Produção científica brasileira em administração na década de 2000
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8/17/2019 Produção científica brasileira em administração na década de 2000
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RAE - Revista de Administração de Empresas
ISSN: 0034-7590
Fundação Getulio Vargas
Brasil
Bertero, Carlos Osmar; Carvalho de Vasconcelos, Flávio; Pereira Binder, Marcelo; Wood Jr., Thomaz
PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA EM ADMINISTRAÇÃO NA DÉCADA DE 2000
RAE - Revista de Administração de Empresas, vol. 53, núm. 1, enero-febrero, 2013, pp. 12-20Fundação Getulio Vargas
São Paulo, Brasil
Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=155125720002
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ISSN 0034-759012 ©RAE n São Paulo n v. 53 n n . 1 n jan/fev. 2013 n 012-020
PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA EM ADMINISTRAÇÃO NA DÉCADA DE 2000
FÓRUM
GÊNESE DO FÓRUM
O campo científico da Adminis-
tração tem crescido com notável vitalidade no Brasil. O número deprogramas de mestrado e doutora-do multiplicou-se nos últimos anos.Os principais eventos do campo,organizados pela Associação Na-cional de Pós-graduação e Pesquisaem Administração (ANPAD), estãoconsolidados, recebem milhares detrabalhos acadêmicos e reúnem umenorme contingente de pesquisado-
Carlos Osmar Bertero [email protected] da FGV-EAESP
Flávio Carvalho de Vasconcelos [email protected] da FGV-EBAPE
Marcelo Pereira Binder [email protected] da FGV-EAESP
Thomaz Wood Jr. [email protected] da FGV-EAESP
res. Acompanhando tal movimento,as revistas científicas nacionais vêmcrescendo em número e recebendocada vez mais artigos.
Por outro lado, embora tam-bém venha aumentando, a presen-ça de artigos de pesquisadores deinstituições brasileiras em revistasinternacionais é ainda pequena enão atingiu, com exceções, os pe-riódicos mais prestigiosos do cam-po. Estudos realizados nas décadasde 1990 e 2000, nas diversas áre-as da Administração, concluíramque a produção local era pouco
original e reproduzia, com atraso,o que se fazia em centros maisdesenvolvidos, especialmente osEstados Unidos (e.g. V ERGARA e
CARVALHO JR, 1995). Além disso,muitos desses estudos mostraramque a produção havia crescidoem quantidade, porém não emqualidade, e que apresentava fra-gilidades teóricas e metodológicas(veja BERTERO, CALDAS, WOOD JR, 2005a). Suspeita-se que tal rea-lidade não se tenha alterado.
Há oito anos, a RAE-publica-ções e a Editora Atlas publicaram
Artigo Convidado
mailto:[email protected]://-/?-http://-/?-http://-/?-http://-/?-http://-/?-http://-/?-http://-/?-http://-/?-mailto:[email protected]
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Carlos Osmar Bertero Flávio Carvalho de Vasconcelos Marcelo Pereira Binder Thomaz Wood Jr.
©RAE n São Paulo n v. 53 n n. 1 n jan/fev. 2013 n 012-020 13ISSN 0034-7590
a coletânea Produção Científicaem Administração no Brasil: o
Estado da Arte (BERTERO, CAL-DAS, WOOD JR, 2005b). A obraapresentava um balanço do de-senvolvimento científico do campoda Administração e de suas áreas,predominantemente focado noperíodo 1990-2000.
Este fórum tem como objetivoatualizar essa avaliação e indicarcaminhos para o fortalecimentodo campo científico da Adminis-tração no Brasil. Propusemos aos
autores que realizassem um retratoda evolução de suas respectivasáreas na década de 2000, que pre-parassem uma avaliação crítica eque trouxessem propostas para aconstrução do futuro.
Indicamos, ainda, que os tex-tos fossem norteados pelas seguin-tes questões:
• Como a pesquisa na área evo-luiu, em termos quantitativos
e qualitativos?• Quais as forças e fraquezas dostrabalhos em termos teóricos?
• Quais as forças e fraquezas dostrabalhos em termos metodo-lógicos?
• Quão alinhados estão os tra-balhos com a realidade local?
• Quão alinhados estão os traba-lhos com os desenvolvimentosda comunidade científica inter-nacional?
• A produção científica local re-
flete a amplitude e a profundi-dade do campo?
CONTRIBUIÇÕES AOFÓRUM
O produto desse notável esforçocoletivo são os cinco artigos quecompõem este fórum, abrangendo
as áreas de Comportamento Or-ganizacional, Gestão de Pessoas,Finanças, Gestão de Operações eMarketing. De modo geral, os au-tores apresentam uma perspectivacrítica da evolução da produçãocientífica no Brasil na década de2000. Nossa produção cresceu eevoluiu, porém ainda apresentafragilidades teóricas e metodoló-gicas consideráveis, é pouco rele- vante e ainda dá os primeiros pas-sos para a inserção internacional.
Filipe Sobral e Juliana Arcover-
de Mansur analisaram 185 artigosde Comportamento Organizacio-nal. Concluíram que o campodesenvolveu identidade própria,apresentando grande diversidadede temas, com destaque para cultu-ra organizacional e aprendizagemorganizacional. Os autores salien-tam, entretanto, a fragilidade me-todológica e sugerem trilhas paraendereçar a questão. Segundo eles:
[...] há necessidade de seampliar as pesquisas no que
diz respeito à escolha epis-
temológica e utilização de
métodos e técnicas adequa-
das a ela, o que garantiria
maior validade científica e,
portanto, maior contribuição
para o campo de Comporta-
mento Organizacional. Para-
lelamente, poderia haver uma
intensificação de estudos no
nível meso e utilização de
abordagens multinível, alémdo aumento de estudos in-
ferenciais, a partir de expe-
rimentos e testes controla-
dos. Para a consolidação do
campo nos próximos anos,
as pesquisas deveriam ainda
adotar perspectivas mais am-
plas em relação a questões
teórico-metodológicas. Por
exemplo, expor teorias para
testes empíricos mais robus-
tos. (SOBRAL e MANSUR,
2013, p. 021-034).
André Ofenhejm Mascarenhas e Allan Claudius Queiroz Barbosa estudaram 32 artigos de Gestão dePessoas. A análise revelou diversospontos de atenção: dificuldade parasistematizar tendências na literaturaexistente, conexão frágil entre teo-ria e metodologia, detalhamentoinadequado das opões metodoló-gicas e discussão insuficiente dos
resultados. Segundo os autores:
Construir o impacto da pro-
dução brasileira em Admi-
nistração dependeria de se
aprofundar o entendimento
sobre sua relevância. [...]
Dois caminhos para reflexão
emergiriam. O primeiro seria
analisar para quem escreve-
mos. [...] Frente à tendência
pela internacionalização, este
dilema se resumiria à escolhaentre a produção de relevân-
cia às agendas anglófonas,
concebida implicitamente
como agenda internacional,
mas relevante principalmente
aos países de língua inglesa,
e a produção de relevância
local, que refletiria o modelo
da universidade comprometi-
da com a sociedade civil, que
direciona atenção à proble-
mática local sem descuidar de
processos globais subjacen-tes. O segundo caminho seria
analisar o que escrevemos.
Aqui valeria a proposição de
Rousseau, Manning e Denyer
(2008), para quem somente a
síntese de um corpo de evi-
dências científicas revelaria
implicações consistentes à
prática, abrangendo acúmu-
lo, análise e interpretação de
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um conjunto de textos. Dado
o volume atual da produção
científica nacional, seria de-
sejável identificar e sistemati-
zar a contribuição dos textos,
sintetizar o conhecimento
sendo acumulado, refletir
sobre seus limites e desdo-
bramentos, e indicar cami-
nhos para desenvolvimento
futuro. (MASCARENHAS e
BARBOSA, 2013, p. 035-045).
Ricardo Pereira Câmara Leal,
Vinício de Almeida e Souza e Patrí-cia Maria Bortolon realizaram umaavaliação bibliográfica quantitativae qualitativa de 461 artigos de Fi-nanças. A análise revela a baixaprodutividade dos pesquisadorese a veiculação dos trabalhos emperiódicos internacionais de baixoimpacto. Os autores argumentamque pouca inovação teórica e me-todológica é a razão por detrás dadificuldade para publicar artigos
em periódicos de alto impacto.Segundo eles:
Atualmente, parece haver
dois mundos: o dos pesquisa-
dores de Finanças vinculados
às principais instituições in-
ternacionais, que competem
para ver seus artigos publica-
dos nos melhores periódicos
científicos mundiais da área,
e o dos pesquisadores na-
cionais, que concorrem para
publicar seus artigos nos me-lhores periódicos científicos
nacionais, que oferecem qua-
se que o mesmo número de
pontos que os primeiros, mas
que são desconhecidos no
cenário mundial. O sistema
de avaliação poderia aproxi-
mar estes dois mundos, pois,
observando os resultados ob-
tidos neste estudo, a produ-
ção da área no país ainda não
reflete a amplitude e a profun-
didade da inovação teórica e
metodológica que ocorre nos
países mais desenvolvidos.
(LEAL, SOUSA, BORTOLON,
2013, p. 046-055).
Ely Laureano Paiva e Luiz Artur Ledur Brito analisaram 39 artigosde Gestão de Operações, com basenos vetores complementares darelevância e do rigor. Os autoresconcluem que há razoável conver-
gência temática entre a produçãobrasileira e a produção interna-cional no campo. Seu principalalerta refere-se à questão do rigorcientífico e à necessidade de umesforço para inserção internacio-nal. Segundo eles:
[...] um dos principais desa-
fios presentes é atentar para
as mudanças de orientação
metodológica em curso no
cenário internacional. Ini-cialmente, tanto as pesquisas
baseadas em survey como em
métodos qualitativos precisam
se aproximar do nível de ri-
gor metodológico atual das
publicações de primeira linha
internacional. Métodos menos
utilizados, como experimen-
tos, uso de dados secundários
e pesquisa-ação, são também
oportunidades. Estes métodos
apresentam como vantagem
potencial sua proximidadecom o mundo empresarial.
Ao mesmo tempo, também
é importante o uso de múlti-
plas metodologias integradas
e inseridas em projetos de
pesquisa abrangentes. Fica o
desafio para os nossos progra-
mas de Mestrado e Doutorado
se inserirem nessa empreitada
e formar futuros pesquisado-
res capazes de desenvolver
pesquisas com estas orienta-
ções. (PAIVA e BRITO, 2013,
p. 056-066).
José Afonso Mazzon e José Mauro da Costa Hernandez reali-zaram análise abrangente de 1.272artigos de Marketing. Os autoresconfirmaram a importância doscongressos para a veiculação daprodução brasileira e identifica-ram o tema do comportamentodo consumidor como aquele que
mais atrai pesquisadores. De acor-do com os autores, um dos princi-pais pontos de atenção identifica-dos refere-se à relevância:
Verificamos que a expressiva
maioria dos trabalhos tem
inspiração internacional, re-
tratando aspectos teóricos
que estão sendo discutidos
nos países mais desenvolvi-
dos. Entretanto, quão alinha-
dos estão esses temas com anossa realidade? Inúmeros
contextos tipicamente bra-
sileiros estão sendo pouco
estudados sob o prisma de
Marketing, como pobreza e
consumo, desenvolvimento
de produtos e serviços para
a classe baixa e a emergente
classe média, tipos particu-
lares de canais (feiras livres,
padaria, bares, armazéns,
entrega em domicílio) e mo-
dalidades de crédito maisfrequentes no Brasil que em
outros países (prestações,
cheques pré-datados, fia-
do). Apelamos aos autores
de Marketing que passem a
pelo menos pensar na possi-
bilidade de dedicar mais de
seu tempo à investigação de
contextos tipicamente brasi-
leiros e que têm sido negli-
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genciados nos últimos anos.
(MAZZON e HERNANDEZ,
2013, p. 067-080).
UMA PROVOCAÇÃO ÀCOMUNIDADE CIENTÍFICALOCAL
Conforme indicamos na aberturadesta apresentação, o campo cien-tífico da Administração cresceu
com vigor no Brasil na última dé-cada. Tal campo se consolidou, noPaís, sob a égide da Capes, capazde exercer influência substantivapor meio de seus processos deavaliação. Esse processo tem sidoalvo de incômodo e críticas da co-munidade científica. Entretanto,ele é influenciado e parcialmentedefinido por esta mesma comuni-dade científica. Pode-se, portanto,afirmar, que os resultados obtidos,
incluindo sucessos e fracassos,constituem produtos de uma co-letividade de pesquisadores.
Imaginemos, por um momen-to, que o governo federal decidisseprivilegiar radicalmente algumasáreas de pesquisa, aquelas vistascomo capazes de alavancar o cres-cimento e ajudar a equacionar asgrandes questões nacionais, emdetrimento de outras, vistas comoimprodutivas e frágeis. E que, nes-se segundo grupo, incluísse a área
da Administração. Imaginemos,ainda, que tal decisão implicas-se o fechamento dos grupos depesquisa e a descontinuidade dasrevistas e dos eventos científicos.Pergunta-se: seriam as consequên-cias de tal decisão danosas para oPaís? Seriam as decorrências da me-dida percebidas pela comunidadecientífica internacional? Perderiamas empresas e outras organizações
locais uma fonte valiosa de refle-xão e explicação de fenômenosrelevantes?
Se o leitor responder “não”às questões acima, ou ao menosfor assaltado por dúvidas, talvez valha a pena dedicarmos algumaenergia e algum esforço a pensaro que poderíamos fazer diferente.Então, a questão que se coloca éa seguinte: o que nos ajudaria aconsolidar o campo científico da Administração e torná-lo valioso,talvez imprescindível?
COMO CONSTRUIR TEORIAS TROPICAIS
Parte essencial da missão de qual-quer comunidade científica é aconstrução de teorias, ou seja, aidentificação de fenômenos rele- vantes e a busca de explicações so-bre por que ocorrem, como ocor-
rem e quais são suas consequên-cias (veja VEN, 1989; WHETTEN, 2003). E, como se sabe, “não hánada mais prático do que uma boateoria” (KURT LEWIN, 1892-1947).
A ecologia organizacional bra-sileira é complexa, apoiando-sesobre uma economia diversificadae uma textura sociocultural rica emultifacetada. Tal contexto ofere-ce, aos pesquisadores, enormesoportunidades para contribuírempara o desenvolvimento da teoria e
para o aperfeiçoamento da práticaadministrativa.
Considerando o histórico daprodução científica no Brasil, in-cluindo as reflexões abrangidaspor este fórum, acreditamos que odesenvolvimento futuro de teoriasdeverá apoiar-se em três vetores:o uso de teorias desenvolvidas emoutros países para explicar fenô-menos locais; o desenvolvimento
de teorias locais, com base emconhecimento local, voltadas paraexplicar fenômenos específicoslocais; e a busca de rigor na pes-quisa científica. Vejamos cada umdesses vetores.
O primeiro vetor vem carac-terizando a produção local, nos vários campos da Administração.Os pesquisadores brasileiros vêmsistematicamente se apropriandode teorias originadas fora do País,especialmente aquelas produzidasnos países anglo-saxões, e aplican-
do-as ao contexto local. Tal modusoperandi abrange todo o espectroparadigmático, do neopositivismoàs teorias críticas, incluindo asabordagens pós-modernas.
Há, naturalmente, valor emrealizar tal apropriação e tal aplica-ção. Pode-se, por meio desse pro-cesso, ter acesso às mais modernasteorias para explicar fenômenoslocais. Pode-se, também, contribuirpara o avanço do conhecimento
teórico, comprovando ou negandosua validade em contextos diferen-tes daqueles em que tais teoriasforam geradas.
No entanto, mirando o futuro,para que tal processo seja robustoe gere contribuições significativas,é preciso que ocorra uma escolhaesclarecida e estratégica das teoriasa serem apropriadas e uma apli-cação consistente com a realidadelocal. Para isso, é preciso romper aapropriação superficial de teorias,
praticada nos trópicos, e aprofun-dar efetivamente o conhecimentosobre os corpos teóricos originadosem outros contextos.
O segundo vetor foi menosproeminente na produção local,porém marcou diversas iniciati- vas de desenvolvimento teórico,tais como aquelas voltadas paraa compreensão de fenômenos or-ganizacionais com base em traços
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culturais brasileiros e aquelas foca-das em analisar o comportamentodo consumidor de baixa renda oua internacionalização de empresasbrasileiras.
Tal vetor constitui uma duplaoportunidade para a comunidadecientífica local, de gerar contribui-ções originais para o desenvolvi-mento teórico, no âmbito da comu-nidade científica internacional, e degerar contribuições para a compre-ensão (e, eventualmente, a ação)sobre questões e problemas locais.
Acreditamos que alocar esforços erecursos nesse sentido poderá re-sultar em um salto qualitativo paraa produção científica local.
O terceiro vetor perpassa os ve-tores anteriores, constituindo condi-ção necessária para a realização decontribuições teóricas relevantes. Origor refere-se à competência parautilizar métodos de pesquisa, sejamde abordagens qualitativas ou quan-titativas, e também à competência
de construção teórica. Esse últimoitem envolve o domínio do estadoda arte no campo e a capacidadede desenvolver teorias para explicarfenômenos relevantes.
Evoluir, em termos de rigor,constitui um grande desafio para ospesquisadores brasileiros, mesmoconsiderando o desenvolvimentoocorrido nos últimos anos. Confor-me observado anteriormente, nossacomunidade tem praticado formasacríticas de mimetismo, reprodu-
zindo com atraso teorias originadasem outros países (veja BERTERO, CALDAS, WOOD JR, 2005b).
OITO PROPOSTAS PARA OPRESENTE MILÊNIO
Têm surgido, no âmbito da comu-nidade científica local, diversos
textos críticos sobre o chamado“produtivismo acadêmico” (e.g, ALCADIPANI, 2011; FARIA, 2011;FREITAS, 2011; GODOI e XAVIER, 2012; MACHADO e BIANCHETTI, 2011; MATTOS, 2012). Tais textos,de modo geral, ecoam críticas dacomunidade local ao caráter quan-titativo fomentado pelo sistema demensuração e avaliação de resulta-do da Capes. Esse sistema estarialevando nossos pesquisadores aprivilegiarem a quantidade em fa- vor da qualidade e a favorecerem
a publicação em favor do impac-to, adotando, assim, uma lógica deprodução em série, própria das li-nhas de produção fordistas.
As críticas têm méritos, poischamam a atenção para desviossubstantivos da atividade científi-ca. De fato, o produtivismo podetambém ser visto como mimetismode uma atitude que se desenvolveuno mundo acadêmico dos paísesdesenvolvidos, lá também encon-
trando os seus críticos. No entanto,a mentalidade produtivista, hojepresente na academia brasileira,é mais do que o reflexo atitudinale comportamental de cientistas,provocado por um modelo demedição da produção. Trata-se, na verdade, de um sistema construídoao longo do tempo e sustentadopor seus diversos agentes: os pro-gramas de mestrado e doutorado,os eventos científicos, as revistascientíficas, os agentes reguladores
e o próprio corpo de pesquisado-res. Tal sistema sustenta um modopróprio de geração e disseminaçãode conhecimento. Além disso,ajuda a promover certos valores epráticas, fomentando uma culturapeculiar de pesquisa.
Considerando tais críticas e asreflexões trazidas pelos autores dopresente fórum, acreditamos que acomunidade científica de Adminis-
tração no Brasil poderia beneficiar--se de um diálogo norteado portemas específicos de mudança.Para isso, listamos a seguir oitopropostas para reflexão.
Focar o Brasil As revistas científicas brasi leirasdeveriam ter um papel mais ativoe estabelecer linhas editoriais queprivilegiem o desenvolvimentode conhecimento e teorias sobretemas, objetos e fenômenos bra-
sileiros. Deveriam, também, apro-fundar a segmentação por campoe por orientação ontológica. Hoje,nossas principais revistas, salvoexceções, aceitam artigos oriun-dos de todos os campos da Admi-nistração e de qualquer orienta-ção ontológica. Tal condição criaenorme desafio para os editores ecorpos de avaliadores, levando aprocessos longos e inadequados derevisão. Algumas delas começam a
aceitar artigos internacionais, even-tualmente sobre temas distantes darealidade brasileira. Pensamos querevistas científicas locais, focadasna realidade local e segmentadaspor campo, trariam uma contribui-ção mais efetiva para o desenvolvi-mento do campo da Administraçãono Brasil. Além disso, a comunida-de acadêmica internacional prova- velmente teria interesse maior emler e aprender sobre o Brasil pormeio de pesquisadores brasileiros
do que vê-los mimetizando e re-produzindo teorias desenvolvidasnos países centrais.
Aproximar teoria e prática As inst ituições de ensino deve-riam buscar maior proximidadeentre desenvolvimento teórico eprática organizacional. A Admi-nistração, como se sabe, é uma
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ciência aplicada. Isso não signifi-ca, obviamente, que a agenda deseus pesquisadores deva ser bali-zada pelas preocupações de mo-mento de empresários e executi- vos. Tampouco significa que seuspesquisadores possam se isolar domundo da prática. O desafio é ge-renciar a relação entre esses doismundos. Hoje, muitos pesquisa-dores das instituições brasileirasatuam distantes das organizações.É preciso estabelecer fóruns dediálogo e cooperação, que per-
mitam a aproximação entre pes-quisadores e gestores, de modoa construir agendas de pesquisaque possam tanto fazer avançara teoria sobre fenômenos locaisquanto contribuir para a reflexãosobre as práticas administrativas eseu aperfeiçoamento. A Adminis-tração é considerada igualmenteuma área social aplicada. Ora, oPaís está longe de ser bem admi-nistrado. Isso é válido tanto para
a área pública como para a áreaempresarial. Basta observar a máadministração de recursos, a máqualidade dos serviços e a mágestão de projetos, que acarre-tam imenso prejuízo para toda asociedade. Há diversas razões paraa existência desse tipo de proble-ma, mas certamente a baixa quali-dade da gestão arca com parte daresponsabilidade. Contribuir parauma melhoria da prática adminis-trativa é missão importante da área.
Criar planos de pesquisaOs programas de mestrado e dou-torado deveriam desenvolver pla-nos de pesquisa. Hoje, diversosprogramas estabelecem metasatreladas ao sistema de avaliaçãoCapes, buscando evoluir em ter-mos de classificação geral. Tal sis-tema, como se sabe, utiliza uma
série de critérios, entre os quaisse encontra a pontuação atingidapelos professores pesquisadores,por meio de publicações em pe-riódicos. Para gerar conhecimentoe melhores teorias, os programasdeveriam ir além das metas nu-méricas, estabelecendo diretrizesde pesquisa voltadas para a cons-trução de conhecimento em tornode determinados temas, objetos efenômenos. Tais escolhas deveriamser coerentes com a história dasinstituições de ensino, as compe-
tências já estabelecidas e sua inser-ção local, regional e internacional.Naturalmente, tais diretrizes deve-riam também preservar a liberdadeacadêmica, pedra fundamental dodesenvolvimento científico, garan-tindo espaço para a diversidadede perspectivas e abordagens quecaracterizam o campo.
Fomentar o rigor
Os gatekeepers , especialmente oseditores de revistas científicas ecoordenadores de áreas de even-tos científicos, deveriam atuar commaior rigor. Hoje, os eventos e re- vistas são frequentemente vistoscomo “escoadouros” para a pro-dução científica. Parece haver umapremissa tácita de que tudo que éproduzido com um mínimo de qua-lidade deveria ser veiculado. Talcondição infla as pontuações dosprogramas, facilitando o cumpri-
mento de suas metas de produçãocientífica. Entretanto, torna nossosoutlets vitrines de trabalhos de bai-xo rigor e baixa qualidade. Pensa-mos que uma atuação mais crite-riosa e restritiva dos gatekeeperscontribuiria para o aumento daqualidade da produção local, bar-rando os trabalhos de menor rele- vância e estimulando aqueles demaior potencial, para que se trans-
formem em contribuições científi-cas realmente importantes.
Focar o impacto da produçãoO sistema nacional de avaliaçãodeveria deslocar seu foco da pro-dução para o impacto. Conformeindicamos anteriormente, tal sis-tema utiliza uma série de critérios,entre os quais a pontuação atingi-da pelos professores pesquisado-res, por meio de publicações emperiódicos, locais e estrangeiros.
Esse sistema, como se sabe, temprovocado distorções, pois vemestimulando pesquisadores a “mul-tiplicar” publicações para garan-tir maior pontuação. Com isso, aquantidade frequentemente avançaem detrimento da qualidade. Al-guns programas de pós-graduaçãochegam a induzir expedientes con-denáveis para inflar seus números.Indicadores de impacto, por sua vez, deslocam o foco da produção
para a utilização do conhecimento.Exigem, naturalmente, uma apura-ção mais sofisticada.
Privilegiar periódicos
internacionais de alto nívelOs sistemas de incentivo deve-riam privilegiar a veiculação emperiódicos de alto nível. Algumasinstituições de ensino implemen-taram sistemas de incentivo, fre-quentemente visando fomentar a
internacionalização da pesquisa,estimulando seus pesquisadoresa participarem de redes científi-cas internacionais, desenvolveremprojetos em parceria com colegasde instituições no exterior e pu-blicarem artigos em periódicosestrangeiros. Consideramos dese-jável haver um reconhecimentoespecial para artigos veiculadosnos principais periódicos interna-
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cionais, aqueles com maior fator deimpacto, de ampla visibilidade nacomunidade internacional. Hoje,a pressão por publicações inter-nacionais, contraposta à limitadatradição brasileira em pesquisa,tem levado muitos pesquisadoreslocais a buscar revistas internacio-nais de baixo fator de impacto. Talcondição limita nossa audiência enão contribui para o aumento dorigor e da qualidade da pesqui-sa. A experiência de publicar nosprincipais periódicos, por outro
lado, exigiria o desenvolvimentode competências específicas, emtermos de desenvolvimento teóricoe métodos, que poderia irradiar-sedos autores para seus programas. Além disso, a veiculação de tra-balhos nesses periódicos poderiadar visibilidade internacional paraa produção local e contribuir parao desenvolvimento de teorias maisrobustas, validadas (ou não) emum país emergente.
Reformar os programas de
pós-graduação As instituições de ensino deveriamtomar medidas mais firmes paragarantir a qualidade da formaçãode futuros pesquisadores. Hoje, háum incentivo ao crescimento dosprogramas, visando aumentar onúmero de mestres e doutores. Talobjetivo é coerente com o objetivomaior de sustentar o crescimento
da atividade de pesquisa no País.Na prática, entretanto, o que seobserva é um descolamento entreaspiração e realidade, pois muitosegressos não têm perfil científicoe de pesquisador, e não seguirãocarreira acadêmica. Programas dedoutorado mais restritos e exigen-tes, com forte incentivo para arealização de períodos de estudoe pesquisa no exterior, provavel-
mente apresentariam uma relaçãomais favorável entre os recursosinvestidos e os resultados obti-dos. Em paralelo, os programasde mestrado poderiam continuara ser ampliados, com maior focona formação de docentes e consi-derando que uma parcela restrita,porém representativa, de egressos viria a cursar o doutorado.
Reconhecer pesquisadores e pesquisas exemplares
As instituições deveriam celebrarpesquisadores e pesquisas exem-plares. O sistema de pesquisa em Administração implementado noBrasil está formando geraçõesde pesquisadores dentro de umalógica burocrática de produçãointelectual. É certo que a ciênciamoderna precisa lidar com desa-fios relacionados ao planejamento,à alocação e à gestão de recursos.Entretanto, é preciso estar alerta
aos excessos. Nossos doutorandose jovens doutores preocupam-secada vez mais com suas publi-cações e pontuações e cada vezmenos com a construção sólidade conhecimento e com o de-senvolvimento de contribuiçõescientíficas consistentes. Pensamosque nossas instituições deveriamcelebrar pesquisadores que, porseu idealismo e conduta coeren-te, tivessem trazido contribuiçõesnotáveis ao desenvolvimento do
campo. Deveriam, também, pre-miar trabalhos excepcionais depesquisa, que representassemmarcos para a construção do co-nhecimento. Acreditamos que épreciso recuperar o “ethos docientista”, que perdeu força nosúltimos anos na academia brasi-leira, em detrimento da ascensãodos burocratas da pesquisa e dosarticuladores políticos. De fato,
essas observações podem ser es-tendidas à comunidade acadêmicainternacional. Significativamente,boa parte dos textos que hoje le-mos como clássicos e usamos notreinamento de mestres e douto-res foi produzida por acadêmicosdistantes da lógica do produtivis-mo. Produziram menor quantida-de, porém com melhor qualidadee, especialmente, com maior re-levância.
CONCLUSÃO
Em um editorial sobre a evoluçãode estudos organizacionais na Chi-na, Tsui argumenta:
Nas duas últimas décadas, a
pesquisa sobre gestão chine-
sa utilizou questões, teorias,
construtos e métodos desen-
volvidos no contexto ociden-
tal. Estão faltando estudosexploratórios que tratem de
questões relevantes para as
empresas chinesas e o de-
senvolvimento de teorias que
ofereçam explicações signifi-
cativas sobre os fenômenos
chineses. (TSUI, 2009, p. 1).
As similaridades entre a situa-ção chinesa e a situação brasileirapodem ser mais do que merascoincidências. Os dois países emer-
gentes têm aspirações internacio-nais, porém correm o risco de, aotentar aderir ao sistema internacio-nal de geração de conhecimento,entrar pela porta dos fundos eperder o foco na própria realidade,rica e em rápida mutação.
Em um outro editorial, sobredesenvolvimento teórico, Suddaby, Hardy e Huy (2011) realizam umareflexão crítica incomum sobre o
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Carlos Osmar Bertero Flávio Carvalho de Vasconcelos Marcelo Pereira Binder Thomaz Wood Jr.
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desenvolvimento de novas teoriassobre organizações na academiainternacional. Os organizadoresindicam que, significativamente,não receberam para a organizaçãode seu fórum artigos com novasteorias, porém receberam váriostextos com autocríticas e sugestõespara desenvolver novas teorias.Observam, ainda, que as teoriasatualmente usadas por autores epesquisadores referem-se a desen- volvimentos teóricos ocorridos atéa década de 1970. Suddaby, Hardy
e Huy apontam o reducionismo eo conservadorismo da pesquisa nocampo, e o distanciamento entreteoria e prática. Tal constataçãopode ser complementada pela crí-tica realizada por Gabriel (2010),que argumenta que as publicaçõesacadêmicas se transformaram emlugares burocráticos e políticos eque a ciência normal foi substituídapor uma proliferação de teorias e vozes que se tornaram incompre-
ensíveis e irrelevantes para a prá-tica administrativa.Tais considerações, sobre a
academia chinesa e sobre a aca-demia internacional, reforçam anoção de que a academia brasileirado campo da Administração viveum bom momento para realizar es-colhas estratégicas e implementarmudanças. Os méritos e deméritosde nossa academia são há muitotempo conhecidos e discutidos.Sempre que uma reflexão crítica
é estimulada, como no caso destefórum, geram-se conclusões simi-lares. O País e suas organizaçõesbem mereceriam uma academiamais “extrovertida”, capaz de te-orizar sobre os fenômenos locaise de interagir de igual para igualcom seus pares internacionais.Cabe, portanto, neste ponto destetexto de apresentação, uma per-gunta final: será possível reformar
nossa academia, para que respon-da de maneira mais efetiva a taisaspirações?
Os mais otimistas provavel-mente argumentarão que o norteestá definido, que as trilhas geraisestão traçadas e que, mais cedo oumais tarde, chegaremos lá. Quiçájustifiquem sua posição mostrandoa sensível evolução ocorrida nosúltimos anos, em termos de pro-dução científica, veiculada no Bra-sil e no exterior. Acreditamos, noentanto, que o sistema, fortemente
inercial, demanda ajustes substan-tivos, como os sugeridos acima.Sem tais ajustes, nossa comunidadecientífica permanecerá como umatorre de marfim, erigida em umailha tropical, tenuemente ligadaao contexto local e ao mundo ex-terior. Se os agentes com poderde influência não se mobilizarempara a mudança, então um futurofórum sobre a produção científicaem Administração no Brasil, rea-
lizado daqui a 10 anos, chegaráa conclusões similares às destefórum e a outras reflexões realiza-das anteriormente (e.g, BERTERO, CALDAS, WOOD JR, 2005b). Dese-jamos que isso não ocorra.
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