Processo Saúde –Doença
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Profª. Ma Ana Cássia Lira de Amorim1
Processo Saúde –Doença
Universidade de Cuiabá - UNICNúcleo de Disciplinas IntegradasDisciplina: Formação Integral em Saúde
Revendo os conceitos de SaúdePrática clínica - “Ausência de doença” - “Doença: Falta ou perturbação da saúde”
OMS(1948)- “Saúde é um bem estar físico, mental , social e
não apenas ausência de doença.”
Aurélio- “Saúde é o estado do indivíduo cujas funções
orgânicas, físicas e mentais se acham em situação normal.”
Conceito Ampliado de Saúde
Saúde é a resultante das condições de alimentação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra, acesso a serviços de saúde.... resultado de formas de organização social de produção, as quais podem gerar profundas desigualdades no níveis de saúde.
8a. Conferência Nacional de Saúde
Indivíduo
Conceitos de Doença / Qualidade de vida
A doença é um sinal da alteração do equilíbrio homem-ambiente, estatisticamente relevante e precocemente calculável, produzida pelas transformações produtivas, territoriais, demográficas e culturais.
A qualidade de vida resulta da adequação das condições sócio-ambientais às exigências humanas.
Processo saúde-doença???
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Representa o conjunto de relações e variáveis que produz e condiciona o estado de saúde e doença de uma população, que se modifica nos diversos momentos históricos e do desenvolvimento científico da humanidade.
Biológico
Econômico Cultural
Social
SaúdeDoença
MODELOS UTILIZADOS PARA REPRESENTAÇÃO DO
PROCESSO SAÚDE DOENÇA
Modelo Mágico-religioso
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Doença: resultante de transgressões de natureza individual ou coletiva.
Cura da doença: rituais religiosos (feiticeiros, xamãs, sacerdotes) para reatar as relações com as entidades religiosas
Tipo de pensamento ainda existenteSociedades tribais;Superstições .
Modelo Empírico - racional
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A doença já é considerada como fenômeno natural.
Hipócrates: doenças como resultantes do desequilíbrio da relação do homem X ambiente.
Galeno: doenças poderiam se relacionar ao fator interno, externo e ou a ambos.
Paracelso: a doença era determinada pelas influências cósmicas e telúricas além de substâncias tóxicas e venenosas, bem como da predisposição do próprio organismo e das motivações psíquicas.
Modelo Biomédico ou mecanicista
Saúde é definida negativamente:
Ausência de doença
Ausência defeitos em um sistema físico
• Correlação causa-efeito: o microorganismo está presente e pode ser detectado em todo caso da doença.
• O corpo humano é comparado a máquinas.• Ex: “recarregar as baterias”; “parafuso solto”,
etc.
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Limitações do modelo biomédico
• Visão unicausal da doença;
• Visão cartesiana do corpo humano;
• Dificuldade em lidar com os aspectos psicológicos e subjetivos da doença;
• Alta instrumentalização, especialização e medicalização.
Modelo da Cadeia de Eventos
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Muito utilizado para doenças infecciosas e parasitárias;Ex: Malária, esquistossomose
Vantagem: concisão e clareza.
Limitaçã0: não cogitar outros fatores (moradia, tipo de ocupação, sexo, etc.).
Reservatório
VETORIndivíduo suscetível
Agente Agente
Classificação dos agentes de doenças
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Biológicos
Químicos
Físicos
Genéticos
Sociais
Modelos Ecológicos
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I – TRÍADE ECOLÓGICA
Agente Meio ambiente
Hospedeiro
• Também utilizado para doenças infecciosas;• Sugere que as características do agente,
hospedeiro e meio ambiente devem ser analisadas.
Modelos Ecológicos
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I I– DUPLA ECOLÓGICA
Modelos Causais
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Rede de causas: natureza multicausal das doenças – muitas causas – 1 efeito
Múltiplas causas – múltiplos efeitosEx:- Sedentarismo- Excesso de peso- Idade ≥ 45 anos- Má alimentação- Consumo de tabaco
ObesidadeDiabetes MellitusHipertensão arterialCâncer
Determinação Social da Doença
Vertente centrada no componente sócio-político (estrutura social)
Vertente centrada na influência dos fatores comportamentais (indivíduo)
Modelo Processual: História Natural da Doença
Ambiente Interno
Fatores hereditários ou congênitosDefesas específicasAlterações organicas já existentes
História natural da doença
“As inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo processo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar; passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte”.
(Leavell & Clark, 1976)
História natural da doença Períodos
Período Pré-patogênico (epidemiológico)
Interação susceptível – ambiente
Período Patogênico
Pré-condições internas
História Natural da Doença
Pré-Patogênese Patogênese: SER HUMANO
AG
MAH
Horizonte Clínico
MorteCronificaçãoCura com sequelaCura
Determinantes
Nível Sub-clínico Nível Clínico
Avanço: um processo de múltiplas e complexas determinações
O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
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Está diretamente atrelado à forma como o ser humano, no decorrer de sua existência, foi se apropriando da natureza para transformá-la, buscando o atendimento às suas necessidades.
Representa o conjunto de relações e variáveis que produz e condiciona o estado de saúde e doença de uma população, que se modifica nos diversos momentos históricos e do desenvolvimento científico da humanidade.
Fatoresgenéticos
Fatoresecológicos
Fatorespolíticos
Fatoreseconômicos
Fatoresculturais
Fatoreseducacionais
Fatoresambientais
FatorespsicológicosFatores
sociais
Referências bibliográficas
BARROS JAC. Pensando o processo saúde-doença: a que responde o modelo biomédico? Rev Saúde e Sociedade 11 (1): 67 -84, 2002.
PEREIRA, M. G. Epidemiologia: teoria e prática. Ed. Guanabara Koogan. 1995. Capítulo 3: Saúde e Doença.
ROUQUAYROL, M.Z. Epidemiologia e Saúde. 6º edição. MEDSI, Rio de Janeiro, 2003, Capítulo 2: Epidemiologia, História Natural e Prevenção de Doenças.