Projeto jari
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FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DE MACAPÁ - Após vários projetos, finalmente Henrique Antônio Gallucio, em 1764 iniciou a construção da atual fortaleza que só foi inaugurada em 19 de março de 1782.
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GEOGRAFIA – A área do atual Amapá, pelo Tratado de Tordesilhas, pertencia aos espanhóis. Durante a União Ibérica entre Portugal e Espanha, a região é doada ao português Bento Maciel Parente, com o nome de capitania da Costa do Cabo Norte.
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Após a assinatura do Tratado de Madri, em 1750, Portugal começa a se preocupar com a exploração e a defesa da região. Imigrantes açorianos e marroquinos começam a chegar na região.
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Com a construção da Fortaleza de São José do Macapá, os portugueses dificultam os ataques dos franceses, estabelecidos na vizinha Guiana. O forte levou 18 anos para ser construído e era o maior do Brasil colonial.
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Com a independência, em 1822, o Amapá permanece ligado à província do Pará e continua a enfrentar problemas de fronteira com a França. Os dois países disputam a região entre os rios Oiapoque e Araguari, que corresponde quase à metade do território do estado.
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A questão só se resolve definitivamente com a intermediação do presidente suíço Walter Hauser, em 1900, que concede a área ao Brasil.
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Em 1943, numa tentativa de apoiar o desenvolvimento da região, o governo federal desvincula o Amapá do Pará e o transforma em território federal com capital em Macapá.
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Em 1946 inicia-se a exploração das ricas jazidas de manganês recém-descobertas na serra do Navio, concedidas à Indústria e Comércio de Minérios S.A. (Icomi), subsidiária da norte-americana Bethlehem Steel.
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Nos anos 70, junto do rio Jari, na divisa com o Pará, é implantado o Projeto Jari, ambicioso programa do empresário norte-americano Daniel Ludwig, ligado à exploração de madeira, ao cultivo de arroz e à produção de celulose.
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Daniel Ludwig, um magnata norte-americano, foi o idealizador do Projeto Jari. Comprou a maior propriedade rural do mundo e trouxe, de navio, uma indústria de celulose. Nesse empreendimento perdeu mais de 1 bilhão de dólares.
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Apesar do grande investimento, o projeto não se consolida, e, em 1982, o que restava do empreendimento é assumido por empresas brasileiras lideradas pelo Grupo Caemi e pelo Banco do Brasil.
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Projeto foi caso de segurança nacional
O Projeto Jari - hoje Jari Florestal - é fruto do biliardário americano Daniel Keith Ludwig, que em 1967 comprou por ínfimos US$ 4,7 milhões 1,6 milhão de hectares na Amazônia, em Monte Dourado (PA). Em valores atualizados, ele investiu mais de US$ 20 bilhões no seu plano megalômano de erguer um complexo agro-industrial de arroz, papel e celulose. Não deu certo. Ludwig explorou trabalho escravo, plantou árvores ruins que sucumbiram às pragas.
Copyright 1999 - O Estado de S. Paulo - Todos os direitos reservados
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De tão grande, o Jari foi considerado pelo Regime Militar, nos anos 70, um risco à segurança nacional. Os militares incentivaram a adquirir o controle do Jari o empresário Augusto Trajano Antunes, que liderou 23 empresários no investimento. A Jari Florestal teve prejuízo por mais de 30 anos. Em 98, tinha US$ 320 milhões de dívida. A favor, conta o sustento de 55 mil pessoas. Ludwig morreu em 92. Antunes, em 96, quando seus netos já dirigiam o grupo. Copyright 1999 - O Estado de S. Paulo - Todos os direitos reservados
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Em 1988, o Amapá torna-se estado.
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O BEIRADÃO
• O Beiradão é um amontoado de pequenas casas de madeira construídas sobre o rio Jarí, no município de Laranjal do Jari, na divisa entre o Amapá e o Pará. Ali não há rede de água, nem esgoto.
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•O lixo circula pelas águas a céu aberto e o mau cheiro é forte, especialmente durante os seis meses que mais chovem no ano, entre o outono e o inverno. Há dois anos as chuvas quase deixaram a pequena vila completamente debaixo d´água.
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Ainda que sob custódia do ritmo das águas, várias são as casas que possuem um televisor e uma antena parabólica. É comum encontrá-los onde falta geladeira, fogão, e até cama para dormir.
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PARA ONDECAMINHAM ESTAS CRIANÇAS?
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No meio dessa embolada de palafitas a vida segue seu rumo: as crianças inventam traquinagens e esbaldam-se nas águas poluídas do Jarí, de onde também saem os peixes que as famílias servem à mesa.
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Os moradores ainda convivem com o risco de desmoronamento, afinal não dá para confiar no poder de sustentação das vigas.
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Tudo isso éo que os grandes projetos deixaram para os amazônidas.Qual será o futurodesta criança?
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Qual será o futurodestejovem?
Isto é o que restoudo Projeto Jari.
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Isto é o querestoudo ProjetoJari.
O BEIRADÃO
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Isto é o que restou do Projeto Jari.
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Isto é o querestoudo ProjetoJari.
O BEIRADÃO
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Barreira na porta dacasa tenta impedir que criança caminhe nas passarelas. Grande parte das donas de casa têm de cuidar de pequenos negócios durante o dia para ganhar a vida
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Esta menina conseguiuSuperar a barreira da porta.MAS, ...QUAL SERÁ O SEU FUTURO?
Para onde irá?
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Várias são as casas que possuem um televisor e uma antena parabólica. É comum encontrá-los onde falta geladeira, fogão, e até cama para dormir
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Água poluída aumenta risco de doenças nas crianças que brincam nas águas
do rio Jari
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?Muito obrigado
Roberto