Programas 1º ciclo

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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO (INDE) Programas do Ensino Primário Língua Portuguesa, Matemática e Educação Física Ciclo (1ª e 2ª Classes) Julho de 2015

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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO

INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

(INDE)

Programas do

Ensino Primário

Língua Portuguesa, Matemática e Educação Física

1º Ciclo

(1ª e 2ª Classes)

Julho de 2015

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Prefácio

Caro Professor!

É com prazer que colocamos, nas suas mãos, os Programas do 1º Ciclo do Ensino Primário, das

disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Educação Física.

Os presentes Programas resultam da revisão pontual do Plano Curricular e dos respectivos Programas de

Ensino Básico introduzidos em 2004, com o objectivo de incrementar a qualidade do Ensino Primário

em Moçambique, traduzida no desempenho qualitativo dos alunos na literacia, numeracia e nas

habilidades para a vida.

Esperamos que estes Programas revistos possam auxiliá-lo na execução da sua tarefa diária de

proporcionar aos alunos o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes - com vista a

enfrentarem, de forma adequada, os desafios que lhes são colocados no dia-a-dia - para que se tornem

cidadãos participativos, reflexivos e autónomos, contribuindo, deste modo, para a melhoria da sua vida,

da vida da sua família, da sua comunidade e do País.

É nossa pretensão, também, que os alunos sejam educados dentro do espírito patriótico, versado pela

preservação e desenvolvimento da cultura moçambicana, pela preservação da unidade nacional, pela

cultura de paz, pelo aprofundamento da democracia e respeito pelos direitos humanos.

Importa ainda salientar que os Programas são abertos e flexíveis, podendo ser adaptados à realidade dos

alunos e da escola.

Estamos certos de que os Programas serão um instrumento de base para as discussões pedagógicas na

sua escola, planificação de aulas, reflexão sobre a prática educativa, análise do material didáctico e

elaboração de projectos educativos, contribuindo para melhorar o seu desempenho profissional – que,

afinal, é um direito seu.

O Ministro da Educação e Desenvolvimento Humano

Professor Doutor Luís Jorge Manuel António Ferrão

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Ficha Técnica

Título original: Programas das Disciplinas do 1º Ciclo do Ensino Primário

Edição: INDE/Ministério da Educação e do Desenvolvimento Humano

Autor: INDE/MINEDH

Capa: INDE

Arranjo gráfico: INDE

Impressão:

Tiragem:

No. De Registo:

Page 4: Programas 1º ciclo

Índice

Introdução ....................................................................................................................................................... 1

Programa de Língua Portuguesa do 1º Ciclo ................................................................................................ 11

Visão Geral dos Conteúdos do 1º Ciclo da Disciplina de Língua Portuguesa .................................... 14

Porgrama de Língua Portuguesa 1ª Classe .......................................................................................... 27

Programa de Língua Portuguesa 2ª Classe .......................................................................................... 86

Programa de Matemática 1º Ciclo ...............................................................................................................115

Visão Geral dos Conteúdos do 1º Ciclo da Disciplina de Matemática ………................................. 118

Programa de Matemática 1ª Classe ....................................................................................................120

Programa de Matemática 2ª Classe ....................................................................................................146

Programa de Educação Física 1º Cíclo ........................................................................................................165

Visão Geral dos Conteúdos do 1º Ciclo da Disciplina de Educação Física ...................................... 167

Programa de Educação Física 1ª Classe ............................................................................................ 168

Programa de Educação Física 2ª Classe .............................................................................................172

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Introdução

O Ensino Primário desempenha um papel importante no processo de socialização das crianças, na

aquisição de conhecimentos, habilidades e valores/atitudes fundamentais para o desenvolvimento

harmonioso da sua personalidade. Esta afirmação é também fundamentada por Seepe (1994), para quem

“as crianças de amanhã devem não só estar preparadas para se adaptarem ao mundo em mudança,

mas também devem preparar-se para criar novas mudanças em benefício da humanidade”.

Em 2004, foi introduzido o Currículo do Ensino Básico, cujo objectivo principal era tornar o ensino

mais relevante, no sentido de responder às diferentes demandas socioculturais, económicas e

políticas, formar cidadãos capazes de contribuir para a melhoria da sua vida, da vida da sua

família, da sua comunidade e do país, dentro do espírito da preservação da unidade nacional,

manutenção da paz e estabilidade nacional, aprofundamento da democracia e respeito pelos

direitos humanos, bem como da preservação da cultura moçambicana.

Volvidos mais de dez anos da implementação do Currículo do Ensino Básico, os resultados da

avaliação no âmbito do SACMEQ (2007) e da Avaliação da implementação dos programas do 1º e 2º

ciclos do Ensino Básico (INDE, 2010) revelam que grande parte de alunos do Ensino Primário termina

o 1º ciclo sem saber ler nem escrever. Estas constatações levaram o Ministério da Educação e

Desenvolvimento Humano, através do Instituto Nacional do Desenvolvimento da Educação, a

desencadear o processo de revisão pontual do Plano Curricular e dos Programas de Ensino, com vista a

incrementar a qualidade de ensino.

A revisão pontual do Plano Curricular do Ensino Básico incidiu, essencialmente, sobre a:

• Alteração da designação do Plano Curricular do Ensino Básico (PCEB), passando a designar-se

Plano Curricular do Ensino Primário (PCEP).

• Alteração do Plano de Estudos, que compreendeu a redução do número de disciplinas através

da integração de competências e de conteúdos:

1º ciclo: 1ª e 2ª classes, de 6 para 3 disciplinas;

2º ciclo: 3ª classe, de 8 para 3 disciplinas, tomando a 3ª classe as características das

classes do 1º ciclo, sendo, por isso, uma classe de consolidação;

4ª e 5ª classes, de 9 para 6 disciplinas;

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3º ciclo: 6ª e 7ª classes, de 11 para 9 disciplinas.

• Reorganização dos Programas das diferentes disciplinas:

Integração de algumas disciplinas;

- No 1º ciclo, as competências das disciplinas de Educação Visual, Ofícios e

Educação Musical foram integradas nas disciplinas de Língua Portuguesa e

Matemática.

- No 2º ciclo, a 3ª classe apresenta as mesmas características das classes do 1º ciclo,

sendo a classe de consolidação das competências de leitura e escrita iniciais e

numeracia.

- Na 4ª e 5ª classes, as competências das disciplinas de Educação Visual, Ofícios e

Educação Musical foram integradas nas disciplinas de Língua Portuguesa, Ciências

Sociais, Matemática e Ciências Naturais.

Elaboração das competências por ciclos e respectivas evidências de desempenho;

Especificação da carga horária;

Reorganização dos tempos lectivos, de forma a permitir que os alunos possam adquirir,

desenvolver e consolidar a literacia e a numeracia no Ensino Primário.

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Guia de Leitura

Os Programas do Ensino Primário revistos enquadram-se nos princípios básicos que nortearam a

transformação curricular do Ensino Básico, especificamente:

A concepção da escola como agente de transformação, e não apenas como meio de

transmissão de conhecimentos;

O reconhecimento da necessidade de formação integral da personalidade, o que leva a que as

diferentes disciplinas sejam abordadas em uma perspectiva integrada;

Exigência de Programas flexíveis facilmente adaptáveis à realidade: características locais,

pontos de partida e ritmos de aprendizagem diversificados e;

O predomínio dos aspectos relativos ao desenvolvimento das capacidades de análise, síntese e

ao estímulo da criatividade, da livre crítica, do sentido de responsabilidade e da capacidade de

integração em grupo.

Com estes Programas do Ensino Primário, pretende-se tornar o ensino relevante , de modo a

responder às reais necessidades do aluno e da sociedade moçambicana. Esta relevância fundamenta-

se na percepção de que a Educação é fundamental para o desenvolvimento do capital humano e, por

conseguinte, deve ter em conta a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, para que se torne um

factor por excelência de coesão social e não de exclusão, formando cidadãos capazes de se

integrarem na vida, aplicando os conhecimentos adquiridos em benefício próprio e da comunidade.

Neste contexto, os Programas do Ensino Primário são uma fonte de estudo e de orientação dos

professores para o desenvolvimento de um ensino de qualidade, um ensino que permite que os alunos

desenvolvam as competências determinadas nos diferentes ciclos de aprendizagem e as utilizem para

a resolução dos diferentes problemas do dia-a-dia, da sua comunidade, distrito, província, país, bem

como para responder aos desafios da globalização.

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I - Estrutura dos Programas

Os Programas de Ensino Primário apresentam:

a) A Introdução

b) O Plano Temático (com indicação da unidade temática, os objectivos específicos, os conteúdos,

as competências parciais e a carga horária)

c) As Sugestões Metodológicas

d) A Avaliação

a) Introdução

Na introdução, faz-se uma descrição dos propósitos e significado do Programa, a filosofia que está

por detrás da sua concepção e as principais alterações em relação ao Programa anterior.

b) Plano temático

Para a orientação do professor, apresentamos uma grelha que ajudará a mediar o processo de ensino-

aprendizagem. Apresentamos também orientações para a utilização do plano temático.

Eis a seguir o esquema desse plano:

Unidade

Temática

Objectivos específicos

O aluno deve ser capaz de:

Conteúdos Competências Parciais

O aluno:

Carga

Horária

A primeira coluna do plano temático apresenta a unidade temática a ser abordada em cada fase.

Para abordar a unidade temática, o professor deverá fazer a leitura completa de toda a linha, para

ter uma ideia global sobre o tratamento da matéria proposta.

Na 2ª coluna, são apresentados os objectivos especificos. O professor tomará os objectivos

específicos definidos para cada tema como metas a atingir durante e no fim do processo de

ensino-aprendizagem. Cada professor poderá desdobrar os objectivos específicos se o processo

de condução das aulas assim o exigir.

Na 3ª coluna, são apresentados os conteúdos que indicam ao professor as matérias e noções

concretas que devem ser abordadas em cada tema. É necessário verificar, para cada tema, a

relação dos conteúdos propostos com os propostos nas outras disciplinas curriculares, para

estabelecer a ligação conveniente.

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Na 4ª coluna, temos as competências parciais que indicam os principais estágios de aprendizagem

atingidos pelo aluno em um determinado tema. As competências parciais referem-se a estágios de

conhecimentos, habilidades, valores e atitudes atingidos pelo aluno no processo de ensino-

aprendizagem.

A 5ª coluna apresenta a carga horária. Apesar de servir de indicativo para o professor, esta carga

horária não deverá ser tomada como tempo rígido de abordagem da unidade temática. O professor

deverá ser flexível em relação à carga horária, podendo compensar as perdas e ganhos de tempo

entre os diferentes conteúdos. Cabe ao professor fazer a planificação analítica das aulas, com base

no plano temático e no ritmo de aprendizagem da turma.

o A carga horária aqui apresentada corresponde a 80% da carga horária total, pois, os

restantes 20% estão reservados para o Currículo Local.

c) Sugestões Metodológicas

Depois do plano temático, são apresentadas as Sugestões Metodológicas que o professor poderá

usar ou adaptar em função das necessidades de aprendizagem dos alunos, de modo a

desenvolverem as competências definidas para o fim de aprendizagem de cada tema. Nas

Sugestões Metodológicas, por vezes, são apresentadas algumas estratégias de abordagem

metodológica de alguns assuntos. Essas estratégias não são “receitas” para o professor cumprir

mecanicamente; trata-se de sugestões que podem ser úteis para a sua actividade, como facilitador

do processo de ensino e aprendizagem.

d) Avaliação

Abordam-se as estratégias e procedimentos de avaliação, incluindo os critérios de Progressão por

Ciclos de Aprendizagem, tendo em conta que a avaliação faz parte do processo de ensino-

aprendizagem. É o meio que permite verificar se os resultados das actividades desenvolvidas

pelos alunos correspondem às competências preconizadas no Programa de Ensino.

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II - Currículo Local

O que é Currículo Local?

O Currículo Local (CL), é uma componente do currículo nacional correspondente a 20% do total

do tempo previsto para a leccionação de cada Disciplina. Esta componente é constituída por

conteúdos definidos localmente como sendo relevantes, para a integração da criança na sua

comunidade.

Qual é o espaço que se considera local?

É o espaço onde se situa a escola que pode ser alargado até à Zip, distrito e mesmo província.

Quem define os conteúdos relevantes a nível local?

A definição dos conteúdos relevantes, a nível local, é feita por todos os intervenientes na

educação da criança, isto é, todos os elementos que fazem parte da comunidade onde se situa

a escola, nomeadamente:

• Professores;

• Alunos;

• Encarregados de educação;

• Líderes e autoridades locais;

• Representantes das diferentes instituições afins;

• Organizações comunitárias.

Este processo é coordenado pela Direcção da Escola e pelo Conselho de Pais a quem cabe a

planificação das actividades que culminarão com elaboração de um Programa do CL para a

escola. Estas acções incluem a realização de encontros com as comunidades para a recolha de

informação que deverá ser sistematizada pelos professores obtendo assim o conjunto de con

teúdos do CL a serem leccionados na escola.

Nesta fase cabe aos professores enquadrar os conteúdos nas diferentes classes e disciplinas (na

respectiva área temática) de forma lógica e coerente, tendo em conta o nível dos alunos.

Page 11: Programas 1º ciclo

7

Como é feita a integração de conteúdos definidos localmente?

Após a elaboração do Programa do Currículo Local para a escola, segue-se a fase de integração

nos Programas de cada disciplina, que é feita de duas formas:

a) aprofundamento de conteúdos já previstos no Programa;

b) inserção de novos conteúdos de interesse local, no Programa de ensino.

Caso haja conteúdos de interesse local que o professor não domine, este, em coordenação com a

Direcção Pedagógica e do Conselho de Pais da sua escola, poderá solicitar a colaboração de pais,

encarregados de educação ou outros membros da comunidade para a sua leccionação.

Avaliação

Sendo o CL uma componente do Currículo Nacional, a sua avaliação poderá ser feita de forma

integrada, isto é, algumas questões relativas ao CL poderão ser integradas nas diferentes

avaliações previstas.

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III - Competências do Ensino Primário e Evidências de Desempenho

A reforma do sistema educacional em Moçambique remete-nos para uma nova abordagem por

competências e evidênciasde desempenho. A competência é definida como “evidência de

conhecimentos, habilidades e atitudes na realialização de uma actividade, tarefa ou função ou a forma

de encarar com sucesso qualquer situação. A competência manifesta-se, portanto é observável.

Evidênciasde desempenho são factos observáveis que permitem medir ou avaliar o nível de alcance ou

do desenvolvimento das competências.

1. Competências do Ensino Primário

a) Comunica claramente em Língua Portuguesa (usando frases complexas coordenadas e

subordinadas), tanto na oralidade como na escrita;

b) Comunica em Língua Inglesa, no nível elementar;

c) Comunica, através da arte, de forma criativa;

d) Demonstra o gosto pela leitura de obras diversas;

e) Resolve problemas elementares de aritmética e geometria em diferentes situações da

vida real;

f) Age, de forma crítica e autónoma, em diversas situações da vida;

g) Valoriza a sua cultura através da língua, tradições e padrões de comportamento;

h) Manifesta atitudes de amor e orgulho pela pátria moçambicana e unidade nacional;

i) Manifesta atitudes de preservação da paz;

j) Reconhece os direitos e deveres da criança;

k) Interpreta os fenómenos naturais, usando conhecimentos científicos para o bem-estar

pessoal e colectivo.

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2. Competências do 1º Ciclo do Ensino Primário e respectivas Evidências de Desempenho

Tabela1: Competências e Evidênciasdo 1º Ciclo do Ensino Primário

Competências Evidências de Desempenho

Exprime-se, oralmente, adequando a língua

portuguesa e/ou moçambicana a diferentes

situações básicas de comunicação.

Responde a mensagens orais relacionadas com

diversas situações do quotidiano;

Produz mensagens orais com sequência lógica,

pronúncia correcta, vocabulário básico

relacionado com as áreas temáticas em estudo,

adequando-as às situações básicas de

comunicação.

Lê pequenos textos (7 a 10 frases simples),

em letra de imprensa e cursiva.

Lê pequenos textos (7 a 10 frases simples), com tom

de voz audível, pronunciando correctamente (sem

soletrar) as palavras e respeitando os sinais de

pontuação e acentuação.

Interpreta pequenos textos, orais e escritos (7

a 10 frases simples), com vocabulário

familiar.

Responde, oralmente ou por escrito, a

questionários de compreensão de pequenos

textos (7 a 10 frases simples) lidos ou ouvidos,

extraindo a informação explícita;

Reconta, oralmente, histórias lidas ou ouvidas,

tendo em conta a sequência lógica e o conteúdo

do texto original, usando as suas próprias

palavras.

Escreve frases e pequenos textos (5 a 8 frases

simples), aplicando regras básicas de

organização e funcionamento da língua.

Escreve frases e pequenos textos (5 a 8 frases

simples), em letra cursiva, caligrafia legível e sem

borrões, obedecendo a uma sequência lógica,

correcção ortográfica e regras básicas de pontuação

(ponto final, ponto de interrogação e vírgula).

Resolve problemas em diferentes situações do

dia-a-dia, usando números naturais até 100. Conta os números naturais oralmente, de forma

progressiva e regressiva, por etapas, até 100;

Ordena e compara números naturais, em

situações concretas e abstractas, até 100;

Adiciona e subtrai números naturais, em

situações concretas da vida, até 100;

Multiplica e divide números naturais até 50, em

problemas concretos do dia-a-dia;

Mede comprimentos de objectos reais, em

centímetros, até 100;

Compara capacidade e volume de objectos de

uso quotidiano, relacionados com sólidos

geométricos.

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Usa diversos materiais e técnicas de expressão

plástica para o desenvolvimento psicomotor e

do gosto pelo belo.

Relaciona a imagem à palavra;

Ilustra as áreas temáticas em estudo;

Representa, livremente, imagens, de acordo com

a sua percepção da realidade e com a sua faixa

etária.

Distingue sons de diferentes fontes para o

desenvolvimento da percepção auditiva. Compara os diferentes sons da natureza;

Imita diferentes sons de animais e objectos;

Distingue sons fortes, fracos, altos e baixos.

Reconhece os símbolos da pátria, o dia da

Independência Nacional e dos Heróis

Moçambicanos.

Toma a posição correcta no içar da Bandeira

Nacional e na entoação do Hino Nacional;

Relaciona a data da Independência Nacional e

dos Heróis Moçambicanos, com Samora Machel

e Eduardo Mondlane, respectivamente;

Realiza actividades alusivas à data da

Independência Nacional e aos Heróis

Moçambicanos.

Participa em actividades de conservação e

preservação do ambiente. Rega e cuida das plantas;

Mantém a sala e o recinto escolar limpos;

Conserva o mobiliário e o material escolar.

Pratica exercícios físicos, para o seu

desenvolvimento integral. Pratica exercícios físicos de orientação espacial e

lateralidade, de acordo com a idade;

Apresenta-se limpo e asseado;

Relaciona-se bem com os outros;

Pratica actividades etnoculturais (danças e jogos

tradicionais moçambicanos).

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Programa de Língua Portuguesa

1º Ciclo

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1. INTRODUÇÃO

Em Moçambique, a adopção do Português como língua de ensino impõe que se considere a

realidade linguística nacional, onde o Português, Língua Oficial e de Ensino, coexiste com

outras línguas e não é dominado pela maioria da população.

Tomando como base a diversidade de contextos em que o sistema educacional se integra, há a

considerar três situações de aprendizagem do Português: a) em que é língua materna (L1); b)

em que é língua segunda (L2); e c) em que tem características de língua estrangeira (LE).

Tendo em conta a situação linguística do país, desde 2004, no Ensino Primário coexistem duas

modalidades de ensino: Monolingue em Português e Bilingue (línguas Moçambicanas e

Português).

O presente Programa revisto destina-se ao ensino monolingue em Português, mantendo-se a

perspectiva de LE, em conformidade com o Sistema Nacional de Educação (SNE). Nesta

modalidade, a língua de ensino é o Português.

O êxito da implementação deste Programa depende de uma preparação adequada do professor,

para o gerir, na perspectiva de ensino de Português como LE, usando metodologias apropriadas

para diferentes situações de aprendizagem. Assim, o professor poderá implementar o

Programa, ajustar as estratégias de ensino, de modo a satisfazer as necessidades comunicativas

dos alunos que têm o Português como L1, L2 ou mesmo LE.

O Programa de Língua Portuguesa guia-se pelos princípios pedagógicos culturalmente

sensíveis, orientados para a comunicação funcional.

À luz destes princípios, espera-se que o ensino acomode e potencie a vivência cultural e, no

caso específico da língua, a experiência linguística que a criança traz de casa. Deste modo, a

aula de língua deve ser um espaço em que, com o auxílio do professor, a criança adquire

“ferramentas” que lhe permitam organizar e usar a língua, de acordo com as suas necessidades

comunicativas.

Os conteúdos retratados no Programa têm como ponto de partida a realidade mais próxima do

aluno (família, escola, comunidade e ambiente). Assim, o Programa está organizado em

unidades temáticas, tais como: família, escola, comunidade, ambiente, corpo humano, saúde e

higiene e outras, que percorrem todas as classes do Ensino Básico, diferindo apenas na

extensão e profundidade do tratamento.

As competências parciais foram definidas em função dos novos estágios do saber, saber fazer,

saber ser e saber estar, que o aluno deve alcançar, como resultado do processo de ensino-

aprendizagem.

Deste modo, as estratégias de ensino devem basear-se numa metodologia que torne o processo

de ensino-aprendizagem agradável, divertido e útil, dando uma grande relevância à interacção

professor/aluno, aluno/aluno, aluno/comunidade. Esta forma de abordagem proporciona aos

alunos a possibilidade de ouvir, falar, ler e escrever, tendo em conta que só se aprende a ouvir,

Page 17: Programas 1º ciclo

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ouvindo; a falar, falando; a ler, lendo e a escrever, escrevendo.

O Programa revisto mantém os seguintes aspectos:

O desenvolvimento da oralidade, em função das necessidades comunicativas dos

alunos;

O ensino de todas as letras do alfabeto, maiúsculas e minúsculas, na 1ª classe;

A perspectiva de ensino da leitura e escrita iniciais com base no método analítico-

sintético, com ênfase no ensino da letra, em vez do som. Assim, deve-se dar um maior

enfoque ao percurso da síntese, exercitando a combinação de letras para a formação de

novas sílabas e palavras.

Entretanto, o presente Programa apresenta as seguintes alterações:

1. Introdução (no plano temático) de dois domínios resultantes das 4 habilidades

linguísticas: ouvir e falar; ler e escrever;

2. No que diz respeito à carga horária, o ensino de cada letra terá um fundo de tempo

correspondente a 10 aulas. Entretanto, o professor deve adequar o tempo disponível ao

ritmo da aprendizagem dos alunos;

3. Na 2ª classe, as competências do conteúdo Formas de Objectos e Medidas, foram

transferidas para a disciplina de Matemática;

4. O programa mantem o ensino do nome da letra (grafema) e não o som da mesma

(fonema), continuando-se a usar o Método Analítico-Sintético com base na letra;

5. O Método Analítico Sintético só é válido na 1ºclasse. Neste sentido, na 2ª classe, a

introdução das combinações grafémicas será feita a partir de frases e pequenos textos;

6. Os ditongos nasais foram transferidos para a 2ª classe.

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Visão Geral dos Conteúdos do 1º Ciclo

1a CLASSE 2a CLASSE

Unidade

Temática

Conteúdos

Habilidades: Ouvir e falar

Tempo

Conteúdos

Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever

Tempo

ESCOLA

Expressões para cumprimentar

Expressões de despedida

Canções de saudação 6

tempos

Datas festivas e comemorativas

Recorte/colagem/dobragem/desenho/pintura/cartaz/

ilustrações

Redacção de frases sobre datas

comemorativas/festivas

Canções e danças sobre datas festivas e

comemorativas

Jogos

18

tempos

Expressões para identificar

Intervenientes da escola

Canções de identificação.

10

tempos

Contos, fábulas, lenga-lengas, poemas e jogos

Ilustração 8

tempos

Expressões para informar sobre o estado de saúde

Canções sobre o estado de saúde 6

tempos

Funcionamento da Língua

Artigos definidos e indefinidos

Flexão em género e em número

6

tempos

Expressões para indicar tamanho

Desenho/pintura de objectos para indicar tamanhos

Modelagem de objectos para indicar tamanhos

Expressões para indicar o peso

12

tempos

Introdução do duplo s

Introdução do s no final de palavras

Introdução de am, em, im, um, om

18

tempos

Pré –leitura

Exercícios de coordenação sonora

Danças.

6

tempos

• Imagens

Ilustrações 6

tempos

Ouvir e falar

Normas de convivência escolar

4

tempos

Expressões para indicar o nome da escola:

Espaços da escola.

Função dos espaços escolares.

Canções sobre a escola.

6

tempos

Vocabulário sobre material escolar

Mobiliário escolar

Expressões para identificar os objectos escolares

12

tempos

Page 19: Programas 1º ciclo

15

Canções sobre material escolar

Expressões de lateralidade

Localização do som

10

tempos

Pré-leitura

Exercícios de coordenação psico- motora

Manuseamento do material escolar

Jogos

Recorte, colagem e dobragem

10

tempos

Ouvir e falar

Vocabulário sobre instruções de controlo

Instruções simples

Expressões para dar instruções

Expressões para perguntar e responder

Canções sobre instruções.

10

tempos

Pedido de licença/ permissão

Resposta a pedido de licença

Pedido de desculpas

Resposta a pedido de desculpas

Canções sobre pedido de licença/permissão

6

tempos

Expressões de lateralidade 6

tempos

Pré-escrita

Grafismos semi-livres

6

tempos

Ouvir e falar

Expressões e palavras para indicar a posição

8

tempos

Dias de semana

Dias úteis.

Fim-de-semana

Canções

4

tempos

Expressões para formular pedidos de desculpas

Expressões para reagir a pedidos de desculpas

Expressões para formular pedidos

Expressões para reagir a pedidos

10

tempos

Expressões para agradecer

Expressões para reagir a agradecimentos

4

tempos

Expressões para felicitar

Expressões para reagir a felicitações

2

tempos

Expressões para exprimir dor 2 tempos

Page 20: Programas 1º ciclo

16

Expressões para manifestar preferências 2 tempos

Pré-escrita

Desenho/pintura

Grafismos orientados para as letras c, d, v, b, r, g

Ler e escrever

Introdução de: c, d, v, b, r, g

Letras minúsculas e maiúsculas.

Letra de imprensa e cursiva

Sílabas

Palavras

Frases

Cópia

Ditado

Caligrafia

Relação imagem-palavra, frase

Desenho/pintura

4 tempos

60

tempos

(Dez

aulas

para

cada

letra)

Page 21: Programas 1º ciclo

17

1a CLASSE 2a CLASSE

Unidade

Temática

Conteúdos

Habilidades: Ouvir e falar

Tempo

Conteúdos

Habilidades: Ouvir e falar (consolidação)

Tempo

FAMÍLIA

Desenho dos membros da família

Membros da família

Expressões para indicar com quem vive

Expressões para indicar o nome

Canções sobre membros da família

8 tempos

Expressões para dar ordens/instruções

Expressões para manifestar preferências 10

tempos

Partes do corpo humano

Instruções relacionadas com as partes do corpo

Canções sobre as partes do corpo humano

12

tempos

Expressões para manifestar interesse e desinteresse

Expressões para manifestar desejo

7

tempos

Direcção e sentido (revisão) 4 tempos

Expressões para manifestar alegria e satisfação:

Expressões para manifestar medo:

7

tempos

Peças de vestuário

Perguntas para identificação das peças de vestuário

Cor do vestuário

Canções sobre as peças de vestuário

10

tempos

Expressões para dar sugestões e conselhos:

6

tempos

Espaços interiores da casa

Espaços exteriores da casa

Função dos espaços da casa

Desenho da casa.

6 tempos

Funcionamento da Língua:

Pronomes pessoais

Frases imperativas

Canções

14

tempos

Mobiliário da casa

Expressões de tamanho: grande/pequeno

Modelagem do mobiliário da casa

6 tempos

Ler e escrever

Ditongos nasais: ão, ãe, õe

Palavras, frases, pequenos textos

8

tempos

Utensílios domésticos

Expressões de comparação: igual/diferente

Expressões de quantidade: muito, pouco, cheio, vazio

Modelagem de utensílios domésticos

16

tempos

Imagens

Cópia

Ditado

Caligrafia

16

tempos

Actividades domésticas

6 tempos

Ouvir e falar

Membros da família

Desenho sobre membros da família

Canções

8

tempos

Alimentos

Cuidados com os alimentos.

Recorte e colagem sobre imagens de alimentos.

6 tempos

Ocupação dos membros da família

Tipos de casa: palhota, alvenaria 6

tempos

Page 22: Programas 1º ciclo

18

Canções sobre alimentos.

Períodos do dia: manhã, tarde e noite

Relação sol/dia, lua/noite

Refeições: pequeno almoço/mata-bicho, almoço, lanche

e jantar

6 tempos

Objectos e utensílios de uso doméstico

Utilidade dos objectos e utensílios de uso doméstico

Modelagem

Canções

6

tempos

Pré-escrita

Grafismos orientados.

Representação gráfica do som. 6 tempos

Ler e escrever

Contos, fábulas, lenga-lengas e poemas

Jogos

Ilustração

10

tempos

Ler e escrever

Introdução das vogais: i, u, o, e, a.

Modelagem de vogais

Canções sobre vogais

Vogais em letra maiúscula e minúscula

Cópia

Ditado

Ditongos orais: ai, oi, ui, ia, au, eu, ao, ei.

Modelagem

Desenho, pintura e recorte de vogais

50

tempos

(Dez

tempos

para

cada

vogal)

Ouvir e falar; ler e escrever

Funcionamento da Língua

Pronomes demonstrativos

Flexão em género e em número

8

tempos

Ouvir e falar

Vocabulário relacionado com higiene corporal:

Desenho/pintura

Normas de higiene corporal

Canções sobre higiene corporal

Palavras que exprimem tempo

Canções contendo expressões de tempo

10

tempos

Ler e escrever

Introdução do r intervocálico: are, ari, ura, uro, ira

Introdução do duplo r

Introdução do s intervocálico: ase, asa, usa 16

tempos

Normas de convivência familiar

4 aulas

Imagens

Cópia

Ditado

Caligrafia

18

tempos

Normas de prevenção de acidentes domésticos

Canções sobre prevenção de acidentes domésticos 4 aulas

Histórias e adivinhas 6 aulas

Pré-escrita

Grafismos orientados para as letras (m, p, t, l, n)

2 aulas

Ler e escrever

Introdução de m, p, t, l, n.

50

tempos

Page 23: Programas 1º ciclo

19

Letras: cursiva e de imprensa

Sílabas

Palavras

Frases

Cópia

Ditado

Caligrafia

Relação palavra-gravura.

Recorte e colagem de letras

Desenho/pintura

Canções

(Dez

tempos

para

cada

letra)

Page 24: Programas 1º ciclo

20

1a CLASSE 2a CLASSE

Unidade

Temática

Conteúdos

Habilidades: Ouvir e falar

Tempo Conteúdos

Habilidades: Ouvir e falar (consolidação) Tempo

COMUNIDADE

Ouvir e falar

Lugares públicos

Função dos lugares públicos

Desenho dos lugares públicos

6 tempos

Cópia

Ditado

Caligrafia

16

tempos

Actividades comunitárias

Profissões/ocupações

Relação profissão/ instituição (lugar)

Canções sobre profissões

8 tempos

Ouvir e falar

Locais/instituições públicas

Recorte, colagem, dobragem, desenho e pintura

Canções

8

tempos

Histórias, adivinhas e lengalengas

6 tempos

Ler e escrever

Meios de transporte

Regras básicas de segurança rodoviária.

Redacção

Ilustrações

8

tempos

Canções típicas da comunidade

Danças típicas da comunidade 2 tempos

Meios de comunicação

Redacções

Ilustrações, recorte, dobragem e colagens

10

tempos

Meios de transporte

Meios de transporte e as vias de circulação

Utilidade dos meios de transporte

Modelagem dos meios de transporte

Desenho/pintura dos meios de transporte

6 tempos

Contos, fábulas, lengalengas, poemas e jogos

Funcionamento da Língua

Pronomes demonstrativos:

Flexão em género e em número

Palavras antónimas

18

tempos

Regras de prevenção de acidentes:

Cuidados a ter com o fogo, com as minas e com os

carros

Cuidados a ter com o lixo

4 tempos

Introdução de: al, el, ul, ol, il;

Introdução de: an, en, in, on, un;

Palavras, frases, pequenos textos;

Imagens.

18

tempos

Datas festivas e comemorativas:

Canções sobre datas festivas e comemorativas

Danças

Recorte/colagem/dobragem/desenho/pintura

6 tempos

• Cópia

• Ditado

• Caligrafia

16

tempos

Pré-escrita

Grafismos orientados para as letras s, j, f, z, h, q, x

4 tempos

Ler e escrever 70

Page 25: Programas 1º ciclo

21

Introdução das letras: s, j, f, z, h, q, x

Letra cursiva e de imprensa

Sílabas

Palavras

Frases

Pequenos textos

Cópia

Ditado

Caligrafia

Relação imagem-palavra

tempos

(Dez

tempos

para

cada

letra)

Page 26: Programas 1º ciclo

22

1a CLASSE 2a CLASSE

Unidade

Temática

Conteúdos

Habilidades: Ouvir e falar

Tempo

Conteúdos

Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever

Tempo

AMBIENTE

Elementos do ambiente

Canções sobre o ambiente 4 tempos

Elementos do ambiente

Conservação do ambiente

Cores do ambiente

6

tempos

Adjectivos avaliativos (revisão).

Cores

Estampagem

Pintura

6 tempos

Animais domésticos

Animais selvagens

Utilidade dos animais domésticos

8

tempos

Expressões para avaliar a temperatura: quente, frio,

gelado 2 tempos

Contos, fábulas, lengalengas, e poemas;

Dramatização

Jogos.

8

tempos

Cuidados a ter com o ambiente

2 tempos

Cópia

Ditado

Caligrafia

10

tempos

Animais domésticos

Animais selvagens

A importância dos animais domésticos.

Fontes sonoras

Desenho/pintura

10

tempos

Pronomes indefinidos

6

tempos

Plantas.

Partes da planta: raiz, folha, flor e fruto

Frutos

Cores: verde, vermelho, amarelo, azul, branco, preto,

castanho

Sabores: doce, azedo, amargo e picante

Relação árvore/fruto

Cuidados a ter com as plantas

Canções sobre cores

10

tempos

Ouvir e falar

Fontes de água

Sabor da água.

4 tempos

Água limpa e água suja

Utilidade da água 4 tempos

Page 27: Programas 1º ciclo

23

Ler e escrever

Introdução de k, w, y

Letra cursiva e de imprensa

Sílabas

Palavras

Frases

Pequenos textos

Cópia

Ditado

Caligrafia

Relação imagem-palavra

Pontuação: ponto final, vírgula; ponto de interrogação;

Acentuação: til

30

tempos

(Dez

tempos

para

cada

letra e

seis

aulas

para a

consolid

ação)

Banda Desenhada (BD)

Redacção

Tema transversal: Prevenção de acidentes

Funcionamento da língua:

Vocabulário relacionado com o tema Ambiente

Família de palavras

Sinonímia

Antonímia

Concordância dos elementos na frase

- Flexão dos nomes em género

- Flexão dos nomes em número

39

tempos

Page 28: Programas 1º ciclo

24

1a CLASSE 2a CLASSE

Unidade

Temática

Conteúdos

Habilidades: Ouvir e falar

Tempo Conteúdos

Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever Tempo

CORPO

HUMANO

Ouvir e falar

Corpo humano: cabeça, tronco e membros

Timbres corporais

Higiene corporal

Canções

8

tempos

Ler e escrever

Contos, fábulas, lengalengas

Poemas

Canções

Jogos

Ilustrações

16

tempos

Ler e escrever

Funcionamento da Língua

Concordância nome/adjectivo

Pronomes indefinidos

Pronomes possessivos

6

tempos

Ler e escrever

Introdução de combinações grafémicas: ch, nh; ce, ci;

ar, er, ir, or, ur

Imagens.

20

tempo

Ler e escrever

Cópia

Ditado

Caligrafia

Imagens

16

tempos

Page 29: Programas 1º ciclo

25

1a CLASSE 2a CLASSE

Unidade

Temática

Conteúdos

Habilidades: Ouvir e falar

Tempo

Conteúdos

Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever

Tempo

SAÚDE E

HIGIENE

Ouvir e falar

Peças de vestuário

Regras básicas de higiene do vestuário

Regras de higiene alimentar

Canções

10

tempos

Limpeza do meio 4

tempos

Ler e escrever

Contos

Fábulas

Lengalengas

Poemas

6

tempos

Funcionamento da Língua

Tempos verbais

Canções

Expressões interrogativas:

Pronomes possessivos

20

tempos

Introdução de combinações grafémicas: lh; az, ez, iz,

oz, uz; gi; ge

Imagens

20

tempos

Cópia

Ditado

Caligrafia

16

tempos

Funcionamento da Língua

Advérbios de lugar: aqui, ali, cá, aí.

Frases imperativas

8

tempos

Introdução de combinações grafémicas: br, cr, dr, fr,

gr, pr, tr; bl, cl, fl, gl, dl, pl

Imagens

20

tempos

Ler e escrever

Cópia

Ditado

Caligrafia

16 tempos

Page 30: Programas 1º ciclo

26

Funcionamento da Língua

Expressões interrogativas

Pronomes indefinidos

Pronomes demonstrativos

8

tempos

Introdução de combinações grafémicas: que, qui,

qua, quo

Introdução do x com os cinco valores fonéticos.

Imagens

24

tempos

Cópia

Ditado

Caligrafia

Redacção

18

tempos

Page 31: Programas 1º ciclo

27

Programa de Língua Portuguesa

1ª Classe

Page 32: Programas 1º ciclo

28

DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA

UNIDADE TEMÁTICA SEMANAS TEMPO

I. ESCOLA 7 112

II. FAMÍLIA 9 144

III. ESCOLA 5 80

IV. COMUNIDADE 6 96

V. AMBIENTE 3 48

Sub-total 30 480

CURRÍCULO LOCAL (20%) 8 128

TOTAL 38 608

Page 33: Programas 1º ciclo

29

PLANO TEMÁTICO DA 1ª CLASSE

Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

ESCOLA

Usar expressões para cumprimentar

e para se despedir;

Cantar canções sobre

cumprimentos.

Ouvir e falar

Expressões para cumprimentar:

- Bom dia/boa tarde/boa noite/olá

- Como está/estás/estão?

- Estou/estamos bem, obrigado(a)

Expressões de despedida:

- Adeus/até amanhã/até logo

Expressa-se, com boa educação

e cortesia em contacto social

inicial.

7

tempos

Usar expressões apropriadas para

perguntar e responder sobre o

estado de saúde;

Cantar canções sobre o estado de

saúde.

Ouvir e falar

Expressões para informar sobre o estado de saúde:

Como estás de saúde?

Como está de saúde?

Estou bem. Obrigado (a).

Como te sentes?

Como se sente?

Sinto-me bem. Obrigado (a).

Canções sobre o estado de saúde

7

tempos

Page 34: Programas 1º ciclo

30

Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

ESCOLA

Dizer o seu nome e o do seu

professor;

Perguntar pelo nome dos seus

colegas;

Dizer o nome dos seus colegas;

Usar expressões para identificar

os intervenientes da escola.

Expressões para identificar:

- Eu chamo-me…/ o meu nome é…/ eu sou…

- O meu professor chama-se/é…

- A minha professora chama-se/é…

- Como te chamas?

- Como se chama o(a)...

- Qual é o teu nome?

- Quem é este(a)/aquele(a) menino(a)?

- Este(a) chama-se.../o (a) menino (a) chama-se...

- Ele(a) chama-se…/ o(a) menino(a) chama-se…

- Ele(a) é o senhor(a) director(a).

Intervenientes da escola: alunos, professores, Director da

Escola, serventes, guardas, etc.

Identifica-se e identifica outros

intervenientes, em situações

sociais.

10

tempos

Comparar tamanhos;

Distinguir objectos leves dos

pesados.

Desenhar objectos de diferentes

tamanhos;

Modelar objectos de diferentes

tamanhos;

Ouvir e falar

Expressões para indicar tamanho: grande, pequeno, alto,

baixo, gordo, magro, curto, comprido, fino, grosso, largo,

estreito, maior, menor

Desenho/pintura de objectos para indicar tamanhos

Modelagem de objectos para indicar tamanhos

Expressões para indicar o peso: leve/pesado

Descreve objectos em função do

seu tamanho e peso.

12

tempos

Identificar sons de diferentes

fontes;

Cantar canções educativas.

Pré –leitura

Exercícios de coordenação sonora:

- Canções educativas

- Fontes sonoras (vozes de pessoas, animais, sons de

máquinas; objectos, som do sino da escola, etc.)

- Jogos de identificação de sons

Distingue sons de diferentes

fontes sonoras;

6

tempos

Page 35: Programas 1º ciclo

31

Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS

ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz

de:

CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

ESCOLA

Aplicar as regras

básicas de convivência

na escola;

Cantar canções sobre

normas de convivência

escolar.

Ouvir e falar

Normas de convivência escolar:

- Levantar-se para cumprimentar o professor

- Levantar a mão para pedir para falar;

- Ficar na formatura antes de ir para a sala de aula

- Ficar em sentido para cantar o Hino Nacional

- Cantar o Hino Nacional, em sentido

- Limpar, arrumar e ornamentar a sala de aula

- Colocar o lixo no local adequado

Convive de forma harmoniosa no

ambiente escolar.

4

tempos

Dizer o nome da sua

escola;

Usar expressões para

identificar a escola e

seus espaços;

Usar expressões para

indicar a função dos

espaços da escola;

Expressões para indicar o nome da escola:

A minha escola é…

A minha sala é…;

Espaços da escola: sala de aula, casa de banho, pátio, etc.

Função dos espaços escolares.

Demonstra evidências de

conhecimento dos diferentes

contextos sociais que fazem parte

do seu quotidiano.

6

tempos

Page 36: Programas 1º ciclo

32

Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

ESCOLA

Nomear materiais, objectos e

mobiliário escolar;

Fazer perguntas sobre

materiais, objectos e

mobiliário escolar;

Usar o material escolar em

contextos apropriados.

Ouvir e falar

Vocabulário sobre material escolar:

Caderno, lápis, livro, borracha, afiador, pasta escolar,

quadro, giz, apagador, etc.

Mobiliário escolar:

carteira, cadeira, banco, secretária, armário, etc.

Expressões para identificar os objectos escolares:

O que é isto?

Isto é um lápis.

O que é aquilo?

Aquilo é um lápis.

O que é isso?

Isso é um lápis.

Esta carteira é minha.

Essa carteira é minha.

Aquela carteira é minha.

Demonstra evidências de

conhecimento dos diferentes

contextos sociais que fazem parte

do seu quotidiano.

12

tempos

Page 37: Programas 1º ciclo

33

Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

ESCOLA

Usar expressões de lateralidade para indicar a

posição dos objectos, materiais e mobiliário

escolar;

Fazer perguntas de identificação da posição

dos objectos, materiais e mobiliário escolar;

Posicionar-se segundo instruções;

Movimentar-se segundo instruções;

Identificar a proveniência do som;

Localizar a proveniência do som.

Ouvir e falar

Expressões de lateralidade:

- ao lado/para o lado

- à frente/atrás

- para frente/ para trás

- à direita/ à esquerda

- para dentro/para fora

- em cima/em baixo

Orienta-se em diferentes espaços. 10

tempos

Fazer traços livres, rabiscos, garatujas e

desenhos livres;

Manuseiar o material escolar: cadernos, livros

e folhas de papel;

Realizar jogos que envolvem movimento;

Recortar, cortar e dobrar formas simples de

sua criação ou desenhadas pelo professor.

Pré-escrita

Exercícios de coordenação psico- motora:

- Segurar correctamente o lápis

- Traços livres

- Rabiscos e garatujas

- Desenhos livres

Manuseamento do material escolar (folhear

cadernos e livros; enrolar folhas de papel ou

jornal)

Jogos: neca, jogo de pedrinhas e outros

jogos tradicionais

Recorte, colagem e dobragem

Realiza com destreza diferentes

actividades manuais, preparatórias

para a escrita.

10

tempos

Page 38: Programas 1º ciclo

34

Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

ESCOLA

Responder às instruções de

controlo de presença;

Obedecer a instruções simples;

Dar instruções;

Reagir a instruções;

Usar expressões para

perguntar e responder sobre

instruções várias;

Ouvir e falar

Vocabulário sobre instruções de controlo:

- Presente/ausente

Instruções simples:

-Levantar/sentar, abrir/fechar, entrar/sair,

perguntar/responder, ir/vir, dizer, andar,

correr, saltar, parar, dançar, cantar, jogar, desenhar,

varrer, limpar

Expressões para dar instruções:

- Levanta-te/senta-te, entra/sai, vai/vem, abre/fecha,

diz, anda, corre, joga, desenha, limpa, varre,

pergunta/responde

Expressões para perguntar e responder

- O que tu fazes?

- (Eu) abro a porta.

- O que faz o João?

- O João abre a porta.

Demonstra evidências de

compreensão de instruções

simples.

10

tempos

Page 39: Programas 1º ciclo

35

Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

ESCOLA

Usar expressões para pedidos de

permissão e de desculpas;

Reagir a pedidos de permissão e de

desculpas;

Ouvir e falar

Pedido de licença/ permissão:

- Com licença/Posso entrar?

- Senhor(a) professor(a), posso sair?

- (Senhor(a) professor(a)), posso ir à casa de

banho?

Resposta a pedido de licença:

- Sim, podes.

- Não podes.

Pedido de desculpas:

- Desculpa/Peço desculpas!

Resposta a pedido de desculpas:

- De nada! /Não faz mal!

Convive de forma harmoniosa no

ambiente escolar.

6

tempos

Usar expressões de lateralidade para

indicar a posição dos objectos,

materiais e mobiliário escolar;

Fazer perguntas de identificação da

posição dos objectos, materiais e

mobiliário escolar;

Posicionar-se segundo instruções;

Movimentar-se segundo instruções.

Ouvir e falar

Expressões de lateralidade:

- Dentro/fora; perto/longe; em cima/em baixo

Orienta-se em diferentes espaços.

6

tempos

Traçar linhas em diferentes sentidos;

Fazer círculos de diferentes tamanhos.

Pré-escrita

Grafismos semi-livres

Escreve grafismos. 6

tempos

Page 40: Programas 1º ciclo

36

Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

FAMÍLIA

Indicar as pessoas com quem

vive;

Dizer o nome dos membros da

sua família;

Cantar canções sobre os

membros da família.

Ouvir e falar

Membros da família: mãe/pai; irmão/irmã; tio/tia;

avô/avó, etc.

Expressões para indicar com quem vive

-Com quem vives?

-Eu vivo com…

-Ele(a) vive com…

Expressões para indicar o nome:

- Como se chama a tua mãe?

- A minha mãe chama-se…

- A mãe dele(a) chama-se…

- Como se chama o teu pai?

- O meu pai chama-se...

Identifica os membros da sua

família em situações sociais.

3

tempos

Page 41: Programas 1º ciclo

37

Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

FAMÍLIA

Nomear as partes do corpo humano;

Usar expressões relacionadas com as

partes do corpo;

Segue instruções relacionadas com as

partes do corpo;

Cantar canções sobre as partes do

corpo humano.

Ouvir e falar

Partes do corpo humano:

- Cabeça, cabelos, olhos, boca, dentes,

nariz, orelhas, braços, mãos, dedos, unhas,

barriga, pernas, pés

Instruções relacionadas com as partes do

corpo:

- Levanta a mão

- Levanta o pé

- Bate palmas

- Abre a boca

- Abre o olho

- Fecha a boca

- Fecha o olho

Reage a instruções relacionadas com

as partes do corpo;

.

6

tempos

Seguir instruções de direcção e

sentido;

Usar expressões para dar instruções de

direcção e sentido.

Direcção e sentido (revisão):

- para frente/para trás

- para a direita/ para a esquerda

- para cima/ para baixo

Orienta-se em diferentes espaços. 2

tempos

Page 42: Programas 1º ciclo

38

Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

FAMÍLIA

Nomear as peças de vestuário mais usadas na

sua comunidade;

Fazer perguntas de identificação das peças de

vestuário;

Responder a perguntas de identificação das

peças de vestuário;

Identificar a cor de diferentes peças de

vestuário;

Cantar canções sobre as peças de vestuário.

Ouvir e falar

Peças de vestuário:

- Saia, blusa, vestido, capulana, bata,

calções, calças, camisa, camisete,

camisola, lenço…

Perguntas para identificação das peças

de vestuário:

- Que roupa é que o João usou?

- Que roupa é que ele usou?

- Que roupa é que a Amina usou?

- Que roupa é que ela usou?

- O João usou…

- A Amina usou…

Cor do vestuário

Descreve o vestuário em função das

cores;

3

tempos

Nomear os espaços interiores e exteriores de

uma casa;

Usar expressões que indicam a função de cada

um dos espaços de uma casa;

Desenha e pinta uma casa.

Espaços da casa interiores: quarto, sala,

cozinha, casa de banho

Exteriores: varanda, quintal, latrina

capoeira e outros espaços…

Função dos espaços da casa

Desenho da casa

Descreve os espaços exteriores e

interiores de uma casa, indicando as

funções de cada espaço.

3

tempos

Page 43: Programas 1º ciclo

39

Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

FAMÍLIA

Nomear o mobiliário existente na

sua casa;

Usar expressões para indicar o

tamanho dos diferentes objectos;

Modelar objectos, representando

mobiliário da casa.

Ouvir e falar

Mobiliário da casa:

cadeira, banco, mesa, cama, armário e sofás

Expressões de tamanho:

grande/pequeno

Modelagem do mobiliário da casa

Descreve e identifica utensílios,

mobiliário e actividades domésticas;

Usa adequadamente as expressões

de comparação e de quantidade;

Modela utensílios domésticos.

2

tempos

Nomear os utensílios domésticos

existentes em sua casa;

Usar expressões para indicar a

utilidade dos utensílios domésticos;

Usar expressões para comparar

utensílios domésticos de diferentes

tamanhos;

Usar expressões para indicar

quantidades;

Modelar objectos representando

utensílios domésticos.

Utensílios domésticos:

prato, copo, caneca, chávena, pires, colher,

colher de pau, garfo, faca, bacia, panela,

fogão, cestos, peneira, pilão, coador, chaleira,

pote, bilha, cabaça, ferro de engomar

Expressões de comparação:

igual/diferente

Expressões de quantidade: muito, pouco, cheio,

vazio

Modelagem de utensílios domésticos

7

tempos

Usar expressões para indicar

actividades domésticas.

Actividades domésticas:

Cozinhar, pilar, varrer, limpar, lavar, estender a

roupa e engomar

2

tempos

Page 44: Programas 1º ciclo

40

Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

FAMÍLIA

Nomear os alimentos mais comuns;

Indicar os cuidados a ter com a

alimentação;

Compor imagens de alimentos a partir

de recorte e colagem;

Cantar canções sobre alimentos.

Ouvir e falar

Alimentos:

farinha de milho, mapira, mandioca,

amendoim, ovos, peixe, carne, couve,

alface, leite e frutos

Cuidados com os alimentos

Nomea os alimentos;

Identifica os alimentos;

Descreve os cuidados a ter com os

alimentos.

2

tempos

Nomear os períodos do dia;

Indicar os nomes das refeições;

Identificar os períodos do dia em que

se tomam as diferentes refeições.

Períodos do dia: manhã, tarde e noite

Relação sol/dia, lua/noite

Refeições: pequeno almoço/mata-bicho,

almoço, lanche e jantar

Relaciona os períodos do dia com as

principais refeições.

2

tempos

Page 45: Programas 1º ciclo

41

Habilidade: Pré-escrita

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

FAMÍLIA

Desenhar grafismos orientados

para as vogais;

Representar a duração do som

através de tracinhos curtos e

longos.

Pré-escrita

Grafismos orientados.

Representação gráfica do som.

Lê e escreve as vogais;

Lê e escreve ditongos orais.

2

tempos

Identificar as vogais;

Ler vogais;

Escrever vogais;

Modelar vogais;

Cantar canções sobre vogais;

Escrever as vogais em letras

minúsculas e maiúsculas;

Escrever as vogais ditadas;

Ler ditongos formados por

diferentes vogais;

Escrever ditongos formados por

diferentes vogais;

Modelar as vogais para formar

ditongos;

Desenhar, pintar e recortar

vogais para formar ditongos.

Ler e escrever

Introdução das vogais: i, u, o, e, a.

Modelagem de vogais

Canções sobre vogais

Vogais em letra maiúscula e minúscula

- Cópia

- Ditado

- Ditongos orais: ai, oi, ui, ia, au, eu, ao,

ei

Modelagem

Desenho, pintura e recorte de vogais

50

tempos

(Dez

tempos

para

cada

vogal)

Page 46: Programas 1º ciclo

42

Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

FAMÍLIA

Nomear objectos usados na

higiene corporal;

Desenhar e pintar objectos

usados na higiene corporal;

Usar expressões para indicar os

cuidados de higiene corporal;

Cantar canções sobre higiene

corporal;

Construir frases usando as

palavras que exprimem o tempo;

Responder a perguntas sobre os

períodos do dia em que se

realizam as principais

actividades no ambiente

familiar;

Cantar canções contendo

expressões de tempo.

Ouvir e falar

Vocabulário relacionado com higiene corporal:

- escova de dentes, mulala, pasta dentífrica,

pente, sabão, sabonete e toalha

Desenho/pintura

Normas de higiene corporal:

- tomar banho

- lavar as mãos

- escovar os dentes

- pentear o cabelo

- cortar as unhas

- lavar a roupa

- engomar a roupa

Palavras que exprimem tempo:

- antes, agora e depois

- ontem, hoje e amanhã

Fala sobre as principais regras de

higiene;

Cumpre com as regras de higiene

corporal.

3

tempos

Page 47: Programas 1º ciclo

43

Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

FAMÍLIA

Usar expressões para

cumprimentar e despedir-se dos

familiares.

Normas de convivência familiar

Aborda as principais formas de

prevenção de acidentes domésticos;

Conta pequenas histórias;

Reconta histórias e adivinhas

relacionadas com a família.

5

tempos

Cumprir as normas de prevenção

de acidentes domésticos;

Cantar canções sobre normas de

prevenção de acidentes domésticos.

Normas de prevenção de acidentes domésticos: ter

cuidado com objectos cortantes, fogo e produtos

inflamáveis e/ou tóxicos

Canções sobre prevenção de acidentes domésticos

Recontar, oralmente, histórias e

adivinhas ouvidas, relacionadas

com a família;

Contar pequenas histórias,

fábulas, adivinhas, relacionadas

com a família.

Histórias e adivinhas

Page 48: Programas 1º ciclo

44

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

FAMÍLIA

Desenhar grafismos orientados para as

letras em estudo.

Pré-escrita

Grafismos orientados para as letras (m, p,

t, l, n)

Lê e escreve palavras e frases, com

as letras já aprendida;

Distingue a letra cursiva da letra da

imprensa;

Usa na sua escrita a letra cursiva.

2

tempos

Identificar letras em estudo;

Ler sílabas, palavras e frases;

Escrever letras, sílabas, palavras e frases,

com caligrafia correcta;

Interpretar palavras e frases;

Usar letras maiúsculas e minúsculas na

escrita de letras, palavras e frases;

Relacionar letra cursiva com a de

imprensa;

Escrever letras, sílabas, palavras e frases

ditadas;

Identificar letras, palavras a partir de

imagens;

Relacionar imagens com letras, palavras e

frases;

Recortar e colar letras para formar

palavras;

Desenhar imagens relacionadas com as

palavras formadas;

Cantar canções relacionadas com as

palavras formadas.

Ler e escrever

Introdução de m, p, t, l, n

Letras:

- Letra cursiva e de imprensa

Sílabas

Palavras

Frases

Cópia

Ditado

Caligrafia

Relação palavra-gravura.

Recorte e colagem de letras

Desenho/pintura

Canções

50

tempos

(Dez

tempos

para

cada

letra)

Page 49: Programas 1º ciclo

45

Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

ESCOLA

Identificar a posição relativa à

escola, ao material escolar, aos

alunos e ao professor;

Posicionar-se seguindo instruções;

Responder a perguntas de

identificação da posição da escola,

do material escolar, dos colegas e

do seu professor.

Ouvir e falar

Expressões e palavras para indicar a

posição: à volta de, ao lado de, dentro de,

perto de, longe de, aqui, ali, lá,

próximo/afastado

- O aluno está perto da janela.

- A menina está ao lado da porta.

- Os meninos estão dentro da sala.

- A árvore está longe da sala.

Orienta-se em diferentes espaços.

4

tempos

Identificar os dias de semana;

Constrói frases usando os dias de

semana;

Cantar canções relacionadas com

os dias de semana.

Dias de semana: Segunda-feira, Terça-

feira, Quarta-feira, Quinta-feira, Sexta-

feira, Sábado e Domingo

Dias úteis: Segunda, Terça, Quarta, Quinta

e Sexta

Fim-de-semana: Sábado e Domingo

Descreve as actividades que realiza nos

diferentes dias de semana.

2

tempos

Page 50: Programas 1º ciclo

46

Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS

ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de:

CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

ESCOLA

Usar expressões para

formular pedidos;

Reagir a pedidos.

Ouvir e falar

Expressões para formular pedidos de

desculpas.

- Desculpa .

- Peço desculpa.

Expressões para reagir a pedidos de desculpas:

- Não faz mal!

- Estás (está) desculpado!

- Está bem. Eu desculpo!

- Não tem de quê!

Expressões para formular pedidos:

- Posso falar?

- Podes falar mais alto/baixo?

- Pode explicar melhor?

- Podes repetir?

- Diz outra vez.

- O que é que eu faço?

- Posso abrir o livro/ caderno?

- Por favor, podes ajudar-me a abrir a pasta?

- Podes ajudar-me a carregar a carteira/ limpar

a sala, etc.?

Expressões para reagir a pedidos:

- Sim, posso ajudar!

- Com certeza!

- Desculpa, não posso!

Expressa-se com boa educação e cortesia

em situações de formulação de

Pedidos;

Reaje com boa educação e cortesia em

situações de formulação de

Pedidos.

6

tempos

Page 51: Programas 1º ciclo

47

Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

ESCOLA

Usar expressões para agradecer;

Usar expressões para reagir a

agradecimentos.

Ouvir e falar

Expressões para agradecer:

- Muito obrigada(o)!

Expressões para reagir a agradecimentos

- De nada!

- Não tem de quê!

- Não tem nada que agradecer.

Expressa-se com boa educação e cortesia

em situações de agradecimento,

felicitação e manifestação de dor e

preferência.

2

tempos

Usar expressões para felicitar;

Usa expressões para reagir a

felicitações.

Expressões para felicitar:

- Parabéns!

Expressões para reagir a felicitações

- Obrigada (o)!

1

tempo

Usar expressões para manifestar

dor.

Expressões para exprimir dor

- Dói (muito)!

- Sinto muita dor.

1

tempo

Usar expressões para manifestar

preferências.

Expressões para manifestar preferências:

- Gosto mais do galo do que do pato.

- Gosto mais da girafa do que do elefante

etc.

- Prefiro o gato.

- Escolho a manga.

2

tempo

Page 52: Programas 1º ciclo

48

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

ESCOLA

(continuação)

Desenhar e/ou pintar imagens relacionadas com

os grafismos;

Cobrir os grafismos tracejados;

Desenhar correctamente grafismos orientados

para as letras em estudo.

Pré-escrita

Desenho/pintura

Grafismos orientados para as letras

c, d, v, b, r, g

Lê e escreve sílabas;

Lê e escreve palavras e frases, com as

letras já aprendidas.

2

tempos

Ler letras, sílabas, palavras e frases;

Escrever letras, sílabas, palavras e frases, com

caligrafia correcta;

Interpretar palavras e frases;

Usar letra maiúsculas e minúsculas na escrita de

letras, palavras e frases;

Relacionar letra cursiva com letra de imprensa;

Escrever letras, sílabas, palavras e frases

ditadas;

Identificar letras e palavras a partir de imagens;

Relaciona imagens com letras, palavras e frases;

Desenhar/pintar imagens que representam as

palavras aprendidas.

Ler e escrever

Introdução de: c, d, v, b, r, g.

Letras minúsculas e maiúsculas.

Letra de imprensa e cursiva.

Sílabas

Palavras

Frases

Cópia

Ditado

Caligrafia

Relação imagem-palavra, frase

Desenho/pintura

60

tempos

(Dez

tempos

para

cada

letra)

Page 53: Programas 1º ciclo

49

Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: Conteúdos

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

COMUNIDADE

(continuação)

Identificar os principais lugares públicos;

Usar expressões para indicar a função

dos lugares públicos;

Desenhar imagens relacionadas com os

lugares públicos.

Ouvir e falar

Lugares públicos:

- Escola

- Hospital

- Mercado/loja/ barraca/feira

- Igreja/mesquita

- Jardim

- Campo de jogos

Função dos lugares públicos

Desenho dos lugares públicos Descreve os lugares públicos e as

actividades da sua comunidade;

Descreve as profissões existentes na

sua comunidade.

6

tempos

Identificar as profissões/ ocupações mais

comuns na sua comunidade;

Construir frases empregando profissões;

Relacionar as profissões com as

instituições/lugares;

Cantar canções sobre profissões.

Ouvir e falar

Actividades comunitárias: agricultura,

pastorícia, pesca.

Profissões/ocupações:

- Professor

- Enfermeiro

- Camponês

- Agricultor

- Comerciante

- Padre/Maulana/Pastor

Relação profissão/ instituição (lugar).

Recontar histórias, adivinhas e

lengalengas ouvidas, relacionadas com a

sua comunidade;

Contar pequenas histórias, adivinhas e

lengalengas relacionadas com a sua

comunidade.

Cantar canções típicas da sua

comunidade;

Praticar danças típicas da sua

comunidade.

Ouvir e falar

Histórias, adivinhas e lengalengas.

Canções típicas da comunidade

Danças típicas da comunidade

Manifesta-se culturalmente através de

danças e hostórias típicas da sua

comunidade.

4

tempos

Page 54: Programas 1º ciclo

50

Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

COMUNIDADE

(continuação)

Identificar os meios de transporte mais

comuns;

Relacionar os meios de transporte com

as vias de circulação;

Mencionar a utilidade dos meios de

transporte;

Modelar os meios de transporte;

Desenhar os meios de transporte.

Ouvir e falar

Meios de transporte: bicicleta, motorizada,

carro, avião, barco e comboio

Meios de transporte e as vias de circulação

(Terrestre, aéreo e marítimo)

Utilidade dos meios de transporte

Modelagem dos meios de transporte

Desenho/pintura dos meios de transporte

Descreve os meios de transporte e a

sua função.

5

tempos

Indicar as regras de prevenção de

acidentes;

Depositar o lixo nos lugares

apropriados;

Evitar brincar com o lixo.

Ouvir e falar

Regras de prevenção de acidentes:

- Cuidados a ter com o fogo, com as minas e

com os carros

- Cuidados a ter com o lixo (deitar o lixo em

lugares apropriados.)

Assume atitudes de prevenção de

acidentes.

2

tempos

Mencionar alguns Heróis

Moçambicanos (Eduardo Mondlane,

Samora Machel e Josina Machel);

Cantar canções sobre datas festivas e

comemorativas;

Praticar danças da comunidade

Utilizar diferentes materiais para

fazer objectos simples alusivos às

datas festivas e comemorativas.

Ouvir e falar

Datas festivas e comemorativas:

- Dia dos Heróis Moçambicanos: 3 de

Fevereiro

- Dia do pai: 19 de Março

- Dia da Mulher Moçambicana: 7 de

Abril

- Dia da Mãe: 2º domingo de Maio

- Dia da Criança: 1 de Junho

- Dia da Independência Nacional: 25 de

Junho

Canções sobre datas festivas e

comemorativas.

Danças

Demonstra evidências de

conhecimento das datas festivas e

comemorativas;

Expressa-se sobre o significado de

datas festivas e comemorativas.

5

tempos

Page 55: Programas 1º ciclo

51

Habilidade: Pré-escrita

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

COMUNIDADE

(continuação)

Desenhar grafismos orientados para as

letras em estudo.

Pré-escrita

Grafismos orientados para as letras s, j,

f, z, h, q, x

Lê e escreve as letras, as sílabas,

palavras e frases simples e pequenos

textos com as letras já aprendidas.

4

tempos

Ler sílabas, palavras, frases e pequenos

textos;

Escrever letras, sílabas, palavras, frases e

pequenos textos, com caligrafia correcta;

Interpreta palavras e frases, pequenos

textos;

Relacionar letra cursiva com letra de

imprensa;

Escrever letras, sílabas, palavras e frases

ditadas;

Identificar letras, palavras a partir de

imagens;

Relacionar imagens com letras, palavras

e frases.

Ler e escrever

Introdução das letras: s, j, f, z, h, q, x

Letra cursiva e de imprensa

Sílabas

Palavras

Frases

Pequenos textos

Cópia

Ditado

Caligrafia

Relação imagem-palavra

70

tempos

(Dez

tempos

para

cada

letra)

Page 56: Programas 1º ciclo

52

Habilidade: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

AMBIENTE

Elaborar frases sobre a utilidade dos

elementos do ambiente;

Identificar elementos que compõem o

ambiente;

Cantar canções relacionadas com os

elementos do ambiente.

Ouvir e falar

Elementos do ambiente: areia, água,

pedras, plantas e animais

Descreve o ambiente, referindo-se aos

seus elementos e preservação;

Usa no seu discurso oral e escrito os

adjectivos avaliativos; as expressões

de temperatura.

3

4 tempos

Usar expressões para descrever os elementos

do ambiente;

Fazer estampagem dos elementos do

ambiente;

Pintar paisagens.

Adjectivos avaliativos (revisão): grande,

pequeno, alto, baixo, gordo, magro,

curto, comprido, fino, grosso, largo,

estreito, igual, diferente, maior, menor.

Cores

4

tempos

Usar expressões para distinguir diferentes

estados de temperatura dos corpos.

Expressões para avaliar a temperatura:

quente, frio, gelado

2

tempos

Explicar os cuidados a ter com o ambiente;

Aplicar os cuidados a ter com o ambiente.

Cuidados a ter com o ambiente:

- Evitar queimar as plantas

- Evitar pisar a relva

- Deitar o lixo em locais apropriados

2

tempos

Page 57: Programas 1º ciclo

53

Habilidade: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

AMBIENTE

Identificar os animais domésticos mais

comuns;

Identificar os animais selvagens mais

conhecidos;

Distinguir os animais domésticos dos

selvagens;

Usar expressões para indicar animais

próximos e afastados;

Indicar a utilidade dos animais domésticos;

Identificar os nomes dos animais através da

sua voz;

Desenhar/pintar animais.

Ouvir e falar

Animais domésticos: galinha, pato,

gato, cão, cabrito, boi, burro e pombo

Animais selvagens: macaco, girafa,

gazela, elefante, hipopótamo, cobra e

leão

A importância dos animais domésticos:

- a galinha dá-nos ovos e carne

- a vaca dá-nos carne, leite e pele

- o cão guarda a casa

Vozes de animais

Identifica os anumais domésticos;

Descreve animais domésticos e

selvagens, e sua utilidade.

9

tempos

Page 58: Programas 1º ciclo

54

Habilidade: Ouvir e falar

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

AMBIENTE

(Continuação)

Identificar as plantas do seu meio;

Identificar as partes de uma planta;

Nomeiar os frutos mais comuns no seu

meio;

Descrever os frutos em função da sua cor e

sabor;

Relacionar a árvore com o fruto;

Cuidar das plantas;

Cantar canções sobre frutos e cores.

.

Ouvir e falar

Plantas

Partes da planta: raiz, folha, flor e fruto

Frutos

Cores: verde, vermelho, amarelo, azul,

branco, preto, castanho

Sabores: doce, azedo, amargo e picante:

- a laranja é doce

- o limão é azedo

- o piripiri é picante

- o paracetamol é amargo

Relação árvore/fruto

Cuidados a ter com as plantas (regar, não

queimar, etc.)

Identifica as plantas e as suas partes;

Descreve as plantas, suas cores,

sabor dos frutos e formas de

protecção.

8

tempos

Nomeiar as fontes de água;

Distinguir os sabores da água;

Ouvir e falar

Fontes de água: poço, fontenária, rio e

lago

Sabor da água: doce, salgada

Fala sobre a importância da água.

3

tempos

Distinguir a água limpa da água suja;

Usar expressões sobre a utilidade da água.

Água limpa e água suja

Utilidade da água:

- Consumo

- Higiene

- Rega

3

tempos

Page 59: Programas 1º ciclo

55

Habilidade: Ler e escrever

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

AMBIENTE

Ler sílabas, palavras, frases e pequenos

textos;

Escrever letras, sílabas, palavras, frases e

pequenos textos, com caligrafia correcta;

Interpretar palavras, frases e pequenos

textos;

Relacionar letra cursiva com a de imprensa;

Escrever letras, sílabas, palavras e frases

ditadas;

Identificar letras e palavras a partir de

imagens;

Relacionar imagens com letras, palavras e

frases;

Usar pontuação adequada em frase;

Usar acentuação adequada em frases.

Ler e escrever

Introdução de k, w, y

Letra cursiva e de imprensa

Sílabas

Palavras

Frases

Pequenos textos

Cópia

Ditado

Caligrafia

Relação imagem-palavra

Pontuação:

- Ponto final;

- Vírgula;

- Ponto de interrogação

Acentuação

- Til

Lê e escreve frases e pequenos

textos;

Identifica a pontuação e a

acentuação. 30

tempos

(Dez

tempos

para

cada

letra e

seis

aulas

para a

consoli

dação)

Currículo Nacional: 480 tempos

Currículo Local: 128 tempos

Total: 608 tempos

Page 60: Programas 1º ciclo

56

Sugestões Metodológicas

1ª CLASSE

Em Moçambique, como já nos referimos, a situação linguística das crianças que entram pela primeira

vez na escola, apresenta três cenários principais: crianças que falam Português como língua materna

(L1), crianças que falam Português como língua segunda (L2) e crianças que não falam Português.

Neste contexto, as sugestões que a seguir se apresentam têm em conta os três cenários e visam o

desenvolvimento de competências da Língua Portuguesa relativas aos domínios de ver, ouvir, falar,

ler e escrever.

1. Período de Ambientação

A chegada da criança à escola tem para ela um significado muito especial, pois representa uma

mudança de meio a que está habituada para outro totalmente diferente e desconhecido: a escola.

Torna-se importante que, nos primeiros momentos de contacto entre a criança e a escola, se propicie

um ambiente e clima favoráveis à sua socialização. Para tal, durante o período de ambientação, a

escola deve proporcionar à criança actividades próprias desta fase, tais como jogos, danças e canções

da região, canções acompanhadas de mímica - do seu agrado - manuseio de materiais com que

rabisca, desenha, pinta e recorta.

Nesta faixa etária, as actividades de recorte devem ser realizadas com as mãos, ou com instrumentos

que não constituam perigo para as crianças, como por exemplo, tesouras para papel com pontas

arredondadas. Importa referir que o professor deve valorizar estas práticas, porque são muito

importantes para o desenvolvimento da destreza manual (libertação dos dedos) e da motricidade fina

(delicadeza no manuseio dos materiais).

A criança ainda pequena aprende a desenhar. Mesmo que para os adultos sejam simples rabiscos,

essa forma de expressão da criança é uma descoberta das suas capacidades. O desenho da criança

revela a sua expressão afectiva, porque representa as suas vivências e os seus sonhos. Nesta classe,

todo o desenho do aluno é bom. O professor não deve comparar os desenhos das crianças com os dos

Page 61: Programas 1º ciclo

57

adultos, pois os desenhos infantis não são fiéis à realidade. Deste modo, deve ter o cuidado de não

criticá-los, mas sim motivá-los a continuar.

O professor não deve dizer algo que, mesmo vagamente, decepcione a criança, porque pode diminuir

ou anular o seu nível motivacional em relação à escola. Por isso, o professor deve respeitar e estar

atento, porque essas representações criarão um importantíssimo meio de comunicação entre elas.

Assim como na comunicação verbal, a comunicação através da imagem acompanha um processo

mental que percorre todas as etapas do desenvolvimento da criança.

Os desenhos livres podem constituir oportunidades para o desenvolvimento da oralidade. Por isso, o

professor, à medida que vai acompanhando os trabalhos dos alunos, poderá pedir-lhes que falem

sobre o seu conteúdo.

A observação directa de vários sectores da escola pode constituir momentos para conhecer diferentes

espaços da escola, tais como: a sala de aulas, o recreio, o campo de jogos, o jardim, a horta e a casa

de banho/latrina.

Na fase de ambientação, a criança, integrada na sua turma, deverá ser levada a desenvolver pequenas

actividades, a saber: recolha de diversos materiais da natureza e de outro tipo, tais como pauzinhos,

folhas, pedrinhas, assim como pode limpar e embelezar a sala de aulas, conservar o jardim, a horta,

etc. Estas actividades podem contribuir para se estabelecer uma ambientação das crianças à escola,

aos companheiros e, sobretudo, ao professor.

Durante esta fase, é normal que a maioria das crianças, sobretudo nas zonas rurais, não saiba

comunicar em Português. Para contornar esta situação, sempre que se afigure necessário, o professor

pode recorrer ao uso da(s) língua(s) moçambicana(s).

Importa frisar que a língua local só pode ser usada, como recurso, em último caso, isto é, depois de se

usar os meios concretizadores, tais como o cartaz, o desenho, a mímica, os gestos, entre outras

alternativas que possam levar o aluno a entender o que se diz.

Page 62: Programas 1º ciclo

58

2. Oralidade

A comunicação oral é o primeiro estágio do ensino-aprendizagem de uma língua. Esta forma de

comunicação, em Português, deve ser uma preocupação constante da escola, em geral e, do professor,

em particular.

Na primeira classe, a oralidade deve percorrer todo o processo de ensino-aprendizagem do Português,

quer dizer, desde a fase de ambientação até à produção de palavras, frases e pequenos textos.

Na fase de aquisição de pré-requisitos da leitura e escrita, a oralidade será feita a partir de actos de

fala/expressões linguísticas. As expressões linguísticas são frases ou sequência de frases que

reportam variadas situações da vida real ou imaginária. Tais situações, como já foi referido, estão

integradas nos conteúdos das diferentes unidades temáticas.

A repetição das palavras durante a aprendizagem da oralidade constituiu um aspecto importante.

Neste caso, o uso da música pode tornar esta actividade mais prazerosa, pois as crianças gostam de

cantar e, por isso, não sentirão o possível desconforto que a repetição pode provocar. Além disso, o

carácter lúdico da música facilita a aprendizagem, pois desenvolve a imaginação, a memória, a

concentração e a auto-disciplina. As canções devem, sempre que possível, ser utilizadas como

estratégias de aprendizagem ou consolidação das competências definidas no Programa de Ensino,

No início da aprendizagem do Português, como língua segunda (L2), deve existir uma etapa de

iniciação à oralidade que antecede a introdução da leitura e da escrita. Assim, propõe-se um fundo de

tempo equivalente a 116 tempos lectivos para a oralidade inicial. Porém, na 1ª classe, a oralidade está

presente em todas as aulas.

A oralidade inicial destina-se, entre outros fins, à aprendizagem de formas elementares de

comunicação. A duração desta fase prévia deve estar de acordo com o nível de domínio da Língua

Portuguesa pelos alunos.

O fundo de tempo proposto foi calculado considerando as necessidades de aprendizagem dos alunos

que chegam à escola sem falar a Língua Portuguesa.

No caso das crianças que já falam a Língua Portuguesa antes de frequentarem a escola, o professor

pode encurtar o período da oralidade inicial e começar a aprendizagem da leitura e escrita.

Page 63: Programas 1º ciclo

59

Normalmente, nas turmas, o professor é confrontado com a coexistência de três contextos

linguísticos:

Alunos que têm o Português como L1, uns que têm o Português como L2 e outros ainda que têm o

Português como LE. Neste caso, o professor deve trabalhar com todos, aproveitando os alunos que já

falam Português para apoiarem os que ainda não falam esta língua, pois os alunos sentem-se

motivados quando são ensinados ou apoiados pelos colegas, ansiando um dia virem a usar tão bem a

língua, quanto os colegas. Podem ainda trabalhar aos pares, ou em grupos.

Durante o processo de ensino-aprendizagem da oralidade, o professor deve ter em conta os seguintes

aspectos:

Verificar, sistematicamente, o domínio do vocabulário aprendido através de diálogos, jogos,

simulações, leitura de imagens, canções, dramatizações, etc.

Retomar o vocabulário anterior quando se introduzem novos vocábulos, como forma de

consolidação permanente.

Consolidar uma expressão de cada vez, antes de se introduzir a outra. Ex: as expressões

“Adeus, até amanhã, até logo” não podem ser ensinadas todas no mesmo dia.

Sequenciar a ordem de introdução do vocábulo em função do que existe na escola e à sua

volta.

No momento em que os alunos iniciam a aprendizagem da Língua Portuguesa, o professor deve:

a) Ter consciência de que os alunos possuem uma tendência natural para a oralidade, isto é, a

facilidade que as crianças têm para aprender línguas;

b) Assegurar, tanto quanto possível, a apresentação dos objectos a que se faz referência em

Português;

c) Aproveitar ao máximo todas as formas de comunicação (os gestos, as imagens, as canções , as

danças, os jogos, etc.) como contributo para a compreensão do que diz;

d) Recorrer a vivências dos alunos e sua cultura, como base da comunicação oral adequada, útil

e eficaz.

Page 64: Programas 1º ciclo

60

2.1. Oralidade Inicial para os alunos que não falam a Língua Portuguesa

A oralidade inicial é uma fase crucial para as crianças que não falam a Língua Portuguesa quando

chegam à escola e dela depende o sucesso da aprendizagem da leitura e da escrita. Nesta fase, o

ensino da língua, torna-se mais alegre e menos monótono, combinando actividades de ambientação e

de desenvolvimento psico-motor. Em seguida, apresentam-se algumas sugestões (que completam as

que se encontram no Programa):

Exercitar o uso do vocabulário básico (palavras ou expressões) previsto nas unidades

temáticas, através de simulações, imagens, dramatização, mímica, canto, dança, jogos, etc.

Usar constantemente o vocabulário aprendido em diferentes situações de comunicação. Ex:

cumprimento: simular situações de cumprimento na escola, “Bom dia, senhor professor”; na

família “Boa tarde, mamã”; na comunidade “Boa noite, senhor enfermeiro”, etc.

Manter os vocábulos ou expressões em estudo até à sua consolidação. Ex: ao praticar as

expressões “Como te chamas? / Eu chamo-me...” não se deve ao mesmo tempo usar as outras

expressões alternativas, tais como: “Qual é o teu nome? / Quem és tu?”

Ornamentar a sala de aula e outros espaços da escola com imagens, cartazes, recortes de

revistas e jornais, dizeres em Português e desenhos ou objectos produzidos pelos alunos para

o treino da oralidade. O professor deve actualizar as imagens de acordo com o conteúdo

programático em estudo.

Contar, histórias alegres que incluam os vocábulos em estudo e pedir aos alunos que

identifiquem palavras ou expressões que já conhecem.

Incentivar os alunos a ouvir a rádio ou ver a televisão, para o contacto com o Português, pelo

menos 10 minutos por dia.

Realizar exercícios para o desenvolvimento psico-motor: folhear, tactear, rabiscar, entre

outros.

Realizar exercícios de reconhecimento de sons semelhantes e diferentes através de jogos,

canções, pequenos poemas (imitar vozes de animais, sons da natureza e de objectos, ruídos

diversos, toques, batidas, timbres corporais, etc.).

Page 65: Programas 1º ciclo

61

2.2. Oralidade inicial para os alunos que já falam a Língua Portuguesa

Os alunos que já falam a Língua Portuguesa também devem desenvolver uma oralidade inicial

orientada para o desenvolvimento de um vocabulário básico e para a familiarização com diferentes

formas da língua, ao mesmo tempo que se integram no novo ambiente escolar e realizam exercícios

de desenvolvimento psico-motor. Eis algumas sugestões:

Exercitar o vocabulário básico através de pequenos diálogos, simulações, jogos de papéis, etc.

Usar constantemente o vocabulário aprendido em diferentes situações de comunicação. Ex:

cumprimento - simular situações de cumprimento na escola, “Bom dia, senhor professor”, na

família “Boa tarde, mamã”, na comunidade “Boa noite, senhor enfermeiro”, etc.

Realizar exercícios para o desenvolvimento psico-motor tais como folhear, tactear, rabiscar,

etc.

Contar histórias engraçadas que incluam os vocábulos em estudo e pedir aos alunos que

identifiquem as palavras ou expressões que já conhecem e a moral da história.

Por exemplo: ao ensinar as expressões para cumprimentar, o professor pode contar a seguinte

história:

Era uma vez, um menino chamado Malumbe que se esquecia de cumprimentar os pais, ao acordar.

Numa manhã, antes de ir à escola, pediu à mãe que lhe desse pão ou mandioca para o lanche na

escola.

A mãe, muito triste, respondeu-lhe:

- Bom dia! O meu filho ainda está a dormir, pois quando ele acordar, a primeira coisa que vai fazer

será cumprimentar-me dizendo, “Bom dia, mãe!”

O menino ficou envergonhado, pediu desculpas à mãe e prometeu mudar.

Daquele dia em diante, o Malumbe passou a ser um menino educado e cumprimentava toda a gente

dizendo: bom dia, boa tarde, boa noite, conforme o período do dia.

Fonte: Grupo de Lingua Poruguesa do INDE ( 2013)

Page 66: Programas 1º ciclo

62

2.3. Desenvolvimento da oralidade

O desenvolvimento da oralidade deve ser permanente. Após a aquisição do vocabulário básico, o

professor deve continuar com as actividades que permitam o enriquecimento do vocabulário, tais

como:

Exercitar novas palavras, recorrendo a objectos e imagens, fazendo sempre relação com a

realidade e com as letras já aprendidas.

Recontar pequenas histórias ouvidas (do professor, de colegas, de familiares), lidas ou

vividas.

Realizar jogos de identificação de objectos, dentro e fora da sala de aula.

Exercitar o uso do vocabulário básico (palavras ou expressões) previsto nas unidades

temáticas, através de simulações, imagens, dramatização, mímica, canto, dança, jogos, etc.

Ordenar as acções de uma história desordenada, em grupos, para estimular o uso da língua

entre os alunos.

Fazer exercícios de identificação de palavras do mesmo grupo ou não. Ex: dar um conjunto de

palavras para que os alunos identifiquem a palavra que não faz parte do grupo, ou as que

formam um grupo. Ex: banana, laranja, cão, manga.

Na continuação do processo de ensino-aprendizagem, o desenvolvimento da oralidade deve convergir

com o desenvolvimento da leitura, da compreensão e da produção escrita.

Nesta classe, para o desenvolvimento da expressão oral, propõem-se, de entre outras, as seguintes

actividades:

Ouvir;

Falar;

Agir segundo orientações;

Observar e descrever imagens;

Narrar pequenas histórias com o apoio de imagens;

Recontar pequenas histórias ouvidas ou lidas;

Recitar poemas;

Fazer jogos orais;

Page 67: Programas 1º ciclo

63

Dramatizar situações do dia-a-dia;

Cantar canções educativas.

O canto é um elemento que auxilia no desenvolvimento da oralidade. Quando as crianças cantam

ampliam o seu vocabulário básico. Enfim, ajuda no desenvolvimento da comunicação e da

linguagem, condição essencial para a sobrevivência da pessoa humana.

As canções para a aprendizagem devem ser pequenas e estar de acordo com o tema em tratamento.

No ensino e aprendizagem das canções, apela-se à criatividade do professor, bem como ao uso de

métodos adequados, de forma a satisfazer as necessidades de cada aprendizagem.

Antes de começar a canção, o professor deve preparar psicologicamente os seus alunos, motivando-

os para a actividade que irão realizar em seguida.

É importante que o professor cante primeiro a canção do princípio ao fim, de modo a expô-la

completamente aos seus alunos.

O refrão ou coro numa canção é a parte mais fácil e mais repetida; por isso, aconselha-se que seja a

primeira a ser ensinada, antes das estrofes.

Neste nível, aconselha-se que o professor cante um extracto de uma frase e logo de seguida peça aos

alunos para repeti-lo e, assim, sucessivamente, até ao fim da canção.

Para finalizar a aprendizagem da canção, o professor deve cantá-la toda, estrofe por estrofe e depois

pedir aos alunos para realizarem a mesma actividade.

Na realização das actividades de oralidade, o professor deve ter em conta os seguintes princípios

didácticos:

Estimular os alunos para temas relacionados com as suas necessidades e interesses;

Partir do nível de conhecimento dos alunos como base para as aquisições orais seguintes;

Respeitar os ritmos de aprendizagem individual dos alunos;

Utilizar exercícios de repetição de frases, palavras e sílabas, como meio de treino do aparelho

fonador (órgão responsável pela fala), sempre que necessário;

Fazer com que a linguagem oral dos alunos se aproxime, tanto quanto possível, da correcta e

fluente, evitando correcções sistemáticas.

Page 68: Programas 1º ciclo

64

3. Pré-Leitura e Pré-Escrita

A pré-leitura e a pré-escrita constituem uma fase que antecede a iniciação da leitura e da escrita.

É o momento em que o aluno adquire os pré-requisitos intelectuais e motores que o habilitarão, mais

tarde, a enfrentar, com sucesso, a aprendizagem da leitura e da escrita. O desenvolvimento das

actividades preparatórias da leitura e da escrita devem estar intimamente ligadas à oralidade.

A pré-leitura e a pré-escrita devem ser traduzíveis em acções cuja materialização implique a

interacção professor/aluno, aluno/aluno, com base em situações de comunicação autênticas,

reportadoras de contextos próximos, conhecidos e motivadores da criança.

Nesta fase, o aluno, sob a orientação do professor, deve desenvolver:

Exercícios de coordenação motora - exercícios para ensinar a criança a controlar (coordenar) os

seus movimentos e que desenvolvem a destreza manual e a motricidade fina.

A destreza manual é a capacidade de as mãos e os dedos fazerem movimentos coordenados. Em

crianças, a destreza manual, normalmente, é desenvolvida através de actividades que exigem também

a coordenação motora e visual.

A motricidade fina é a capacidade de executar movimentos finos com controlo e destreza, como por

exemplo, usar com delicadeza uma tesoura ou um lápis. Esta constitui uma das competências-chave a

ser desenvolvida desde tenra idade, possibilitando, à posterior, bons resultados na escrita e na

matemática.

É importante desenhar, rasgar, recortar, colar, modelar e pintar, pela necessidade natural que a

criança tem de se comunicar através da imagem, explorando diferentes tipos de materiais e técnicas.

Estas actividades contribuem para o desenvolvimento infantil e a criatividade, melhorando

consideravelmente a motricidade fina.

Os jogos rítmicos populares (batimento de palmas e pés, estalos com os dedos das mãos, etc.)

permitem o desenvolvimento da psicomotricidade, preparando, assim, a destreza manual da criança.

Exercícios de lateralidade - exercícios para desenvolver a capacidade de orientação no espaço: à

esquerda, à direita, em cima, em baixo, ao lado. A aquisição destes pré-requisitos habilitará o aluno a

Page 69: Programas 1º ciclo

65

saber, por exemplo, que, em Língua Portuguesa, se escreve da esquerda para direita e de cima para

baixo; distinguir o b do d, o p do q, o n do u; o t do f; o j do i; e o n do m.

Exercícios de percepção auditiva - exercícios que ensinam as crianças a reconhecerem e a

distinguir os diferentes sons. Esta capacidade levá-la-á, posteriormente, a distinguir a pronúncia das

letras, sílabas e palavras, na aprendizagem da leitura e escrita.

No ensino e aprendizagem da leitura inicial, exige-se que a criança conheça e identifique os sons das

letras e das palavras. Neste aspecto, a música pode ajudar no desenvolvimento das capacidades

auditivas que, por sua vez, facilitarão a fixação e memorização dos sons que constituem as letras e

palavras em estudo.

Exercícios de percepção visual - exercícios que ensinam as crianças a distinguir, através da vista, a

forma, a cor e o tamanho de objectos, seres, figuras/imagens. Esta capacidade é importante para o

aluno distinguir, na aprendizagem da leitura e da escrita, a configuração das letras e das sílabas.

Grafismos - os grafismos, como exercícios preparatórios, constituem actividades psicomotoras para

a iniciação da leitura e escrita. Para o sucesso deste trabalho, os grafismos devem:

a) Ser repetidos e retomados antes da iniciação à escrita de cada letra;

b) Ser aproveitados para motivar as actividades de compreensão e de expressão orais;

c) Estar relacionados com o sentido, direcção e a forma desses elementos;

d) Ser explorados em diferentes dimensões, amplitudes e ligações;

e) Evoluir de grafismos livres para dirigidos, sem se deixar de praticar os primeiros;

f) Ter formas ligadas aos movimentos dos seres reais que a criança conhece, por exemplo:

pingos de chuva, fumo, guarda-chuvas abertos e fechados, curvas (de uma estrada ou

caminho), sol, bola, lua, ondas, cobras, ziguezagues, saltos do coelho, montes, etc.

Sugere-se, como exercício de pré-escrita de grafismos e letras, os seguintes passos:

1° com o dedo no ar;

2° com o dedo no tampo da carteira;

3º com um pauzinho no chão;

4° com giz no quadro;

5° com o lápis no caderno.

Page 70: Programas 1º ciclo

66

4. Leitura e Escrita

A aprendizagem da leitura e da escrita, como a de qualquer outra habilidade, passa por três fases: a

fase cognitiva, a fase de domínio e a fase de automatização.

Na fase cognitiva, o aluno apercebe-se da funcionalidade da leitura e dos meios de que se vai servir

para se beneficiar dessa funcionalidade. Para o efeito, o aluno deve ser confrontado com diferentes

tipos de texto (literatura infantil, revistas, jornais, etc.), com e sem imagem, para que se sinta

motivado a conhecer o conteúdo dos mesmos, através da leitura. Em presença de textos interessantes,

cuja mensagem só lhe chega através da leitura do professor, o aluno vai “descobrir” a funcionalidade

da leitura e adquirir a capacidade de ler com maior facilidade.

Na fase de domínio, o aluno deve treinar e aperfeiçoar a realização das actividades necessárias para

atingir a funcionalidade da leitura. Este treino é efectuado a partir de exercícios de pré-escrita, de pré-

leitura e de grafismos.

Na fase de automatização, o aluno tem já habilidades suficientes que lhe permitem ler e escrever,

sem que realize um controlo consciente do acto de ler e de escrever.

A aprendizagem da leitura e escrita deve estar assente na competência comunicativa e ser

desenvolvida por um processo integrado, em que:

a aprendizagem da leitura e da escrita seja simultânea;

a aprendizagem da leitura e da escrita da palavra não se desligue de todo um concreto que é

a frase, relacionada com uma situação de comunicação, criada ou aproveitada;

a frase em situação deve ser o ponto de partida e o ponto de chegada, de acordo com o

objectivo principal da aprendizagem de uma língua: a comunicação;

o método deve privilegiar a leitura e a interpretação da frase e da palavra, de acordo com a

apreensão sincrética da criança;

a análise e a síntese da palavra devem estar ao serviço da escrita e da relação visual-sonora

dos seus elementos constituintes: as sílabas e as letras;

a palavra-chave deve ser a base da formação e da leitura de novas palavras, com vista ao

alargamento da aprendizagem da leitura e escrita do vocabulário;

Page 71: Programas 1º ciclo

67

as palavras, frases e textos aparecem em letra de imprensa e cursiva no livro de leitura e

caderno de exercícios, mas o aluno só vai escrever em letra cursiva.

Na fase inicial da leitura, é muito importante que o professor oiça a leitura de cada aluno, a fim de

poder apoiá-lo nas dificuldades que eventualmente enfrente. Para o efeito, os alunos devem, com

bastante frequência, ler letras, sílabas, palavras e frases e relacionar palavras com imagens.

O professor precisa de estar atento à escrita dos alunos para verificar a sua correcção em termos de

caligrafia, ortografia, sentido do traço das letras e a ligação entre elas.

A canção, por exemplo, pode, também, ser um importante recurso na aprendizagem da leitura.

Através do uso de canções apropriadas, o professor pode ensinar vogais e consoantes para além da

exercitação da pronúncia, dicção e articulação das palavras.

É de realçar que a canção é uma fonte inesgotável no auxílio da aprendizagem, pois, através dela, o

professor primário pode introduzir e ensinar quase todas as matérias das disciplinas curriculares desse

nível como a Matemática, Ciências Naturais e outras. Por exemplo, ao introduzir a aprendizagem

sobre os animais domésticos, o professor pode começar por ensinar ou cantar uma canção que retrata

estes animais com os seus alunos, para depois fazer a abordagem sobre os mesmos.

Em seguida, apresenta-se um exemplo de introdução da letra “i”, em 10 aulas.

Page 72: Programas 1º ciclo

68

Leitura e Escrita - Proposta de aula Exemplificativa

Introdução da vogal i

Frase- chave: É uma ilha.

Ilustração de Moisés Utui

Page 73: Programas 1º ciclo

69

1ª Aula

Observação da imagem pelos alunos (em silêncio).

Interpretação da imagem com base nas seguintes perguntas:

- O que é que vê na imagem?

- O que é que há na ilha?

- O que é que tem à volta da ilha?

- Alguém já viu uma ilha?

A partir destas perguntas, o professor leva os alunos a construírem oralmente a seguinte frase-

chave: É uma ilha.

Caso os alunos não consigam chegar à frase-chave, o professor terá de dizê-la: É uma ilha.

Os alunos repetem em coro, aos pares e individualmente a frase-chave: É uma ilha.

Destaque oral da palavra ilha.

Os alunos, sob orientação do professor, pronunciam devagar a palavra destacada.

Sob orientação do professor, os alunos dividem oralmente a palavra-chave em sílabas: i – lha.

Os alunos repetem i - lha em coro, aos pares e individualmente.

O professor pergunta aos alunos, o que se ouve primeiro quando se diz: ilha

O professor deve deixar que os alunos descubram sozinhos a letra que se ouve em primeiro lugar.

Caso os alunos não consigam dizer que se ouve primeiro o “i”, o professor pronuncia pausada e

repetidamente a letra em estudo: “i”

Os alunos repetem “i”, quantas vezes forem necessárias:

a) Toda a turma;

b) Em filas de carteiras;

c) Aos pares;

d) Individualmente.

2ª Aula

Page 74: Programas 1º ciclo

70

Jogo oral de identificação de palavras que têm “i”.

O professor diz uma série de palavras umas contendo i e outras não. Cada vez que ele disser uma

palavra com i, os alunos gritam: iiii (tem iiii).

O professor escreve o “i” no quadro e diz esta letra chama-se“ i”. E repete “i” quantas vezes

forem necessárias.

Os alunos identificam o “i” em palavras escritas. Exemplo: milho, pilha, fita, pilão, pipoca,

livro, afiador através de:

- circundagem;

- sublinhação;

- marcação de um x ou traço.

Identificação da letra “i” numa sopa de letras.

Correcção dos exercícios pelo professor.

O professor canta com os alunos, uma canção sobre a letra “i”. A letra é esta:

Eu leio o “i”

Tu também podes ler.

Eu leio o “i”

Tu também podes ler.

Não custa nada

É só dizer o “i”.

TPC: Desenho livre.

3ª Aula

Correcção do TPC.

O professor inventa uma canção sobre o“ i” e canta com os alunos.

Treino do grafismo conducente à escrita do “i”:

Page 75: Programas 1º ciclo

71

- no ar;

- no tampo da carteira;

- no quadro;

- no chão;

- na folha desperdício;

- no caderno diário;

- no livro – caderno.

Exercícios de escrita de grafismos, com a configuração do “ i”, no livro - caderno.

Correcção dos exercícios pelo professor.

Page 76: Programas 1º ciclo

72

4ª Aula

Treino da escrita do “i”:

- Escrita da letra “i” no ar:

Para a escrita da letra “i” no ar, o professor posiciona-se do lado esquerdo do quadro preto.

Levantando o braço direito, escreve a letra no ar, como se estivesse a escrever no quadro. Ele faz a

demonstração do movimento para a escrita da letra “i”. Os alunos devem observar o movimento.

Em seguida, o professor pede aos alunos para levantarem o braço direito. O professor deve controlar

se todos os alunos levantaram o braço direito e não o esquerdo.

Finalmente, os alunos escrevem a letra “i” no ar: Os alunos acompanham o movimento do braço do

professor, ao mesmo tempo que escrevem a letra ”i” no ar, dizendo: ” para cima, para baixo,

curvamos, pintinha.” Este exercício deve ser repetido cinco vezes.

NB: O professor deve estar atento aos alunos “canhotos” e se tiver a certeza de que são canhotos, não

deve obrigá-los a escrever com a mão direita.

- Escrita da letra ”i” no tampo da carteira: este exercício deve ser realizado caso a escola tenha

carteiras. Nas escolas sem carteiras, escreve-se a letra no chão, com um pauzinho.

- Escrita do “i” no quadro (sobre o tracejado ou escrita gorda).

O professor fica do lado esquerdo do quadro preto e escreve a letra ”i” manuscrita, bem grande e, à

medida que o aluno vai observando, o professor repete a escrita da letra “i” no quadro, várias vezes e

em diferentes tamanhos.

Em seguida, vários alunos vão ao quadro de forma individual para escrevem o “i” no quadro e, os

colegas, com ajuda do professor avaliam a escrita de cada aluno.

O professor elogia os alunos que tiverem escrito correctamente e apoia e encoraja os que ainda

apresentam dificuldades.

Page 77: Programas 1º ciclo

73

- Escrita da letra “i” na areia

O professor orienta os alunos para que no dia seguinte levem um pauzinho à escola. Contudo, o mais

aconselhável seria o professor preparar pauzinhos para distribuir aos seus alunos e, no fim da aula

recolher.

O professor organiza os alunos em grandes círculos. Caso se trate de uma turma numerosa, deve

formar-se dois círculos, de modo que os alunos tenham um espaço suficiente para escrever.

Os alunos escrevem a letra ”i” 10 vezes. O professor deve ter em conta que cada aluno tem o seu

ritmo de aprendizagem. Logo, nem todos vão atingir o número de vezes recomendado.

N.B. O professor deve controlar o exercício de escrita, elogiando os alunos que escrevem

correctamente: “Estás de parabéns, teu i é muito bonito!”, e apoiando os que apresentam

dificuldades: “O menino, deve melhorar, falta pouco para o teu i ficar bonito, escreve mais ”i.”

Treino da escrita da letra “ i” no livro - caderno

- sobre o tracejado;

- sobre o ponteado;

- com base no modelo.

O professor leva os alunos a recordar algumas regras sobre o uso do caderno e lápis, nomeadamente:

- Que o caderno tem linhas e margens;

- Que se escreve da esquerda para a direita;

- Que se escreve de cima para baixo;

- Que se pega no lápis com a mão direita.

O professor deve pedir aos alunos que indiquem: as linhas e margens; a direcção da escrita; como se

pega o lápis, enquanto respondem. É impotante que o professor seja persistente na realização deste

tipo de actividade.

O professor indica aos alunos a página e a linha onde devem escrever o “i” no livro-caderno. Chama

a atenção dos alunos que a letra deve assentar na linha de baixo e tocar a linha de cima.

Page 78: Programas 1º ciclo

74

O professor deve circular pelas carteiras, elogiando os que escrevem correctamente e apoiando os que

apresentam dificuldades.

O professor poderá apoiar-se nos alunos que tiverem escrito correctamente o “i”, para ajudar os que

ainda têm dificuldades.

TPC: Escrita da letra ”i” no caderno diário, enchendo três linhas.

N.B. O professor deve escrever uma linha com a letra i no caderno de cada aluno, para servir de

modelo.

5ª Aula

Correcção do TPC.

Treino da escrita do “i” no caderno diário.

Correcção dos exercícios pelo professor.

TPC: Escrita do “i” no caderno diário.

6ª Aula

Correcção do TPC

Recapitulação da imagem

Identificação dos pormenores da imagem:

O que é que há na ilha?

O que é que tem à volta da ilha?

Alguém já viu uma ilha?

O professor canta com os alunos, uma canção sobre a letra “i”. A letra é esta:

Eu escrevo o “i”

Tu também podes escrever.

Page 79: Programas 1º ciclo

75

Eu escrevo o “i”

Tu também podes escrever.

Não custa nada

É só assim, assim (fazendo o gesto da escrita do “i”).

A partir de uma sopa de letras (vogais), cada aluno selecciona a letra “i” e coloca-a no quadro

de pregas, ou fixa-a numa esteira/papelão/cartolina.

Exercício de cópia do “i” no quadro e no caderno diário.

Correcção dos exercícios pelo professor.

7ª Aula

Jogo de Identificação de palavras que têm “i”: o professor diz um conjunto de palavras, umas

com “i” outras sem ele. Cada vez que disser uma palavra com “i”, todos os alunos batem

palmas.

Depois faz o mesmo exercício para:

- pequenos grupos;

- pares de alunos;

- alunos, individualmente.

Exercício de modelagem do “i”.

TPC: Escrita do “i” no caderno diário.

8ª Aula

Correcção do TPC.

Canto: canção relacionada com o “i”.

Identificação do “i” num quadro alfabético constituído por vogais através de:

Page 80: Programas 1º ciclo

76

- circundagem;

- sublinhação;

- marcação de um x ou traço.

A partir de uma sopa de palavras, cada aluno selecciona aquelas que tiverem “i”, e coloca-as

no quadro de pregas ou fixa-as numa esteira/papelão/cartolina.

TPC: Desenho livre.

9ª Aula

Correcção do TPC.

Exercício de cópia do “i” no:

- quadro;

- caderno diário.

Correcção do trabalho.

Na correcção do trabalho, o professor deve estar atento aos seguintes aspectos:

- Se os alunos escrevem bem o “i” e se as letras são bonitas;

- Se as letras tocam a linha superior( de cima) e “assentam“ na linha inferior( de baixo);

- Se as cinco letras de cada linha estão organizadas em colunas, por baixo uma da outra.

Desenho e pintura da letra “i” em tamanho grande.

10ª Aula

Jogo de identificação de palavras que têm “i”: o professor diz um conjunto de palavras, umas

com “i” e outras, sem “i”. Cada vez que disser uma palavra com “i”, todos os alunos dizem iii.

Depois, faz o mesmo exercício para:

- pequenos grupos;

- pares de alunos;

- alunos individualmente.

Page 81: Programas 1º ciclo

77

Exercício de recorte e colagem do “i”.

TPC: Escrita do “i” no caderno diário. Os alunos escrevem a letra “i” enchendo 10 linhas.

4.1.Métodos de leitura e escrita

A aprendizagem da leitura e da escrita será feita através do método Analítico-Sintético.

Esta aprendizagem parte da análise de uma frase para se chegar à identificação dos grafemas (letras

do alfabeto) e não à pronúncia/leitura do fonema (som da letra).

Cada letra é tratada, como grafema, de maneira sistemática, da análise para a síntese e vice-versa,

obedecendo os seguintes passos:

Análise

Exploração (história, conversa, interpretação de imagens, jogos, canções, etc);

Destaque da frase-chave (cujas letras sejam do conhecimento do aluno);

Interpretação da frase-chave;

Leitura da frase-chave;

Destaque da palavra - chave;

Interpretação da palavra;

Análise/decomposição/divisão da palavra-chave em sílabas;

Leitura das sílabas;

Destaque da letra-chave;

Identificação/leitura da letra-chave.

Síntese

Formação da sílaba-chave;

Leitura da sílaba-chave;

Leitura da sílaba-chave noutras palavras;

Formação da palavra-chave;

Leitura da palavra-chave;

Page 82: Programas 1º ciclo

78

Grafismos;

Escrita da letra-chave;

Formação de sílabas variantes fonéticas com base na letra em estudo;

Escrita de sílabas variantes fonéticas;

Formação de novas palavras com variantes fonéticas;

Leitura das palavras formadas;

Interpretação das palavras formadas;

Formação de frases com as novas palavras;

Leitura e interpretação das frases formadas;

Escrita das frases formadas.

O facto de se apresentar o percurso completo dos passos do método analítico sintético para a leitura e

a escrita iniciais, não significa que qualquer unidade programada, ou qualquer aula, passe,

necessariamente, por todas as etapas que aqui se referem.

Nota: Apesar de o Programa recomendar o uso do método analítico-sintético, os

professores podem recorrer a outros métodos, desde que facilitem e garantam o

desenvolvimento das competências de leitura e escrita no 1º ciclo.

No início da escolaridade, o aluno não é capaz de realizar todo o percurso apresentado. À medida que

o processo de iniciação for abarcando mais letras, abre-se a possibilidade de se fazer uma exploração

maior das etapas.

Os alunos só devem escrever ditado de palavras, frases e pequenos textos cujas letras já sejam do seu

conhecimento.

4.2.Alfabeto

Ao terminar a 1ª classe, o aluno deve saber ler (identificar) e escrever o alfabeto em ordem, mas isso

não significa que, no processo da iniciação da leitura e da escrita, siga tal ordem. O que se pretende é

que, findo o processo de iniciação, haja uma sistematização de todo o alfabeto.

Page 83: Programas 1º ciclo

79

A introdução dos grafemas, maiúsculos e minúsculos em simultâneo, durante o processo de iniciação

à leitura e escrita, obedecerá às seguintes etapas e ordem:

1ª Etapa: I, U, O, E, A

2ª Etapa: M, P, T, L, N

3ª Etapa: C, D, V, B, R, G

4ª Etapa: S, J, F, Z, H, Q, X

5ª Etapa: K, W, Y

Como se pode verificar, no conjunto das 26 letras que constituem o alfabeto, estão incluídos os

grafemas (letras) Y, K, W. Mas, por serem pouco usadas, em Língua Portuguesa, elas devem ser

introduzidas na última etapa.

5. Funcionamento da Língua

No primeiro ciclo, o ensino e aprendizagem da gramática é feito, predominantemente, de forma

implícita, pois está ao serviço da comunicação em Língua Portuguesa.

Basicamente, o ensino e aprendizagem da gramática no 1º ciclo, consiste no seguinte:

a) Uso da língua em situações de comunicação;

b) Prática intensiva de exercícios orais e escritos que vão permitir aos alunos dominar as

estruturas do funcionamento da língua;

c) Apreensão intuitiva de aspectos básicos de funcionamento da língua.

Na 1ª e 2ª classes, os alunos não devem memorizar as regras gramaticais. Não é por saber, de cor, as

regras de gramática, que o aluno aprende a comunicar correctamente.

O facto de as sugestões metodológicas relativas ao funcionamento da língua estarem separadas da

oralidade e da leitura e escrita, não significa que os aspectos gramaticais devem ser tratados de forma

isolada. O ensino e aprendizagem da gramática tem de ser feito associado à oralidade, leitura e

escrita.

Page 84: Programas 1º ciclo

80

Durante as aulas de oralidade, o professor, através de várias técnicas de ensino, vai introduzindo

material linguístico (actos de fala/expressões linguísticas, vocabulário e verbos) e trabalhando, de

modo a que os alunos possam usá-lo em situações do dia-a-dia. Este procedimento é também

extensivo às aulas de leitura e escrita.

6. Avaliação na Disciplina de Língua Portuguesa no Ensino Básico

A avaliação é um instrumento através do qual se acompanha o desenvolvimento do acto educativo,

com vista a apreciar a adequação dos diversos momentos do processo de ensino-aprendizagem. A

avaliação permite:

Verificar se o processo docente-educativo ocorre em função das competências previstas no

Programa;

Verificar até que ponto o aluno atinge os níveis estabelecidos nas competências parciais da

língua (ouvir/falar e ler/escrever), melhorando e/ou adequando as estratégias de ensino e

procurando (melhores) soluções para os problemas identificados;

Controlar o desempenho do aluno no processo de ensino-aprendizagem, a fim de detectar

“falhas” e encontrar estratégias de recuperação em função das competências, conteúdos,

estratégias, materiais de ensino e da realidade da turma;

Autoavaliar o desempenho do professor, de forma a detectar “falhas” na mediação do

processo de ensino e encontrar novas estratégias de correcção.

A avaliação deve estar presente em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, isto é, a

avaliação é uma actividade contínua, permanente e sistemática.

De uma forma geral, o processo de ensino-aprendizagem recorre a três tipos de avaliação:

Diagnóstica, Formativa e Sumativa.

Avaliação Diagnóstica: realiza-se no início do processo educativo (início do ano lectivo, semestre,

ciclo, unidade temática, etc.) e tem por objectivo, colher informação sobre o nível inicial de

aprendizagem dos alunos, como pré-requisito para o desenvolvimento de uma determinada aptidão e

capacidade.

Page 85: Programas 1º ciclo

81

Esta avaliação permite ao professor, por um lado, estabelecer as estratégias de ensino que garantam

que todos os alunos desenvolvam as competências previstas no Programa e, por outro, delimitar as

capacidades que o aluno possui para que possa enfrentar certo tipo de aprendizagens (conteúdos ou

temas), indicando os aspectos fulcrais em que este poderá ter maiores ou menores resultados.

No caso do ensino do Português, podem ser enumeradas as seguintes vantagens:

Antes do início de uma unidade ou tema, esta avaliação permite a preparação do aluno para a

nova matéria, verificando-se o que foi aprendido anteriormente e a consequente recuperação e

consolidação das matérias que constituem pré-requisitos para a nova unidade temática;

No início de um novo ciclo ou classe, ela permite também situar os alunos em termos de

proficiência linguística, de modo a determinar aspectos que necessitam de maior consolidação

e planificar acções que visam o aproveitamento dos alunos com melhor domínio de língua,

para auxiliar aqueles que demonstram dificuldades e, por isso, requerem uma maior atenção.

Este tipo de avaliação fornece também dados sobre alunos com necessidades educativas especiais, de

modo a encontrar estratégias adequadas para cada caso, contexto e/ou turma.

O resultado da avaliação diagnóstica deve ser comunicado aos alunos, individualmente, embora não

se lhes atribua uma classificação.

Avaliação Formativa: tem uma função de regulação permanente do processo de ensino-

aprendizagem. Esta tem uma função mais pedagógica, uma vez que informa o professor sobre o nível

de realização das competências definidas no Programa e incentiva o aluno a empenhar-se cada vez

mais nos estudos.

A avaliação formativa preocupa-se, igualmente, com aspectos pessoais da vida do aluno, tais como a

sua personalidade, o seu ritmo de desenvolvimento e, no caso vertente, os aspectos da sua vida social

e linguística. Este conhecimento pode permitir a compreensão dos progressos e fracassos, bem como

as presumíveis causas, de modo a desenhar as estratégias mais adequadas a diferentes tipos de alunos.

Neste tipo de avaliação, os critérios a adoptar incluem uma auscultação e uma ligação directa com os

Page 86: Programas 1º ciclo

82

pais ou encarregados de educação e, no caso dos alunos com necessidades educativas especiais, é

necessário um levantamento biográfico para a identificação das possíveis causas ou relações entre o

passado do aluno e o seu desempenho na escola. Assim, o professor deve preparar tarefas adicionais

e específicas para cada caso. Neste contexto, esta avaliação não é expressa numericamente.

Avaliação Sumativa: permite determinar o nível atingido por cada aluno no final de uma unidade de

ensino, ano lectivo ou curso.

Este tipo de avaliação é aplicado em diversos estágios do processo de ensino-aprendizagem da língua

e ocorre geralmente após actividades relacionadas com a compreensão oral e escrita, por um lado, e

expressão oral e escrita, por outro.

É de referir a existência de outras componentes a equacionar neste processo de avaliação, como por

exemplo, a participação individual, a apresentação do material, o comportamento dos intervenientes,

os elementos fornecidos pela avaliação formativa, entre outras.

Esta avaliação, que inclui provas quinzenais, mensais, trimestrais e semestrais, é feita de acordo com

um calendário escolar estabelecido no início de cada ano lectivo e é expressa quantitativamente,

numa escala de zero a vinte valores.

O Programa de Português propõe uma avaliação contínua e sistemática, tendo em vista o

desenvolvimento integrado das quatro habilidades de língua, de acordo com as exigências de cada

ciclo.

A avaliação sumativa no ensino-aprendizagem do Português deve incidir nas seguintes habilidades:

a) ouvir e falar;

b) ler e compreender;

c) escrever.

Page 87: Programas 1º ciclo

83

a) Ouvir e falar

A nível do ouvir e falar, importa verificar se cada aluno individualmente é capaz de:

Fazer perguntas com: onde, quem, o que, quando,como;

Formular frases curtas e simples (sujeito, predicado e complemento);

Usar correctamente formas verbais (tempo presente, passado e futuro perifrástico);

Usar vocabulário básico.

b) Ler e compreender

Em relação à compreensão escrita e à leitura, o professor deve procurar saber se, cada aluno é capaz

de:

Ler entre dez a vinte palavras por minuto;

Ler frases simples;

Ler textos com 5 a 10 linhas;

Compreender a informação contida em textos simples.

c) Escrever

O professor deve procurar saber se cada aluno é capaz de:

Copiar palavras e frases;

Escrever palavras e frases simples;

Escrever palavras e frases ditadas;

Legendar imagens;

Escrever pequenos textos (5 a 8 linhas)

Ordenar frases em sequência lógica.

Page 88: Programas 1º ciclo

84

A perspectiva de avaliação proposta deve permitir a transição dos alunos de um ciclo ou classe para

o/a outro/a. Porém, a mesma pressupõe que tenham sido criadas condições de aprendizagem, para

que todos os alunos atinjam as competências parciais de um determinado ciclo, que lhes possibilita a

progressão para estágios seguintes, na perspectiva de uma progressão por ciclos de aprendizagem.

Estas condições assentam, fundamentalmente, numa avaliação predominantemente contínua, onde o

processo de ensino-aprendizagem está centrado no aluno e permite, por um lado, que se obtenha uma

imagem, o mais fiel possível, do desempenho do aluno em termos de competências parciais descritas

nos currículos e, por outro, servir como mecanismo de retroalimentação do processo de ensino-

aprendizagem.

Assegurada a avaliação contínua, o que significa que se tenha providenciado a recuperação dos

alunos com problemas de aprendizagem, existem condições de base para os promover para os

estágios seguintes, mesmo que ainda existam algumas dificuldades de percurso.

De acordo com o espírito da progressão por ciclos de aprendizagem, só se pode verificar a

permanência de um aluno numa determinada classe e/ou ciclo, depois de o professor, em

coordenação com o Director da Escola e com os pais/encarregados de educação do educando, provar

que, de facto, o aluno não atingiu as competências mínimas exigidas.

O sucesso desta perspectiva de avaliação implica maior responsabilidade e trabalho por parte do

professor, o qual deve garantir que todos os elementos intervenientes no processo de ensino-

aprendizagem se relacionem de forma integrada.

Page 89: Programas 1º ciclo

85

Referências Bibliográficas

Bortoni, S. (1992). Educação Bidialetal – O que é? É possível?. In Revista Internacional de Língua

Portuguesa, 7, pp. 54 – 65.

Gomes, A. et all (1991). Manual do Professor de Língua Portuguesa, Vol I, 3º Nível. Lisboa:

Fundação Calouste Gulbenkian.

Gonçalves, M.P. (2000). Introdução in Panorama do Português Oral de Maputo Vol. IV:

Vocabulário Básico do Português, Contextos e Prática Pedagógica, pp. 7 – 54, Maputo: INDE.

INDE (1996). Síntese dos Principais Problemas e Recomendações do SNE. Não Publicado.

Muchave, A. J. (1999). Propedêutica da Leitura e da Escrita. Monografia para a Obtenção do Grau

de Bacharelato em Ciências da Educação. Maputo: Universidade Pedagógica e Escola Superior de

Setúbal.

Ministério da Educação: DNEB. (2000). Regulamento Geral das Escolas do Ensino Básico. Maputo.

Ministério da Educação e Cultura. (1979). O Ensino da Língua Portuguesa: Avaliação. Documento

apresentado no I Seminário Nacional sobre o Ensino da Língua Portuguesa. Maputo.

Nunan, D. (1995). Language Teaching Methodology: a textbook for teachers. New York: Phoenix

Elt.

Silva, R. M. V. (s/d). O Português São Dois: Variação, mudança, norma e a questão do ensino do

Português no Brasil. In Congresso Internacional Sobre o Português. pp 375 – 401.

Page 90: Programas 1º ciclo

86

Programa de Língua Portuguesa

2ª Classe

Page 91: Programas 1º ciclo

87

DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA

UNIDADE TEMÁTICA SEMANAS TEMPO

I. FAMÍLIA 7 110

II. ESCOLA 3 52

III. COMUNIDADE 6 100

IV. AMBIENTE 2 28

V. CORPO HUMANO 4 60

VI. SAÚDE E HIGIENE 8 130

Sub-total 30 480

CURRÍCULO LOCAL (20%) 8 128

TOTAL 38 608

Page 92: Programas 1º ciclo

PLANO TEMÁTICO DA 2ª CLASSE

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

I.

FAMÍLIA

Formular ordens e instruções;

Reagir à formulação de ordens e

instruções;

Usar expressões para manifestar

preferências.

Ouvir e falar

(consolidação)

Expressões para dar ordens/instruções:

- Levanta/baixa a mão.

- Abre/fecha a porta.

- Abre/ fechao livro.

Expressões para manifestar preferências:

- Eu gosto mais de leite.

- Prefiro jogar a bola.

Expressa-se com cortesia para

dar instruções e manifestar

preferências,

interesse/desinteresse e

desejos.

7

tempos

Usar expressões para manifestar

interesse/desinteresse sobre variadas

situações;

Usar expressões adequadas para

manifestar desejos;

Ouvir e falar

Expressões para manifestar interesse e desinteresse:

- Estou interessado em estudar contigo.

- Agora não quero brincar.

Expressões para manifestar desejo:

- Gostaria de ir à escola

- Apetece-me ver a televisão

6

tempos

Page 93: Programas 1º ciclo

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

I.

FAMÍLIA

Usar expressões para manifestar alegria e

satisfação;

Usar expressões adequadas para

manifestar sentimento de medo.

Ouvir e falar

Expressões para manifestar alegria e satisfação: - Que bom!

- Ainda bem que vieste!

- Gostei muito!

Expressões para manifestar medo:

- Estou com medo!

- Mete medo.

Expressa-se com cortesia para

manifestar alegria e satisfação,

expressar medo e dar sugestões

e conselhos.

7

tempos

Usar expressões para dar conselhos.

Ouvir e falar

Expressões para dar sugestões e conselhos:

- É melhor fazer o TPC.

- Seria bom não faltar à escola!

7

tempos

Construir frases simples usando pronomes

pessoais;

Formular frases no imperativo;

Ouvir e falar

Funcionamento da Língua

Pronomes pessoais:

- eu, tu, você, ele/ela

- nós, vocês, eles/elas

Frases Imperativas:

- Lava as mãos …

- Arruma os livros

- Vai à escola

Expressa-se, oralmente, com

correcção, usando pronomes

pessoais e frases imperativas.

10

tempos

I.

FAMÍLIA

Identificar ditongos nasais em palavras;

Ler palavras, frases e textos que contêm

ditongos nasais;

Escrever palavras e frases que contêm

ditongos nasais.

Ler e escrever

Ditongos nasais: ão, ãe, õe

Palavras, frases, pequenos textos

Lê e escreve frases simples e

pequenos textos contendo

ditongos nasais.

7

tempos

Ler palavras, frases e pequenos textos;

Interpretar palavras, frases, pequenos

textos e imagens;

Fazer cópias e ditados de palavras, frases

e pequenos textos com caligrafia correcta

e legível;

Ler e escrever

Imagens

Cópia

Ditado

Caligrafia

10

tempos

Page 94: Programas 1º ciclo

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

I.

FAMÍLIA

Identificar os membros da família;

Construir frases usando vocabulário sobre

os membros da família;

Desenhar os membros da família;

Canta canções sobre os membros da

família.

Ouvir e falar

Membros da família: pai/ mãe, filho/filha,

irmão/irmã, avô/avó, neto/neta, tio/tia, primo/prima

Desenho sobre membros da família

Canções Nomea os membros da sua

família;

desenha os membros da sua

família;

Descreve a situação sócio-

profissional da família.

7

tempos

Construir frases usando vocabulário

relacionado com as ocupações dos

membros da família;

Identificar o tipo de casas da sua

comunidade;

Construir frases usando vocabulário sobre

tipos de casa.

Ouvir e falar

Ocupação dos membros da família: camponês,

motorista, pescador, alfaiate e modista

Tipos de casa: palhota, alvenaria

6

tempos

Page 95: Programas 1º ciclo

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

I.

FAMÍLIA

Nomeiar objectos e utensílios de uso

doméstico;

Construir frases usando vocabulário sobre

objectos e utensílios domésticos;

Usar expressões sobre a utilidade dos

utensílios domésticos;

Modelar diferentes tipos de casa e

utensílios domésticos;

Cantar canções sobre os utensílios

domésticos.

Ouvir e falar

Objectos e utensílios de uso doméstico:

- prato, copo, chávena, pires, faca, bacia, chaleira,

pote, alguidar, coador, ralador, cabaça, panela,

colher, colher de pau, prato, peneira e fogão

Utilidade dos objectos e utensílios de uso doméstico

Modelagem

Canções

Descreve a utilidade dos

utensílios em actividades

domésticas.

6

tempos

Ler contos, fábulas, lengalengas e poemas

variados;

Interpretar contos, fábulas, canções,

poemas variados;

Dramatizar contos, fábulas, canções,

poemas variados;

Produzir pequenas histórias;

Realizar jogos diversos;

Ilustrar pequenas histórias.

Ler e escrever

Contos, fábulas, lenga-lengas e poemas

Jogos

Ilustração

Lê e escreve frases simples e

pequenos textos.

7

tempos

Page 96: Programas 1º ciclo

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

I.

FAMÍLIA

Formar frases, usando pronomes

demonstrativos;

Flexionar, oralmente, palavras em género

e em número.

Ouvir e falar; ler e escrever

Funcionamento da Língua

Pronomes demonstrativos: Este/esta; estes/estas

Esse/essa; esses/essas

Flexão em género

Flexão em número

Expressa-se, oralmente e por

escrito, com correcção, usando

pronomes demonstrativos.

8

tempos

Ler palavras/frases que contêm o r

intervocálico e rr;

Redigir palavras, frases e pequenos textos

que contêm o s intervocálico.

Ler e escrever

Introdução do r intervocálico: are, ari, ura, uro, ira

Introdução do duplo r

Introdução do s intervocálico: ase, asa, usa Lê e escreve frases simples e

pequenos textos contendo r

intervocálico, rr e s

intervocálico. .

10

tempos

Interpretar palavras, frases, pequenos

textos e imagens;

Fazer cópias e ditados de palavras, frases

e pequenos textos com caligrafia correcta

e legível.

Imagens

Cópia

Ditado

Caligrafia

12

tempos

II.

ESCOLA

Participar em eventos comemorativos

através de jogos e desenhos;

Ilustrar palavras, frases, pequenos textos

com desenhos;

Fazer recorte, colagem e dobragem de

brinquedos e bandeirolas;

Ler pequenos textos sobre datas

comemorativas/festivas;

Redigir pequenos textos sobre datas

comemorativas/festivas;

Cantar canções sobre datas festivas e

comemorativas;

Praticar danças;

Praticar jogos.

Ler e escrever

Datas festivas e comemorativas:

- Ano novo: 1 de Janeiro

- Dia dos Heróis moçambicanos: 3 de Fevereiro

- Dia do Pai: 19 de Março

- Dia da Mulher Moçambicana: 7 de Abril

- Dia da Mãe: 2º domingo de Maio

- Dia da Criança: 1 de Junho

- Dia da Independência Nacional: 25 de Junho

- Dia da Paz e Reconciliação - 4 de Outubro

- Dia da Família: 25 de Dezembro

Recorte/colagem/dobragem/desenho/pintura/cartaz/

ilustrações

Redacção de frases sobre datas

comemorativas/festivas

Canções sobre datas festivas e comemorativas

Danças

Jogos

Lê e escreve frases simples e

pequenos textos sobre datas

festivas e comemorativas.

16

tempos

Page 97: Programas 1º ciclo

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

II.

ESCOLA

Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas

e poemas;

Dramatizar variados contos, fábulas,

canções e poemas;

Realizar jogos;

Escrever pequenas histórias;

Ilustrar pequenas histórias.

Ler e escrever

Contos, fábulas, lenga-lengas, poemas

Jogos

Lê e escreve frases simples e

pequenos textos.

8

tempos

Construir frases aplicando artigos

definidos e indefinidos;

Flexionar artigos em género e número.

Funcionamento da Língua

Artigos definidos (o/a; os/as) e indefinidos (um/uma,

uns/umas)

Flexão em género

Flexão em número

Expressa-se, oralmente e por

escrito, com correcção,

usando artigos definidos.

6

tempos

Identificar combinações grafémicas em

palavras;

Ler palavras e frases que contêm

combinações grafémicas;

Escrever palavras e frase que contêm

combinações grafémicas.

Ler e escrever Introdução de combinações grafémicas:

Introdução do duplo s

Introdução do s no final de palavras: as, es, is, os, us

Introdução de am, em, im, um, om

Lê e escreve frases simples e

pequenos textos com

combinações grafémicas.

16

tempos

Ler imagens, frases e pequenas histórias;

Interpretar frases e pequenas histórias;

Escrever palavras, frases e pequenas

histórias;

Ilustrar palavras, frases e pequenas

histórias com desenhos;

Ler e escrever

• Imagens

Ilustrações

6

tempos

Page 98: Programas 1º ciclo

NIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

III.

COMUNIDADE

Interpretar palavras, frases, pequenos

textos e imagens;

Fazer cópias e ditados de palavras,

frases e pequenos textos com caligrafia

correcta e legível;

Treinar caligrafia.

Ler e escrever

Cópia

Ditado

Caligrafia

Lê e escreve frases simples e

pequenos textos.

14

tempos

Usar expressões sobre a utilidade dos

locais/instituições públicas existentes

na comunidade;

Compor imagens sobre lugares

públicos usando várias técnicas.

Cantar canções sobre lugares públicos.

Ouvir e falar

Locais/instituições públicas: Hospital, Mercado,

Banco e Esquadra Policial

Descreve os lugares públicos

da sua comunidade

8

tempos

Identificar os meios de transporte;

Ler textos sobre regras de segurança

rodoviária;

Interpretar textos sobre regras de

segurança rodoviária;

Elaborar redacções sobre meios de

transporte;

Ilustrar textos sobre meios de

transporte.

Ler e escrever

Meios de transporte: carro, barco, comboio, bicicleta,

avião, helicóptero

Regras básicas de segurança rodoviária

Redacção

Ilustrações

Lê e escreve frases simples e

pequenos textos sobre os

meios de transporte.

8

tempos

Page 99: Programas 1º ciclo

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

III.

COMUNIDADE

Identificar meios de comunicação;

Ler textos sobre meios de comunicação;

Interpretar textos sobre meios de comunicação;

Elaborar redacções sobre meios de

comunicação;

Ilustrar palavras, frases e pequenos textos com

desenho;

Fazer recorte, colagem e dobragem de

diferentes meios de comunicação.

Ler e escrever

Meios de comunicação:

- Rádio, televisão, telefone e jornal

Redacções

Ilustrações

Recorte/dobragem/colagem

Lê e escreve frases simples e

pequenos textos sobre os

meios de comunicação.

8 tempos

Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas e

poemas;

Dramatizar variados textos, contos, fábulas e

canções;

Realizar jogos;

Formar frases, usando pronomes

demonstrativos;

Flexionar pronomes demonstrativos em género

e em número;

Usar palavras antónimas em frases.

Ler e escrever

Contos, fábulas, lengalengas, e poemas

Jogos.

Funcionamento da Língua

Pronomes demonstrativos:

- aquele/aquela

- aqueles/aquelas

Flexão em género

Flexão em número

Palavras antónimas

Lê pequenos textos de

natureza diversa.

Expressa-se, oralmente e por

escrito, com correcção, usando

pronomes demonstrativos.

16 tempos

III.

COMUNIDADE

Identificar combinações grafémicas em

palavras;

Ler palavras e frases que contêm combinações

grafémicas;

Escrever palavras, frases que contêm

combinações grafémicas;

Interpretar palavras, frases e pequenos textos;

Interpretar imagens.

Ler e escrever

Introdução de: al, el, ul, ol, il;

Introdução de: an, en, in, on, un;

Palavras, frases, pequenos textos;

Imagens. Lê e escreve frases

simples e pequenos

textos com combinações

grafémicas.

16tempos

Interpretar palavras, frases, pequenos textos e

imagens;

Fazer cópias e ditados de palavras, frases e

pequenos textos com caligrafia correcta e

legível.

Ler e escrever

• Cópia

• Ditado

• Caligrafia

14 tempos

Page 100: Programas 1º ciclo

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

IV.

AMBIENTE

Indicar os diferentes elementos do ambiente;

Mencionar as regras de conservação do

ambiente;

Indicar as cores dos elementos do ambiente.

Ouvir e falar

Elementos do ambiente:

- Água, pedra e ar (seres não vivos)

- Animais e plantas (seres vivos)

Conservação do ambiente:

- Evitar sujar água

- Evitar cortar árvores

- Evitar queimadas descontroladas

Cores do ambiente

Descreve, oralmente, o

ambiente, distinguindo os

seres vivos dos não vivos e

preservação.

6 tempos

Usar os nomes de animais domésticos e

selvagens para formar frases;

Mencionar os animais selvagens;

Diferenciar animais domésticos dos selvagens;

Indicar a utilidade dos animais domésticos.

Ouvir e falar

Animais domésticos: galinha, pato, boi,

cabrito, cão, gato, pombo, burro, perú,

ovelha, coelho.

Animais selvagens: macaco, girafa,

elefante, gazela, leão, cobra, hipopótamo,

leopardo, tigre, crocodilo e cágado.

Utilidade dos animais domésticos

Descreve os animais

domésticos e selvagens e sua

utulidade.

8 tempos

III.

COMUNIDADE

Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas e

poemas;

Interpretar pequenos textos;

Dramatizar variados textos, contos, fábulas e

canções;

Praticar jogos;

Redigir pequenos textos;

Ilustrar palavras, frases e pequenos textos com

desenhos.

Fazer cópias e ditados de palavras, frases e

pequenos textos com caligrafia correcta e

legível.

Ler frases com pronomes indefinidos;

Escrever frases usando pronomes indefinidos.

Ler e escrever

Contos, fábulas, lengalengas e poemas

Dramatização

Jogos

Cópia

Ditado

Caligrafia

Pronomes indefinidos

Lê e escreve frases simples e

pequenos textos;

Dramatiza contos e fábulas;

Reconta contos, fábulas;

Declama e interpreta poemas.

Expressa-se, oralmente e por

escrito, com correcção.

16

tempos

Page 101: Programas 1º ciclo

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

V.

CORPO

HUMANO

Identificar os elementos que constituem as partes do

corpo humano;

Construir frases usando o vocabulário sobre as partes

do corpo humano;

Produzir sons através do corpo;

Cumprir as regras básicas de higiene corporal;

Cantar canções sobre o corpo humano.

Ouvir e falar

Corpo humano:

- Cabeça (cabelo, olhos, nariz, boca e

orelhas);

- Tronco (peito e barriga)

- Membros (braços e pernas)

Timbres corporais:

Bater palmas, pernas, estalos através de

dedos e língua

Higiene corporal: tomar banho, escovar os

dentes, cortar unhas e pentear o cabelo

Descreve o corpo humano e

sua higiene.

8

tempos

Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas e poemas;

Dramatizar variados textos, contos, fábulas e canções;

Praticar jogos variados;

Redigir pequenos textos: histórias;

Ilustrar com desenhos palavras, frases e pequenos

textos.

Ler e escrever

Contos, fábulas, lengalengas

Poemas

Canções

Jogos

Ilustrações

Lê, interpreta e escreve frases

simples e pequenos textos;

Reconta contos, fábulas e

lenga-lengaa.

Declama poemas.

16

tempos

Page 102: Programas 1º ciclo

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

V.

CORPO

HUMANO

Construir frases obedecendo as regras de

concordância entre nomes e adjectivos;

Ler frases construídas;

Escrever frases, usando pronomes indefinidos;

Usar pronomes indefinidos na construção de frases;

Formular frases usando pronomes possessivos.

Ler e escrever

Funcionamento da Língua

Concordância nome/adjectivo:

Pronomes indefinidos:

Alguém/ninguém; tudo/nada;

todos/todas;

Pronomes possessivos:

meu/minha; meus/minhas; teu/tua;

teus/tuas.

Expressa-se, oralmente e por

escrito, com correcção,

observando a conrcordância.

6

tempos

Identificar combinações grafémicas em palavras;

Ler palavras e frases que contêm combinações

grafémicas;

Escrever palavras/frases que contêm combinações

grafémicas;

Interpretar, palavras, frases e pequenos textos;

Interpretar imagens;

Escrever textos contendo combinações grafémicas.

Interpretar palavras, frases, pequenos textos e

imagens;

Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos

textos;

Escrever palavras, frases e pequenos textos com

caligrafia correcta e legível.

Ler e escrever

Introdução de combinações grafémicas:

ch, nh; ce, ci; ar, er, ir, or, ur

Imagens

Ler e escrever

Imagens

Cópia

Ditado

Caligrafia

Lê e escreve frases simples e

pequenos textos com

combinações grafémicas.

36

tempos

Page 103: Programas 1º ciclo

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

VI.

SAÚDE E

HIGIENE

Identificar as peças de vestuário;

Constrói frases usando o vocabulário sobre as peças

de vestuário;

Usar roupa limpa e engomada;

Cantar canções sobre o vestuário;

Ouvir e falar

Peças de vestuário: saia, blusa, vestido,

calças, calções, camisa, camisola, camisete,

casaco, gravata, laço, meias, capulana e

lenço

Regras básicas da higiene do vestuário: lavar

e engomar a roupa

Descreve o vestuário e suas

regras de higiene.

10

tempos

Mencionar as regras básicas de higiene alimentar;

Construir frases usando o vocabulário sobre as regras

de higiene alimentar;

Cantar canções sobre higiene alimentar.Mencione as

regras de limpeza do meio;

Construir frases e pequenos textos sobre a limpeza do

meio.

Ouvir e falar

Regras de higiene alimentar:

- lavar e cozer os alimentos

- beber água limpa

Limpeza do meio:

- varrer e limpar

- enterrar o lixo ou colocar em locais

apropriados

Descreve regras de higiene

alimentar e do meio.

4

tempos

VI.

SAÚDE E

HIGIENE

Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas e poemas;

Dramatizar variados textos, contos e fábulas;

Escrever pequenas histórias.

Ler e escrever

Contos

Fábulas

Lengalengas

Poemas

Lê e escreve frases simples e

pequenos textos.

6

tempos

Construir frases simples com os verbos ser e estar

no presente, passado e futuro;

Cantar canções sobre os tempos verbais;

Formular perguntas usando expressões interrogativas;

Ler textos contendo expressões interrogativas;

Construir frases usando pronomes possessivos;

Produzir pequenos textos usando pronomes

possessivos.

Ler e escrever

Funcionamento da Língua

Verbos ser e estar

Tempos verbais:

- presente

- passado (pretérito perfeito)

- futuro

Expressões interrogativas:

- Quem?

- O quê?

- Como?

- Quando?

Pronomes possessivos

- seu/sua; seus/suas

- nosso/nossa; nossos/nossas

- dele/dela; deles/delas

Expressa-se, oralmente e por

escrito, com correcção, uando

diferentes tempos verbais,

expressões interrogativas e

pronomes possessivos.

20

tempos

Page 104: Programas 1º ciclo

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

VI.

SAÚDE E

HIGIENE

Identificar as combinações grafémicas em palavras;

Ler palavras e frases que contêm combinações

grafémicas;

Escrever palavras e frases que contêm combinações

grafémicas;

Interpretar palavras, frases e pequenos textos;

Interpretar imagens.

Ler e escrever Introdução de combinações grafémicas:

- lh;

- az, ez, iz, oz, uz;

- gi; ge,

- Imagens

Lê e escreve frases simples e

pequenos textos com

combinações grafémicas.

20

tempos

Interpretar palavras, frases, pequenos textos e

imagens;

Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos

textos;

Escrever palavras, frases e pequenos textos com

caligrafia correcta e legível.

Ler e escrever

Cópia

Ditado

Caligrafia

Lê e escreve frases simples e

pequenos textos.

16

tempos

Construir frases usando os advérbios de lugar;

Cantar canções sobre os advérbios de lugar;

Escrever frases no imperativo.

Ler e escrever

Funcionamento da Língua

Advérbios de lugar: aqui, ali, cá, aí.

Frases imperativas

Expressa-se, oralmente e por

escrito, com correcção,

usando advérbios de lugar e

frases imperativas.

8

tempos

VI.

SAÚDE E

HIGIENE

Identificar as combinações grafémicas em palavras;

Ler textos que contêm combinações grafémicas;

Interpretar palavras, frases e pequenos textos;

Interpretar imagens;

Escrever palavras e pequenos textos que contêm

combinações grafémicas.

Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos

textos com caligrafia correcta e legível.

Ler e escrever

Introdução de combinações grafémicas:

- br, cr, dr, fr, gr, pr, tr

- bl, cl, fl, gl, dl, pl

Imagens

Cópia

Ditado

Caligrafia

Lê e escreve frases simples e

pequenos textos com

combinações grafémicas.

36

tempos

Page 105: Programas 1º ciclo

101

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECIFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno: CH

VI.

SAÚDE E

HIGIENE

Formular perguntas usando expressões interrogativas;

Construir frases e pequenos textos usando pronomes

indefinidos e demonstrativos.

Ler e escrever (consolidação)

Funcionamento da Língua

Expressões interrogativas

Pronomes indefinidos

Pronomes demonstrativos

Expressa-se, oralmente e por

escrito, com correcção, usando

expressões interrogativas,

pronomes indefinidos e

demonstrativos.

8

tempos

Ler textos contendo palavras com combinações

fonéticas;

Identificar as combinações grafémicas em palavras;

Ler palavras que contêm combinações grafémicas;

Escrever palavras e pequenos textos que contêm

combinações grafémicas;

Interpretar palavras, frases e pequenos textos;

Interpretar imagens;

Ler frases relacionadas com as imagens.

Fazer cópias e ditados de pequenos textos;

Escrever pequenos textos com caligrafia correcta e

legível.

Ler e escrever

Introdução de combinações grafémicas:

que, qui, qua, quo

Introdução do x com os cinco valores

fonéticos. na palavra xarope, (X: ch )

- na palavra exame (X:z),

- na palavra taxi (X:cs)

- na palavra próximo (X: ss) e na

palavra explica (X:eis)

Imagens

Cópia

Ditado

Caligrafia

Redacção

Lê e escreve frases simples e

pequenos textos com

combinações grafémicas.

42

tempos

Currículo Nacional: 480 tempos

Currículo Local: 128 tempos

Total: 608 tempos

Page 106: Programas 1º ciclo

102

Sugestões Metodológicas

2ª CLASSE

A aprendizagem da Língua Portuguesa, na 2ª classe, pretende dar continuidade e aprofundar as

competências desenvolvidas na 1ª classe, sobretudo no que concerne à leitura e escrita.

1.Oralidade

Nesta classe, a oralidade será desenvolvida tendo em conta os actos de fala/expressões

linguísticas, cujos suportes são imagens, frases sobre a introdução das combinações grafémicas,

histórias, jogos, pequenos poemas, lengalengas, fábulas, diálogos, dramatizações, desenhos,

canções e outros recursos que o professor pode providenciar, tendo em conta a situação da turma

e o tema que pretender tratar.

Os trabalhos feitos pelos alunos através das técnicas de recorte, colagem, pintura, desenho,

modelagem, estampagem são recursos importantes para o desenvolvimento da oralidade,

constituindo oportunidade para os alunos falarem sobre o seu conteúdo. Por exemplo, o aluno

pode descrever a imagem, falando sobre:

o nome dos elementos constituintes da imagem;

a quantidade e a forma desses elementos;

a função desses elementos;

as cores usadas na imagem;

o tipo de material usado na elaboração do trabalho;

a relação entre os elementos;

a história relacionada com a imagem, etc.

Como já se referiu na primeira classe, a canção é uma fonte inesgotável de auxílio na

aprendizagem, pois através dela, o professor do Ensino Primário pode introduzir e ensinar quase

todas as matérias das disciplinas curriculares. Por exemplo, ao introduzir a aprendizagem acerca

dos animais domésticos, o professor pode começar por ensinar, ou cantar uma canção sobre

animais domésticos.

Page 107: Programas 1º ciclo

103

As canções podem ainda ser usadas para a exercitação da pronúncia, dicção, articulação das

palavras e para o desnvolvimento do sentido de audição e da memória, do ritmo, melodia e

harmonia.

A oralidade deve estar aliada à leitura e escrita, ao conhecimento de novas estruturas linguísticas

e ao alargamento do vocabulário, em prol de uma melhor competência comunicativa.

Para o desenvolvimento da expressão oral, tal como na 1ª classe, propõem-se também, as

seguintes actividades:

ouvir;

falar;

narrar pequenas histórias com base nas imagens;

recontar pequenas histórias ouvidas ou lidas;

cantar;

recitar poemas;

fazer jogos orais.

Na realização das actividades de oralidade, o professor deve ter em conta os seguintes princípios

didácticos:

Estimular os alunos para temas relacionados com as suas necessidades e interesses;

Partir do nível de conhecimento dos alunos, como base para as aquisições orais

seguintes;

Respeitar os ritmos de aprendizagem;

Utilizar exercícios de repetição de frases , palavras, e sílabas, como meio de treino do

aparelho fonador, sempre que necessário;

Fazer com que a linguagem oral dos alunos se aproxime, tanto quanto possível, da

correcta e fluente.

Page 108: Programas 1º ciclo

104

2. Leitura e escrita

Na segunda classe, a leitura e escrita, é feita com base na introdução de combinações

grafémicas, com recurso a palavras, frases e pequenos textos.

A sequência da introdução das combinações grafémicas obedecerá às seguintes etapas:

1ª Etapa: r intervolcálico: are, ari, ura; duplo r, s intervocálico: ase, asa, usa; duplo s;

2ª Etapa: as, es, is, os, us; am, em, im, om, um; al, el, il, ol, ul; an, en, in, on, un;

3ª Etapa: ça, ço, çu; gue, gui; ch; nh;

4ª Etapa: ce, ci; ar, er, ir, or, ur; az, ez, iz, oz, uz; lh;

5ª Etapa: ge, gi; br, cr, fr, gr; vr, pr; bl, cl, fl, gl, pl;

6ª Etapa: que, qui, qua; os cinco valores fonéticos do x (em palavras como xarope, exame,

táxi, explicação, próximo).

Finda a introdução das combinações grafémicas, o professor deve levar os alunos a

desenvolverem actividades que enriqueçam a compreensão e expressão escritas, com base na

leitura de frases e de pequenos textos que constam do livro de leitura.

2.1.Leitura

Na 2ª classe, o aluno vai começar a tomar contacto com textos como histórias, contos, fábulas,

lendas, pequenas bandas desenhadas, poemas, lengalengas e imagens. Alguns destes textos

constam do livro de leitura.

As actividades de leitura e interpretação desses textos podem ser as seguintes:

1° Análise de imagens do texto, ou de outras imagens relacionadas com o referido texto;

2° Interpretação de imagens, feita pelos alunos, com a ajuda do professor;

Page 109: Programas 1º ciclo

105

3° Leitura expressiva de textos feita pelo professor;

4° Levantamento de palavras de difícil compreensão;

5° Explicação das palavras de difícil compreensão, pelo professor;

6° Registo das palavras difíceis e do seu significado pelos alunos, nos cadernos diários;

7° Interpretação oral do texto;

8º Leitura oral por unidades lógicas (feita pelo professor e seguido pelos alunos);

9° Leitura oral feita pelos alunos:

por toda a turma;

por grupos;

e individualmente.

Os passos aqui apresentados não incluem a leitura silenciosa, por se tratar de alunos que ainda

estão na fase inicial de aprendizagem da leitura e escrita. Este tipo de leitura só poderá entrar na

3ª classe.

Na leitura oral, o professor deve prestar atenção aos seguintes aspectos:

ouvir como cada criança lê e pronuncia as palavras;

detectar as hesitações na leitura e suas causas;

procurar descobrir:

- se lêem de cor, ou se são capazes de ler as palavras ou sílabas apontadas

salteadamente;

- se conhecem as combinações grafémicas;

- se entendem o significado do que lêem.

2.2. Escrita

O ensino-aprendizagem da escrita é feito através de exercícios sistemáticos variados, em que o

aluno faz o uso da língua em situações diversas, utilizando expressões linguísticas e vocabulário

adequados.

Page 110: Programas 1º ciclo

106

Para que o aluno da 2ª classe escreva, é preciso que lhe sejam criadas algumas condições,

nomeadamente:

a necessidade de escrever;

a oportunidade de escrever;

a vontade de escrever.

Considerando que, na 2ª classe, o aluno ainda está na fase de aprendizagem da escrita, o

professor deve prestar atenção às actividades a desenvolver, isto é, não deve propor às crianças

tarefas de escrita que ultrapassem o seu nível de produção escrita.

As actividades de escrita, nesta fase, deverão obedecer, de entre outros, aos seguintes aspectos:

a) O exercício de escrita deve ser antecedido, acompanhado e seguido de actividades de

oralidade e de leitura, relacionadas com o que se escreve;

b) As palavras e as frases apresentadas como modelo devem relacionar-se com elementos

da vivência real dos alunos;

c) A designação dos seres ou dos objectos deve ser feita pela escrita da palavra ou da frase

correspondente e não pela escrita da letra/combinações grafémicas em estudo;

d) As actividades de escrita devem ser motivadas (desenho e interpretação de imagens,

leitura e interpretação de textos: histórias, contos, etc.);

e) O conteúdo dos textos que servirão de base para a produção escrita devem ser do

conhecimento dos alunos;

f) No desenvolvimento da escrita dos alunos a maior preocupação deve incidir no

aperfeiçoamento da caligrafia, ortografia e exercícios do funcionamento da língua.

2.3. Cópia e Ditado

A cópia e o ditado devem ser preparados e motivados, de acordo com o nível e o ritmo de

aprendizagem dos alunos. Para além da cópia e do ditado, os alunos devem desenvolver, de

entre outras, as seguintes actividades:

Cópia de palavras, frases e textos;

Escrita de palavras em frases lacunares;

Escrita de frases a partir de palavras desordenadas;

Escrita de frases/textos ditados;

Escrita de frases, a partir de associação de expressões sugeridas.

Page 111: Programas 1º ciclo

107

Escrita de palavras e frases adequadas a imagens;

Escrita de palavras e frases, para dar resposta a perguntas;

Estas são algumas actividades que os alunos devem realizar, mas o professor poderá criar outras

estratégias que permitem maior diversificação de tarefas para o enriquecimento da escrita, nesta

classe.

É importante que os alunos continuem a desenhar, pintar, recortar, colar, modelar, explorando

diferentes tipos de materiais e técnicas. Estas actividades contribuem para o aprimoramento da

destreza manual e da motriciadde fina, para além de constituirem oportunidades para o aluno

descrever, por escrito, os trabalhos que realiza.

Os materiais produzidos pelos alunos, tais como: textos escritos, desenhos e pinturas

legendados, objectos feitos através de técnicas de dobragem, recorte, colagem, modelagem

deverão ser expostos, pois constituem um momento de crescimento para a criança, em que ela

se sente encorajada a progredir, porque vê o seu esforço compensado. De igual modo, a criança

torna-se mais produtiva, se sentir que o seu trabalho merece o interesse do seu professor e dos

colegas.

3. Funcionamento da Língua

À semelhança do que acontece na 1ª classe, o ensino-aprendizagem da gramática deve limitar-se

à observação das normas elementares da organização/modificação de palavras/frases. O estudo

da gramática deve fazer-se a partir de:

a) palavras, frases e textos simples;

b) uso concreto da língua e não de exercícios de fixação de regras.

4. Sugestões metodológicas para o ensino-aprendizagem dos conteúdos de Educação Visual

e Ofícios, integrados na disciplina de Português

Os conteúdos das disciplinas de Educação Visual e Ofícios integrados no domínio Ouvir e Falar

propiciam ao aluno o desenvolvimento da oralidade uma vez que este não se limita apenas a

desenhar, mas também a falar sobre o conteúdo do desenho. Se desenha ou modela a família,

Page 112: Programas 1º ciclo

108

por exemplo, deve indicar os elementos que fazem parte dela. A linguagem plástica da criança

revela a sua expressão afectiva porque ela representa as suas vivências e os seus sonhos e o

professor deve estar atento, porque essas representações permitirão um melhor relacionamento

com o aluno.

Desenhar, pintar, modelar, recortar, colar é importante pela necessidade natural que a criança

tem de comunicar através da imagem, explorando diferentes tipos de materiais e técnicas.

Os conteúdos das disciplinas de Educação Visual e Ofícios propostos para este domínio não só

concorrem para o desenvolvimento da libertação dos dedos (destreza manual) e para a

delicadeza no manuseamento dos materiais (motricidade fina), mas também para a concretização

e complementaridade dos conhecimentos adquiridos em Língua Portuguesa. Nesta idade, o

professor não deve comparar os desenhos do aluno com os dos adultos, por estes não serem

fiéis à realidade, mas sim motivá- lo a continuar. A realização de exposições dos trabalhos na

sala de aula, ou na escola, é um momento de crescimento para a criança, pois ela se sente

encorajada a progredir, porque vê o seu esforço compensado.

5. Avaliação na Disciplina de Língua Portuguesa

A avaliação é um instrumento através do qual se acompanha o desenvolvimento do acto

educativo com vista a apreciar a adequação dos diversos momentos do processo de ensino-

aprendizagem. A avaliação permite:

Verificar se o processo docente-educativo ocorre em função das competências previstas

no Programa;

Verificar até que ponto o aluno atinge os níveis estabelecidos nas competências parciais

da língua (ouvir/falar e ler/escrever), melhorando e/ou adequando as estratégias de

ensino e procurando soluções para os problemas identificados;

Controlar o desempenho do aluno no processo de ensino-aprendizagem a fim de

detectar “falhas” e encontrar estratégias de recuperação, em função das competências,

conteúdos, materiais de ensino e da realidade da turma;

Page 113: Programas 1º ciclo

109

Autoavaliar o desempenho do professor, de forma a detectar “falhas” na mediação do

processo de ensino e encontrar novas estratégias de correcção.

A avaliação deverá estar presente em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem,

isto é, a avaliação é uma actividade contínua, permanente e sistemática.

De uma forma geral, o processo de ensino-aprendizagem recorre a três tipos de avaliação:

diagnóstica, formativa e sumativa.

Avaliação Diagnóstica: realiza-se no início do processo educativo (início do ano lectivo,

semestre, ciclo, unidade temática, etc.) e tem por objectivo colher informação sobre o nível

inicial de aprendizagem dos alunos, como pré-requisito para o desenvolvimento de uma

determinada aptidão e capacidade.

Esta avaliação permite ao professor, por um lado, estabelecer as estratégias de ensino que

garantam que todos os alunos atinjam os objectivos definidos no Programa e, por outro,

delimitar as capacidades que o aluno possui, para que possa enfrentar certo tipo de

aprendizagens (conteúdos ou temas), indicando os aspectos fulcrais em que este poderá ter

maiores ou menores resultados.

No caso do ensino do Português, podem ser enumeradas as seguintes vantagens da avaliação

diagnóstica:

Antes do início de uma unidade ou tema, esta avaliação permite a preparação do aluno

para a nova matéria, verificando o que tiver sido aprendido anteriormente e a

consequente recuperação e consolidação das matérias que constituem pré-requisitos

para a nova unidade temática;

No início de um novo ciclo ou classe, ela permite também situar os alunos em termos

de proficiência linguística, de modo a determinar aspectos que necessitam de maior

consolidação e planificar acções que visam o aproveitamento dos alunos com melhor

domínio de língua, para auxiliar aqueles que demonstram dificuldades e, por isso,

requerem uma maior atenção.

Este tipo de avaliação fornece também dados sobre alunos com necessidades educativas

especiais, de modo a encontrar estratégias adequadas para cada caso, contexto e/ou turma.

Page 114: Programas 1º ciclo

110

Avaliação Formativa: tem uma função de regulação permanente do processo de ensino-

aprendizagem, uma função mais pedagógica, uma vez que informa o professor sobre o nível de

realização dos objectivos do Programa e impulsiona o aluno para que se empenhe cada vez mais

nos estudos.

A avaliação formativa preocupa-se com aspectos pessoais da vida do aluno, tais como a sua

personalidade, o seu ritmo de desenvolvimento e, no caso vertente, os aspectos da sua vida

social e linguística. Este conhecimento poderá permitir a compreensão dos progressos e

fracassos, bem como as presumíveis causas, de modo a desenhar as estratégias mais adequadas a

diferentes tipos de alunos.

Os critérios a adoptar neste tipo de avaliação incluem uma auscultação e uma ligação directa

com os pais ou encarregados de educação e, no caso dos alunos com necessidades educativas

especiais, é necessário um levantamento biográfico para a identificação das possíveis causas ou

relações entre o passado do aluno e o seu desempenho na escola. Assim, o professor deverá

preparar tarefas adicionais e específicas para cada caso. Neste contexto, esta avaliação não é

expressa numericamente.

Avaliação Sumativa: permite determinar o nível atingido por cada aluno no final de uma

unidade de ensino, ano lectivo ou curso.

Este tipo de avaliação é aplicado em diversos estágios do processo de ensino-aprendizagem de

língua e ocorre, geralmente, após actividades relacionadas com compreensão oral e escrita, por

um lado, e expressão oral e escrita, por outro.

É de referir a existência de outras componentes a equacionar neste processo de avaliação, como

por exemplo, a participação individual, a apresentação do material, o comportamento dos

intervenientes, os elementos fornecidos pela avaliação formativa, entre outras.

Esta avaliação, que inclui provas quinzenais, mensais, trimestrais, semestrais e anuais é feita de

acordo com um calendário escolar estabelecido no início de cada ano lectivo e é expressa

quantitativamente numa escala de zero a vinte valores.

O Programa de Português propõe uma avaliação contínua e sistemática, tendo em vista o

desenvolvimento integrado das quatro habilidades de língua de acordo com as exigências de

cada ciclo.

Page 115: Programas 1º ciclo

111

A avaliação sumativa no ensino-aprendizagem do Português deve incidir nas seguintes

habilidades:

a) ouvir e falar;

b) ler e compreender;

c) escrever.

a) Ouvir e falar

A nível do ouvir e falar, importa verificar se cada aluno, individualmente, é capaz de:

Fazer perguntas com: onde, porque, quem, o que, como, quando;

Formular frases curtas e simples (sujeito, predicado e complemento);

Usar correctamente formas verbais (tempo presente, passado e futuro perifrástico);

Usar vocabulário básico.

b) Ler e compreender

Em relação à compreensão escrita e à leitura, o professor deve procurar saber se, cada aluno,

individualmente, é capaz de:

Ler entre dez a quinze palavras por minuto;

Ler frases simples;

Ler textos com 5 a 10 linhas;

Compreender a informação contida em textos simples.

c) Escrever

O professor deverá procurar saber se cada aluno, individualmente, é capaz de:

Copiar palavras e frases;

Escrever palavras e frases simples;

Escrever palavras e frases ditadas;

Legendar imagens;

Escrever pequenos textos (5 a 8 linhas)

Page 116: Programas 1º ciclo

112

Ordenar frases em sequência lógica.

A perspectiva de avaliação proposta deverá permitir a transição dos alunos de um ciclo ou classe

para o/a outro/a. Porém, a mesma pressupõe que tenham sido criadas condições de

aprendizagem, para que todos os alunos atinjam as competências parciais de um determinado

ciclo, que lhes possibilita a progressão para estágios seguintes, na perspectiva de uma

progressão por ciclos de aprendizagem.

Estas condições assentam, fundamentalmente, numa avaliação predominantemente contínua,

onde o processo de ensino-aprendizagem está centrado no aluno e permite, por um lado, que se

obtenha uma imagem, o mais fiel possível, do desempenho do aluno em termos de competências

parciais descritas nos currículos e, por outro, servir como mecanismo de retroalimentação do

processo de ensino-aprendizagem.

Assegurada a avaliação contínua, o que significa que se tenha providenciado a recuperação dos

alunos com problemas de aprendizagem, existem condições de base para os promover para os

estágios seguintes, mesmo que ainda existam algumas dificuldades de percurso.

De acordo com o espírito da progressão por ciclos de aprendizagem, só se pode verificar a

permanência de um aluno numa determinada classe e/ou ciclo, depois de o professor, em

coordenação com o Director da Escola e os pais/encarregados de educação do educando, provar

que, de facto, o aluno não atingiu as competências mínimas exigidas.

O sucesso desta perspectiva de avaliação implica maior responsabilidade e trabalho por parte do

professor, o qual deve garantir que todos os elementos intervenientes no processo de ensino-

aprendizagem se relacionem de forma integrada.

Page 117: Programas 1º ciclo

113

6. Obras de Leitura Obrigatória e Complementar

O desenvolvimento do gosto pela leitura nos alunos constitui um dos desafios do Ensino

Primário. Deste modo, apresenta-se a seguir um conjunto de obras de leitura obrigatória e

complementar que devem ser lidas e interpretadas pelos alunos sob orientação do professor.

Lista das obras de leitura obrigatória seleccionadas por ciclo de aprendizagem

Livros de leitura Obrigatória

1º ciclo Obras de Leitura obrigatória

1. Mateus e Beatriz; Regras de trânsito, Plural editores. Maputo

2. Mateus e Beatriz; A escrever sem erros, Plural editores. Maputo

3. Ouana, Miguel; Os animais falam, Texto Editores.Maputo

4. Pereira Maria Vitória; A borboleta do Arco-ires, Moçambique Editora.

Lista das obras de leitura Complementar, seleccionadas por ciclo de aprendizagem

Livros de leitura complementar

1º ciclo Obras de Leitura Complementar

1. O meu Alfabeto, Plural editores, Moçambique: Av.24 de Julho, 414, Maputo.

2. Sebastião, Isabel; Fichas de Ortografia 1; Porto Editora, Rua da Restauração,

365 Porto – Portugal

3. Sebastião, Isabel; Fichas de Ortografia 2, Porto Editora, Rua da Restauração,

365 Porto – Portugal.

4. Ramalho, Silvério; Sabe Tudo 1, Plural editores; Moçambique. Av. Patrice

Lumumba, 765.

5. Ramalho, Silvério; Sabe Tudo 2, Plural editores; Moçambique. Av. Patrice

Lumumba, 765.

6. Santos, Camila; Liquito, Conceição; Veiga, Rosalina; Caixinha de palavras;

Caixinha de palavras; Porto Editora, Rua da Restauração, 365 Porto –

Portugal.

Page 118: Programas 1º ciclo

114

Referências Bibliográficas

Bortoni, S. (1992). Educação Bidialetal – O que é? É possível?. In Revista Internacional de

Língua Portuguesa, 7, pp. 54 – 65.

Gomes, A. et all (1991). Manual do Professor de Língua Portuguesa, Vol I, 3º Nível. Lisboa:

Fundação Calouste Gulbenkian

Gonçalves, M.P. (2000). Introdução in Panorama do Português Oral de Maputo Vol. IV:

Vocabulário Básico do Português, Contextos e Prática pedagógica, pp 7 – 54, Maputo: INDE.

INDE (1996). Síntese dos Principais Problemas e Recomendações do SNE. Não Publicado.

Muchave, A. J. (1999). Propedêutica da Leitura e da Escrita. Monografia para a Obtenção do

Grau de Bacharelato em Ciências da Educação. Maputo: Universidade Pedagógica e Escola

Superior de Setúbal.

Ministério da Educação: DNEB. (2000). Regulamento Geral das Escolas do Ensino Básico.

Maputo.

Ministério da Educação e Cultura. (1979). O Ensino da Língua Portuguesa: Avaliação.

Documento apresentado no I Seminário Nacional sobre o Ensino da Língua Portuguesa. Maputo.

Nunan, D. (1995). Language Teaching Methodology: a textbook for teachers. New York:

Phoenix Elt.

Page 119: Programas 1º ciclo

115

Programa de Matemática

1º Ciclo

Page 120: Programas 1º ciclo

116

INTRODUÇÃO

A Matemática é uma disciplina que tem como missão desenvolver competências de resolução de

problemas, aplicando conhecimentos de contar, calcular, bem como competências de situar e

orientar, identificar, relacionar, classificar, estimar e medir grandezas, interpretar mensagens na

linguagem simbólica e gráfica, assim como recolher e organizar dados, em tabelas e em

gráficos.

A Matemática, como instrumento para o trabalho, deve ser apresentada tendo em as necessidades

do mercado. Ela tem como missão, entre outras, o trabalho com quantidades, medidas, formas,

operações e relações geométricas.

Actualmente, o ensino da Matemática apresenta resultados que preocupam a sociedade

moçambicana, no que concerne ao desenvolvimento de competências dos graduados do Ensino

Primário.

Neste contexto, o desenvolvimento de capacidades e habilidades mentais está ligada à aquisição

e à aplicação consciente de conhecimentos matemáticos na resolução de situação-problema do

dia-a-dia. Assim, há uma multiplicidade de actividades a realizar no ensino da Matemática que

permitem ao aluno desenvolver as requeridas competências.

O presente Programa do 1º ciclo está estruturado em quatro (4) Unidades Temáticas:

Vocabulário Básico; Números Naturais e Operações; Espaço e Forma; e Grandezas e Medidas,

cujos conteúdos têm em vista proporcionar às crianças o desenvolvimento do raciocínio,

comunicação e linguagem gráfica, que constituem uma ponte entre o real e as abstracções

matemáticas.

Os conteúdos serão abordados de forma cíclica, gradativa, interligada e integrada, acomodando

temas transversais, de um estágio ao outro.

As sugestões metodológicas apresentam-se no fim de cada unidade temática. Porém, estas não

devem limitar a iniciativa do professor; servem de base para lhe auxiliar na condução do

processo de ensino-aprendizagem da Matemática, de modo a garantir o desenvolvimento de

competências pelos alunos.

Page 121: Programas 1º ciclo

117

I - COMPETÊNCIAS GERAIS DO 1º CICLO DO ENSINO PRIMÁRIO, NA

DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

Na Matemática, o aluno desenvolve competências de contar e calcular, usando as quatro

operações básicas na resolução de problemas, por um lado, e, por outro, desenvolve as

competências de observar, identificar, agrupar, distinguir, interpretar, analisar, estimar e medir.

1. Competências do 1º Ciclo do Ensino Primário, na disciplina de Matemática

No final deste ciclo, o aluno:

a) Conta números, até 100;

b) Lê e escreve números, até 100;

c) Calcula mentalmente e por escrito operações de adição e subtracção, até 100;

d) Relaciona as figuras planas e sólidas geométricas com objectos da vida real;

e) Resolve diferentes problemas da vida real, aplicando os números naturais e operações,

até 100;

f) Desenvolve o amor à pátria e conhece os símbolos nacionais.

Page 122: Programas 1º ciclo

118

VISÃO GERAL DE CONTEÚDOS DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA, 1º CICLO DO ENSINO PRIMÁRIO

Unidade Temática Conteúdos

(1ª classe) Tempo

Conteúdos

(2ª classe) Tempo

VOCABULÁRIO

BÁSICO

Noções de: quantidade, tamanho, posição,

distância, direcção-sentido e massa-peso

40

NÚMEROS

NATURAIS E

OPERAÇÕES

Leitura e escrita de números naturais

Operações de adição e subtracção 280

Leitura e escrita

Operações de adição, subtracção, multiplicação e

divisão 260

ESPAÇO E

FORMA

Identificação de linhas e segmentos

Identificação de figuras planas (quadrado,

rectângulo, triângulo e círculo)

Noção de ponto.

20

Linhas curvas e rectas;

Noção de segmento de recta;

Figuras planas (quadrado, rectângulo, triângulo e círculo);

Sólidos geométricos (bloco, cubo, esfera e cilindro);

80

GRANDEZAS E

MEDIDAS

Noções elementares de medição de

comprimentos, capacidades, volumes e

massa. 40

Medição de comprimentos (noção do metro)

Capacidades (noção do litro)

Massas (noção de quilograma)

Relógio: horas inteiras

Calendário: dia, semana, mês e ano

Dinheiro- o metical

40

380

380

Page 123: Programas 1º ciclo

119

CARGA HORÁRIA

A carga horária para o 1º ciclo é proposta em função de escolas com 2 turnos.

O 1º ciclo tem um total de 38 semanas X 10 tempos semanais = 380 tempos lectivos, contando com o

acréscimo de 38 tempos lectivos (1ª classe) + 40 tempos lectivos (2ª classe) = 78 tempos lectivos,

provenientes das disciplinas de Educação Musical, Visual e Ofícios. 380 Tempos lectivos serão

distribuídos no plano temático do Programa do 1º ciclo.

1. O VOCABULÁRIO BÁSICO tem 4 semanas lectivas: 4 semanas x 10 tempos semanais = 40

tempos.

2. OS NÚMEROS NATURAIS E OPERAÇÕES ocupam 30 semanas x 10 tempos semanais = 300

tempos lectivos.

3. GRANDEZAS E MEDIDAS têm 2 semanas x 10 tempos semanais = 20 tempos lectivos.

4. ESPAÇO E FORMA ocupam 2 semanas x 10 tempos semanais = 20 tempos lectivos.

5. O CURRÍCULO LOCAL tem o seguinte fundo de tempo: 300 tempos lectivos x 20% do

Currículo local = 60 tempos. Quer dizer, o professor não pode planificar aulas somente sobre o

currículo local. Os seus conteúdos serão tratados de forma integrada.

Page 124: Programas 1º ciclo

120

Programa de Matemática

1ª Classe

Page 125: Programas 1º ciclo

121

PLANO TEMÁTICO DA 1ª CLASSE

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO

COMPETÊNCIAS

PARCIAIS

O aluno

CH

I

VOCABULÁRIO

BÁSICO

Comparar diferentes quantidades

e tamanhos de objectos;

Comparar distâncias entre

diferentes pontos;

Noção de quantidade:

Muito e pouco

Mais… do que, menos…do que

Tanto… como

Cheio e vazio

Aumentar e diminuir

Pôr e tirar. Usa noções de

quantidade e

tamanho para

situações do seu dia

a dia

05

Noção de tamanho

Grande e pequeno

Maior, menor e igual

O maior e o menor

Comprido e curto

Largo e estreito

Alto e baixo

Grosso e fino

10

Page 126: Programas 1º ciclo

122

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO

COMPETÊNCIA PARCIAIS

O aluno CH

Agrupar vários objectos

Desenhar e pintar diferentes

objectos

Comparar massas de diferentes

objectos

Noção de posição

À frente, atrás, à esquerda e à direita

Antes e depois

Primeiro, no meio, entre e último

Dentro, fora e fronteira

Em cima, em baixo, em volta, ao lado

Usa noções de posição,

distância, direcção-sentido,

massa e peso para situações do

seu dia a dia

10

I

VOCABULÁRIO

BÁSICO

Noção de distância

- Perto e longe

- Aproximar e afastar

05

Noção de Direcção e sentido

Para a frente e para atrás

Para a direita e para a esquerda

Para dentro e para fora

Para o interior e para o exterior

Para o lado, para cima e para

baixo

05

Noção de massa e peso

Pesado e leve 05

TOTAL 40

Page 127: Programas 1º ciclo

123

Sugestões Metodológicas

a) Vocabulário Básico

O desenvolvimento do vocabulário e do seu significado é de extrema importância para o raciocínio

matemático. Portanto, deve ser conduzido, de forma contextualizada, para que os alunos compreendam a

sua aplicação na aprendizagem de Matemática. Se o aluno for capaz de entender e usar convenientemente

o vocabulário básico, ser- lhe-á fácil progredir na aprendizagem da Matemática, porque terá bases, não só

para interpretar os enunciados dos problemas, mas também para entender a estrutura das operações

aritméticas e a sua aplicação.

No caso de Moçambique, onde a maioria das crianças aprende na 2ª língua (Português), o tratamento do

vocabulário básico nas classes iniciais considera-se indispensável, para assegurar a aprendizagem dos

conceitos matemáticos. Estas noções de vocabulário devem ser ensinadas de forma concretizada

(visualizada). Isto é, a criança deve ser capaz de ver, por exemplo, a pedra grande em relação à pequena.

Vejamos alguns exemplos de ensino e aprendizagem de noções de vocabulário básico na Matemática:

1. Noção de quantidade: muito e pouco, mais… do que, menos…do que, tanto… como, cheio e vazio,

aumentar e diminuir, pôr e tirar.

Sugere-se que o professor oriente os alunos para trazerem materiais, tais como: pedrinhas, sementes,

pauzinhos, cápsulas de garrafas e outros adequados para a concretização das noções.

Na aula, os alunos devem realizar várias actividades que os levem a desenvolver as competências de:

Distinguir muitos objectos de poucos;

Agrupar e quantificar vários objectos, de acordo com a quantidade solicitada;

Desenhar/ e/ou pintar objectos, com diferentes quantidades.

Page 128: Programas 1º ciclo

124

Os alunos podem desenhar e/ou pintar objectos aplicando noções de quantidade. Os objectos escolhidos

devem reflectir conteúdos transversais. Por exemplo, equidade do género (rapazes e raparigas), meio

ambiente (diferentes quantidades de plantas).

Exemplo sobre:

1. Noção de quantidade: Muitos e poucos.

Sugere-se que sejam usados materiais, tais como: pedrinhas, sementes, pauzinhos, cápsulas de garrafas

e outros.

Actividade

Usando a acção de tirar e pôr, os alunos formam diferentes grupos de objectos: muito e pouco, mais…

do que, menos…do que, tanto… como, cheio e vazio, aumentar e diminuir.

Numa 1ª fase, os exercícios práticos devem ser realizados ao nível da turma pelos alunos, sob a

orientação do professor. Na 2ª fase, os exercícios práticos são realizados em grupos e aos pares, sob a

orientação do professor.

2. Noção de tamanho: Grande e pequeno, maior e menor, igual, o maior, o menor, comprido e curto,

larga e estreito, alto e baixo, grosso e fino.

Sugere-se que sejam usados materiais, tais como: bolas, lápis, cordas, os próprios alunos, árvores, etc.

Na aula, devem ser realizadas várias actividades pelos alunos, que os levem a desenvolver as

competências de desenhar, pintar, modelar e comparar tamanhos de diferentes objectos reais.

3. Noção de posição: à frente, atrás, à esquerda e à direita; antes e depois; primeiro, no meio, entre e

último; dentro, fora e fronteira; em cima, em baixo, em volta, ao lado.

Para que os alunos desenvolvam as competências de situar diferentes objectos reais de acordo com

posições indicadas e de localizá-los em relação a si e aos outros, podem usar materiais existentes na sala

de aula (quadro, secretária do professor, etc.), ou na escola (secretaria, sala de professores,

Page 129: Programas 1º ciclo

125

latrinas/banheiros, jardim, campo de futebol, plantação de árvores, etc.), assim como os próprios alunos

podem servir de material concretizador (identificar a posição em que uns se sentam em relação aos

outros).

Exemplo:

O sinal da cruz vermelha está entre dois triângulos.

4. Noção de distância: perto, longe, aproximar, afastar

Com esta matéria, pretende-se que os alunos desenvolvam as competências de estimar distâncias em

relação à sua casa, à escola, à fontenária, ao hospital, ao mercado, à esquadra, etc.

O professor poderá orientar os alunos a situarem-se em diferentes posições e estimarem a distância

entre eles.

A B C

A roda C está longe da lata de água A.

A caixa B está perto da lata A.

5. Noção de direcção e sentido: para a frente e para trás; para a direita e para a esquerda; para dentro

e para fora; para o interior e para o exterior; para o lado; para cima e para baixo.

Para o desenvolvimento de competências dos alunos sobre a orientação no espaço, o professor pode

orientá-los a movimentarem-se em diferentes direcções e sentidos dentro e fora da sala.

Exemplo: utilizar a formatura dos alunos para cantar o hino nacional à frente da bandeira.

6. Noção de massa e peso: pesado e leve

Para que os alunos desenvolvam as competências de distinguir e estimar objectos pesados e leves,

podem usar materiais existentes na escola e na comunidade, através da observação e manuseamento.

Page 130: Programas 1º ciclo

126

O professor poderá orientar os alunos na realização das actividades de desenho e pintura de objectos de

diferentes massas.

Actividade

Apresentando pedras grandes e pequenas, o professor pede aos alunos para comparar o seu peso.

Pedra A Pedra B

A pedra A é mais pesada do que a pedra

Page 131: Programas 1º ciclo

127

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno CH

II

NÚMEROS

NATURAIS E

OPERAÇÕES

(1)

Contar, cantando, progressivamente

os números naturais até 20;

Contar, cantando, regressivamente

os números naturais de 20 a 1;

Contagem progressiva e regressiva até

20.

1. Contagem progressiva

(crescente), por etapas:

1 a 5;

6 a 10;

11 a 15;

16 a 20

2. Contagem regressiva

(decrescente), por etapas:

5 a 1;

10 a 6;

15 a 11;

20 a 16.

Conta os números naturais de

1 a 20 e de 20 a 1

40

Page 132: Programas 1º ciclo

128

A contagem e a sua importância

As contagens progressivas (crescente) e regressivas (decrescente) têm como função preparar os alunos

para a iniciação da realização das operações de adição e subtracção até 50. O seu papel está reflectido

particularmente na aplicação das estratégias de cálculo mental e escrito.

O Programa de ensino sugere que a contagem progressiva e regressiva sejam treinadas desde o período

de ambientação, quando se estiver a tratar o vocabulário básico e, deve ser feita por etapas. Em geral, a

contagem deve ser realizada de forma individual para permitir que o professor avalie o seu domínio por

cada aluno.

Page 133: Programas 1º ciclo

129

UNIDADE

UTEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno CH

II

NÚMEROS

NATURAIS E

OPERAÇÕES

(1)

Ler e escrever números de 1 a 5;

Identificar, pintando, números até

5

Moldar números até 5

Associar quantidades de objectos

ao número

Os Números Naturais de 1 a 5

Número natural 1

Leitura e escrita do número 1

Associação de objectos ao número

1 e vice-versa.

Número natural 2

Contagem de objectos

Leitura e escrita do número 2

Associação de objectos ao número

2 (vice-versa)

Número natural 3

Contagem de objectos

Leitura e escrita do número 3

Associação de objectos ao número

3

Número natural 4

Contagem de objectos

Leitura e escrita do número 4

Associação de quantidades ao

número 4

Lê e escreve os números de

1 a 5;

Associar números às

quantidades de objectos.

35

Page 134: Programas 1º ciclo

130

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno CH

II

NÚMEROS

NATURAIS E

OPERAÇÕES

(1)

Ordenar números naturais até 5

Comparar números naturais até 5

Adicionar números naturais até 5

Subtrair números naturais até 5

Numero natural 5

Contagem de objectos

Leitura e escrita do número 5

Associação de quantidades ao

número 5

Ordenação de números até 5

Comparação dos números até

5, sem usar os símbolos (<, =

e >)

Adição e subtracção de

números naturais

Adição até 5

Subtracção até 5 Comparação

dos números até 5, sem usar

os símbolos (<, = e >)

Adição até 5

Subtracção até 5

Número natural 0

Noção do número zero

Leitura e escrita do número

Zero (0)

Adição e subtracção até 5,

incluindo o zero (0).

Resolve problemas da vida

real até 5. Cont.

Page 135: Programas 1º ciclo

131

Sugestões Metodológicas

Leitura e escrita de números, de 1 a 5

Os números naturais de 1 a 5 são introduzidos com base em conjuntos com o mesmo número de

elementos. O professor selecciona vários conjuntos com o mesmo número de elementos,

independemente da forma e da cor (todos os conjuntos têm o mesmo número de elementos) Por

exemplo: O professor mostra um lápis, um caderno, uma caneta,… e explica que cada objecto

representa o número 1.

Os números 2, 3, 4 e 5 devem ser introduzidos da mesma maneira.

Antes de o professor fazer a demonstração da escrita de números (de 1 a 5), é importante que

ele explore os conhecimentos que os alunos trazem de casa sobre esta matéria.

A escrita de números deve ser demonstrada no quadro pelo professor. Ao simular a escrita do

número, é pertinente que o professor se coloque na mesma posição dos alunos e nunca ao

contrário. A seguir, os alunos podem simular a escrita desses números obedecendo os seguintes

passos: escrita no ar, no tampo da carteira, no chão (dentro e fora da sala), no quadro e no

caderno.

Os alunos devem ser orientados a realizarem actividades de identificação e ordenação de

números aprendidos, através de pintura e colagem no quadro da sala. Os alunos podem também

fazer a modelagem dos números de 1 a 5, para consolidação. Estes números devem ser escritos

em cartazes e colocados nas paredes da sala de aula, para permitir que os alunos os memorizem

facilmente.

O professor deve relacionar os números aprendidos com as datas festivas, comemorativas e

históricas, até 5.

Exemplos: 1 de Maio, 1 de Junho, 3 de Fevereiro, 4 de Outubro.

Adição até 5

O professor deve tratar a adição cuidadosamente, propondo aos alunos situações problemáticas

em diversos contextos, para que eles desenvolvam as competências requeridas.

Em uma primeira fase, na adição os alunos devem manusear objectos (juntando, aumentando e

acrescentando), de modo que adquiram a noção de adição.

Em uma segunda fase, o professor ensina os sinais: mais (+) e igual (=) e os seus significados, a

partir de uma situação concreta, usando a linguagem corrente e matemática:

Page 136: Programas 1º ciclo

132

“Duas laranjas mais três laranjas são cinco laranjas’.

“Dois mais três é igual a cinco”.

2 + 3 5

A subtracção até 5

Alguns autores reconhecem que as crianças podem usar três modelos de raciocínios de

subtracção, nomeadamente tirar, comparar e completar.

Na nossa escola, o modelo mais comum é o de tirar. Isto é, a maior parte das crianças aprende a

subtracção como sendo uma forma apenas de tirar.

a) Exemplo1: Comprei 6 lápis de cor . Dei 2 à minha irmã.

Com quantos lápis de cor fiquei?

Este modelo traduz-se da seguinte forma:

Simbolicamente escreve-se: 6 – 2 = 4. É importante que o professor, a partir desta situação

concreta, explique aos alunos os sinais de menos ( - ), igual (=) e os seus significados, usando

a linguagem corrente e matemática:

O modelo de tirar pode adequar-se a esta situação, pois de 6 posso tirar 2. Normalmente, as

crianças usam este modelo através da contagem de objectos concretos.

Entretanto, o tirar não responde a todos os problemas da vida relacionados com a subtracção.

temos ainda o completar e o comparar.

Exemplo de completar:

b) Tenho 2 lápis de cor, mas preciso de 6. Quantos lápis de cor faltam?

Nesta situação, é mais prático pensar no modelo de completar, isto é, tenho 2 e faltam-me (3),

(4), (5) e (6). São exactamente 4 passos:1 2 3 4

Logo, faltam 4 lápis de cor.

Exemplo de comparar:

c) Neste caso, a subtracção pode ser realizada através da relação (um para um) dos objectos.

Os triângulos que restam correspondem à diferença.

Portanto: 5 – 3 = 2

Page 137: Programas 1º ciclo

133

Introdução do número zero

Em uma primeira fase, o zero é introduzido na base de exemplos que demonstram a ausência de

elementos. Por exemplo, o professor pode usar uma lata vazia e mostrar aos alunos que não

contém nenhum elemento (está vazia).

Em uma segunda fase, o zero é introduzido com base na diferença de dois números iguais que

representam quantidades de dois conjuntos, com o mesmo número de elementos.

O número natural zero deve ser introduzido depois do número natural 5, para permitir que as

crianças realizem operações de adição e subtracção e resolvam problemas até 5.

Exemplo 1: desenhar bananas em um lado e, no outro, desenhar duas cascas de banana. O

professor poderá explicar a noção de zero, a partir de situações concretas da criança.

Exemplo 2: O professor poderá mostrar uma lata vazia e dizer aos alunos que ela não tem nada.

Não ter nada, significa ter zero.

Exemplo 3: Tínhamos dois copos e partiram-se os dois. Com quantos copos ficamos?

Ex: 2 - 2 = 0

Page 138: Programas 1º ciclo

134

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno CH

III

ESPAÇO

E

FORMA

Identificar Linhas abertas,

fechadas, rectas e curvas;

Traçar linhas abertas, fechadas

rectas e curvas;

Identificar figuras planas

Desenhar e pintar figuras planas.

Figuras geométricas

Linhas abertas e fechadas

Linhas rectas e curvas

Noção de rectângulo,

triângulo e círculo

Noção do ponto.

Relaciona as figuras planas com as

diferentes formas de objectos reais. 20

Page 139: Programas 1º ciclo

135

Sugestões Metodológicas

Espaço e forma

Na abordagem dos conteúdos desta unidade temática, o professor poderá orientar os alunos para

trazerem algum material didáctico que esteja ao seu alcance, como caixinhas, pacotes de chá, de sumo,

de leite, de lápis de cor, latas de leite condensado, de azeite, o esquadro, sinais de trânsito, etc., cujas

faces permitirão observar a forma de algumas figuras planas (rectângulo, triângulo e círculo).

Através da observação e manipulação de objectos e de sólidos geométricos, pretende-se que os alunos

comecem a aperceber-se de certas semelhanças e diferenças existentes entre eles, utilizando material

de desperdício, como, por exemplo, caixas vazias, tubos e outros. Os alunos podem fazer diferentes

construções, o que contribuirá para o reconhecimento intuitivo das formas.

É importante que os alunos desenhem, pintem, façam dobragens, recortes, colagens e outras

actividades.

Os alunos podem identificar várias figuras geométricas (quadrados, triângulos, círculos, rectângulos),

em objectos da vida real.

Ainda nesta fase, os alunos, sob a orientação do professor, poderão desenhar e pintar figuras planas.

Os desenhos que os alunos fazem nos jogos de “necas”, “mathakudzana” (explicação), berlindes e

outros, podem ser relacionados com figuras planas.

Page 140: Programas 1º ciclo

136

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO

COMPETÊNCIAS

PARCIAIS

O aluno CH

IV

NÚMEROS

NATURAIS E

OPERAÇÕE

S

(2)

Ler e escrever números naturais até 9;

Associar quantidades aos números até 9;

Ordenar e comparar números naturais até 9;

Adicionar números naturais até 9;

Subtrair números naturais até 9;

Identificar, pintando, os números naturais

até 9;

Modelar os números naturais até 9;

Recortar e colar os números naturais, até 9.

Números naturais de 6 a 9:

Número natural 6

Contagem de objectos

Leitura e escrita do número 6

Associação de quantidades ao

número 6

Conceitos de números antes e

depois, até 6

Número natural 7

Contagem de objectos

Leitura e escrita do número 7

Associação de quantidades ao

número 7

Número natural 8

Contagem de objectos

Leitura e escrita do número 8

Associação de quantidades ao

número 8

Resolve problemas

quotidianos que

envolvem

números

naturais até 9.

30

Número natural 9

Contagem de objectos

Leitura e escrita do número 9

Associação de quantidades ao

número 9

Ordenação de números até 9

Comparação dos números

dentro do limite 9, sem usar

os símbolos (<, = e >)

Adição e subtracção até 9

Estratégias de cálculo mental de

adição até 9

Estratégias de cálculo mental de

subtracção até 9.

Page 141: Programas 1º ciclo

137

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO

COMPETÊNCIAS

PARCIAIS

O aluno CH

IV

NÚMEROS

NATURAIS E

OPERAÇÕES

(2)

Ler e escrever números naturais até 10;

Associar quantidades aos números até 10;

Ordenar e comparar números naturais até 10;

Adicionar números naturais até 10;

Subtrair números naturais até 10;

Identifica, pintando, os números naturais até

10;

Modela os números naturais até 10;

Recorta e cola os números naturais, até 10.

Número natural 10

Contagem de objectos

Leitura e escrita do número 10;

Associação de quantidades ao

número 10

Noção de dezena;

Adição de números naturais até

10;

Subtracção de números

naturais até 10.

Resolve problemas

quotidianos até

10. 10

Sugestões Metodológicas

O tratamento de números de 6 a 10 deve ser feito na base de uso de objectos concretos e aplicação do conceito "depois" (+1),

adicionando-lhes a unidade: 6 + 1, 7 + 1, 8 + 1 e 9 + 1.

Exemplo: 5 + 1 = 6 (O aluno pensa no número depois do 5).

Os alunos devem ser orientados a realizarem actividades de identificação e ordenação de números aprendidos, através de pintura e

colagem no quadro da sala. Os alunos podem também fazer a modelagem dos números de 6 a 10, para consolidação.

O professor poderá explicar aos alunos a noção de dezena, que pode ser exemplificada com os dedos das duas mãos ou molhos de 10

pauzinhos.

O professor deve relacionar os números aprendidos com as datas festivas, comemorativas e\ou históricas, até 10.

Exemplos: 7 de Abril, Falar do dia da mãe, 7 Setembro….

Page 142: Programas 1º ciclo

138

Tabela 1. Adição até 9

Nesta tabela, existem 36 combinações de exercícios básicos de adição que devem ser calculados

mentalmente.

Os exercícios da coluna 1 + X e os da diagonal X + 1 formam ao todo 15 exercícios básicos, que

facilmente são calculados com a aplicação do conceito número depois.

Exemplo1: 2 + 1 é só pensar no número depois de 2, que é 3. Portanto: 2 + 1 = 3

Exemplo2: 1 + 7 = 7 + 1, è só pensar no número depois de 7, que é 8. Portanto: 1 + 7 = 7 + 1 = 8

Os restantes 21 exercícios são os que devem ser aprendidos de cor, ou poderão ser calculados na base

de aplicação do conhecimento de memorizar a parcela maior e contar para a frente, tantas vezes a

parcela menor.

Esta tabela pode ser trabalhada pelos alunos organizados em grupos, discutindo e comentando as

respostas ou soluções, sob a orientação do professor.

Page 143: Programas 1º ciclo

139

Tabela de subtracção até 9

Esta tabela é composta por 36 combinações de exercícios básicos de subtracção, que devem ser

calculados mentalmente.

Nas colunas X – 1 existem 8 exercícios básicos que facilmente são calculados com a aplicação

do conceito número antes.

Exemplo1: 4 - 1 é só pensar no número antes do 4, que é o 3. Portanto: 4 – 1 = 3.

As diagonais com exercícios do tipo diferença igual a 1 e diferença igual a 2 contêm mais 13

exercícios básicos, totalizando 21.

Os restantes 15 exercícios poderão ser aprendidos de cor, ou calculados na base de aplicação do

conhecimento de contar para:

a) a frente do diminuidor ao diminuendo;

b) atrás do diminuendo ao diminuidor

Se os alunos dominarem estas combinações, ser-lhes-á fácil generalizar o conhecimento 7- 3 = 4

para 17 – 3, 27 – 3, 37 – 3, etc.

Page 144: Programas 1º ciclo

140

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno CH

IV

NÚMEROS

NATURAIS

E

OPERAÇÕES

(2)

Ler e escrever números

naturais até 20;

Associar quantidades aos

números até 20;

Ordenar e comparar números

naturais até 20;

Compor e decompor números

naturais até 20

Adicionar números naturais

até 20;

Subtrair números naturais até

20;

Identificar, pintando, os

números naturais até

20.

Números naturais 11 e 12

Contagem de objectos

Leitura e escrita dos números 11 e 12

Associação de quantidades aos números 11 e 12

Composição e decomposição de números 11 e 12

Noção de dúzia.

Cálculo mental e escrito de adição até 12

Cálculo mental e escrito de subtracção até 12

Resolve problemas que envolvem

números naturais até 20.

20

Números 13, 14 e 15

Contagem de objectos

Leitura e escrita dos números 13, 14 e 15

Associação de quantidades aos números 13, 14 e

15

Composição e decomposição de números até 15

Cálculo mental e escrito de adição até 15

Cálculo mental e escrito de subtracção até 15

40

Números 16, 17, 18 e 19

Contagem de objectos

Leitura e escrita dos números: 16, 17, 18 e 19

Associação de quantidades aos números 16, 17, 18 e

19

Composição e decomposição de números até 19

Cálculo mental e escrito de adição até 19

Cálculo mental e escrito de subtracção até 19

40

Número 20

Contagem de objectos

Leitura e escrita do número 20

Associação de quantidades ao número 20

Ordenação e comparação (sem uso de sinais <, = e >)

dos números, até 20

Composição e decomposição de números, até 20

Cálculo mental e escrito de adição até 20;

Cálculo mental e escrito de subtracção até 20;

20

Page 145: Programas 1º ciclo

141

Sugestões Metodológicas

Leitura e escrita de números de 11 a 19

O tratamento de números naturais de 11 a 19 pode ser feito de duas maneiras:

a) Manter a base 10 e adicionar sucessivamente 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10. Isto é, 10 + 1 = 11; 10 +

2= 12, 10 + 3 = 13, …., 10 + 9 = 19.

b) Manter a unidade, aplicando o conceito depois: 10 + 1 =11; 11 + 1 = 12; 12 + 1=13,… , 18 + 1 =

19

Recomenda-se, entretanto, que o professor explique a importância da formação de números a partir

da alínea a), pois os alunos adquirem o conhecimento do sistema decimal.

A noção de dúzia pode ser exemplificada com conjuntos de objectos com 12 elementos.

O professor deve proporcionar actividades que levem os alunos a treinar a escrita de números,

obedecendo as etapas do seu tratamento. O professor deve relacionar os números aprendidos com as

datas festivas e comemorativas até 19.

Exemplos: 12 de Outubro, 16 de Junho e outras.

Leitura e escrita do número natural 20

O professor orienta, por exemplo, a formação do número 20, a partir de dois feixes (molhos) de 10

pauzinhos cada. Depois da leitura e escrita do número, poderá explicar aos alunos que 20

corresponde a duas dezenas.

Exemplo: 10 + 10 =20

Page 146: Programas 1º ciclo

142

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno CH

V

GRANDEZAS

E MEDIDAS

Traçar linhas de diferentes

comprimentos;

Medir comprimentos de objectos;

Comparar comprimentos, capacidade-

volume e massa.

Comprimento, capacidade-volume e

massa

Noções intuitivas de medição de

comprimento

Noção do metro

Noções de capacidade-volume

Noções de massa

Resolve problemas que envolvem

medições.

20

Page 147: Programas 1º ciclo

143

Sugestões Metodológicas

GRANDEZAS E MEDIDAS

1. Medição de comprimentos

No tratamento de noções intuitivas de medição de comprimentos, os alunos devem comparar

comprimentos, classificar objectos segundo o comprimento e agrupá-los.

O professor deve orientar os alunos na medição de vários objectos (caderno, livro, carteira, lápis e

outros) e espaços (sala de aula, campo de jogos, jardim, horta), usando palmos da mão, pés e passos.

Estas actividades têm em vista mostrar que os resultados obtidos pelos diferentes alunos, ao medir o

mesmo espaço, não são iguais. Em seguida, dois (2) ou três (3) alunos usam o metro para medir o

mesmo espaço e verificarão que o resultado obtido é o mesmo. Assim, revela-se a necessidade da

existência de uma medida padrão, o METRO.

2. Capacidade-volume

No tratamento de noções intuitivas de medição de capacidade e volume, os alunos devem: classificar

recipientes, segundo a capacidade, verificando depois por transvasamento; e agrupar recipientes de

diferentes capacidades.

Enche-se um recipiente, servindo-se de outro mais pequeno e conta-se o número de vezes que foi

necessário para enchê-lo.

O professor pode seleccionar uma série de objectos: copos, jarras, latas, garrafas, pedras e água, para

dar a noção de capacidade e volume.

O professor mostra uma jarra com água e uma pedra. Em seguida, mostra o nível da água. Pede a

um(a) aluno(a) para mergulhar a pedra na jarra de água, enquanto os outros vão observando. Depois, o

professor pergunta aos alunos: O que aconteceu quando o(a) aluno(a) mergulhou a pedra na jarra?

Possíveis respostas: A água aumentou; a água subiu de nível, etc.

Com base nas respostas dadas pelos alunos, conclui-se que a pedra tem um volume determinado pelo

espaço que ocupa. Os alunos comparam diferentes volumes e capacidades.

O professor deve proporcionar aos alunos várias oportunidades de realizarem manipulações de

transvasamento de líquidos ou areia.

Page 148: Programas 1º ciclo

144

Por exemplo: O professor coloca à disposição dos alunos 3 copos (A, B e C), dos quais 2 copos (A e

B) devem ser iguais. A seguir, pede a um aluno para que os encha de água e que tinja um deles com

tinta.

Em seguida, o professor pede ao aluno que despeje o líquido contido em B, para um copo C mais

estreito e pergunta à turma:

Dos copos A e C, qual é que contém mais líquido?

Se os alunos ainda não possuírem a noção de conservação, dirão que há mais água no copo C.

O mesmo poderá acontecer, ao usar-se um copo D de maior secção; os alunos poderão responder que o

copo A é que tem mais água. Isto porque os alunos fazem uma leitura perceptiva, centrada apenas em

um aspecto.

É preciso que sejam realizadas várias experiênciais, para que os alunos possam compreender que a

capacidade se mantém, independentemente da forma do recipiente.

3. Massa

O professor deverá procurar saber se os alunos já viram alguém a pesar produtos na loja, talho,

supermercado, ou mercado.

A seguir, o professor poderá apresentar-lhes diferentes objectos, para eles observarem e decidirem qual

deles é que pesa mais, menos, ou igual. Por fim, os alunos poderão conferir as suas respostas, pesando

os produtos com as suas mãos, como se estas fossem uma balança.

Para o estudo das grandezas, é necessário material variado na sala de aula (réguas, cordas, bandas de

cartão) e recipientes, para a medição de volumes e capacidades.

Page 149: Programas 1º ciclo

145

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS

aluno CH

NÚMEROS

VI

NÚMEROS

NATURAIS

E OPERAÇÕES

(3)

Ler e escrever números

naturais até 50

Ordenar números naturais até

50

Comparar números naturais

até 50

Adicionar números naturais

até 50

Subtrair números naturais até

50

Números de 21 a 50

Leitura e escrita dos números por

etapas:

De 21 a 30

De 31 a 40

De 41 a 50

Associação de quantidades até 50.

Ordenação e comparação de

números sem uso de sinais, até 50;

Composição e decomposição de

números, até 50

Cálculo mental em adição e

subtracção, até 50

Resolve problemas reais até 50.

45

REVISÃO

Consolidação dos principais conteúdos

da 1a Classe

Resolve problemas do quotidiano,

aplicando os conhecimentos da 1a

classe.

20

TOTAL 380

Sugestões Metodológicas

Leitura e escrita de números naturais de 21 a 50

Os números 30, 40 e 50 são introduzidos através da formação dos múltiplos de 10.

Exemplo: 10 + 10 = 20; 20 + 10 = 30; 30 + 10 = 40, 40 + 10= 50.

Na formação de outros números que não sejam dezenas inteiras, adicionam-se sucessivamente às dezenas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 .

Por exemplo: 31 = 30 + 1; 32 = 30 + 2; 33 = 30 + 3;38 = 30 +8; 39 = 30 + 9.

Page 150: Programas 1º ciclo

146

Programa de Matemática

2ª Classe

Page 151: Programas 1º ciclo

147

PLANO TEMÁTICO DA 2ª CLASSE

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS

aluno CH

I

NÚMEROS NA

TURAIS E

OPERAÇÕES

Ler e escrever números naturais

até 50

Ordenar números naturais até 50

Comparar números naturais até

50

Adicionar números naturais até

50

Subtrair números naturais até 50

Contar os números naturais até

50.

Revisão

- Contagem, leitura, ordenação e comparação de

números naturais até 50;

- Composição e decomposição de números naturais

até 50;

- Cálculo mental e escrito de adição e subtracção até

50.

Contagem e escrita de números naturais até 50

de: - 2 em 2;

- 5 em 5;

- 10 em 10.

Resolve problemas que

envolvem números naturais até

50.

40

Page 152: Programas 1º ciclo

148

Sugestões Metodológicas

Consolidação dos conteúdos da 1ª classe

A 2ª classe inicia com a consolidação dos principais conteúdos da 1ª classe, que servirão de pressupostos para o tratamento dos novos conteúdos:

a) Contagem progressiva e regressiva;

b) Cálculo oral (mental) e escrito;

c) Decomposição e composição em dezenas e unidades;

d) Determinação do sucessor e antecessor de um número dado;

e) Leitura, escrita, ordenação e comparação dos números naturais;

f) Adição e subtracção até 50.

O professor poderá usar as metodologias sugeridas na 1ª classe, para a consolidação.

Exemplo:

Na consolidação do cálculo mental de operações, tais como: 14 + 3; 7 + 12, os alunos poderão memorizar a parcela maior e contar para a frente, tantas

vezes a parcela menor, independentemente da posição das parcelas. Enquanto que, no que se refere à subtracção do tipo 13 – 9, se pode contar para a

frente a partir do diminuidor até ao diminuendo, ou contar para atrás, a partir do diminuendo até ao diminuidor. O mesmo já não seria aconselhável

para a subtracção do tipo 43 – 9 (onde o diminuendo é maior que 20 e o diminuidor seja um dígito).

Para estes casos, concretiza-se o diminuidor 9, contando para atrás, a partir do diminuendo.

Exemplo: 43, (42, 41, 40, 39, 38, 37, 36, 35, 34). o último número da contagem regressiva, portanto, o 34 é igual a diferença.

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Os alunos poderão realizar actividades sobre a contagem 2 em 2, 5 em 5 e 10 em 10, até 50, sem o uso de objectos.

Page 153: Programas 1º ciclo

149

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deve ser capaz de:

CONTEÚDO

COMPETÊNCIAS

PARCIAIS

O aluno

CH

II

NÚMEROS

NATURAIS E

OPERAÇÕES

Ler e escrever números naturais até 100

Ordenar números naturais até 100

Comparar números naturais até 100

Adicionar números naturais até 100

Subtrair números naturais até 100

Números naturais de 51 a 100

Leitura e escrita de números naturais de:

51 a 60

61 a 70

71 a 80

81 a 90

91 a 100

Ordenação (crescente e decrescente) de

números naturais até 100;

Comparação de números, usando os sinais <, =

e >.

Resolve problemas

que envolvem

números naturais

até 100

40

Dezena e unidade

Conceito de dezena e unidade

Decomposição de números naturais em dezenas

e unidades

Tabela de posição

Adição na forma horizontal e vertical, até 100

Subtracção na forma horizontal e vertical, até

100

Leitura e escrita de números ordinais até 20º

60

Page 154: Programas 1º ciclo

150

Sugestões Metodológicas

Leitura e escrita de números naturais de 51 a 100

O professor poderá orientar o aluno para contar, progressivamente, de 10 em 10, até 100.

Sugere-se que a formação de números de 51 até 100 seja realizada da seguinte maneira:

50 + 10 = 60

60 + 10 = 70

... ... ...

90 + 10 = 100

Na formação de outros números que não sejam dezenas inteiras, adicionam-se sucessivamente às dezenas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.

Por exemplo: 51 = 50 + 1; 52 = 50 + 2; 53 = 50 + 3;58 = 50 +8; 59 = 50 + 9.

O aluno deve realizar actividades de recorte e colagem de números, para ordenação e comparação dos mesmos.

O professor explica ao aluno o preenchimento da tabela de posição, a partir da decomposição de números em dezena e unidade, até 100.

O aluno realiza as operações de adição e subtracção, usando números recortados.

O procedimento escrito de adição e subtracção deverá ser explicado na base de tabela de posição. É importante que o professor destaque que,

tanto na adição como na subtracção, a colocação dos algarismos na posição de dezenas e unidades deve ser respeitada. Neste sentido, o aluno

poderá realizar jogos que exijam, primeiro, a definição da ordem que cada algarismo ocupa.

Page 155: Programas 1º ciclo

151

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno CH

III

GRANDEZAS

E MEDIDAS

Ler e marcar horas inteiras;

Construir relógios;

Identificar dia, semana, mês e o ano.

O relógio

Horas inteiras

O calendário

Dia, semana, mês e ano.

Resolve problemas que envolvem

medidas de tempo.

30

Sugestões Metodológicas

Medição do tempo

O RELÓGIO

O aluno constrói um relógio (mostrador e ponteiros), fixando os ponteiros com pauzinho, atache (fixador dos ponteiros), usando diversos materiais

recicláveis (cartões e caixas), sob a orientação do professor. Para a concretização desta actividade, sugere-se que se recortem cartões e caixas, de

modo a que cada aluno tenha o seu relógio.

O CALENDÀRIO

Trata-se, fundamentalmente, de iniciar os alunos na tomada de consciência da sucessão dos dias da semana, dos meses do ano e de os dotar de um

vocabulário útil, na vida corrente.

Os alunos começam por recordar os dias da semana.

O professor deve iniciar cada dia de trabalho, escrevendo no quadro a data desse dia e as crianças registam no caderno diário, assim como o dia da

semana.

Page 156: Programas 1º ciclo

152

Será útil a existência de um calendário na sala de aula. O professor pode orientar os alunos a construí-lo. Deste modo, os alunos familiarizam-se

com ele e tomarão consciência dos dias. Diariamente, os alunos deverão assinalar o dia da semana no calendário.

Em cada segunda-feira, pintam com a mesma cor o sábado e o domingo anteriores (dias em que não foram à escola).

Esta actividade deve manter-se ao longo do ano. Quando acaba o mês, os alunos afixam uma nova folha e começam o mês seguinte.

Uma actividade importante é assinalar, no calendário, os feriados, as datas comemorativas e, também, os aniversários das crianças.

Os alunos realizam vários exercícios de identificação dos feriados e datas comemorativas no calendário, nomeadamente:

1 de Maio, 1 de Junho, 3 de Fevereiro, 4 de Outubro, 7 de Abril, 7 de Setembro, 16 de Junho, 25 de Junho, 25 de Setembro, 12 de Outubro, 25 de

Dezembro, Dia da Mãe e do Pai (data variável).

O professor deve controlar os números das datas comemorativas, escritos pelos alunos no quadro e nos seus cadernos.

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno CH

IV

NÚMEROS

NATURAIS E

OPERAÇÕES

Interpretar o significado da multiplicação,

como adição de parcelas iguais;

Identificar números pares e ímpares;

Contar de 10 em 10 e de 20 em 20, até 100;

Efectuar a divisão através de subtracções

sucessivas;

Multiplicação até 50

Noção de multiplicação

Números pares e ímpares

Contagem de 10 em 10 e de 20 em 20, até 100

Multiplicação por 2, 3, 4 e 5

Tábuas de multiplicação

O dobro, a metade e o triplo de um número Resolve problemas que

envolvem multiplicação por 2, 3,

4, 5 e 10 e de divisão até 50.

60

Divisão até 50

Noção de divisão

Divisão partitiva como subtracções sucessivas

até 50, com os divisores 2, 3, 4 e 5

A divisão como operação inversa da

multiplicação

A divisão por 2, 3, 4 e 5

60

Page 157: Programas 1º ciclo

153

Sugestões Metodológicas

A multiplicação

O professor poderá seleccionar material concretizador para a aula, por exemplo, flores, lápis, cadernos e outros. Os próprios alunos poderão

servir de material concretizador.

Exemplo: o professor poderá formar três grupos de dois alunos cada e colocá-los em frente da turma, para permitir a observação dos outros.

Depois pergunta à turma:

Quantos alunos estão à frente?

Quantos grupos são?

Quantos alunos estão em cada grupo?

A partir das respostas dadas pelos alunos, o professor explica o conceito de multiplicação através de adição sucessiva de parcelas iguais: 2 + 2

+ 2 = 6

Quantas vezes aparecem os dois (2)? 2 + 2 + 2 “São três vezes, os dois” 3 x 2 = 6. Analogamente, introduz-se a multiplicação por 3, 4, 5 e 10.

Os problemas e exercícios com distribuições rectangulares ajudam a realçar a estrutura multiplicativa. No nosso dia-a-dia, observamos diversas

distribuições rectangulares: uma embalagem, cartão ou favos de ovos, uma caixa de refrescos, uma janela rectangular com vários vidros e

outras.

Noção de divisão

A noção de divisão deve ser explorada a partir de situações-problema que envolvem raciocínios de divisão, relacionando com as três operações

já estudadas, tendo em conta que:

A divisão está relacionada com a multiplicação, pois a divisão é a operação inversa da multiplicação;

A divisão está também relacionada com a adição.

Page 158: Programas 1º ciclo

154

Vamos mostrar como resolver um problema, usando os diferentes raciocínios.

Problema: A Yolanda tem um pacote com 15 bolachas. Se comer 3 bolachas por dia, quantos dias leva para comer todo o pacote?

a) Raciocínio que envolve a adição:

b) Verificam-se quantos grupos de 3 se obtêm para completar 15.

A figura mostra claramente que se obtêm 5 grupos de 3. Portanto: 3 + 3 + 3 + 3 + 3 = 15; logo,

são 5 dias para comer todo o pacote.

c) Raciocínio que envolve a subtracção:

A partir de 15, vai subtraindo-se 3, até não ter nada.

15 – 3 = 12 12 – 3 = 9 9 – 3 = 6 6 – 3 = 3 3 – 3 = 0

1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia

Desta forma, é fácil concluir que o pacote dá para 5 dias.

Page 159: Programas 1º ciclo

155

d) Raciocínio que envolve a multiplicação:

Neste raciocínio, o aluno resolve a divisão, aplicando a sua operação inversa, portanto, a multiplicação.

15: 3, pensa no número que, multiplicado por 3, dá 15. E neste caso, é o 5.

Assim conclui-se que, o pacote dá para 5 dias.

Numa primeira fase, o aluno tem a liberdade de escolher a estratégia que melhor se coadune com a sua forma de raciocinar e maior segurança lhe der.

Após a resolução de um problema, o professor deve pedir aos diferentes alunos para explicarem as estratégias no quadro, descrevendo o caminho

utilizado até chegar à solução.

Pouco a pouco, os alunos vão adquirindo a capacidade de escolher a estratégia que melhor se adapte à sua maneira de pensar.

Mais tarde, eles serão obrigados a resolver os problemas de divisão usando a sua operação inversa, portanto, a multiplicação, que é o ideal.

Para a consolidação da divisão, o professor poderá apresentar vários problemas, tais como:

Problema 1: O pai do João comprou 12 cadernos para oferecer aos seus 4 filhos.

Quantos cadernos receberá cada filho?

Problema 2: A Yolanda comprou 15 ramos de flores. Ela tem 5 vasos e quer colocar, em cada vaso, o mesmo número de flores.

Quantas flores vão ficar em cada vaso?

Page 160: Programas 1º ciclo

156

UNIDADE

TEMÁTICA

Objectivos Específicos

O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO

COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno CH

V

ESPAÇO E

FORMA

Traçar linhas curvas e rectas;

Identificar segmento de recta;

Distinguir figuras planas através de

decomposição de sólidos geométricos e

objectos;

Desenhar e pinta figuras planas;

Moldar e modelar os sólidos

geométricos;

Relacionar as figuras e os sólidos

geométricos com os objectos da vida

real.

Figuras e sólidos geométricos

Linhas curvas e rectas

Noção de segmento de recta

Figuras planas (quadrado,

rectângulo, triângulo e círculo)

Sólidos geométricos (bloco, cubo,

esfera e cilindro)

Resolve problemas que envolvem

figuras e sólidos geométricos. 40

Sugestões Metodológicas

ESPAÇO E FORMA

Em muitos lugares, tais como lojas, mercados, casas, podemos encontrar produtos em pacotes, caixas, latas, por exemplo caixa de fósforo,

pacote de chá, de margarina, de sumo, caixa de refrescos, uma lata de azeite e outros. Os alunos vão aprender as linhas curvas e rectas, as

figuras planas (rectângulo, quadrado, triângulo e círculo), a partir da decomposição de modelos de sólidos geométricos escolhidos para

identificação de faces rectangulares, quadrangulares, triangulares e circulares.

Page 161: Programas 1º ciclo

157

IDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deve ser capaz de:

CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS

O aluno CH

VI

GRANDEZAS

E MEDIDAS

Identificar moedas e notas do dinheiro

moçambicano;

Decalcar e recorta moedas;

Cantar canções que valorizam o

metical.

Medir pequenos comprimentos,

usando unidades não padronizadas (o

palmo, o pé e o passo) como base para

conhecer as unidades padronizadas.

Realizar experiências que

conduzam à noção de capacidade e

massa.

O Metical

Moedas e notas do dinheiro moçambicano:

Moedas (1 MT, 2 MT, 5 MT e 10 MT)

Notas (20 MT, 50 MT e 100 MT)

Resolve problemas do

quotidiano, que envolvem

noções de comprimento,

capacidade e massa;

Resolve problemas

quotidianos de compra e

venda em estabelecimentos

improvisados;

20

Comprimento, capacidade e massa

Noção de metro (m)

Noção de centímetro (cm)

Noção de quilograma (kg)

Noção de litro (l)

30

Page 162: Programas 1º ciclo

161

Sugestões Metodológicas

Dinheiro Moçambicano - o metical

O uso do dinheiro é uma prática social. Em princípio, é natural que os alunos já estejam familiarizados

com algumas moedas e notas em circulação.

Consideramos adequado para o 1º ciclo, o conhecimento das moedas e notas em circulação até 100 MT,

uma vez que o estudo dos números se processa até 100.

Na concretização das actividades, os alunos devem recorrer à manipulação de moedas e notas em

circulação (em simulação prática de processos de compra e venda).

Identificar, em uma colecção de moedas e notas, as que têm determinado valor;

Trocar moedas e notas por outras de maior, ou menor valor;

Determinar o valor de uma dada colecção de moedas e notas;

Fazer diferentes colecções de moedas e notas, de modo a perfazer uma determinada quantia;

Brincar às lojas improvisadas.

As crianças, desde muito cedo, lidam com situações reais da vida que as obrigam a manusear moedas e

notas do dinheiro moçambicano:

a) Moedas (1 MT, 2 Mt, 5 MT e 10 MT)

b) Notas (20 MT, 50 MT e 100 MT)

A partir desta experiência que as crianças trazem da sua vivência para a escola, o professor poderá

preparar material didáctico com cartolina, para ilustração de moedas e notas. Os alunos poderão decalcar o

papel em diferentes moedas e pintar, usando diferentes cores. Poderão também desenhar diferentes

moedas e notas do dinheiro nacional.

A outra experiência que se pode aproveitar dos alunos, são as operações de compra e venda de produtos,

tais como rebuçados, bolachas, lápis, caderno escolar. Para tal, o professor poderá orientar os alunos, para

realizarem uma simulação de compra e venda de alguns produtos. No fim, poderá fazer a sistematização

segundo o conteúdo programado, dando ênfase à resolução de problemas simples de compra e venda

com/e sem troco.

Medição de comprimentos, capacidade-volume e massa

Medir uma grandeza é compará-la com a unidade de medida escolhida; associa-se à grandeza de um

número real.

Page 163: Programas 1º ciclo

162

A melhor maneira de aprender a medir é permitir, à criança, a sua máxima espontaneidade. Portanto,

colocado o aluno perante um problema de medição - por exemplo saber o comprimento da carteira – o

professor não lhe deve dar qualquer sugestão. Ele encontrará o seu próprio modelo.

Quanto mais variadas forem as experiências que tiver de realizar, mais profunda será a sua compreensão

do acto de medir e mais facilmente resolverá problemas que envolvam medidas. Neste caso, a interacção

entre alunos é muito importante para o desenvolvimento de competências individuais e colectivas.

Medição de comprimentos

1ª Actividade

Os alunos observam dois objectos, por exemplo dois lápis e, por comparação directa, sobrepondo-os,

verificam qual é o mais comprido.

2ª Actividade

O professor mostra dois lápis, de comprimentos sensivelmente iguais e coloca-os em dois sítios diferentes,

por exemplo, um em cada extremidade da secretária. O professor pede aos alunos que digam qual dos lápis

é mais comprido, mas sem os deslocar.

O professor deixa os alunos reagirem à vontade. O objectivo é fazê-los sentirem a necessidade de utilizar

um meio intermediário de comparação. Neste caso, já não é possível comparar os objectos directamente.

3ª Actividade

O professor propõe aos alunos que meçam o comprimento da carteira. É natural que eles recorram às mais

variadas unidades de medida: lápis, caneta, pau de giz, pauzinho, palmos e outros. Perante a diversidade

de soluções obtidas, é importante discutir a necessidade de utilizar a mesma unidade de medida por todos

os alunos.

Uma vez escolhida a unidade de medida - por exemplo, uma banda de papel - é importante que os alunos

verifiquem a impossibilidade de, por vezes, exprimir o resultado de uma medição por um só número. Daí a

necessidade de construir um sistema arbitrário de unidades, obtido, por exemplo, dobrando a banda de

papel, sucessivamente, em duas partes iguais.

A

B

Page 164: Programas 1º ciclo

163

C

Em seguida, estabelece-se uma relação entre as novas unidades de medidas.

Uma (1) banda A vale duas (2) bandas B e quatro (4) bandas C.

Deve-se também aprender a escolher as unidades, de acordo com o comprimento que se quer avaliar. Não

faria sentido medir o comprimento da sala de aula com palmos!

Medição de capacidades

A metodologia a seguir pode ser idêntica à adoptada para a medição de comprimentos.

Perante duas vasilhas de formas diferentes, se perguntarmos ao aluno qual leva mais água (ou areia), ele

não terá dificuldade em resolver o problema. Enche uma das vasilhas e despeja o conteúdo na outra.

É conveniente que os alunos realizem várias experiências de medição de capacidades. A certa altura, as

suas unidades de medida revelam-se insuficientes, pelo que os alunos sentirão necessidade de criar um

sistema arbitrário de unidades e estabelecer uma relação entre as novas unidades de medida.

Exemplo

A B C

A lata A vale 2 latas B.

A lata B vale 6 colheres C

Tal como dissemos para a medição de comprimentos, na medição de capacidades deve-se aprender a

escolher as unidades, de acordo com a capacidade que se quer avaliar. Não faria sentido medir a

capacidade de um balde de 5 litros com a colher.

A conservação de volumes só surge por volta dos 10 aos 11 anos. Por este facto, não se propõem

actividades de volumes de sólidos.

Medição de massa

Analogamente, o processo de trabalho com pesos pode ser idêntico aos anteriormente descritos. O aluno

começa por fazer comparações, servindo-se das mãos e da balança de braços iguais. Depois, passa a

Page 165: Programas 1º ciclo

164

utilizar unidades de medida, que começam por ser pouco rigorosas (pedras, por exemplo). O aluno

rapidamente apercebe-se de que a escolha tem que ser mais criteriosa. Escolhe, por exemplo, as tampinhas

das garrafas de refrescos. Se os alunos vivenciarem diversas experiências de medições de comprimentos,

capacidades e pesos, a passagem para o 2º ciclo, para as respectivas unidades do sistema métrico, far-se-á

facilmente.

Page 166: Programas 1º ciclo

161

Programa de Educação Física

1º Ciclo

Page 167: Programas 1º ciclo

162

Introdução

A Educação Física é um dos direitos fundamentais do cidadão, devendo ser garantida pelo

sistema educativo e por outras instituições sociais.

O presente programa tem como propósito imprimir uma dinâmica às aulas desta disciplina, na

perspectiva de, simultaneamente, desenvolver o sentido de cidadania, habilidades práticas,

ocupacionais e etnoculturais, isto é, valorizando os conhecimentos das práticas da comunidade

onde a escola está inserida.

A ideia central é começar por jogos e exercícios simples para desenvolver a motricidade e as

habilidades da criança, num período de adaptação e, gradualmente, ir aumentando o grau de

exigências de acordo com a idade do aluno.

Pretende-se que o Programa da disciplina de Educação Física assegure um desenvolvimento

contínuo das capacidades e habilidades motoras, praticando a actividade física nas condições em

que a escola se encontra, com vista a desenvolver um estilo de vida activo e saudável.

O Programa apresenta conteúdos que contribuem na organização e controlo integral do aluno,

nas duas classes, em forma de espiral, diferenciando-se no grau de exigências, segundo o nível

de desenvolvimento das capacidades motoras e da idade.

A abordagem em espiral visa fortalecer o desenvolvimento de competências parciais desta

disciplina, na classe e no ciclo de aprendizagem, que promovam hábitos motores consequentes,

o que requere tempo.

Page 168: Programas 1º ciclo

167

Visão geral dos conteúdos do 1º Ciclo 1ª CLASSE 2ª CLASSE

UNIDADE

TEMÁTICA

CONTEÚDOS CH CONTEÚDOS CH

GINÁSTICA

DE BASE

Exercícios de organização e controlo

Formatura básica com a marcação de distância

Marcha seguindo o compasso e a contagem do

professor

Exercícios de desenvolvimento físico geral

Jogos de orientação espacial através da contagem

Exercícios de orientação espacial

Exercícios de orientação usando jogos de

numeração

Exercícios de coordenação motora

Jogos de corridas em diferentes velocidades

Jogos de deslocamento em grupos

Exercícios de equilíbrio portando objectos

Exercícios de imitação de animais, ofícios entre

outros

Jogos de lançamento e recepção

Exercícios de agilidade

Exercícios de coordenação motora

8

Exercícios de organização e controlo

Marcha no lugar em deslocamento seguindo a contagem

Exercício de mudanças de formatura

Conversões (Giro)

Exercício de orientação espacial

Conversões seguindo a orientação do professor

Exercícios de coordenação motora

Exercícios de ordem seguindo a orientação

Exercícios de equilíbrio no lugar e em marcha

Exercício de baloiçar em objectos e equilibrar uma bola ou

objecto na cabeça

Exercícios de desenvolvimento físico geral

8

JOGOS

EDUCATIVO

S

Jogos com a bola

Jogos educativos

Jogos com a bola feita pelos alunos

Jogos reduzidos

Exercícios de imitação de animais

12

Passe e recepção da bola

Jogos de passe e recepção com contagem

Jogo de neca

Jogo de mata-mata

Jogos educativos

Jogos de lançamento de precisão

12

JOGOS E

DANÇAS

TRADICION

AIS

Jogos e danças tradicionais

Jogos e danças da região 14

Jogos e danças típicas da localidade onde a escola se encontra

14

Page 169: Programas 1º ciclo

168

Programa de Educação Física

1ª Classe

Page 170: Programas 1º ciclo

PLANO TEMÁTICO DA 1ª CLASSE

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS

ESPECÍFICOS

CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS CH

GINÁSTICA DE

BASE

Realizar formaturas

básicas;

Efectuar a marcação da

distância na formatura;

Marchar no lugar e em

deslocamento;

Realizar jogos de

equilibrio

Exercícios de organização e controlo

Formatura básica com marcação de distância

Marcha seguindo o compasso e a contagem do

professor

Exercícios de desenvolvimento físico geral

Jogos de orientação espacial através da contagem

Exercícios de orientação espacial

Exercícios de orientação usando jogos de numeração

Exercícios de coordenação motora

Jogos de corrida em diferentes velocidades

Jogos de deslocamento em grupos

Exercícios de equilíbrio portando objectos

Exercícios de imitação de animais, ofícios entre

outros

Jogos de lançamento e recepção

Executa as formaturas básicas;

Executa a marcha no lugar, a marcha em

deslocamento e os passos laterais em vários

ritmos;

Executa acções de coordenação óculo-

manual;

Executa os exercícios de coordenação

motora;

Realiza jogos de equilíbrio.

8

JOGOS

EDUCATIVOS

Efectuar diferentes jogos

com a bola;

Fazer uma bola de trapos e

jogar;

Realizar exercícios de

imitação de animais

Jogos com a bola

Jogos educativos

Jogos com a bola feita pelos alunos

Exercícios de imitação de animais

Realiza jogos com a bola;

Obedece as regras do jogo;

Reconhece os resultados do jogo;

Distingue o animal, a partir de gestos

imitatórios.

12

JOGOS E

DANÇAS

TRADICIONAIS

Efectuar danças

tradicionais conhecidas

pelos alunos.

Jogos e danças tradicionais

Jogos e danças da região

Pratica jogos tradicionais;

Reconhece o colega da equipa;

Pratica danças tradicionais;

Pratica jogos da sua região;

Respeita as regras de jogo.

14

Page 171: Programas 1º ciclo

Sugestões Metodológicas

Na disciplina de Educação Física o professor deve garantir as condições de higiene e segurança do

local da realização da aula, para se evitar lesões.

Os exercícios de organização e controlo devem estar presentes em todas as unidades temáticas,

devendo ser aplicados em qualquer parte da aula sempre que sejam necessários.

Ginástica de Base

Nas formaturas, o professor deve prestar maior atenção à correcção de erros de execução, assim

como às posições básicas necessárias para criar as rotinas organizativas que facilitam a

aprendizagem.

A marcha deve ser acompanhada por contagem marcada pelo professor, para permitir uma melhor

organização da turma, uma vez que os alunos seguirão o compasso da contagem para a sua

execução.

Os jogos de corridas devem ser alternados com marchas, para se evitar monotonia, e não devem

ser prolongados.

Os exercícios de desenvolvimento físico geral (flexões, torções, circunduções entre outros) não

devem ser de longa duração, e deve-ser realizados com canticos, que indicam a acção a realizar.

O vocabulário básico adquirido nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, relacionado

com a lateralidade, poderá ser acompanhado de canções relacionadas com a orientação espacial.

Nos exercícios de equilíbrio, deve-se usar material de fácil acesso, (pauzinhos, pedras pequenas,

entre outros). Estes exercícios de equilíbrio podem ser sobre uma perna, correr ou saltar com uma

perna, entre outros.

O espaço físico a utilizar para a aula deve ser limitado, de modo a permitir o controlo do

cumprimento das regras dos jogos e das diferentes formas organizativas.

A presença dos alunos nas primeiras aulas facilita a organização da turma e, sempre que possível,

os alunos devem formar da mesma maneira, para permitir maior aproveitamento do tempo na

organização das crianças.

Page 172: Programas 1º ciclo

171

No início de cada aula, o professor deve velar pela saúde dos alunos, os que estiverem com

alguma doença devem ser retirados da aula, podendo ser recomendados a velar pelo cumprimento

de regras.

Jogos Educativos

Os jogos com a bola não podem ser desportivos, e devem ser realizados por todos os alunos.

Nos exercícios de imitação de gestos e vozes de animais, o professor, para além de dizer o nome

do animal, poderá mostrar a imagem para o desenvolvimento da leitura.

Jogos e Danças Tradicionais

O ensino de jogos tradicionais deve começar pelos mais praticados na região, podendo ser

sugeridos pelos alunos.

A metodologia de leccionação de danças tradicionais é a mesma que a usada para jogos

tradicionais.

Na medida do possível, as danças tradicionais podem ser acompanhadas com uma música ou uma

canção para tornar a aprendizagem mais lúdica.

No final de cada aula, o professor deverá fazer uma pequena avaliação sobre o decurso da mesma,

devendo destacar os alunos que mais se dedicaram e encorajar que os outros sejam melhores para

as próximas aulas.

Page 173: Programas 1º ciclo

Programa de Educação Física

2ª Classe

Page 174: Programas 1º ciclo

UNIDADE

TEMÁTICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS CH

GINÁSTICA DE

BASE

Marchar no lugar ao compasso do

professor;

Formar por ordem da altura;

Exercícios de organização e controlo

Jogos de corrida a diferentes velocidades

Marcha no lugar em deslocamento, seguindo a

contagem

Jogos de orientação espacial através da

contagem

Executa a marcha no lugar e em

deslocamento;

Executa acções de abrir e fechar

formaturas;

Executa a formatura para cantar o

Hino Nacional e o içar da

bandeira.

8

Formar fileiras e colunas

Executar acções de orientação

espacial

Efectuar conversões simples

Exercício de mudanças de formatura

Exercício de orientação espacial

Exercícios de coordenação motora

Exercícios de ordem, seguindo a orientação

Orienta-se no espaço em diferentes

direcções (esquerda, direita, frente

e atrás);

Executa mudanças de formatura

no lugar, tomando os pontos do

recinto como referência.

Caminhar sobre uma linha traçada

no solo, a pé cochinho;

Realizar exercícios de

deslocamentos em diferentes

direcções

Exercícios de equilíbrio no lugar e em marcha

Exercícios de baloiçar em objectos, equilibrar

uma bola ou objecto na cabeça

Exercícios de desenvolvimento físico geral

Realiza jogos de equilíbrio;

Executa acções de coordenação

óculo-manual.

JOGOS

EDUCATIVOS

Jogar a bola com as mãos e os pés;

Realizar jogos de passes e recepção

com contagem crescente e

decrescente até 10

Passe e recepção da bola

Jogos de passe e recepção com a contagem

Jogos de lançamentos por equipas de 6

elementos

Joga a bola com qualquer parte do

corpo;

Obedece as regras do jogo. 6

Efectuar diferentes tipos de jogos

conhecidos pelos alunos;

Jogo de neca

Jogo de mata-mata

Jogos educativos

Jogos de lançamento de precisão

Colabora com os colegas;

Aceita o resultado do jogo.

6

JOGOS E

DANÇAS

TRADICIONAIS

Cantar e dançar canções conhecidas

pelos alunos;

Realizar jogos tradicionais

conhecidos pelos alunos.

Jogos e danças típicas da localidade onde a

escola se encontra

Respeita as regras de jogo;

Pratica danças tradicionais da

região.

14

Page 175: Programas 1º ciclo

174

Sugestões Metodológicas

Para a 2ª classe, o professor deve ter em conta o desenvolvimento das capacidades

motoras das crianças em relação a primeira classe, e por conseguinte o nível de exigência

deve ser maior. O professor poderá recorrer às sugestões metodológicas da primeira

classe, sempre que se julgar necessário.

Na medida do possível, o professor deve incluir os alunos com deficiência na aula, dando

tarefas que possam realizar na aula.

Ginástica de Base

Na ginástica de base, para a segunda classe, deve-se incluir algumas conversões simples

no lugar. Estas devem ser breves e não devem exceder mais de um tipo na mesma aula.

Na realização dos exercícios de coordenação motora, é importante que se preste atenção à

lateralidade e às conversões.

Os giros devem ser realizados no lugar e para esta classe recomenda-se que sejam

simples, ou seja de 90º para transformar colunas em fileiras e vice-versa. Ao mesmo

tempo que os alunos forem executando as converções, o professor deve ir explicando o

tipo de formatura adoptado antes e depois do giro.

Deve-se prestar atenção à correcção de erros de execução em todo o momento, mas para

se evitar a quebra do movimento ou exercício, os mesmos devem ser corrigidos de uma

forma geral para todos os alunos.

Jogos Educativos

Na realização dos jogos educativos, o professor deve ter em conta a consolidação das

competências desenvolvidas na primeira classe. O aluno realiza jogos que vão

aumentando de grau de complexidade, por exemplo, reduzindo o espaço do jogo ou

aumentando o número de jogadores.

O cumprimento das regras do jogo é de carácter obrigatório, pelo que o professor deve

prestar atenção a este aspecto.

Danças e Jogos Tradicionais

Os jogos e as danças a serem executados devem ser levados à aula pelos alunos.

Page 176: Programas 1º ciclo

175

Recomenda-se o seguimento das regras ou metodologias de ensino dos jogos e danças

tradicinais para que o professor possa facilitar a execução dos mesmos. Nos casos em que

o professor não conheça a dança ou o jogo, o aluno fará uma explicação sobre a forma de

execução, as regras e desta forma o professor poderá ensinar tendo em conta a

metodologia aplicada.