Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola...Esse período de segregação foi marcado pelo...
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UNIDADE DIDÁTICA
Título: Educação Especial: em foco a Escola Especial – APAE
Unidade Didática apresentada como requisito parcial de avaliação do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, à Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação, Diretoria de Políticas e Programas Educacionais, Universidade Estadual de Maringá. Orientadora: Prof.ª Dra. Leonor Dias Paini
Maringá
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
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2010 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - UEM
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIDADE DIDÁTICA
1) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professora: Luzia Coelho dos Santos
Área PDE: Educação Especial
NRE: Paranavaí
Professora Orientadora IES: Dra. Leonor Dias Paini
IES vinculada: UEM – Campus Maringá
Local de Implementação: Escola de Educação Especial “Raio de Sol”.
Público objeto da intervenção: Professores e equipe escolar
2) TEMA:
Educação especial e inclusiva.
3) TÍTULO:
Educação Especial: em foco a Escola Especial - APAE
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - UEM PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
APRESENTAÇÃO
Prezados colegas,
Como educadora há muitos anos frente a uma Escola Especial - APAE, tenho
a convicção de que pessoas motivadas aprendem mais e com isso encontram forças
para agir e avançar sempre. No momento, encontro-me motivada e por entender a
importância da ação dos profissionais que atuam na escola especial conhecendo
seus anseios e angústias frente a educação especial inclusiva é que está sendo
proposto um estudo mais aprofundado sobre o tema e acredita-se que este servirá
de apoio aos profissionais no que se refere as mudanças atuais que vem
acontecendo no estado.
A Unidade Didática é um instrumento composto por um conjunto de recursos
teórico-prático que propiciará ao professor oportunidades de leitura e reflexões sobre
a educação especial, enfatizando a Escola Especial – APAE, e qual a sua
importância dentro do município.
Espera-se que as leituras, as reflexões e sugestões que daí resulta, sirvam
para apoiar o trabalho do professor e equipe técnica no seu cotidiano.
Sendo assim, espero que você “profissional da escola especial” percorra esse
caminho em busca do conhecimento... Eis aí o desafio!
Luzia Coelho dos Santos
Professora PDE/2010
Imagens retiradas e autorizadas pela Microsoft Word pelo link clip-arts Office
Online. Acesso em 16 de agosto de 2011.
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INTRODUÇÃO
A Unidade Didática aqui apresentada foi organizada sob a orientação da
Professora Doutora Leonor Dias Paini – UEM – e faz parte de uma das atividades do
Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, que integra as políticas de
valorização dos professores que atuam na Rede Pública de Ensino do Estado do
Paraná.
Este material será desenvolvido na Escola de Educação Especial Raio de Sol
– APAE de São João do Caiuá e tem por objetivo contribuir com os professores e
equipe técnica da escola no que se refere à Educação Especial, tendo como foco a
escola especial – APAE. Assim pergunta-se: Como tem sido a valorização do
trabalho da Escola Especial - APAE diante da educação inclusiva para as crianças
com necessidades educativas especiais? Como está sendo vista pelos profissionais
que atuam na escola especial as politicas de inclusão? E os professores da
educação básica estão preparados para uma inclusão de qualidade? Qual a
importância da Escola Especial para a comunidade?
No Brasil, muitas discussões e muitos questionamentos têm sido feitos por
educadores e profissionais de áreas afins sobre as novas políticas públicas para
inclusão educacional de alunos com necessidades educacionais especiais.
Podemos dizer que a Inclusão Educacional não pode e não deve se restringir
apenas à matrícula dos alunos com necessidades educacionais especiais no ensino
regular, mas, é necessário garantir a permanência desses alunos na escola.
Sabemos e temos o conhecimento de que o aluno muito comprometido
mentalmente, dificilmente se adapta em qualquer ambiente, daí a sua permanência
na escola especial acaba sendo o melhor.
Hoje, as escolas especiais contam com professores capacitados e uma
equipe técnica que interagem em parceria com o coordenador pedagógico na
busca de ações concretas que venha de encontro ao Apoio à Inclusão, assegura o
acesso e a permanência de alunos com deficiência intelectual e múltiplas
deficiências, visado o desenvolvimento de seu potencial, através do atendimento
especializado adequado às suas necessidades.
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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O atendimento social e educacional à pessoa com deficiência, ao longo da
história, tem sido caracterizado por diferentes e marcantes fases no Brasil e no
mundo. Em cada momento histórico há o predomínio teórico e/ou prático de uma
dessas fases, cada qual fundamentada em um determinado paradigma. O
desenvolvimento de uma nova fase não representa a total supressão de práticas
social anteriores.
A primeira delas caracteriza-se pela fase da exclusão, seguida pelas fases
da segregação, institucionalização, integração e inclusão. A partir desse momento
explicam-se as diferentes fases.
Segundo Aranha (2005), a primeira fase do atendimento à pessoa com
deficiência se caracteriza pela exclusão, presente desde a sociedade primitiva.
Nessa sociedade, a luta pela sobrevivência era um processo constante, pois o
ambiente naquela época era muito desfavorável, principalmente para os idosos e
para as pessoas com deficiência. Os homens empreendiam uma luta constante por
alimentos e abrigos, se mudando sempre de um lado para outro. Além disso, para se
protegerem dos animais selvagens, os homens daquela época precisam de muita
força física e rapidez. Diante disso, sobreviver era complicado, assim, o abandono
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dos mais fracos e daqueles que, por algum motivo, não conseguisse se locomover
com agilidade para acompanhar o grupo era uma prática comum e sem culpa.
Segundo BIANCHETTI (1998) registros arqueológicos revelam que durante o
período pré-histórico o que determinava a sobrevivência eram a destreza e a força
física, tendo em vista que se tratava de comunidades nômades que lutavam pela
sobrevivência em um meio hostil e perigoso. A luta para conseguir alimentos ou
defender-se de animais selvagens levou essas comunidades a valorizarem a força
física e muitas vezes deixarem para trás os fracos, os velhos ou deficientes.
No período que se estende da pré-história até as civilizações antigas,
segundo Aranha (2005), a história não dispõe de fatos objetivos que registrem a
relação entre sociedade e a pessoa com deficiência nem em Roma e tampouco na
Grécia Antiga. O que se reconhece é que a preocupação e supervalorização do
corpo eram demasiadamente exageradas. Assim, imagina-se como a pessoa com
deficiência era recebida, vista por aqueles que buscavam a perfeição do corpo, uma
vez que essa pessoa não correspondia aos padrões estéticos tão idolatrados por
aquela sociedade.
Portanto, a história nos relata que a exclusão das pessoas com deficiência
continuou durante todo esse período histórico. A prática do abandono e da
eliminação era concebida como uma atitude normal. Segundo Aranha (2005, p.11),
“[...] na Antiguidade a pessoa diferente não era sequer considerada ser humano [...]”.
A literatura confirma que mesmo entre as civilizações antigas, o ato de eliminar ou
abandonar o deficiente a própria sorte tornou-se uma atitude corriqueira (BARBY,
2005, p.12),
Na Idade Média, a pessoa com deficiência era vista sob o aspecto da
natureza religiosa. Porém, vale ressaltar que as práticas excludentes que foram
evidenciadas lá na pré-história sobreviveram até o Cristianismo. A partir desse
marco, a Igreja passou a cuidar das pessoas com deficiência condenando o
abandono, o extermínio e o infanticídio, alegando que essas pessoas também eram
possuidoras de alma. Porém, mantinham-nas segregadas em seus edifícios.
No entanto, a mesma Igreja que trouxe em sua prática a caridade e amor,
legitimou a exclusão. Durante a Inquisição, muitas pessoas com deficiência foram
acometidas pelas práticas do exorcismo e queimadas na fogueira em nome da
purificação. Como justificativa para estas práticas, a Igreja disseminava que a
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deficiência estava ligada ao sobrenatural, especificamente as obras e possessões
demoníacas.
Assim, constata-se que até o século XVI, era a Igreja que prestava
atendimento às pessoas com deficiência. Com o Renascimento e à organização da
sociedade capitalista, esta questão começa a se desvincular da órbita da Igreja,
passando para o interesse da medicina. O Renascimento difunde uma visão
humanista e científica com princípios diferentes e, até mesmo, contrários daqueles
que eram pregados na Idade Média, na qual a deficiência era tida como castigo de
Deus e a pessoa era retratada como bruxa ou feiticeira. Com desenvolvimento das
ciências modernas, a sociedade promove a substituição da visão teológica por uma
visão natural e orgânica acerca das pessoas com deficiência. Se, por um lado, a
explicação médico-patológico e a classificação das deficiências como doença
contribuem para a redução do extermínio dessas pessoas, por outro lado, elas
passaram a ser segregadas em residências e porões para que não contagiassem as
demais, continuando à margem da sociedade.
A partir do século XVII, com as guerras e seus mutilados, surge o
atendimento médico e, juntamente a essa realidade, a prestação de atendimento
hospitalizado à pessoa com deficiência. “O século XVII foi palco de novos avanços
no conhecimento produzido na área da Medicina, o que fortaleceu a tese da
organicidade, e ampliou a compreensão da deficiência como processo natural
(ARANHA, 2005, p.13)”. Contudo, não podemos deixar de lembrar que o descaso da
sociedade ainda se fazia presente em relação a essas pessoas, conservando esta
forma de atendimento até final do século XVIII.
Essa maneira de agir promovia o afastamento total destas pessoas do
convívio social, da sua comunidade de origem levando-os para as instituições
residenciais e hospitalares. Tal prática tinha como objetivo o confinamento e a
reclusão dessas pessoas, uma vez que nesse período da história eram vistas ainda,
como ameaças para a sociedade. O paradigma da institucionalização materializa-se,
portanto, através da prática de segregação.
Esse período de segregação foi marcado pelo forte caráter de reclusão das
pessoas com deficiência em ambientes fechados, que vai desde a segunda metade
de 1800 e os anos iniciais de 1900, sendo que esse tipo de atendimento tinha
caráter assistencial e filantrópico, sem nenhuma finalidade pedagógica, mas de
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proteção dos membros da sociedade, através da reclusão das pessoas ditas
anormais ou deficientes.
Com o desenvolvimento do paradigma da institucionalização, foram criadas
várias instituições, tais como, asilos, hospitais, internatos, entre outras, denominadas
instituições totais que segregavam e controlavam, de forma severa, diferentes
pessoas deficientes. Essas instituições foram criadas com o intuito de separar os
normais dos ditos anormais. A característica dessas instituições era a segregação
absoluta que permitia distanciar o indivíduo da família e da sociedade LOPES (2005,
p. 26).
As primeiras instituições criadas para o abrigo de pessoas com deficiência
surgem com objetivo assistencialista e se caracterizam como locais para
confinamento e não para tratamento ou aprendizagem. A pessoa era retirada do
convívio social, separada de sua família e da comunidade e internada em conventos,
asilos, manicômios etc. Esse movimento orientado pelo paradigma da
institucionalização tem como premissa a concepção de que o deficiente ou qualquer
pessoa que se desvie do padrão de normalidade e do comportamento estabelecido
socialmente como modelo, deve ser retirada do convívio social e colocada em outro
espaço, onde permanece segregada e separada do convívio com os demais. Ainda
nos dias de hoje, podemos observar a influência deste paradigma da
institucionalização, entendido aqui como um conjunto de ideias, valores e ações que
contextualizam as relações sociais, orientando práticas no campo da saúde e da
educação. Esse paradigma contribui de forma significativa para o nascimento do
atendimento educacional à pessoa com deficiência, que se confirma no século XIX.
Segundo Glat e Fernandes, (2005, p.36), “[...] os médicos foram os primeiros que
despertaram para a necessidade de escolarização dessa clientela que se
encontrava misturada” nos hospitais psiquiátricos, sem distinção de idade [...]”.
Assim, no final do século XIX e início do século XX, a sociedade vivenciou o
desenvolvimento de escolas, entidades e/ou classes especiais em escolas públicas,
em muitos países, inclusive no Brasil. A sociedade ainda concebia a pessoa com
deficiência como alguém que necessitava de assistência, sendo, portanto,
institucionalizadas. No entanto, nos anos 60 o paradigma da Institucionalização
recebeu inúmeras críticas. Foi apresentado como inadequado e incapaz de cumprir
sua proposta de recuperação e preparação da pessoa com deficiência para viver em
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sociedade. Assim, um novo princípio se desenvolveu juntamente ao movimento
pelos direitos humanos: o da normalização. Esse princípio priorizava à inserção da
pessoa com deficiência na sociedade, apoiando-se na ideia de que poderiam ser
ajustadas. O objetivo é de “[...] ajudá-la a adquirir as condições e os padrões da vida
cotidiana, no nível mais próximo possível do normal” (ARANHA, 2005, p.18).
O princípio da normalização fundamentou o conceito de integração, ou seja, a
ideia de que a pessoa com deficiência fosse integrada na sociedade desde que,
primeiramente, fosse modificada a ponto de se assemelhar às demais pessoas.
Ao se afastar do Paradigma da Institucionalização e adotar as ideias de
Normalização, criou-se o conceito de integração, que se referia à necessidade de
modificar a pessoa com necessidades educacionais especiais, de forma que esta
pudesse vir a se assemelhar, o mais possível, aos demais cidadãos, para então
poder ser inserida, integrada, ao convívio em sociedade (ARANHA, 2005, p. 18).
No que se refere à escola, o movimento pela integração, pautado no
paradigma de serviços, visava integrar o aluno no ensino regular, conferindo-lhe
somente recursos disponíveis na escola para que ele se adaptasse ao meio
educacional. Assim, apenas uma parcela muito pequena das pessoas com
deficiência adentrava ao ensino regular, fator que permitia a reprodução de uma
Educação Especial caracterizada como um sistema paralelo ao ensino geral, com
predomínio das escolas especiais para onde eram encaminhados àqueles que não
conseguiam atingir ou se aproximar dos graus de normalidade impostos
socialmente. Propõe a implementação de “[...] serviços de caráter clínico-
terapêutico, que objetivavam reabilitar aspectos anatômico-fisiológicos das pessoas,
de modo a torná-las o mais próximas da anormalidade possível para então serem
inseridas, integradas, ao convívio em sociedade (PARANÁ, SEED/DEE 2006, p.23).
Porém, no final dos anos 80, esse paradigma foi questionado. Um novo
enfoque social e educacional ganhou espaço nos discursos internacionais e
nacionais caracterizado pela defesa do respeito à diversidade, do
multiculturalismo e da inclusão social.
Foi exatamente nesse período, que a Educação Especial ganhou uma nova
visão ao ser caracterizada como um tipo de educação voltado ao atendimento de
pessoas com deficiência, que incluem cuidados clínicos e terapêuticos, em função
das limitações decorrentes das deficiências.
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Diante dessa nova visão que propunham alternativas de atendimento dentro
das escolas comum e do aumento das matrículas escolares, em virtude do
crescimento das populações urbanas e que permitiam o acesso à escola, houve uma
mudança na oferta da Educação Especial. Nas escolas públicas, aumentaram o
número de classes especiais, como forma de atender o aumento da demanda de
alunos com dificuldades de aprendizagem, vindos das camadas populares, que com
facilidade se adaptavam as novas práticas educacionais, voltadas ao aluno ideal,
realizadas nas escolas.
Um novo perfil de aluno passou a compor o público das escolas nessa
modalidade educacional, formado pelos alunos com as chamadas deficiências não
acentuadas, ou leves, e os distúrbios de aprendizagem, o que trouxe à tona as
contradições de um sistema educacional despreparado para lidar com os diferentes
estilos e ritmos de aprendizagem. Diferenciando-se do conceito de integração, a
idéia de inclusão defende o princípio de que é a sociedade que precisa passar por
modificações na sua estrutura para atender a todas as pessoas, independente de
suas peculiaridades. Portanto, a inclusão consiste em adequar os sistemas sociais
gerais da sociedade de tal modo que sejam eliminados os fatores que excluíam
certas pessoas do seu seio e mantinham afastadas aquelas que foram excluídas. A
eliminação de tais fatores deve ser um processo contínuo e concomitantemente com
o esforço que a sociedade deve empreender no sentido de acolher todas as
pessoas, independentemente de suas diferenças individuais e das suas origens na
diversidade humana. Pois, para incluir todas as pessoas, a sociedade deve ser
modificada a partir do entendimento de que ela é que precisa ser capaz de atender
às necessidades de seus membros (SASSAKI, 2005, p.21).
No âmbito educacional, enquanto a integração almeja integrar o aluno com
deficiência na escola, acreditando que a deficiência deveria ser superada
primeiramente, como patologia, para num momento posterior ser integrado na rede
regular de ensino, a inclusão busca por meio de seu discurso derrubar este tipo de
visão. Defende a ideia de que todos os alunos devem ter seu atendimento
educacional no ensino regular, preferencialmente, nas classes comuns, cabendo ao
sistema de ensino oferecer os serviços de apoio especializados correspondente às
necessidades educacionais especiais de cada educando, não resultando em
esforços solitários das pessoas com necessidades educacionais especiais.
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Nos anos 80 surge à discussão acerca da educação inclusiva, que, se
consolida nos anos 90, fundamentada no princípio da diversidade e no conceito da
inclusão social, propondo que a sociedade deve acolher todas as pessoas
independentes das suas diferenças. Essas discussões trazem o pressuposto de que
a pessoa com deficiência tem direito à uma convivência não segregada e ao acesso
imediato e contínuo aos recursos disponíveis aos demais cidadãos. [...] Foi nessa
busca que se desenvolveu o processo de disponibilização de suportes, instrumentos
que garantam à pessoa com necessidades educacionais especiais o acesso
imediato a todo e qualquer recurso da comunidade (ARANHA, 2005, p.21).
A educação inclusiva possibilita a construção de uma nova prática social no
tocante à Educação Especial. Segundo Glat e Fernandes (2005, p.39), a educação
especial não é mais concebida como um sistema de ensino paralelo ao ensino
regular, mas como uma modalidade da educação escolar, isto é, como parte
integrante do sistema geral educacional, responsável pela oferta de “suportes
permanente e efetivo para os alunos com necessidades especiais incluídos, bem
como para seus professores” (GLAT E FERNANDES, 2005, p.39).
O discurso inclusivo tem como alvo o reconhecimento dos direitos sociais,
dos grupos que sofreram exclusão física ou simbólica, ao longo de toda história da
humanidade.
Esse discurso traz em seus princípios, a justiça e a igualdade, nas mesmas
condições para todo cidadão. A educação inclusiva supõe uma escola na
comunidade com o compromisso e a capacidade de educar todas as crianças que
nela vivem. No entanto, o desafio que se apresenta à sociedade é a identificação
dos caminhos necessários para a efetivação deste discurso.
Desde a antiguidade, as pessoas deficientes sofrem discriminação, sendo
segregadas, atribuindo aos seus aspectos diferenciados da normalidade como
presença demoníaca ou merecedora de caridade. Em qualquer de suas
modalidades, as pessoas portadoras de deficiência sempre encontraram guarida em
todos os momentos da História. Mesmo com a evolução da sociedade, a vida da
pessoa deficiente foi marcada pelo preconceito e discriminação. O número de
deficientes aumentou durante as duas guerras mundiais, principalmente durante a
Segunda Guerra Mundial, com o extermínio nazista, através da eutanásia nos
deficientes.
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POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL DO BRASIL
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No Brasil, os diferentes atendimentos às pessoas com deficiência iniciaram
em 1854 com a criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, atual Instituto
Benjamin Constant – IBC; e em 1857 o Instituto dos Surdos Mudos, atual Instituto
Nacional da Educação dos Surdos – INES, ambos no Rio de Janeiro.
A parte legal que envolve a educação inclusiva brasileira ocorre desde 1824
quando o Brasil era império sendo consagrado na Constituição direito à educação
para todos os Brasileiros, mantido nas Constituições de 1934, 1937 e 1946. Em
1948, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela Assembléia
Geral das Nações Unidas, afirma o princípio da não discriminação e proclama o
direito de toda pessoa à educação. No Brasil a educação especial começa a ter um
cunho educacional, mas mantendo características assistencialistas, organizada
como atendimento educacional especializado paralelo ao ensino comum, com a
utilização de terminologias e modalidades que levaram a criação de instituições
especializadas, escolas especiais e classes especiais, desenvolvendo diferentes
formas de atendimentos e práticas escolares para os alunos com deficiência.
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Em 1926 criou-se o Instituto Pestalozzi, instituição especializada no
atendimento às pessoas com deficiência mental; em 1954 é fundada a primeira
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE; em 1945, é criado o
primeiro atendimento educacional especializado às pessoas com superdotação na
Sociedade Pestalozzi.
Na década de 60, o atendimento educacional às pessoas com deficiência
passa ser fundamentada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei
4.024/61, que aponta o direito dos excepcionais à educação, preferencialmente
dentro do sistema geral de ensino.
Na década de 70 a Lei nº. 5.692/71 altera a LDBEN de 1961, estabelecendo
tratamento especial para os alunos com deficiências: físicas, mentais, os que se
encontra em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os
superdotados, mas não promove a organização de um sistema de ensino capaz de
atender as necessidades educacionais especiais reforçando o encaminhamento dos
alunos para as classes e escolas especiais.
Em 1973, é criado no MEC, o Centro Nacional de Educação Especial –
CENESP, responsável pela gerência da educação especial no Brasil, que, passa a
impulsionar ações educacionais voltadas às pessoas com deficiência e às pessoas
com Superdotação; configuradas por campanhas assistenciais e com ações isoladas
do Estado. Tendo como um dos objetivos fundamentais da Constituição Federal de
1988 os de: “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art.3º inciso IV). Garantindo no
artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno
desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o
trabalho. No artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e
permanência na escola”, como um dos princípios para o ensino e, garante como
dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado,
preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208).
As primeiras evidências do movimento da inclusão no setor educacional
podem ser identificadas na Declaração Mundial sobre Educação para Todos (1990),
que defende a universalização da educação e a satisfação das necessidades
básicas de aprendizagem de todas as pessoas, cobrando ações mundiais para isto.
No que se refere especificamente às pessoas com deficiência recomenda no item 5,
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do artigo 3 que: As necessidades básicas de aprendizagem das pessoas portadoras
de deficiências requerem atenção especial. “É preciso tomar medidas que garantam
a igualdade de acesso à educação aos portadores de todo e qualquer tipo de
deficiência, como parte integrante do sistema educativo” (UNESCO, 2010b, p.4).
Para atender ao compromisso firmado na Declaração Mundial sobre
Educação para Todos (1990), em 1994 foi realizada a Conferência Mundial de
Educação Especial em Salamanca (Espanha) resultando na Declaração de
Salamanca (1994), documento que se constitui num marco histórico para a
educação inclusiva.
Em 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – nº. 9394/96
Estabelece os rumos e os fundamentos da educação brasileira e dá um enfoque
especial, através de capítulo próprio, com conceitos e abordagens sobre
atendimento, currículos, professores, profissionalização, instituições privadas sem
fins lucrativos que atuam no setor, e ainda apoio técnico e financeiro do poder
público. É uma nova visão de Educação Especial ligada à educação escolar e ao
ensino público. Ainda de acordo com a Lei de Diretrizes, o artigo 59, inciso I, II, III e
IV da lei 9.394/96 (Brasil, 1996) os sistemas de ensino assegurarão aos educando
com necessidades especiais tratamento diferenciado, ou seja:
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas necessidades; II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora (BRASIL, 1996).
Vale destacar que em 2001 na Resolução CNE/CEB nº. 02, no seu artigo 5º,
oficializam que os educandos com Necessidades Educacionais Especiais são todos
aqueles que, durante o processo educacional apresentar: „I - dificuldades
acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que
dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidas em dois
grupos; a) aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específicas; b) Aquelas
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relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências. II – dificuldades de
comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando a
utilização de linguagens e códigos aplicáveis; III – altas habilidades/superdotação,
grande facilidade de aprendizagem que os levem a dominar rapidamente conceitos,
procedimento e atitudes (BRASIL, 1996).
As pessoas com deficiência são concebidas, comumente, como aquelas que
não correspondem ao padrão de normalidade ditado pelos padrões sociais.
Princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças devem
aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades
ou diferenças que elas possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer e
responder às necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos
e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos
através de um currículo apropriado, arranjo organizacional, estratégias de ensino,
usa de recurso e parceria com as comunidades (UNESCO, 1994, p.11).
EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL
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De acordo com reportagem publicada na Revista Nova Escola (2009), a
Educação Especial no Brasil teve uma longa trajetória demonstrada na listagem que
se segue na ordem relacionada:
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EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL: SUA TRAJETÓRIA
1854 – Problema Médico: Dom Pedro II funda o Imperial Instituto dos Meninos Cegos no Rio de Janeiro e não há preocupação com a aprendizagem.
1948 – Escola para Todos: é assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que garante o direito de todas as pessoas à Educação.
1954 – Ensino Especial: é fundada a primeira Associação de Pais e amigos (APAE), na qual o ensino especial surge como opção para escola regular.
1961 – LDB Inova: proclamada a lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional (LDB), a qual garante o direito da criança com deficiência à Educação, preferencialmente na escola regular.
1971 – Retrocesso Jurídico: foi estabelecida a Lei nº5692/71 que determina "tratamento especial" para crianças com deficiência.
1973 – Segregação: é criado o Centro Nacional de Educação Especial (CENESP) que tem a perspectiva de integrar os alunos que acompanhar o ritmo de estudos, os demais estudantes se ingressariam na Educação Especial.
1988 – Avanço na Nova Carta: a Constituição estabelece a igualdade no acesso à escola. O Estado deve dar atendimento especializado, de preferência na rede regular.
1989 – Agora é Crime: aprovada a Lei nº7853/89 que criminaliza o preconceito. Esta lei só entrou em vigor apenas em 1999.
1990 – O Dever da Família; Direito Universal: o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece aos pais ou responsáveis a obrigatoriedade da matrícula dos filhos em rede pública.Com o Direito Universal, houve a Declaração Mundial de Educação para Todos reforça a Declaração Mundial dos Direitos Humanos e estabelece que todos devem ter acesso à Educação.
1994 – Influência Externa; Mesmo Ritmo: a Declaração de Salamanca define políticas, princípios e práticas da Educação Especial e influi nas políticas públicas da Educação. No Mesmo Ritmo, a Política Nacional de Educação Especial condiciona o acesso ao ensino regular àqueles que possuem condições de acompanhar "os alunos ditos normais".
1996 – LDB Muda Só Na Teoria: a Nova Lei atribui às redes de ensino o dever de assegurar currículo, métodos, recursos e organização para atender às necessidades dos educandos.
1999 – Decreto nº3298: é criada a Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, e define a Educação Especial como ensino complementar.
2001 – As Redes se Abrem; Direitos: a Resolução CNE/CEB2 divulga a criminalização da recusa em matricular crianças com deficiência, com isso aumentou o número de dessas crianças no ensino regular. Em relação aos direitos, o Brasil promulga a Convenção de Guatemala, que define como discriminação, com base na deficiência, o que impede o exercício dos direitos humanos.
2002 – Formação Docente; Libra Reconhecida; Braile em Classe: a Resolução CNE/CP1 define que o ensino superior deve preparar os professores na formação acadêmica para atender alunos com necessidades especiais. A Lei nº10436/02 reconhece a língua brasileira de sinais como meio de comunicação e expressão. Em relação ao Braile em Classe, houve a Portaria nº2278/02 que
17
aprova normas para uso, o ensino, a produção e difusão do braile em todas as modalidades de Educação;
2003 – Inclusão se Difunde: O Ministério da Educação (MEC) cria o Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, que forma professores para atuar na disseminação da Educação Inclusiva;
2004 – Diretrizes Gerais: o Ministério Público Federal reafirma o direito à escolarização de alunos com e sem deficiência no ensino regular;
2006 – Direitos Iguais: convenção aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) estabelece que as pessoas com deficiência tenham acesso ao ensino inclusivo;
2008 – Fim da Segregação; Curva Inversa; Confirmação: a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva define: todos devem estudar na escola comum. Já a Curva Inversa ocorreu devido ao fato, pela primeira vez, o número de crianças com deficiências matriculadas na escola regular ultrapassa a quantidade das que se encontram na escola especial. Em 2008, ocorreu a confirmação, pois o Brasil ratifica a convenção dos direitos das pessoas com deficiência, da ONU, fazendo da norma parte da legislação nacional.
Fonte: REVISTA NOVA ESCOLA. Edição Especial: Inclusão. São Paulo: Abril, n. 24, jul. 2009. p.10-14. SASSAKI, Romeu Kazumi.
Com isso pode-se concluir que no Brasil a Educação Especial, já passou por
várias reformas legislativas e políticas, mas ainda não foram disponibilizadas verbas
suficientes para a educação, principalmente para Educação Inclusiva como ela é
preconizada em lei. Não existe ainda, uma preparação de educadores da Educação
Especial e Inclusiva, isso se nota pelo despreparo dos mesmos para trabalhar com
essas pessoas.
APAES NO BRASIL
Fonte: arquivo próprio.
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE é um Movimento
que se destaca no país pelo seu pioneirismo na educação para portadores de
18
deficiência. Nascida no Rio de Janeiro, no dia 11 de dezembro de 1954. Foi criada
por um grupo, congregando pais, amigos, professores e médicos de excepcionais,
que unidos fundou a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais –
APAE Brasil.
No período de 1954 a 1962 foram surgindo outras APAEs no Brasil, conforme
a necessidade, sendo que em 1962 na cidade de São Paulo aconteceu o primeiro
encontro de dirigentes apaeanos, para discutir a questão da pessoa portadora de
deficiência com um grupo de famílias que trazia para o movimento suas experiências
como pais de deficientes e, em alguns casos, também como técnicos na área. Com
isso sentiu-se a necessidade da criação de um organismo nacional, foi onde criou-se
a Federação Nacional das APAEs.
Logo o Movimento se expandiu para outras capitais e depois para o interior
dos Estados. Hoje é o maior movimento filantrópico do Brasil e do mundo, na sua
área de atuação. Houve uma explosão de criação de outras APAEs, o que logo
colaborou para a criação das Federações Estaduais, mesmo levando-se em conta
as dificuldades de um país como nosso terrivelmente carente de recursos no campo
da Educação e mais ainda, na área de Educação Especial.
De acordo com o histórico das APAEs publicado no portal da Federação
Estadual das APAEs do Paraná o movimento possui uma estrutura que está
dividida em quatro dimensões:
APAE do Município: são os pais e amigos que atuam no município em que a
entidade se localiza, assegurando os direitos dos portadores de deficiência.
Coordenadoria Regional: todas as microrregiões do Brasil estão organizadas em delegacias regionais. A comunidade apaeana de cada região deve ter a programação dos eventos da sua localidade. O delegado regional é eleito pelas APAEs da microrregião.
Federação das APAEs do Estado: as APAEs estão organizadas em federações em cada estado. Estas entidades são responsáveis pelo trabalho de realização dos direitos dos portadores de deficiência em âmbito estadual; pelos contatos com determinados órgãos estaduais e pela promoção de eventos como olimpíadas, festivais e congressos. Cada delegado regional é eleito pelas APAEs e faz parte do Conselho de Administração.
Federação Nacional das APAEs: é a entidade responsável pelo direcionamento das atividades do movimento no contexto nacional e lidera a luta pelos direitos dos cidadãos com deficiência no País. Para tanto, estabelece contatos com os órgãos competentes e promove eventos nacionais necessários ao desenvolvimento das atividades da área.
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A Federação das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais do Estado
do Paraná - FEDAPAEs faz parte do movimento Apaeano brasileiro, que hoje é
considerado o maior movimento social de caráter filantrópico do Brasil.
Em Assembléia Geral das APAEs (Associações de Pais e Amigos dos
Excepcionais) do Estado do Paraná, realizada na cidade de Foz do Iguaçu, na data
de 29 de maio de 1993 em cumprimento ao Estatuto da Federação Nacional, órgão
coordenador das ações no contexto brasileiro, foi criada a Federação das de
Pais e Amigos dos Excepcionais do Estado do Paraná – FEDAPAEs e trata-se de
uma Organização Não Governamental (ONG). Com sede na cidade de Curitiba,
capital do Estado do Paraná, a FEDAPAEs tem carácter cultural, assistencial e
educacional às pessoas portadoras de deficiências.
Fonte: http://www.apaepr.org.br/artigo.phtml?a=78
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A APAE EM SÃO JOÃO DO CAIUÁ
Fonte: arquivo próprio
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE de SÃO JOÃO DO
CAIUÁ foi fundada em 07 de dezembro de 1990, por um grupo de pessoas que
buscavam dar condições de escolaridade às pessoas portadoras de deficiências
domiciliadas em nosso município.
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE de SÃO João do
Caiuá está inscrita no CNPJ sob o número 80.899.495/0001-71; possui registro na
Federação Nacional das APAEs – nº.843/91; possui também reconhecimento de
Utilidade Pública Municipal, Lei Nº 856/91 de 26/04/91; Utilidade Pública Estadual,
Lei nº 9.973/92 de 21/05/92; Utilidade Pública Federal, Portaria nº 33 de 15/04/96.
Em 26 de abril de 1991 foi criada a Escola Especial Raio de Sol e a mesma
deu inicio as suas atividades escolares em outubro de 1991, quando abrimos as
portas da escola para recebermos os alunos até então matriculados.
Através da Prefeitura Municipal e em parceria com a Secretaria de Estado
da Educação (SEED) a construção do prédio da escola, e em abril de 1993,
inaugura-se a sede própria que está situada no seguinte endereço: Rua Rui
Barbosa, 455 – Fone/fax: (44)-3445-1488- CEP 87.740-000 - São João do Caiuá,
Estado do Paraná. Pela qualidade do atendimento e a conscientização da
21
comunidade o número de alunos vem só aumentando. São pessoas que buscam o
melhor para seus filhos.
Hoje, a Escola de Educação Especial Raio de Sol - APAE, atende 83 alunos
que estão regularmente matriculados e frequentando, sendo que destes 20
permanecem na escola em período integral, perfazendo um total de 103 alunos.
Temos 29 alunos no Ensino Profissionalizante, 23 no Ensino Fundamental e 26 na
Educação Infantil, distribuídos nas turmas de Educação Precoce, Jardim, Pré-
Escolar I e II.
Os alunos do Ensino Profissionalizante estão distribuídos nas seguintes
oficinas: marcenaria, pintura em madeira, serigrafia e biscuit, além de receberem
orientações básicas das atividades acadêmicas.
Para dar atendimento a esses alunos a APAE conta com o seguinte quadro
de pessoal composto por: auxiliar administrativo, técnicos e docentes da escola.
Além disso, a APAE conta com os seguintes profissionais: diretora, vice-diretora,
duas secretárias, uma pedagoga, duas fisioterapeutas, uma psicóloga, uma
fonoaudióloga, uma terapeuta ocupacional, uma assistente social, um psiquiatra,
treze professoras sendo elas: uma professora de artes e música, uma professora
de educação física, duas atendentes, um instrutor e três auxiliares de serviços
gerais. Conta também com o apoio do médico do Posto de Saúde Municipal, que
ajuda a esclarecer o diagnóstico, além de uma clínica de fisioterapia, adquirida em
parceria com o Rotary Clube Internacional, que dá atendimento aos alunos da
Escola Especial e a todos da comunidade que nos procuram, através de convênio
com a Prefeitura Municipal.
Para desenvolver as atividades, a APAE conta com a credibilidade junto a
comunidade, pois necessita de todo o apoio que se possa imaginar, uma vez o
município de São João do Caiuá é formado por uma população muito carente, onde
mais ou menos 80% dos habitantes são trabalhadores rurais.
22
O PAPEL DA ESCOLA ESPECIAL
http://www.google.com.br/url?source=imglanding&ct=img&q=http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtu
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MIInyiS6mIWMUyur9A
A educação inclusiva é, no momento, um enorme desafio para o nosso sistema
educacional. Ela representa um novo caminho que está sendo construído por tantas
e tantas pessoas que sonham com uma sociedade justa, solidária e pronta para
garantir os direitos de todas as pessoas que nela vivem.
Quando falamos em viver, estamos preocupadas com o sentido pleno da
palavra que significa conviver, compartilhar, desfrutar, participar, relacionar, interagir,
trocar. Sabemos que essas vivências continuam sendo, senão negadas, ainda
dificultadas para um número significativo de crianças, jovens e adultos com
deficiência.
A educação inclusiva é, sem dúvida, uma conquista que vai facilitar que essas
vivências passem a fazer parte da vida de todas essas pessoas, cidadãos de direitos
e deveres, como todos.
As APAEs, cuja missão maior está na defesa dos direitos das pessoas com
deficiência, querem ser parceiras na construção desse caminho - longo e muitas
23
vezes ainda árido - da educação inclusiva em nosso Estado. Para isso, pensamos
em colocar nas mãos de todos os nossos professores, e quem sabe, também na de
tantos outros educadores envolvidos com essa nova caminhada da educação, uma
cartilha sobre o tema.
Com essas questões problematizadoras, pretende provocar e estimular a
discussão com os nossos professores, alunos e suas famílias, para que também
eles possam compreender de que escola está falando quando falamos da escola
inclusiva. E, ao compreender, possam também opinar sobre a escola que desejam
ter. Pensamos ainda que, ao discutirmos as questões propostas, estaremos
enfrentando os nossos próprios medos e conflitos pessoais e por que não, nossas
próprias barreiras e resistências interiores.
Esperamos que cada professor, sentindo-se motivado por essas questões,
possa acrescentar muitas e muitas outras, surgidas no cotidiano de sua convivência
com seus alunos, fazendo com que essa cartilha seja mais um instrumento
facilitador de um debate sério e comprometido, dentro do nosso programa de
organização dos auto-defensores.
PRÁTICA PEDAGÓGICA
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A Unidade Didática traz uma proposta de atividades que abre a possibilidade
de trabalho em grupo, o que dará a oportunidade de conhecer e de avaliar
precisamente a condição de interação e discussão dos participantes sobre cada
temática proposta. Dessa forma será possível desenvolver um trabalho participativo,
elencando as dificuldades e facilidades que as Escolas Especiais enfrentam no
desempenho de suas atividades, enfatizando os aspectos positivos de sua
existência que contribuem para a inclusão educacional. A metodologia a ser utilizada
não é rígida, mas sim flexível, de acordo com as condições e necessidades
apresentadas pelo grupo, sem perder é claro, o foco que é a Escola Especial –
APAE.
A Unidade Didática está dividida em oito encontros presenciais com diferentes
temáticas, sendo que algumas possuem uma ou mais atividades. Vale ressaltar que
o foco principal é a existência da Escola Especial e sua importância frente à
Educação Especial Inclusiva.
Sendo assim, neste trabalho de intervenção propõe-se trabalhar e discutir os
seguintes temas:
1) “Conhecer para avaliar as deficiências”. Dará a oportunidade aos participantes
de perceber valores pessoais reconhecendo a si próprio como ser único e diferente
dos demais. Em seguida com a aplicação do questionário espera-se colher dados
que serviram de suporte para a conclusão do trabalho.
2) A Educação Especial tem história. Aqui através da leitura de um texto, será
feito um resgate da História das APAEs, em seguida uma retomada dos documentos
que norteiam o funcionamento de uma escola: PPP, PPC, REGIMENTO INTERNO e
Autorização de Funcionamento.
3) O trabalho da Escola de Educação Especial “Raio de Sol” - APAE de São
João do Caiuá: dados estatísticos. A apresentação de dados estatísticos reforça a
importância da Escola Especial e quão necessária ela é para aquele aluno muito
comprometido. O que vem ser confirmado pelo depoimento de mães de alunos.
4) As diversas formas de inclusão e exclusão social. Ao falar em inclusão
enxerga-se apenas a escola, mas, ela deve estar presente em todos os setores da
sociedade. Vale refletir.
5) Todas as crianças são bem vindas à escola. Tema importante para discussão
sobre como anda o processo de inclusão na Educação Básica, como os professores
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estão vendo esse processo e como estão recebendo os alunos que estão chegando
as escolas.
6) Os caminhos da Educação Inclusiva. Uma retomada das fases pelas quais as
pessoas portadoras de algum tipo de deficiência tem sua história alicerçada, que vai
desde a antiguidade até os dias de hoje.
7) História de vida de um aluno da Escola Especial. Para entender a
necessidade da Escola Especial é necessário conhecer sua história e também a
história de quem até hoje depende dela.
8) Aprendizagem na Deficiência. Apresentação do filme “E seu nome é Jonas”,
que retrata a história de uma criança que depois de passar três anos em uma
instituição para retardados, tem diagnóstico de que possui apenas surdez e assim a
família unida busca aprender a se comunicar usando a linguagem de sinais. Ainda
nesse encontro aplicar-se-á o questionário final para estabelecer parâmetro entre o
inicial e o final.
http://www.google.com.br/url?source=imglanding&ct=img&q=http://www.jornallivre.com.br/images_enviadas/escola-especial-escola-inclusi.jpg&sa=X&ei=XppNTuCNGcn10gGoquyhBw&ved=0CAQQ8wc&usg=AFQjCNH8dBh488NsHCNT9FWS-
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AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS
ATIVIDADE:
Dinâmica: Café Inclusivo.
OBJETIVOS:
Perceber os valores pessoais, reconhecendo a si próprio como ser único e diferente dos demais. Trabalhar o autoconhecimento com o grupo, através da percepção de suas emoções, limites, dificuldades, facilidades, valores, apelos sociais e história de vida. Aplicar questionário semi-estruturado para coletar dados acerca do conhecimento dos professores.
CONTEÚDOS
Dinâmica Questionário
DESENVOLVIMENTO:
Descrição da dinâmica: Café Inclusivo. As deficiências: conhecendo e sentindo. 1. Dividir o grupo em três subgrupos para dar início a dinâmica. Realizar um circulo e colocá-los todos em pé; 2. Deixar dois professores como auxiliares. 3. O grupo vai representar uma deficiência: deficiência física, o surdo e o cego. 4. A deficiência física os participantes terão os pés ou as mãos amarrados; o cego terá seus olhos vendados e os surdos terão suas bocas seladas com fita o que os impedirá de falar. Formar novamente o círculo. 5. Fazer uma breve apresentação sobre as deficiências e distribuí-los em duplas, para que façam o reconhecimento das mesmas e logo após levá-los ao local do café que estará servido, orientando-os para que possa alimentar seu colega ou parceiro da dupla, sempre observando a dificuldade de cada um. Dar um tempo e
1º ENCONTRO:
Temática: “Conhecer para avaliar as deficiências”.
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observar as reações de cada participante. Após essas observações deixar que tirem suas amarras e tomem o seu café de forma normal. 6. Terminado esse momento retornar ao grande círculo para os relatos pessoais. 7. No final: É interessante que nesse momento todos falem e coloquem a sua experiência vivida, levando em conta as dificuldades encontradas e também as facilidades. 8. Partilhar as conclusões. 9. Aplicação do questionário.
MENSAGEM:
KNISLEY, Emily Perl. Bem vindo à Holanda
AVALIAÇÃO:
Reconhecer, por meio da participação na dinâmica, como os professores e equipe que estão envolvidos no cotidiano com as deficiências de seus alunos e se os mesmos têm oportunidades de partilhar sobre suas possíveis dificuldades e inseguranças com outras pessoas. Observando a participação de todos durante a aplicação da dinâmica e do questionário.
Imagens retiradas e autorizadas pela Microsoft Word pelo link clip-arts Office
Online. Acesso em 16 de agosto de 2011.
28
ATIVIDADE:
Formação de Grupo de Estudo para leitura, análise, discussão dos documentos Escolares (Projeto Político pedagógico, Proposta Pedagógica Curricular e Regimento Interno).
OBJETIVOS:
Trabalhar com os professores texto contendo o Histórico das APAEs, evidenciando a importância das Escolas Especiais. Fazer uma análise dos documentos que norteiam o funcionamento de uma escola especial e as atuais mudanças.
CONTEÚDOS
Um Pouco da História do Movimento das Apaes, PPP, PPC, Regimento Interno.
DESENVOLVIMENTO:
Num primeiro momento fazer a leitura do texto: Um Pouco da História do Movimento das Apaes, fazendo uma breve reflexão de como andam o trabalho das entidades para a manutenção das escolas especiais. Levando-se em consideração que existe a necessidade constante de atualização dos documentos escolares, fazer a divisão do grupo para uma leitura e análise PPP, PPC e Regimento Interno, tendo em vista que são estes documentos que regem todo o ambiente e vida escolar.
Continuando voltar ao grande grupo para socialização das ideias.
MENSAGEM:
CORTÊS, Regiane. Inclusão... Um ato de Amor
AVALIAÇÃO:
Observar o envolvimento de cada um nas atividades propostas e participação nos momentos de discussões e trabalho em grupo.
2º ENCONTRO:
Temática: A Educação Especial tem história.
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ATIVIDADE:
Apresentação de Slide com dados estatísticos dos alunos que passaram pela Escola Especial e hoje estão freqüentando ou até já concluiram o ensino médio. Conhecendo nossa realidade
OBJETIVOS:
Apresentar as facilidades e dificuldades que as APAEs enfrentam para manter as Escolas Especiais em funcionamento. Observar através de dados estatísticos como a escola especial tem contribuído para a inclusão. Relatar casos de inclusão que deram certo no município.
CONTEÚDOS
Dados Estatísticos e Depoimentos
METODOLOGIA:
Fazer uma retomada da existência da Escola de Educação Especial Raio de Sol – APAE de São João do Caiuá, com demonstração estatística do número de alunos que por algum motivo passaram por aqui e que foram encaminhados para o ensino regular. Depoimento presencial de mães sobre a importância dessa escola.
MENSAGEM:
ROXELE. Inclusão Social - Pessoas com Deficiências
AVALIAÇÃO:
Momentos de discussão e participação onde o professor poderá observar o interesse de cada participante pelo tema apresentado.
Imagens retiradas e autorizadas pela Microsoft Word pelo link clip-arts OfficeOnline. Acesso em 16 de agosto de 2011.
3º ENCONTRO:
Temática: O trabalho da Escola de Educação Especial “Raio de
Sol” - APAE de São João do Caiuá: dados estatísticos.
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ATIVIDADE:
Vídeo: Palestra Discussão e reflexão sobre o tema.
OBJETIVOS:
Demonstrar através de vídeo as diversas formas de inclusão. Perceber seus valores pessoais; perceber-se como ser único e diferente dos demais.
CONTEÚDOS
Inclusão Social Palestra: O que é inclusão? Paulo Ghiraldelli
METODOLOGIA:
Assistiremos ao vídeo com a Palestra O que é Inclusão, com Paulo Guiraldelli e após abriremos para as discussões sobre o tema, retomando os encontros passados quando poderemos discutir e estar comparando com a nossa realidade e para concluir a mensagem vem reforçar o que foi discutido.
MENSAGEM:
ROGERMOTIVAÇÃO. A corrida dos Sapinhos
AVALIAÇÃO:
Observar a capacidade de análise crítica e compreensão do material exibido, assim como o nível de atenção e concentração do grupo.
Imagens retiradas e autorizadas pela Microsoft Word pelo link clip-arts Office
Online. Acesso em 16 de agosto de 2011.
4º ENCONTRO
Temática: As diversas formas de inclusão e exclusão social.
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ATIVIDADE:
Leitura de Texto com análise, discussão e reflexão para conhecimento, sensibilidade, afetividade e emoção.
OBJETIVOS:
Levar a o grupo a refletir sobre a temática em questão, fazendo um paralelo com o cotidiano do espaço escolar.
CONTEÚDOS
Todas as crianças são bem-vindas à escola. (texto: Maria Teresa Eglér Mantoan)
DESENVOLVIMENTO:
Em grupo fazer a leitura do texto destacando os tópicos importantes para uma análise e reflexão sobre a temática em seguida responder algumas questões de acordo com o roteiro.
MENSAGEM:
RAFAELARIBEIROSBC. Diversidade e Inclusão.
AVALIAÇÃO:
Análise das questões: 1- Como escola vem se organizando para receber a todos os alunos, inclusive os que têm deficiência mental? 2- O que você pensa sobre a função das escolas especiais na atualidade? 3- Você, acredita que mudar expressões garante a mudança de condutas frente à inclusão? 4- As políticas públicas de educação, que têm sua fundamentação filosófica ligada à Declaração de Salamanca, possibilita a inclusão dos alunos com deficiência mental, garantindo-lhes um ensino de qualidade nas escolas comuns?
http://www.google.com.br/url?source=imglanding&ct=img&q=http://4.bp.blogspot.com/_nzTJ6Yr2AMc/TQ
5º ENCONTRO
Temática: Todas as crianças são bem vindas à escola.
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ATIVIDADE:
Palestra Plenária para socialização das ideias e discussão sobre o tema apresentado.
OBJETIVOS:
Refletir sobre as possibilidades do ser humano, e sobre as deficiências; Perceber o sentido da diferença e como lidar com ela a partir do conceito de diversidade.
CONTEÚDOS
Apresentação de Tópicos Especiais para a inclusão Educacional. Palestrante: Leonor Dias Paini
DESENVOLVIMENTO:
Com essa palestra pretende-se fazer uma
retomada da trajetória histórica da educação das
pessoas com necessidades especiais,
percorrendo um caminho que vai desde a
antiguidade até os dias de hoje, resgatando as
fases destes atendimentos que passaram pela
exclusão, segregação, integração e finalmente
“inclusão”.
MENSAGEM:
CHITTONI, A Parábola do Lápis
AVALIAÇÃO:
Observar o interesse de cada nos momentos de discussão e reflexão sobre o tema apresentado.
Imagens retiradas e autorizadas pela Microsoft Word pelo link clip-arts Office
Online. Acesso em 16 de agosto de 2011.
6º ENCONTRO
Temática: Tópicos Especiais para a Inclusão Educacional
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ATIVIDADE:
Slide: Com fundamentação teórica da Educação Especial: em foco a Escola Especial – APAE Documentário: História de um aluno.
OBJETIVOS:
Demonstrar através de dados um pouco do processo histórico percorrido pela Escola Especial de São João do Caiuá desde sua fundação até os dias de hoje. Apresentar através de documentário a história de um aluno da escola.
CONTEÚDOS
Trajetória da Educação Especial com complementação do documentário: História de um aluno.
DESENVOLVIMENTO:
Apresentar o Slide contendo uma fundamentação da Escola Especial e seus avanços e progressos desde sua fundação até os dias atuais buscando um trabalho centrado e fundamentado na necessidade e realidade do aluno. Como produto final apresentação da história de vida de um aluno na escola
MENSAGEM:
NENINHA13. Construir uma Escola Inclusiva - Tijolos de Sonho
AVALIAÇÃO:
Observar a mudança de comportamento do professor diante do conhecimento e informação apresentados e sua reação no cotidiano escolar.
Imagens retiradas e autorizadas pela Microsoft Word pelo link clip-arts Office
Online. Acesso em 16 de agosto de 2011.
7º ENCONTRO
Temática: História de vida de um aluno da Escola Especial
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ATIVIDADE:
Filme: E seu nome é Jonas. Aplicar o questionário final para estabelecer parâmetro entre o inicial e o final.
OBJETIVOS:
Trabalhar o vídeo como instrumento de mudança crítica de um dado contexto. Sensibilizar sobre a questão social embutida no vídeo que será exibido
CONTEÚDOS Filme que traz uma mensagem sobre as dificuldades de aprendizagem.
Sinopse:
Depois de passar três anos em uma instituição para retardados, menino tem diagnóstico de que possui apenas surdez e assim a família unida busca aprender a se comunicar usando a linguagem de sinais.
DESENVOLVIMENTO:
Fazendo uso da TV e Vídeo apresentar um filme para que se observe como acontece o processo de aprendizagem em uma pessoa que apresenta uma deficiência. Antes de a exibição é importante informar aos participantes aspectos gerais do vídeo (autor, duração, prêmios, etc.) No entanto neste momento o professor não deve interpretar o filme, para que cada um faça a sua própria leitura sobre o filme. Após a exibição realizar uma conversa sobre o vídeo, impressões, críticas, dúvidas, ideia central. Comentar com o grupo a função social das mídias em realizar denúncias à sociedade sobre questões polêmicas que envolvem o nosso contexto social, fazendo com que o professor reflita sobre sua ação pedagógica que o leve a uma nova tomada de decisão, frente às políticas de Educação inclusiva.
8º ENCONTRO
Temática: Aprendizagem na Deficiência
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Em seguida aplicabilidade do questionário inicial para uma observação das mudanças de comportamento diante a temática apresentada.
MENSAGEM:
PLANETA EDUCARSOL. INCLUSÃO: Ainda há tempo.
AVALIAÇÃO:
Que o professor faça sua ação/reflexão/ação.
http://www.google.com.br/url?source=imglanding&ct=img&q=http://1.bp.blogspot.com/_knevxVFoVFw/SwlnXp8rM5I/AAAAAAA
AADs/naRtOP7MvTw/s320/EDUCA%C3%87%C3%83O+ESPECIAL.jpg&sa=X&ei=uJ1NTrKKFeS40gGl49SfBw&ved=0CAQQ8
wc&usg=AFQjCNGWCMb2bBPfqzohBcBZYQLOp59DrQ
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao produzir esta Unidade Didática, focaliza-se a atenção para a Escola
Especial - APAE, em como está acontecendo a Educação Inclusiva e ao mesmo
tempo em como os sujeitos dessa educação reconhecem e valorizam a existência
dessa modalidade de ensino.
Tem-se a pretensão de aplicar integralmente todas as atividades aqui
previstas, transmitindo todo embasamento teórico proposto, articulado com os
recursos tecnológicos, podendo assim, contribuir para o processo ensino-
aprendizagem e para a ação transformadora que o professor tem em suas mãos.
Sendo assim, acredita-se que com um bom embasamento, esses mesmos
professores e equipe da escola poderão estar trabalhando com mais clareza na
defesa de direito a uma educação de qualidade e para que as escolas especiais
continuem existindo e sejam mais valorizadas.
Pretende-se que este trabalho contribua para a valorização da Educação
Especial, principalmente para a ofertada pela Escola Especial e que as propostas
aqui apresentadas sejam diversificadas e ampliadas pelos professores e equipe e
também socializadas seguindo o exemplo desta Unidade.
Imagens retiradas e autorizadas pela Microsoft Word pelo link clip-arts Office
Online. Acesso em 16 de agosto de 2011.
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CRONOGRAMA DAS AÇÕES
ATIVIDADES AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO
Apresentação do Projeto de Intervenção na Escola.
Divulgação do Curso e Inscrições.
Formação do Grupo de Estudo.
Encontros Presenciais para Estudo de Referencial Teórico metodológico.
Estudos não presenciais do curso
Avaliação e encerramento do Curso
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REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Salete Fábio. Projeto Escola Viva: garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola: necessidades educacionais especiais dos alunos. Visão Histórica. Brasília: Ministério da Educação; Secretaria
de Educação Especial, 2005. V.1.
BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional-LDB. Brasília, DF, 20 dez. 1996.
BRASIL. MEC. Conselho Nacional de Educação e Câmara de Educação Básica. Resolução CNE /CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001. DOE, Brasília, 14/9/2001.
____________. CNE /CEB. Resolução nº 17, de 11 de setembro de 2001. DOE,
Brasília, 14/9/2001.
____________. Ministério da Justiça / CORDE. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Tradução Edílson Alkimim Cunha. Brasília, CORDE, 1994.
____________.Senado Federal: A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº5692 / 71.
___________. Senado Federal: A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 4024 / 61.
____________. Constituição da República Federativa do Brasil. Senado Federal. Secretaria Especial de Editoração e Publicações, 1988.
____________.Lei nº 7853 / 89, Direito das pessoas portadoras de deficiência. Brasília, CORDE, 1989.
____________. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. MEC/SEESP. Brasília, Secretaria, 2001.
____________. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ministério da Educação e Cultura / Secretaria da Educação Fundamental. Brasília, 2001.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 13. Ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1983.
GLAT, R.; FERNANDES, E. M. Da educação segregada à educação inclusiva: uma breve reflexão sobre os paradigmas educacionais no contexto da educação especial brasileira. Revista Inclusão, MEC/SEESP, n. 1, 2005.
GLAT, R. Questões atuais em educação especial. Rio de Janeiro, Sette Letras,
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