Preto no Branco nº59

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E scolaSecundariajoaodeDeus Número 59 Abril 2011 ~ ´ 0,50 euros conversa com... Beatriz Santos Previsões 2011 - Consulte o seu horóscopo e descubra o que a vida lhe reserva no amor, na saúde e escola! Pág - 20 Olimpíadas de Física Classificação e Notícias. Pág - 4 ESJD em viagem! Projecto Comenius viaja até à Polónia. Confira as notícias Pág - 21 Receitas ESJD Aprenda a fazer um delicioso Patê de Frango. Pág - 23 Voluntariado: Pequenos Grandes Heróis! Já sorriste hoje? Pág - 15 Jorge Alves o nosso Vice-rei do acordeão em Portugal. Pág - 23 Parlamento dos Jovens Sessão Regional No dia 1 de Março decorreu no IPJ a sessão Distrital do Parlamento dos Jovens. Saiba qual foi o objectivo e as propostas! Págs: 8 -11 Análise do Jogo: Killzone 3 Pág - 18

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Jornal escolar da ESJD

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Escola Secundaria joao de Deus

Número 59Abril 2011

0,50 euros

conversa com...Bea t r i z San tos

Previsões 2011 - Consulte o seu horóscopo e descubrao que a vida lhe reserva no amor, na saúde e escola!

Pág - 20

Olimpíadas de Física

Classificaçãoe Notícias.

Pág - 4

ESJD em viagem!Projecto Comeniusviaja até à Polónia.Confira as notícias

Pág - 21

Receitas ESJDAprenda a fazer um

delicioso Patê de Frango. Pág - 23

Voluntariado:Pequenos Grandes

Heróis! Já sorriste hoje?Pág - 15

Jorge Alveso nosso Vice-rei do acordeão

em Portugal.Pág - 23

Parlamento dos Jovens Sessão Regional

No dia 1 de Março decorreu no IPJ a sessão Distrital do Parlamento dos Jovens. Saiba qual foi o objectivo

e as propostas!

Págs: 8 -11

Análise do Jogo: Killzone 3

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Escola

E D I T O R I A L

Ana Mafalda Sarmento

Na passada sexta-feira celebrou-se o Dia do Patrono, excepcio-

nalmente este ano, dia 11 de Março, devido ao facto de dia 8, data efecti-va, ter incidido na terça-feira de Car-naval. Um grupo de alunas do 12º ano promoveu o seu projecto “Me-morial do Liceu”, organizando uma actividade denominada Licíadas. O concurso consistiu em avaliar os conhecimentos dos alunos relativa-mente à Escola que frequentam, de forma original, aliando questões so-bre a história da Escola com peque-nos jogos.As celebrações prolongaram-se pela tarde e teve então lugar a entrega de prémios dos Jogos Florais Amílcar Quaresma. A cerimónia contou com a presença da professora Maria João Seruca, bem como de alunos e pro-fessores e incluiu a leitura de poe-sia de Mário Césariny, autor sobre o qual incidiram os desafios deste ano, um momento musical e a entrega dos prémios. Devido a condições

Dia do Patrono

climatéricas adversas, uma das actividades previstas foi transferida para terça-feira dia 15 de Março. Assim, as ce-lebrações do Dia do Pa-trono foram alargadas até à semana seguinte, terminando com uma homenagem a João de Deus, o patrono da nossa escola. Delegados e sub del-egados de todas as turmas, acompanhados das alunas responsáveis pelo projecto “Memorial do Liceu” e de alguns professores, fizeram uma deslocação simbólica à estátua do poeta, no Jardim Manuel Bívar. A homenagem incluiu um pequeno discurso, a entrega de uma palma de flores bem como a leitura de poemas de alunos de 4º ano do Jardim Escola João de Deus, e um momento musical, com a interpretação do tema “Ser poeta é ser mais alto”.

por Miriam Garrido

UMA NOVA VIAGEM DE INFORMAÇÃO

Na senda das últimas edições do Preto no Branco, continuamos a inovar e a informar

os alunos e professores sobre as actividades que se realizam na nossa escola. Na edição do perío-do passado mostrámos a 1º fase do projecto de obras do Parque Escolar e entrevistámos a Sra. Ministra da Educação, Isabel Alçada. Também noticiámos o facto de nos dias 17,18 e 19 de Fe-vereiro decorrer a campanha para eleger os alu-nos representantes da Escola Secundária João de Deus no Parlamento de Jovens a nível distrital.Nesta nova edição mostramos como decorreram estes dias de campanha e o debate distrital no IPJ. Contamos também com alguns breves ar-tigos sobre as viagens ocorridas no âmbito do Projecto Comenius, a Barcelona, à Bélgica e à Polónia e que irão ser desenvolvidas e ilustra-das fotograficamente na próxima edição do 3º período. Divulgamos também, no presente número, notí-cias referentes ao desenvolvimento de interes-santes e inovadores projectos que os nossos colegas da Área de Projecto têm vindo a con-cretizar ao longo dos últimos meses.Esta edição conta ainda, com diversos artigos, desde o mundo da moda até a música, passando pelas novas iniciativas da Biblioteca da nossa escola e pelos premiados do Concurso Literário “Amílcar Quaresma” ocorrido no dia 8 de Mar-ço.Para finalizar este momento de síntese editorial, queremos agradecer à aluna Sarah Virgi que nos proporcionou um belo momento de leitura através dos poemas que nos enviou e que se en-contram nesta nova edição, e mais uma vez ao engenheiro João Gonçalves que contribuiu para os artigos referentes às obras da Parque Escolar. Desejamos a todos umas boas Férias da Páscoa e que no próximo período continuem a enviar-nos os vossos trabalhos para mais uma edição do Preto no Branco.Preto no Branco, mais comunicação na escola.

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Escola

“Comer, Orar, Amar” de Elizabeth Gilbert“Hotel Memória” de João Tordo “Obra Poética” de Sophia de Mello Breyner“Livro” de José Luis Peixoto

Livros para fériasAs escolhas de Godinho

Vencedores do concurso literárioConcurso Amilcar QuaresmaCategoria Ilustração1º Lugar- André Ramos, 12º22º Lugar- Jéssica Conceição, 12º23º Lugar- Daniela Pintassilgo, Filipa Tavares e Mariana Cabral, 12ºAMenções Honrosas- Pedro Faustino, Sara Fernandes, Joana Conceição e Liliana Portela 12ºA, Sara Dores 12ºC, Pedro Catulo, Miguel Dinis e Nuno Matias 12ºA

Categoria Texto1º Lugar- Francisco Rita, 10ºE2º Lugar- Sarah Virgi, 11ºC3º Lugar- Vladyslav Rudakevych, 11ºGMenções Honrosas- António Cantante, 12ºH, Cristiana Bento, 10ºC

No dia 25 de Março de 2011, pelas 11.55h, realizou-se, no auditório da ESJD, uma actividade que envolveu as turmas 11ºI e 11º6. A “Imagem Parada” foi apresentada por uma tur-ma do curso profissional de Técnico de Apoio Psicossocial, no âmbito da disciplina de Área de Expressões, com a Prof. Patrícia Amaral.O grupo em questão fez uma breve introdução ao trabalho que iria apre-sentar e, no palco, um conjunto de alunas compunha a imagem parada, que foi comentada e modificada pelos alunos que assistiram.Tratou-se, portanto, de uma activi-dade interactiva, sendo muito bem recebida pela assistência.

A temática abordada pelos alunos foi a discriminação social, e o objec-tivo da actividade era encontrar uma solução viável para resolver a situa-ção problemática que se colocava em palco, tendo como mediadora a Prof. Patrícia Amaral.

Imagem Parada

Cartaz PLN de Jessica Con-ceição, Ana Amado, Carolina Piquet, Gonçalo Abreu.

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Escola

OLIMPÍADAS DE FÍSICA

Decorreu no passado dia 11 de Março as provas da Fase da Escola das Olimpíadas de Física. Estas pro-

vas, organizadas pelo Grupo de Recrutamento de Física e Química , foram destinadas a alunos do 11ºano e tiveram como objectivo o apuramento dos três alunos que irão rep-resentar a Escola na Fase Regional a decorrer em Lisboa no dia 7 de Maio. As Olimpíadas de Física têm por ob-jectivo incentivar e desenvolver o gosto pela Física nos alunos dos Ensinos Básico e Secundário, são organizadas pela Sociedade Portuguesa de Física.

Assim os alunos apurados para representar a Escola são: DIMITRY SHELEPENKO, nº 6, turma E; CAR-LOTA SOUSA, nº 3, turma E; e NUNO SOUSA, nº 22, turma E. O aluno Tomás Gouveia não foi apurado devido a não puder participar no dia 7 de Maio por já ter compromissos pessoais para esse dia.Todos os alunos estão de parabéns pois mostraram um desempenho exemplar.

A CLASSIFICAÇÃO FOI A SEGUINTE:

1 DIMITRY SHELEPENKO Nº 6 Turma E2 CARLOTA SOUSA Nº 3 “ E3 TOMÁS GOUVEIA Nº 22 “ D4 NUNO SOUSA Nº 22 “ E5 ANDRÉ COSTA Nº 1 “ D5 JOÃO SABBO Nº 14 “ H5 ANTÓNIO SOUSA Nº 2 “ D5 JOÃO ALMEIDA Nº 7 “ D5 GUILHERME PIRES Nº 10 “ E5 GONÇALO GRAÇA Nº 5 “ D5 MIGUEL VIEGAS Nº 14 “ D5 TIAGO FERNANDES Nº 21 “ D5 GULHERME LAIA Nº 9 “ E

MASTERCLASSES 2011 EM FÍSICA DE PARTÍCULAS

No passado dia 16 de Março , alunos das turmas 11º D, 11ºE

e 11ºI participaram na actividade Masterclass de Física promovida pela Universidade do Algarve, no Campus de Gambelas, acompanhados pelos Professores de Física e Química, San-dra Sousa e Rui Poeira. As Masterclasses em Física de Partículas é uma actividade orga-nizada pelo LIP, Laboratório de In-

strumentação e Física Experimental de Partículas, e pelas Universidades e Institutos participantes. É dirigida a alunos do 10º ao 12º ano de Escolas Secundárias, e pretende dar a conhecer a área de Física de Partículas e os Institutos e Univer-sidades onde se realiza. É uma ac-tividade parcialmente apoiada pela Agência Ciência Viva.Nesta actividade os alunos assistiram, na parte da manhã, a palestras sobre os temas “Astronomia das ondas gravitacionais”, “ Fisica de Partícu-las: o Modelo Padrão”, “Física so-lar” e “Fotografando a passagem das partículas...”. A seguir ao almoço alunos e professores analisaram da-dos da experiência Atlas no LHC e estiveram em videoconferência com outras Universidades e Institutos e

com investigadores do CERN para apresentar os resultados da análise de dados experimentais. De seguida realizou-se um Quiz com prémios. Os alunos participantes foram da tur-ma 11º D: Gonçalo Graça, nº 5, João Almeida, nº 7, Rita Serra, nº 19, Tiago Fernandes, nº 21 e Tomás Gouveia, nº 22; da Turma 11º I: Pedro Ling, nº 31, e da turma 11ºE: Ana Rita Matias, nº 1, Carlota Guerreiro, nº 2, Dimitry Shelepenko, nº 6, Guilherme Pires, nº 10, Nuno Sousa, nº 20, Sara Correia, nº 22, e Marta António, nº 24.Todos os alunos tiveram um compor-tamento excelente participando em todas as actividades propostas.

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Agenda

Realizou-se, na nossa Escola, o apuramento dos grupos para a

fase semi-regional das Olimpíadas da Química. Participaram 66 alunos, do 10º e 11º ano, distribuídos por 22 equipas.Ficou em 1º lugar o grupo constituído pelos alunos: Dmitry Shelepenko, Guilherme Pires e Pedro Ling; em 2º lugar: Inês Figueiredo, Diogo Andraz e Ana Mimoso e em 3º lugar: António Ladeira, Francisco Rita e Marcelo Calixto.

Estes três grupos representaram a Escola na Universidade do Algarve ficando os alunos: António Ladeira, Francisco Rita e Marcelo Calixto em 2º lugar.ssim, esta equipa também se deslocou

Olimpíadas da QuímicaOs alunos do 11º ano da área de Ciências e Tecnologias irão par-ticipar numa visita de estudo à CIMPOR no âmbito da actividade “Portas Abertas” desenvolvida por esta unidade industrial de 4 a 7 Abril de 2011.

a Lisboa a representar a nossa Escola nas Olimpíadas de Química que se realizaram no Instituto Superior Téc-nico.

A todos os alunos que participaram entusiasticamente, os nossos para-béns, dando especial realce ao de-sempenho dos alunos que se desta-caram durante as várias fases destas Olimpíadas.

VISITA À CIMPOR

ANO INTERNACIONAL

DA QUÍMICA

Nos dias 6 e 7 de Maio a ESJD irá participar numa atividade de divulga-ção da ciência, com o tema química, luz e cor, promovida pelo Centro de Ciência Viva de Faro em parceria com diversas escolas de ensino secundário da região. Este projeto integra as comemorações do ano internacional da Química (2011) e tem como ob-jetivo levar a ciência ao cidadão co-mum. Preve-se uma apresentação de experiências na rua, assumindo os alunos o papel de cientistas e levando os transeuntes a participar.

Gostamos de viajar e de receber

O projecto Comenius “Reading and Literacy through ITC”

viajou até à Polónia no período de 28 de março a 2 de abril. Os alu-nos Raquel e Emanuel do 11º5 es-tiveram acompanhados pelas pro-fessoras Maria João Seruca e Ana Lúcia Correia.

Oito alunos de diferentes turmas e os professores Ana Cristina Martins, Teresa Matias, José António Forte e Nazaré Cassiano deslocaram-se a Barcelona, nos dias 28 de março a 2 de abril, no âmbito do projecto Co-menius “Matemática – Linguagem Universal”.

No dia 27 de Março, a escola Se-cundaria João de Deus recebeu os alunos belgas do Projecto Comenius.Estes deslocaram-se até ao Instituto Português da Juventude, onde ficar-am alojados. Ao longo de 11 dias pu-deram participar em diversas activi-dades que a escola organizou. Entre elas constam: uma visita guiada à Cidade Velha, ao Cemitério dos Ju-deus, uma ida à praia de Faro onde puderam fazer canoagem, windsurf e vela, uma visita à fábrica da cortiça em S. Brás de Alportel, almoçan-do depois na Escola Secundária, e prosseguindo a visita a dois hotéis em Vilamoura (Hotel Vila Galé e Hotel Dom Pedro), onde tiveram a

oportunidade de conhecer as coz-inhas dos mesmos, uma vez que são estudantes de hotelaria. Os alunos belgas ficaram muito surpreendidos com os preços dos hotéis, pois eram bastante mais baratos do que na Bél-gica. Em todas as actividades, foram acompanhados tanto pelos alunos como pelos professores da nossa Escola, entre os quais a professora Rosária Irene que se encontrava à fr-ente do projecto.

Na altura do fecho desta edição, os alunos do intercâmbio ainda se en-contravam em Portugal, pelo que aprofundaremos os pormenores da sua estadia na próxima edição.

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Escola

No âmbito da disciplina da Área de Projecto, área disciplinar

que requer a realização de um pro-jecto ao longo do ano, o nosso grupo constituído pelos alunos António Cantante, Bruno Bárbara, Michaël Blanc, Robert King e Tiago Batista, do 12ºH, tomou a iniciativa de e-xercer trabalho voluntário na Santa Casa da Misericórdia de Faro.Este projecto chamado “Gesto Jo-vem” surgiu pela necessidade do grupo de intervir positiva e activa-mente na sociedade, podendo assim melhorar a qualidade de vida dos idosos. Outra razão do surgimento do projecto foi o facto de haver uma grande carência de voluntários neste tipo de instituições. Realizamos trabalho voluntário duas vezes por semana, e nesses momen-tos estabelecemos conversas e fortes laços de amizade com os utentes.Brevemente o rancho da Conceição

Gesto Jovem

irá actuar na Santa Casa por nossa iniciativa, pois constatámos um grande entusiasmo dos utentes neste tipo de eventos.Até aqui, temos tido um enorme prazer em colaborar com esta insti-tuição. Este projecto tem-nos ensi-nado muito e temos a certeza que os meses que virão serão igualmente fantásticos. No final do ano apresen-taremos um documentário sobre o trabalho desenvolvido.

António Cantante, Bruno Bárbara, Michaël Blanc, Robert King e Tiago Batista

Somos um grupo de Área de Pro-jecto da turma 12ºH que escolheu

como tema a criação de uma Rádio on-line. Esta rádio destina-se a ti e tem como objectivos informar-te dos eventos promovidos pela escola e entreter-te enquanto estás no teu computador. Neste site temos também um fórum onde podes deixar a tua opinião e faz-er os teus pedidos.

A rádio ainda se encontra em con-strução mas assim que for possível divulgaremos o link para poderes aceder-lhe. Contamos com a tua pre-sença na inauguração e com a tua colaboração ao longo de todo o pro-jecto.

Flavius StanciuJéssica SilvaMaria AlexandreRita JesusTiago Vasconcelos

L i c e u S tat i o n

chegou!

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Escola

Merdock era um cão. Ra-feiro, como outros cães nobres, de briosas estirp-

es. Amarelo sujo. Sem coleira nem açaime. (…) Ágil e astuto. Conta a história que, um dos dias em que Merdock vagueava pela cidade, pro-fissionais do Canil Municipal ten-taram apanhá-lo e, entre aventuras e desventuras, Merdock conseguiu escapar: para seu grande alívio, um grupo de alunos do liceu que se en-contrava no café Aliança chamou-o como se fosse o seu animal de esti-mação e afastou o malfeitor. Merdock começou a associar os jovens às ca-pas negras que na altura constituíam a farda liceal e todas as manhãs, quase religiosamente, seguia o grupo que o havia salvado no seu percurso até ao Liceu. Porém, a Instituição tinha as suas regras, severas e inflexíveis na altura, como é sabido e, como tal, di-zia o regulamento que os animais não entravam. Merdock esperava então os seus amigos do lado de fora e revia-os com enorme alegria todos os inter-valos. A relação de cumplicidade foi crescendo pouco a pouco mas o desti-no de Merdock adivinhava-se negro. Certo dia, não se podendo valer dos seus compinchas estudantes foi preso e levado para o Canil. Mal os alunos tomaram conhecimento da deten-ção, começaram a reunir formas de libertar o Melhor Amigo do Liceu. E para atingir este fim só existia um meio: angariar dinheiro. O plano era simples: os alunos faziam-se passar

por religiosos encartados que pediam “para as santas explorações dos es-tudantes”. Foi também realizado um peditório no Liceu em que todos con-tribuíram: desde alunos a professores. Assim, foi possível assegurar despe sas de multas, licenças e vacinas. Seguidamente foi feita uma marcha de protesto até à Câmara Munici-pal, uma “manifestação de solida-riedade”. Convém salientar que na altura qualquer ajuntamento de mais de três cidadãos não era possível sem consentimento do Governo Civil e, assim, os nossos heróis estavam a ar-riscar demasiado. Gritavam-se pala-vras de apoio ao rafeiro mais querido da Cidade. Tudo correu pelo melhor e o grupo efervescente de estudantes lá conseguiu rever Merdock e este os seus amigos das “capas negras”. A missão estudantil foi até publicada a nível nacional em jornais diários e periódi-cos da época e reconhecida pelas So-

Merdock O melhor Amigo do Liceu

ciedades Protectoras dos Animais. Na comemoração dos 50 anos da lib-ertação de Merdock um livro foi ed-itado em memória deste nobre feito e uma placa foi descerrada na can-tina da actual Escola Secundária João de Deus, antigo Liceu Nacional de Faro. Assim, a história de Merdock ou cão da malta, como também era chamado, fica gravada no legado de-sta Escola, não só como um acto de amor e compaixão para com um ser, à partida, menosprezado, como um marco do início da consciência crítica e capacidade associativa de jovens. Afinal, os Heróis das Capas Ne-gras, sendo um exemplo de como se deve lutar pelos ideais em que se acredita, devemos ser todos nós.

BibliografiaCALADO, Vieira; Merdock, um cão em faro nos anos 50 Portimão, Ajea, 2007

por Miriam Garrido

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Escola

Parlamento de Jovens

Ana Mafalda Sarmento, Catarina Gamboa, Inês Metelo, Rita Engrácia

Como é do conhecimento geral, realizou-se na nossa escola uma

espécie de eleições, no âmbito do Par-lamento de Jovens. Saliento ,e esta foi uma actividade bastante benéfica para o crescimento e aprendizagem de cada um dos alunos. Na minha opinião esta actividade proporcio-nou um conhecimento alargado das ideias de cada aluno e dos projectos que juntos podemos realizar e tam-bém em retirarmos o que de melhor e pior têm.(….) Foi também bom, pois o futuro do nosso país está nas nos-sas mãos e também este, irá depender das nossas ideias, para resolver prob-lemas da sociedade, com o objectivo de que a vida em comunidade se torne melhor(…)”Joana Santos – 11º F – Turma da Lista C

“ A campanha eleitoral relativa ao programa do Parlamento de Jovens decorreu durante os dias 17,18 e 19 de Janeiro(…). No 1º dia de propa-ganda as quatro listas (A,B,C e D) distribuíram panfletos e expuseram cartazes.(…) No entanto este tipo de persuasão tornou-se em manipula-ção pelo facto de todos optarem por chamar a atenção dos alunos e con-seguiram mais votos através da oferta de bolos, réguas, cocktails, queques, entre outras ofertas(…)No entanto no dia 19 decorreu o debate, onde as lis-tas tiveram de utilizar os seus conhe-cimentos. O auditório foi quem mais se fez ouvir visto que apresentou a sua opinião no final do debate quer

seja a favor quer seja contra determi-nadas propostas”José Teixeira – 11ºB – Turma da lista D

“Durante toda a campanha a retórica teve um papel fundamental, porque o mais importante ao longo de todo este processo era o facto de cada lista saber defender as suas ideias e para tal não basta dizer que a nossa ideia é boa mas sim expô-la, argumentá-la e defende-la devidamente para que esta passe a fazer parte da opinião de todos, para que isso acontecesse ocorreu um debate onde cada uma das listas pode criticar, defender e argumentar as várias propostas na presença de todos os alunos e profes-sores interessados(…)”Matilde Por-tada – 11ºG – Turma da lista B ( Lista Vencedora)

“ Na minha opinião, o Parlamento de Jovens na nossa escola, teve uma grande utilidade, na medida em que foi possível o desenvolvimento de ca-pacidades como o poder de argumen-tação .Os membros das listas tiveram que criar propostas de forma a melho-rar a educação do país, estas propos-tas foram posteriormente apresenta-das á comunidade escolar através de argumentos que tinham como finali-dade apelar ao voto do auditório. Este apelo ao voto foi possível através de uma campanha eleitoral que se real-izou durante três dias(…)”Patricia – 11º H – Turma da Lista

em discurso directo

a argumentação e a retórica em análise

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Escola

E n t r e v i s t a a o s d e p u t a d o s e l e i t o s

Lista da escola: Joana Glória,João Patrício,Carolina Roque,Ana Sara Teixeira,Rita Engrácia,Vladyslav Ru-dakevych (suplente)Preto no Branco - O que acham de haver um Parlamento dos jovens onde os alunos podem contribuir com as suas propostas?R: Fantástico, permitiu aos alunos implementar medidas que considera-vam importantes na Educação Nacio-nal.PB: O que acharam dos 3 dias de campanha?R: Foi uma competição saudável, onde houve muita convivência e pro-porcionou muita animação a escola.PB: E do debate entre as listas que se realizou no auditório no dia 20 de Janeiro?R: Foi uma boa forma de perceber o poder argumentativo de cada lista, no entanto houve um desrespeito por parte de uma das listas para com as outras.PB: Como foram escolhidos os ele-mentos para representar a Escola Se-cundaria João de Deus?R: Foi através de uma votação, por voto secreto, dos representantes na Assembleia da Escola. Foram escol-hidos 5 efectivos e um suplente.PB: Quais as vossas propostas e qual o objectivo?R: As nossas propostas são:1.Implementar uma maior flexibili-dade curricular, permitindo a escolha de disciplinas e ofiinas (em vez de cursos) e na gestão da cantina, per-mitindo a escolha de ementas (integ-rando a opção vegetariana).2.Tornar opcional a presença do alu-no nas aulas de substituição, através da autorização do encarregado de educação.

Inês Metelo, Catarina Gamboa, Ana Mafalda Sarmento

3.Redução dos blocos lectivos de 90 para 60 minutos.O nosso objectivo é uma educação melhor. Defendemos e diversidade de escolhas e opções dentro da escola. Em todas as nossas propostas pre-tendemos dar o poder de escolha ao aluno e ao encarregado de educação, fazendo do espaço escolar um locar em que haja uma preparação para a nossa formação tanto académica e profissional como pessoal. Deve ser dado aos alunos um maior leque de escolhas, por exemplo permitir aos estudantes que escolham disciplinas fora da sua área de especialização, possibilitar a frequência de oficinas ou clubes mais inclinados para as áreas artísticas e criativas, facultar um menu alternativo (vegetariano) para as escolas. A crescente natureza multicultural de Portugal deve estar reflectida nas escolas públicas, as-sim como a individualidade de cada um de nós. Também as aulas de sub-stituição devem ser consideradas um direito e não uma obrigação. As au-las de substituição nas escolas são, na sua grande maioria improdutivas, constituindo, desta forma, um gasto de tempo. Esta proposta pretende lib-ertar os alunos de um bloco de aulas (que acaba por ser ineficaz), para que estes aproveitem e orientem o seu tempo livre, que já é reduzido. Defen-demos também a opinião, suportada pela nossa própria experiencia, de que a rentabilidade de uma aula de 90 minutos se reduz muito no seu ultimo terço, uma vez que a concentração no trabalho, tanto dos alunos como do próprio professor, diminui. A medida proposta, de redução dos blocos para 60 minutos, pretende assim tornar as aulas mais produtivas e menos cansa-

tivas.PB: Como foram escolhidas?R: Na Assembleia de Escola juntá-mos e completámos as propostas que a maior parte dos deputados votaram.PB: Já observaram as propostas das outras listas?R: Já. PB: O que acharam?R: Muitas listas não são claras e ob-jectivas. Algumas são muito repetidas e não estão no contexto necessário, umas já estão a ser aplicadas e outras não poderão vir a ser. Além disso nem todas estão focadas nas coisas mais importantes.PB: Estão preparados para o debate de dia 1 de Março?R: Estamos a fazer por isso.PB: Estão muitas escolas inscritas? Quantas?R: Estão 8 escolas inscritas a nível re-gional e cerca de 339 a nível nacional.PB: Que estratégias vão utilizar para contra-argumentar as propostas das outras escolas?R: Fazer ver que as nossas são as melhores e se adequam ao contexto actual. Não manipular mas sim per-suadir.PB: Qual é a escola, que na vossa opinião, tem as propostas mais fortes? Porquê?R: A Escola Pinheiro e Rosa pois apresentam propostas interessantes, não repetitivas e questões impor-tantes.PB: Acham que possuem propostas com capacidades de passar a próxima fase?R: Esperamos que sim.PB – Quais as fases que se seguem a seguir a esta?R: A seguir a fase regional é a nacio-nal. Vão ser eleitos 128 deputados a nível nacional e 4 no distrito de Faro.

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Escola

No passado dia 1 de Março às 10.30h decorreu no Instituto

Português da Juventude a sessão Dis-trital do Parlamento dos Jovens. O ob-jectivo da sessão foi escolher as pro-postas e deputados para irem à sessão nacional a Lisboa.A nível do Algarve inscreveram-se 8 escolas representadas pelas respec-tivas listas de cada Escola na sessão Regional: a Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico Dra. Laura Ayres, Escola Secundária Tomás Ca-breira, Escola Secundária Pinheiro e Rosa, Escola Secundária João de Deus, Escola Secundária de Albufei-ra, Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico do Padre António Mar-tins de Oliveira, Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Vila Real de Santo António e Escola Básica e Secundária de Albufeira.Em primeiro lugar houve uma breve introdução por parte da Sra. Depu-tada Antonieta Guerreiro, do Direc-tor Regional Adjunto da Educação do Algarve, Eduardo Dias e da Directora Regional do IPJ, Sara Gomes Brito e quando estes terminaram a mesa foi ocupada pela Presidente Caro-lina Nunes, aluna da Escola Básica e Secundária de Albufeira e pela Vice-Presidente Ana Catarina da Torre, aluna da nossa escola.De seguida seguiu-se um período de perguntas por parte das listas à depu-tada e as respostas às mesmas. Na apresentação dos projectos cada Escola só tinha 8 minutos para falar e em seguida no debate houve duas ron-das, primeiro as perguntas de umas listas para as outras e depois as res-postas.

Na votação do melhor projecto gan-hou a Escola Secundária com 3º Ci-clo do Ensino Básico de Vila Real de Santo António com 8 votos.

Na parte da tarde foi o debate

para aprovar o projecto anterior-mente aprovado que resultou no seguinte:1. Criação de Equipas multidisciplin-ares compostas por técnicos de acção social, psicólogos, docentes, quer de ensino normal, quer de ensino espe-cial, auxiliares e pessoal administra-tivo. A esquipa escolar em causa deverá ser, por excelência, a acompanhante dos estudantes no domínio social, psi-cológico e no domínio das suas situa-ções económico-financeiras. Estas equipas teriam competência, para além desse acompanhamento, para agilizar uma relação cordial entre o estabelecimento de ensino e as en-tidades públicas e privadas de âmbito local e regional, no sentido de resolv-er questões problemáticas individuais dos alunos e respectivo agregado fa-

miliar, desde que estas impliquem di-rectamente o aproveitamento escolar e todas as competências sociais do aluno. 2. A nível do ensino secundário os

alunos autorizados pelos encar-

regados de educação à não assistência às aulas de substituição frequentariam uma sala de actividades (ateliês), as-sim como em caso de o professor sub-stituto faltar. Caso o encarregado de educação não autorize, o aluno teria de frequentar a aula de substituição. 3. Educação Verde: Criar planos de sustentabilidade, de modo a inovar o

por Ines MeteloCatarina GamboaAna Mafalda Sarmento

Parlamento dos Jovens: Sessão distrital

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Escola

DirecçãoAna Mafalda Sarmento

Propriedade: Escola Secundária João de Deus

Ed

itor

es g

ráfi

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Autor do logotipoIngo Martins

Jessica ConceiçãoIngo Martins

Rafaela OliveiraCarolina Piquet

Ana AmadoAfonso Santos

André JesusVera Matias

Luís GuerreiroÉlio José

João BrásAndré Ramos

Ana SarmentoInês MeteloCarolina RoqueRita EngráciaDiogo SimãoSahuanny MattosGonçalo PiresSarah VirgiBeatriz PaixãoBeatriz Barra

ensino e ao mesmo tempo investir em medidas que visem a saúde do planeta, diminuindo a nossa pegada ecológica. Como? Através da medida “bolsas de empréstimo”. Se o ensino é um direito universal, mas também um dever ob-rigatório do estado para os cidadãos, então todos os recursos e materiais essenciais a uma boa aprendizagem devem ser fornecidos gratuitamente, para que haja igualdade de oportuni-dades para todos os alunos. Os dife-rentes materiais deverão ser reutiliza-dos de ano para ano para que o Estado não tenha uma despesa cada vez mais significativa. Ao mesmo tempo, reuti-lizando, as crianças e os jovens apren-derão, desde cedo, o valor da proprie-dade comum, do bem que é de todos. 4. A falta de competitividade da nossa força de trabalho, exige que se mude a cultura de exigência do nosso sistema de ensino. Para tanto e porque há que aproximar cada vez mais, a escola do mercado de trabalho, propõe-se a cria-ção de especializações profissionais e académicas em áreas de interesse público ou profissional e só nessas, a realizar por quem é detentor de mel-hores conhecimentos/competências, bem assim como aproximar a oferta formativa das escolas/universidades/institutos politécnicos, das verdadeiras necessidades do mercado de trabalho. 5. Manter a disciplina de Área de Pro-jecto mais direccionada para o desen-volvimento de projectos no âmbito da cidadania e da participação política. Poderia haver também a criação de uma disciplina de cidadania e cultura portuguesa de cujos conteúdos fizesse parte a organização política e adminis-trativa do país.

Como tema para o próximo ano gan-hou, através de uma votação, o tema: A Europa e nós. As Escolas que irão representar o distrito de Faro na sessão nacional em Lisboa serão a Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Vila Real de Santo António e a Escola Secundária João de Deus pois foram as mais votadas.

RedactoresMiriam GarridoAntónio CantanteBruno BárbaraMichael BlancRobert KingTiago BatistaFlavius StanciuJessica SilvaMariaAlexandreRita Jesus

Tiago VasconcelosCatarina GamboaInês HeronMariana LuzAndré RodriguesNelsa SilvaAdriana RosaMiguel MarquesMicael NascimentoJorge Alves

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Escola

VISITA DE ESTUDO A SINTRA E MAFRAEDUCAÇÃO SEXUAL OU EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE?

- Entrevista ao Gabinete de Apoio ao Aluno (GAA)

de Ana Mafalda Sarmento, Rita Engrácia, Catarina Gâmboa e Inês Heron

PB: Para que serve, no fundo, este gabinete?GAA: O Gabinete de Apoio ao Aluno tem funções relacionadas com a Esco-la Promotora de Saúde, e a promoção da saúde é uma dimensão do ensino, portanto o gabinete tem de abordar áreas que estão relacionadas com esta vertente do ensino, que é uma área que é transversal a todas as discip-linas e a todas as áreas curriculares. Primeiro pode-se dizer que é um es-paço onde existem materiais, vídeos, dvd’s, livros que os professores e alu-nos podem consultar e os professores podem também levar esses materiais para as aulas para mostrarem aos alu-nos. A outra vertente tem a ver com a questão da educação sexual e da educação para a saúde, este gabinete está directamente envolvido nessas questões, faz a ligação entre as tur-mas, os alunos e as entidades que é necessário contactar para que depois se desenvolvam acções, formações, no âmbito da educação sexual e da educação para a saúde. Nós aqui no gabinete primeiro começamos por analisar os projectos curriculares de turma, por ver as áreas que os alunos escolhem, o que é que eles querem ver tratado, se é a toxicodependência, se é violência no namoro, gravidez na adolescência. Os professores depois, com base nesse projecto curricular de turma vão elaborar um plano de educação sexual e de educação para a saúde propondo então essas áreas, a partir de então nós vemos que en-tidades temos de contactar para cada turma no sentido de ajudar directores de turma e professores a desenvolv-erem este projecto. Contactamos a APAV (Apoio á Vítima), IDT (Insti-tuto da Droga e Toxicodependência),

o Centro de Saúde e depois a partir daí conseguimos trazer aqui especial-istas nessas áreas que têm dinamiza-do várias acções para as turmas.PB: Costumam receber alunos aqui no gabinete?GAA: Sim. Se os professores ou os alunos detectam que há situações a precisar de apoio, de encaminhamen-to para especialistas que não há na escola são depois encaminhados para consultas disponibilizadas pelo Cen-tro de Saúde, ou pelo IDT ou APF (Planeamento Familiar). A escola é uma via aberta e privilegiada. Tem havido menos solicitações por parte dos alunos devido ás condições que nós temos, nos anos anteriores a sala estava num sítio de passagem para os alunos e agora não está, as pessoas têm mesmo de vir até aqui (anexo do auditório), é mais complicado mas quando está cá gente, se houver algum aluno que precise de algum apoio ou de conversar com alguém será rece-bido, mas não há tanta afluência este ano. Em termos de espaço estamos muito limitados porque muitas vezes não cabemos aqui todos, os professo-res, técnicos e psicólogos. Não temos condições.PB: Quantos psicólogos há na es-cola?GAA: Temos uma psicóloga, a Dra Teresa, uma professora do ensino es-

pecial, Prof. Ana, e temos um psicólo-go, Dr Luís, que é funcionário da es-cola e que não está colocado como psicólogo mas tem essa possibilidade de exercer a função de psicólogo, e todos os anos recebemos psicólogos-estagiários.PB: Em que dias costumam receber os alunos no gabinete?GAA: Está um horário afixado na porta, relativo à Escola Promotora de Saúde, o horário dos psicólogos não está ali afixado.PB: Há algum email ou contacto tele-fónico para o qual os alunos possam contactar?GAA: Sim há um email, [email protected] e o contacto telefónico, basta ligarem para a escola e pedir uma ligação para o gabinete.PB: Como foi criado este gabinete? E porquê? GAA: Foi criado em 1999 e foi uma proposta de alunos da Área Escola que contribuíram com os tapetes e almofadas que fizeram, em parceira com um Projecto do IEE - Instituto de Inovação Nacional.

EQUIPA DO GAA:Rosa Guedes - coordenadoraCristina NevesSilvina AfonsoDulce SeitaCristina Cardoso

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Escola

No dia 13 de Janeiro, os alunos das turmas 12º1, 12º2, 12º3 e

12ºI juntaram-se todos , por volta das 6:30 da manhã, em frente à Escola Secundária João de Deus, para partir numa visita de estudo a Sintra, Lis-boa e Mafra. Até os que normalmente chegam mais atrasados apareceram a horas!!! Chegados a Sintra, visitámos o Pa-lácio da Pena, mas para lá chegarmos apanhámos primeiro um autocarro e, em seguida, o comboio turístico. Vi-sitámos os aposentos da família real e vimos o conhecido Tritão. Depois de terminar a visita fomos almoçar à Es-cola Secundária Santa Maria de Sin-tra. Depois de um delicioso almoço, de esparguete à bolonhesa, seguimos para a Quinta da Regaleira, onde pu-démos visualizar o magnífico jardim, as grutas e a capela. O que mais nos divertiu foi,sem dúvida, atravessar o lago por cima das pedras depois de descermos o famoso poço Iniciático. Ao fim da tarde, fomos para a Pousada da Juventude, no Parque das Nações, em Lisboa, para nos refr-escarmos antes de sair para jantar e para uma voltinha no Centro Comer-cial Vasco da Gama. Regressámos por volta das 23h00 e aí começou a grande diversão... No dia seguinte, dirigimo-nos para Mafra, onde fomos visitar o Conven-to: de manhã, assistimos à peça sobre a obra Memorial do Convento que, embora estando todos muito enso-nados, bastante nos agradou ; depois de almoçarmos na Escola Secundária José Saramago, voltámos para o Convento onde participámos numa visita guiada à Basílica e aos aposen-tos da família real. Depois de termi-

Alunos do 12º3

VISITA DE ESTUDO A SINTRA E MAFRA

A caminho de Sintra.

As turmas 12º 1, 12º 2, 12º3 e 12º I.

Os professores a almoçarem esparguete à bolonhesa na escola Secundária Santa Maria de Sintra.

nada a visita, com pena, iniciámos o regresso a Faro, onde chegámos por volta das 21:30. Foram dois dias diferentes em que aproveitámos para aprender, conviver e divertirmo-nos. Queremos voltar a repetir!

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Cultura

Estamos num tempo de crise.

Mas crise de quê? Política? Económica? Sentimental?

Geográfica? Familiar? Atómica? Acaba por ser um pouco de todas, mas não existiriam umas sem as ou-tras… Conclusão: A crise é um ciclo vicioso… Eu nunca acreditei muito no poder da política, e após ver este excelente filme, todas as minhas crenças foram confirmadas: nós não vivemos no NOSSO mundo, mas no mundo que as pessoas com poder querem que nós vivamos… Afinal de contas so-mos nós que os escolhemos para nos liderar não é? Eles são carismáticos e manipuladores, inteligentes e segu-ros, são realistas e presentes… Afinal de contas aparecem na TV, não é? Falando do filme em si: é uma co-média muito bem dirigida por Barry Levinson (Rain Man – Encontro de Irmãos e Avalon) que traz ao grande ecrã uma verdadeira dupla de sonho: o incomparável Robert DeNiro (Taxi Driver e O Padrinho – Parte 2) e o icónico Dustin Hoffman (Kramer vs Kramer e Hook) , que mais tarde se iriam reencontrar para a série de filmes cómicos “Meet the Fockers”. Hoffman é totalmente maníaco e concentrado em pormenores desne-cessários… Mas é por isso que a sua personagem se torna única: é comple-tamente desnecessária em qualquer sentido da palavra, mas ao mesmo tempo não existiria filme algum sem ele… Foi nomeado para um Óscar por este filme, no qual interpreta um produtor de Hollywood encarregado de… É melhor verem para acredita-rem… Quanto a DeNiro, faz um pa-

pel brilhante mas diferente: calmo, ponderado, com uma imensa cultura política. Faz-nos perguntar quem realmente manda no mundo: DeNiro é apenas um representante do presi-dente, mas mesmo assim consegui-mos claramente ver uma aura de con-fiança e poder a emanar dele, e todas as decisões que toma parecem reflec-tir-se na sociedade à sua volta…

na Casa BrancaMan o sarb

Hum… O artigo está a ficar demasi-ado filosófico e político, por isso não vou adiantar muito mais: se estão à procura de um filme para rir com a família inteira, este é claramente uma boa opção. Se estão à procura de um filme que vos meta a pensar, este é claramente uma boa opção. Se estão à procura de motivos para dizer que a culpa da crise é dos políticos, este filme é claramente uma boa opção. Mas pensem bem antes de os culpar realmente, porque embora eles nos enganem, o mundo talvez fosse pior pintado de outra cor… E pensem bem antes de se meterem com eles… Afinal de contas apare-cem na TV, não é?

de Diogo Simão

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Escola

Já sorriste hoje?

Esperemos que a resposta seja sim! Nós todas as segundas

feiras tentamos levar o sorriso para as crianças que estão na Consulta Externa da Pediatria do Hospital Central de Faro. Somos um grupo de alunos da turma 12ºH consti-tuído pelos alunos Ana Barra, André Rodrigues, Beatriz Paixão, Mariana Luz e Nelsa Silva.Lembras-te das secas que apanhavas enquanto esperavas pela tua con-sulta quando eras mais pequeno? A partir de Janeiro para algumas cri-anças isso mudou. Temos ido todas as segundas feiras fazer variadas actividades com elas de modo a que o tempo passe rápido e que estas sorriam o máximo possível, esque-cendo o motivo que as leva lá.Lembras-te de como era teres as mãos cheias de tinta, de cola, de fazer recortes ou colagens ou mes-mo poderes dar asas á tua imagina-ção e construires uma história? É isto que tentamos estimular a estes “Pequenos Grandes Heróis”.Para todo o grupo tem sido gratifi-cante o trabalho de voluntariado desenvolvido, tem sido para todos um projecto de auto-realização que nos tem enriquecido como pessoas.

Mariana Luz, André Rodrigues, Beatriz Paixão, Nelsa Silva e Ana Barra - 12º H

Voluntariado na Pediatria do Hospital de Faro

Pequenos Grandes Heróis!

Já sorriste hoje? No dia 21 de Fevereiro de 2011, tiveram lugar, no auditório da

Escola Secundária João de Deus, duas sessões de poesia, com o actor Afonso Dias, inseridas no projecto da DREAlg "A Poesia está na Escola... e em toda a parte". Este projecto foi utilizado pela escola no âmbito da integração da Biblioteca Escolar ao serviço do currículo.A primeira sessão teve início às 9 horas e teve a participação das turmas do 10º ano: A, C, H e I. A segunda sessão, pelas 10.30h, contou com a presença das turmas, também do 10º ano: B, D, E, F e 8, acompanhadas pelos respectivos professores.Afonso Dias é actor e cantor. Entre Outubro de 2001 e Maio de 2002 realizou, nas Escolas Secundárias, cerca de três centenas de sessões de sedução para a poesia em colabo-ração com a Direcção Regional de Educação do Algarve e a Associação de Professores de Português. Desse trabalho resultou a edição de 3 CD’s/ Multimédia, como auxiliares ped-agógicos, de título genérico “Cantan-do espalharey”.Esta actividade de propagandista da poesia, ainda hoje se mantém nas es-colas do Algarve e de outras zonas do país. Só no Algarve fez, em 2009,

A Poesia está na Escola... e em toda a parte”

132 sessões nas Escolas para cerca de 9000 alunos. Nas sessões que apresentou na ESJD, Afonso Dias recitou alguns poemas e cantou músicas originais, assim como algumas conhecidas dos alunos que assistiram. Estes, por sua vez, juntaram-se ao cantor na melo-dia, o que proporcionou um momen-to mais animado na actividade.

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Escola

A AGRICULTURA BIOVERTICAL E OS OBJECTIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO

MILÉNIO

No âmbito da divulgação e difusão do projecto do grupo

“Agricultura BioVertical” cujos membros são Adriana Rosa, Eman-uel Seiça e Jorge Santos da turma A, 12º ano, escrevo este artigo com o fim de estimular e convidar os leitores a aderirem a este método de cultivo e simultaneamente a con-tribuírem para a concretização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. A Declaração do Milénio, adoptada em 2000, por todos os 189 Estados Membros da Assembleia-geral das Nações Unidas, veio lançar um pro-cesso decisivo da cooperação global no século XXI. Estes foram os oito Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) que se espera serem concretizados num prazo de 25 anos:

Millennium Development Goals

1. Erradicar a pobreza extrema e a fome. 2. Alcançar a educação primária universal. 3. Promover a igualdade do género feminino.4. Reduzir a mortalidade infantil. 5. Melhorar a saúde materna.6. Combater o HIV/SIDA, a malária e outras doenças. 7. Assegurar a sustentabilidade am-biental.8. Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento.

Mas o que têm os ODM no Mundo a ver com a Agricultura Biovertical?Nós acreditamos que tudo!Cremos que este conceito inovador e futurista criado por Dickson De-spommier, professor de Microbio-logia na Universidade de Columbia, EUA pode ser uma mais valia para a concretização dos oito desafios lançados, nomeadamente no que diz respeito aos pontos 1, 6, 7, e 8 acima listados e dizemo-vos porquê.A implementação deste tipo de agricultura é claro que implica um grande investimento monetário, o que constitui uma desvantagem; mas penso que as vantagens que acarta são do mesmo nível de grandeza.A agricultura biológica, isenta de químicos, previne à partida, um sem número de malefícios. Em princípio a adição de adubos e outros fertilizantes que catalizam o de-senvolvimento vegetal de géneros que servirão de alimento não terão consequências ou não seria permitida a sua utilização pela legislação. Mas a verdade é que a sua aplicação é feita há relativamente pouco tempo, e a longo prazo não sabemos ainda que interferências poderão ou não ter esses químicos nos normais proces-sos biológicos essenciais como a divisão celular ou síntese proteica. É então possível contextualizar o nosso projecto no 6º e 7º objectivos de desenvolvimento do milénio, já que a agricultura biológica corresponde a uma medida de prevenção contra o desenvolvimento de patologias hu-manas e assegura a sustentabilidade ambiental ao não contribuir para a contaminação de redes hidrológicas por químicos tóxicos nomeadamente

os nitratos (porque basicamente as plantas crescem não a pão e água, mas a sol e água). Agora já sobre a agricultura vertical, que constitui o tema de maior inter-esse do nosso projecto e aquele a que queremos dar mais ênfase já que é uma ideia pouco conhecida, pouco convencional e por isso rapidamente descartada. Mas antes de a rejeitar, é preciso analisá-la bem e concluir que deve ser mais que utopia!O crescente aumento demográfico (ainda que tenha desacelerado) levanta a questão da fome, já que esse crescimento não é acompanhado duma maximização dos recursos naturais. Daí que seja necessário dar atenção à agricultura vertical que visa a criação de plantas em edifícios dentro da cidade. Com alguma tec-nologia e investimento será possível fazê-lo e a longo prazo contribuir para um ambiente mais saudável.

Adriana Rosa

Grupo de Área de Projecto: “Agricultura BioVertical”

Com este método, a redução da distância produtor-consumidor tem efeitos imediatos e um dos mais importantes é no que diz respeito aos transportes.

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Escola

Adriana Rosa, Engº M.Correia, Jorge Santos e Emanuel Seiça

Reduzindo a distância produtor-consumidor o preço dos alimen-tos baixa porque não são gastas as mesmas quantias de dinheiro em combustíveis, equipamentos de conservas e empacotamentos, camiões, aviões... Assim, mesmo que não consigamos diminuir para metade o nº de pessoas que vivem com $1,25USD por dia, esses mes-mos $1,25USD já dão para mais. A redução dos preços pode ainda funcionar como motor de economia do pais aderente à ideia. Depois este tipo de agricultura não contribui para a erosão dos solos já que em vez de em extensão, aproveitamos a altura. É o adeus à desflorestação, às grandes monoculturas sem fim à vista e aos solos subnutridos, exaus-tos, inférteis. Os vegetais tornam-se mais aces-síveis e o processo confere uma maior independência no que diz respeito ao “calendário vegetal” já que se admite que este método implica uma cobertura. Ao controlar o ambiente que afecta as culturas, defendemo-las de factores meteo-rológicos maléficos; pragas, ventos, chuvas ácidas (que podem deixar de ser tão ácidas! ao reduzir a distância produtor-consumidor, diminuímos o transporte, diminuímos o consumo de combustíveis fósseis e libertação de poluentes atmosféricos, assim a dissolução do CO2 atmosférico diminuirá e com a redução da acidez das chuvas, diminuirá o declínio da fertilidade do solo). Assim em praticamente qualquer altura do ano, qualquer local do mundo podemos ter a espécie que quisermos a baixo preço. Por exemplo, nós no suporte metálico que desenvolvemos na nossa escola podíamos em Novem-bro ter plantado morangueiros que é uma espécie tipicamente primaveril e estar no Natal a comer morangos lu-sos e frescos sem ter pago um preço exorbitante por eles.

Em suma, a Agricultura Vertical aliada à Agricultura Biológica são o caminho que temos de tomar para atingir grande parte dos objectivos do desenvolvimento do milénio. Se for aplicada, não num pequeno su-porte com três canteiros com 1,20 de comprimento mas replicada nas mais variadas cidades do mundo, com esta configuração é possível através dela diminuir o nº de pessoas que passam fome e morrem dela e simultanea-mente contribuir para um mundo mais natural e menos poluído.Acreditamos que mais do que curas para doenças incuráveis, mais que desenvolvimentos tecnológicos, mais que educação nos confins do mundo, não há nada de que a raça humana mais precise que alimento. É a base estrutural que em conjunto com a água constitui não o que resolverá os problemas da humanidade, mas sim aquilo que lhe garante, pelo menos, continuidade e a agricultura bioverti-cal garante.Para difundirmos esta ideia, con-vidámos o Engenheiro Agrónomo Macário Correia, presidente da câmara municipal de Faro para uma palestra seguida de uma apresenta-

ção do grupo dada dia 16 de Fever-eiro e realizámos ainda um vídeo que pode ser encontrado no nosso espaço virtual:www.agriculturabiovertical.blogspot.comConvidamo-vos agora a vocês a visitar o nosso suporte de agricul-tura vertical e biológica, perto do auditório e a esclarecer qualquer tipo de dúvidas com o grupo.

Despedimo-nos na esperança de vos termos conseguido impressionar e converter a aderir a este processo de cultivo inovador e a abrir a mente a ideias ousadas e inteligentes que promovem um ambiente mais sus-tentável.

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passatempos

Análise do Jogo: Killzone 3A Guerrilla Games entra novamente em combate com Killzone 3 e com um grande objectivo em mãos, será este o melhor FPS desta geração?

A Guerrilla Games entra nova-mente em combate com Kill-

zone 3 e com um grande objectivo em mãos, será este o melhor FPS desta geração?Quando começam a jogar Killzone 3, vão ser brindados por um menu com varias opções de jogo, entre elas, a Campanha (modo historia), Co-Op Campaign (campanha em ecrã divi-dido para 2 jogadores, Multiplayer, (jogo multijogador online), Botzone (local para treinar o multijogador On-line, mas com inimigos controlados pelo computador), e por fim, as op-ções e os créditos.Mesmo que não tenham jogado Kill-zone 2, por este momento, já devem saber que não é spolier mencionar o “pormenor” de o anterior Visari dos Helghast ter sido morto no fim do segundo jogo. Killzone 3 arranca pouco depois deste acontecimento, com a esquadra de assalto dos ISA a começarem a sua iniciativa de reti-rada do planeta Helghan.Vamos seguir a partir daqui a linha de fuga de Sev e Ricco e da companhia, enquanto assistimos também pelo caminho, à luta interna entre o gen-eral do exército dos Helghast e o di-rector do sector de armas, pelo lugar de Visari.Claro que nem tudo é tão fácil como podia parecer, e a fuga do planeta Helghast não vai ser nada pacifica, dando lugar a uma acção frenética logo a partir da primeira missão, com a guerra a ter lugar em praticamente todos os lugares e direcções. Isto é algo em que Killzone 3 começa a marcar pontos de imediato, ou seja,

através da sensação de guerra que foi muito bem transposta para Killzone 3. Ao contrário de outros FPS em que o avanço parece ser feito por ondas de inimigos, aqui, são mais as vezes que sentem que precisam de pressionar o inimigo e avançar do que propria-mente abater tudo e todos antes de poder continuar.

Em ternos de jogabilidade, Killzone 3 não foge em muito ao género já clássico dos FPS de consolas da era moderna. O comando foi adaptado de forma a englobar o esquema típico, mas ligeiramente alterado, com ob-jectivo de poder comportar algumas das diferenças de jogabilidade, com especial destaque, para o sistema de cobertura introduzido em Killzone 2, que regressa agora, ainda muito mais

aprimorado, sendo até possível cor-rer e deslizar em direcção à cobertura mais próxima, tudo isto sem ser ne-cessário sair da visão de primeira pes-soa, mantendo o estilo do FPS puro e duro.Se são fãs de FPS ou apenas gostam de jogos carregados de acção, grá-ficos poderosos e varias horas de di-versão Online, Killzone 3 assume ao mesmo tempo, não só o lugar de um dos melhores FPS da actual geração, como um dos melhores exclusivos da PS3. Para a Guerrilla Games, à ter-ceira tentativa, foi mesmo de vez.

Gonçalo Pires, Miguel Marques e Micael Nascimento

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À conversa comAS OBRAS NA ESCOLA - ENTREVISTA AO ENG. RESPONSÁVEL

PB : Tendo em conta a polémica acerca da alteração da escadaria da escola, gostaríamos de saber qual é o ponto da situaçãoENG: Estamos a aguardar que o Arquitecto mande um novo projecto para a escadaria.PB: Estão previstas na obra medi-das em relação a sismos?ENG: Sim, estão, a escola está a ser reconstruída com uma estrutura anti-sísmica.PB: Durante este 2º período, caiu um bocado do tecto no corredor das salas 300 ímpares. Foi devido ás obras?ENG: Todos os anos costumava entrar água da chuva pelo telhado e a escola fazia um arranjo mas como este ano está em obras não se fez. Daí a queda de parte do tecto. A intervenção que realizámos foi pro-visória e foi o professor Rogério que a pediu enquanto aquele bloco não for intervencionado, o que irá acon-tecer na segunda fase do projecto.PB: Neste momento a escola não

de Ana Mafalda Sarmento, Rita Engrácia, Catarina Gâmboa e Inês Heron

está preparada para ter alunos de-ficientes. Serão tomadas algumas providências em relação a este as-sunto?ENG: De momento o único acesso dos deficientes motores é aos con-tentores de baixo mas estão a ser construídas duas rampas e haverá um elevador no novo edifício.PB: O elevador existente foi remov-ido. Irá ser recolocado ou será um novo?ENG: Vai ser um novo.PB: Tanto nos contentores como no resto da escola tem havido falta de luz. Isto deve-se ás obras?ENG: Não, isso é da responsabili-dade da EDP.PB: Quando irá começar a segunda fase do projecto?ENG: Em Setembro.PB: Quais são as grandes alterações que vão decorrer na segunda fase do projecto?ENG: Vai-se fazer o novo mono-bloco do refeitório, o bar, as salas do Bloco B, vai-se demolir o actual

auditório e construir-se o novo além do Ginásio.PB: O Projecto sofreu alterações recentemente?ENG: Só a escadaria e a portaria, e ainda não sabemos o que irá acon-tecer.PB: As obras estão a decorrer no tempo previsto?ENG: Estamos duas semanas atrasa-dos.

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Horóscopo Escola – Durante os testes, olha para cima e as es-trelas guiar-te-ão.Saude – As cartas mostram-me algo de errado. Amor - o bom-senso diz que demonstres o teu amor a uma pessoa de cada vez!

Escola – O teu es-tudo demonstrará os seus frutos, asseguro-te caro amigo.Saude – Alguém te lançará uma macumba (já não é o meu campo).Amor – Prepara-te para grandes des-graças.

Escola – Estás ansioso(a) pelo 3º período, mas concentra-te nas aulas. Saturno queixa-se que andas lá perto.Saude – Vais correr o risco de te afogares numa piscina de bolinhas.Amor – Vão se conhecer quando te salvar da piscina de bolinhas!

Escola – Não mor-res se te esforçares só mais um bo-cadinho.Saude – O alin-hamento dos plan-etas mostra-me bolhas nos pés.Amor – A fila da cantina é um óp-timo lugar para conhecer pessoas no-vas.

Escola – Diz que a pesca tem boa saída.Saude – Bastan-te, não te podes queixar fora as dores nos joelhos.Amor – Boas no-ticias, as cartas dizem me que o amor da tua vida vai estar contigo dia 23 de Abril! Mas só irá acontecer alguma coisa daqui a muitos, muitos anos…

Escola – Vais ser expulso da aula no minimo duas vezes.Saude – Vais ter de usar aparelho, e se já usaste, a posição da Lua diz-me que usarás de novo.Amor – As folhas de chá falam-me de uma traição.

Escola – Portu-guês anda fra-quinho, eu sei…Saude – As dores de costas que te incomo-dam deviam ser vistas por um médico.Amor – Procura-o no bar do Orlando.

Escola – Será um período precário para ti: as estrelas prevêem um ra-ciocínio afectado por algo…Saúde – Prepara-te para as aler-gias de Primav-era, que vão atacar em força.Amor – A estação do amor não te vai favorecer, conforma-te.

Escola – Podes re-laxar um bocadin-ho nos estudos, andas a esforçar-te demais.Saúde – Já te vais aventurando na praia e protector solar que é bom, nada! Vai ter más repercussões.Amor – Vais conhece-la(o) num sába-do (não consigo prever a altura do dia porque ta nevoeiro)

Escola – Há no-tas complicadas e não precisava de ser vidente para prever o fim do teu ano.Saúde – É pos-sível que torças ou o pulso ou o pé direito.Amor – Imenso: mais do que um de certeza!

Escola – Deixa estar, para o ano ten-tas outra vez.Saude – Nenhum motivo de preo-cupação.Amor – Hum vejo um grande amor…e uma grande decepção.

Hor

ósco

po

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Agenda

Escola – Por este andar, tens um Verão des-cansado garan-tido.Saude – Aler-gias horríveis, compra um anti-histamínico o mais rápido possível.Amor – Já conheceste o amor da tua vida, e secalhar nem sabes. Vénus demonstra o seu desagrado perante tal comportamento.

Hor

ósco

pode Carolina Roque

No dia 2 de Dezembro de 2010, o 11º B e o 11º C estiveram em visita de estudo à Assembleia da República e à exposição “Viajar na 1ª República”. Os 48 alunos foram acompanhados pelas professoras Isalinda Guerreiro, Ana Lúcia Correia e Anabella Vaz.

Nos dias 22 e 23 de Fevereiro, as tur-mas G e H do 11º ano deslocaram-se em visita de estudo à Serra de Aire, Planalto de Santo António, Alcanena e Lisboa. Dinamizou a visita a profes-sora Maria João Oliveira.

“Chegavam às primeiras casas de Sintra, havia já verduras na estrada, e batia-lhes no rosto o primeiro sopro forte e fresco da serra. E, (…), não o “break”, mas o autocarro com o 12º I, o 12º 1, o 12º 2 e o 12º 3 chegou para a visita a Sintra. O 2º dia foi dedicado a Mafra e ao Memorial do Convento. Partiram dia 13 e regressaram dia 14 de Janeiro. Algumas semanas depois foi a vez das turmas A e F do 11º ano. Foi no dia 4 de Fevereiro que estiveram na Quinta da Regaleira e no Palácio da Pena, numa visita dinamizada pelas professoras Ana Margarida Casimiro e Carla Cunha.

Nos dias 16, 17 e 18 de Fevereiro o 10º 8 e o 11º 6 estiveram em visita de estudo a Coimbra, Porto, Braga e Lisboa. Nos dias 2, 3 e 4 de Março foi a vez do 10º 7 e do 11º 4, em viagem por Coimbra, Porto e Lisboa. As visi-tas forma organizadas pelo Srviço de psicologia da nossa Escola.

As turmas A, B e F do 12º ano esti-veram em visita de estudo nos dias 4 e 5 de Fevereiro, a Lisboa, Almada e Mafra. Esta actividade foi dinamiza-da pelos professores Ana Paula Trin-

ESJD EM VIAGEMdade, Alexandra Nunes, José Fortes e Marília Andrade.

No dia 14 de Março, os alunos do 12º H estiveram em Lisboa e Sintra, ten-do realizado o percurso pessoano e a visita à Quinta da Regaleira. A activi-dade foi dinamizada pela professora Emília Barata.

Mais um ano em que a ESJD visi-tou a Futurália. Aconteceu no dia 18 de Março e mobilizou significativa-mente professores e alunos. Foram cerca de 180 jovens numa actividade que, já vem sendo hábito, é da ini-ciativa do Serviço de Psicologia da nossa Escola. Para o ano lá estaremos de novo…

No dia 4 de Abril, as turmas C e E do 10º ano visitaram as exposições “Joe Berardo” e “Sophia de Mello Breyner Andresen”, em Lisboa. Esta visita foi da responsabilidade das professoras Maria João Seruca e Maria José Go-dinho.

Nos dias 13 e 14 de Janeiro as tur-mas 12º 1, 2 e 3 e 12º I acompanhadas pelas professoras Ana Mafalda Dias, Carla Cunha, Inês Fernandes e Bruno Gonçalves deslocaram-se em visita de estudo a Sintra e a Mafra.As turmas 11º A e F realizaram uma visita de estudo a Sintra no dia 4 de Fevereiro e as professoras Ana Casi-miro, Carla Cunha e Nazaré Cassiano acompanharam-nas.O Parque Natural da Ria Formosa foi visitado pelas turmas 12º C, 12º 2 e 3, tendo as professoras Carla Cunha e, Ilíada Paulo e Paula Pereira acom-panhado as referidas turmas no dia 23 de Fevereiro.

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À conversa com

p.b. - De que forma entraste para a agência?

Beatriz- Através do scouting da Best. Enviei fotografias, fui a ent-

revistas e assinei contrato.p.b. - É difícil conciliar os estudos

com o teu trabalho de modelo?Beatriz - Não, eu ainda não fiz

trabalhos. Mas por vezes quando me telefonam para ir a castings, não posso ir, pois tenho testes. E o facto de os castings serem em Lisboa e eu

viver em Faro, dificulta a situação. p.b. - Para que tipos de trabalho és

contratada mais frequentemente?Beatriz - Como já disse, ainda não fiz trabalhos. Mas já fui a castings

para publicidade comercial.p.b. - No futuro pretendes continuar

com a carreira de modelo?Beatriz - Não, eu pretendo contin-uar a estudar e ingressar no ensino superior. Apenas encaro a carreira de modelo como uma experiência.

p.b - Em termos de estilo, existe alguma personalidade em que te in-

spires para criar o teu próprio estilo?

entrevista MODELO*de Ana Mafalda Sarmento, Rita Engrácia, Catarina Gâmboa e Inês Heron

Modelo: Beatriz SantosBeatriz - Não, sou eu que crio o

meu próprio estilo.p.b. - E costumas seguir as tendên-

cias? De que forma?Beatriz - Sim, acho que todos nós

acabamos por seguir as tendências. No entanto, gosto de ser criativa e

criar o meu próprio estilo.p.b. - Para que tipo de trabalho que

mais gostarias de ser contratada?Beatriz - Gostava muito de fazer

um desfile para a Moda Lisboa ou Portugal Fashion.

p.b. - Em termos de dinheiro como é que funciona a best models?

Beatriz - Existe uma conta corrente onde são registados os trabalhos

que faço, bem como os workshops de teste fotográfico e passerelle. Ao valor dos trabalhos é descontado o

valor dos workshops.p.b. - Estás satisfeita com a agên-

cia?Beatriz- Sim, estou muito satisfeita. As “Bookers” são muito simpáticas.

A agência trata-nos como se fos-semos todos uma família.

p.b. - Como surgiu a ideia de te

tornares modelo?Beatriz-Sinceramente não sei. Um dia estava a ver sites de agências e

perguntei a mim própria porque não experimentar. Então resolvi enviar fotografias, a agência marcou ent-revistas, até que assinei contrato.

p.b. - O que dirias a qualquer rapariga que como tu gostaria de ser

modelo?Beatriz- Para nunca desistir in-

dependentemente daquilo que lhe dizem. No entanto, tem que ter

consciência que o mundo da moda é muito competitivo.

p.b. - A tua família apoia-te neste sonho?

Beatriz - Sim, sem dúvida. p.b. - Há algum tipo de trabalho que

te recusarias a fazer?Beatriz - Nunca pensei nisso, mas

poderia acontecer.p.b. - O que significa para ti ser

modelo?Beatriz- Para mim ser modelo é

como ser actriz. Existe um guarda-roupa variado e diferentes person-

alidades que se encarnam nos vários trabalhos.

Page 23: Preto no Branco nº59

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Escola

Jorge Alves

Jorge Alves, nasceu em Faro, a 27 de Maio de 1991.

Começou a ter o seu primeiro con-tacto com a música através do seu avô paterno, que lhe mostrava vários CD’s e K7’s, de grandes acordeonistas, incutindo-lhe assim, o gosto pela música e pelo seu in-strumento, o acordeão. Iniciou os seus estudos musicais, aos 9 anos, com o professor Cláudio Martins, na Escola de Música Águia Som, em Olhão; e mais tarde, influen-ciado pelos pais e pelo avô, com o objectivo de melhorar os seus estudos, continuou o seu percurso de aprendizagem com o professor Hermenegildo Guerreiro, que con-tinua até hoje a ser o seu profes-sor. Para além do acordeão, Jorge, com cerca de 13/14 anos, também começou a aprender clarinete na Banda Filarmónica 1º de Dezembro de Moncarapacho, com o Maestro António Correia, onde também, aprofundou os seus conhecimentos de formação musical. Jorge Alves, tem vindo a colaborar, como acor-deonista, com o Grupo Etnográfico de Quelfes e em 2007, integrou, como acordeonista e director musi-cal, no grupo de música tradicional portuguesa “ Cante Andarilho “; e como clarinetista, na orquestra de sopros Maria Campina, do conser-vatório Regional do Algarve Maria Campina, tendo como Maestro, o professor e Maestro Luís Clemente. Actualmente, frequenta o 7º ano de Conservatório em formação musi-cal e clarinete, é 1º instrumentista (1º clarinete) na Banda Filarmónica 1º de Dezembro de Moncarapacho e na Banda Musical Castromarinense, é professor de acordeão, clarinete

por Jorge Alves

e formação musical, na Escola de Música Águia Som, em Olhão, e desenvolve o seu projecto a solo, como acordeonista, preparando já a gravação do seu primeiro CD. Ao longo do seu percurso, tem vindo a participar em diversos es-pectáculos e festivais de acordeão a nível nacional e internacional; Foi um dos acordeonistas selecciona-dos para estar presente na 4ª Grande Gala Nacional do Acordeão, real-izada em São Brás de Alportel, no dia 23 de Maio de 2009; no dia 12 de Novembro de 2006, concluiu o curso de regentes para bandas fi-larmónicas, tendo como professo-res: Francisco Ferreira, José Pedro Figueiredo e Tristão Nogueira; em Julho de 2010, concluiu o curso de Direcção de orquestra de so-pros, tendo como professor, o grande Maestro Luís Clemente; e recentemente, foi coroado com o prémio Vice-rei do acordeão em Portugal ( 2º lugar no concurso Rei do acordeão em Portugal). O mundo da música é a sua grande paixão, tendo como objectivos fu-turos, aprofundar os seus estudos musicais de acordeão, clarinete, formação musical, direcção, entre outras áreas musicais.

Receitas

muito gostosas

de Sahuanny Mattos

Patê de Frango

1 Peito de frango cozido des-fiado 3 colheres de sopa de maio-nese 1/2 caixa de natas1 Cebola média ralada Salsa picadinha 1 colher de sobremesa de mo-starda Sal e pimenta a gosto

Modo de Prepararação

Num alguidar, mistura-se bem os ingredientes. Leva-se ao frigorifico por 30 minutos an-tes de servir. É deliciosa, muito prática, rápida e extremamente fácil de fazer.Óptima para fazer sandes e levar para um piquenique no campo. E Viva a Primavera!

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À conversa com

AmarSofrer amar gritarbasta!com a voz cansadade gastar o silênciodos olhares trocadosem gestos enamorados

Pois se o limitequando se alcançaé grave de consentirquando o peito ardede vã esperançae de agoniade amor demaisde poesia de vingançaserá pecado rugirum brado que enchao fado desse sentir?

Será defeito querermatar fugircorrer à margem do rioe berrar que se morrepara o mundo ouvir?

É que preciso dizerem versos brevesem clamores intensosque os beijos que devessão demais para viversem eles

Memórias

O vento sopra e a porta bate Brandamente

As vozes que soam cortam Silenciosamente

Os impulsos movem os corpos Intensamente

E o vento sopra as vozes soam Profundamente

Quadros que assomam à men-te

Em silêncios que inundam o arQue pesam nas paredesQue avultam em suspiros

brevesQue nunca deixam de passar

Desde tão longe os diasAcontecem intactos no coração

Ensejos que nunca secarãoNem os cheiros das maresias

É que a vida é feita de memórias

E se elas cessamDeixamos de viver

Eu não quero morrerAntes durar sempre

Prolongar aqueles momentosNa demora dos tempos

Eternamente.

Sarah Virgi

Jéssica Conceição