PRG - Aula 03 Processos Galvanicos
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PROCESSOS GALVÂNICOS AULA 02
1. PRÉ-TRATAMENTO DAS PEÇAS
O pré-tratamento consiste na preparação da superfície a ser tratada, por
meio mecânico e/ou químico/eletrolítico, para que o revestimento tenha uma boa
aderência, uniformidade e aparência. sse resultado poder! ser ainda mais
satisfat"rio se reali#ado em uma superfície adequada, submetida a um tratamento
prévio. ste é um dos trabalhos mais importantes em $alvanotécnica, requerendosempre os maiores cuidados.
1.1.Esmeril!me"#$
ntre os pré-tratamentos mecânicos, estão o esmerilhamento,
tamboreamento, vibração, escovação, li%amento, polimento e &ateamento, que
utili#am escova de aço ou latão, rolos de esmeril ou de li%as, entre outros
materiais abrasivos utili#ados para remover rebarbas, sulcos, irre$ularidades,
camadas de "%idos e resíduos de tintas e de soldas. 'a preparação, al$umas
peças devem ser tratadas manualmente, por apresentarem ân$ulos comple%os e
de difícil acesso, com escovas de aço, limas, raspadores ou brunidores de aço,
que retiram cantos vivos e arestas de peças de pequeno porte.
smerilhamento por definição é um processo de remoção de cavacos,
através do qual é alcançada uma remoção contínua de peça através dos $rãos do
esmeril.
1.1.1. A%r!si&$s
(ão substâncias com arestas vivas, duras, que removem, em pouco tempo,
material da superfície met!lica, fornecendo ru$osidade que ser! tratada no
polimento.
Os abrasivos mais usados são)
*edra pomes italiana +massa vidrosa formada por quart#o - (iO
coríndon lO poroso, dure#a 0 a 0 1ohs23
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smeril natural +formado por coríndon 45 a 657-, ma$netita, hematita
e quart#o, com dure#a 8 1ohs23
9oríndon artificial e elétrico +lO 04 a 847 - :e, (i, ;i, dure#a 8
1ohs3 9arbeto de silício +conhecido como carborundum, é o mais caro, dure#a
<5 1ohs3
1.2.Dis'$s !%r!si&$s
9oríndon artificial ou carbeto de silício podem ser usados em discos
abrasivos, &untamente com cerâmica ou materiais sintéticos. dure#a e$ranulometria são afi%ados pela norma =>' 80<55. ?sa-se discos de $rana <0 a
@ para limpe#a, esmerilhamento $rosseiro e rebarbação3 de 5 a A5 para
esmerilhamento final3 e de <55 a <A5 para fino e mais além.
%istem discos abrasivos)
9om li$antes el!sticos +usado sem corpos com contornos, preparação
menos dura, $rana 0 a A5523
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9om $rãos adesivos +para peças planas, utili#a-se uma resina para
colar os $rãos num disco de madeira ou couro, tem mais elasticidade
que os discos rí$idos, para $rana a partir de @523
*astas adesivas em discos feltro +são pastas isentas de $ra%a com
esmeril ou carbeto de silício, solidifica no disco pelo aquecimento por
atrito, bom para $ranas de <A5 a @523
9orreias discos de contato +usadas em peças redondas, são
abrasivos aplicados em fitas de diversas lar$uras e $ranas23
=isco lamelas +pedaçBes de correias abrasivas muito usado em
instalaçBes autom!ticas2
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:ibras de nClon com $rãos abrasivos +fibra coladas com diferentes p"s
abrasivos2.
1.(. P!s#!s e em)ls*es !%r!si&$s
*astas são em sua maioria materiais abrasivos com $ra%a. pastas devem
ter um li$ante que mantenha o abrasivo no material-base. =evem ser de f!cil
retirada ap"s o uso. (ão usados para aplicação manual.
mulsBes abrasivas são líquidos contendo "leos, p"s abrasivos e !$ua. (ão
misturas est!veis, asper$idos sobre o esmeril ou superfície met!lica. 'ão dei%am
resíduos $ordurosos.
s $ranulaçBes iniciais dos abrasivos devem prever o tamanho das bolsas,
poros, inclusBes do metal se&am eliminados. O ideal é obter traços de mesma
lar$ura e profundidade. s operaçBes posteriores de esmerilhamento/polimento
devem compensar estrias e sulcos de est!$ios anteriores.
lém do esmerilhamento e%iste o riscamento reali#ado com !$ua e escovas
+de fios met!licos ou fibras2 a fim de fosquear, limpar, alisar a superfície.
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*ré polimento é o est!$io entre o esmerilhamento e o polimento, também
ob&etiva remoção de material da superfície. Deralmente é feito com pasta de
tripolita +diatomita composto por fosseis micro-silicoso de diatom!ceas2
1.+.P$lime"#$
Ob&etiva aplainar e fechar superfícies não planas, sulcos e estrias. =evido a
pressão da politri# e o $rão de polimento, $era calor, que transformando a
superfície pl!stica, numa mínima espessura, formando um filme de material
fundido, que cobre as estrias e sulcos criados pelo esmerilhamento.
1.,.M!#eri!is e $lime"#$
Alumina de Polimento +lO2 é o material mais usado, requerem
propriedades específicas +não se modificar sob pressão e temperatura2, temelasticidade como espon&a, e não ataca a superfície a polir.
Óxido de Cromo, material mais caro, usado em metais duros e aços, tem
dure#a entre A e 8 1ohs.
Óxido de Cálcio e Magnésio, p" muito fino e mole, obtido da dolomita. ;em a
desvanta$em de decompor-se pela ação atmosférica. E usado para aclaramento
de li$as de níquel.
Óxido de Ferro vermelho tem seu uso mais raro, para acabamento de mataisnobres, tem dure#a 0 a 6 1ohs.
1./.P!s#!s e em)ls*es e $lime"#$(ão similares aos abrasivos, com p"s de polimento misturados a $ra%as ou
ceras. ?tili#a-se muito a alumina. ;ambém é um bom meio de uso do "%ido de
cromo. O "%ido de c!lcio e ma$nésio não pode ser usado em emulsBes pois
rea$em com !$ua +decompBe-se em cal apa$ada2.
?tili#am-se de discos de polimento, anéis vibrat"rios, escovas de fibras parareali#ar a aplicação.
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1..Pr$'ess$s
1!quinas autom!ticas são usadas para $rande nFmero de peças, ou peças
com as mesmas $eometrias, s" tem uma direção de trabalho.Guando se dese&am superfícies ri$orosamente i$uais, ou oticamente planas,
ou que formam ân$ulos entre sí utili#am-se de lapidação. (e é necess!ria alta
precisão $eométrica usa-se a lapidação de precisão.
*ara esmerilhamento ou polimento de pequenas peças em $randesquantidades, o uso de tamboreamento tra# vanta$ens. %istem ainda operaçBes
com $ranalhas de aço e abrasivos, com a separação posterior através de
lava$em. rebarbação pode ser reali#ada mecanicamente ou eletrolíticamente,
usando o princípio de densidade de corrente maiores nos cantos e vértices.O esmerilhamento an"dico usa um disco abrasivo como c!todo, que contém
diamante e mantem a distância entre....
*olimento eletrolítico e abrilhantamento químico formam e%celentes basespara camadas $alvânicas, pois ocorre remoção da superfície retirando
se$re$açBes, poros, aplainando a superfície E usado com vanta$ens em peças
perfiladas, peneiras e peças de $rande peso que apresentam $randes
dificuldades no polimento
2. LIMPEA E DESENGRAAMENTO2.1.3i"!li!es
*ara $alvani#ação é fundamental que as superfícies este&am quimicamente
limpas, isentas de $ra%as, para que ocorra a aderência da deposição met!lica. E
reali#ado ap"s o pré-tratamento mecânico para reali#ar a limpe#a das peças,
reali#a-se através do desen$ra%amento e decapa$em. tualmente é difícil separar
as duas operaçBes, h! banhos que fa#em ambas e ainda reali#am a ativação.
%istem basicamente os se$uintes)
=esen$ra%amento com solventes or$ânicos +possuem um bom poder
de dissolução de "leos, ceras e $ra%as, o uso de o alto risco de
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incêndio e custo elevado levaram a busca de solventes clorados que
tem o risco de into%icação23 =esen$ra%amento alcalino +é reali#ado a quente, com a$itação, deve
haver um desen$ra%amento preliminar para não saturar o banho, utili#a
'aOH, 'a9O, silicatos e fosfatos23 =esen$ra%amento emulsionante +combina o desen$ra%amento a quente
com a emulsificação por solventes, remove inclusive substâncias
siliconadas23 =esen$ra%amento eletrolítico +usado como Fltimo est!$io, $arante a
finali#ação de uma superfície microscopicamente limpa, $arante a
condutividade elétrica23 =esen$ra%amento por ultrassom +melhora o processo de limpe#a pela
adição de ener$ia, com $eradores elétricos de alta frequências que
muda para ener$ia mecânica oscilat"ria, reali#ando a limpe#a por
cavitação23
s $ra%as e "leos podem ser dissolvidos em um solvente +dissolução a
menores partículas, inferior a 5,55 Im2, emulsionados ou ficar em suspensão
+sistemas hetero$êneos, em finas partículas, até 5,< Im2, saponificados +reação
que ocorre entre !cidos $ra%os e !lcool terci!rio2.
(. DECAPAGEM E OIDAÇ4O
decapa$em é um pré-tratamento que ob&etiva obter uma superfície
quimicamente limpa, isenta de impure#as e "%idos. ;em como finalidade remover
a casca de fundição ou laminação, camadas de "%ido, ferru$em ou carepa,
através de soluçBes !cidas ou alcalinas adequadas. 9hama-se queima quando a
remoção de camadas o%idantes, em cobre e suas li$as com misturas !cidas
+H'O, H(O@2.
s causas comuns da formação desses produtos de corrosão são)
Janhos desen$ra%antes de imersão com solventes com reaçBes
!cidas, banhos desen$ra%antes a quente, ou com pH muito bai%o3 ;empos de espera demasiadamente lon$os entre a decapa$em !cida e
a deposição met!lica3 *rodutos de reação que se formam na decapa$em posterior com restos
de eletr"litos que tem reação alcalina.Os !cidos utili#ados em soluçBes decapantes são os se$uintes)
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Kcido clorídrico +muito usado, deve ser de curta e%posição, solicita
instalaçBes mais dispendiosas, usado em temperatura ambiente23 Kcido sulfFrico +usado em pré-decapa$em, em peças com carepas ou
pontos de solda, é aplicado a 45L9, é aplicando ap"s o
desen$ra%amento eletrolítico, antes da deposição de camada23 Kcido nítrico +usado na decapa$em branca de ferro fundido cin#ento23 Kcido fluorídrico +usado em casos especiais como remoção de cascas
de peças fundidas, e como aditivação de decapantes de aço ino%id!vel,
ou ainda pré-tratamento de peças de #inco ou li$as de alumínio23 Kcido fosf"rico +é mais caro, pode ser usado em decapa$ens de peças
com bordas reviradas, ou como pré-tratamento de peças soldadas, é
inibido facilmente2 letrolítica com soluçBes alcalinas +tem como desvanta$em o
desen$ra%amento insuficiente, compostos por hidr"%idos, fosfatos, ou
carbonatos2.
utili#ação de cada um dos !cidos acima vai depender do tipo de metal a
ser recoberto, das condiçBes em que se encontra, do metal a ser utili#ado no
recobrimento da superfície, da qualidade dese&ada para o produto final, etc.
=urante a decapa$em química forma-se o hidro$ênio, que se difunde
parcialmente no metal-base. O recebimento de hidro$ênio leva a fra$ilidade, quepode ser eliminado com aquecimento posterior da peça a <A5-55L9. adsorção
do hidro$ênio é redu#ida com o aumento das concentraçBes !cidas e
temperaturas altas.
+. LAVAGEM
p"s cada um dos est!$ios químicos ou eletrolíticos, um pouco do liquido
permanecer! sobre a peça, da qual precisa ser removido, para não afetar as
etapas subsequentes do processamento. ?tili#a-se a lava$em com !$ua para tal
finalidade e, em al$uns casos quando se trata de líquidos com reaçBes diferentes,
empre$a-se a neutrali#ação, sempre com o ob&etivo de se evitar contaminar as
soluçBes das diversas etapas do processamento, que poderia levar a produção de
peças com bai%a qualidade no revestimento met!lico.
,. NEUTRALIAÇ4O
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p"s a decapa$em, deve-se neutrali#ar as peças com frequência, a fim de
eliminar os restos de líquidos e restos salinos dos poros, ou outras imperfeiçBes.
=ependendo do pré-tratamento, usam-se líquidos com reaçBes fracamente
!cidas, ou alcalinas, evitando com isso descoloraçBes. 1uitas ve#es, combina-se
uma certa passivação do material através da adição de aminas, nitrosos ou
cromatos, obtendo-se proteção tempor!ria.
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