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Sumário

1. Resumo.......................................................................................................02

2. Problemática

3. Hipóteses

4. Moda e Consumo: tendências comportamentais

5 Preservação e Ecologia: moda consciente.............................................03

6 Uma breve história do casaco de pele na moda.....................................04

7 A indústria de peles...................................................................................06

7.1 Outras alternativas................................................................................08

8 A pele e o couro no mercado da moda....................................................10

8.1 A pele humana.......................................................................................13

8.2 Econômia verde.....................................................................................14

9 Animais Racionais.....................................................................................15

Referências.......................................................................................................17

Apêndice...........................................................................................................19

Anexos

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1. Resumo

O trabalho consiste em teorias para a prática de Moda Consciente, tendo como

sub-tema Preservação e Ecologia. Tem como objetivo, também, mostrar o

caminho percorrido pelo uso de casacos de pele animal desde a Pré-História

até os dias de hoje, observando o avanço tecnológico têxtil, motivos, moda,

como são feitos. Com isso, mostrando alternativas coerentes para o mercado e

para o equilíbrio ecológico.

2. Problemática Devido as novas tendências comportamentais e á apresentação de novos

meios de tecnologia têxtil com fibras que possam substituir o pêlo animal e a

pele, existirá a possibilidade de marcas que utilizam pele animal e couro ter

decadência de demanda perdendo assim seu público para marcas alternativas

que não prejudicam o meio ambiente?

3. Hipóteses

É necessário analisar a questão revendo todos os pormenores, pois é uma

indústria de longa data e talvez o mundo da moda não se adequasse ao não

uso de peles animais. Porém, há alternativas para suprir esta necessidade,

sem precisar utilizar crueldade com animais, em extinção ou não.

4. Moda e consumo: tendências comportamentais

A moda é um sistema econômico que sobrevive devido ao consumo, movida

pela mudança, a moda sempre busca novidade e descartabilidade anunciada,

Lipovetsky identifica moda como “filha dileta do capitalismo”, assim podendo

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ligá-la a sociedade de consumo revestido de razões positivas como prazer

individual, conforto e bem-estar. (DE CARLI, 2002)

“Poucos fenômenos exibem, tanto quanto a moda, o entrelaçamento

indissolúvel das esferas do econômico, social, cultural, organizacional,

técnico e estético. A moda é um rebento explícito do capitalismo, do qual

ela extrai sua condição de possibilidade. Não há moda em um mundo em

que as coisas duram, permanecem estáveis, envoltas na sua aura

sagrada de um tempo que parece não passar. O capitalismo só pode se

preservar na medida mesma da aceleração e volubilidade de sua

produção.” (DE CARLI, 2002, p.9)

De acordo com Caldas, “a tendência está presente em toda parte na cultura

contemporânea”, é uma projeção do futuro captado por uma série de

informações do tempo presente. Então podemos dizer que tendência não é

nada mais que uma previsão obtida através de pesquisas de consumo, de

desejos particulares do consumidor e pode até ser uma releitura de um quadro

ou de um determinado tempo no passado entre outros, fazendo parte do ciclo

da moda. (CALDAS, 2006) [ pg? ]

A moda e o consumo estão ligadas em tendências comportamentais. Pois

como já foi dito, a moda é movida ao consumo e a tendência é uma projeção

do futuro para a moda, para explicar melhor sua relação com o comportamento

é mais fácil dizer que, a moda e o consumo dependem da tendência

comportamental, como o ser humano quer ser visto, como ele se vê, sua

personalidade, etc nos dizem que produtos de moda eles podem vir a

consumir. [ confuso ]

5. Preservação e ecologia: moda consciente Preservação é o mesmo que preservar, conservar, respeitar, tratar, cuidar.

Neste caso estamos falando sobre preservar os seres vivos e o meio ambiente.

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É possível encontrar diversas informações sobre a preservação do meio

ambiente e dos seres vivos ultimamente em revistas e sites de internet, pois já

não estamos em uma situação muito agradável em relação ao planeta. A

poluição audiovisual e produtos que usamos, que afeta a camada de ozônio

tornando as estações irregulares, prejudicando o ecossistema que vem a nos

prejudicar também.

Todas as informações, por mais que não nos agrade muito, fazem parte de

uma conscientização pessoal, para que nós e outros seres vivos possamos

viver mais.

6. Uma história da pele na moda

A breve história da pele, tem inicio na Pré-história, o homem aprende a caçar

para se alimentar e sobreviver, a pele animal é usada para vestimenta, para

suportar, preservação do corpo e para o mostrar poder concedido através da

pele diante de outros homens. [ redação todo o cap ]

Um tempo depois, o Egito é visto de mudanças, além de o homem usar tecidos

leves por causa do calor, usar pele animal era visto com repugnância pela

religião, tornando o gato um animal sagrado.

Conforme o tempo, o uso de peles de animais se tornou baixo, apesar do couro

já ser muito utilizado antes da era Cristã. O uso de peles para o luxo do

consumidor vem com a amplitude das trocas internacionais, na Idade Média.

(BRAGA, 2005)

“as indústrias têxteis e o grande tráfico comercial permitiram diversificar

os materiais que serviam para a fabricação do vestuário: seda do

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Extremo Oriente, peles preciosas da Rússia e da Escandinávia, algodão

turco, sírio ou egípcio, couros de Rabat, plumas da África, produtos

corantes da Ásia Menor.” (LIPOVETSKY, p.51, 1989)

A pele se torna símbolo de riqueza, luxo e ao mesmo tempo um resgate de

uma cultura da qual houve uma releitura e nunca notamos que esteve

presente, a pele adquiriu mais força nos anos 30, quando fotógrafos

descobrem que roupas de pele branca formavam a moldura perfeita do rosto

feminino, na década de 40 elas estavam presentes em golas, estolas, mangas,

tornando-se uniforme das estrelas ou das mulheres com maior poder aquisitivo.

“Toda a moda é vestimenta, mas evidentemente nem toda vestimenta é

moda... Precisamos mais da moda do que das roupas não para cobrir

nossa nudez, mas para vestir nossa auto-estima.” ( Collin McDowell,

1995)

Nos anos 50 o uso de pele era visto como decadente, mas o combate ao uso

começou nos anos 70 e 80, quando um grupo chamado Lynx realiza

campanhas contra esse abuso e nos anos 80 com o Greenpeace, quando é

veiculado um anúncio nos cinemas que diz: “São necessários mais de cem

animais burros para se fazer um casaco de pele, mas apenas um para usá-lo”.1

• Escolher 1 única forma de citar e fazer a referência bibliográfica

• Só as de site deverão ser colocadas no rodapé.

1 BAUDOT, Franços. Moda do século. São Paulo: Cosac Naify, 2002. [pg?]

BRAINSTORM9. PETA, uma pioneira no mareting de guerrilha.

Disponível em: www.brainstorm9.com.br/2005/03/17/peta-uma-pionei

Acesso em: 18 março 2008.

FASHIONUP. Moda à flor da pele.

Disponível em: www.fashionup.com.br/noticias_detalhe.asp?id=78

Acesso em: 18 março 2008.

JONES, Sue Jenkyn. Fashion Design: o manual do estilista. São Paulo: Cosac Naif, 2005.

MUNICCHI, Anna. Ladies in Fur 1900-1940. Modena(Italy): Zenfi Editori, 1992.

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A cultura do couro no Brasil não vem apenas como uma simples cultura para a

sobrevivência, e sim como uma forma histórica e tradicional da região nordeste

do país. Deve-se levar em conta o solo que é apropriado para criação de gado,

a colonização da região, a tradição e a auto-sobrevivência do "vaqueiro".

Por mais que seja uma cultura de crueldade, é uma das tradições mais antigas

do país, sendo praticamente impossivel adotar outros meios para conseguir o

couro, logicamente.Temos que ter em vista, também, o lado negativo, pois a

criação de gado provoca em seu solo o desgaste e produz gases maléficos

para a atmosfera da terra, além de que no processo de curtimento são usadas

substâncias quimicas muito fortes, que comprovam em dados que quem

trabalha da área de curtimento.2

Atualmente, graças a tecnologia têxtil, foram criados novos materiais para

substituir a pele natural. Marcas como Ralph Lauren, Calvin Klein e Tommy

Hilfinger, declararam publicamente a iniciativa de não usar mais peles e

materiais de origem animal, eles dizem ser apenas uma questão de ética, mas

podemos notar que é também uma tendência comportamental.3

7. A indústria de peles

A indústria da moda utiliza peles de animais para a confecção de casacos,

calçados, estofaria e marroquinaria. Muitos estilistas baseiam coleções inteiras

2 FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO. Diário de Pernambuco.

Disponível em:

www.fundaj.gov.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode

=16&pageCode=602&textCode=5591&date=currentDate

Acessado em: 20 abril 2008

3 RAMOS,Jaqueline B. Moda sem crueldade.

Revista dos vegetarianos, São Paulo, ano.2, n. 16, p. 48-51, fev. 2008.

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com a matança de animais inocentes, mortos de maneira que nenhum ser vivo

deveria sequer conhecer.

São diversos os modos como matam os animais, tais como: caça com

armadilha; asfixia; eletrochoque genital; injeção de veneno; quebra de pescoço

ou se corta a língua do animal e o deixa sangrar até sua morte (embora não

seja muito ultilizado pois pode ser possivel estragar a pele).

Utilizam estes métodos, que são os mais cruéis, para não estragar a pele, pois

qualquer outro método sujá-la-ia com sangue e partes internas do corpo.

Os animais que são utilizados neste trabalho são muitas vezes animais em

extinção e animais de grande beleza e pequeno porte, tais como raposa,

coelho, marta, lince, chinchila e guaxinim.

Deve-se ressaltar que, além destes animais, nos últimos tempos temos

assistido a utilização de animais domésticos, como cão e gato (que são mortos

pelo fato de seus pêlos serem muito curtos para serem cortados ainda com o

animal vivo), também para esta indústria nada gentil, porém uma realidade

assustadora até que se tome uma atitude não só da população mundial, mas

dos governos.

Estima-se que mais de dois milhões de animais de estimação sejam mortos

anualmente para a confecção de casacos. [ e quem os comercializa? ][ e quem os comercializa? ][ e quem os comercializa? ][ e quem os comercializa? ]

Para que se tenha uma idéia aproximada, para confeccionar casacos de pele

de comprimento médio, são mortos 125 Arminhos, 100 Chinchilas, 70 Martas

Zibelinas, 30 Ratos Almiscarados, 30 Coelhos, 27 Guaxinins, 17 Texugos, 14

Lontras, 11 Raposas Douradas ou 11 linces para cada casaco.

A triste realidade é de que as etiquetas muitas vezes não indicam a origem das

peles, e mesmo quando o fazem, nem sempre a indicação é verdadeira.4

4 ACÇÃO ANIMAL. Peles e pêlo: fatos e estátisticas: indústria das peles. Disponível em: www.accaoanimal.com/site/content/view/147/149/ Acesso em: 18 março 2008.

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“Segundo estimativas da Fur-Free Alliance, uma coalização internacional

formada por cerca de 30 organizações de proteção animal, a indústria da

pele mata por ano cerca de 50 milhões de animais para o mercado da

moda, de lobos a esquilos (e o levantamento nem inclui coelhos, por falta

de números oficiais). E para piorar a situação, uma investigação da ONG

Humane Society, dos Estados Unidos, no final da década de 90 divulgou

a matança indiscriminada de gatos e cachorros na China e outros países

asiáticos. Os animais, alguns de raça e outros de rua, são abatidos

covardemente depois de semanas de confinamento e sua pele abastece

a indústria de roupas, acessórios, e bugigangas em geral que são

exportadas para todo o mundo.” (RAMOS, 2008, p.49)

• INTERPRETEM/COMENTEM O TRECHO CITADO ANTES DE ABRIR

UM OUTRO SUBTÍTULO OU CÁP.

7.1 Outras alternativas7.1 Outras alternativas7.1 Outras alternativas7.1 Outras alternativas

Com o desenvolvimento da tecnologia têxtil, entram em cena materiais

derivados de fibras naturais e sintéticos, que se tornou um estilo chamado veg

fashion, ou moda sem crueldade, lançando um novo olhar sobre o que é ser

chic. Não nos sobram dúvidas de que não precisamos de peles de animais

como roupas devido ao grande recurso de fibras ecológicamente corretas,

como algodão, bambu, cânhomo, entre outras que já estão no mercado.5

ACÇÃO ANIMAL. Peles e pêlo: fatos e estátisticas: técnicas útilizadas. Disponível em: www.accaoanimal.com/site/content/view/199/149/ Acesso em: 18 março 2008. PEA. Extração de peles. Disponível em: www.pea.org.br/crueldade/peles/index.htm Acesso em: 18 março 2008. 5 RAMOS,Jaqueline B. Moda sem crueldade.

Revista dos vegetarianos, São Paulo, ano.2, n. 16, p. 49, fev. 2008.

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“As inovações tecnológicas da tecelagem trouxeram tecidos

multifuncionais, mais leves e mais elásticos, permitindo a confecção de

roupas sem costura e acabamentos; os tratamentos que fazem o tecido

não amassar geram roupas mais fáceis de passar e ideais para viagens.

Há novos desenvolvimentos em microfibras que podem transmitir

aromas e vitaminas e proteger contra condições ambientais nocivas,

como a radiação. O consumidor agora também demanda o conforto

emocional de saber que os fornecedores de suas roupas seguem

métodos de produção éticos e sustentáveis, com controle dos resíduos.”

( JONES, 2005, p.30)

A microfibra sintética surgiu na indústria têxtil por volta dos anos de 1960,

fazendo com que as empresas não só criassem novos e diferenciados

produtos, mas também a crescente substituição da fibra natural, reduzindo

gastos e obtendo grandes ganhos de custo. A fibra sintética é uma mistura de

diversas fibras, incluindo acrílico, modacrílico e poliéster.

Como foi dito anteriormente, milhares de vacas, porcos, ovelhas, cabras, entre

outros animais, são abatidos todos os anos, para a utilização de sua carne e

também de sua pele, como meio de aproveitar o animal por inteiro. Para a pele

animal se tornar couro, ela precisa passar pelo processo de curtume, no qual

são usados substancias químicas perigosas, tanto para o meio ambiente como

para o homem. Um levantamento oficial mostra que as pessoas que trabalham

nessas indústrias de curtume ou as que moram próximo delas, são comumente

vítimas de câncer devido às substâncias tóxicas. Já as indústrias de lã, através

da criação intensiva dos animais, são responsáveis por impactos no meio

ambiente, através da poluição da água e da grande quantidade de gás metano

na atmosfera. Além das novas fibras sintéticas preservarem mais o homem e o

meio ambiente, ela possui custo mais baixo, é possível dizer que as fibras

sintéticas se tornaram melhores que as naturais. (RAMOS, 2008, p.49)

Uma maneira de pensar em sustentabilidade, é a criação inovadora de novas

fibras sintéticas, similares a pele, ou simplismente pensar em fibras têsteis que

não prejudiquem o meio ambiente, e até melhor, que ajudem o meio ambiente.

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Uma dessas grandes inovações, ocorreu aqui no Brasil, quando dois alunos da

faculdade belas Artes se destacaram com seu projeto inovador que trás um

grande significado nos trabalhos de reciclagem em nosso país, o tecido criado a

partir da bituca de cigarro, que são em média em São Paulo certa de 15 mil

toneladas de lixo produzido diariamente, 13 toneladas6 são bitucas de cigarro7

que demoram cerca de 5 anos para se decompor no meio ambiente. Os filtros

passam por uma limpeza, onde perdem a coloração amarela causada pela

nicotina, resultando um produto hipoalérgico e higiênico.

O uso da massa celúlosica resultante da reciclagem dos filtros para a

confecção de tecidos, é uma brilhante idéia que deve atender o mercado

têxtilnos seguimentos de moda, acessórios de moda, imóveis e industrias em

geral.8 [Ler atentamente pois esse trexo é novo no trabalho/ver se tem

erro ]

8. A pele e o couro no mercado da moda

Mesmo com toda a crueldade envolvida na indústria de peles e couro, ainda

existe um glammor que sustenta esse mercado, grifes como Vogue América,

Yves Saint-Laurent, Prada e Jean Paul Gaultier ainda valorizam peças de pele

real, “propagando a idéia de que usá-las é elegante. O maior desafio é mudar a

mente das pessoas em relação a este conceito”; diz a autora de artigos sobre

crueldade com animais na moda e diretora das duas edições do desfile “Veg

Fashion”, Danielle Ferraz. (RAMOS, 2008, p.49)

6 Dado baseado em pesquisa do Datafolha que diz que em São Paulo existem 2,5 milhões de

fumantes - pesquisa realizada com pessoas acima de 18 anos - que fumam em média 12

cigarros por dia. 7 Uma bituca pesa 0,4g. 8 REVISTA TÊXTIL.Tecido de filtro de cigarro.

Disponível em: http://www.revistatextil.com.br/noticias_detalhes.asp?tipo=T&numero=151

Acessado em: 01 maio 2008

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“Quando as pessoas vestem roupas. Elas não tem a experiência dos

intricados estágios iniciais da construção, da escolha do tecido e do

desenho e arranjo das peças do molde, da sensação de cortar o tecido

do encaixe dos componentes abstratos e da construção da roupa final.”

(Charlie Watkins, modelista de Hussein Chalayan)

• É preciso que haja conecção entre as idéias e a citação.

Acompanhando a tendência dos dois últimos anos, estilistas como Ralph

Lauren, Calvin Klein, Kenneth Cole, Tommy Hilfiger e marcas nacionais como a

Rainha (marca esportiva que criou um tênis 100% ecológico)9, já aderiram a

essa moda, declarando publicamente a resolução de não usar mais peles e

materiais de origem animal em suas criações, e o melhor: puramente pela

questão da ética.10

A palavra ética, é derivada do grego etchiké, é parte de uma filosofia que

estuda os princípios morais e ideais da conduta humana.11

Enquanto isso a organização PETA (People for the Ethical Treatment of

Animals) continua com seus protestos contra o uso de peles de animais com a

ajuda de celebridades, usando o slogan “prefiro ficar nu a usar peles”. A

presidente da PETA em julho do ano passado declara, “Nós sempre estamos

procurando por novos jeitos de conscientização sobre o sofrimento extremo

pelo qual os animais passam nas fazendas onde se tiram suas peles e nas

armadilhas cruéis que o homem espalha na natureza”.

9 ECOTRENDS & TIPS. Bons Fluidos e Capricho: clipping eco-friendly.

Disponível em: www.ecotrendstips.wordpress.com/category/tendencia

Acesso em: 22 abril 2008. 10 RAMOS,Jaqueline B. Moda sem crueldade.

Revista dos vegetarianos, São Paulo, ano.2, n. 16, p. 49, fev. 2008. 11 MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 2007.

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Os “Veg Fashion” no Brasil, idealizados pela Sociedade Vegetariana Brasileira

(SVB), foram responsáveis por mostrar que nos bastidores da moda, não se

preocupam com os materiais que utiliza e valorizar grifes que apresentam

peças livres de crueldade.

“Moda sem crueldade é um conceito amplo que alia questões éticas,

sociais e ambientais. Não se pode (nem se deve) pensar em acabar com

a exploração de animais sem considerar o contexto mais holístico de

destruição de ambientes naturais e hábitos insustentáveis praticados

pelo homem nos dias atuais. ‘A questão básica é o consumo ético e

consciente, respeitando os animais e o meio ambiente. Não faz o menor

sentido a utilização de peles e couros em roupas. Tanto pelo sofrimento

dos animais como pelos graves impactos ambientais associados à

criação intensiva ou captura ilegal dos animais para este fim’, afirma a

presidente da SVB.” (RAMOS, 2008, p.50)

A pele é uma indústria de longa data, como podemos ver no caso da marca

Fendi:

“A compania fabricava bolsa de couro macio e sacolas de verão de tiras

de lona. Em 1963, Karl Largerfield foi contratado para desenhar peles;

quatro anos depois, a empresa começou a apresentar coleções a

compradores internacionais. A maior contribuição da Fendi para a moda

está em suas técnicas pioneiras de cortar peles, no uso de peles tingidas

e na mão-de-obra de alta qualidade.” (O’ Hara Callan, p. 129, 2007)

Hoje os empresários e estilistas têm em mente de que o foco de sua marca é o

direito e a preservação de animais, sabendo que esse conceito leva a outras

discussões, como impactos ambientais, o não respeito a direitos humanos e

danos à saúde. A “Veg Fasion”, como em qualquer atividade econômica,

também vale a lei da oferta e procura, quanto maior a demanda, as opções de

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oferta crescem, refletindo num preço final mais competitivo e menor. Por tanto,

para a moda consciente não sair de moda é necessário que as pessoas

procurem saber mais a respeito de produtos ecologicamente correto,

respeitando os animais. [ REDAÇÃO ]

No Brasil, o conceito de moda consciente é mais novo, porém a consciência é

crescente, e as opções de veg fashion vão surgindo e se estabelecendo. A

questão é de que algumas grifes brasileiras estão bem avançadas na questão

de campo ambiental, usando matérias orgânicas ou recicladas, porém nem

sempre são tão criteriosas com o não uso mais de materiais de origem animal.

A expectativa é de que esta tendência se aprimore e se aprofunde, eliminando

materiais provenientes de peles, couro e outros derivados.

É importante saber que uma moda livre de crueldade pode ser feita com

informação, quem não conhece a crueldade por trás de seus casacos, sapatos,

etc, deve usar o conhecimento para adquirir novos hábitos, questionando a

origem do material de suas roupas e ser mais criterioso na hora da compra,

afinal, como bem se resume o slogan da veg fashion “ser chic é ser

consciente”, e ninguém em sã consciência quer ser cúmplice de exploração,

covardia e maus-tratos a qualquer ser vivo. (RAMOS, 2008, p.50-51)

8.1 A pele humana

Como se não bastasse a crueldade com o meio ambiente e os animais que

vivem nele, hoje existe a venda da pele humana que não da o nome de serial

killer a quem compra.

Um site americano chamado “oneplusyou” tem uma “calculadora do

cadaver”(the cadavel calculation) que diz quanto vale a sua pele depois de

morto, para saber, basta responder um questionário no próprio site, uma das

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perguntas é, “Qual a cor da sua pele?”, quando você seleciona “branca”, o

preço pela sua pele almenta.

Algo parecido ocorreu a muitos anos atrás, quando em um enterrogatório Franz

Ziereis, comandante de um campo de concentração “confessou” ter gaseado

65.000 pessoas e ter fabricado abajures de pele humana, dez mêses após

essa “confissão” Ziereis morreu, no dia 23 de maio de 194. <

http://www.zundelsite.org/english/porter/Portug.pdf >

8.2 Econômia verde

Moda consciente não é apenas salvar os animais, é sustentábilidade, afinal,

como já foi dito, a indústria de peles é uma das que mais poluem o meio

ambiente. Des de o ano passado, carreiras que defendem o verde estão em

alta, o cuidado do meio ambiente entrou na pauta das empresas, primeiro

porque são obrigadas a cumprir com as rigorozas leis ambientais, que rendem

multas altas a quem não respeita-las, em segundo porque há a necessidade de

receber o ISO 14000, que é apenas concedido a empresas que implantam um

sistema de gestão ambiental, trazendo pontos e agrada o consumidor, e em

terceiro lugar, as empresas começaram a aprender que agredir o meio

ambiente trás a ameaça a própria sobrevivência.

Essa nova tendência trás novos empregos, pois é necessário mão-de-obra

especializada, como antes era mais difícil achar um proficional com mais de

quatro anos de experiência, as empresas começaram a buscar estagiários que

estivessem no primeiro ano.12

A General Electric vem com uma recente e significativa mudança estratégica,

com o faturamento de 172 bilhões de dólares o ano passado, em 2004 o

12 PLANETA SUSTENTÁVEL. O futuro é verde nas empresas.

Disponível em: www.planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/conteudo_255147.shtml Acessado em: 01 maio 2008

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presidente da GE, Jeffrey Immelt determinou que todas as áreas da empresa

deveriam se engajar na produção de produtos ambientalmente corretos. Sem

muito apoio Immelt hoje Immelt tem uma das marcas mais mais vísiveis de sua

gestão des de que assumiu a presidência. O pragmatismo de Immelt é

resumido no lema: “Green is green”(verde é verde), que lança uma causa de

efeito direto entre produtos sustentáveis e lucro.

Em um pouco mais que três anos Immelt está a frente da mais arrojada

estratégia de lançamentos de produtos verdes no mundo, até sua lista de

equipamentos e serviços foi batizada de Ecomagination (ecomaginação), que

vão de turbinas que emitem menos gases de efeito estufa a sistemas de

automação para casas que visam reduzir o consumo de água e energia. Assim

as vendas somaram 14 bilhões de dólares em 2007, que seria quase a 10%

das vendas globais da GE e valor semelhante ao lucro total de empresas como

Google e Avon nos Estados Unidos, esses negócios geraram um lucro

dequase 1 bilhão de dólares e segundo estimativas o faturamento da

Ecomagination cresce três vezes mais que a média dos outros produtos da

companhia, se tornando um exemplo eloqüente dos disafios de uma empresa

ao colocar em prática uma estratégia verde.

A nova GE, hoje etá reduzindo, de fato, a emissão de carbono (nos últimos

quatro anos, diminuiu 20% mesmo com o crescimento de 40% das vendas.

Immelt além disso, também se dedicou para despoluir o rio Hudson em Nova

York, do qual possui uma história de quade três décadas durante as quais a

GE despejou substâncias tóxicas em suas águas, assim trazendo a adimiração

de ambientalistas.13

9. Animais racionais

13 MANO, Cristiane.Econômia. Revista Exame, São Paulo, ano.42, n. 05, p. 20-30, 26 março. 2008.

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Assim como nós, os animais são racionais. A psicóloga Irene Pepperberg em

1977, resolveu descobrir o que passava na cabeça dos animais, por tanto,

conversando com eles. Começando por Alex, um papagaio cinzento que tinha

na época um ano. Sua intenção era ensiná-lo a reproduzir os sons da lingua

inglesa, Irene acreditava que se ele aprendece a falar, ele poderia lhe dizer

como via o mundo.

Quando Irene iniciou sua pesquisa com Alex, muitos ciêntistas concideravam

os animais incapazes de qualquer tipo de pensamento: para eles, os animais

apenas reagiriam a estímulos, o que qualquer pessoa que já teve ou tem um

animal de estimação discordaria.

“Reconhecemos o amor no olhar de nossos cães e, é óbvio para nós,

que eles têm pensamentos e emoções. No entanto, o fato é que ninguém

provou isso de maneira incontestável.” 14

Com esse estudo foi possivel concluir que os papagaios, por exemplo, sabem

que outras aves da mesma espécie costumam roubar alimentos e que a

comida corre o risco de estragar; as ovelhas conseguem distinguir rostos; os

chimpanzés usam várias ferramentas para escarafunchar ninhos de cupim e

até dispõem de armas para abater pequenos mamíferos; e os golfinhos imitam

posturas humanas.

Podemos, então, perceber que não somos os únicos capazes de raciocinar,

planejar, inventar ou observar a nós mesmos. Os animais são racionais, ao seu

modo, têm sentimentos e merecem respeito. Não temos o direito, a presunção

de achar que apenas por não conseguirem se comunicar diretamente conosco,

somos seres superiores. Afinal, estamos todos sob a mesma terra e somos

14 REVISTA NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL.Mentes que Brilham.

Disponível em: www.viajeaqui.abril.com.br/ng/materias/ng_materia_270789.shtml

Acessado em: 01 maio 2008

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seres vivos e deveríamos entender a grande lição das pesquisas a respeito da

cognição animal: a de humildade, conforme foi explicado acima.

REFERÊNCIAS

ACÇÃO ANIMAL. Peles e pêlo: fatos e estátisticas: indústria das peles.

Disponível em: www.accaoanimal.com/site/content/view/147/149/

Acesso em: 18 março 2008.

______________. Peles e pêlo: fatos e estátisticas: técnicas útilizadas.

Disponível em: www.accaoanimal.com/site/content/view/199/149/

Acesso em: 18 março 2008.

BAUDOT, Franços. Moda do século. São Paulo: Cosac Naify, 2002.

BRAGA, João. História da Moda. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2005.

BRAINSTORM9. PETA, uma pioneira no mareting de guerrilha.

Disponível em: www.brainstorm9.com.br/2005/03/17/peta-uma-pionei

Acesso em: 18 março 2008.

CALDAS, Dário. Observatório de Sinais: teoria e prática da pesquisa de

tendência. Rio de Janeiro: Editora Senac Rio, 2006.

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