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Profa. Dra. Mônica Portella55-21-2267-447555-21-9104-0315
Estratégias CognitivasPor: Profa. Dra. Mônica Portella
Modelo Cognitivo de Beck
Situação PensamentoAutomático
ReaçãoFisiológicaEmocional
Comportamental
Crenças (intermediárias e centrais)Esquemas Beck, J (1997).
Não são os atos de uma pessoa ou acontecimento
externo.
O que dirige nossas reações emocionais?
O que dirige nossas reações emocionais?
São as nossas cognições.
A interpretação de uma situação influencia as respostas: emocional, comportamental e fisiológica subseqüentes.
PREMISSAS BÁSICAS DAS Intervenções cognitivo-comportamentais
COGNIÇÃO
AFETA O COMPORTAMENTO
PODE SER MONITORADA E ALTERADA
MUDANÇA COMPORTAMENTAL PODE SER EFETUADA POR MEIO DA MUDANÇA COGNITIVA
DOBSON, S, K. (2006)
Características Pensamentos Automáticos?
São muito rápidos. Experiência comum a todos nós. A maior parte do tempo não estamos cientes desses pensamentos. Com um pouco de treinamento podem tornar-se conscientes. Se tornam previsíveis quando as crenças são identificadas. Estamos usualmente mais cientes da emoção associada. Forma verbal, visual (imagens) ou em ambas. Podem estar em uma forma abreviada (p.ex, “Oh, não!”; “Droga”). Surgem espontaneamente e não são embasados em reflexão. São aceitos como verdadeiros.
Características das Crenças Centrais• Formadas na infância.
• Em geral, não são conscientes.
• Profundas, arraigadas e difíceis de serem mudadas.
• São consideradas como verdades absolutas.
• A pessoa tende a focalizar seletivamente informações que confirmam a crença central, desconsiderando informações que são contrárias a essa. Desse modo, ele mantém a crença mesmo que ela seja imprecisa e disfuncional
Esquema é uma estrutura que filtra, codifica e avalia os estímulos aos quais o organismo é submetido.
Com base na matriz de esquemas, o indivíduo consegue orientar-se em relação ao tempo e
espaço, categorizar e interpretar experiências de maneira significativa.
Características dos Esquemas.
Beck, A, 1997
Estratégias Cognitivas
1º Identificar Cognições
Disfuncionais.
2º Modificar Cognições
1) Identificando Pensamentos Automáticos:1.1) Atenção as Mudanças de Humor.
Mudança de humor é útil para descobrir PA´s porque gera cognições emocionalmente carregadas (Beck, 1989).
Expressão emocional carregada e intensa é uma oportunidade rica para trazer a tona PA´s, crenças e esquemas.
Eu não faço nada certo!
Tristeza(mudança de humor)
Ajuda a identificar
1) Identificando Pensamentos Automáticos:1.2) Descoberta Guiada.
Descoberta guiada é a técnica mais usada para identificar PA´s durante as sessões.
Consiste em perguntar para o cliente “O que passou pela sua cabeça?” , quando este descreve algo relevante na sessão.
O que passou pela sua cabeça nesse momento?
Dicas Para Usar Descoberta Guiada Com Sucesso.
1) Fazer quetionamentos que estimulem a emoção.
2) Seja específico. Focar em situações específicas, claramente definidas, que o cliente lembre bem.
3) Focalizar em situações recentes.4) Focar em um único tópico ou situação (de cada vez).
5) Ir fundo. Perguntar se o cliente percebe outros PA´s “Quais outros pensamentos você teve nessa
situação?”6) Procurar ser empático.
1) Identificando Pensamentos Automáticos:1.3) Registro de Pensamentos Disfuncionais.
-Método sistemático para praticar a Identificação dee PA´s.
-Estimula a indagação sobre a validade dos PA´s.
-Em geral apresentado no inícioda intervenção.
Data e hora: Situação: Emoção: Pensamento Automático Disfuncional:
Comportamento:
1.3) Registro Diário de Pensamentos Disfuncionais (RDPD):
1) Identificando Pensamentos Automáticos:1.4) Imagens Mentais.
- Quando o cliente tem dificuldade para perceberos seus PA´s, a IM pode ajudar.
- Consiste em ajudar o cliente a revivereventos por meio da IM para entrar em
contato com os PA´s e sentimentos.
1) Identificando Pensamentos Automáticos:1.5)Role-Play.
O coach faz o papel de uma pessoa na vida do cliente, e estimula uma
interação que possa trazerá tona PA´s.
O coach entra e saido papel do personagem
durante a interação.
2) Modificando Pensamentos Automáticos:2.1)Questionamento Socrático.
É a espinha dorsal das intervenções cognitivas para mofificar cognições disfuncionais.
Consiste no uso de questões abertas e livres (argumentações), para ajudar o cliente a mudar um PA
disfuncional.
O coach faz perguntas ao cliente e questiona suas respostas.
Essa técnica ajuda o cliente a chegar a novas perspectivas que desafiem suas conclusões errôneas.
Dicas Para Conduzir o Questionamento Socrático.
1) Fazer perguntas que revelem oportunidade de mudança. Perguntas que ajudam o cliente a ver o quanto a
modificação do PA pode reduzir emoções negativas ou melhorar a capacidade de enfrentamento.
2) Fazer perguntas que rompam um padrão de PA disfuncional e apresentem alternativas.
3) Fazer perguntas que estimulam o cliente a olhar a realidade por meio de uma nova perspectiva.
4) Cuidado para não pressionar e intimidar o cliente.5) Estimule a capacidade do cliente de pensar. Deixe-os
responder as perguntas.6) Usar perguntas abertas.
2) Modificando Pensamentos Automáticos:2.2) Trabalhando com Erros Cognitivos.
Erros Cognitivos
1) Generalização:Tomar um simples evento e generalizá-lo para todos, como
algo padronizado que ocorrerá continuamente.Ex: “ Se eu me sair mal nessa apresentação, vou me sair mal
em todas as outras”.
Sou um desastrado, sempre me machuco...
Erros Cognitivos
2) Pensamento Dicotômico (Tudo-Nada):Tendência a interpretar experiências em termos de categorias
opostas polarizadas.(Tipo: tudo/nada; sempre/nunca.)
Ex: Sou um fracasso total, nunca vou conseguir”.
Nunca consigo carregar tudo...
Erros Cognitivos
3) Leitura de Pensamento:Antecipar negativamente sem provas, o que os outros vão pensar.
Ex.: “Ele está insatisfeito com meu desempenho.”
Todos vão pensar que sou ansiosa...
Eu deveria ter me preparado melhor para a negociação.
Erros Cognitivos
4) Ditadura dos Deveria: Criação de regras rígidas (para si e para os outros).
“Eu deveria.” Gera culpa, auto- decepção e vergonha.“Os outros deveriam”. Gera raiva e decepção.
Dever x Prazer.Ex: “ Eu tenho que me sair bem; Eu devo estudar mais.”
Erros Cognitivos
5) Maximização do Negativo:Quando magnificamos os resultados de um evento negativo.
Ex.: “Tenho uma péssima dicção.” (após um leve gaguejar)
Tenho uma péssima dicção! Ah... Vaamos
Iniciar...
Erros Cognitivos
6) Minimização do Positivo:Desvalorizar ou não dar a devida atenção a algo importante
ou positivo. Reduzir a importância de suas realizações e qualidades.
Ex: “Sou um péssimo apresentador”. (Após vários aplausos e elogios)
Após um excelente trabalho...
Não consigo fazer um bom trabalho!
Erros Cognitivos
7) Abstração Seletiva:Tendência a focalizar um único detalhe retirado de um
contexto, ignorando outros aspectos importantes. Conceber a totalidade de uma dada experiência com base em
apenas um único fragmento.
“ Está todo mundo dormindo na minha
apresentação”.
“ Após um único indivíduo dormir.”
Erros Cognitivos
8) Ruminação:Repetir idéias perturbadoras. Isso faz com que essas
idéias adquiram força e aumentem.
Eu não vou conseguir ...
Eu não vou conseguir ...
Eu não vou conseguir ...
Erros Cognitivos
9) Personalização:A pessoa se vê como a única responsável pelo que
acontece.Ex: “Ele terminou comigo porque não sou boa o
suficiente. Foi minha culpa.”
Data e hora: Situação: Emoção: Pensamento Automático Disfuncional:
Erro Cognitivo:
Pensamento Reestruturado:
2) Modificando Pensamentos Automáticos:2.3)Registro de Mudança de Pensamento.
2) Modificando Pensamentos Automáticos:2.4) Exame das Evidências.
Consiste em:1) Elaborar uma lista com as evidências contra e á
favor da validade de um PA. 2) Avaliar esses evidências.
3) Trabalhar na modificação do PA para que seja consistente com as evidências recém
descobertas.
2) Modificando Pensamentos Automáticos:2.4) Exame das Evidências.
Pensamento Automático: _______________________________
Evidências a favor do PA: Evidências contra o PA:
Erros Cognitivos: ______________________________________Pensamento Alternativo: ________________________________
2) Modificando Pensamentos Automáticos:2.5) Reatribuição.
Atribuições: são os significados que uma pessoa dá aos eventos da sua vida.
Dimensões das Atribuições:
1) Interno x Externo.2) Geral (globais) x Específico (referentes a um evento).
3) Invariável (sem chance de mudança) x Variável (há chance de mudança).
2.5) Como Empregar a Reatribuição.
1) Explicar o conceito de atribuição.
2) Fazer um gráfico com as 3 dimensões de atribuição.
Meu grau de responsabilidade:Nada ________________________________ Total
O quanto isso arruinaria minha vida (geral x específico).
Nada __________________________________ Total
Isso pode mudar, isso vai passar (no futuro):
Nada ______________________________________ Total
3) Pedir para o cliente avaliar seu problema em relação as três dimensões de atribuição.
4) Ajudar o cliente a mudar seu estilo atributivo. Empregar estratégias cognitivas.
5) Fazer novamente a avaliação de atribuição.
2.5) Como Empregar a Reatribuição.
2.6) Gráfico em Forma de Pizza e a Reatribuição.
Pode ser útil para trababalhar a dimensão interno x externo.Quais os outros fatores responsáveis por ......?
Meu marido éresposável pelaseparação25%
Eu sou resposável pela separação25%
Brigas18%
Valores7%
Sexo Ruim3%
Incompatibilidade22%
Fatores que contribuiram para o
divórcio.
2.7) Cartões de Enfrentamento
Devem ser mantidos perto do cliente (bolsa, gavetas, geladeiras, etc).
O cliente deve ler o cartão em período regular ou quando necessário
Existem vários tipos de cartão de enfrentamento:
1) Escrever o pensamento automático disfuncional de uma (cognitivo).
lado e do outro a resposta adaptativa (comportamental).
2) Estratégias de Enfrentamento.3) Instruções para motivação.
2.7) Cartões de Enfrentamento
2.7) Cartões de Enfrentamento – Tipo 1
Pensamento Automático:“Não vou conseguir fazer ...”
Resposta Adaptativa:“Já fiz antes e consegui. Se fiz uma vez posso
fazer novamente. Se resolvi anteriormente posso resolver de novo.”
“ E se caso eu não consiga resolver desta vez, não vai ocorrer nada de terrível.”
– BECK, Aaron T. Terapia Cognitiva da Depressão, 1997.– BECK, Aaron. Terapia Cognitiva dos Transtornos da Personalidade, – BECK, Judith S. Terapia Cognitiva – teoria e prática, 1997.– BECK, S. Judith. Terapia Cognitiva para desafios Clínicos, 2007.– DBSON, Keith S. Manual de Terapias Cognitivo-comportamentais, 2006.– FRIEDBERG, Robert D. A prática Clínica de Terapia Cognitiva com crianças e adolescentes,
2004.– GREENBER, Dennis. A mente vencendo o humor, 1999.– KNAP, Paulo. Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática Clínica, 2004.– LARA, Diogo. Temperamento forte e bipolaridade, 2004.– LEAHY, Robert L. Técnicas de terapia Cognitiva – manual do terapeuta, 2006– LEAHY, Robert L. Como lidar com as preocupações – sete passos para impedir que elas
paralisem você, 2007.– MCMULLIN, Rian E. Manual de Técnicas em terapia Cognitiva, 2005.– YOUNG, Jeffrey E. Terapia Cognitiva para transtornos da personalidade – uma abordagem
focada no esquema.
Bibliografia
“Quando mudamos a forma de ver as coisas, as coisas
mudam”.