profissão do Cônjuge:
Médio Funcionário Público ou privado
- 1 aluno
- 2 alunos
- 7 alunos
- 2 alunos
- 5 alunos
- 1 aluno
Pequeno Funcionário Público ou Bancário- 1 aluno
situação Trabalhista do Pai:
Trabalha atualmente - 13 alunos
t: aposentado
Está desempregado
4 alunos
1 aluno
59
ç" -
I I I
I
Sem informações - 1 aluno
situação Trabalhista da Mãe:
Nunca trabalhou
Trabalha há pouco tempo
Trabalha em horário integral
Trabalha meio expediente
Trabalhou em atividades remuneradas dentro de casa
-
---
-
6 alunos
2 alunos
5 alunos
1 aluno
3 alunos
Ajuda nos negócios da família - 1 aluno
Está desempregada - 1 aluno
Renda Mensal Familiar:
Não sabem - 8 alunos
Cr$ 30.000,00 - 1 aluno
Cr$ 60.000,00 - 3 alunos
Cr$ 65.000,00 - 1 aluno
Cr$ 80.000,00 - 1 aluno
Cr$lOO.OO,OO - 200.000,00 - 5 alunos
Acima de Cr$ 200.000,00 - 1 aluno
Obs. : Salário mínimo vigente em março
de 1982 : Cr$ 11.928,00.
Existência de Automóvel na Família:
Não possuem 3 alunos
possuem 1 - 11 alunos
possuem 2 2 alunos
possuem mais de 2 4 alunos
Tipos de Escola que Freguentou:
Sempre em Escola Particular - 6 alunos
Maior parte em Escola Particular - 2 alunos
Sempre em Escola pública - 5 alunos
Maior parte em Escola pública
Situação Trabalhista do Aluno:
Nunca trabalharam - 12 alunos
Já trabalharam 3 alunos
- 7 alunos
60
Não trabalham atualmente - 16 alunos
Trabalham atualmente 3 alunos
Trabalhos domésticos 1 aluno
Fez estágio para treinamento 1 aluno
Números de Livros Existentes em Casa:
Até 20 livros - 3
De 20 a 50 livros - 1
De 50 a 100 livros - 2
De 100 a 200 livros - 2
De 200 a 500 livros - 5
Mais de 500 livros - 7
Leituras de Jornal:
Diária - 3 alunos
Quase diária - 4 alunos
Aos Domingos - 3 alunos
Ocasional ~ 9 alunos
Não lê - 1 aluno
alunos
aluno
alunos
alunos
alunos
alunos
Atividades de Lazer / Férias:
Leitura
Assistir TV
Ficar em casa descansando
Viajar
Ficar em casa de parentes e amigos, fora do Rio
Ir à praia
Ir ao cinema
Nada em especial
Não existe uma constância
- 8 alunos
- 8 alunos
- 8 alunos
- 5 alunos
- 4 alunos
7 alunos
7 alunos
- 1 aluno
- 1 aluno
Prática de esportes no clube - 2 alunos
Ajudar os pais em suas atividades- 2 alunos
Participação em e~tãgio-não remunerado - 1 aluno
6í
l
I i l
Ç) -
Prática de Cursos Livres:
II
Línguas estrangeiras
Ginástica
Esportes
Balé
- 2 alunos
- 2 alunos
- 2 alunos
- 2 alunos
Música - 1 aluno
Outros nao especificados - 6 alunos
- Dados Pessoai.s
Auto-Definição como Pessoa:
Responderam objetivamente - 17 alunos
Responderam evasivamente 3 alunos
Auto-Definição como Aluno:
Responderam objetivamente - 18 alunos
Responde·ram evasivamente 2 alunos
Auto-Identificação:
Com a Mãe - 5 alunos
Com todos da· Família 5 alunos
Com o Pai - 3 alunos
Com a Avó - 1 aluno
Com o Avô - 1 aluno
Com o Marido - 1 aluno
Com a Irmã - 1 aluno
Com os Irmãos - 1 aluno
Com o Irmão - 1 aluno
Com o Próprio - 1 aluno
Opinião Familiar Quanto à Escolha da Carreira Médica:
Aprovaram com entusiasmo - 17 alunos
Aprovaram sem entusiasmo - 2 alunos
Foram indiferentes 1 aluno
62
111 - Dados Acadêmico / Profissionais
Processo de Escolha de Profissão Recomendado
a um Colega:
Contato com Profissionais
Fazer testes vocacionais
Consultar gabinete de Orientação Educacional
- 17 alunos
6 alunos
Conversar com Pai e Mãe
5 alunos
5 alunos
Contato com professores que admira - 4 alunos
Recorrer a amigos ou parentes mais velhos 2 alunos
Consultar colegas de trabalho 2 alunos
Conversar com o cônjuge ou irmão 2 alunos
Recorrer a amigos ou parentes de sua idade 1 aluno
O ajudaria 1 aluno
Expectativa Prévia Quanto ao Curso Médico:
Formação para o Mercado de Trabalho- 15 alunos
Formação para pesquisa
Conhecimentos para compreender melhor o mundo
Cultura geral
Melhorar o nível de instrução
Percepção da Realidade do Curso Médico:
Está dentro do esperado
Não está atendendo ao esperado
Atendendo pouco esperado
~ cedo para tal
-ou as vezes ao
avaliação
3 alunos
6 alunos
4 alunos
1 aluno
6 alunos
6 alunos
6 alunos
2 alunos
IV - Dados Referentes ao Relacionamento Grupal
Opinião sobre a Turma no inicio da Disciplina:
Não responderam 3 alunos
Responderam evasivamente 4 alunos
Responderam objetivamente - 13 alunos
63
I ! i I
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1
I
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! I I I I I 1,
I 1
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I
I l 1
Definição sobre os Colegas finda a Disciplina:
Não responderam
Responderam objetivamente
3 alunos
17 alunos
Avaliação da Auto-Significância para os Colegas
no decorrer da Disciplina:
Não responderam 8 alunos
Respondeu evasivamente 1 aluno
Respondeu desconexamente 1 aluno
Responderam objetivamente - 10 alunos
v - Dados Referentes a Figura do Professor
Idealização da Figura de Professor:
Não responderam
Responderam evasivamente
3 alunos
5 alunos
Responderam objetivamente - 12 alunos
Percepção do Real Professor Universitário:
Responderam objetivamente - 20 alunos
Figura de Admiração:
Mãe
Professor Y
Namorado
Pai
Golda Meir
4 alunas
- 3 alunas
- 2 alunas
"{ - 1 aluno - 1 aluna
- 1 aluno
Jacques Cousteau - 1 aluno
Inespecifico
Sem resposta
- 2 alunos
4 alunos 1 aluna
64
I I I I i
I ~ -I
I
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I
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I I
I I I
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I
I I l
I í
I ! 1 1
VI - Dados Referentes aos Professores da Disciplina
Observada
Expectativas sobre o Professor X:
Respondeu evasivamente 1 aluno
Responderam objetivamente - 19 alunos
Apreciaç~o sobre o Desempenho do Professor X:
Correspondeu às expectativas - 11 alunos
Abaixo das expectativas 8 alunos
Comentários sobre o Professor X:
N~o responderam - 10 alunos
Responderam objetivamente 10 alunos
EX12ectativas sobre o Professor Y:
N~o responderam 3 alunos
Responderam objetivamente 17 alunos
comparaç~o com o Professor X 4 alunos
A12reciaç~o sobre o Desempenho do Professor Y:
Correspondeu às expectativas
Excedeu às expectativas
Comentários sobre o Professor Y:
N~o responderam
Responderam objetivamente
Comparaç~o com o Professor X
, Expectativas sobre o Professor Z:
N~o responderam
7 alunos
13 alunos
8 alunos
12 alunos
1 aluno
2
Responderam objetivamente
Comparação com o Professor Y
Comparaç~o com os Professores X e Y
18
5
1
alunos
alunos
alunos
aluno
65
" -
I ! I I I
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t
f !
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I I i
I {
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Apreciação sobre o Desempenho do Professor Z:
Não responderam 2 alunos
Correspondeu - expectativas 11 alunos as -Abaixo das expectativas 6 alunos
Excedeu -as expectativas 1 aluno
Comentários sobre o Professor Z:
Não responderam 8 alunos
Responderam objetivamente - 12 alunos
Comparação com o Professor Y - 1 aluno
Percepção da Auto-Significância para os Professores
X, Y e Z:
Não responderam 6 alunos
Respondeu evasivamente 1 aluno
Responderam objetivamente - 13 alunos
3.1 ;-2 .-PROFESSORES
66
Os dados obtidos no PROFESSOR / QUESTIONÁRIOS 1
e 2 estão apresentados nos Quadros n9s 12 a 16.
A configuração destes Quadros, teve por objetiv~
nao apenas a visualização dos informes obtidos pelo preen
chimento dos questionários, mas também e principalmente, a
combinação e comparação dos dados fornecidos pelos três pr~
fessores, visando uma melhor análise apreciativa.
€" -
, I! 1 ~ ,
I I I
I I ! i I I
I I
I 1
I 1
1 ~
Identificação
Sexo'
Idade (anos)
Estado Civil
Masc. Filhos
Fem.
Composição familiar
Identificação infantil Por que?
PROFESSOR - QUADRO N9 12 -
r Professor X t Professor Y
Masculino Masculino
- 31
Casado Casado
1 1
1 1
Pai, mae e P~i, ma~, ir-irmã mao, irma, avó,
primos e tios
Irmã Mãe
- Provavelmente pelo -maior tempo de con-tato, _ com as demons tr ações de amor, cari -nho e preocu--paçao.
67
r Professor Z
. Femitlino .
35
Casada
1
2
Pai, mae e três irmãs
Nenhum fami-1iar em esp~ cial. Havia .. -uma integra--çao por igual, sem desta-ques para de terminada fI -gura.
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PROFESSOR
x
Instrução paterna Colegial canpleto
Instrução materna Ginasial oampleto
NÚIrero de livros existen- De 200 a 500 tes em casa
Leitura de jornal Quase diária
Lazer (Férias) Fico em casa de parerr-tes ou amigos que m0-raro fora.
rCl.1rsos livres Não
Literatura em geral Sim
~
QUADRO N9 13
y
Primário completo
Ginasial oampleto
Até 20 livros
Quase diária
Fico em casa de paren-tes ou amigos que mo-raro fora •.
Não
Não
Z
Primário oampleto
Primário inoampleto
De 100 a 200
Todos os daningos
Fico em casa descansando; lendo i vendo televisão. Indo à praia e ao cinema.
Não
Não
m (X)
Identificação
Auto-Defini Pessoa
çao
Professor
opção pelo magistério
Tempo de magistério
Outra atividade conco mitante
PROFESSOR - QUADRO H9 14
Professor X
Interessado em dar aula e bastante preo cupado com a capta= ção por parte do alu no.
Interesse em pesquisa.
Seis anos
Não
Professor Y
Simples, humano, desprovido de inveja.
Pessoa preocupada em transmitir e estimular a busca de conhecimentos de um modo compreenslvel e atualizado.
Pela facllidade de co municação pessoal, e de transmissão de idéias de forma reduzida e inteliglvel.
Sete anos
Não
c
Professor Z
Realista, calma,indulg~nte, tlmida em deter minadas situações.
Regular; procurando acertar e compensar de-"ficiências, devidas à falta de formação espe clfica para o magisté= rio.
Não escolhi. Foi contingência natural devi do a meu interesse em Virologia.
Oito anos
Sim. Pesquisadora e aluna de Doutorado.
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Professor
MObilizacão emocional _da
Participação dos. alunos·. na aula.
Def inição emocional tunna.
da
PROFESSOR
X
Tal vez tenha :sido maior
Perguntavam muito.
Tunna boa sem maiores Pr.2 blernas.
QUADRO N9 lS
y
Foi naior na aula sobre Neis
tados, ·retanavam ·a atenção' da aula.
Perguntavam mui to.
Na maioria, bastante estáveis e enquadrados no curso que faziam. A inquietude e irreverência quando' surgiam não tinha sentido agressivo, sendo nonnal na faixa etária da tunna.
Z
Foi maior na i.noculacão
Perguntavam muito
Turrra irrequieta, s~ tica, receptiva.
Definição intelectual da tunna.
Tunna boa. Pode-se notar urra. certa . va~ Tunna boa. riação mas em geral com a
1
I maioria dentro de uma escala . média e os extremos alto e I •
L b~xo, I?resentes nurra. propoE. çao eqw. valente.
* N~~~a go»o~eal - Bactéria que determina a Gonorréia, doença transmitida por contato sexual.
** Prova realizada em Virologia, para evidenciar a multiplicação de vírus coxsackie em camundongos. f feita atraves de inoculação (injeção profunda) em camundongos recém-natos.
O
''''"''l-,''''"'",~""~, .. ..,".-".,.....,~.'''''\,, ... 1''''''''.,..,.~_, ... ~,...,,,.,~'~"'_ .. I<I_.."_~_~, __ ~~.~.,,._._ .. M."'~"l'IlI' .. ' _______ _
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PROFESSOR - QUADRO N9 16
Professor I X Y Z
Identificação naninal de 50% dos alunos.
Fonnas de tratamento do aluno para can o pr0fes- , soro
Significação do Professor para can os alunos.
Definição do Aluno IdeaL
Figura de admiração.
Não.
Nane próprio.
Um contato inicial can a Microbiologia e o uso prã tico do metabolismo bacte riano.
Interessado na aula e.que pergunta muito.
Zorba, o grego.
~
Sim.
Mestre, Professor.
Antes de tudo um orientador para a irrportância da Microbiologia Médica dentro do currículo da Medicina.
Participante, exigente,an sioso e até contestador~ desde que tenha sempre co mo objetivo a concretiza= ção de um ideal definido.
Minha avó.
__ .... _.~-.-"'''''....,...." ...... "~.,. ..... ,'''"'.-.-''',.,~-------~".P .Q~, "'i I 1I~,~~.~~ ... _a' _______________ ·
Não.
Nane próprio, mestre, professor.
Urra pessoa que deu algumas infonna~s novas.
Aluno cooperativo, aquele que participa da aula de maneira positiva, ou seja, não aceita. paSSivarrentei pergunta, discute, mas de maneira organizada, sem tu ruI tuar cem atitudes agres sivas.
Prof. Paulo de Gées.
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I 1
I 1
3.2. Observação
3.2.1. Local~zação e Fo~mação de G~upo~ de Aluno~ na Sala de Aula de Aco~do com o Sexo
A localização dos alunos, bem como a formação de
grupos de trabalho, no laboratório de aulas práticas estão
evidenc~ados nos Gráficos 1, 2 e 3.
O critério adotado para a construção de cada um
desses gráficos foi de agrupar cada unidade (l~ unidade:
da la - 8~ aula; 2~ unidade: da 9~ - 19~ aula; 3~ unidade: • a a
da 19~ à 24~ aula) , separadamente, uma vez que o Professor,
fator dispersante ou aglutinante dos alunos em sala, va-
r~Qu cQnforme a un~dade observada.
Estes gráficos também permitem observar ambos os
fenômenos nas duas fases distintas das aulas práticas: -a
esquerda está mostrada a localização dos alunos e a forma
ção de grupos durante a Ap~e~en,tação teórica do professor;
à direita, na Execução da prática.
Legenda para a Interpretação dos Gráficos 1, 2 e 3:
Ô Aluno Homem
~ Aluno Mulher
c===J Bancada de execução do assunto prático, também
utilizado como mesa pelos alunos, a fim de rea
lizar anotações, na Ap~e~entação. A sala é com
posta de 3 bancadas paralelas entre si. Nos grª
ficos, a disposição da mesa do professor e cen
tral e à frente das bancadas.
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Apresentação Execução
a 5. Aula
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G R A F I C O 2
2a . UNIDADE
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G R A F I C O 3
3~ UNIDADE
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INTERPRETAÇÃO DOS DADOS APRESENTADOS
NOS GRÂFICOS N9s 1, 2 E 3
a 1. UNIDADE (Aulas de n9s 1 a 8)
a) Apresentação:
85
tendência das mulheres, na sua maioria, sentarem-se
na primeira fila;
tendência dos homens, na sua maioria, sentarem na se
gunda fila;
a última fila, quando é ocupada, é feita quase sempre
por homens;
tendência dos homens que sentam na primeira fila, se~
pre o fazerem na extremidade esquerda, mantendo-se a
integridade do bloco feminino;
na segunda fila, tendência à formação de um bloco mas
culino;
faltas proporcionais entre homens e mulheres; o núme
ro total foi equivalente (9 mulheres/lO homens).
b) Execução (solicitação de grupos de dois alunos):
há mais grupos femininos do que masculinos;
são poucos e constantes os grupos hetero-sexuais de
dois alunos;
na Unidade, flutua o número de alunos, de ambos os
sexos que fazem sós a sua execução.
:- 3
86
a 2. UNIDADE (Aulas de n9s 9 a 19)
a) Apresentação:
manteve-se a tendência das mulheres sentarem-se em
maior número na primeira fila;
manteve-se a tendência dos homens sentarem-se em maior
número na segunda fila;
manteve-se a tendência da última fila· ser
principalmente por homens;
ocupada
tendência dos homens ocuparem as e~tremidades da pri
meira fila;
na segunda fila, predominância de homens, nao havendo
formação de bloco íntegro masculi.no;
predominância de faltas pelos homens, quer no cômputo
total, quer no cômputo diário;
- -o numero de faltas nesta Unidade foi superior as ou-
tras (22 mulheres/28 homens) •
b) Execução:
nas duas primeiras aulas o número de grupos de mulhe
res se mantém; na terceira aula (novo professor), não
houve grupo feminino, isto é, a execução foi indivi
dual e só na quarta aula é que as mulheres se reagru-
- maior anterior; param e em numero que o
o grupo masculino manteve-se;
diminuiu o número de grupos hetero-sexuais;
aumentou - de mulheres sozinhas; o numero
na déCima-quarta aula, quando a prática nao pedia a
formação de grupo, mas apenas observação individual
de uma lâmina no microscópio, praticamente houve uma
completa separação por sexo, junto aos microscópios.
87
a 3. UNIDADE (Aulas de n9s 19 a 24)
a) Apresentação:
no cômputo total, as mulheres faltaram em maior núme
ro (16 mu1heres/12 homens); no cômputo diário, as fal
tas foram proporcionais entre homens e mulheres, exc~
to na última aula, quando as faltas foram exclusiva
mente femininas;
na primeira fila, manteve-se o bloco feminino e os ho
mens ocupando as extremidades;
na segunda fila, tendência à formação de blocos mascu
lino e feminino;
a última fila foi sempre ocupada por um número reduzi
do de homens.
b) Execução (solicitação de grupos de quatro alunos):
redução de grupos femininos;
mantêm-se os grupos masculinos;
mantêm-se os grupos hetero-sexuais;
diminui o número de homens e mulheres que
isoladamente.
trabalham
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88
3.3.2. A~pee{o~ da Comun~eação em Sala de Aula
Para melhor avaliação da dinâmica das interações
pessoais, foram observadas atitudes e fatos objetivos de
comunicação entre professor e alunos, alunos entre si, e
alunos com o professor.
Estas observações foram agrupadas por aula, con
forme cada urna das três unidades estudadas, evidenciando
se a presença do Professor X, Y ou z.
Em primeiro lugar estão arroladas as verifica-
çoes relativas ao professor. Sequencialmente, estão descri
tas as observações concernentes aos alunos.
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89
l~ UNI D A D E
P R O F E S S O R X
a. 1. Au..t.a.:
O professor entra na sala, nao cumprimenta a turma, nao
se apresenta e aborda diretamente o assunto da aula do
dia, começando quase que imediatamente a argllir a turma.
Professor no final da aula, senta-se isolado e assim per
manece, apesar de metade da turma ainda estar dentro da
sala.
2~ Au..t.a.:
Professor questiona os alunos, que respondem com mais
firmeza e segurança que no dia anterior (l~ aula).
Professor senta-se e fica isolado, enquanto os alunos de
senvolvem as provas práticas; quando solicitado, levan
ta-se e atende o aluno.
- Professor só se aproxima dos alunos quando solicitado.
3~ Au..t.a.:
Docente impaciente com a situação criada por uma reivin
dicação feita pelo aluno 13.
Docente senta-se, enquanto os alunos desenvolvem a prát!
ca e só dá explicações ou levanta-se quando é chamado ou
inquirido.
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90
a 4. A u.la :
Professor X nao pode comparecer para ministrar sua aula;
nao se justifica anteriormente aos alunos.
Vem substitui-lo uma professora que ao chegar, cumprimen
ta os alunos, apresenta-se e passa a falar sobre o que
deveria ser executado na aula.
A professora esclarece dúvidas quando questionada, e cir
cuIa em toda a sala, procurando ver se está tudo bem com
os alunos.
a 5. Au.la:
Professor X inicia imediatamente as explicações sobre a
aula, indagando e esclarecendo dúvidas, como de hábito.
Não é feito nenhum comentário sobre a aula anterior, mi
nistrada por outra professora.
Professor senta-se, e levanta-se quando chamado
alunos para esclarecer dúvidas.
pelos
a 6. Aula:
Professor nao senta-se, é muito atencioso com os alunos,
procurando esclarecê-los, espontaneamente, independente
de solicitação.
a 7. Au.la:
o professor, a uma determinada pergunta, diz que ~
nao e
médico, e portanto a pessoa mais adequada para responder.
Professor vai aos grupos, independente de ser solicita
do. Senta-se quase no final da aula.
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91
a 8. Aula:
o professor demonstra estar sinceramente penalizado por
não encontrar mais os alunos na sala de aula.
Tal desencontro foi motivado por uma reunião extraordiná
ria dos alunos com a Diretoria da Faculdade de Medicina.
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92
2~ UNI D A D E
P R O F E S S O R Y
a. 9. Aula.:
o professor Y fez uma troca com uma professora substitu
ta (W): ele daria uma aula teórica para ela e em troca,
ela daria as duas primeiras aulas práticas da Unidade p~
ra ele.
A professora W chega na sala, nao se apresenta, nao ex-
plica a troca, nao cumprimenta a turma, iniciando de ime
diato a orientação para a execução da prática.
A professora corre os grupos, atendendo os chamados e in
dagando se está tudo bem quanto à execução.
r o~ Aula.:
Ainda hoje é a professora W quem dá a aula.
A professora cobra os jalecos, de uso obrigatóri~ da tUE
mai quem nao o trouxe ela pede para não fazer a prática,
isto é, apenas ficar olhando.
Durante a realização da prática os alunos 13, 4 e 5 cha
mam a professora e ela os atende, ficando junto a eles
mais tempo do que com outros alunos.
a. 11. Aula.:
Hoje, inicia o professor Y, efetivamente.
Apresenta-se, justifica a troca efetuada com a professo
ra W, e se põe à disposição dos alunos.
o professor, a propósito de justificar a importância dos
exames de laboratório, disse que tinha filhos, e que os
levava ao Pediatra rotineiramente.
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93
As explicações dadas pelo professor sao bem práticas e
objetivas, ligadas à realidade profissional e ele justi
fica os fatos microbiológicos de uma maneira bem lógica.
o professor demonstra muita naturalidade e espontaneida
de de locomoção entre os alunos e na sala de aula.
Professor circula entre os alunos, explicando, esclare
cendo dúvidas e corrigindo atos, porventura não adequa
dos à execuçao.
a. 12. Auia.:
Professor atento aos alunos, corrigindo, esclarecendo e
tirando dúvidas.
No final da aula o professor deseja uma boa prova aos
alunos (eles vão ter à tarde, prova de outra disciplina)
e disse que no dia seguinte é que teria o prazer de 'co
nhecer toda a turma.
o professor é muito atencioso para com os alunos.
13~ Au.l.a.:
o professor conversa informalmente com os alunos antes
de começar a aula.
a. 1 4. A uia. :
Urna aluna, que veio à aula pela primeira vez nesta 2~ Unidade, após as explicações foi se apresentar ao profes
sor que disse: fI_ Você é que é a (nome)? Muito prazer. fI
Conversam um pouco e ~arcam para tirar dúvidas no labora
tório do professor, em horário fora da aula.
a. 1 5. A uia. :
Os assuntos da aula de hoje são urinocultura e a bacté
ria causadora da lepra. Os alunos demonstram e transmi
tem emoção com relação aos ternas.
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94
a. 16. Aula.:
Quando o professor chega, brinca com os alunos que, con
versaram durante a aula teórica (foi ele quem a minis
trou) •
o professor corre o grupo explicando, corrigindo e escla
recendo.
17~ Aula.:
o Professor Y substituído pela professora V.
Professora V apresenta-se aos alunos e justifica sua pre
sença lá.
Professora V, durante a realização da prática, fica cir
culando entre os grupos, esclarecendo dúvidas.
18~ Aula:
Professor Y nao justifica sua falta na aula anterior.
Antes do início da aula conversa com alguns alunos.
Alunos muito atentos porque o assunto de hoje é Trepone
ma (agente causal da doença sífilis).
Professor Y despede-se dos alunos desejando-lhes boa-sor
te.
Para os alunos que ficam por último, o professor conta
que havia faltado na véspera porque os filhos estavam
doentes.
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3~ UNI D A D E
P R O F E S S O R Z
1 9~ Aula:
Foi a professora Z quem deu a aula teórica de hoje.
Ao chegar, não se apresentou aos alunos, apenas esclare
ceu seus títulos de Mestrado e Doutorado em Microbiolo
gia, e atualmente, em estudos sobre o vírus da poliomieli
te.
Ela é muito tranquila no lidar com a turma, usando um tom
afável e cordial.
A professora questiona muito os alunos, solicita, indaga
e eles respondem a esta solicitação.
20~ Aula:
A professora Z questiona muito os alunos e eles ficam
atentos, interessados; respondem, mas vez por outra, há
um certo murmúrio na sala.
a. 21. Aula.:
- A professora circula muito entre os grupos.
2 2~ Aula:
A professora Z como sempre, indaga, inquire e os alunos
estão sempre muito atentos.
23~ Au.la:
A professora conversa um pouco com as alunas da primeira
fila antes de iniciar a aula.
A professora dá muita atenção à aluna 16; chega a ser ma
ternal em sua atitude.
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96
24~ Aula (última aula) :
A professora coloca-se à disposição dos alunos para qual
quer orientação futura, dá o endereço de seu laboratório
e despede-se da turma.
97
A L UNO S
1~ Aula:
As perguntas realizadas pelos alunos sao esparsas e fei
tas em tom tímido.
Os alunos vão saindo da sala à medida que terminam de
realizar a experiência.
O aluno que trabalha só, na última bancada, oferece-se
para ajudar a aluna que também está só, na mesma fila, e
ensina-a, abraçando-ai a outra aluna que está só na pri
meira fila, fica junto para observar.
Uma aluna pergunta ao professor o seu nome.
O professor é solicitado pelos alunos, que se ajudam e
trocam explicações entre si.
Três alunas juntam-se para conversar com o professor, na
frente.
Uma dessas alunas chama-o para ensiná-la no seu lugar.
Ele vai, senta-se e fica lái juntam-se a eles, três ou
tras alunas.
A aluna 14, após ter terminado sua experiência, fica sen
tada, próxima ao professor, olhando-o.
Cinco alunas ajudam o professor a colocar o material pr~
parado pelos alunos na estufa (placas de Petri semea
das) •
a 2. Aula:
Alunos fazendo perguntas com mais naturalidade.
Alunos conversando entre si, trocando explicações sobre
pontos da aula.
98
Alunos muito atentos às explicações da execuçao da prát!
ca, procurando o professor para esclarecer dúvidas sobre
a aula anterior.
a 3. Aula:
Alunos atentos, esclarecendo dúvidas com o professor,
conversando pouco entre si, respondendo às questões pro
postas pelo professor.
Em meio às explicações, a turma começa a ficar impacien
te, conversando muito entre si, falando todos ao mesmo
tempo.
Finda a apresentação e explicação da prática, o aluno 1~
que é gago, levanta a questão da não validade do profes
sor proceder à leitura do roteiro de aulas práticas,arg~
mentando que as outras turmas terminam a aula bem mais
cedo, e a aula poderia ser bem mais rápida sem tal 1eitu
ra.
O professor faz suas justificativas para tal procedimen
to. Alguns alunos contra-argumentam com o aluno 13, e o
professor efetua uma votação para decidir como agir dali
para diante, quanto a este ponto.
Resultado da votação: vai-se continuar a leitura do ro
teiro de aulas práticas.
Todos os grupos partilham entre si suas lâminas e os re
sultados obtidos.
Após o término da aula, ficam cinco alunas e o aluno 1
vendo lâminas com o professor.
4~ Aula:
Os alunos demonstram muita emoçao com relação ao cresci
mento de colônias bacterianas semeadas por eles em Pla
cas de Petri.
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Alunos partilhando os resultados obtidos entre si: todos
vêem o de todos e se ajudam de uma maneira geral, inde
pendente dos pequenos grupos de prática estabelecidos em
cada aula.
o aluno 2 fica por último, pedindo explicações e ajudan
do a arrumar a sala.
a. S. Aula.:
A aluna 16 demonstra dificuldades em manipular o instru
mental de laboratório da Microbiologia.
o professor faz uma pergunta e o aluno 2 responde; soli
cita então a este aluno que vá ao quadro-negro desenhar
o que seria a sua resposta. Há, neste momento, um murmú
rio e um certo movimento de recuo da turma.
Um aluno, no final da aula, tenta entabolar conversa com
o professor, porém esta não acontece.
6~ Aula.:
Novamente os alunos demonstram muita emotividade, satis
fação e euforia pelo bom resultado de seus testes.
Os alunos partilham o resultado obtido dos testes entre
si.
a. 7. Aula.:
O assunto é antibiograma e os alunos chegam da aula teó
rica, altamente motivados, fazendo muitas perguntas.
Os alunos demonstram muita satisfação quando, ao revela
rem os testes inoculados na aula anterior, obtém o efei
to esperado.
O aluno 2 é um pouco desligado da turma, isto é,
versa muito com os demais alunos.
-nao con
100
a. 8. Aula.:
Os alunos chegam antes da hora da aula, primeiro que o
professor.
Os alunos demonstram decepção pelo fato do professor nao
estar na sala e demorar muito para chegar. Afirmam senti
rem-se "abandonados".
Com o passar do tempo, os alunos vao aos poucos saindo,
e quando o professor chega, restam na sala, apenas qua
tro alunos.
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101
A L UNO S
a 9. Aula:
o aluno 13, que estava no fundo da sala faz observações
em baixo tom, não muito claras, que incomodam a profess~
ra.
o aluno 13, chama a professora gritando.
Alunos altamente motivados para identificar os microrga
nismos de sua oro-faringe e verem o microrganismo dos co
legas.
a 10. Aula:
Alunos muito atentos às explicações.
Aluno 13 fazendo perguntas num tom menos agressivo que o
da aula anterior.
Alunos esclarecendo dúvidas com naturalidade.
Aluno 13 fazendo comentários com o aluno 4, quase que o
tempo todo. Professora W chama a atenção deles e eles
reagem reclamando. Algumas alunas da turma, apoiam a pro
fessora e mandam que eles fiquem quietos.
Quase todos os alunos que estão sem jaleco, saem da'sala
para conseguir um.
Apenas dois alunos nao trabalham por falta de jaleco.
11~ Aula
o professor avisa que a prática será rápida, e a aluna
15, que nunca havia feito uma pergunta, fala ao profes
sor, pedindo para fazê-la com calma.
- Alunos atentos, participantes.
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102
Apesar das explicações serem demoradas, os alunos nao
dão mostras ,de impaciência.
o aluno 2 conversa e executa a prática com a aluna 16.
Tem entrado na sala, uma média de três rapazes por aula
para falarem com a aluna 12.
Professora conversa com aluno 20 sobre mercado profissi~
nal em cidades do interior.
1 2~ Au.la.:
A aluna 15, que quase nao fala durante as aulas, faz pe~
guntas e está muito sorridente.
A aluna 3, no final da aula, olha muito fixamente para o
Professor e faz comentários em voz baixa com sua colega
e par constante, a aluna 12. Pergunta o nome do Profes
sor, ele responde, e ela fala, em tom baixo, para si mes
ma: lI(nome), o nome de meu pai ••• 1I
Ao sair, os alunos falam: 11 Tchau, (nome) 117 dirigindo-se
ao Professor.'
13~ Aula.:
Alunos em geral muito atentos durante as explicações do
professor.
A aluna 8, faz uma pergunta enquanto o professor está fa
lando. Quando ele termina o que estava dizendo fala:
11 ~ Diga (nome)lI; ela perguntou, ele respondeu e tornou
a falar, dirigindo-se para a aluna 16: 11 - (nome} você
ia falar alguma coisa?1I e ela respondeu: 11- Não, não ll•
14~ Au.la.:
A aluna 15, que pouco falava em aula, conversa com o pr~
fessor antes do inicio da aula. Ela está com os olhos
brilhantes e muito sorridente.
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~103
o aluno 20 se aproxima, com mais freqfiência de outros
alunos para realizar as práticas, do que das alunas.
o aluno 2 não conversa com ninguém da turma, e sistemati
camente tem feito suas práticas só.
Os alunos 4, 5 e 13 fazem a prática com muita rapidez,
sendo sistematicamente os. primeiros a sairem da sala.
A aluna 16 relaciona-se com a turma por atitudes que de
notam fragilidade física, um pouco infantil.
15~ Aula:
A aluna 15 está falante, inclusive com os alunos da tur
ma, o que nao ocorria anteriormente.
Os alunos 5 e 13 vao embora e o 4 fica.
A aluna 6 demonstra muita emoçao ao dirigir-se ao profes
soro
A aluna 15, no final da aula está tão excitada, que fala
aos berros com os colegas.
16~ Aula:
O professor pergunta ao aluno 5 se ele havia trazido ja
leco e todos ficam muito espantados, porque ele trouxe.
A aluna 18 trata os alunos da turma como se fossem meni-
nos.
A aluna 3 é um pouco dengosa para chamar o professor.
Ela agora conversa mais com as outras alunas da turma;
muitas vezes, a aluna 12, seu par constante, vai embora
e ela fica.
17~ Aula:
Turma atenta de um modo geral, mas as alunas 3 e 12 e os
pares de alunos 4 e 5 e 11 e 22 conversam em voz baixa.
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Alunos pouco expansivos e perguntando muito pouco, corno
se houvessem perdido a naturalidade e a espontaneidade.
As alunas 3 e 12 saem tão logo terminam sua execuçao.
Os alunos em geral nao se demoram após a execuçao de
suas práticas.
18~ Aula.:
O aluno 4 ao sair, cumprimenta o professor,
sua mao e diz: "- Tchau".
apertando
Ficam por último, conversando com o professor, os alunos
12, 1, 19 e 15.
A L ,U NOS
19~ Aula:
Aluno 20, fica em sala com uma expressa0 de muita abstra
ção e nao faz nenhuma anotação.
Quando os alunos 4, 5 e 13, fazem alguma pergunta, há uma
certa expressão de desafio em seu questionamento.
A professora avisa em tom de brincadeira que iria separar
0"Trio"(4, 5 e 13), porque eles estão se prejudicando e
prejudicando a Turma por conversarem muito. Na mesma hora
o aluno 13 levanta-se e vai sentar-se na primeira fila. A
Turma toda olha para eles brincando, fingindo raiva.
20~ Aula:
Como a prática de hoje envolve camundongos e há três gaio
las com eles, os alunos estão um pouco excitados. Com a
explicação da prática, eles tomam conhecimento que deve
rão inoculá-los com vírus e ficam com pena dos camundon
gos.
o aluno 2 sai da sala e a aluna 7 informa que foi por cau
sa da inoculação, que ele não queria ver tal cena.
Os alunos estão altamente mobilizados emocionalmente.
Apenas fazem a inoculação os alunos 3, 1, 6 e 17.
21~ Aula:
A Turma hoje, no início da aula está um pouco passiva, po
rém pouco à pouco os alunos ficam mais animados.
O aluno 1 contesta um pouco a professora.
O aluno 2 está muito abstraído.
- Os grupos se ajudam muito entre si.
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a. 22. Aula.:
Os alunos vao logo ver como estão os camundongos. Ficam
muito sensibilizados com o fato da mae comer o filhote,
quando este fica doente ou morre.
A aluna 16, de uma maneira geral não chama o docente pe
lo nome próprio, mas "professora", com um acento um pou
co infantil.
O aluno 13 está muito educado no seu modo de esclarecer
uma dúvida.
Hoje, alguns alunos ficaram até o final da aula, conver
sando entre si e com a professora, inclusive o aluno 13.
23~ Aula.:
O aluno 4, antes do inicio da aula está envolvidíssimo
cornos camundongos, tanto que sentou-se na última banca
da, onde ficam as gaiolas.
A aula de hoje é de inoculação em ôvo embrionado e o alu
no 2 retirou-se informando que o fazia para não vomitar
por causa do cheiro.
a. 24. Aula.:
Alunos, como de hábito, muito atentos, respondendo
questões propostas pela professora.
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O aluno 13, solicita explicações individuais com a pro
fessora.
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C A P ! T U L O IV
D I S CUS SÃO
4.1. An~lise CrItica
Os resultados obtidos neste trabalho, foram con-
sequªnc1a do emprego de urna metodologia desenvolvida espe-
cificamente para observar durante um semestre letivo (15
semanasl o curso de Microbiologia, regularmente ministrado
à Faculdade de Medicina. A dinâmica das inter-relações dos
alunos entre si, a postura dos professores, a interação
professor-aluno e por último, as caracterIsticas institu-
cionais, nos possibilitaram a formulação de um fluxo de i~
terações (Figura 1), onde se define a existincia de um "es
paço educacional".
Os dados coletados nesta pesquisa nao possibili-
tam urna generalização das conclusões para professores e a-
lunos do ensino superior, e sim, inferem reflexõe$ quanto
à população da amostra estudada.
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108
- FIG. 1 -
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Fatores Bio-Psico-SociojAmbientais
PROFESSOR
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Fatores Bio-Psico-SociojAmbientais
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?aseando-se na Figura 1, observamos que tanto 9
~rofessor quanto o aluno, sofrem, como "pessoas integrais",
a influência de fatores bio-psico-socio/ambientais, os quais,
assim podem ser analisados:
1) Fatores Biológicos ou Constitucionais:
- He~ed~tã~~o~: constituem a herança,que é tran~
mitida através de processos genéticos. Esses processos "l~
gam" as características da espécie e dos ascendentes fami-
liares.
Congên~to~: sao adquiridos na vida intra-uter!
na. Pode, agir sobre as características genéticas, altera~
do-as. Podem ser determinados por agentes mecânicos quími-
cos, nutricionais, infecciosos e outros.
- Adqu~~~do~: sao determinados diretamente pela
interação física com o meio-ambiente após o nascimento.
2) Fatores Psíquicos
o Homem nasce, tendo herdado três emoçoes bãsi-
cas de sua espécie: o medo (angústia), o ódio (agressivid~
de) e o amor (erotismo).
Sua primeira relação com o mundo, e através de
sua mae. E esta vivência é fundamental para o seu futuro
relacionamento com as outras pessoas.
A adaptação ao mundo extra-uterino é necessaria-
mente lenta, gradativa, contendo um certo grau de ansieda-
de. Tal adaptação é um processo que não se completa, pois
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o meio nunca se estabiliza, e em consequência, suas solici
tações não cessam. A vida é pois, algo que não pára, que
tem sua dinâmica em uma permanente auto-regulação.
Em perestrello (1982) vemos que:
II -. - - • o Od10, geralmente, nao e puro, mas se m1~ tura às outras duas emoções básicas em .maior ou menor escala, do mesmo modo que estas tambem não se apresentam isoladas. Rá, sim, predominância de uma dessas emoções, em relação às demais. Mas essa predominância e importante, porque norteará o desenvolvimen to da criança que poderá ser predominante~ mente em termos de ódio ou predominantemente em termos de amor. Suas emoções ainda quando mitigadas, sob a forma de sentimentos suaves, estão sempre presentes."(28)
"A criança vai estruturando sua personalida de, a maneira de ser de seus sentimentos: pensamentos e conduta, a maneira de ser de suas funções, de seus órgãos, seus tecidos, e n f i m , nos e n t i dom a i s a m p 1 o d a p a 1 a v r a, seu funcionamento, o qual terá uma direção e mo dos peculiares de reagir, um comportamento tanto externo como visceral que-ee:t;a seu."(29)
E assim, irá interagindo com o meio-ambiente, i~
corporando a cada dia, novas estruturas a este modelo bási
co individual que permanecerá.
Kaplan e Sadock (1984) definem a adolescência,
"como o estágio de vida que começa com a pu berdade e termina no momento em que a pes~ soa se torna independente dos pais, tendo obtido um grau razoável de congruência psicológica."(30)
Erikson (1972) considera que a adolescência tem
como encargo principal, o estabelecimento da identidade do
jovem, podendo buscá-la através das seguintes tarefas:
19) aquisição de uma autonomia comportamental e emocional;
29) afastamento dos adultos, principalmente dos pais; 39)
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envolvimento com amigos e colegas, formando grupos ou tur-
mas; 49) sensibilidade receptiva para com diferentes e no-
vas filosofias de vida; 59) participação nas atividades p~
llticas do paIs; e 69) uso de tóxicos. Uma das mais impor-
tantes atitudes que influenciam a formação da identidade é
a escolha profissional. Para Erikson, é
cia
lia incapacidade para decidir uma identidade ocupacional, o que mais perturba os jovens. "(31)
Derek Miller (1981), considera que a adolesc~n-
!'caracteriza-se pelo recrudescimento de con flito com o eu e o mundo exterior, e por um elevado potencial de crescimento físico, in telectual e emocional. "(32)
Este conflito em geral, exterioriza-se em nosso
meio cultural, por atitudes de ensimesrna.m=ntos·, alternadas por
outras de audácia, timidez, impetuosidade, desinteresse ou
apatia.
~ preciso que o adolescente separe-se de seus
am~gos de infância e muitas vezes, até fisicamente de seus
pais e irmãos. ~ preciso que ele abra mão de condutas esta
belecidas e papéis claramente definidos, através principa~
mente do processo escolar, por um novo padrão de atitudes,
no qual ele será o responsável por si mesmo e por suas at~
tudes, devendo tomar decisões, e assumir responsabilidade
por seus atos.
Este momento é para o jovem, marcado por uma fo~
te dose de ansiedade, porque a possibilidade de ter que t~
mar decisões, o assusta muito. Ele se v~ diante de possibi
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lidades excessivas e opçoes para ele conflitantes.
Enfim, este período que se inicia com um forte
desejo de ser,
"emocionalmente independente e, sexualmente ativo, termina com a realização da identifi cação sexual, uma escolha de profissão e um lugar ao sol na sociedade."(33)
A grande força da presença da adolescência na so
ciedade é assim sintetizada por Erikson (1972):
lia adolescência ê, pois, um regenerador vital no processo de evolução social, pois a juventude pode oferecer suas lealdades e energias tanto ã conservaçao daquilo q~e continua achando verdadeiro como ã correçao revolucionária do que perder o seu significado regenerador."(34)
Em função de mudanças histórico-sociais, a reali
zaçao de um curso de formação profissional superior, pas-
sou a ser uma necessidade para a obtenção de um emprego me
lhor remunerado e mais prestigiado. Estendeu-se por esta
razão, o período da adolescência além da tradicional idade
de 18 anos (Kaplan, 1984; Sears, 1981; e Erikson, 1972),
pois o jovem, empenhado em cursar uma Faculdade, em geral
nao tem tempo disponível para desempenhar um trabalho que
lhe forneça subsídios financeiros possibilitando-o viver
independente dos recursos dos pais. ~ como se a sociedade
lhe concedesse uma moratória de sua adolescência, aceitan-
do a sua prorrogação até o final de seus estudos superio
res. O jovem já é adulto biologicamente, mas nao socialmen
te, e em função desta contenção social, com frequênci~ ai~
da permanecem conflitos psicológicos, principalmente os de
natureza familiar.
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113
Ser adul t,o jovem, segundo Harry Guntrip (1981) ,
consiste no estabelecimento do indivíduo numa posição pró
pria, que ,acarreta a independência econômica e domiciliar
dos pais. Em geral, coincide tal independência com o casa-
mento, a maternidade/paternidade e o assumir uma profissão.
Muitas vezes, durante o curso superior, o aluno
casa-se, torna-se pai ou mãe, adota um emprego, enquanto
aguarda, pela conclusão do curso, poder assumir a profis-
são escolhida, ou então permanece, apesar de já ter uma fa
mília própria, sendo dependente economicamente dos pais.
Também é frequente que o jovem, através de estágios ou ou-
tras situações trabalhistas provisórias, torne-se indepen-
dente economicamente dos pais.
Enfim, há um grau muito grande de possibilidades
econômicas e psicológicas para os jovens estudantes de cur
sos superiores. Tal variedade de possibilidades, gera uma
correspondente heterogeneidade de condutas, posturas e ati
tudes nas classes do ensino superior.
No início da vida adulta, o problema fundamental
consiste na independência econômica, física e principalme~
te emocional dos pais. De acordo com Harry Guntrip (1981),
IIUm dos sutis problemas psicológicos dos adultos jovens e que os vínculos emocionais com os pais persistem no inconsciente muito depois de ter sido realizada a independência econômica e domestica. Se for negado o reconhecimento completo de tais vínculos,es tes poderão forçar sua expressão em formas disfarçadas e neuróticas. Isso, de fato,con tinua ocorrendo nos seres humanos ate ao fim da vida. A persistência inconsciente dos padrões originais de relacionamento pais-filhos desempenha um papel importante
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114
na formação de todas as espec~es de relações humanas em todas as idades, mas em ne nhuma e mais importante que entre os 18 e 30 anos, quando se estabelecem as mais sig nificativas e momentosas relações - no ca samento, na condição de pai ou mãe e, em alguns casos, os compromissos profissionais e os negócios.nOS)
Um segundo momento da vida adulta é caracteriza
do por uma maior experiência profissional, estabilidade
de emprego e desenvolvimento da vida conjugal. Segundo H.
v. Di~s (198l)~.
"as dificuldades emocionais típicas dessa fase podem ser abrangidas pela palavra desilusão - consigo mesmo, com o trabalho, o casamento ou a vida em geral. n(36)
Tal desilusão seria o confronto entre as expec-
tativas e idealização da adolescência e juventude e a rea
lidade do quotidiano.
Pode-se perceber nesta fase, em algumas pessoas,
uma insegurança emocional, que pode ser resultante de vin
culos profundos e por resolver, que ligam a pessoa a um
conflito antigo com as figuras paterna e/ou materna que
determinavam medo ou cólera. Este conflito pode então vir
à tona, sendo deslocado para figuras significativas do
presente.
Nota-se neste momento vital, que apesar da est~
bilidade do emprego, a melhora de renda financeira e da
qualidade de vida, poucas pessoas se sentem realizadcts em
suas funções ou profissões. Porém este, pode ser o perio-
do de maior produtividade emocional e profissional das
pessoas que conseguem amadurecer e sentirem-se satisfei-
1.1.:>
tas consigo mesmas, e vêem que os seus horizontes de vida
ampliam-se cada vez mais.
A meia-idade, que no conceito de Sears (198f) com
preende as idades de 42 a 60 anos é o período em que, de
acordo com H.V.Dicks (1981),
"as doenças de natureza depressiva mostram uma crescente incidência em ambos os sexos, o alcoolismo ganha raizes, 'os dist~rbios causados' pela tensio, como a doença das coronárias, fazem um maior número de vitimas, e também se eleva a vulnerabilidade às enfermidades fisicas e aos processos de envelhecimento. Esses conhecidos riscos da meia~ idade acarretam um aumento da ansiedade Q
das preocupações com a saúde e o começo da consciência da morte - dai, talvez, um maior interesse, também, pela religiio e a filoso fia, e .as consolações que possam oferecer. "(37f"
Para a maioria das pessoas, este pode ser, um p~
ríodo muito feliz e agradavelmente ocupado, produzindo o
desabrochar da maturidade social e pessoal definidas como
sabedoria.
Dicks (1981) propoe a resignação como desafio
pr6prio desta fase. Esta seria o "abrir mão" de fantasias
de onipotência e a aquisição de um senso do pr6prio lugar.
Ela levaria a uma liberalização de energias para que se a~
sumisse os papéis que lhes são atribuídos pela sociedade,
tais como o de detentor do poder, mestre, membro de conse-
lhos e líder de processos democráticos.
3) Fatores Sócio-Ambientais
são aqueles que em última instância, permitem a
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interação de características genéticas, congênitas ou ad-
quiridas com o meio ambiente. Na análise destes fatores
consideraremos apenas os seguintes aspectos:
a) Cultu~a~~: Por cultura, entendemos o dómí~
nio pelo homem do conhecimento produzido pela civilização.
Este domínio para ser adquirido mobiliza a inteligência, a
coordenação psico-motora e a emoção. ~ preciso que se que~
ra adquirir o conhecimento e que se esteja apto biologica-
mente para o processo de aprendizagem.
Os bens culturais não são igualmente universais
quanto à sua valorização individual. Cada sociedade ou co-
munidade prestigia determinada ordem de valores culturais.
Igualmente variável é a solicitação social do nível de do
mínio do conhecimento. A aquisição do conhecimento a nível
das quatro primeiras séries do 19 grau, é obrigatória para
todas as crianças brasileiras, pela Constituição do Brasil.
Com esta obrigatoriedade, pretende-se, que todas as crian-
ças saibam no mínimo ler e escrever adequadamente, e real!
zar satisfatoriamente as quatro operações matemáticas bási
caso
A partir daí, cada família julga a necessidade
de investir na educação de seus filhos: completando as qu~
tro últimas séries do 19 grau, realizando o 29 grau, cur-
sando atividades extra-curriculares tais como línguas es-
trangeiras, educação musical e artística e atividades des-
portivas.
O ensino técnico, que é uma opçao já profission~
lizante, a nível de 29 grau, e o ensino superior são opções
.L.LI
que o jovem faz, de certa forma, independentemente da von-
tade ~amiliar, mas muito relativa à normas sociais e divul
gação pelos meios de comunicação das possibilidades e valo
rização das diferentes carreiras disponíveis.
Observa-se, com frequência, que a opçao de car-
reira ê feita pelo jovem, nao em função de suas habilida-
des cognitivas, psico-motoras e afetivas, mas sim, por ra-
zões da adoção de modelos profissionais parentais ou do
prestígio social de tal ou qual carreira, ou ainda por in-
formações idealizadas de determinada profissão.
e de domínio popular que "ter cultura~, ê o mesmo
que ser formado em um curso superior, e aí as possibilida-
des de emprego, de uma melhor remuneração e a certeza de
uma ascensão social seriam consequências diretas e certas.
Este ê o mito cultural que ainda motiva grande parte da p~
pulação brasileira.
b) Ec.onom-i.c.o.6: No ocidente, a cultura é considerada um bem
de consumo, pelo qual se paga a sua aquisição. Esta transa
çao econômica é realizada principalmente nos estabelecimen
tos de Educação sistematizada.
são pois necessários recursos financeiros, a fim
de se efetuar a aquisição de conhecimentos. e importante
se considerar que famílias com dificuldades econômicas, pr~
vavelrnente, "educarão" seus filhos no sistema de ensino pQ
blico, que a nível de 19 e 29 graus, na realidade atual
brasileira, é deficitário no que diz respeito ao pleno ofe
recimento da cultura universal.
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c) Neee~~~dade de Emp~ego: Uma vez obtido o d~ploma do cu~
so superior, o jovem está juridicamente habilitado para o
exercício da profissão.
A univers~dade, graduando-o, nao se considera res
ponsável pelo encaminhamento profissional do jovem, enqua~
to que a sociedade espera dele uma resposta "imediata em
termos de faturamento e produtividade.
4.1.1. O Aluno
Ao iniciar o curso superior, o aluno está também
ingressando na fase de adulto jovem, acumulando a respons~
bilidade da escolha da profissão, com as consequências bio
-psíquicas do momento então vivido.
Há que se considerar neste momento, a problemát!
ca atual do ingresso no ensino superior. O ensino público
em geral, salvo algumas exceções, não está neste momento,
preparando" adequadamente seus alunos para competirem com
os estudantes oriundos de escolas particulares, a fim de
disputarem uma vaga nas instituições de ensino superior.
Praticamente quase que só resta aos filhos de fa
mIl ias de baixa renda financeira as possibilidades de: re-
nunciarem ao sonho de um curso superior, tentar obter uma
bolsa de estudos junto âs escolas particulares ou cursos
preparatórios para os exames vestibulares, ou trabalharem
para poderem financiar seus estudos em um curso preparató-
rio.
Uma vez obtidos os meios para o acesso ao ensino
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119
superior, tem-se observado que as vagas nas instituições
públicas de ensino superior, estas, em geral de padrão el~
vado, são preenchidas na grande maioria por jovens oriun-
dos de famílias economicamente estáveis e em razoável si-
tuação financeira, que investiram, durante quase toda a vi
da dos filhos, em sua formação em ·escolas particulares. Ca
be aos jovens, originários de famílias de baixa renda eco-
nômica, quando conseguem obter uma vaga em faculdades ~
pu-
blicas, adaptarem-se, com muita dificuldade, entre outras
coisas, a um novo código linguístico e à conflitante convi
vência com duas realidades sociais.
Segundo Erikson (1981), a principal função do
adolescente ê a adoção de uma identidade profissional. A
busca de tal identidade é altamente ansiogênica, pois a sua
solicitação social inicia-se precocemente, durante a infân
cia, no ambiente familiar, quando os pais, adultos~jovens,
têm que lidar com seus limites e suas frustrações profis-
sionais e projetam nos filhos as suas possibilidades de re~
lização, ou então, os pais sendo profissionais de sucesso,
tornam-se para os filhos, modelos a serem imitados.
Na adolescência propriamente, a cobrança social
-por uma opçao profissional aumenta, e a possibilidade de
ter que tomar uma decisão, em função de uma preparaçao pa-
ra o vestibular, ê incisiva sobre o jovem.
Enquanto vivencia dolorosamente seus conflitos e
ansiedades em busca de sua identidade, o adolescente opta
por uma carreira, em geral baseando-se em imagens românti-
cas e idealizadas de seu modelo profissional. Ao optar, o
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120
jovem investe emocionalmente na escolha realizada. ~ muito
difícil para ele voltar atrás nesta escolha, mesmo que co~
siga perceber que tal profissão não é a que mais lhe agra-
da.
Uma vez feita a opçao, lança-se na disputa por
uma vaga nas faculdades que irão lhe possibilitar a forma-
çao para a.profissão escolhida.
Ao iniciar o curso superior, as suas expectati-
vas sao basicamente para uma ampla formação técnica, que
lhe possibilite a melhor inserção no mercado de trabalho.
E nisso, efetivamente as instituições de ensino superior
esmeram-se: currículos técnicos. Cuidam do 4de~t~amento in
teleetu~t de seus alunos, sem se preocupar com a sua forma
ção de pessoa integral. A educação e formação para a inte
raçao com pessoas, os valores ético-profissionais e a pos-
tura e atitude frente a valores do homem e da civilização,
sao em geral ignorados nos cursos superiores.
o jovem chega pois, à idade adulta, muitas vezes
fazendo calar em seu íntimo, o questionamento filosófico
dos valores sociais e profissionais que tão ansiosamente
buscou durante a efervescência da adolescência.
Os dados obtidos ao se estudar o comportamento
do alunado (20 alunos), no curso de Microbiologia, nos peE
mitiu suma:izar as seguintes situações:
a) Quanto as características sócio-econômico-culturais:
A população é de 9 homens e 11 mulheres.
A idade média é de 20 anos.
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Apenas 2 alunas sao casadas.
Residem com familiares, apenas 15 alunos; 5 re
sidem independentes da família.
18 têm irmãos; 4 têm avós morando junto; ape
nas 15 referem o pai e 17 referem a mae; 2 alu
nas referem o marido e apenas 1 aluna tem ~i
lhos.
10 alunos têm pai com instrução superior com
pleta e 1 aluno tem o pai sem escolaridade.
Apenas 2 alunos têm mãe com instrução superior
completa; 7 mães têm o colegial completo e 4
têm o ginasial completo; não há nenhuma sem es
colaridade.
Quanto aos maridos, 1 tem o curso superior com
pleto e o outro o tem incompleto.
Em relação à profissão paterna, 7 sao profis
sionais liberais e 13 trabalham atualmente, 4
são aposentados e 1 está desempregado.
Em relação à situação trabalhista da mãe; 6 nun
ca trabalharam e 5 trabalham em horário inte
gral.
12 alunos nunca trabalharam, 3 já trabalharam
e 3 trabalham atualmente.
11 alunos possuem 1 automóvel na família e 3
não possuem nenhum.
8 alunos não sabem qual é a renda familiar; 6
alunos a têm acima de Cr$" 100.000,00 e 6 a têm
abaixo deste nível.
6 alunos possuem até 100 livros em casa; 7 al~
nos possuem de 100 até 500 livros e 7 alunos
possuem mais de 500 livros em casa.
3 alunos lêem jornal diariamente; 9 lêem oca
sionalmente e apenas 1 não lê.
Quanto a lazer: 8 alunos têm hábito de leitura;
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8 assistem habitualmente TV, e 8 nas férias es
colares, habitualmente, ficam em casa descan
sando. Ainda nas férias, 7 costumam ir ao cine
ma e 7 ir à praia.
Apenas 2, são alunos de cursos de idioma estran
geiro.
Estudaram em escola pública, no 19 e 29 graus,
12 alunos, e 8 o fizeram em escola particular.
, b) Quanto a expectativas relativas ao curso médico:
Em geral o curso médico não está atendendo as ex
pectativas prévias do aluno. Julgam-no- superficial, exces-
sivamente teórico, faltando incentivo para a parte prática.
Ao iniciar o curso médico, 16 alunos tinham como
expectativa, a formação para o Mercado de Trabalho; 6 alu-
nos esperavam conhecimentos para compreender melhor o mun-
do; 4 desejavam cultura geral e 3, formação para pesquisa.
c) Quanto a auto-identificação:
3 alunos responderam evasivamente quanto à sua
auto-ident-ificação como pessoa e 17 definiram
se com caracterlsticas positivas.
2 alunos responderam evasivamente quanto à sua
auto-identificação como aluno e 17- definiram
s com caracteristicas positivas.
Na história recente da Educação brasileira, as-
sistiu-se a um incentivo para a abertura de instituições
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123
de ensino superi.or. Tal fato, possibilitou a formação de
um grande contingente de profissionais, que o mercado de
trabalho então existente, não oferecia condições de absor
ver dentro do seu esquema tradicional de operação. O resul
tado foi, entre outros, urna disputa acirrada pelos empre
gos disponíveis, o sub-empreguismo e a busca de novas al-
ternativas para o mercado de trabalho. Urna dessas alterna-
tivas foi o magistério no ensino superior.
Nas instituições de ensino superior, sao defini-
das como atribuições do professor, desenvolvimento de pes-
quisas e realização de atividades de ensino - o docente ~
e
obrigado a dar aulas. Deve-se entretanto considerar, que no
processo de promoção e ascensão dentro da carreira do ma
gistério, prioriza-se, na valorização do currículo do pro-
fessor, as suas atividades de pesquisa e as suas publica-
ções científicas, em detrimento de suas atividades de ens!
no, junto a alunos, e considerando-se ainda que nas ativi-
dades de ensino, o valor maior é dado às de pós-graduação.
Há junto aos docentes, um critério nao oficial
de valorização das tarefas de ensino, em função delas se-
rem exercidas em cursos de maior ou menor prestígio social.
Em geral, os professores disputam turmas de cursos habi-
tualmente considerados "nobres", tais corno Medicina e Eng~
nharia, alegando que estes alunos são melhor preparados,
tendo um nível cultural superior à média, sendo pois, mais
fácil "ensiná-los".
O professor e um transmissor de conhecimento~ , e
quem possue o saber e deve transmití-lo.
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124
Para que a transmissão de informações seja efi-
caz, o professor deve realizá-la: 1) conhecendo a pessoa
que solicita o ensino, as características sociais, cultu-
rais, econômicas e emocionais; 2) tendo o domínio real do
conhecimento sobre o assunto específico; sabendo em que mo
mento do curso a sua informação está sendo ministrada; que
justificativas existem para isso, e como ela se harmoniza
com as demais informações; 3) utilizando-se de um código
lingüístico adequado à situação de ensino; 4) mobilizando
os seus recursos pessoais de comunicação e criatividade,
deve avaliar a todo momento, a eficácia do método utiliza-
do, e se necessário, mudá-lo. ~ desejável que o professor
nao desconheça o processo mental de aquisição de conheci-
mentos, e acima de tudo, tenha apreço pelo seu ofício e
respeito pelo aluno.
Ao professor universitário, excetuando-se o dom!
nio real da área específica, o conhecimento dos &mais i~
nao lhe é cobrado. Ele os possui na medida do seu interes-
se particular, pois não é instruído institucionalmente ou
treinado para isto.
Os dados coletados neste trabalho, permitiram o
seguinte levantamento sócio-cultural dos professores:
Estão na faixa etária de 30 a 40 anos; são ca
sados, com filhos; compunham o quadro familiar
de sua infância, as figuras de pai, mãe e irmã
O professor Y teve irmão, avo, primos e tias.
Nenhum dos três tinham os pais com formação su
perior. Também não fazem nenhum tipo de curso
livre; os professores X e Y lêem jornal quase
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diariamente, e o professor Z apenas aos domin
gos.
o professor y tem até 20 livros em casa, o Z
tem de 100 a 200 e o X tem de 200 a 500 livros.
Os professores Y e Z não estão familiarizados
com a literatura em geral, o que só' acontece
com o professor X.
O professor X nao se define corno pessoa, mas
se classifica corno um professor interessado em
dar aula e preocupado com a captação por parte
do aluno, do conteúdo pretendido. Tem seis anos
de magistério e sua opção profissional foi pe
la pesquisa.
O professor Y se define corno urna pessoa sim-
pIes e desprovida de inveja ; é um professor
preocupado em transmitir e estimular a busca
de conhecimentos, de um modo objetivo e atuali
zado. Tem sete anos corno docente e·· sua opçao
profissional foi pelo magistério, em função de
sua facilidade de comunicação e de transmissão
de idéias de forma objetiva.
O professor Z, que é urna mulher, se define co
mo realista, calma, indulgente e tímida em de
terminadas situações. Corno professora, define
se corno regulari por falta de formação pedagó
gica, mas procurando acertar, apesar desta de
ficiência em sua formação. g docente .há oito
anos, e a docência não foi urna opçao profissi~
nal, mas sim, urna imposição decorrente da sua
atividade de pesquisa.
4~1.3. A Interação Aluno-Aluno
Para a consecuçao desta análise crítica, servi-
mo-nos basicamente de conceitos sobre o processo grupal de
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126
Enrique Pichon-Riviere (1986), que se fundamentou para criá-
los, em Sigmund Freud, Melaine Klein e Kurt Lewin.
Definimos então G~upo, como sendo a situação con
figurada por um conjunto restrito de pessoas, ligadas en-
tre si por constantes de tempo e espaço, e articuladas pe-
las mútuas representações internas do sujeito, e explicit~
mente ou não, com uma finalidade, isto é, com uma tarefa
ou problema básico a ser resolvido, e que constitue o seu
objetivo de encontro.
Um grupo apresenta dados observáveis em seus di-
ferentes momentos, e que emergem no diálogo e nas açoes
dos indivíduos que atuam em pares, em trios ou em outras
configurações interpessoais, sobre outros indivíduos, 'ou-
tras configurações interpessoais, sobre o grupo como tota-
l~dade ou sobre o professor/dirigente, ou então reagem con
tr~ eles próprios.
Um trabalho de grupo é sustentado em seu desen-
volvimento pelo esquema referencial de seus membros, ente~
dendo-se este, como o conjunto de conhecimentos referen-
ciais, afetos e atitudes, que cada membro tem em sua mente
e com o qual trabalha na relação com o mundo e consigo mes
mo.
Quando várias pessoas se reunem em um grupo, ca-
da membro projeta seus objetos de fantasia inconsciente s~
bre os outros membros do grupo, relacionando-se com eles,
de acordo com suas projeções, que se tornam visíveis, na
escolha e desempenho de papéis no grupo.
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127
Define-se o termo papei como sendo o modelo de
conduta correspondente à posição do indivíduo numa rede de
interações.
A 1~an~6e~ênQia é um processo de desempenho de
papéis inscritos no mundo interno de cada sujeito. Deve
ser entendida como a manifestação de sentimentos inconsci-.
entes que projetam a reprodução estereotipada de situações
como uma tentativa de resistir a mudanças, e como um con-
trole das ansiedades determinadas pelo medo da perda e me-
do do ataque, configurados numa situação de aprendizagem.
A situação transferencial está presente em maior
ou menor grau, em toda ocasião em que um indivíduo encon-
tra com outro.
~
A estrutura interacional do grupo, nao so permi-
te como também estimula, a emergência de fantasias incons-
cientes e em decorrência destas, múltiplas transferências.
As fantasias transferenciais emergem tanto em re
lação aos int~egrantes do grupo como em relação a tarefa a
ser executada e ao contexto em que se desenvolve a açao
grupal.
o conhecimento como situação nova, implica a exi
gência de uma adaptação ativa à realidade, ou seja, a urna
reestruturação dos vínculos do sujeito. Todo processo de
apropriação da realidade ou aprendizagem, implica necessá
riamente a reestruturação dos vínculos e das formas adapt~
tivas estabelecidas pelo sujeito. As atitudes de resistên-
cia às mudanças, têm por finalidade, destruir as fontes da
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ansiedade que toda mudança acarreta. Tanto o individuo co-
mo uma comunidade devem enfrentar dois medos primários que
dão origem a uma perturbação.existencial básica: medo da
perda de estruturas já estabelecidas e medo da perda de va
lores prescritos no âmbito social. Mudança semp~e bmplica
em perda, gerando dessa maneira, graves sentimentos de in-
segurança, que provocam ou aumentam o isolamento e a soli
dão que o individuo já experimenta, pela perda da sensação
de certeza de estar integrado a um grupo social estabiliza
do.
No campo do conhecimento, o objeto do conhecime~
to situa-se quase sempre corno um inimigo do sujeito. E es-
te objeto tem que ser conhecido, tem que ser penetrado, e
paradoxalmente, há um terror, urna ansiedade de se destruir
este meSmO objeto do conhecimento.
o grupo, oferece ao sujeito, a possibilidade de-
le co-participar o objeto do conhecimento, ou seja, é como
se no grupo, se fragmentasse a ansiedade provocada pela
aproximação desse objeto.
Pode-se relacionar etapas da conduta grupal,atr~
vés da manifestação no grupo, de alguns fenômenos intera-
cionais. são eles:
1) Aó~l~ação ou auto-~dent~6~eação com os proce~
sos grupais. ~ mantida nesta etapa, urna certa distância do
grupo, isto é, o sujeito não se inclui totalmente nele.
2) Pentença, quando já se observa uma maior inte
graçao dos elementos do grupo, entre si e com relação a ta
1 r (
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129
refa a ser realizada. Neste momento, pode-se iniciar um
planejamento grupal.
3) Coope~ação, é a etapa definida quando há a con
tribuição do sujeito, mesmo que silenciosa, para a realiza
ção da tarefa grupal. Manifesta-se, através da assenção p~
lo grupo de papéis diferenciados.
4) Pe~t~nêne~a, é a centralização do grupo na t~
refa a ser realizada com uma resultante produtividade gru-
paI.
5) Comun~eação que se dá entre os membros do gr~
po. Pode ser verbal ou, pré-verbal (não verbal), por ges-
tos, mímica, atitudes. Quando há contradição entre os dois
tipos, cria-se um mal-entendido dentro do grupo.
6) Ap~end~zagem é a resultante do srnnatõrio de
informaç6es obtidas pelos integrantes do grupo, produzin-
do-se neles uma mudança qualitativa, traduzida em termos
de resolução de problemas.
Segundo M. Klein (1980), o sujeito sadio, ã med!
da em que apreende um objeto e o transforma, modifica-se
também a si mesmo.
Na medida em que as etapas de conduta grupal sao
desenvolvidas, a comunicação entre os sujeitos é ' também
permanentemente reajustaqa, significando e possibilitando a
reelaboração do pensamento individual e do diálogo entre
os componentes. Deste modo, é então preparada a mudança re
sultante, que é a aprendizagem.
Concomitante ao desenvolvimento das 'etapas de
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conduta grupal outros fenômenos interacionais podem se ma-
nifestar. são eles:
1) Fato~ Tele;- 2 a disposição positiva ou nega-
tiva para se trabalhar com um membro do grupo. Determina o
clima grupal. 2 interpretado como transferência positiva
ou negativa do grupo com o coordenador ou dos membros en-
tre si.
2) Seg~edo G~upal - ~ o sentimento e fantasia de
culpa, cujo significado real varia conforme o grupo e seus
elementos.
3) Senti~ento de in~egu~ança, de inee~teza-~ d~
terminado pela ansiedade básica da vivência de uma situa-
ção de perda.
4) Con6~onto ent~e Subg~upo~ - 2 determinado por
ideologias diversas.
Segundo Schilder (1986), entende-se por ideo-
log~a, o sistema de idéias e conotações que o homem dispõe
para orientar sua ação. são pensamentos mais ou menos cons
cientes, com grande carga emocional, e que sao considera-
dos pelo seu portador como resultado de raciocínio.
5) Sen~ação de Mo~te - 2 a percepçao da possibi-
lidade de separação ou finalização do grupo, determinada
pela conclusão da tarefa ou pela resolução do problema bá-
sico.
Em termos do desenvolvimento do trabalho grupal,
pode se perceber alguns momentos bem definidos. são eles:
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131
1) P~ê-Ta~e6a - Quando sao postas em jogo, técn!
cas defensivas do grupo, mobilizadas pela resistência à m~
dança e com o objetivo de postergar a resolução do proble-
ma básico.
2) Ta~e6a - O problema básico é então, paulatin~
mente, desmitificado como agente gerador de ansiedade.
3) P~ojeto - Surge quando se consegue uma maior
integração dos elementos do grupo entre si.
4) Plan~6~cação - g a concretização da integra
çao dos elementos do grupo entre si, através da elaboração
de um produto comum, que venha a ser a solução do problema
básico.
Com relação a papéis grupais, vemos que um grupo
se estrutura sobre a base do interjogo destes papéis, que
são assumidos e delegados pelos seus componentes, num acoE
do tácito entre eles, em que todos estão comprometidos na
escolha comum dos referidos papéis a serem representados.
Constata-se no grupo a presença de alguns papéis
perfeitamente definidos e caracterizados. Entretanto, des-
tacaremos apenas alguns papéis, devido à sua importância
na dialética grupal em sala de aula. são eles:
1) Po~ta-voz - ~ o membro que em um dado moment~
denuncia o acontecer grupal, as fantasias que o movem, as
ansiedades e necessidades da totalidade do grupo. Ele fala
em nome de todos, conjugando em si, a verticalidade (histó
ria pessoal do sujeito) e a horizontalidade (o que está
acontecendo naquele preciso momento com o individuo).
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2) Bode Exp~atõ~~o - ~ o papel depositário dos
aspectos negativos ou atemorizantes do grupo ou da tarefa
a cumprir. O seu protagonista será sempre renegado; entre-
tanto, caso ocorra a sua expulsão, tal fato criará um sen-
timento de grande culpabilidade entre os demais elementos
do grupo, muito difícil de elaborar.
3) LZde~ - ~ o papel depositário dos aspectos p~
sitivos do grupo. A liderança é preservada pelo papel de
bode expiatório.
4) Sabotado~ - ~ o líder da resistência a mudan-
ça.
Encerrando estas considerações sobre a situação
grupal, julgamos necessário incluir o conceito de ~~tua~ão
de ap~end~zagem, como sendo um processo de interação, ou
uma manipulação ou apropriação do real ou ainda uma tenta
tiva de responder coerente e significativamente às deman-
das da realidade.
A situação de aprendizagem ocasionaria então no
indivíduo, dois medos e ansiedades básicas, que seriam de-
finidas como:
a) medo da perda do equilíbrio já obtido em si-
tuação anterior;
b) medo do ataque na nova situação, na qual o s~
jeito não se sente adequadamente instrumenta-
do.
Estes dois medos, co-existentes e· cooperantes,
configuram a ansiedade frente à mudança, gerando então uma
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resistência a esta mudança. Tal resistência, em Educação,
pode se expressar como uma dificuldade na comunicação e na
qualidade da aprendizagem.
Analisando-se os dados obtidos pelos questioná-
rios e pela observação da disciplina de Microbiologia, po-
de-se constatar com relação à interação entre os alunos, os
seguintes aspectos:
1) No início da disciplina, obteve-se as informa
ções que: 10 alunos não esclareceram a sua opinião sobre a
turma; 2 a consideraram uma turma normal; 6, por já esta-
rem com este grupo há algum te~90, gostam da turma e a
acham boa; 3 simplesmente a acham boa; e 1 aluno a conside
ra atentaI silenciosa e ativa.
2) Finda a disciplina, coletou-se os seguintes
dados: 3 alunos não definiram seus colegas; 7, os classi-
ficaram como interessados, fazendo porém as seguintes res-
salvas:
li há medo de se trabalhar com material vivo;*
o interesse é em aprender o que é desnecessá
rio ou que as aulas se mantenham apenas dentro
dos objetivos educacionais;
alguns são egocêntricos, pensando que sao do
nos do laboratório;
alguns são muito teóricos, nao tendo o menor
interesse em aulas 9ráticas.1I
* Material vivo: Expressão usualmente utilizada na área da
Saúde para designar: 19) animais de uso em laboratório,
tais como camundongos, cobaias, cachorros, etc.; 29) em
brião de pinto; 39) microrganismos patogênicos ou não.
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3) Apenas 3 definiram os colegas enfatizando 9
aspecto da relação interpressoal; 8 alunos nao avaliaram a
auto-significância para os colegas no decorrer da discipl!
ria; 10 alunos se auto-avaliaram objetivamente e julgaram o
tempo que passaram juntos, corno urna oportunidade para se
conhecerem melhor.
4) No decorrer de toda a disciplina, observou-se
a ocupação da l~ bancada, exclusivamente por mulheres, ex-
Ceto nas duas extremidades, que ai sim~ eram ocupadas por
homens; a 2~ e a última bancadas eram sistematicamente ocu
padas quase que apenas por homens.
Os grupos hetero-sexuais eram poucos e os seus
pares em geral constantes.
O número de alunos que executava so a sua práti-
ca, foi decrescendo ati o final do curso, com um pique as
cendente abrupto nas primeiras aulas da 2~ unidade, quando
muitas mulheres trabalharam sós.
5) Os alunos ajudavam-se muito entre si na execu
ção das práticas. Tambim participavam muito dos resultados
positivos obtidos pelos colegas nos testes práticos reali~
zados.
61 Há 3 alunos que sistematicamente não respon-
diam às perguntas do questionário proposto e quando o fa-
ziam, era atravis de respostas agressivas ou sarcásticas.
Coincidentemente, estes 3 alunos formavam um trio isolado
do resto da turma.
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4.1.4. ~lnteração Professor-Aluno
Freud, em 1914, se interrogou sobre o que seria
mais importante para o aluno: se a preocupação pelas ciên-
cias que lhes é ensinada ou a personalidade dos mestres?
Sua resposta fo~ em princípio, de que para mui-
tos dos alunos, os caminhos das ciências passavam, apenas
através dos seus professores; porém, em todos os alunos ha
veria uma simultaneidade de sentimentos ambíguos e atitu-
des contraditórias experimentadas por eles, com relacão a
seus professores - ambivalência emocional.
A genese do desenvolvimento de tal ambivalência
no escolar, éstaria na sua infância precoce, quando são e~
tabelecidos os modelos de atitudes emocionais para com ou-
t~as pessoas. Estes modelos seriam fixados na relação com
a :mae, o pai, os irmãos e irmãs. A "partir daí I todas as pes
soas que se viesse a conhecer posteriormente, seriam meras
figuras substitutas desses primeiros objetos de sentimen-
to. Daí decorre que todos os relacionamentos posteriores
arcariam com uma espécie de herança emocional de compara
ção que interferiria em todas as amizades e amores, seguí~
do quase sempre, a base das lembranças deixadas por esses
primeiros protótipos.
Após o nascimento de uma criança, ela estabelece
com a mãe uma relação extremamente simbiônica ou segundo
Winnicott (1978), de interdependência física.
Esta relação de extrema intimidade e privação
com a mãe, tem o mérito de possibilitar à criança, primei-
ro a sua integração com o meio ambiente que ela nao separa
de si mesma; gradativamente o faz, efetuando-se a separa-
ção do não-eu e o eu, através da identificação da mae como
aspecto ambiental objetivamente percebido. Assim, o bebê
termina por perceber-se como existindo e sente-se real,de~
cobrindo aos poucos, até a vida adulta, um modo de existir
como si mesmo e ter um eu para o qual retirar-se.
Mas para essa auto-percepção de independência
principiar a acontecer, é preciso que entre em cena, o pa~
que seria a figura que representaria a autoridade que lhe
-diz nao, e passando a lhe apresentar um mundo de despraze-
res com os quais tem que conviver. Este "sofrimento", é e~
sencial para o rompimento da primitiva ligação materna e a
consequente iniciação da descoberta do eu, do mundo e do
outro.
A partir dai, pouco a pouco o pai passa a ser ama
do e admirado como o ser mais poderoso, bondoso e sábio.
Na mente bem primitiva da criança, Deus seria apenas uma
exaltação dessa imagem paterna. Logo porém, este pai passa
a ser também identificado como o perturbador máximo do mun
do, e que precisa ser eliminado. Dai em diante, os impul-
sos afetuosos e hostis para com ele, persistem simultanea-
mente, às vezes até o final da vida, sem que um consiga anu
lar o outro.
~ nessa convivência simultânea de dois sentimen-
tos contrários sobre o mesmo objeto é que reside a -essen-
cia da ambivalência emocional, citada anteriormente, como
também acontecendo na relação professor-aluno.
•
•
137
Posteriormente, já na fase escolar, descobrindo
o mundo e a humanidade, a criança conscientemente percebe
q~e o pai não é o mais poderoso, bondoso e sábio dos ho
mens. Fica insatisfeita com ele, aprende a criticá-lo e a
avaliar o seu lugar na sociedade e faz com ele pague essa
grande decepção que lhe causou.
Mais ou menos neste momento, o jovem escolar pr~
• cipia a descobrir nos professores um pouco da figura que
ele idealizava como pai em sua infância. Transfere então p~
ra e1es o respeito, o afeto, a admiração e as expectativas
que tinha pelo pai, e o seu tratamento para com ele.
E assim, o aluno chega novamente, à ambivalência
emocional originada na convivência com sua família, e pa~
sa a conviver com ela no trato com os professores.
Este ponto é de fundamental importância para se
entender ° jogo de aocções e atitudes observadas na sala de
aula.
Entretanto, pode-se constatar que --o'-aluno por
mais que desafie, questione e critique o professor, em ge
ral, jamais em condições normais, romperá inteiramente com
ele, ou tampouco com o diretor, ou outra figura de autori
dade escolar.
Quando isto porventura ocorre, individualmente ou
com uma turma, o que se observa em seguida, é uma atitude
de culpa e aniquilamento muito grande.
Em geral, o aluno se vinga do professor e de ou-
tras autoridades escolares de uma maneira indireta, des-
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truindo móveis, pixando paredes, contestando em movimentos
públicos, preços de refeições e outros assuntos que nao
atingem diretamente a figura do professor ou a sua autori-
dade.
Devemos ainda considerar que, se a criança teve
na infância bem precoce, uma figura paterna de autoridade
exacerbada, provavelmente, como escolar, esta criança con-
testará com muita energia as autoridades expressas no pro-
fessor e outros personagens do mundo acadêmico. Se, em ou-
tra possibilidade, o que a criança percebeu, foi uma figu-
ra paterna omissa, ausente ou débil, a sua posterior rela
ção com o mundo e as autoridades instituídas na vida esco
lar, serão sem dúvida, com a sua auto-valorização e auto-
estima muito fracos, resultando daí em princípio, um esco-
lar passivo, sem noção de seu espaço próprio.
A convivência e partilha de interação com os ir-
mãos e irmãs, determinam padrões para a posterior convivên
cia com os colegas.
Por outro lado, para Maria Helena Novaes (1977),
o professor, no seu contato com alunos, pode mobilizar de~
tro de si situações e conflitos infantis nao resolvidos,
ora identificando-se com eles, ora reagindo a eles. Assim,
ele também sofreria uma ambivalência de atitudes, insegu-
rança e desgaste emocional.
o professor e o aluno podem estabelecer alguns
tipos de vínculos, os quais, segundo Novaes (1982), seriam
basicamente de:
Vependêneia: segundo o modelo de interação
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pais-filhos (intergeracional).
Coope~ação ou Mutualidade: obedecendo o modelo
intersexual e ao modelo fraterno.
Competição: aparecendo sob a forma de rivalida
de intergeracional, sexual ou fraterna.
A situação de dependência é muito frequente,pois
a postura do professor é de que ele sabe mais que o aluno,
deve protege-lo de cometer erros, poder julgar o aluno, a
legitimidade dos seus interesses, definir a comunicação
com ele.
o aluno pode se adaptar perfeitamente a um arra~
jo autoritário, chegando ao extremo de passividade e até
dificuldade de assumir responsabilidades. Ele pode também
ter uma atitude de luta e fuga, com predomínio de agressi-
vidade ou destruição, indiferença ou escapismo. Pode ainda
acontecer a situação de acasalamento, de pessoas ou idéias,
entre todo o grupo, ou de algum aluno com o professor, re-
ferendado pelo grupo.
Concluindo, julgamos ·que cada alunQ deveria ser
tratado como um todo, corno uma pessoa, e o professor agin-
do também como uma pessoa - nao apenas um técnico; a rela-
ção professor-aluno devendo ser vivenciada como uma compl~
mentação, pois ela forma, efetivamente, uma unidade dual.
A grande missão do professor, deveria ser desco-
brir e desenvolver as potencialidades do aluno. Porém, al-
gumas vezes, os alunos parecem avaliar o professor apenas
pelo que ele lhes pode dar tecnicamente, supondo poder
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140
"comprar-lhe ll a sua cabeça mental, e ignorando-o corno pes":::
soa.
Analisando-se os dados obtidos pelos questioná-
rios e pela observação da disciplina de Microbiologia, po-
de-se constatar com relação à interação professor-aluno,
os seguintes aspectos:
- Vi~ão de P~o6e~~o~ Idealizado: 8 alunos nao o
definiram, objetivamente; 12 alunos o definiram com as ca-
racterísticas: pontual, didático, com conhecimento do as-
sunto que ensina, sensível às dificuldades dos alunos, tra~
quilo, simples, de convivência agradável, dinâmico, bem-h~
morado, professor por vocaçao, que compreende os alunos em
suas dificuldades de ordem particular e acadêmica, vendo-
os corno pessoas.
- Pe~cepção do P~o6e~~o~ Real: Os 20 alunos res-
ponderam objetivamente e arrolaram as seguintes caracterí~
ticas: em geral tem urna boa formação técnica, com profundo
conhecimento do assunto, mas com falta de didática e muito
distanciamento dos alunos, sendo a sua comunicação com os
alunos muito difícil.
- Citação de Figu~a de Admi~ação: 4 alunas têm
na mae a figura de admiração; 5 alunos -(4 homens, 1 ITILllher) ,
não citam nenhuma figura de admiração; 3 alunas admiram o
Professor Y; 2 alunas admiram o namorado; o pai e citado
por 1 aluna e 1 aluno; 1 aluno admira Jacques Costeau e ou
tro, Golda Meir.
- Inte~ação com o P~o6e~~o~ X: No inicio do cur-
so, a expectativa dos alunos quanto ao Professor X, prime!
ro docente a ter contato com a turma, em Microbiologia, era
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de que ele dominasse o assunto, tivesse didática e incenti
vasse a pesquisa~
• No final das aulas ministradas pelo Professor X,
a avaliação dos alunos quanto ao seu desempenho foi de que,
para 11 alunos ele correspondeu às expectativas e para ou-
tros 8 alunos, o seu desempenho ficou abaixo das expectat!
vas. Isto foi justificado pelos seguintes comentários: fa!
tou didática e objetividade; um pouco cansativo e confuso
nas suas explicações; mostrou sempre interesse em ensinar.
- Inte~ação com o P~o6e~~o~ Y: No inicio da 2~
unidade, a expectativa dos alunos, quanto ao Professor Y,
segundo docente a ter contato com a turma, era de que ele
fosse conhecedor do assunto, didático, objetivo e dinâmico
em suas informações e que seu desempenho fosse no . . mlnlmo,
igual ao do Professor X.
• No final das aulas ministradas pelo Professor Y,
a avaliação dos alunos quanto ao seu desempenho foi de que,
para 7 alunos ele correspondeu às expectativas e para os
demais 13 alunos, ele excedeu às expectativas. Tal- fato,
foi justificado por 12 alunos pelas seguintes qualidades:
dinâmico, bem humorado e didático em suas explicações; co~
preensivo, tolerante e interessado em seus alunos; atenci~
so e educado; soube desenvolver um ambiente amistoso, mui-
to favorável às assimilações pelos alunos.
- Inte~ação com o P~o6e~~o~ Z: No inicio da 3~
unidade, a expectativa dos alunos, quanto ao Professor Z,
terceiro e último docente a ter contato com a turma, era,
para 5 alunos, de que ele tivesse a mesma seriedade, comp~
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tência, dedicação e didática que o Professor Y. Para os de
mais alunos a solicitação era de que ele fosse independen-
te de comparações, conhecedor do assunto a ser ensinado, t!
vesse uma boa didática, que ajudasse os alunos a aprender
a gostar da matéria, que fosse comunicativo, e com clareza
de objetivos, que olhasse os alunos nao apenas como grupo
mas para cada úm individualmente.
. No final das aulas ministradas pelo Professor Z,
a avaliação dos alunos quanto ao seu desempenho, foi de
que, para 11 alunos ele corresponde~ às expectativas; para
6 alunos, ficou abaixo das expectativas, e para 1 aluno, o
professor excedeu as expectativas. Esta análise foi justi-
ficada nos seguintes comentários: faltou dinâmica-e objet!
vidade em suas aulas; foi atencioso, calmo e interessado
em explicar aos alunos os pontos da aula.
percepçao pelos alunos da sua auto-significância para os
professores, foi objetivamente respondida por:, apenas 13
alunos, que enfatizaram aspectos constratantes tais como a
sensação de ter sido apenas mais uma turma na vida do pro-
fessor, devendo ser extremamente fatigante repetir sempre
as mesmas coisas ou devem ter tido uma experiência grati-
ficante, pois transmitiram ensinamentos e até começaram
mais uma amizade.
Sobre o Professor X:
- O Prof. X, tem como figura de admiração, Zorba,
o grego, que é um personagem ficticio do livro Zo~b~ o g~~
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gOt de Nikos Kazantzakis.
- Ele não conseguiu identificar 50% dos alunos
pelo nome. Os alunos o tratavam pelo seu nome próprio.
- Percebeu quanto à turma, os seguintes pontos:
havia uma boa comunicação dos alunos entre si; os alunos
ficaram muito mobilizados emocionalmente nas aulas referen
tes aos testes bioquímicos; participaram muito, através de
perguntas no decorrer de toda a unidade.
- Intelectualmente define a turma como boa,e emo
cionalmente, julga-a como não tendo maiores problemas.
- Julga a sua significação para os alunos, como
tendo sido um contato inicial com a Microbiologia e a opo~
tunidade de orientar o uso prático do metabolismo bacteria
no.
- Define o aluno ideal como sendo aquele interes
sado na aula e que pergunta muito.
- O Professor X, na primeira aula, ao chegar na
sala, nao se apresentou aos alunos. Tinha por hábito, no
decorrer da prática, sentar-se isolado:e ,so levantar-se
quando era solicitado para algum esclarecimento, o que fa-
zia com muita atenção e boa vontade.
Nas últimas aulas de sua unidade, já nao se sen-
tava,e circulava entre os alunos, independente de ser ou
nao solicitado por eles.
Em geral, as solicitações de ajuda eram feitas
por alunas e quando uma obtinha esta ajuda, outras junta-
vam-se a ela e ao professor,e ficavam observando.
Do início para o fim da unidade, os alunos foram
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! adquirindo segurança e faziam perguntas ao professor com
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I o professor nao pode comparecer à uma aula e foi
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plicação prévia, ou posterior satisfação aos alunos, _. com
referência a esta ocorrência. 1 1
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- O Professor X:
1) Não identificou a sua idade; nao justificou a
sua identificação infantil com a irmã; não se definiu como
pessoa.
2) Não optou pelo magistério; gosta de dar aula;
preocupa-se com a captação pelo aluno; seu aluno ideal ~
e
técnico e intelectual; isola-se emocionalmente dos alunos;
não vê os alunos sob o aspecto afetivo, apenas intelectual
e técnico.
3) É o professor que se encaixa mais ou menos
nos padrões a que os alunos estão habituados: bom nível ci
entífico, simplesmente transmite conteúdos, pouca didática.
A apreciação sobre ele foi que, para 11 alunos seu
desempenho correspondeu às expectativas; para 8 alunos foi
abaixo, das expectativas e 1 aluno não fez apreciação.
Deixou a desejar mais informações científicas, nao
despertou o aluno para a pesquisa; tinha didática fraca,
sendo cansativo nas explicações.
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Sobre o Professor Y:
o Prof. Y tem como figura de admiração, sua av~
- Ele identificou 50% dos alunos pelo nome. Os
alunos o tratavam por "mestre" e "professor".
- Percebeu quanto à turma, os seguintes pontos:
os alunos conversavam muito entre si, e quando advertidos
retomavam a atenção à aula; ficaram muito mobilizados emo-
cionalmente quando o assunto da aula foi sobre
gonoh-n.-e.a.e., agente etiológico da doença gonorréia, ~
que e
sexualmente transmitida. Os alunos fora~ no decorrer de to
da a disciplina, participantes, perguntando muito.
- Intelectualmente, define a turma como equili-
brad~ e emocionalmente como estáveis e enquadrados no cur-
so que fazem; sendo inquietos e irreverentes como qualquer
outro jovem da mesma faixa etária.
Julga que foi para a turma, o orientador da im
portânc~a da Microbiologia Médica dentro do currículo da
Medicina.
- Define O aluno ideal como sendo participante,
exigente e contestador, visando sempre a concretização de
ideais bem definidos.
O Prof. Y, notadamente mobilizou emocionalmen-
te a turma, principalmente as alunas, algumas, que mal fa-
lavam na sala, começaram a conversar e a rir . no decorrer
das suas aulas.
Ele conhecia os alunos pelo nome, circulava por
entre eles, com frequência, impondo uma atitude mais part!
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14b
cipante de todos entre si.
Ele foi efetivamente atencioso com os alunos em
relação às suas faltas, e contava para a turma fatos relati
vos à sua pessoa, e procurava conhecer as situações acadê-
micas paralelas à Microbiologia que os alunos tinham que
resolver.
- O Professor Y:
1) Teve riqueza de figuras na composição familiar
na infância; a sua identificação infantil é materna pela
simplicidade, franqueza e espontaneidade em suas defini-
çoes; a sua figura de admiração é a avó.
2) Fez urna opçao consciente e querida pelo magi~
tério; gosta de dar aula; preocupa-se com a captação pelo
aluno; seu aluno ideal é técnico, intelectual ªdinâmico,
isto é, tem vida. vê os alunos com características humanas,
com reaçoes afetivas.
3) ~ o professor que se encaixa nos padrões idea -lizados pelos alunos: bom nível científico, excelente didá
tica, amigo, atento à pessoa do aluno.
A apreciação sobre ele foi que, para 7 alunos seu
desempenho correspondeu às expectativas e para 13 alunos
excedeu as expectativas.
O que excedeu às expectativas foi sua excelente
didática, mas principalmente o aspecto afetivo com que via
os alunos e também se deixava ver.
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Sobre o Professor Z:
- A professora Z, tem como figura de admiração,
o Prof. Paulo de Góes, que foi Catedrático de Microbiolo-
gia e fundador do Instituto de Microbiologia.
Não conseguiu identificar 50% dos alunos pelo
nome. Os alunos a chamavam pelo nome próprio ou por "mes-
tra" , ou "professora".
- Percebeu quanto à turma, os seguintes pontos:
os alunos conversavam muito entre si; ficaram muito mobil!
zados na aula que consistia a parte prática, na inoculação
de virus em camundongos recém-nascidos. A participação dos
alunos, no decorrer da unidade foi principalmente através
de muitas perguntas.
- Intelectualmente, define a turma como. ·boa e
emoc~onalmente como irrequieta, simpática e receptiva.
- Julga que foi para a turma, uma pessoa que deu
algumas informações novas.
- Define o aluno ideal como cooperativo, partic!
pante da aula de maneira positiva, questionando, mas orga-
nizadamente, sem tumultos e nem agressões.
A professora Z tem na relação com os alunos,
uma atitude tranquila e atenciosa, chegando por vezes a
ser maternal em seus pequenos cuidados para com os alunos
individualmente.
- A Professora Z:
1) Teve uma composição familiar na infância, mé-
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I dia, isto é, habitual. Faltou uma identificação familiar I
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I na infãncia - repressão? "Deve-se gostar de todo mundo".
Há uma certa ingenuidade e auto-subestimação em
suas definições pessoais.
A sua figura de admiração é um professor genial
intelectualmente, porém extremamente autoritário, .egodãn-
trico e narcisista como pessoa.
2) Não fez uma opção consciente pelo magistério.
Gosta de dar aulas; gostaria de acertar, de ·ser uma boa
professora. Isola-se emocionalmente dos alunos; tem difi-
culdade em lidar com o afetivo dos alunos.
Gostaria de ser professora de alunos idealizados
dificuldade de lidar com situações novas, que fujam ao
controle?
3) Encaixa-se mais ou menos, nos padrões a que
os alunos estão habituados: bom nível científico, transmi-
te conteúdos, é simpática, é medianamente didática.
A apreciação sobre ela foi que, para 11 alunos,
seu desempenho correspondeu às expectativas; para 6 alunos,
foi abaixo das expectativas e 2 alunos não fizeram apreci~
çoes.
Faltou dinamismo e estimulo para os alunos. Foi
-porem, atenciosa, interessada e calma. Talvez o grande pr~
blema tenha sido a sua posição temporal subsequente a do
Professor Y.
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4.1.5. A ln~tituição
4.1.5.1. A Instituição Pública de Ensino
De acordo com Raymundo Faoro (1975) em sua anál~
se da administração e do Cargo Público no Brasil-Colonia,
podemos definir a Instituição de Ensino Superior, corno um
conjunto de cargos, cujos ocupantes centrais, nomeados, e
com delegação de autoridade do Estado, tem por função, rea
lizar a tarefa de administração do ensino público.
o funcionário é, em última instância, o outro eu
(um dos outros) da figura central do Estado, que éo se-
nhor de tudo, das atribuições e das incumbências; segue re
gimentos.
o sistema, apesar da aparência regimental e aca-
dêmica, é o de "manda quem pode e obedece quem tem juízo".
Somente os poderosos têm acesso ao apelo retificador do p~
der central do Estado. O Estado tudo pode. O funcionário é
apenas sua sombra. O funcionário recebe retribuição monetá
ria e seu ordenado pouco cresce no curso dos anos numa des
pesa global fixa, apesar do número crescente de pessoal.
Essa degradação dos vencimentos explica as inúmeras denún-
cias de corrupçao e mal-versação de verbas. A incompetên-
cia dos funcionários se esconde na contradição entre os re
gimentos, leis, provisões, pareceres jurídicos, com o tor-
cimento do sentido de seu texto e as suas evasivas em fa-
vor dos mais poderosos.
No fundo do quadro, nao estão apenas os funcion~
rios leais ao Estado ~ela hierarquia, mas os demais, que
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desconhecem que atuam sob a vontade do Estado, que os do~
ma, disciplina e lhes infunde o cunho de colaboradores sub
missos, em troca de um salário certo no final do mês e a
segurança do vínculo empregatício.
o cargo público em sentido amplo, a comissão do
Estado, transforma o titular em portador de autoridade.
Confere-lhe uma marca de superior aos demais homens. "Como
o emprego público era, ainda no século XVI, atributo do no
bre de sangue ou do cortesão criado nas dobras do manto
real, o exercício do cargo infunde o acatamento aristocrá-
tico aos súditos"; isto sendo observável até os dias de ho
je: a ambição de conseguir uma nomeaçao e futuramente a
efetivação do cargo público.
Os homens da Ciência e da Educação, nao corte
saos do Poder central do Estado, não têm corno serem conhe-
cidos e chamados para o governo do seu país, e formam um
grupo à parte dentro das instituições públicas: preparam
as novas geraçoes para o poder e mantém o poder estabiliza
do, pela inculcação através do processo educacional, mas
não têm o poder de fato. Dependem em tudo do poder central
do Estado.
A terra, a propriedade, o comércio dão a rique-
za, mas nao conferem poder. Com o poder, e só por meio de-
le, vem por acréscimo, a superioridade. O funcionalismo se
ra sempre a profissão nobre e a vocaçao de todos, ~
porem o
funcionalismo ligado à Educação arca no Brasil, com a tra
dição de não saber ganhar dinheiro e sobretudo administrá
lo. Por esse argumento, justifica-se que a Educação tem que
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ser provida pelo poder central, e consequentemente por ele
supervisionado.
~ "o governo tudo sabe, administra e prove. Ele faz a opinião, distribui a riqueza e qualifica os opulentos. O súdito, curvado com a rocha que lhe rouba o sol e as inicia tivas, tudo espera da administração públic~ nas suas dificuldades grandes e pequenas, confiando, nas horas de agonia, no milagre saído das câmaras do paço ou dos ministros. Esse perigoso complexo psicológico inibe há séculos, o povo, certo de que o Estado não é ele, mas uma entidade maior, abstrata e soberana."(38)
Assim é o funcionário da Instituição de Ensino
Superior: reclama de seu salário e reivindica aumentos, mas
aceita a tutela do Estado, pois ele nada lhe cobra e muito
menos fiscaliza sua produtividade. Comodamente instalado
na posição de vítima da engrenagem burocrática, justifica
suas falhas, através do "conluio do anonimato" de Conse-
lhos, Colegiados, Reitorias e Ministérios. Enfim, a respo~
sabilidade da produção é diluída pela instituição; ela se
perde por entre as mesas dos funcionários.
Os "modelos", com feição estrangeira,moldaram as
diversas reformas educacionais brasileiras, e inundam até
hoje as repartições, que se sufocam com moldes inadequados
às suas necessidades e realidades, que vaidosas de seus
trajes importados, pavoneiam-se sem noção do sofrimento e
do desconforto que se auto-impõem.
Do acúmulo de Documentas, Leis e Decretos-Lei,
emerge uma organização emperrada, com processos que circu-
Iam de mesa em mesa hierarquicamente, para o controle de
desconfianças mGtuas, e garantia de decisões nao tomadas,
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pela insegurança própria da incompetência e da autoridade
ficticia.
o Estado, distante do povo, superior e inalcan-
çável, friamente paternalista, origina o sentimento de que
ele tudo pode e o indivíduo nada é.
Tal atitude, é repassada a todos os niveis de au
toridade, até chegar à sala de aula, onde reina incontesta
do em sua autoridade, o professor, que tal como o aluno,
sofre a alienação do processo que realiza independente de
sua vontade.
Toda a legislação é feita pelo poder central e
de lá emana para as diversas instituições. Nunca sai das
salas de aula, das observações do mestre, ou das necessida
des dos alunos.
4.1.5.2. A Instituição na Sociedade
As instituições sao locais, espaços físicos onde
ocorrem atividades de determinado tipo, e que visam um fim
ou produto específico. Em geral, sao o local próprio onde
o funcionário/participante obtém o seu ~tatu~ social, me-
diante a concessão à instituição de parte do seu tempo e
seu interesse.
A participação do funcionário se dá em momentos
próprios, exigindo a priorização de sua atenção e seu efe-
tivo esforço físico; enfim, a sua submissão à atividade em
questão. Este desempenho de funções é a adesão visível do
indivíduo para com a instituição.
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A instituição tem para com o indivíduo algumas
obrigações, tais como adequação das condições do local do
trabalho, horário para refeições, direito de férias e apo
sentadoria, entre outros que supõem que ela reconhece ofi-
cialmente que ele e um ser humano em sua organização.
~ comum o participante da instituição assumir os
valores desta, identificando-os como seus.
o participante tem sua personalidade comprometi-
da na instituição à qual está ligado. Segundo Bleger (1984),
"quanto mais integrada a personalidade, menos depende do suporte que lhe presta uma dada instituiçio; quant~ mais imatura, mas dependente é a relação com a instituição e tanto mais dificil toda mudança da mesma ou toda separação dela."(39)
Observa-se um esforço da comunidade em que está
inserida, de modificar a instituição, justificando tal ati
tude com o argumento de que sua participação na vida da so
ciedade já não satisfaz ou já não é suficiente às suas ne-
cessidades. Simultaneamente, exis.te um esforço igual para
a manutenção da estrutura tal como ela é.
4.1.5.3. A Instituição e o Professor
O professor é um funcionário especializado da ins
tituição de ensino superior, com a particularidade de que
só ele pode ascender aos cargos de maior poder dentro da
estrutura burocrática. Cabe a ele, como funcionário, uma
carga horária semanal a cumprir, atividades a realizar tais
como ministrar aulas, desenvolver pesquisa e elaborar rela
tórios e artigos científicos.
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Sem necessariamente haver sido treinado para a
função docente, o professor é admitido no emprego, sem co-
nhecer a estrutura administrativa que o está contratando.
Não lhe é cobrado o conhecimento das leis que regem o ens!
no superior e tampouco os princípios filosóficos que regem
a Educação. Sua admissão é como professor especializado, e
como tal se coloca em seu departamento: fechado em seu;es-
paço acadêmico.
Recentemente, professores do ensino superior pa~
saram a se mobilizar por melhores salários e melhores con-
dições de ensino, isto é, pela preservação adequada c' das
instalações físicas existentes, que ora precisam derepa-
ros e serviços de conservação, e também por mais recursos
para as universidades públicas.
Curiosamente, nao tem solicitado serviços ou pr~
gramas que o assistam na sua tarefa docente. Tais serviços,
quando por acaso existem, visam principalmente apoiá-los
ou reciclá-Ios em técnicas didáticas e metodologias pedag~
gicas. Não há espaço disponível para se discutir a tarefa
do educador e formador de atitudes ético-profissionais nas
novas gerações, e nem das suas dificuldades pessoais para
executar tais encargos. Tampouco, recurso algum lhe é ofe-
recido para isto.
Em geral, os professores.não solicitam esclareci
mentos sobre as Leis, Diretrizes e Recomendações que regem
a Educação Superior. Não contestam a estrutura em si, que
permanece soberana em seu poder absoluto, de representante
do Estado. Solicitam e reivindicam, sim, urna participação
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no poder, mas no poder tal como ele é.
A instituição é o poder, e este fascina, atrai e
subjuga o professor-funcionário, que deseja partilhar do
poder, receber um salário mais alto, e ter condições mais
confortáveis para executar as suas tarefas de produção do
conhecimento e transmissão de informações a alunos em sala
de aula, onde ele é o representante e reprodutor da autori
dade do Estado.
Ao receber o seu salário, ao final de cada -mes,
ele recebe, junto à remuneração, a certeza do descaso da
Instituição para com a sua produção e o seu rendimento. Não
importa o que ele produza ou o .que ele ofereça de rendimen
to; o seu valor junto à Instituição será o mesmo. Ele será
sempre, monotonamente, mais um na Folha de Pagamento. ~ co
mo se o Estado, ao admiti-lo como funcionário, trocasse o
salário certo do final do mês, a estabilidade no emprego,
e a vaidade do cargo público pela sua respeitabilidade pr~
fissional e dignidade pessoal.
4.1.5.4. A Instituição e o Aluno
Ao ingressar numa instituição de ensino superior,
o aluno gratificado por obter uma vaga em um curso supe-
rior, inicia sua formação profissional pleno de esperanças
de ai encontrar os elementos que confirmem sua anteriormen
te escolhida, identidade profissional.
Porém, encontra para recebê-lo um clima institu-
cional frio, condições fisicas, humanas e pedagógicas pou-
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co estimuladoras, nao facilitadoras e inadequadamente pla-
nejadas para a situação de ensino-aprendizagem.
A instituição mostra-se ao aluno sem rostos que
a identifiquem. Ele não compreende sua estrutura, e nem o
seu funcionamento. Para Doyle Maia (1978),
"Chefes de Departamentos, Coordenadores,Con selheiros e Diretor, passam a constituir pã ra ele algo que aparentemente, em nada o au xilia e de onde só emanam restrições. Restrições contra as quais ele reage numa contestação compativel com sua idade, transferindo a esta estrutura a poder restritivo dos pais.
E~te conjunto que ~ão compreende bem, que nao o apoia, que nao o orienta, ê identificado por ele como 'a Admini,stração'. "(4.0)
Com a abertura recente de novas e numerosas esco
las de ensino superior, ampliou-se também o número de va-
gas disponiveis para cada curso. O que não aconteceu, foi a
ampliação dos recursos fisicos e humanos-técnico-auxiliares,
para a administração deste ensino. O aumento de docentes
foi ilusório, pois com a criação simultânea dos cursos de
pós-graduação, a necessidade de professores ampliou-se mui
to.
~ mesma época, tentando-se gerenciar a adminis-
tração do ensino, visando-se a sua otimização (aumento do
n9 alunos x manutenção dos recursos ~isicos e humanos),ef~
tuou-se a Reforma Universitária, criando-se os ciclos bási
cos, adquiriu-se computadores para o Registro Acadêmico,
nacionalizou-se o sistema de créditos e aposentou-se o si~
tema seriado de organização curricular, promoveu-se a for-
mação pós-graduada dos docentes, suprimiu-se e/ou diminui~
-se as aulas práticas ou em pequenos grupos, implementou-
o. -
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157
se as aulas teóricas para grandes turmas, prestigiou-se n~
vos instrumentos ticnico-pedagógicos.Enfim, procllrou~se
administrativamente, fazer-se o melhor possivel com os re-
cursos fisicos disponiveis então, priorizando-se sempre,
as relações com o grupo, em detrimento da relação indivi-
dual.
Apesar de ter sido recomendado pelo Conselho de
Reitores em sua XXVII Reunião Plenária (1978), a criàção de
Serviços de Assistência e Orientação aos Estudantes, estes
praticamente inexistem e quando são oficializados, não aj~
dam o aluno na adaptação à diferente pedagogia do ensino
superior e no ajustamento de suas expectativas profissio-
nais com a efetiva realidade.
O aluno sente-se só em meio à massa "discente";
ele i um nome numa lista, um número num, cartão de computa-
dor; desconhece e i desconhecido pelos professores. Nesta
s~tuação, despersonalizado, ignorado corno pessoa, resta-
lhe o consolo de se saber aluno de urna instituição oficial,
prestigiada, que lhe ministrará, atravis de sábios profes-
sores, conhecimentos que farão dele, finalmente, um profi~
sional, respeitado pelo seu diploma oficial. E o aluno pa~
sa então a buscar as palavras do saber, utilizando-se de
atitudes mecânicas. E as palavras, assim corno a ticnica,
satisfazem à curiosidade, ao apetite do intelecto, sem co~
tudo integralizarem-se em conceitos, baseados na experiên-
cia da troca humana pessoa a pessoa.
Ao aluno cabe conformar-se com a estrutura, ape-
sar de alguns estertores de revolta contra a frieza da ins
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tituição e seus representantes, pois ele sente: que suas
reivindicações, seus clamores, suas queixas, perdem-se nos
labirinticos caminhos da burocracia universitária. Obedeci
dos os trâmites legais, o seu requerimento com sua argume~
tação, deverá seguir o rumo dos colegiados, e até que uma
solução possa surgir, ele já terá completado a disciplina,
e para ele o problema perderá o sentido de ser.
O aluno sabe, que em seu beneficio nenhum profe~
sor ou funcionário será demitido, nenhuma norma será alte-
rada, nenhum regimento será revisto. Se o seu rendimento
acadêmico for deficiente, ninguém da estrutura universitá-
ria se importará com isto.
Há,introjetado nos estudantes do ensino superior,
um sentimento de insignificância, de incapacidade de influ
enciar o curso dos acontecimentos.
Tais sentimentos geram uma sensaçao de rejeição
pela Instituição, uma grande ansiedade e um desejo de alie
nação que só no último período do curso em geral é trans-
formada em algum interesse pelo quadro social, em ti furição
do mercado de trabalho e como este não é quase nunca favo-
rável.,: retorna-se outra vez,·a um aumento de ansiedade.
Como é possível ao estudante, desenvolver um afe
to positivo por uma entidade que e para ele um ser abstra-
to, sem sentimentos, com corpo indefinido, com uma histó-
ria desconhecida, sem outros objetivos que nao fornecer-
lhe conteúdos programáticos, e ao final de certo tempo um
diploma?
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E o aluno, em seu anonimato, inicialmente vinga-
se de tal descaso, danificando livros na biblioteca, ris-
cando mesas e cadeiras, "pixando" paredes e portas, tiran-
do objetos nos laboratórios, até que, finalmente adota uma
atitude passiva de resignação e confor>mismo na sua convi
vência com a instituição. A inércia o vence, porque para
ele, ficou claro que a instituição prossegue sua vida, in-
dependente de si, bem como de todos os demais alunos.
4.1.6. O E~paço Educac~onal
~ um espaço abstrato, que existe virtualmente no
sistema educacional, como possibilidade, para em sala de
aula, dar-se a interação entre o professor e seus alunos e
que passa, efetivamente, a configurar-se como fenômeno real,
quando indivíduos isolados (professor, alunos), transmitem
entre si uma comunicação que cria então um campo de intera
ção. Tal comunicação, não necessariamente verbal, é estabe
lec~daquando se define uma classe de aulas, com o objeti-
vo específico de ali realizar-se um ato educacional.
Definimos ato educacional como sendo um conjunto
complexo de ações, executadas por um individuo, que visam
obtetivamente determinar a aquisição de um conhecimento no
vo por outro individuo.
Monique Augras (1978), refere que,
lias dimensões do espaço são criadas a par...;. tir das extensões do corpo. O ser e o seu centro. O espaço e aberto e orientado pela ~ovimentação do ser dentro do mundo."(4l)
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o espaço educacional é onde, precisamente, à se
melhança da arena no teatro grego, são encenados os papéis
de mestre e aluno, visando a criação de algo novo, único,
que é o homem sob efeito de um novo saber e que será sem-
pre único, porque diada é individual em cada par,_e origi-
~
nal porque o conhecimento e exclusivo para cada percepçao.
Os personagens da situação vivenciada no espaço
educacional, apresentam-se para o ato educacional, plenos
em seus determinantes sócio-ambientais, biológicos e emo-
cionais, receptivos às diversas interações humanas implic!
tas à situação, e subjugados, ambos os personagens, pela es
trutura institucional.
No espaço educacional, efetuam-se as trocas afe-
tivas essenciais ao processo de ensino-aprendizagem. Ele é
a conjugação e inter-cruzamento dos objetivos do professor
na transmissão de um conteúdo, e do aluno, em adquirir um
conhecimento especifico, em função de um determinado fim.
Este espaço não possui limites rigidos e bem de-
terminados, mas sim flexiveis e maleáveis, pois·o espaço
existe, sejam quais forem as condições e formas propostas
pelos_protagonistas, para o ato educacional. Ele pode sim,
ser restringido ou ampliado, prestigiado ou desvalorizado,
mas sempre existirá, independente da vontade dos ~artici-
pantes envolvidos no ato educacional, porque a sua criação
se dá no momento em que se torna necessário que um homem
transmita a outro um conhecimento que ele domine.
Ele sofre a influência de fatores fisicos, tais
como o local onde se realiza o ato educacional, a tempera-
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tura ambiente, a aeraçao, o conforto disponível para a po~
tura adequada à transmissão do saber, o isolamento sonoro,
a área compatível com o número de alunos presentes. O tem-
~ disponível para o estabelecimento inicial da relação e
posterior transmissão da informação, também é relevante p~
ra a sua conformação. A proporcionalidade entre ~
o numero
de alunos e o professor, também concorre para a sua eficá-
cia, podendo facilitar ou prejudicar a comunicação.
4.2. Conclusões
Este trabalho teve por objetivo, a proposição de
uma Pedagogia humanista aplicada à dinâmica do ensino sup~
rior. Com este fim, valeu-se prioritariamente,do estudo
da interação professor-aluno, através de uma
específica.
metodologia
Com os dados obtidos, e a análise crítica reali-
zada, chegamos à composição de um fluxo de interações, si~
tematizado pela Figura I (p.10S). Nesta Figura, podemos o~
servar como componentes centrais, os alunos e o professor.
Os alunos interagem entre si, em função de fatores indivi-
duais tais como, os determinantes biológicos ou constitu-
cionais, psíquicos e sócio-ambientais e sob a influência
das normas e características da instituição. Simultaneamen
te, os alunos têm também que interagir com o professor, que
do mesmo modo que o aluno, sofre as influências de fatores
individuais próprios e de maneira diferente, é agente pas-
sivo das normas e regimentos institucionais.
162
... No fluxo, aparece porem, uma possibilidade para
o desenvolvimento de algo criativo, próprio e original, en
tre professor e alunos, que pode então se viabilizar no Es
paço Educacional.
Constatamos, na disciplina onde levantamos os da
dos entre os 20 alunos e os 3 professores:
- A formação e dissolução de pequenos grupos de
alunos;
- A diferente atitude dos alunos entre si, em
função do professor, do assunto da aula e dos fatores ex-
ternos à aula prática.
- A diferente postura dos alunos com os professo
res: com o Professor X, a postura observada foi de respei-
to pelo seu saber, com o Professor Y a postura foi de des
lumbramento pelo que ele se mostrou como pessoa, e princi
palmente a gratificação por serem vistos e tratados como
pessoas. O seu impacto foi tão forte que até os três alu-
nos que, sistematicamente se isolavam da turma, enfraquece
ram um pouco a sua ligação entre si, passando a interagir
mais com este professor. Notou-se também . uma perturbação 0_
na atitude das mulheres da. turma. Com a Professora Z, a p::>~
tura foi de cobrança e de desafio~
Apesar da existência da figura de um professor
idealizado, as expectativas dos alunos sobre as possibil!
dades de encontrá-lo, são muito baixas.
- ~ praticamente inquestionável pelos alunos,que
os professores do ensino superior, dominam efetivamente o
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163
conhecimento de suas áreas. O que lhes faltaria, seria di-
dática e a consideração dos alunos como pessoas.
- Os professores idealizam muito os alunos e nao
se vêem na função de educadores mas apenas, de transmis
sores de informações técnicas.
Pudemos ainda observar, no desenrolar da disci-
plina:
.. - A grande emoçao que e para o aluno a oportuni-
dade de poder desenvolver algo de seu, criado a partir de
le, do seu próprio corpo ao longo das aulas. E tal emoção
é intensamente co-participada com os colegas. ,~ como se
eles "gerassem" alguma coisa, que posteriormente "eclodi-
ria", mostrando sua capacidade de reprodução.
- A dificuldade do aluno lidar com algo vivo,
real e efetivamente patogênico. A ansiedade causada pela
ameaça de desmir.ificar os até então, para eles, desconheci
dos agentes etiológicos de doenças que tiveram, ou que con
viveram com ela, é muito grande.
- A desumanização na relação professor-aluno .. e
muito grande. Os professores não sabiam quem -eram esses
alunos, e tampouco, estavam interessados em saber. Não curo
primentavam o aluno no início e fim da aula e estes também
não o faziam com o professor - simplesmente "usavam-no",c~
mo fonte de conhecimento.
- A comunicação entre os alunos, destes com o pr~
fessor é verbal e muito mais "rica" a nível não verbal.
Julgamos, ser conveniente neste momento, enfati-
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164
zar . a existência no ato Educacional, de um Sabe~ Cien-
tI6ico - alguns simplesmente o detém. Outros, Sabem faze~,
através do conhecimento que detém. Poucos porém, detém o
Sabe~ Pedag~gico, que i o Sabe~ "dize~" o conhecimento.
Finalizando as Conclusões, paradoxalmente, prop~
mos algumas questões, que precisam ser exaustivamente in-
vestigadas:
O que determina ser um professor venerado por
uma turma e odiado por outra, ou ainda, ser sistematicamen
te respeitado e querido pelos seus alunos?
- Qual seria a relação da figura de um professor
com os primeiros modelos de amizade e amor vivenciados pe-
los alunos de uma turma?
- Como os alunos interagem entre si, e por que
assumem determinados papéis sociais na sala de aula?
- Terá a Universidade Brasileira, uma identidade
própria?
- Caso a Universidade Brasileira defina, ou te-
nha uma identidade própriá, ela é ou seria assumida clara
mente?
4.3. Proposições e Recomendações
Para favorecer a viabilização de uma postura hu-
manista no ensino superior, fazemos as seguintes proposi-
çoes:
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1) Com relaç~o à Direção das-Instituições:
Valorizar, para efeitos da Promoção do Docente
na carreira do Magistério:
oi
a) a sua participação em atividades de graduação;
b) o recebimento de homenagens oficiais dos a1u-
nos;
c) a p~rticip~ç~Q em cursos de Pós-graduação ta:to -4e.n.6u, que melhorem G seu desempen~o psi-
co-pedagógico;
d) a publicação em livros, revistas e periódicos.
de sua ãrea, de artigos relativos ao énsino
-aprendizágem de sua especialidade.
2} Com relação à Direção de uma Escola:
- Que ela forneça a cada responsãve1 por disci-
p1ina, no inicio do semestre, um perfil' sócio-economico-
-cultural, e de saúde, da turma que então se iniciarão
- Que ela cobre do professor, ao final do semes-
tre, uma avaliação sobre o 1rupo, em termos afetivo-emoci~
nais, individualmente, de cada aluno, dos relacionamentos
intra-grupais e do desempenho cognitivo do grúpo como um
todo. Cad~ grupo n~o deve exceder 25 alunos.
- Que promova, no final de cada semestre letivo,
uma Reflexão sobre a tarefa educacional efetivamente reali
zada no decorrer do semestre, onde então, os professores
avaliariam o desenvolvimento do discente e a atuação docen
te, junto a ele.
Segundo Perestel10 (1982),
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"é a configuração, o todo, que confere as propriedades e modo de funcionar do homem não os elementos que o constituem,"(42)
Tais reflexões em grupo, permitiriam que tal se
desse, pois juntaria as várias percepções sobre os alunos
e a turma, numa valiação comum buscando-se conhecer os fe
nômenos de interação interpessoal aí realizados.
3) Com relação ao Professor:
- Que ao ingressar no Quadro Docente de uma Esco
la, ele seja treiriado e informado com relação aos seguin-
tes assuntos:
a) a postura filosófica da universidade com rela
ç~o à E4uca~ão;
b) as Leis, Normas e Regimentos que regem, na uni
versidade o processo pedagógico adotado;
c) a estrutura administrativa da universidade;
d) o currículo do curso para o qual deverá leci~
nari o momento do curso em que sua informa-- ~ çao sera ministrada, que justificativas exis-
tem para isso, e como ela se harmoniza com as
demais informações do curso;
e) o processo mental de aquisição de conhecimen
tos;
f) a utilização de um código lingfiístico adequa
do ao ato educacional;
g) a mobilização dos seus recursos pessoais de
observação, comunicação e criatividade em sa
la de aula;
h) a vantagem de se proceder a uma avaliação co~
tante da eficácia do processo pedagógico uti
lizado, e se necessário, saber mudá-lo.
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- Ao ministrar uma disciplina, que ele questioné
os seguintes aspectos:
a) as características bio-psico-socio-ambientais
predominantes na turma.
Ao final de cada disciplina que ministre, que
avalie então, as seguintes questões:
a) o clima emocional das aulas dadas;
b) o desempenho cognitivo dos alunos;
c) as interações interpessoais dos alunos;
d) o seu relacionamento com os alunos;
e) como foram trabalhadas as emoçoes e auto-esti
ma dos alunos.
4) Com relação ao Aluno:
Que ao ingressar numa instituição de ensino su
perior, ele seja informado sobre os seguintes assuntos:
a) a estrutura organizacional, administrativa e
histórica da Universida~e como um todo, e da
sua unidade em particuLir. O sistema de Regi~
tro de Estudantes utilizado;
b) o currículo e os objetivos de seu curso; as
possibilidades de atuação profissional da sua
carreira;
c) os momentos de maior tensão de seu curso e co
mo os alunos costumam interagir com eles;
d) as diferenças psico-pedagógicas entre o 29
grau e o curso superior;
e) o processo e as etapas da aprendizagem e como
melhorar o seu desempenho em cada uma das eta
pas;
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f) as interações dinâmicas interpessoais
frequentes em um grupo.
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mais
- Que ao longo do curso, o aluno seja acompanha-
do quanto ao seu desempenho cognitivo -e desenvolvimento
emocional, pela direção de sua escola.
- Que ao final do curso, seja apoiado em sua in-
serçao no mercado de trabalho pela sua escola.
* * *
Não foi nossa intenção, ao elaborarmos esta dis
sertação, esgotarmos o assunto do humanismo na Educação.
Tal assunto é por demais amplo e_ complexo, - em tonas as
suas variáveis e imbricações dele decorrentes.
Quisemos apenas iniciar uma reflexão sobre a rea
li_dade com a qual convivemos, há j á alguns anos, no Centro
de Ciências da Saúde, da Universidade Federal do Rio de Ja
neiro.
Com nossas proposições e recomendações, nao pre
tendemos sanar e resolver definitivamente o problema da não
consideração do aluno como pessoa, nas instituições de en-
sino superior. Absolutamente. Julgamos apenas, que tais
proposições minimizariam um pouco, a desesperança, a soli-
dão, a sensação de insignificância e de rejeição dos estu-
dantes universitários, e a frieza da instituição para com
eles. E também, talvez valorizassem a pessoa do professor,
que através do seu envolvimento emocional no processo de
ensino-aprendizagem, obtivesse uma sensação lúdica de es-
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169
tar contribuindo e participando efetivamente, de um proces
so de crescimento e desenvolvimento.
Julgamos como.realmente viáveis, as nossas prop~
sições e recomendações.
Acreditamos que se possa efetivamente realizar
uma sensibilização dos professores a fim de que abandonem
suas atitudes mecanicistas e adotem uma postura humanista
frente a seus alunos. A aprendizagem significativa, preco-
nizada por Rogers é um meio para isto; outros mais existem
ou poderão existir, na medida em que se busque a pe~~oa in
teg~a{ no processo educacional.
A nossa discussão está aberta. Esperamos com mui
ta confiança, que ela seja sempre, e cada vez mais amplia-
da.
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7 - Ibidem. p. 85.
8 - Ibidem. p. 85-6.
9 Ibidem p. 88.
la - Ibid~m. p. 94.
11 - Idem.
12 - Ibidem.
13 - Ibidem. p~ 95.
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18 - Ibidem. p. 129.
19 - BOHOSLAVSKY, Rodolfo H. A psicologia do vínculo-Aluno:
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20 - RICH, John Martin. Ba.6 e.6 humanl.6tic.a.6 da educ.ação. Rio
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21 - Ibidem. p. 129.
22 Ibidem. p. 134.
23 - ALVES, Rubens. Convelt.6a.6 c.om Quem gO.6ta de en.6Úlalt.
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p. 13.
24 - FARBER, J. El estudiente es un negro. In: HOPKINS, J.
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25 - MAY, Roll0. O homem a pltoc.uJta de .6i me.6rno. Petrópolis,
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26 - Ibidem. p. 201.
27 - MOREIRA LEITE, Dante .. [(lllCação e 8elações Interpessoais. In: SOUZA PATTO, ;'1.11. Intltodução a P.6ic.ologia [~c.otaJt. são Paulo, T.A.Queiroz, 1983.
28 - PERESTRELLO, Danilo. A medic.ina da pe,~.6 oa.. Rio de Ja
neiro, Livraria Atheneu, 1982. p. 63.
29 - Ibidem. p. 68.
30 - KAPLAN, Harold I. & SADOCK, Benjamim I. Comp~ndio de
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31 - ERIKSON, Eric H. Identidade, juventude e c.lti~e. Rio
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J j
l./L.
33 - MILLER, Derek. Personalidade. In: SEARS, Robert R. &
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34 ERIKSON, Eric H. Op. cito p. 134.
35 - GUNTRIP, Harry. Personalidade. In: SEARS, Robert R. &
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36 - DIKS"1 II. V. Personalidade. In: SEARS, Robert R. & FELD~
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38 FAORO, Raymundo. O~ dono~ do podeJt. 19 volo Porto Ale
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39 - BLEGER, Jos~. P~ico-hi9iene e p~icoto9ia in~titucio
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1. I I
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A N E X O S
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I i
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179
UFRJ - INSTITUTO DE MICROBIOLOGIA
SERVIÇO DE ADMINISTRAÇÃO EDUCACIONAL
DISCIPLINA: IMW 241 - MICROBIOLOGIA
CARREIRA MEDICINA
1982 / 19 PERioDO
DATA
08/03/82
2~ feira
09/03/82 ...,a f . ..). elra
10/03/82
4~ feira
11/03/82
5~ feira
12/03/82
6~ feira
HORA
13:00
13:30
8:00
9:30
13:00
14:30
8:00
9:30
13:00
14:30
PROGRAMA DA DISCIPLINA
TIPO DE AULA
Teórica 1
T. 2
Prática 1
T. 3
P. 2
T. 4
P. 3
T. 5
P. 4
ASSUNTO
Apresentação do Curso.
Introdução à Microbiologia. Posição sistemática da célula bacteriana.
Citologia bacteriana I.
Material usado em Microbiolo gia. Técnicas e processos de assepsia no trabalho microbiológico.
Citologia bacteriana 11.
Métodos de esterilização, de sinfecção e antissepsia. Tes te da eficácia da ação de a= gentes químicos.
Metabolismo bacteriano. Fermentação e respiração.
verificação da ação de agentes químicos sobre o crescimento bacteriano. Exame microscópioo dos microrganis -mos. Coloração de Gram. Méto do de isolamento de bactéria.
Metabolismo dos microrganismos e sua interação com o meio ambiente. Ciclos do car bono e nitrogenio.
obtenxão de cultura pura. Co loraçao de Gram.
DATA HORA TIPO DE AULA
15/03/82 13:00 T. 6
2~ feira 14:30 P. 5
16/03/82 8:00 T. 7
3~ feira 9:30 P. 6
17/03/82 13:00 T. 8
4~ feira 14:30 P. 7
18/03/82 8:00 T. 9
5~ feira 9:30 P. 8
19/03/82 13:00 T.lO
6': feira
22/03/82 PROVA 1
2~ feira
23/03/82 8:00 T.ll
3': feira 9:30 P. 9
24/03/82 13:00 P.10
4': feira
25/03/82
5~ feira
8:00 T.12
9:30 P.ll
180
ASSUNTO
Crescimento dos microrganismos. Métodos de contagem de bactérias e sua importância.
Classificação de bactérias: provas-bioquímicas I.
Métodos gerais de esterilização, desinfecção e assepsia.
Leitura das provas bioquímicas I. Provas bioquímicas 11.
Mecanismos de ação de antibió ticos e quimioterápicos I. -
Leitura das provas bioquímicas 11. Antibiograma.
Mecanismos de ação de antibió ticos e quimioterápicos 11.
Interpretação do antibiograma.
Genética de microrganismos,fa tores de resistência. -
Hora e local a serem divulga
dos posteriormente.
Princípios gerais de soro 10-gia.
Modelos de reações sorológicaso Dosagem de hemolisina.
Modelos de reações sorológicaso Lise específica.
Patogenicidade de bactérias.
Isolamento de anfibiontes de vias aéreas superiores: I Bacterioscopia e semeadura em agar-sangue.
DATA
26/03/82
6<: feira
29/03/82
2<: feira
30/03/82
3<: feira
31/03/82
4<: feira
01/04/82
S<: feira
02/04/82
6<: feira
OS/04/82
2<: feira
HORA
13:00
14:30
13:00
14:30
8:00
9:30
13:00
14:30
8:00
9:30
13:00
14:30
13:00
14:30
TIPO DE AULA
'l' .13
P.12
T.14
P.13
T.1S
P.14
T.16
P.1S
T.17
P.16
T.18
P.17
T.19
P.18
.uH
ASSUNTO
Flora normal.
Isolamento de anfibiontes de vias aereas superiores (VAS): 11 - Características coloniais, hemólise e obtenção de cultura. Coprocul tura: I - Semeadm:a em meio seletivo diferencial.
Estafilococos.
Isolamento de anfibiontes de VAS: 111 - Identificação de Sth~ptococcu~; Staphytococcu~ e outros anfibiontes. Coprocultura: 11 - Semeadura em meios de triagem.
Estreptococos.
Isolamento de anfibiontes de VAS: IV - Identificação de Sth~ptococcu~ pyog~n~~. Coprocul tura: 111 -'Observação do crescimento. Identificação através de testes bioquímicos.
Enterobactérias.
Coprocultura: IV - Identifica ção bioquímica de enterobac= térias. '
Corinebactérias.
Bacterioscopia para corinebac térias.
Micobactérias.
Bacterioscopia para micobacté rias. Urinocultura quantitativa: 1-Semeadura das diluições.
N<.:.i.sscrias.
Bactcrioscopia para Neisseria. Coloração de Gram. Urinocultu ra quantitativa: 11 - Contagem das colônias. Semeadura
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DATA HORA
05/04/82 14:30 2':: feira
06/04/82 8:00
3~ feira 9:30
07/04/82 13:00
4~ feira 14:30
13/04/82 Manhã
3~ feira
14/04/82 13:00
4~ feira 14:30
15/04/82 8:00
5~ feira 9:30
16/04/82 13:00
6':: feira 14:30
19/04/82 13:00
2~ feira 14:30
TIPO DE AULA
P.18
T.20
P.19
T.2l
P.20
PROVA 2
T.22
P.21
T.23
p.22
T.24
p.23
T.25
p.24
.LO'::;
ASSUNTO
dos germes Gram negativos em meios de triagem.
Clostrideos e bacteróides.
Urinocultura quantitativa: III - Identificação sumária dos germes Gram negativos isolados. Antibiograma.
Treponemas e Leptospiras.
Bacterioscopia para espiroque tas. Método de impregnação de Fontana-Tribondeau. Urinocultura quantitativa: Lei tura do Antibiograma.
Hora e local a serem divulgados posteriormente.
Vírus: caracteriza2ão, classi ficaçao e replicaçao.
Colheita e tratamento de mate rial para diagnóstico das vi= roses.
Mecanismos de patogenicidade dos vírus.
Utilização de camundongos e células para crescimento de vírus em laboratório.
~
Respostas dos hospedeiros as infecções virais.
Utilização de ovos embrionados para o crescimento de vírus.
Vírus respiratórios.
Observação da replicação viral em camundongos e células. Teste de fixação do compleme~ to.
DATA
20/04/82
3<: feira
HORA
8:00
TIPO DE AULA
T.26
9:30 P.2S
22/04/82 8:00 T.27
5<: feira 9:30 P.26
23/04/82 13:00 T.28
6<: feira
26/04/82 13:00 T.29
2<: feira
27/04/82
3<: feira
8:00 T.30
28/04/82 13:00 T.3l
4<: feira
30/04/82 Tarde PROVA 3
6<: feira
ASSUNTO
Enterovírus.
observação da replicação ovos embrionados.
lti3
em
Vírus da hepatite.
Identificação de vírus e dia~ nóstico das viroses por sorologia: teste de neutralização e teste da inibição da hemaglutinação.
Vírus dermotrópicos - Herpes.
vírus do sarampo e rubéola.
vírus da febre amarela.
vírus da Raiva.
Hora e local a serem divulgados posteriormente.
I I
1 i 1
I I j
01 - Identificação:
02 - Idade:
03 - Estado Civil
Solteiro
Casado
Outros
A L UNO
QUESTIONÁRIO N~ 1
04 - Atualmente voce reside com:
Família
Só Outros Parentes
República
Outros
184
05 - Quais as pessoas que compõem ou compuseram a sua famí
lia?
06 - Entre os seus parentes, com quem voce mais se identi
fica atualmente? Por que?
07 - Como você se definiria como pessoa?
08 - E como aluno?
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1 I 1
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1
185
O~ - Se um colega seu estivesse em dúvida quanto à escolha
de carreira, qual o melhor conselho que voce poderia
lhe dar?
Conversar com o pai ou a mae
Debater com o cônjuge ou irmão
Consultar o gabinete de Orientação Educa
cional
Fazer testes vocacionais
Recorrer a amigos ou parentes mais velhos
Recorrer a amigos ou parentes de sua idade
Consultar colegas de trabalho
Entrar em contato com profissionais
Recorrer a professores que você admira
la - Quanto à escolha de sua carreira, esclareça: se for
solteiro, assinale a opinião de seus pais; se for ca
sado, refira-se à de seu cônjuge:
Aprovaram com entusiasmo
Aprovaram sem entusiasmo
Foram indiferentes a ela
Desaprovaram mas se conformaram
Desaprovaram totalmente
Falecidos (pais ou cônjuge)
11 - O que você esperava de um curso universitário?
Principalmente cultura geral ampla
Principalmente formação profissional volta
da para o mercado de trabalho
Principalmente formação teórica voltada pa
ra a pesquisa
Conhecimentos que permitissem
melhor o mundo em que vivemos
compreender
Conhecimentos que permitissem melhorar o meu
nível de instrução
(
(
(
(
(
(
(
)
)
)
)
)
12 - Baseando-se na pergunta anterior responda: o curso es
tá atendendo suas expectativas?
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I
186
13 - Qual a sua opinião sobre os professores do ensino su
perior em geral?
14 - O que voce espera do professor de Microbiologia Geral?
15 - Qual a sua opinião sobre esta sua turma de aulas pra
ticas?
16 - Você freqüentou o 19 grau (antigo ginásio) e o 29 grau:
Todo em escola pública (Federal,
Estadual ou Municipal)
Todo em escola particular
Maior parte em escola pública
Maior parte em escola particular
17 - Você está inscrito no Programa de Crédito Educativo?
Sim
Não
18 - Qual é (ou era) o nível de instrução de seu pai?
Sem escolaridade
Primário incompleto
Primário completo (
Ginásio incompleto (
Ginásio completo
Colegial incompleto
Colegial completo
Superior incompleto
Superior completo
19 - Qual é (ou era)o nlvel de'instrução de sua mãe?
Sem escolaridade
Primário incompleto
Primário completo
Ginásio incompleto
i !
I I !
I I I I I , I i i
I i ! 1 i j
1 1
I j
I I
I ~
1
i
Ginásio completo
Colegial incompleto
Colegial completo
Superior incompleto
Superior completo
187
20 - Qual é (ou era)o nivel de instrução de seu cônjuge?
Sem escolaridade
Primário incompleto
Primário completo
Ginásio incompleto
Ginásio completo
Colegial incompleto
Colegial completo
Superior incompleto
Superior completo
21 - Seu pai, ou cônjuge masculino:
Trabalha atualmente
Está desempregado
E; aposentado
Vive de renda
E; falecido, porém deixou pensão
E; falecido e não deixou pensão
Não tenho informação
22 - Sua mãe, ou cônjuge feminino:
Nunca trabalhou (é dona-de-casa)
Trabalhou em atividades remuneradas, dentro
de casa
Trabalhou em horário de meio expediente, fo
ra de casa
Trabalhou em horário integral, fora de casa
Trabalha há pouco tempo
Ajuda nos negócios da familia
Está desempregada
E; aposentada
Vive de renda
f; falecida
( )
( )
1
I
23 - Seu pai é (ou era):
Grande banqueiro, fazendeiro, industrial ou
comerciante, iHcorporador de imóveis, gran
de acionista de uma grande empresa (mais de
100 empregados)
Médio fazendeiro, industrial ou comerciante
Profissional liberal (médico, engenheiro,
advogado, professor universitário, jornali~
ta, economista etc.)
Alto funcionário público, ou de banco (di--plomata, diretor de banco nao acionista, d~
sembargador, juiz etc.), alto funcionário
de empresa privada (superintendente, dire
tor etc.)
Médio funcionário público ou privado (gere~
te, chefe de seção etc.)
Militar oficial
Militar não oficial
Pequeno proprietário (dono de bar, quitanda,
açougue, padaria, oficina mecânica, banca
de jornal, chofer dono de táxi, representa~
te, vendedor ou corretor por conta própria
etc. )
Bancário, pequeno funcionário público, es
criturário, balconista, chofer de táxi (~
do não é proprietário do veículo etc.)
Operário (isto é, trabalha em fábrica, dire
tamente com a máquina), servente, pedreiro,
agricultor (isto é, trabalha em uma terra
que não é sua etc.)
Outros
24 - Se for mulher casada, responda, seu marido é:
Grande banqueiro, fazendeiro, industrial ou
comerciante, incorporador de imóveis, gran
de acionista de uma grande empresa (mais de
100 empregados)
Médio fazendeiro, industrial ou comerciante
188
( ) .
( )
( )
( )
)
)
Profissional liberal (médico, engenheiro,
advogado, professor universitário, jornali~
ta, economista etc.) ( )
Alto funcionário público, ou de banco (di--plomata, diretor de banco nao acionista, d~
sembargador, juiz etc.), alto funcionário
de empresa privada (superintendente, dire-
tor etc.) ( )
Médio funcionário público ou privado (gere~
te, chefe de seç~o etc.)
Militar oficial
Militar n~o oficiJl
Pequeno proprietário (dono de bar, quitanda,
açougue, padaria, oficina mecânica, banca
de jornal, chofer de táxi, representante,
vendedor ou corretor por conta própria etc.) ( )
Bancário, pequeno funcionário público, es
criturário, balconista, chofer de táxi (~
do n~o é proprietário do veiculo etc.) ( )
Operário (isto é, trabalha em fábrica, dire
tamente com a máquina), servente, pedreiro,
agricultor (isto é, trabalha em uma terra
que nao é sua etc.)
Outros
25 - Qual a renda mensal média de sua familia?
26 - Atualmente voce exerce atividade remunerada?
Não
Sim, em tempo parcial (menos de 40 horas se
manais)
Sim, mas é trabalho eventual
Sim, apenas em estágio. para treinamento
(
(
( )
27 - Com que idade voce começou a trabalhar? (atividade re
munerada)
Nunca trabalhei ( )
t i
t i
I I
j I !
I
Antes dos 14 anos
Entre 14 e 16 anos
Entre 16 e 18 anos (
Após os 18 anos (
l~U
28 - Qual a sua participação na vida econômica da família?
Você não trabalha e seus gastos são finan-
ciados pela família ou por outras pessoas ( )
Você exerce atividade remunerada, mas tam-
b~m recebe ajuda finance~ra da familia ou
de outras pessoas ( )
Você exerce atividade remunerada e ~ res
ponsável pelo seu próprio sustento, nao re
cebendo ajuda financeira da familia ou de
outras pessoas
Você exerce atividade remunerada, e é res
ponsável pelo próprio sustento e contribui,
parcialmente, para o sustento da familia
ou de outras pessoas
Você exerce atividade remunerada e tem a
responsabilidade total ou parcial pelo sus
tento da família ou de outras pessoas
29 - Sua familia:
Não tem automóvel
Tem um automóvel
Tem dois automóveis
Tem mais de dois automóveis
30 - Corno você costuma ocupar suas férias?
Fico em casa descansando/lendo/vendo tele
visão
Ajudo a meus pais em suas atividades
Arranjo algum empr000 para ganhar dinheiro
Viajando com a família para o exterior
Passando-as em minha casa ue veraneio ou
hotel, fora de minha localidade
( )
( )
( )
( )
Viajando sozinho ou com grupos de amigos em -excursoes
~
Praticando esportes no clube de que sou sa-
cio
Praticando surf, ou outros esportes de vela
Indo à praia e ao cinema
Fico em casa de parentes ou amigos que mo
ram fora
Nada faço de especial
31 - Quantos livros voce acha que tem em sua casa?
32 -
Nenhum
Até 20 livros
De 20 a 50 livros
De 50 a 100 livros
De 100 a 200 livros
De 200 a 500 livros
Mais de 500 livros
Você lê jornal?
Não
Sim, ocasionalmente
Sim, todos os domingos
Sim, quase todos os dias
Sim, diariamente
( )
( )
191
( )
33 - Você freqüenta cursos extra-curriculares de forma sis
temá tica?
Não
Sim, linguas estrangeiras
Sim, ginástica/balé/esportes
Sim, música
Sim, artes
Sim, outros
f t ! t [ l I ! t-, J t
I ! ~ !
I f r f ~
I I i I ~ " f t I
I I I
I I f l
A L U i~ O
QUESTIONÁRIO N~ 2
01 - Nome:
02 - Quanto ao professor de Microbiologia Geral:
Seu desempenho excedeu às suas expectativas ()
Seu desempenho cor respondeu às suas expect~
tivas
Seu desempenho foi abaixo de suas expectat!
vas
03 - Gostaria de fazer algum comentário sobre ele?
( )
( )
04 - O que voce espera do professor de Microbiologia Médi
ca?
t I !
r
A L UNO
QUESTIONÁRIO N~ 3
01 - Nome:
02 - Quanto ao professor de Microbiologia Médica:
Seu desempenho excedeu às suas expectativas
Seu desempenho correspondeu às suas expect~
tivas
Seu desempenho foi abaixo de suas expectatl
vas
03 - Gostaria de fazer algum comentário sobre ele?
04 - O que voce espera do professor de Virologia?
( )
( )
( )
A L UNO
QUESTIONÁRIO N~ 4
Ql - Nome:
02 - Quanto ao professor de Virologia:
Seu desempenho cxcc(}c'u :is SULlS expectativas
Seu desempenho correspondeu às suas expect~
tivas
Seu desempenho foi abaixo das suas expecta
tivas
03 - Gostaria de fazer algum cO:l'.cntãrio sobre ele?
04 - Como você definiria seus colegas de aulas prá
ticas de Microbiologia?
05 - O que você acha que significou para seus cole
gas durante este tempo de convivência em Micro
biologia?
06 - E para os professores de Microbiologia, o que
você acha que significou?
07 - Como voce imagina o professor ideal?
08 - Cite uma pessoa que voco admira muito
1~4
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P R O F E S S O R
QUESTIONÁRIO N~ 1
01 - Nome:
02 - Idade:
03 - Estado Civil:
Solteiro
Casado (
Outros (
04 - Tem filhos?
Sim
Não
05 - Caso tenha filhos, diga quantos:
Homens
Mulheres
06 - Quais as pessoas que compunham a sua família durante
sua infância e adolescência?
07 - Com qual dos seus parentes, voca mais se identificou
na sua infância? Por que?
08 - Como voce se definiria como pessoa?
09 - E como professor?
10 - Por que voce escolheu a carreira do magistério?
11 - Como voca imagina o aluno ideal?
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12 - Cite uma pessoa que lhe tenha causado muita admiração
13 - Há quanto tempo voce trabalha como docente?
14 - Você exerce outra atividade concomitante a de profes
sor?
Não
Sim Qual?
15 - Qual e (ou era) o nIvcl d(' instrtH;?:io de seu pai?
Sem escolaridade
Primário incompleto
Primário completo
Ginasial incompleto
Ginasial completo
Colegial incompleto
Colegial completo
Superior incompleto
Superior completo
16 - Qual e (ou era) o nível de instrução de sua mãe?
Sem escolaridade
Primário incompleto
Primário completo
Ginasial incompleto
Ginasial completo
Colegial incompleto
Colegial completo
Superior incompleto
Superior completo
17 - Como você costuma ocupar suas férias?
Fico em casa descansando/lendo/vendo televisão ( )
Passando-as em minha casa de veraneio ou hotel
fora de minha localidade
Viajando com a família para o exterior
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-Viajando sozinho ou com amigos em excursoes
Praticando esportes no clube de que sou sócio
Praticando esportes
Indo ã praia e ao cinema
Ficando em casa de parentes ou amigos que
moram fora
Nada fazendo de especial
18 - Quantos livros voce acha que tem em sua casa?
Até 20 livros
De 20 a 50 livros
De 50 a 100 livros
De 100 a 200 livros
De 200 a 500 livros
Mais de 500 livros
19 - Você lê jornal?
Não
Sim, ocasionalmente
Sim, todos os domingos
Sim, quase todos os dias
Sim, diariamente
20 - Você freqüenta cursos livres de forma sistemática?
Não
Sim, línguas estrangeiras
Sim, ginástica/balé/esportes
Sim, música
Sim, artes
Sim, outros
21 - Você lê, sistematicamente livros fora de sua area
profissional específica?
Sim
Não
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01 - Nome:
P R O F E S S O R QUESTIONÁRIO N~ 2
02 - Alguma aula mobilizou emocionalmente mais os alunos
que as outras?
03 - Com relação à matéria, os alunos mostravam-se:
Interessados
Desinteressados
04 - Como se dava a comunicaçao dos alunos entre si?
05 - Quanto à participação nas aulas, os alunos:
Perguntavam muito
Apenas diziam que entenderam e que
não havia dúvidas
06 - Como os alunos o chamavam?
Nome próprio
Mestre, professor
( )
(
(
07 - Conseguiu identificar 50% dos alunos pelo nome?
Sim
Não
08 - Como definiria a turma em termos emocionais?
09 - Como definiria a turma em termos intelectuais?
10 - O que voca acha que significou para estes alunos?
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Nome dos
Componentes da
banca examinadora
Dissertação apresentada aos Srs.:
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Visto e permitida a impressão
Rio de Janeiro, / /
de Ensino
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