PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE...
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Magdala Leticia Andrioni de Almeida
PREVALENCIA DA CISTICERCOSE NO MUNiciPIO DE CAPINZAL - SC
Monografia apresentada como requisitoparcial para obtem;;ao do titulo deEspecialista no curso de P6s-Graduaf:;ao emHigiene e Inspe~ao de Produtos de OrigemAnimal da Faculdade de Ciencias Biologicase da Saude, Universidade Tuiuti do Parana.
Orientador: Prof. Joao Ari Gualberto Hill
Curitiba
2005
AGRADECIMENTOS
Agrade90 esle Irabalho primeiramenle a Deus, por me dar for9a e delermina98o.
Aos meus pais Lucir e Severino pelo apoio e pela confianr;a que depositaram em
mim.
Ao meu marido Tiago pela compreensao.
Ao Eduardo Tone/a, medico veterinario que me forneceu 0 material para que esle
estudo pudesse ser realizado.
Ao meu amigo Gleison, pela for9a na fase final desle Irabalho.
Ao professor J080 Ari e a professora Lucimeris, por me aco/herem.
SUMARIO
LlSTA DE ILUSTRACOES.
RESUMO.
1 INTRODUCAO.
2 HISTORICO DO MUNiCiPIO DE CAPINZAL .
3 REVISAO BIBLIOGRAFICA .
3.1 HISTORICO DA TENiASE I CISTICERCOSE ...
3.2 0 QUE E TENiASE .
3.3 0 QUE E CISTICERCOSE .
3.3.1 Cisticercose Intraocular Bilateral .
3.4 MORFOLOGIA.
3.5 CICLO BIOLOGICO DA CISTICERCOSE . .. .
3.5.1 0 Cicio de Vida da Cisticercose .
3.5.2 Cicio Biol6gico da Solita ria no Porco.
3.5.3 Cicio Biologico da Solita ria no Homem .
3.6 SINTOMAS.
3.6.1 Sintomas da Teniase .
3.6.2 Tempo ate as Primeiros Sintomas
3.6.3 Riscos.
3.6.4 Sintomas da Cisticercose Intraocular Bilateral .
3.6.5 Sintomas da Neurocisticercose .
3.7 TRANSMISSAo.
3.7.1 Teniase.
3.8 EPIDEMIOLOGIA.
3.9 IMUNOLOGIA ...
3.10 DIAGNOSTICO.
3.10.1 Diagnostico em Neurocisticercose .
3.10.2 Cisticercose Intraocular .
3.11 TRATAMENTO.
3.11.1 Como se Trata .
3.11.2 Neurocisticercose.
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3.12 CONTROLE E PROFILAXIA ..
3.12.1 Profilaxia.
4 METODOLOGIA ..
4.1 LEVANTAMENTO DOS DAD OS .
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4.2 INSPE<;:AO DA CISTICERCOSE .
5 RESULTADOS E DISCUSSOES ..
6 CONCLUSAO.
REFERENCIAS .
ANEXOS ..
iv
LlSTA DE ILUSTRAC;:OES
FIGURA 1 - MAPA GEOGRAFICO DE CAPINZALISC ..
FIGURA 2 - CICLO DA CISTICERCOSE ..
FIGURA 3 - CISTICERCO INTRA-OCULAR ..
TABELA 1 - NUMERO DOS ANIMAlS ABATIDOS NO ABATEDOURO,
MOSTRANDO A PREVALENCIA DA CISTICERCOSE ENTRE OS
ANOS DE 2001 A 2004 ..
GRAFICO 1 - RESULTADO EM PORCENTAGENS DA PREVALENCIA DE
CISTICERCOSE DOS ANIMAlS ABATIDOS EM CAPINZALISC
NO PERloDO DE 2001-2004 .
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RESUMO
A cisticercose e uma doen9a causada pela larva da Taenia, tanto a T.saginata quanta a T. solium esta amplamente distribuida pelo mundo, devido ascondic;oes sanitarias serem deficientes. A cisticercose causa prejuizos nas criac;oes,pois a carne infectada torna-S8 impropria para consuma. Para 0 diagnostico dacisticercose sao realizados 0 exame de lingua in vivo, e a exame pas-mortem(necropsia). Na necropsia sao examinados os pontcs de maior predilec;ao doscisticercos que sao: a lingua, 0 coraryao, 0 diafragma e museu los mastigadorescomo 0 masseteres e pterigoide. Portanto nos abatedouros do municipio deCapinzal-SC, constatou-se que a prevalencia de cisticercose est'; dentro dospara metros norma is do Brasil e que sua incidencia diminuiu nos ultimos 2 anos 50%.Devido ao trabalho competente do medico veterinario, juntamente com a prefeituramunicipal.
Palavras-chave: Taenia solium
Taenia saginata
Inspe\,ao
vi
INTRODU<;:AO
A cisticercose e uma zoo nose que ah~m de acarretar prejuizos economicos ell
pecuiuia, e tambem de grande importancia sob 0 ponto de vista para a saude
publica.
o alto consumo de carne suina e bovina na regiao suI fez com que surgisse
o interesse de saber sabre a qualidade da carne em rela980 a cisticercose.
Os matadouros constituem uma importante fonte para a estudo desta
doen9a, pois podem nos mostrar a preval€!Ocia que ela esta tendo nesta regiao. A
regiao escolhida e 0 Municipio de Capinzal, situ ado no meio Oeste do Estado de
Santa Catarina.
o objetivo deste trabalho e descobrir S8 a prevalencia da cisticercose
verificada na lnspery80 pas-mortem dos animais abatidos nos matadouro desta
regiao esta dentro dos niveis normais em rela9210 a outros estudos realizados em
outras regioes do Brasil.
2 HISTORICO DO MUNiCiPIO DE CAPINZAL
Area: 334,9 Km'
Popula,ao: 21.884 (Resolu,ao IBGE - PR 02 - Estimativa 2003)
Densidade demogrilfica: 74,36 hab/km'
Comunidades: 35
Distritos: 01 - Alto Alegre
Altitude: 480m
Latitude (s): 27'20'37"
Longitude (w): 51' 36' 43"
Clima: mesotermico umido
Temperatura media em 2000: 19'C
Precipita,ao pluviometrica media em 2000: 1.600 mm
Corrente Eletrica: 220 V
C6digo DOD: 49
indice de abastecimento de agua: 98%
Rede de esgoto: domiciliar nao existe, apenas 0 pluviometrico
Coleta de lixo: de empresa terceirizada peJa Prefeitura
Datas comemorativas: Oia 17 de fevereiro - aniversario do municipio e
dia 25 de janeiro - Padroeiro do Municipio (Feriados Municipais).
Renda Per Capta R$ 263,41
PIB: 0,703
indice de Desenvolvimento Humano (I.D.H): 0,814
Origem da popula,ao predominante: Italiana
Atra90es Turisticas: Igreja Matriz Sao Paulo Ap6stolo, Ponte Pensil, Area
de Lazer Dr. Arnalda Favorito, Centro Educacional Prefeito Municipal
Celso Farina, Museu Municipal, Cascatas, Pesque e Pague e Pousadas.
Principais atividades: Comercio, Industria, Agroindustria, Agricultura e
Pecuaria.
• Base da Economia: Agroindustria.
legenda: 1 " Alto Bela Vista; 2 • Linha Galdina; 3 • Barra do Leao; 4· Floraoda Serra; 5 - Linha Santa Cruz; 6 - Linha Campinas; 7 - Linha Cristo Rei; 8-Linha Pocinhos; 9 - Linha Residencia; 10 - Rio Pardo; 11 - Sao Roque; 12 -Fazenda Sao Pedro; 13 - Ricardopolis; 14 - Vila Anchieta; 15 - Centro; 16 -Barra do Pinheiro; 17 - Capitel Santo Antonio; 18 - Lindemberg; 19 - Oi5t.Alto Alegre; 20 - Linha Lauro Muller; 21 - Linha Oficina; 22 - Linha Divisa;23 - Vidal Ramos; 24 - Vila Uniao; 25 - Engenho Novo; 26 - EmpresaVelha; 27 - Linha Gramado; 28 - Linha Pelizzaro; 29 - Fazenda dasPalmeiras; 30 - Fazenda Santo Antonio; 31 - Duas Pontes; 32 - NovaBeleza; 33 - Barro Preto; 34 - Barro Branco.
FIGURA 1 - MAPA GEOGRAFICO DE CAPINZAUSCFonte:Capinzal,2005
REVISAO BIBLIOGRAFICA
3.1 HIST6RICO DA TENiASE / CISTICERCOSE
o Complexo Teniase/Cisticercose esta diretamente relacionado a habitos
alimentares e de higiene, a eduCa9aodas populavoes e ao saneamento.
Conforme RIO GRANDE DO SUL, 2005, na America Latina, sua ocorrencia
e especialmente importante no Mexico, Peru, Colombia, Chile e Brasil.
o Brasil, segundo a OMS, e urn pais endemico para 0 Complexo
Teniase/Cisticercose. Mas, estes agravos ainda nao S8 tornaram de notifica98o
obrigatoria a nivel nacional.A OPS/OMS (OPS-1994), com base em trabalhos
cientificos, tambem considerou 0 agravo no Brasil com alta taxa de prevalencia e
disseminado.Trabalhos de carater Regional indicaram que as tres Estados do Sui:
Parana, Santa Catarina e Rio Grande do Sui sao de alto risco para estes agravos.
Conforme HOOFT, 2005 estudos indicam que a incidencia da cisticercose ebastante alarmante, especialmente da Cisticercosis celufosa, que deriva dos porcos.
Essa doen9a afeta, em graus variados, em quase vinte paises da America Latina,
sendo de grande importancia em pelo menos 15 deles. Em algumas regi6es, entre
15 e 60% dos porcos criados no sistema tradicional tern anticorpos contra 0 parasita,
o que indica que estiveram em contato com ele durante sua vida. Outros estudos
assinalaram que cerca de 30% dos porcos tem n6dulos de cisticerco em suas
linguas. Na Bolfvia, entre 1,4 e 2% da popularyao das zonas rurais tem 0 parasita
Taenia soHum em seus intestinos; e a OMS considera 0 problema como serio quando
a nivel de infecvao ultrapassa 1% da populavao.
Em algumas regi6es da Africa, cerca de 80% das carcayas destinadas a
consumo da populayao humana sao parasitadas por cisticercos.
3.2 0 QUE Eo TENiASE
Teniase e cisticercose sao doen<;:as causadas par tenias, em fases
diferentes do cielo de vida desses cest6deos.
Conforme MEDICINAL, 2005, a teniase e resultado da presenya da forma
adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata no intestine delgacto do homem. Euma parasitose intestinal. Quando 0 parasita permanece no intestina, 0 parasitismo
pade ser considerado benigno. Excepcionalmente, requer interven<;:ao cirurgica par
haver penetrac;ao do parasita em locais como 0 apEmdice cecal (parte do intestino
que CQstuma ser operada quando ha "apendicite"), coledoco (ducto que drena
secre<;:ao do fig ado para 0 intestin~), ducto pancreatico (ducto que drena secregao
do pancreas para 0 intestine) devido ao crescimento exagerado do parasita nestes
locais, 0 que pade ocasionar obstruc;:<3o. Em alguns casas, pade provocar retardo no
crescimento e no desenvolvimento das crianyas e baixa produtividade no adulto. A
infestayao pode ser percebida pela eliminayao espontanea de proglotes (parte do
corpo do verme que contem ovos) nas fezes.
3.3 0 QUE Eo CISTICERCOSE
Conforme MEDICINAL, 2005, a cisticercose e causada pela larva da Taenia
solium nos tecidos humanos. As manifestayoes clinicas dependem da localizayao e
do numero de larvas que infectaram 0 individuo, da fase de desenvolvimento dos
cisticercos e da res posta imunol6gica do hospedeiro (e assim que costumam serem
chamas as pessoas que "hospedam" 0 verme). As formas graves estao localizadas
no sistema nervoso central e apresentam sintomas neuro-psiquicos (convulsoes,
disturbio de comportamento, hipertensao intracraniana) e oculares.
3.3.1 Cisticercose Intraocular Bi[ateral
Em 1829, Scholl e Soemmering descreveram urn cisticerco vivo na camara
anterior do olho; re[atou-se um cisticerco de [ocalizagao sub-conjuntival; 0 primeiro
caso de cisticerco intra-vitreo foi descrito por Von Graefe em 1866. Daquele tempo
ate nossos dias, muito mudou, mas permanece uma observaC;ao de LECH JR
(1949): "Abandonar 0 olho portador de cisticercose a sua pr6pria sorte e abandona-
[0 a cegueira, se nao a sua perda tota[".
"Estatisticamente, a presenga de teniase e cisticercose no mesmo individuo
e rara" segundo LECH JR (25 casos em 111).
3.4 MORFOLOGIA
Faz parte do filo platelmintos, especificamente na classe dos cest6deos,
que, comparados aos nernatelmintos apresentam um grau de organizagao mais
simples, pois ne[es 0 sistema digestiv~ e incomp[eto (com ausencia de anus) ou nao
existe.
Vermes Adultos: a T. salium eaT. saginata sao divididas moriologicamente
em esc61ex au cabega, colo ou pescogo e estr6bilo ou corpo.
Esc6lex: 6rgao adaptado para a fixagao do cestoda na mucosa do intestino
de[gado; apresenta quatro ventosas formadas de tecido muscular, arredondadas e
proeminentes, presentes na Taenia solium, e rna is de cern vezes menor que a
solita ria inteira, porem 0 seu poder de fixagao e extremamente eficiente, nao
falhando nem mesmo quando 0 intestino se contoree em colieas violentas
provocadas por vermifugos. Nessas oeasi6es a cadeia geralmente S8 parte e uma
grande porgao do verme e evacuada. Mas, permanecendo 0 individuo fixado e °pescogo, toda a cadeia se torna a reconstituir por reprodugao assexuada.
~., ~~Colo: esta abaixo do esc6lex, nao tem segmentayao ill! '" s celulas estao
em constante atividade reprodutora, dando origem as proglotes jovens. E conhecido
como zona de crescimento ou de formayao das proglotes.
Estr6bilo: e 0 corpo do helm into, formado pela uniao de proglotes.
Dvos: e impossivel diferenciar os ovos das duas Taenias, sao constituidos
por uma casca protetora denominada embri6foro, que e formado por blocos
piramidais de quitina, unidos entre si por uma substancia proteica.
Cisticerco: e constituido de esc61ex com quatro ventosas, estas larvas
podem atingir ate doze miHmetros de comprimento, ap6s quatro meses de infecyao.
Dados extraidos de NUCLEAR, 2005.
Tendo 0 corpo em forma de fita, as solitarias receberam dos cientistas 0
nome de Taenia, uma palavra de origem grega que se pode traduzir por "fita
achatada". A solitaria do porco e a Taenia soHum e a que vive no intestino do boi e a
Taenia saginata. A solitaria adulta poderia ser talvez mais propriamente considerada
nao como um s6 individuo, mas como uma cadeia linear de individuos ligados uns
aos outros e com funyoes especificas. Ela e hermafrodita e pode autofecundar-se.
Formado por centenas de aneis au proglotes, 0 corpo de uma solitaria e fino,
mas pode atingir ate 15 m de comprimento. Dependendo de sua distancia a cabe<;a
da solita ria, os aneis ou proglotes pod em ser jovens, maduros e gravidas. Os aneis
gravidos sao os da parte final do corpo e desprendem dos restantes, sen do
eliminados juntamente com as fezes de quem esteja com solitaria. Uma tenia pode
eliminar cerca de doze aneis diariamente, a que representa a eliminayao de mais ou
menos 72.000 ovos por dial
A solita ria e um animal que apresenta adaptayoes muito especializadas para
a vida parasitaria, ela temausencia total de intestino para ter maior espayo para avos
eo alimento e absorvido atraves da parede do corpo.
A Solitaria (Taenia) e a causadora de Cisticercose
3.5 CICLO BIOLOGICO DA CISTICERCOSE
3.5.1 0 Cicio de Vida da Cisticercose
o h6spede primeiro do parasita e 0 ser humano, A pessoa geralmente naDesta consciente de ter a solitaria, a naD ser pelas pequenas manchas brancas (as
proglotes que se soltaram) em suas fezes. Os proglotes estao cheios de avos que
podem infectar a animal que coma as fezes. A solitaria que pode infectar as porcos
chama-s8 Taenia solium; a que pode infectar 0 gada bovina - que e bern maior,
chegando a 12 metros - chama-se Taenia saginata.
Quando as porcos consomem as fezes humanas, 05 quistos da parasita
intermediario, chamado Cisticerco ceJuloso, S8 formam na carne e em Qutras partes
do porco. Esses quistos sao transparentes au brancos, e medem entre 0,5 e 1 cm de
diametro. S6 em casa de infecc;ao intensa os quistos aparecem na lingua. as quistos
raras vezes resultam em outras anormalidades visfveis no animal vivo. Entao,
quando alguem come a carne com quistos e insuficientemente cazida, e infectada, e
uma nova solita ria Taenia solium se desenvolve em seus intestinos. Esse cicio de
vida da solita ria e similar nos bovinos, porem e muito mais perigoso nos porcos par
que se produz um cicio paralelo.
ova
FIGURA 2 - CICLO DA CISTICERCOSE
Fonte: INVENT A BRASIL, 2005
3.5.2 Cicio Biologico da Solitaria no Porco
Segundo RIO GRANDE DO SUL, 2005, urna das raz5es da confusao sobre a
cisticercose e que 0 cicio de vida desse parasita e muito complicado. A cisticercose
se produz tanto nos porcos como no gado bovino e representa urn problema para os
seres humanos. No caso dos porcos, 0 cicio de vida inciui por exemplo aspectos de
higiene pessoal, uso de aguas residuais e de latrinas, contrale da carne, habitos
culinarios e a maneira de criar os porcos.
Conforrne ETILCORP, 2005, a cisticercose suina e urna doen,a ocasionada
pelas formas larvais da Taenia solium, denominadas de cisticercos (pipoca) que
pod em localizar-se nos musculos, coragao, pulm6es, olhos, ouvidos e cerebro.
Se as pessoas estiverem com solitaria, suas fezes podem conter milhares de
ovos desses vermes.
Os porcos sao mamiferos que fazem parte do grupo dos ungulados. Esse
grupo e dividido em varias ordens de acordo com 0 numero de dedos de cad a
animal 0 porco faz parte da ordem dos artiodactilos, por possuir quatro dedos. Eles
sao contaminados pela solitaria quando estao a procura de com ida em locais
contaminados, podendo ingerir embri6es de Taenia solium que estao no interior de
uma casquinha. Esses embri6es se originam dos milhares de ovos da salitaria.
Oepois de atravessar a parede do intestino do porco, os embri6es das
solitarias invadem os musculos dele e ate mesrno 0 coragao. Nesses locais ficam
dentro de uma casquinha que parece uma bolha: e 0 cisticerco.
A carne de porco que esta contarninada podera ser utilizada para fazer
IingOiga e ate ser com ida diretamente. Comendo carne contaminada pelos
cisticercos, 0 homem adquire a solitaria e sera mais urn a propaga-Ia por meio de
suas fezes. Neste casa, 0 hospedeiro intermediario passa a ser 0 propria homem.
Os ovos se evoluem, entao, para cisticercos que irao se instalar na musculatura e,
ate mesmo, no cerebra. Por isso, a cisticercose no homem torna-se muita grave.
]0
A teniase, apresenta-se no homem sob duas formas:
a) uma infeq:ao intestinal causada pela forma adulta da Taenia da carne de
boi au de porco, produzindo irritabilidade, insonia, emagrecimento, dares
abdominais e disturbios digestivos;
b) uma doenc;a grave, a cisticercose,que S8 da quando 0 homem ingere os
DVOS da Taenia da carne de porco, que VaG S8 desenvolvendo sob a
forma de cisticercos em vfuias partes do corpo como: museu los, cerebro,
corag<3o, globe ocular, pedendo sobrevir conseqOemcias graves (Ioucura,
cegueira).
3.5.3 Cicio Biol6gico da Solita ria no Homem
A Teniase e uma doenc;a que acamete 0 homem apenas", as Taenias S8
tornam adultos no intestino delgado humano apenas, ap6s serem ingeridos, na fase
de larvas (cisticercose animal, popularmente chamada de "pipoca"), solre a,ao do
sueD gastrico, evagina-se e fixa-se atraves do esc6lex, na mucosa do intestino
delgado, onde transforma-se em uma tenia adulta, que pode atingir ate oito metros
em alguns meses. Tres meses ap6s a ingestao da larva, inicia-se a elimina9ao de
proglotes gravidas.
o homem parasitado elimina as proglotes gravidas cheias de ovos para 0
meio exterior. Em alguns casos, a proglote pode se romper dentro do intestino e os
ovos serem eliminados nas fezes.
II
3.6 SINTOMAS
3.6.1 Sintomas da Teniase
Os sintomas da Teniase sao: dares e aumento de tamanho da barriga,
diarreias, enjoos, v6mitos, tonturas, perda de peso, alergias, palidez, desanimo,
anemia, apetite exagerado e sonolen cia.
as sintomas sao variados dependendo da localiza9ao do cisticerco. Se
localizado no cora<;8o, pade causar palpita90es, ruidos anormais; nos olhos, pade
causar disturbios na visao au cegueira; nos musculos, pade causar reag80 local de
dar, fadiga, caibras e formar uma membrana fibrosa no sistema nervoso central, S8
locaJizado no encIMalo pede causar les6es, com dar de cabega, com au sem vernita,
convuls6es, ataques epilepticos, hidrocefalia e desordens psiquicas (deliria,
depressao, prostra«8o, alucina90es, agressividade). Se localizado na medula
espinhal pode causar desordern rnotora ou sensorial. A Cisticercose tern tratamento
mas pode deixar sequelas para sempre.
Ao contrario do que se imagina comurnente, 0 que se observa, sao pessoas
infectadas com rna is de uma tenia da mesma especie. Devido ao longo periodo em
que parasita 0 homem, ela pode provocar hemorragia, atraves da fixa9030 na
mucosa, causar fen6menos t6xicos alergicos, atraves de substancias excretadas.
Pode tambem, produzir inflama9ao com infiltrado celular com hipo ou hipersecre9ao
de muco.
a problema mais grave e a cisticercose e, suas rnanifesta90es clfnicas
causadas, depend em nao somente da localiza9ao, bem como 0 numero de parasitas
e de seu estagio de desenvolvimento e da caracteristica organica do paciente.
3.6.2 Tempo ate os Primeiros Sintomas
Segundo MEDICINAL, 2005, 0 tempo para 0 aparecimento da cisticercose
humana varia de 15 dias a anos ap6s a infec9ao. Para a teniase, cerca de tres
12
meses apos a ingestao da larva, 0 parasita adulto ja pode ser encontrado no
intestine delgado humano.
o doente deve if ao medico e fazer exame parasitol6gico de fezes, no
minima, uma vez ao ano.
3.6.3 Riscos
Relativos a teniase: obstrU\;:ao de apendice, coledoco ou ducto pancreatico;
Relativos a cisticercose: problemas visuals e neurol6gicos.
3.6.4 Sintomas da Cisticercose Intraocular Bilateral
Conforme GARCIA e CONDE, 2005, a hemorragia vitrea, retinite pigmentar
extensa e vesicula esbranquityada livre no vitreo. No olho esquerdo, coriorretinite
temporal intensa, fibrose glial em foco temporal inferior, levantando suspeita de
passivel cisticerco sub-retiniano.
3.6.5 Sintomas da Neurocisticercose
Quando a cisticercose atinge 0 cerebra, 0 que era no primeiro momento urn
simples parasita provoca a neurocisticercose, completando 0 cicio da doen\=a.
Quando 0 sistema nervoso central e afetado, 0 paciente pode apresentar
sintomas graves, como a meningite, e pode desenvolver epilepsia, 0 sintoma mais
freqGente, disturbios menta is e psiquicos, cefaleia e hipertensao intracraniana.
Conforme INVENTA BRASIL, 2005, 0 reagente purificado e obtido por
metodos imunoquimicos. 0 parasita, em extrato bruto, pass a por dois processos: a
cromatografia de afinidade com lectinas e a eletroforese em gel de acrilamida. No
fim, obtem~sefra\=oes purificadas e especificas do cisticerco. Com elas, fica aberto 0
caminho para 0 teste imunoenzimatico, urn kit composto por reagentes, soluyoes e
13
pelo antigeno especifico para cisticercose humana. Pretende comegar a produzir 0
kit em escala comercial. lS50 devera ocorrer ainda dentro de um ana.
3.7 TRANSMISsAo
3.7.1 Teniase
De acordo com INVENTA BRASIL, 2005, a teniase e adquirida atraves da
ingestao de carne de boi ou de porco mal cazida, que contem as larvas. Quando 0
homem ingere as DVOS da Taenia solium, provenientes de verduras e legumes mal
lavados au higiene inadequada, adquire a cisticercos8.
A situalf80 S8 torna muito perigosa nos lugares onde 0 excremento humane
que contenha os avos da Taenia solium infecte as aguas residuais, ja que essas
podem ser logo utilizadas para Gultivar vegetais e Qutros produtos de consumo
humano. Se uma pessoa bebe essa agua ou consome vegetais crus (par ex. alface)
ou frutas que nao sao descascadas (por ex. morangos), pode ingerir os ovos da
Taenia solium. Nesse caso 0 cicio que normalmente se produz no porco, comega
agora diretamente no corpo humano. Os quistos formam-se em diferentes partes do
corpo. Nesse ultimo caso, a enfermidade e chamada neurocisticercose, e as
sintomas sao severos, similares aos de urn tumor cerebral ou da epilepsia. Na
Bolivia muitos dos casos diagnosticados como epilepsia sao, na verdade,
neurocisticercose. Nao existe cura para esse mal, uma vez que se tenham formado
as quistos, e a impacto no paciente e em sua familia e enorme.
o problema da infecgao com 0 quisto por consumo de carne de porco esta
estreitarnente relacionado com a maneira de criar esses animais. Isso nao ocorre
com a criagao intensiva de porcos, on de os animais sao criados em locais fechados.
o problema surge quando os porcos sao criados em sistemas extensivos de
pequena escala, onde 0 contato entre animais e hurnanos e muito mais freqOente.
Os porcos que vagueiam livremente, junto com a ausEmcia de latrinas e de
saneamento, sao as principais raz6es pelas quais os seres humanos sao infectados
pela solita ria.
14
Essas condi90es ocorrem com maior freqUemcia nas zonas rurais marginais,
porem 0 problema naG esta limitado ao campo.
Os porcos, OU sua carne infectada, pod em ser transportados e consumidos
nas zonas urbanas. As pessoas com solitaria em seu organismo migram das zonas
rurais para as urbanas e podem contaminar as aguas residuais.
A possibilidade de S8 consumir agua ou algum produto contaminado com
excremento humano infectado e muito maior nas zonas urbanas do que nas rurais.
Par isso e necessaria realizar atividades tanto nos estabelecimentos urbanos como
nos rurais para S8 poder controlar esses parasitas .
• Auto-Infec~ao Externa: 0 homem elimina proglotes e as avos de sua
propria tenia sao [evados a boca pelas maDS contaminadas ou pela
cropofagia.
• Auto-Infeccao Interna: durante vomitos ou movimentos retroperistalticos
do intestina, as proglotes da T. solium poderiam ir ate a estomago e
depois voltariam aD intestine delgado, liberando as oncosferas.
Heteroinfee;ao: a homem ingere, juntamente com as alimentos
contaminados, os ovos da T. solium de outro hospedeiro.
Existem duas especies de tenias humanas: a Taenia solium (transmitida pela
carne de porco) e a Taenia saginata (transmitida pela carne bovina).
A Teniase tambem pade ser transmitida pelas carnes de java lis au bufalos
mal assadas au mal cozidas.
3.8 EPIDEMIOLOGIA
As teniases podem ser mais comuns ou raras. Assim, a Taenia saginata erara entre os hindus, que nao com em carne de bovina e a Taenia solium, entre os
judeus, par naD comerem carne de sui no.
No Brasil, ha falta de dados recentes sobre a incidelncia da doenc;:anos
animais; tem uma larga distribuic;:aoem nosso pais, devido as precarias condic;:oes
15
de higiene de nosso pova, metoda de criagao extensiva dos animais e 0 mau habito
de S8 comer carne de porco mal cazida ou assada.
Quanto a contaminagao humana por avos, 0 mecanisme mais comum e a
heteroinfecyao, na qual 0 homem ingere os ovos.
3.9 IMUNOLOGIA
Os estudos sabre as respostas imunol6gicas de pacientes com cisticercose
sao bastante inconclusivos. A resposta imunol6gica esta relacionada com a
quantidade e a viabilidade dos cisticercos, localiz8<;ao nos 6rg805, OU na
musculatura ou com a reatividade imunol6gica do hospedeiro.
3.10 DIAGNOSTICO
3.10.1 Diagnostico em Neurocisticercose
Quando as larvas S8 alojam no Sistema Nervoso Central (cerebra e medula
espinhal) causam a neurocisticercos8.
Canlarme MEDICINAL, 2005, a diagnostica da teniase geralmente e leita
atraves da abserva,ao de proglates (partes do verme) nas lezes au pela presen,a
de avos no exame de fezes. 0 diagnostico da neurocisticercose S8 faz atraves de
exames de imagem (Raia X, tomografia computadorizada e ressonancia nuclear
magnetica de cisticercos calcificados).
Canlarme INVENTA BRASIL NET, 2005, uma das doen,as mais trai,aeiras
do sistema nervoso central e a neurocisticercose. Oificil de ser diagnosticada, 56 edescoberta por urn teste importado, muito caro, au par metodos como a tomografia e
a pun9ao de liquido cefalorraquiano, complexos e de difieil aces so a pessoas de
baixa renda. E sao justamente essas pessoas as mais atingidas pela doenga. No
Brasil, estima-se que cerca de 140 mil pessaas salrem dessa daen,a, que pade
causar les6es cerebrais graves e a marte. E passivel que 0 numero de vitimas seja
16
ate maior. Como 0 contra Ie e precario e os sintomas demoram para aparecer, muitas
pessoas pod em ter neurocisticercose sem saber.
o grupo da USP (Universidade do Estado de Sao Paulo), junto ao
Laboratorio Biolab-Merieux desenvolveu 0 teste, do tipo ELISA (Enzyme-Linked
Immuno Sorbent Assay). 0 teste esta em fase de aperfei90amento. Dentro de urn
ana, devera estar em fase de produto comercial. 0 objetivo era desenvolver urn teste
que pudesse ser aplicado no sore, a parte do sangue cnde estao os anticorpos,
como uma alternativa a coleta de liquido cefalorraquiano, retirado par pun980
lombar.
A grande vantagem do teste e que ele pade ser feito na cHnica geral, na rede
publica de atendimento, antes de 0 paciente ser encaminhado a urn neurologista
Com isso, 0 diagn6stico sera mais precoce e pade-s8 conhecer a reat situac;ao da
doenc;a no pais. A neurocisticercose e a forma mais grave da cisticercose,
3.10.2 Cisticercose Intraocular
De acordo com GARCIA e CONDE, 2005, 0 diagnostico e clinico, baseado
na anamnese, biomicroscopia , transiluminac;ao, oftalmoscopia direta e indireta.
Quando 0 cisto esta vivo e intra-ocular, 0 diagnostico clinico de cisticercose pode ser
feito pela observac;ao oftalmosc6pica, notando-se movimento caracteristico do
esc6lex.
Os exames complementares incluem parasitol6gico de fezes, leucograma,
que pode demonstrar eosinofilia, radiografia de cranio, reac;ao de fixac;ao de
complemento de Weinberg que apresenta positividade em 73,2% nos casos oculares
isolados1. A hemaglutina,ao indireta e a imunofluorescencia indireta (Elisa),
anUgenos CC (Cysticercus cel/ulosae) , ESP (anUgeno proteico do escolex) e suas
fra,oes ESP3, ESP4 e ESP? com indice superior a 1/128, sao outros exames
empregados.
o exame anatomo-patol6gico demonstra uma cavidade cistica com reac;ao
inflamat6ria na parede, tipo granulomatosa, organizada com linf6citos
polimorfonucleares e infiltragao plasmatica celular com discreta presenc;a de
17
eosin6filos. a corpo da larva e caracterizado pelo seu lumen tortUQSO,ventosas e
ganchos.
FIGURA 3 - CISTICERCO INTRA-OCULAR
Fonte: GARCIA E CONDE (2005)
as metodos do diagnostico na cisticersose intra-ocular:
• PARASITOLOGICO - e feito pela pesquisa de proglotes e mais raramente
de avos de tenias nas fazes palos metodos rotineiros au pelo metoda dafita gomada.
• eUNICO - 0 diagnostico clinieD da cisticercose e praticamente impasslvelde ser feito em pacientes assintomaticos, enquanto nos pacientes
sintomaticos esta sempre associado as altera~6espatol6gicas causadaspel os cisticercos. 0 diagnostico radiol6gico pode auxiliar 0 clfnieD mas, a
tomografia computadorizada e um metodo novo e que est'; sendo usado
com grande sucesso.
• IMUNOLOGICO - os metodos mais usados sao, a rea<;ao de fixa<;ao do
complemento (rea<;ao de Weimberg), hemaglutina<;ao indireta, rea<;ao
imunoenzimatica. Para 0 imunodiagnostico segura de neurocisticercosehumana, recomendamos a utilizac;8.ode pelo menos duas das tecnicasacima citadas.
18
3.11 TRATAMENTO
Os tratamentos mais usados sao:
• Praziquantel (Cestox), pade causar efeitos colaterais como cefaleia, dar
de estomago, nauseas e tonteiras;
• Cisticid, utilizado contra a cisticercose;
• A interveny:ao cirurgica e recomenditvel dependendo da localiza<;:c3o e
numero de cisticercose.
3.11.1 Como se trata
E importante tiear bern claro que as medica<;:oes utilizadas devem ser
receitadas par urn medico que acompanhe 0 paciente. 0 habito de tamar remedios
para vermes par conta pr6pria nao e adequado. Como todos as remedios essas
medica90es nao sao isentas de efeitos colaterais, 0 que pade trazer serios
problemas a saude. Com a acompanhamento, a medico podera receitar a droga
mais indicada para 0 case e acompanhar as possiveis efeitos colaterais.
3.11.2 Neurocisticercose
a praziquantel vern sendo utilizado no tratamento clinico da
neurocisticercose. Tal droga atua positivamente como larvicida para a Cysticercus
cellulosae e est;; indicada, sobretudo, em pacientes portadores de multiplos
cisticercos no parenquima cerebral. Assim I como larvicida, a droga nao representa
recurso terapeutico para cisticercose intra-ocular 0 principal objetivo e justa mente
remover do interior do globo ocular a parasito vivo e cirurgia.
o tratamento e cirurgico e devera ser realizado imediatamente apos a seu
diagnostico. 0 sucesso estara na depend emcia da localiza~ao do parasita, bem
como da intensidade das rea~6es inflamat6rias existentes. Entretanto, a verdadeira
arma para com bater esta doen~a e sua profilaxia.
19
3.12 CONTROLE E PROFILAXIA
3.12.1 Profilaxia
• Impedir a acesso do suino e do bovina as fezes humanas;
• tratamento em massa dos casas humanos positiv~s;
• orientar a popularyao para nao ingerir carne crua ou mal cozida;
• fiscalizar 0 sistema de criaryc30de animais;
• congelar a carne suina au bovina a temperatura abaixo de -5 graus
centigrados par no minima 4 dias a tim de que as cisticercos sejam
destruidos;
• submeter a inspec;ao das carc8C;8s nos abatedouros, destinando-se
conforme os niveis de contaminaC;8o, condena<;ao total, parcial,
congelamento, irradiaC;8o ou envio para as industrias de
reprocessamento;
• informar a autoridade sanitaria local;
lavar as maos antes das refei<;oes e ap6s ir ao banheiro;
• cDzimento correto da carne suina e bovina;
• lavar bern os legumes e as verduras Nao despejar fezes humanas em
valas, riachos ou terrenos;
• construir fossas e sumidouros;
• nao comer carne de porco ou de boi criados nas ruas;
• havendo suspeita de contaminac;:ao, procurar assistencia medica para 0
tratamento adequado.
Conforme ANTONIACOMI (2004), a destinayao adequada das carcayas e
6rgaos contaminados depende do grau de infestac;:ao dos mesmos. 0 criteria pra
esta infestac;:ao bern como as tipos de infestac;:ao previstos na legislac;:ao, variam de
acordo com cad a pais.
Conforme MEDICINAL, 2005, sugerir simplesmente que as porcos sejam
confinados nao e a soluc;:ao. Ainda que a cielo de vida do parasita possa ser
interrompido satisfatoriamente quando se elimina a contato dos porcos com os
20
excrementos human OS, essa nao e uma tarefa tao facil de S8 realizar. A criagao
extensiva de porcos tern sido, par muitos anos, parte das estrategias de
sobrevivencia da populagao rural e tude indica que continuar<3 sendo assim. Enecessaria criar urn enfoque interdisciplinar que envolva as granjeiros, os
representantes da area medica e veterinaria/zQotecnica, bern como os habitantes
tanto das zonas rurais como das urbanas.
Os metodos de controle mencionados com mais freqOencia na literatura
sabre esse tema sao os seguintes:
para a publico em geral: e fundamental a educ8ty80 e a difusao de
conhecimentos sabre essa 200nose: impedir que 0 excremento seja
depositado em lugares ande os porcos possam ter acesso a ele; utilizar
latrinas e medidas de saneamento basico e de higiene em geral,
especialmente relacionadas com lavar as maos; cozinhar ou fritar toda
carne de porco antes de consumi-Ia; empregar um tratamento
antihelmfntico cada vez que forem observadas manchas brancas nas
fezes. Tratar os vegetais crus e as frutas que nao se descasquem com
iodo ou outro desinfetante sempre que houver duvidas sobre sua
procedemcia;
para os criadores de porcos: educayao e conhecimento sobre como os
porcos participam do cicio de vida do parasita; manter os porcos em urn
lugar separado; nao utilizar os porcos como limpadores dos dejetos
humanos e nem deixar que eles se alimentem com fezes.
Para as municipalidades: as metodos tradicionais de controle nos mercados
nao sao suficientes, deveriam ser complementados e fortalecidos; introduzir medidas
rigorosas relacionadas com 0 controle da carne, especialmente nos abatedouros de
animais nas granjas familia res. Maior controle do uso das aguas residuais.
o esgotamento do parasita no homem, seguido de educayao sanitaria
levaria a interrupyao da cadeia de transmissao e de que com a tecnologia atual, 0
agravo e passivel de ser erradicado, e interessante que os profissionais da area de
saude, tenham informay6es do nivel de conhecimento do publico envolvido em
relayao a doenya e controle, facilitando assim a sua atuayao.
21
4 METODOLOGIA
4.1 LEVANTAMENTO DOS DADOS
Foi solicitado a Prefeitura Municipal de Capinzal, "as demonstrativos de
abate" (ANEXO 1) que sao documentos preenchidos pelo Medico Veterinario que
levarn a informac;:ao do Departamento de Vigilancia Sanitaria sobre as doenc;as
encontradas e animais condenados.
Nestes documentos fornecidos constam 0 hist6rico de abate desde 0 ana de
2001 ate 0 ana de 2004 (ANEXO 2).
Para que a Medico Veterinario pudesse documentar as informa90es foi
necessaria fazer a Inspecyao desses animais urn a urn.
As formas de inspec;ao serao descritas posteriormente.
4.2 INSPEC;;AO DA CISTICERCOSE
Conforme SOARES (2003). "0 exame de inspeC;ao pos mortem e baseada
em sitios de predilec;ao dos cisticercos. Par isso sao analisados em retina de
inspec;ao sanitaria, 0 corac;ao, a lingua, a diafragma e musculos mastigadores
(masseteres e prerigoide)".
Na cabega e realizada a incisao sagitalmente dos masseteres externos e
internos (musculo da face). praticando um corte duplo extenso e profundo tambem
nos musculos pterig6ides, no musculo masseter e 0 local mais comum onde se
encontra os cistos da cisticercose.
o coravao e cortado em folha para ser visualizado e palpado. E visualizado 0
ventriculo esquerdo e direito. A cisticercose deve ser observada tanto internamente
quanto externamente.
22
De acordo com ANTONIACOMI (2004), "pratica-se largas incisoes no
cora<;80, tanto numerosa quanta possivel, desde que ja tenha sido verificada a
presenya de cisticercose na cabeya ou na lingua"
Segue abaixo 0 criterio de julgamento do destin~ das carcayas, segundo
ANTONIACOMI (2004):
Infesta~ao intensa - urn ou mais cistos em incis6es praticadas em varias
partes da musculatura; destino: condena<;80total (graxaria).
Infesta~ao discreta - no maximo de dois a tres cistos em varias incis6es:;
destino: salga (charque).
Infesta~ao acentuada - nao atingindo a generalizac;:ao - dois a tres cistos;
destino: conserva (enlatados) ate cinco cistos.
Carca~as com ate dais cistos vivos - destino: tratamento pelo frio (-15°C
a - 25°C par 10 dias), liberar para salsicharia ou salga por 21 dias.
Urn cisto calcificado - na carcac;:a, visceras ou cabec;:a, destino: liberac;:ao
da carcac;:a.
23
5 RESULTADOS E DISCUSSOES
Segue abaixo Tabela 1 que S8 refere a freqOencia de cistos de cisticercose
vivos au calcificados em bovinos e sufnos abatidos no municipio de Capinzal - SC
no periodo de 2001 a 2004.
TABELA 1 - NUMERO DOS ANIMAlS ABATIDOS NO ABATEDOURO,MOSTRANDO A PREVALENCIA DA CISTICERCOSE ENTRE OSANOS DE 2001 A 2004.
Ano%
2001
2002 2.536 1.422
2003 2.438 1.601
2004 2084 2.226
3.958
4.039
4.310
00
01
00
64
50
36
1,44
1,61
1,23
0,8
Observa-se que no ana de 2001, foram abatidos 4302 animais entre bovinos
e suinos, onde 1,44% foram positiv~s para cisticercose. No ana seguinte, em 2002
foram abatidos 3958 animais (bovinos e suinos) e houve 1,61 % de condenagc3o. Ja
no ana de 2003 foram abatidos 4039 animais e condenou-se destes 1,26%, em 2004
abateu-se 4310 animais e 0,8% destes foram positiv~s para a cisticercose. Os
resultados nos registros da Vigilemcia sanitaria de Capinzal, demonstraram que a
freqO€mcia de vesiculas de cisticercose em bovinos e sui nos foi em media de
1,32%, num total de 16609 animais abatidos entre 2001 e 2004.
Os resultados encontrados neste trabalho estao de acordo com os trabalhos
realizados por autores como:
FERNANDES & BUZEnl (2001), que em trabalho realizado de 1990 a 2000
na regiao de AraIYatuba - SP, encontraram urn indice de condena9ao por
cisticercose viva de 4,12%.
REIS et al (1996), estudando a ocorrencia de cisticercose bovina em animais
em Uberlandia - MG, no periodo de 1979 a 1993, encontraram uma prevalencia de
cisticercose variando de 0,35% a 4,07%.
24
CARMO et al (1997), estudando a prevalencia de cisticercose no estado do
Mato Grosso do Sui, mostrou 1,04% de cisticercose bovina, assim como ZAMPINI
(1994) encontrou 0 valor de 2,79% de prevalencia de cisticercose bovina no Estado
do Parana entre os anos de 1982 a 1988.
RIBAS (2004), apresenta resultado de 0,07% de prevalencia de cisticercose
bovina, realizado no municipio de Gurupi - TO, entre 0 periodo de 2001 a 2004.
SCHENK & SCHENK (1982), mostra que no periodo de 1974 a 1979 os
resultados anuais da regiao de Mato Grosso do Sui teve prevalencia de 1,00% de
cisticercose bovina.
A prevalencia da cisticercose bovina foi estudada em diversos estados
brasileiros, sendo a porcentagem bastante variavel (0,57 a 510,%).
GRAFICO 1 - RESULTADO EM PORCENTAGEM DA PREVALENCIA DECISTICERCOSE DOS ANIMAlS ABATIDOS EM CAPINZAUSC NOPERioDO DE 2001-2004
2
~~ 1,5 ....-.~;;;(3rn'0
:~ 0,5
Irn 0'0
'" 2001 2002 2003 2004
Periodo (2001-2004)
Este grafico nos mostra que do ana de 2001 ao ano de 2002 houve um
aumento da prevalencia da cisticercose de 1,44% para 1,61%, poram, desde 0 ana
de 2002 a prevalencia de cisticercose bovina vem baixando.
25
Comparando os valores em 2002 havia urn resultado de 1,61 % enquanto
que em 2004 houve uma redugao de mais de 50%, ou seja para 0,8%. 0 que reflete
o trabalho de conscientiza<;c3o das tecnicas de higiene realizadas perc Medico
VeteriniHio (responsavel pela InspegElo) para com as produtores de bovinos de corte
e claro a colaborayEio dos produtores.
26
6 CONCLUsAo
A atua,ao do Medico Veterinario no Brasil ainda e muito precaria quando se
fala em problemas de saude publica, como este. Deveria ter mais medicos
veterinarios no campo para alertar e conseqOentemente prevenir a saude dos
brasileiros. A cisticercose ocorre em maior prevait§ncia em parses men os
desenvolvidos, embora seja relativamente frequente em parses de civilizaCYEio mais
evoluida. Este trabalho demonstra que a prevalencia da cisticercose no municipio de
Capinzal - SC, esta dentro dos parametros normais do nosso pais.
No municipio de Capinzal-SC, urn dado me surpreendeu, foi que no intervalo
dos anos de 2002 a 2004 teve redu,ao de aproximadamente 50% dos niveis de
prevalencia da cisticercose. IS50 56 foi passive I gravas ao trabalho de
conscientizac;:c3o sabre as formas de contrale e profilaxia desta doenya, com a
sabedoria, competencia e acompanhamento do Medico veterinario juntamente com a
prefeitura municipal e tambem pela colaboragao dos produtores de animais de corte,
que entenderam a gravidade do problema e 0 quanta e importante para a saude
publica, como tambem para a saude de seus animais que assim podem obter uma
margem de lucro maior se seus animais nao forem condenados por causa da
cisticercose.
Com isto fica a esperanga de que a prevalencia de cisticercose deste
municipio, venha a atingir numeros cad a vez men ores nos estudos que possarn vir a
ser feitos, ja que Capinzal tern como base principal da economia a agricultura e a
pecuaria.
27
REFERENCIAS
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28
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Estatlu tie Sallta Catarblll
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAPINZALFUNDO MUNICIPAL DE SAUVE
Relat6rio Anual de Animais Abatidos/Inspecionados
Ano:2001Abatcdouros Bovinos Suinos Ovinos BubalinosBearzi I 04 04Boaretto 592 26Bordin 25 06Dagostini 97 156Dorini I 466 290 01Filippin I 1.026 316 77 01Juvenal 99 45Machado 19 18Osmar 11 22Ribas 91 29Savaris - Baiano 192 116 06Teixeira 60 290Particulares 41 30Amalcaburio 85 146
Total por Especies 2.808 1.494 83 02Total de Animais Abatidos 4.387
Alliwais COlldellut/os 69
Eduardo ToneloCRMV-2392
d,.,i1m~;~ . ' :cJ,:,
~~ ••:..IlII"'"ORfiANllAC,fOfTRABAIHO
Rua Carmeio Z6colli, 155 - Fone (Oxx49) 555-2222 - Fax (Oxx49) 555-1490 - CEP 89665-000 - Capinzal- SC
I ;;;:;;~~~::~maPA' DECANNZA'~ FUNDOMUNICIPALD/!'SAUDE
Relat6rio Ailual de Anil11ais Abatidos/lnspecionados
Ano: 2002Abatcdollros Bovinos Suinos Ovinos BllbalinosBoaretto 671 27 03 23 I
Dagostini 38 224 03 01Dorini 447 304 28 14Filippin 976 309 143 04luvenal 71 42Machado 07 28Osmar l4 13Ribas 57 33Auousto I-loch 154 114 08Francisco Fraron 16Amalcaburio 91 309Particulares 10 03Total por Especies 7536 1422 185 42Total de Animais Abatidos 4185
Al1imais COil dell ados 64
Eduardo ToneloCRMV-2392
~9~'~ ..~~
NOVOS7rMPOSI01lCANllAfAOll1lABAIII<J
Rua Carmela Zocolli, 155 - Fane (Oxx49) 555-2222 - Fax (0<x49) 555-1490 - CEP 89665-000 - Capinzal- SC
E!JftU/Of/eSllIlla Catari1lll
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAPINZALFL'tYDO MUNICIP.-lL DE SAUDE
Relatorio Anual de Animais Abatidos/lnspecionados
Ano: 2003Abatcdouros Bovinos Suinos Ovinos BubalinosBoaretla 795 25 10Daoostini 102 726Dorini 495 338 05 14FiliQjJin 682 317 67 02Juvenal 115 35Machado 03 14Osmar 24 22Auousto Hoeh 121 87 07Francisco Fraron 09Amalcaburio 101 303Romani 225 05Total por Espeeies 2.438 1.601 84 26Total de Animais Abatidos 4.149
AllilJl([i.'i COlldellatios 51
Eduardo ToneloCRMV-2392
~;:.~~:.
Ai.':"l...ORGANI1ApfOEfRABAlHC
Rua Carmela Z6colll, 155 - Fane (Oxx49) 555-2222 - Fax (Oxx49) 555-1490 - CEP 89665-000 - Caplnzai- SC
Estm/o (IeSanta Catadnll •,.j~ •.;:..A.
NOVOSTfMPOSIOI/r:"NllIiCAO c IRA~""'O
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAPINZALFUNDO MUNIC/PAL DE SAUDI::
CONTROLE DE ABATE DE ANlMAIS
RELATORIO ANUAL DO NUMEIW DE ANIMAlS ABATIDOS E INSI'ECIONADOS
ANO: 2004
I AllATEDOUROS IllOVINOS ISUINOS I OVINOS IAVES I BUllALlNOS I
01 BOARETO 863 27 02 XXXX 1202 D'AGOSTINI 53 47 0203 DDRINI 681 331 II XXXX 0304 JUVENAL 44 21 XXXX05 OSMAR VARGAS 05 0306 AMALCABURIO 77 278 XXXX07 ROMANI xxxxxx 1.480 4,800 XXXXXXXX08 FILIPPIN 361 99 31 XXXX09 IVAR AMALCAULJR10 XXX XXX XXXXX XXXXX 479 XXXXXXXX
TOTAL ARATIOO POR[SI'ECIE
TOTAL DE ANINAIS CONDENADOS 36
EDUARDO TONLLOCRMV -2392
Rua Carmela Z6cal1i. 155 - Fane (Oxx49) 555-2222 - Fax (0<x49) 555-1490 - CEP 89665-000 - Capinzal- SC
I:;suulo (Ie 5m1la Cawri"a
~::.~~:.
~ ..~i...NOVO!IlMPO!1
01/;C~NIl~yIjOC r1lA.~IHO
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAPINZALFUNDO MUNICIPAL DE SAUDE
I Ooenc;as de notificac;ao obrigatoria e destino Ano 2001de condenas
ICisticercosebovina 69 animaisTraumatismos ( condena parcial) 02 animaisiSarna suina ( condena parcial) 05 animais
~ IL --
I Doen~as de notifica~ao obrigatoria e destino i Ano 2002de condenas
Cisticercosebovina -!-64 animaisFrmatismos e les5es ( condena ~ ___ 05 animais
na suina ( condena parcial) +05 animais
~ I
fDOen~as de notifica~ao obrigatoria e destino Ano 2003de condenas ---
~.~.!:cose bovina __ -- -- !29-animais - --Sarna suina ( condena parcial) 08 animaisContamina<;ao no abate ( condena parcial) 03 animais~aumatismos e les5~cond~parc@l)_ -- 01 animais - --Cisticercosesuina 01 animais---- --iDoe--nc;as de notificac;ao obrigatoria e destrnD
-Ano 2004
-
de condenasercose bovina 36 animaisa suina ( condena parcial) 05 animaisamina,ao no abate ( condena parcial) 07 animaiservacao inadeauada ( condena parcial) 10 animais
Eduardo ToneloCRMV-2392
Rua Carmeio 26colli. 155 - Fane (Oxx49) 555-2222 - Fax (Oxx49) 555-1490 - CEP 89665-000 - Capinzal- SC