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Projecto “A Pé para a Escola” (Walk to School – Portugal)
‘Mudar comportamentos para o desenvolvimento sustentável.
O papel das instituições e da participação pública’
‘The world is using up its natural resources at an alarming rate (…). We all
need to adjust our behavior to this new environment. It would help if we did
it quickly. (…) Mrs. Market is helping sending us the Mother of all price
signals.
The prices of all important commodities except oil declined for 100 years
until 2002, by an average of 70%. From 2002 until now, this entire
decline was erased by a bigger price surge than occurred during World
War II.’ (Grantham, 2011)
Projecto “A Pé para a Escola” (Walk to School – Portugal)
‘De acordo com Peter Evans (1995:10), a questão não é ‘quanto’,
mas sim ‘que tipo’ de intervenção do Estado é necessária para os
diferentes cenários. Por isso, identificar ‘as condições que
favorecem ou impedem’ a eficácia do Estado e perceber o impacto
das ‘políticas e estruturas do Estado’ e respectivos arranjos
institucionais nas estruturas sociais, é um passo em frente para
agir.’ (in Costa, 2011).
Deve o Estado intervir?
Mais ou menos Estado?
Projecto “A Pé para a Escola” (Walk to School – Portugal)
O projecto ‘A Pé para a Escola’ pretende testar um modelo de
intervenção social e mudança comportamental dos indivíduos,
actuando ao nível das instituições locais da sociedade civil e, em
particular, do Estado.
Como?
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• Através do investimento na ‘transferência’ de novas capacidades
e habilidades (‘capabilities’) para as instituições.
• Porquê as instituições?
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Consideramos importante investir na mudança através do
investimento na gerações mais novas (escola), mas este é só um
lado da questão.
O investimento ao nível das instituições é complementar e
indispensável, pois permite criar ‘estruturas intermédias de apoio à
mudança’ que são potenciadoras da participação cívica.
Desta forma, permitem enquadrar de uma forma mais custo-
eficiente os investimentos no sistema educativo.
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• O investimento na aquisição de novas ‘capabilities’ nas
instituições, principalmente as do Estado, é mais necessária,
particularmente se as estruturas de participação cívica forem
fracas (sociedades civis fracas).
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É fundamental investir na criação de novas ‘capabilities’ que:
1. actuem ao nível das instituições e da liderança institucional –
criação ‘role-models’;
2. e, ao mesmo tempo, que permitam promover a criação de
‘estruturas intermédias de apoio à participação’ – gerando novos
mecanismos de mudança.
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Hipóteses a explorar
Nível-macro: Quanto maior a capacidade e habilidades
(‘capabilities’) das instituições para lidar com os problemas da
sustentabilidade (variável independente), maior é a participação da
sociedade e dos indivíduos na implementação de projectos de
desenvolvimento sustentável (variável dependente).
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• Nível-meso: A mudança de comportamentos ao nível da
liderança institucional é um nível intermédio no processo de
criação de estruturas de participação e um factor determinante
na promoção da mudança de comportamentos da sociedade no
geral (nível-micro).
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Os estudo de caso do projecto ‘Á Pé Para a Escola’ :seis escolas-piloto do
ensino básico em dois municípios (Loures e Barreiro).
Metodologia: investigação-acção orientado para as instituições
(abordagem qualitativa) e famílias (idem e quantitativa)
1. Instituições
Abordagem qualitativa: entrevistas semi-estruturadas (6+6+6) para
transferência e recolha de informação; sessões de sensibilização, de
formação e de mobilização com lideres de instituições.
Identificação da matriz de instituições/líderes em cada comunidade escolar
(5x6=30);
2. Famílias
Abordagem qualitativa
Pais: ‘entrevistas’ estruturadas de curta duração, acções de sensibilização,
envolvimento em acções ‘de rua’, etc.
Alunos: elaboração de desenhos (338) sobre ‘ o meu caminho para a
escola’ (‘cognitve mapings’), acções de formação sobre a mobilidade.
Abordagem quantitativa: Questionários por inquérito (metodologia de
investigação-acção) para ambos (1288 a cada), pais (851 respostas válidas)
e alunos (1039 respostas válidas).
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Explorar
1. Sessões de ‘formação’/sensibilização;
2. Questionários: dados relativos ao potencial de participação
3. Acções de mobilização e participação efectiva
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Acções de Formação e Sensibilização (AFS)
Tipo 1 Esclarecimento/
Sensibilização
Tipo 2
Clássica
Tipo 3
Clássica adaptada
Objectivos
- Esclarecer e sensibilizar
o público-alvo para os
problemas actuais da
mobilidade urbana.
- Apresentar alternativas
aos comportamentos
desfavoráveis e incentivos
para a mudança.
- Proporcionar a aquisição
de conhecimentos
aprofundados sobre as
questões da mobilidade.
- Capacitar o público-alvo
para dar resposta aos
desafios institucionais na
gestão da mobilidade, ex:
saber implementar um
‘Pedibus’.
- Consciencializar o público-alvo
para a problemática da
mobilidade.
- Facilitar a interiorização de
comportamentos favoráveis
recorrendo a materiais
pedagógicos construídos para o
efeito.
- Preparar o público-alvo para a
participação nas diferentes
tipologias de mobilidade.
Público-alvo
Professores 6
Alunos 4
Encarregados
Educação
(EE)
11
Líderes da
matriz
institucional
(LMI)
5
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Acções de Mobilização
Mob 1 Mob 2 Mob 3
Objectivos
- Criar uma dinâmica local
que incentive as
entidades locais a debater
a temática da mobilidade;
- Sensibilizar a população
para o problema da
mobilidade;
- Envolver a comunidade no
processo de mudança
comportamental;
- Apelar à participação
pública.
(Ex.: Pedipaper, Saída de
Rua)
- Incentivar a mudança;
- Proporcionar condições
adequadas para a alteração de
comportamentos;
- Premiar os comportamentos
mais sustentáveis.
(Ex.: Pedibus, Jogo da Serpente,
Mobilidade Autónoma)
Público-alvo
Professores
4
Alunos 6 3
Encarregados
Educação
(EE)
2
Líderes da
matriz
institucional
(LMI)
3 3
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Permitiria que o seu filho fosse a pé num pedibus?
Freque
ncy
Valid
Percent
Cumulati
ve
Percent
Valid Sim, num
pedibus só com
crianças
34 4,0 4,0
Sim, num
pedibus
conduzido por
adultos
523 61,9 65,9
Não 288 34,1 100,0
Total 845 100,0
Questionários
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Estaria interessado em ser voluntário num pedibus?
Frequency Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Sim 111 13,2 13,2
Não 727 86,8 100,0
Total 838 100,0
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Potencial de participação e adesão à ideia são
elevados, mas nível de participação efectiva muito
baixo.
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DIFERENÇA ENTRE O POTENCIAL DE PARTICIPAÇÃO E A PARTICIPAÇÃO EFECTIVA
AUTORIZAÇÕES DOS PAIS VOLUNTÁRIOS/CONDUTORES
Números de
autorizações para as
crianças
participarem no
Pedibus (GM7)
Número de
autorizações
assinadas pelos
pais
Número de crianças
a participar
efectivamente no
Pedibus
(realidade)
Número de
voluntários para
acompanhar o
Pedibus
(GM15)
Número de
formulários
assinados
(voluntários)
Número de
voluntários que
acompanham o
Pedibus
(realidade) EB1/JI Flamenga 127 22 5 23 6 3
EB1/JI Sacavém 109 23 7 23 11 4
EB1/JI Fanqueiro 78 11 2 13 5 2
EB1/JI J. Rita Seixas 75 4 3* 15 1 2*
EB1/JI Barreiro nº 8 80 3* 3* 21 1* 2*
EB1/JI nº2 do Lavradio 88 12 3* 16 1 2*
TOTAL 557 75 23 111 25 15
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1. As dinâmicas de participação da sociedade civil são difíceis mesmo
quando existe interesse por parte dos diferentes actores institucionais e
individuais, donde a necessidade de transferir novas capacidades e
habilidades para implementar e manter dinâmicas de participação
sistemáticas como forma aglutinadora de participação: criação e
manutenção de estruturas de adesão e participação cívica;
Se não existisse envolvimento e insistência por parte das instituições
municipais nunca estes projectos teriam lugar…
2. Os ‘custos de participação’ (e.g. criação de estruturas de apoio à
participação) são mais eficientemente aproveitados quando associados a
iniciativas de alargamento à sociedade no geral.
PROPOSTA: Criação de um ‘concurso’ inter-freguesias e/ou inter-
municípios: uma espécie de ‘jogo da serpente’ das instituições envolvendo
empresas e famílias (EcoMob) .