PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO … · Iniciaram-se as pesquisas sobre as causas...
-
Upload
nguyencong -
Category
Documents
-
view
213 -
download
0
Transcript of PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO … · Iniciaram-se as pesquisas sobre as causas...
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTIFICA
CNPQ/UFPA
RELATÓRIO TÉCNICO – CIENTÍFICO
Período: fevereiro/2005 a agosto/2005
( ) Relatório Parcial
(x) Relatório Final
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Título do Projeto de Pesquisa: Investigação Química de Plantas Amazônicas
com Propriedades Biológicas Úteis.
Resolução CONSEP ou Número de Portaria de Aprovação: 16771/71
Nome do Orientador: Lourivaldo da Silva Santos
Titulação do Orientador: Doutor
Departamento: Química
Unidade: Centro de Ciências Exatas e Naturais
Laboratório: Química / Pesquisa
Nome do Bolsista: Isabel Cristina Serrão Ferreira
Título do Plano de Trabalho: "Estudo Químico e Atividade Biológica da
Biomassa Produzida por Fungo Endofítico Associado às Folhas de Virola Michellii"
1. INTRODUÇÃO:
A espécie Virola michelii, conhecida popularmente como “ucuúba preta”, é
uma planta da Amazônia cujas folhas são utilizadas por nativos da região como
emplastos para alívio de irritações causadas por fungos e no tratamento de
infecções da pele1. Em trabalho2 anterior foram isoladas substâncias pertencentes
a classe dos flavonóides (flavonas) e lignanas furufurânicas a partir de extratos
obtidos das folhas desta espécie. Neste momento a proposta é estudar os fungos
associados a ela como endofíticos.
Fungos endofíticos são fungos que durante um certo período de suas vidas,
colonizam os tecidos internos de plantas sem causar sintomas à esta3.
As relações entre plantas e microorganismos já são conhecidas há muito
tempo, entretanto, com raras exceções, acreditava-se que estas interações
levavam a lesões nos tecidos vegetais4. Mais recentemente, vem sendo registrada
a presença de microorganismos no interior de tecidos vegetais sadios,
especialmente bactérias e fungos, abrindo novas perspectivas para o estudo da
interação planta/microorganismos5-6.
Nos anos 80 começaram a surgir na literatura relatos que evidenciavam
que os microorganismos endofíticos, no caso fungos, podiam desempenhar um
importante papel dentro de suas plantas hospedeiras. Foi demonstrado que a
existência de um ou mais desses microorganismos podia ocasionar redução do
ataque de insetos nos seus hospedeiros vegetais. Iniciaram-se as pesquisas sobre
as causas dessas proteções e as variáveis envolvidas no processo. Atualmente,
sabe-se que vários metabólitos secundários produzidos por esses endófitos são
os agentes responsáveis pela proteção desses vegetais, o que vem a constituir
um vasto campo de pesquisas na área da fitoquímica6.
Com base nessas informações, nosso grupo de pesquisa iniciou a
implantação de uma nova linha de estudo no laboratório de Química/Pesquisa.
Das folhas jovens da espécie Virola michelli foram isolados vários fungos
que dentre esses isolados escolheu-se o fungo identificado como Pestalotiopsis
guepinii para realização do estudo químico e biológico da biomassa produzida por
este endofítico.
Neste relatório, será descrito o processo de isolamento dos fungos
endofíticos da espécie Virola michelii, a obtenção dos extratos fúngico de
Pestalotiopsis guepinii, o fracionamento dos extratos fúngicos, assim como os
resultados dos bioensaios de alelopatia realizado com os extratos fúngicos brutos
e o isolamento das substâncias ergosterol e peróxido de ergosterol obtidas do
extrato hexânico .
2. OBJETIVOS:
2.1 GERAL:
Isolar e cultivar fungo endofítico associado a Virola micheli e verificar as
propriedades biológicas da biomassa produzida.
2.2 ESPECÍFICOS:
• Cultivar o fungo em diferentes meios de cultura e obter os extratos
fúngicos: objetivo alcançado, pois os fungos foram isolados e escolheu-se o
endofítico Pestalotiopsis guepinii para cultivo em grande escala e obtenção
dos extratos brutos.
• Verificar as propriedades alelopáticas: objetivo alcançado, pois os
bioensaios foram realizados com os extratos brutos na EMBRAPA sob a
orientação do prof. Dr. Antônio Pedro da Silva Souza Filho. Os ensaios anti-
microbianos dos extratos ainda não foram realizados, pois as bactérias
solicitadas à FIOCRUZ não foram liberadas no período desejado pelo
nosso grupo de pesquisa.
• Treinamento de bolsista de Iniciação Científica na técnica de isolamento
e cultivo de fungos endofíticos: objetivo alcançado, e que vem sendo
desenvolvido constantemente.
• Implantação de uma nova linha de pesquisa no Laboratório de
Química/Pesquisa: objetivo alcançado.
3. JUSTIFICATIVA:
Apesar de devidamente comprovada a existência de microbiologia
endofítica, existe uma série de razões para que se aprofundem estudos a respeito
de aspectos ecológicos, genéticos, fisiológicos e químicos dessa interação.
A aplicação desses microorganismos já é realidade e configura-se como
avanço nas seguintes áreas: controle biológico de pragas e doenças, bioerbicidas,
bioindicadores de vitalidade, vetores para introdução de genes em plantas,
biorremediação de solos contaminados com poluentes e como produtores de
antibióticos e outros metabólitos secundários de interesse farmacológico7.
Observou-se que alguns compostos de origem vegetal são produzidos por
fungos que habitam essas plantas indicando haver um transmissor de genes entre
vegetais e fungos em uma verdadeira engenharia genética in vivo8.
A quase totalidade das pesquisas desenvolvidas nessa linha tem sido
realizadas com plantas de clima temperado, particularmente gramíneas que são
largamente usadas na alimentação do gado, porém já foi comprovada uma maior
riqueza desses microorganismos endofíticos relacionada à estação de chuvas.
Assim, neste projeto elegemos como planta hospedeira a espécie Virola michelii
(Myristicaceae), planta originária da região amazônica e que apresenta diversas
atividades biológicas9.
O uso de fungos endofíticos abre novas áreas de exploração
biotecnológica, que dita a necessidade de isolar, caracterizar e investigar os
metabólitos secundários oriundos da relação planta/microorganismo, sendo que
muitas dessas substâncias são inéditas e que podem ser utilizadas na indústria
farmacêutica e na agricultura. Esta é uma nova linha de pesquisa que pode ser
considerada implantada em nosso Laboratório.
4. DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL
4.1 MATERIAIS
4.1.1 Equipamentos
• Espectrofotômetro de ressonância Magnética Nuclear – Modelo GEMINI
300- Varian. 75MHz (RMN 13C) e 300MHz (RMN 1H).
• Rotavapor – MICRONAL.
• Autoclaves verticais- Modelo Au 75 PHOENIX
• Capela de fluxo laminar- Modelo PA 320 PACHANE
• Cromatógrafo Líquido de Alta Eficiência Shimadzu, composto por 2
bombas, modelo LC-10AD, detector de absorbância UV, modelo SPD-
10AV, degaseficador de membrana, modelo DGU-14A, injetor de amostras
Rheodyne 7752i, com alça de amostragem de 20 ì L, interface de
comunicação Shimadzu, modelo CBM 10A acoplado a microcomputador
Pentium II com software de integração Class LC-10.
• Balança analítica Sartorius;
• Ultra-som Branson 2200.
4.1.2 Solventes
Isolamento e purificação de amostras: hexano, acetato de etila, diclorometano e
metanol (SYNTH e QUIMEX).
Espectros de RMN 1H e 13C: solvente deuterado – CDCl3.
Solventes Grau HPLC: Acetonitrila, Metanol, isopropanol, tetrahidrofurano todos
da TEDIA BRASIL. A água foi purificada em um sistema de água Milipore ELGA
MAXIMA (18,2M’Ω).
4.1.3 Substratos utilizados para o cultivo em meio sólido
Arroz “Uncle beens”
Milho “Yoki” para canjica
4.1.4 Substâncias utilizadas para o cultivo em meio líquido
NaNO3
K2HPO4
MgSO4.7H2O
FeSO4.7H2O
Água destilada
4.1.5 Técnicas Cromatográficas
• Cromatografia em coluna (CC): colunas de vidro, diâmetro e altura
conforme o peso da amostra. Cerca de 20g de sílica gel 60G (70-230 e
230-440 mesh, ASTM. Merck) por grama da amostra.
• Cromatografia em coluna à vácuo (CCV).
• Cromatografia em Camada Delgada Comparativa (CCDC): placas de vidro
de 5x10 cm ou 10x20 cm, preparadas com camadas de sílica (sílica gel
60G- Merck) de 0,5 mm de espessura.
• Cromatografia em Camada Delgada Preparativa (CCDP): placas de vidro
de 20x20 cm, preparadas com camada de sílica (sílica gel 60 PF-254 –
MERCK) DE 1 mm de espessura.
• Cromatografia Líquida de alta eficiência (CLAE): colunas com fase
estacionária C18 com dimensões de 250x4.60mm e 250x10.00 mm (Luna
5u e Synergi fusion 4u) ambas fornecidas pela Phenomenex.
• Para o tratamento das amostras foram utilizados cartuchos com fase
estacionária C18 da Phenomenex.
Glucose
Extrato de levedura
Dextrose
Batata inglesa
4.2 MÉTODOS
4.2.1 COLETA DO MATERIAL BOTÂNICO
As folhas de Virola michelii foram coletadas em Belém-PA por técnicos da
EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e identificadas por
Botânicos da mesma instituição em cujo herbário encontra-se depositada uma
exsicata.
TABELA 01: Fungos endofíticos isolados de Virola michelii
Os fungos isolados codificados nesta tabela ainda não foram identificados, mas o
processo está em andamento.
Parte da planta Fungo isolado
Folhas jovens
Pestalotiopsis guepinii
Coelomyceto
Paecylomyces variotii
Fungo 01
Fungo 09
Fungo 14
Fungo 18
Fungo 19
Fungo 23
Fungo 24
Fungo 24
Galhos
Colletotrichum gloeosporioides
Paecylomices varioti
Fungo 02
Fungo 08
Fungo 15
Fungo 16
Fungo 25
4.2.3 Cultivo em meio líquido.
Para o cultivo em meio CzapeK’s, enriquecido com 2% de extrato de
levedura, foram utilizados 36 Erlenmeyeres de 1L contendo 300 mL do meio de
cultivo, os quais, após autoclavagem foi introduzido o fungo e incubado a 25ºC
durante 30 dias.
TABELA 2: Meio Czapek’s enriquecido com 2% de extrato de levedura
Reagentes Quantidades
NaNO3 3,0g
K2HPO4 1,0g
MgSO4.7H2O 0,5g
KCl 0,5g
FeSO4.7H2O 0,01g
Glicose 30g
Extrato de levedura 20g
H2O qsp 1L
4.2.4 Obtenção dos extratos.
Após os 30 dias de incubação do fungo P. guepinii no meio Czapek’s foram
obtidos dois materiais por filtração utilizando como filtro duas fraldas de algodão: o
micélio e o filtrado.
a) Extrato micelial
Ao micélio foi acrescentado metanol por um período de cinco horas com
dois objetivos: o metanol, por ser tóxico, destrói os esporos o que diminue o risco
de contaminação durante o manuseio e o segundo é a obtenção imediata de um
extrato (MeOH 1).
b) Extrato do Filtrado
O filtrado obtido foi submetido à partição líquido-líquido com acetato de etila
(3x) sempre na proporção 1:1. A fase acetato foi posteriormente concentrada para
a obtenção do extrato acetato de etila. Ver fluxograma 01.
4.2.5 Cultivo nos cereais (arroz e milho)
Para o cultivo nos cereais foram colocados 100g do cereal em de 500mL
contendo 30mL de água destilada, totalizando 40 Erlenmeyers. Esse meio foi
autoclavado por 45 minutos à temperatura de 121ºC. Deixou-se o material atingir a
temperatura ambiente e introduziu-se o fungo nos Erlemeyeres, então estes foram
incubados a 25ºC por 30 dias.
a) Obtenção dos extratos
Após o período de incubação foi acrescentado metanol aos frascos de
Erlemeyeres com o mesmo objetivo que o descrito no item 4.2.4 Após o período
de cinco horas o cereal foi seco em estufa a 45ºC. Do material seco foram obtidos
os extratos conforme mostra o fluxograma 02.
b) Fracionamento dos extratos.
Os extratos foram fracionados em coluna cromatográfica (CC). As frações
obtidas foram purificadas por CC, por cromatografia em camada delgada
preparativa (CCDP), recristalização e CLAE. As estruturas dos constituintes
químicos isolados foram determinadas através de métodos espectroscópicos, tais
como RMN 1H e RMN 13C uni e bidimensional.
Foram obtidos seis extratos ao todo. O extrato metanólico originado do
processo de eliminação do fungo cultivado em ckzapec, o extrato da fase acetato,
o extrato metanólico (MeOH-1) originado do processo de eliminação do fungo
cultivado em arroz, assim como os extratos hexânico, acetato de etila e metanólico
(MeOH-2) originados do processo de percolação a partir do arroz seco. O extrato
metanólico por não ser guardado em geladeira fungou, e, portanto foi descartado.
A fase acetato de etila após concentração rendeu 1,5g de extrato que foi
fracionado e as suas frações refracionadas, porém sempre resultando em frações
com pouca quantidade de massa e em grandes misturas, por este motivo,
resolveu-se fracionar os extratos em apenas uma etapa, com sistemas pré-
estabelecidos num total de cinco a seis frações, em seguida essas frações seriam
injetados no cromatógrafo líquido de alta eficiência para uma análise prévia do
perfil cromatográfico de cada uma das frações e assim se fez.
O extrato hexânico obtido da extração por percolação do meio sólido (arroz)
após concentração consistiu de duas fases, uma liquida e uma sólida. O sólido foi
lavado com hexano a frio e os cristais resultantes foram analisados através de
técnicas uni e bidimensionais de RMN 1H e 13C, o que levou a identificação do
esteróide ergosterol S1, ver fluxograma 03. A fase líquida foi fracionada em coluna
cromatográfica de sílica gel, com o sistema de eluentes em gradiente crescente de
polaridade com hexano e acetato de etila e as frações obtidas foram submetidas à
análise de RMN 1H, fluxograma 04.
A fração hex/AcOEt 60% foi analisada por CLAE, usando um sistema
isocrático MeCN:H2O 37%, uma coluna analítica com fase estacionária C18 da
synergi fusion, de acordo com o tempo de retenção dos picos observados
submeteu-se à fração a um novo fracionamento, sendo este analítico, usando um
cartucho com fase estacionária C18 com 1mL de volume. Tomou-se 10mg da
fração hex/AcOEt 60% e solubilizou-se em 1mL de MeCN:H2O 50% fazendo-a
passar pelo cartucho seguida de dois outros sistemas, MeCN:H2O 50% e MeCN
100% de iguais volumes. Esse novo fracionamento resultou em três novas frações
que analisadas por CLAE mostrou um bom resultado, ou seja, conseguiu-se
separar os metabólitos em bloco de acordo com os novos tempos de retenção
observados. Visto que a metodologia foi eficiente, a mesma foi repetida, porém
não mais em um cartucho analítico e sim em um com 25mL de volume. As duas
primeiras frações estão sendo estudadas por obter a melhor metodologia de
isolamento por CLAE e a terceira fração foi submetida a análises espectroscópicas
levando a identificação do peróxido de ergosterol S2, o fluxograma 05 abaixo
resume este procedimento experimental. As demais frações do extrato hexânico
consistem de um triglicerídeo que se encontra em fase de identificação estrutural.
O extrato acetato de etila obtido do processo de percolação do meio sólido
(arroz) consistiu de um único triglicerídeo que também se encontra em fase de
determinação estrutural.
O extrato metanólico-2 obtido do meio sólido por percolação foi particionado
com eluentes em gradiente crescente de polaridades, hexano, diclorometano e
acetato de etila, estas fases foram submetidas as análises espectroscópicas,
porém ainda não foram estuda por CLAE.
O extrato metanólico-1 obtido do processo de eliminação do fungo foi
submetido à partição com hexano, diclorometano e actetato de etila, onde o
procedimento utilizado, assim como a fase obtida encontra-se resumidas no
fluxograma 06 abaixo.
A fase hexânica obtida da partição do extrato metanólico-1 foi fracionada e
as suas frações analisadas no cromatógrafo líquido de alta eficiência, onde a
análise cromatográfica da fração C14 hexano/acetato 20% usando um sistema
isocrático MeCN:H2O 37% e o par de colunas analítica e semipreparativa com
fase estacionária C18 da synergi fusion levou ao isolamento da substância S3 em
fase de identificação estrutural.
A fase diclorometânica assim como a fase acetato de etila foram
fracionadas e as suas frações estão sendo analisadas no cromatógrafo líquido de
alta eficiência. Os fluxogramas abaixo resumem de forma clara os procedimentos
experimentais aqui descritos.
FLUXOGRAMA 01: Obtenção dos extratos de P. guepinii do cultivo no meio-líquido.
Resíduo
Pestalotiopsis guepinii
Micélio Filtrado
Filtrado Resíduo Fase AcOEt
Extrato MeOH Extrato da fase AcOEt (1,53g)
1- Cultivo em czapek`s (30 dias) 2- Filtração
1- Adição de MeOH (5 horas) 2- Filtração
Concentração a vácuo em evaporador rotativo
Partição em Acetato
Concentração a vácuo em evaporador rotativo
FLUXOGRAMA 2: Representação dos processos de obtenção dos extratos de P.
guepinii do cultivo no meio sólido (arroz).
Pestalotiopsis guepinii
MeOH Cereal
Extrato MeOH1 157,304g
Cereal Extrato Hexanico 5,074g
Cereal
Cereal
1- Cultivo em arroz (30 dias) 2- Adição de MeOH 3- Filtração
Concentração em evaporador rotativo
1- Secagem em estufa a 45ºC 2- Extração com Hexano 3- Filtração e concentração
1- Extração com AcOEt 2- Filtração 3- Concentração
Extrato AcOEt 34,3078g
Extrato MeOH2 135,176g
1- Extração com MeOH 2- Filtração 3- Concentração
FLUXOGRAMA 3 : Isolamento do ergosterol a partir do extrato bruto hexânco.
Extrato Hexânico 9g
Separacão dos cristais por catação
Cristais 300mg
Extrato Hexânico 8,5g
(S1)
RMN 1H e 13C
FLUXOGRAMA 4: Fracionamento do extrato hexânico
CCVU normal concentração
Extrato Hexânico 8,5g
Hex 100% Hex/acet 20%
Hex/acet 40%
Hex/acet 60%
Acet 100%
Acet/MeOH 30%
Acet/MeOH 60%
MeOH 100%
FLUXOGRAMA 5: Estudo da fração hexano/acetato 60% originada do extrato
hexânico.
Hex/Acet 60% 700Mg
Cartucho de 25 mL de Volume em C18 da Phenomenex
F1 231mg
F2 75mg
F3 56 mg
Hex/Acet 60% em MeCN:H2O 1:1
MeCN:H2O 1:1
MeCN 100%
RMN 1H e 13C
S2 56 mg
FLUXOGRAMA 6: Partição do extrato metanólico obtido do processo de
eliminação do endofítico P.guepinii
Como a biomassa foi produzida por fungo e que foi cultivaldo em um meio
bastante nutritivo a possibilidade de proliferação de microorganismos é muito
maior que biomassa produzida por vegetais, por este motivo, os extratos foram
guardados na geladeira e dessa forma não foi possível uma total secura dos
MeOH-1 105g
350 mL de H2O + 150 mL de MeOH solubilização adição de hexano filtração concentração
Fase Hexância 1,026g
Solução hidroalcóolica
Solução hidroalcóolica
adição de diclorometano filtração concentração
Fase diclorometância 1,045g adição de acetato de etila
filtração concentração
Solução hidroalcóolica
Fase acetato de etila 2,366g
mesmos, ou seja, o peso mencionado do extrato metanólico-1 é um peso
aparente.
A partição foi feita em duas etapas na primeira foi usado 20g e na segunda
85g o que resulta na massa exposta no fluxograma, ambas as partições foram
realizadas com a mesma metodologia, usado 500 mL de cada solvente (hexano,
diclorometano e acetato de etila) em triplicata.
5. ALELOPATIA.
O termo alelopatia foi criado pelo pesquisador alemão Hans Molisch10 e
significa do grego allelon = mútuo, pathos = prejuízos. O conceito descreve a
influência de um indivíduo sobre o outro, seja prejudicando ou favorecendo o
segundo. Sugere que o efeito seja realizado por biomoléculas (denominadas
aleloquímicos) produzidas por uma planta e lançadas no ambiente, seja na fase
aquosa e liberadas para o solo ou substrato, seja por substâncias gasosas
volatilizadas no ar que cerca as plantas11. Rice12 definiu alelopatia como:
”qualquer efeito direto ou indireto danoso ou benéfico que uma planta (incluindo
microorganismo) exerce sobre outra pela produção de compostos químicos
liberados no ambiente”.
A atividade dos aleloquímicos pode ser utilizada como alternativa
estratégica ao uso de herbicidas, inseticidas e nematicidas (defensivos agrícolas).
A maioria dessas substâncias provém do metabolismo secundário, porque na
evolução das plantas representaram alguma vantagem contra ação de
microorganismos, vírus, insetos, e outros patógenos ou predadores, seja inibindo
a ação destes ou estimulando o crescimento das plantas13-14.
Assim, a vegetação de uma determinada área pode ter um modelo de
sucessão condicionada às plantas pré-existentes e as substâncias químicas
que elas liberam no meio. Da mesma forma, nos manejos agrícolas, florestais e
na horticultura, a ocupação prévia da área pode ter significativa influência sobre
os cultivos que estão sendo instalados.
5.2 BIOENSAIOS ALELOPÁTICOS DOS EXTRATOS HEXÂNICO, ACETATO
DE ETILA, MEOH- 1 E MEOH- 2.
Os extratos hexânico, acetato de etila e metanólico obtidos a partir do
processo de extração do meio sólido (arroz) seco e moído, assim como o extrato
metanólico obtido do processo de morte do fungo Pestalotiopsis guepinii foram
submetidos aos bioensaios de alelopatia na concentração de 1% (m/v), utilizando
como testemunha água destilada frente as espécies invasoras de pastagens
Senna obtusifolia (Mata-pasto) e Mimosa pudica (malícia).
Os ensaios foram realizados em um período de 5 dias, em condições de
25°C de temperatura constante e fotoperíodo de 12 horas, visando a inibição da
germinação, do desenvolvimento do hipocótilo e da radícula, onde cada ensaio foi
feito em duplicata. Cada placa de petri de 9,0 cm de diâmetro recebeu 3,0 mL dos
extratos. Após evaporação do solvente, adicionou-se água destilada, quando
necessário, mantendo-se, dessa forma, a concentração original.
Na analise da germinação cada placa de petri recebeu 10 sementes, sendo
contadas diariamente e eliminadas as sementes germinadas. Nos ensaios sobre o
desenvolvimento da radícula e do hipocótilo, foram utilizadas quatro sementes
pré-germinadas por placa de petri. Ao final do período de cinco dias de
crescimento mediu-se o comprimento da radícula e do hipocótilo para determinar a
variação de desenvolvimento.
As sementes das plantas invasoras utilizadas nos bioensaios foram
coletadas em áreas de pastagens cultivadas no município de Castanhal, Estado
do Pará. Passaram por um processo de limpeza e expurgo e foram tratadas com
vista à quebra de dormência.
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO.
6.2 DISCUSSÂO DAS SUBSTÂNCIAS ISOLADAS 6.2.1 SUBSTÂNCIA S1: ERGOSTEROL
HO
1
2
3
45
6
7
89
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23 24 25
26
27
28
No espectro de RMN 1H de S1 (Fig.1) observa-se um multipleto em 3,63 ppm
típico de hidrogênio ligado a carbono carbinólico. O multipleto em 5,20 ppm é
característico da presença de hidrogênios olefínicos. Esses sinais juntamente com
os sinais em 0,63; 0,81; 0,85; 0,94; e 1,02 (ppm) caracterizam uma substância
com esqueleto esteroidal. Por se tratar de uma substância isolada de um fungo,
logo pensou-se no esteróide ergosterol muito comum e abundante na maioria das
espécies fúngicas. Para confirmar esta hipótese foi realizado um espectro de RMN 13C e DEPT, onde esses dados foram comparados com os reportados na
literatura15, os quais mostram total similaridade.
TABELA 3: Dados de RMN 13C (75 MHz, CDCl3) de S1 em comparação com dados publicados na literatura15 .
C äS 2 ä15 C äS 2 ä15 1 38,8 38,6 15 23,0 23,1 2 31,9 32,6 16 39,1 39,4 3 70,4 69,7 17 55,8 56,0 4 40,8 41,1 18 12,0 11,8 5 141,3 140,7 19 16,2 16,0 6 119,6 119,4 20 40,4 40,5 7 116,3 116,7 21 19,6 19,4 8 139,8 140,6 22 132,0 132,2 9 46,2 46,5 23 135,5 136,0
10 37,0 37,2 24 42,8 43,0 11 21,1 21,2 25 19,9 19,7 12 28,3 28,3 26 33,1 33,2 13 42,8 43,0 27 21,1 21,0 14 54,5 54,6 28 17,6 17,4
6.2.2 SUBSTÂNCIA S2: PERÓXIDO DE ERGOSTEROL
O
OHO
1
2
34
5
89
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
21
22
23 24 25
26
27
28
20
A substância S2 foi isolada em mistura com um composto graxo, este mesmo
composto graxo foi isolado da mesma fração em estudo e analisado por métodos
espectroscópicos de RMN 1H e 13C na qual foram de fundamental importância,
visto que a partir de seus espectros foi possível excluir os sinais deste composto
graxo dentre os do peróxido de ergosterol.
Ao analisar o espectro de RMN 1H (Fig.2) da mistura, observa-se para S2 um
multipleto em 3,93 ppm, típico de hidrogênio carbinólico, o conjunto de sinais entre
5,00 ppm e 5,30 ppm associado ao número de metilas nos levou a informação de
que se tratava de uma substância com esqueleto esteroidal. Os dupletos em 6,24
ppm e 6,50 ppm com J=8,4 Hz sugere que estes hidrogênios estejam cis
relacionados.
No espectro de RMN 13C (Fig.3) observa-se 28 sinas de carbonos (excluídos os
sinais do composto graxo) o que é coerente com substâncias que apresentam
esquelo esteroidal. Dentre esses, três sinais são típicos de carbono carbinólico
(66,35 ppm; 79,41 ppm e 82,16 ppm). A comparação destes dados com dados da
literatura mostrou uma total coincidência dos valores de deslocamento químico de
S2 com o do esteróide peróxido de ergosterol16-18. Além das coincidências dos
deslocamentos químicos, os espectro de COSY(Fig.4), DE, HETCOR(Fig.5) e
HMBC (Fig.6) confirmam a proposta estrutral.
O espectro de DEPT, mostra de forma clara onze sinais de carbonos metínicos
(CH), sete sinais de carbono metilênicos (CH2) e seis sinais de metilas, excluídos
os sinais referentes ao composto graxo.
O espectro de COSY mostra a correlação dos sinais em 6,22 ppm e 6,48 ppm
referente ao acoplamento de H6 com H7 e uma outra correlação entre os sinais
em 5,12 ppm (dd, J= 15,3 Hz e J= 7,2 Hz) e 5,21 ppm (dd, J= 15,3 Hz e J= 7,2 Hz)
referentes aos hidrogênios H22 e H23, respectivamente, e destes com os sinais
em 1,82 ppm e 1,98 ppm atribuídos pelo espectro de HETCOR aos hidrogênios
H20 e H24, respectivamente. Além das correlações mencionadas, são observadas
uma série de outras atribuídas aos carbonos metilênicos do peróxido de ergosterol
e do composto graxo.
O espectro de HETCOR mostra 5 correlações bem evidentes, a correlação dos
sinais em 135,1 ppm (C6) com o sinal em 6,22 ppm (H6); 130,6 ppm (C7) com o
sinal em 6,48 ppm (H7); 135,4 ppm (C22) com o sinal em 5,21 ppm (H22); 132,2
ppm (C23) com o sinal em 5,12 ppm (H23) e 66,3 ppm (C3) com o sinal em 3,93
ppm (H3).
Ao analisar o espectro de HMBC é possível assinalar a correlação entre H6 (6,22
ppm) com C5 (82,2 ppm), C7 (130,6 ppm) e C8 (79,4 ppm), assim como a
correlação entre H7 (6,48 ppm) com C5 (82,2 ppm), C8 (79,4 ppm) e C6 (135,14
ppm). Além destas correlações também observa-se a correlação do H22 (5,21
ppm) com C20 (39,7 ppm) e com o C24 (42,7 ppm), assim como a correlação do
H23 (5,12 ppm) com o C20 (39,7 ppm) e com o C24 (42,7 ppm). Esse conjunto de
informações mostra de forma clara que a substância S2 em questão, é o peróxido
de ergosterol.
TABELA 4: Dados de RMN 1H (300 MHz, CDCl3) de S2 em comparação com dados publicados na literatura16.
H äH S 2 äHS 216
H-3 3,93 (m) 3,96 (m)
H-6 6,22 (d) 6,24 (d)
H-7 6,48 (d) 6,50 (d)
Me-18 1,24 (s) 1,23 (s)
Me-19 0,88 (s) 0,88 (s)
Me-21 0,90 (d) 0,90 (d)
H-20 1,82 (m) -
H-22 5,21 (dd) 5,20 (dd)
H-23 5,12 (dd) 5,15 (dd)
H-24 1,98 (m) -
Me-26 0,83 (d) 0,84 (d)
Me-27 0,80 (d) 0,81 (d)
TABELA 5: Dados de RMN 13C (75 MHz, CDCl3) de S2 em comparação com dados publicados na literatura17.
C äS 2 ä17 C äS 2 ä17
1 29,9 30,2 15 23,3 23,4
2 34,6 34,8 16 28,6 28,6
3 66,3 66,5 17 56,1 56,3
4 39,2 39,4 18 12,8 12,9
5 82,2 82,1 19 18,1 18,2
6 135,1 135,2 20 39,7 39,4
7 130,6 130,8 21 20,8 20,9
8 79,4 79,4 22 135,4 135,4
9 51,0 51,2 23 132,2 132,4
10 36,7 37,0 24 42,7 42,8
11 20,6 20,7 25 33,00 33,1
12 36,7 37,0 26 19,6 19,6
13 44,5 44,6 27 19,9 19,6
14 51,6 51,8 28 17,5 17,6
6.2 AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ALELOPÁTICAS DOS EXTRATOS
BRUTOS FRENTE À GERMINAÇÃO DAS SEMENTES, DESENVOLVIMENTO
DA RADÍCULA E DO HIPOCÓTILO.
Nos testes realizados em geral, os extratos metanólico 1 e 2 (extratos mais
polares), apresentaram maior potencial alelopatico. Das espécies receptoras, as
sementes de malícia foram inibidas com mais intensidade. É importante relatar
que ao final dos ensaios as espécies receptoras, plantas invasoras de pastagens,
morreram. Os gráficos abaixo exibem de forma clara os resultados obtidos.
66 66
100
67
0
20
40
60
80
100
Hexânico Acetato MeOH 1 MeOH 2
Gráfico 1: Efeitos dos extratos brutos na concentração de 1% (m/v) sobre a
germinação das sementes de mata-pasto. Dados expressos em percentual de
inibição em relação ao tratamento testemunha (água destilada).
34
14
94
80
0
20
40
60
80
100
Hexânico Acetato meOH 1 MeOH 2
Gráfico 2: Efeitos dos extratos brutos na concentração de 1% (m/v) sobre a
germinação das sementes de malícia. Dados expressos em percentual de inibição
em relação ao tratamento testemunha (água destilada).
712
51
38
0
10
20
30
40
50
60
Hexânico Acetato MeOH 1 MeOH 2
Gráfico 3: Efeitos dos extratos brutos na concentração de 1% (m/v) sobre o
desenvolvimento da radícula das sementes de mata-pasto. Dados expressos em
percentual de inibição em relação ao tratamento testemunha (água destilada).
18
4449 48
0
10
20
30
40
50
Hexânico Acetato MeOH 1 MeOH 2
Gráfico 4: Efeitos dos extratos brutos na concentração de 1% (m/v) sobre o
desenvolvimento da radícula das sementes de malícia. Dados expressos em
percentual de inibição em relação ao tratamento testemunha (água destilada).
3
24
4843
0
10
20
30
40
50
Hexânico Acetato MeOH 1 MeOH 2
Gráfico 5: Efeitos dos extratos brutos na concentração de 1% (m/v) sobre o
desenvolvimento do hipocótilo das sementes de mata-pasto. Dados expressos em
percentual de inibição em relação ao tratamento testemunha (água destilada).
35
5155
51
0
10
20
30
40
50
60
Hexânico Acetato MeOH 1 MeOH 2
Gráfico 6: Efeitos dos extratos brutos na concentração de 1% (m/v) sobre o
desenvolvimento do hipocótilo das sementes de malícia. Dados expressos em
percentual de inibição em relação ao tratamento testemunha (água destilada).
7. CONCLUSÃO.
A partir das folhas e galhos jovens da espécie Virola michelii foram isolados
17 fungos endofíticos: Pestalotiopsis guepinii, Coelomyceto, Paecylomyces variotii,
Colletotrichum gloeosporioides e os demais fungos estão em fase de identificação.
Dos endofíticos isolados escolheu-se o fungo identificado como
Pestalotiopsis guepinii que foi cultivado em grande escala utilizando meios de
cultura diferentes. Do filtrado obtido pela incubação do P. guepinii no meio
Czapek’s, que foi submetido à partição líquido-líquido com acetato de etila,
obteve-se o extrato da fase acetato. A partir do processo de extração do meio
sólido (arroz) que foi seco e moído obteve-se os extratos hexânico, acetato de
etila e os extratos Metanólicos 1 e 2. Do estudo químico do extrato hexânico foram
isoladas duas substâncias: o ergosterol (S1) e o peróxido de ergosterol (S2),
assim como um triglicerídeo que se encontra em fase de identificação estrutural.
Também encontram-se em fase de determinação estrutural um triglicerídeo
isolado no extrato acetato de etila, a substância S3 isolada na fração C14
hexano/acetato 20% obtida da fase hexânica do extrato metanólico-1.
Os extratos hexânico, acetato de etila e metanólicos 1 e 2 (MeOH-1 e
MeOH-2) foram submetidos aos bioensaios de alelopatia utilizando como plantas
invasoras de pastagens a Mimosa pudica (malicia) e a Senna Obtusifolia (mata-
pasto).
Nos testes realizados, os extratos mais polares mostraram-se mais ativos nos
ensaios visando à inibição do desenvolvimento da radícula, do hipocótilo e
germinação. Frente à espécie malícia os extratos MeOH-1 e MeOH-2 inibiram,
respectivamente, o desenvolvimento da radícula (49% e 48%), do hipocótilo (55%
e 51%) e da germinação de sementes (94% e 80%). Já frente à espécie mata-
pasto os extratos MeOH-1 e MeOH-2 inibiram o desenvolvimento da radícula (51%
e 38%), do hipocótilo (48% e 43%) e da germinação (100% e 67%).
A partir desses dados conclui-se que das espécies receptoras, no conjunto
de dados, a malícia apresentou maior sensibilidade aos efeitos inibitórios dos
extratos. Entretanto, na germinação de sementes da espécie mata-pasto, o extrato
MeOH1 apresentou 100% de inibição.
Um fato importante que deve ser relatado é a morte das espécies
receptoras, as plantas invasoras de pastagens, ao final dos bioensaios e este
resultado encontra-se em investigação.
8. TRABALHOS BUBLICADOS.
Lima, M. N.; Ferreira,I. C. S.; Souza Filho, A.P. S.; Arruda, M. S. P., Guilhon, G.
M.S.P.; Muller, A.H.; Santos, A.S.; Rodrigues-Filho, E.; Marinho, A. M. R. e
Santos, L.S.. “Potencial alelopático dos extratos do endofítico Pestalotiopsis
guepinii associado à espécie Virola michelii”. 28a Reunião Anual da Sociedade
Brasileira de Química-SBQ 2005. Poços de Caldas-MG.
Cavalcante, F.O.R.; Lima, M. N. ; Borges, F. C.; Monteiro, M. N. P.; Ferreira,I. C.
S ; Santos, A.S.; Rodrigues-Filho, E.; Marinho, A. M. R.; Guilhon, G. M.S.P.;
Santos, L.S. Isolamento e dentificação de fungos endofíticos associados à Virola
michelii. XLV Congresso Brasileiro de Química. Belém-PA. Setembro- 2005.
(aceito para apresentação).
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
1. GOTTLIEB, O.R.; Yoshida, M., Química Nova, 7, 250 (1984) 2. BORGES, F. C.; Estudo Fitoquímico, Alelopático e Farmacológico de
Constituintes Químicos das Folhas de Virola michelii e Virola surinamensis. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós -Graduação em Química- UFPA, Belém-PA, 2003.
3. PETRINI, O.; Sieber, T. N.; Toti, O. “Ecology, metabolite production, and substrate utilization in endophytic fungi”. Natural toxis, 1: 185-196, 1992.
4. MELO, I.S.; AZEVEDO, J.L. Controle Biológico. Jaguariúna: Embrapa Meio
Ambiente, 2000. V.3, p 57-87. 5. MARINHO, A. M. do R.; Investigação e Propriedades Biológicas dos Extratos
do Fungo Penicillium janthinellum aos Frutos de Melia azedarach(Meliaceae). São Carlos. Programa de Pós -Graduação em Química - UFSCar, 2002. Dissertação de Mestrado.
6. TRABULSI, L.R. Microbiologia. 3ª ed. São Paulo. Atheneu Editora, 2002. p. 365-
424. 7. AZEVEDO, J.L.; Microorganismos Endofíticos. In: MELO, I.S.; AZEVEDO, J.L.,
ed. Ecologia Microbiana. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 1998. P.117-137.
8. CARVALHO, J.C.T.; SANTOS, L.S.; CORRÊA, M.J.C.; CAMPOS, L.M.O.;
BASTOS, J.K. e SARTI, S.J., Anti-inflammatory activity of flavone and some of its derivates from Virola michellii Heckel. Journal of Ethnopharmacology 64(2), 173-177 (1999).
9. SANTOS, L.S.; CORRÊA, M.J.C.; CAMPOS, L.M.O. e ANDRADE, M.A.
Contituents from the leaves of Virola michellii. Fitoterapia, 67 (6), 555-556 (1996)
10. MOLISCH, H. Der einfluss einer Pflanze auf die andere Allelopathie. Jena, Fischer (1937).
11. RIZVI, S.J.H.; HAQUE, H.; SINGH, U.K.; RIZVI, V. A discipline called
allelopathy. In: RIZVI, S.J.H.; RIZVI, H (Eds.). Allelopathy: Basic and applied aspects. London, Chapman & Hall,.1(1992).
12. RICE, E.L., Allelopathy. 2nd ed, New York, Academic Press (1984). 13. WALLER, G.R., Introduction. In: MARCIAS, F.A.; GALINDO, J.C.G.;
MOLINILLO, J.M.G.; Cutler, H.G. (Eds.) Recent advances in allelopathy. Cadiz, Serv. Pub. Univ. Cadiz. 1, sem paginação(1999).
14. WALLER, G.R.; Feug, M.C.; Fujii, Y., Biochemical analysis of allelopathic
compounds: plant, microorganisms, and soil secondary metabolites. In: INDERJIT; DAKSHINI, K.M.M. & FOY, C.L (Eds.). Principles and practices in plant ecology. Boca Raton, CRC Press, 75 (1999).
15. BREITMAEIR, E., Carbon-13 NMR Spectroscopy. New York, Jonh Wiley e
Sons, 1987. 16. BARROS, F.A., Dissertação de Mestrado. DQ-UFSCar, 2002. 17. YUE, J.; CHEN, S.; LIN, Z; SUN, H. Sterol from the Fungos Lactarium
Volumes. Phytochemistry. 2001, 56, 801-806. 18. MARINHO, A. M. R., Dissertação de Mestrado ‘’Investigação Química e
Propriedades Biológicas dos Extratos do Fungo Penicillium janthinellum Associado como Endofítico aos Frutos de Mellia azedarach (Meliaceae)”, pp.160. DQ-UFSCar,2002.
PARECER DO ORIENTADOR: Manifestação do orientador sobre o desenvolvimento das atividades do aluno e justificativa do pedido de renovação, se for o caso.
A bolsista desenvolveu seu trabalho com seriedade e dedicação, cumprindo
o cronograma previsto no Plano de Trabalho e, como descrito neste Relatório
Final, obteve resultados significativos, isolando e identificando duas substâncias
produzidas por fungos. Vale ressaltar que esta linha de pesquisa (Metabólitos
Secundários de Fungos Endofíticos) está sendo implantada em nosso grupo de
pesquisa. Os resultados deste estudo foram divulgados na 28º Reunião Anual da
Sociedade Brasileira de Química. Poços de Caldas (MG), com apresentação de
um trabalho, e um outro trabalho foi aceito para apresentação no XLV Congresso
Brasileiro de Química, a ser realizado em setembro/2005, em Belém-PA.
Portanto, somos de parecer FAVORÁVEL à aprovação deste relatório.
DATA : 26 / 08 / 2005
_________________________________________ ASSINATURA DO ORIENTADOR
Prof. Dr. Lourivaldo da Silva Santos
____________________________________________ ASSINATURA DO ALUNO
Isabel Cristina Ferreira Serrão