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  • Presidente da RepúblicaFernando Henrique Cardoso

    Ministro de Estado do Planejamento e OrçamentoPaulo de Tarso Almeida Paiva

    INSTITUTO BRASILEIRODE GEOGRAFIA EESTATÍSTICA - IBGE

    PresidenteSimon Schwartzman

    Diretor de Planejamento e CoordenaçãoNuno Duarte da Costa Bittencourt

    ÓRGÃOS TÉCNICOS SETORIAIS

    Diretoria de PesquisasLenildo Fernandes Silva

    Diretoria de GeociênciasTrento Natali Filho

    Diretoria de InformáticaFernando Elyas Nóbrega Nasser

    Centro de Documentação e Disseminação de InformaçõesDavid Wu Tai

    UNIDADE RESPONSÁVEL

    Diretoria de Pesquisas

    Departamento de AgropecuáriaCarlos Alberto Lauria

    Gerência do Censo AgropecuárioAntônio Carlos Simões Florido

  • Censo Agropecuário 1995-1996 Brasil

    Ministério do Planejamento e Orçamento

    Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE

    Censo Agropecuário

    1995-1996

    número 1Brasil

  • Censo Agropecuário 1995-1996Brasil

    Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGEAv. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil

    ISSN 0103-6157 (meio impresso)ISSN 1415-1480 (CD ROM)

    © IBGE. 1998

    Projeto EditorialDivisão de Editoração-DIEDI/Departamento de Editoração e

    Gráfica-DEDIT/CDDI

    Estruturação Textual

    Katia Vaz Cavalcanti

    Copidesque e Revisão

    Cristina Ramos Carlos de Carvalho

    Maria da Penha Uchôa da Rocha

    Diagramação

    Adamor de Oliveira SantosCláudio Sebastião BarbosaLuiz Carlos Chagas TeixeiraMaria da Graça Fernandes de LimaSolange Maria Mello de Oliveira

    Elaboração dos Arquivos PDF do CD-ROM

    Katia Vaz Cavalcanti

    Paulo Fernandes

    Roberto Cavararo

    Produção

    Centro de Documentação e Disseminação de Informações-CDDI/

    IBGE, em meio digital, em 1998.

    Capa

    Renato J. Aguiar - Divisão de Criação - DIVIC/CDDI.

  • Apresentação

    Com a presente publicação, referente ao volumeBrasil, o IBGE conclui a divulgação dos resultados definitivosdo Censo Agropecuário de 1995 - 1996, cuja coleta foi realizadaentre agosto e dezembro de 1996.

    O último Censo Agropecuário foi realizado em1985, e desde então o Brasil não dispunha de informações decaráter estrutural e abrangência universal sobre este setor, deimportância fundamental para o entendimento das profundastransformações econômicas e sociais que vêm ocorrendo noPaís. Graças aos avanços técnicos da instituição, o IBGE, pelaprimeira vez, está divulgando os resultados de um censo comtal amplitude e complexidade em curto espaço de tempo.

    Os dados estão sendo apresentados em um volumeimpresso, contendo as tabelas mais representativas para o País.Cada volume vem acompanhado de um CD-ROM que contémtodas as tabelas do plano tabular e dispõe de um sistema detabulação que permite a elaboração de outras tabelas deinteresse do usuário. Além disso, através de um outro sistema,também disponibilizado no mesmo CD-ROM, possibilita aconstrução de cartogramas de variáveis selecionadas. Parte dastabelas também está sendo disponibilizada nos sites do IBGEna Internet (http://www.ibge.gov.br e http://www.ibge.org).

    Rio de Janeiro, RJ, novembro, 98

    Simon SchwartzmanPresidente do IBGE

  • Plano de Divulgação

    Censo Agropecuário 1995-1996

    Meio Impresso e CD-ROM

    número 1 Brasil

    número 2 Rondônia

    número 3 Acre, Roraima e Amapá

    número 4 Amazonas

    número 5 Pará

    número 6 Tocantins

    número 7 Maranhão

    número 8 Piauí

    número 9 Ceará

    número 10 Rio Grande do Norte

    número 11 Paraíba

    número 12 Pernambuco

    número 13 Alagoas

    número 14 Sergipe

    número 15 Bahia

    número 16 Minas Gerais

    número 17 Espírito Santo

    número 18 Rio de Janeiro

    número 19 São Paulo

    número 20 Paraná

    número 21 Santa Catarina

    número 22 Rio Grande do Sul

    número 23 Mato Grosso do Sul

    número 24 Mato Grosso

    número 25 Goiás

    número 26 Distrito Federal

  • Equipe Técnica

    Censo Agropecuário 1995-1996 número 1 Brasil

    Gerência do Censo Agropecuário/Diretoria de Pesquisas

    Antônio Carlos Simões Florido

    Coordenação de Acompanhamento e Controle Operacional dos Censos/PR

    Maria Vilma Salles Garcia

    Coordenação de Informática do Censo Agropecuário/Diretoria de Informática

    José Luiz Lopes

    Departamento de Estruturas Territoriais/Diretoria de Geociências

    Paulo Cesar Martins

    Rondônia

    Divisão de Pesquisas deRondônia/DIPEQ

    Argemiro Carvalho de Oliveira

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Rondônia

    Gerino Alves da Silva Filho

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Rondônia

    Elidá Fernandes de Oliveira Carvalho

    Acre

    Divisão de Pesquisas doAcre/DIPEQ

    Antonio Mauro Tonin

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Acre

    Olavo Ximendes Gonçalves

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/Centrode Apuração - Rondônia

    Gerino Alves da Silva Filho

    Coordenador de Informáticado Censo Agropecuário/Cen-tro de Apuração - Rondônia

    Elidá Fernandes de Oliveira Carvalho

    Roraima

    Divisão de Pesquisas deRoraima/DIPEQ

    Vicente de Paulo Joaquim

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Roraima

    Murilo Cidade Junior

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/Centrode Apuração - Amazonas

    Maria de Fátima Santos da Silva

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/Centrode Apuração - Amazonas

    Sydney da Cunha Costa

    Amapá

    Divisão de Pesquisas doAmapá/DIPEQ

    Jonatas Bentes Picanço

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Amapá

    Raul Tabajara Lima e Silva

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/Centrode Apuração - Pará

    Sérgio Gomes da Silva

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/Cen-tro de Apuração - Pará

    Pedro Paulo dos Santos Porto

  • Censo Agropecuário 1995-1996Brasil

    Amazonas

    Divisão de Pesquisas doAmazonas/DIPEQ

    José Maria dos Santos Serrão

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Amazonas

    Maria de Fátima Santos da Silva

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Amazonas

    Sydney da Cunha Costa

    Pará

    Divisão de Pesquisas doPará/DIPEQ

    Antonio Maria Pinheiro Naia

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Pará

    Sergio Gomes da Silva

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Pará

    Pedro Paulo dos Santos Porto

    Tocantins

    Divisão de Pesquisas doTocantins/DIPEQ

    Saturnino Cortes de Miranda

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Tocantins

    Raimundo Costa Barbosa

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/Centrode Apuração - Goiás

    Onésio Francisco Dutra

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/Cen-tro de Apuração - Goiás

    João Carlos de Oliveira

    Maranhão

    Divisão de Pesquisas doMaranhão/DIPEQ

    Pedro James de Souza Gudêlha

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Maranhão

    Francisco Alberto Bastos Oliveira

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Maranhão

    Antonio Henrique Silva Franco

    Piauí

    Divisão de Pesquisas doPiauí/DIPEQ

    Raimundo Nonato da Silva Filho

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Piauí

    Pedro Andrade de Oliveira

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Piauí

    Pedro Ribeiro Soares

    Ceará

    Divisão de Pesquisas doCeará/DIPEQ

    Paulo Afonso de Aragão Araújo

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Ceará

    Francisco Otávio Cunha Pires

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Ceará

    Júlio Marcus Vinícius Freire Coelho

    Rio Grande do Norte

    Divisão de Pesquisas do RioGrande do Norte/DIPEQ

    Elder de Oliveira Costa

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Rio Grande do Norte

    José Gonçalves de Carvalho*Minoru Wake

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Rio Grande do Norte

    Edson Moreira de Aguiar

    Paraíba

    Divisão de Pesquisas daParaíba/DIPEQ

    Aniberto Mendonça de Mélo

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Paraíba

    Josemar Tiné de Oliveira

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Paraíba

    Walter Carlos Pinheiro Júnior

    Pernambuco

    Divisão de Pesquisas doPernambuco/DIPEQ

    Norma Maria Gomes da Rocha

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Pernambuco

    Luis Francisco da Silva

    *Servidor aposentado em agosto/97

  • Censo Agropecuário 1995-1996 Brasil

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Pernambuco

    Antero Francisco Portella

    Alagoas

    Divisão de Pesquisas deAlagoas/DIPEQ

    Nilton Luiz de Nadai

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Alagoas

    Túlio Galiel Balbino SampaioRonilson Ferreira Pinto

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Alagoas

    Albany Lopes Tavares de Albu-querque

    Sergipe

    Divisão de Pesquisas doSergipe/DIPEQ

    Geraldo de Melo Menezes

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Sergipe

    Paulo Anchieta dos Santos Lima

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Sergipe

    Mucio Menezes Junqueira

    Bahia

    Divisão de Pesquisas daBahia/DIPEQ

    Fernando Ribeiro Barbosa

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Bahia

    Josiel Alves de MoraesJoão Alberto Lima Sobrinho

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- BahiaAntonio Fernando Carvalho

    Coppieters

    Minas Gerais

    Divisão de Pesquisas deMinas Gerais/DIPEQ

    Maria Antônia Esteves da Silva

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Minas Gerais

    Abieser Knaip Horst

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Minas GeraisCarlos Cardoso da Silva

    Espírito Santo

    Divisão de Pesquisas doEspírito Santo/DIPEQJussara Colen Rieveres

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Espírito SantoFrancisco Jorge Quinto de Mello

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Espírito SantoSergio Poncio Costa

    Rio de Janeiro

    Divisão de Pesquisas do Riode Janeiro/DIPEQRomualdo Pereira Rezende

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Rio de JaneiroAlberto Azemirto Martins de

    Carvalho

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Rio de JaneiroCarlos Eduardo Portela

    São Paulo

    Divisão de Pesquisas deSão Paulo/DIPEQDomingos SchanoskiHamilton Cremonesi

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- São Paulo

    Mitsuo Ito

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- São Paulo

    Klaus Gercke Junior

    Paraná

    Divisão de Pesquisas doParaná/DIPEQSinval Dias dos Santos

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Paraná

    Jorge Mryczka

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Paraná

    Edison José Costa

    Santa Catarina

    Divisão de Pesquisas deSanta Catarina/DIPEQMauricio Batista

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Santa Catarina

    Gonçalo Manuel Lyster FrancoDavid

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Santa Catarina

    Carmo Manoel Pereira

    Rio Grande do Sul

    Divisão de Pesquisas doRio Grande do Sul/DIPEQJosé Renato Braga de Almeida

  • Censo Agropecuário 1995-1996Brasil

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Rio Grande do SulClaudio Frando Sant’ana

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Rio Grande do SulJosé Hiran Bandeira da Rosa

    Mato Grosso do SulDivisão de Pesquisas doMato Grosso do Sul/DIPEQFátmato Ezzahrá Schabib Hany

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Mato Grosso do SulJosé Aparecido de Lima Albuquerque

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Mato Grosso do SulMário Alexandre de Pinna Frazeto

    Mato Grosso

    Divisão de Pesquisas doMato Grosso/DIPEQDelvaldo Benedito de Souza

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Mato GrossoTiago Pereira

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Mato GrossoCamilo Gonçalo Stabilito

    GoiásDivisão de Pesquisas deGoiás/DIPEQDaniel Ribeiro de Oliveira

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- GoiásOnésio Francisco Dutra

    Coordenador de Informática doCenso Agropecuário/DIPEQ- Goiás

    João Carlos de Oliveira

    Distrito Federal

    Divisão de Pesquisas doDistrito Federal/DIPEQ

    Walker Roberto Moura

    Coordenador Técnico doCenso Agropecuário/DIPEQ- Distrito Federal

    Maria dos Reis RodriguesPinheiro

    Coordenador de Informá-tica do Censo Agropecuá-rio/DIPEQ - Distrito Fe-deral

    Cilmar Ribeiro Mendonça

    Consultor

    Charles Curt Mueller - juntamente com a Equipe da Divisão de Análise e Planejamento do DEAGRO,foi responsável pelos comentários relativos aos resultados da pesquisa.

  • Censo Agropecuário 1995-1996 Brasil

    Sumário

    IntroduçãoOs Recenseamentos

    Coordenação Internacional

    Censo Agropecuário 1995-1996Fundamento Legal

    Obrigatoriedade e Sigilo das Informações

    Planejamento e Execução

    Divisão Regional

    Divisão Administrativa

    Período e Data de Referência

    Âmbito

    Instrumentos de Coleta

    Base Geográfica

    Apuração dos Resultados

    Conceituação das Características DivulgadasEstabelecimento

    Área Total

    Propriedades das Terras

    Condição Legal das Terras

    Produtor

    Direção dos Trabalhos

    Utilização das Terras

    Terras Irrigadas

    Assistência Técnica

    Serviço de Empreitada

    Associação a Cooperativas

    Defesa Sanitária

    Uso e Procedência de Força

    Conservação do Solo

    Método de Irrigação

    Uso de Adubos e Corretivos

    Uso de Inseminação Artificial e Ordenha Mecânica

  • Censo Agropecuário 1995-1996Brasil

    Pessoal Ocupado

    Utilização do Pessoal Temporário

    Silos e Depósitos

    Máquinas e Instrumentos Agrários

    Meios de Transporte

    Efetivos da Pecuária

    Coelhos e Colméias

    Aves

    Animais Nascidos e Vitimados

    Animais Comprados, Vendidos e Abatidos

    Produção de Origem Animal

    Produção Vegetal

    Horticultura

    Extração Vegetal

    Silvicultura

    Transformação ou Beneficiamento de Produtos Agrícolas

    Combustíveis e Lubrificantes

    Investimentos

    Financiamentos

    Despesas

    Receitas

    Animais Pertencentes ao Pessoal Residente nos Estabelecimentos

    Produção Particular do Pessoal Residente

    Análise dos ResultadosConsiderações Preliminares

    A Agricultura do Brasil, segundo o Censo de 1995-1996Estrutura agráriaCondição do responsável pela exploraçãoUso da terraPessoal ocupadoProdução das principais lavourasPadrão tecnológicoA pecuáriaValor da produção agropecuária e concentração da produção

    CartogramasEfetivo de bovinos

    Densidade de bovinos

    Efetivo de suínos

    Efetivo de aves

    Área de lavouras

    Área de pastagens

  • Censo Agropecuário 1995-1996 Brasil

    Tabelas de ResultadosBrasil1. Confronto dos resultados dos censos de 1950, 1960, 1970, 1975, 1980, 1985 e 1995-1996,

    segundo a propriedade das terras, a condição do responsável e grupos de área totalEstabelecimentosÁrea (ha)

    2. Condição do produtor, segundo a propriedade das terras, associação à cooperativas,prática de conservação e grupos de área total

    3. Condição do produtor, segundo o grupo e a classe da atividade econômica

    4. Estabelecimentos com declaração de serviços de empreitada, por trabalho executadosegundo a condição do produtor, grupo da atividade econômica, grupos de pessoalocupado, serviço de empreitada e grupos de área total

    5. Estabelecimentos com indicação de uso e procedência da força utilizada nos trabalhosagrários, segundo a condição do produtor, grupo da atividade econômica e grupos deárea total

    6. Estabelecimentos com indicação de uso de assistência técnica no estabelecimento,segundo a condição do produtor, grupo da atividade econômica, uso de práticas deconservação e grupos de área total

    7. Estabelecimentos com indicação de uso de fertilizantes e controle de pragas e doenças,segundo a condição do produtor, grupo da atividade econômica, assistência técnica egrupos de área total

    8. Estabelecimentos com indicação de uso de irrigação e área irrigada, segundo a condiçãodo produtor, o grupo da atividade econômica, assistência técnica e grupos de área tota

    Utilização das Terras

    9. Utilização das terras, segundo a condição do produtor, grupo da atividade econômicae grupos de área total

    10. Condição legal das terras, segundo a condição do produtor, forma de administração,residência do produtor, grupo da atividade econômica e grupos de área total

    11. Pessoal ocupado, segundo a condição do pessoal ocupado e o grupo e classe da atividadeeconômica

    12. Pessoal ocupado, distribuído por categoria e sexo, e pessoal ocupado residente nosestabelecimentos, segundo a condição do produtor, grupo da atividade econômica,grupos de pessoal ocupado e grupos de área total

    13. Empregados temporários por meses de emprego do pessoal da categoria, segundo acondição do produtor, grupo da atividade econômica, grupos de pessoal ocupado egrupos de área total

    14. Silos para forragem, segundo a condição do produtor, grupo da atividade econômicae grupos de área total

    15. Depósitos para produção, segundo a condição do produtor, grupo da atividade econômicae grupos de área total

    16. Tratores, por potência, segundo a condição do produtor, grupo da atividade econômica e grupos de área total

    17. Máquinas e instrumentos agrícolas, segundo a condição do produtor, grupo da atividadeeconômica e grupos de área total

    18. Meios de transporte, segundo a condição do produtor, grupo da atividade econômicae grupos de área total

  • Censo Agropecuário 1995-1996Brasil

    19. Uso de energia elétrica, segundo a condição do produtor, grupo da atividade econômicae grupos de área total

    20. Quantidade e valor dos combustíveis e lubrificantes consumidos, segundo a condiçãodo produtor, grupo da atividade econômica e grupos de área total

    Investimentos

    21. Valor dos investimentos realizados no período de referência, segundo a condição doprodutor, grupo da atividade econômica e grupos de área total

    22. Financiamentos obtidos no período de referência, segundo a condição do produtor,grupo da atividade econômica e grupos de área total

    23. Valor da produção animal e vegetal, segundo a condição do produtor, grupo da atividadeeconômica e grupos de área total

    Despesas

    24. Despesas no período de 01 de agosto de 1995 a 31 de julho de 1996, segundo a condiçãodo produtor, grupo da atividade econômica e grupos de área total

    Receitas

    25. Receitas no período de 01 de agosto de 1995 a 31 de julho de 1996, segundo a condiçãodo produtor, grupo da atividade econômica e grupos de área total

    Pecuária e Pequenos Animais

    26. Efetivo de bovinos em 31 de julho de 1996, segundo a condição do produtor, finalidadeda criação e grupos de área de pastagem

    27. Efetivo de bovinos em 31 de julho de 1996, segundo o grupo de cabeças, o grupo daatividade econômica e grupos de área total

    28 Efetivos da pecuária em 31 de julho de 1996, segundo a condição do produtor, o grupoda atividade econômica e os grupos de área total

    30. Efetivos da pecuária em 31 de julho de 1996, segundo a condição do produtor, o grupo da atividadeeconômica, os grupos de cabeça, a finalidade da criação e os grupos de área totalSuínos

    31. Efetivos da pecuária em 31 de julho de 1996, segundo a condição do produtor, o grupo daatividade econômica, os grupos de cabeça, a finalidade da criação e os grupos de área totalOvinos

    32. Aves em 31 de julho de 1996, segundo a condição do produtor, o grupo da atividadeeconômica, a finalidade da criação, os grupos de cabeças e os grupos de área total

    33. Bovinos nascidos e vitimados no período de 01 de agosto de 1995 a 31 de julho de 1996,segundo a condição do produtor, o grupo da atividade econômica e os grupos de área total

    34. Bovinos nascidos e vitimados no período de 01 de agosto de 1995 a 31 de julho de 1996,segundo a inseminação artificial, a finalidade da criação, os grupos de cabeça e os gruposde área de pastagem

    35. Suínos nascidos e vitimados no período de 01 de agosto de 1995 a 31 de julho de 1996,segundo a condição do produtor, grupos da atividade econômica, finalidade da criaçãoe grupos de área total

  • Censo Agropecuário 1995-1996 Brasil

    PecuáriaCompra, Venda e Abate

    36. Bovinos comprados, vendidos e abatidos no período de 01 de agosto de 1995 a 31 dejulho de 1996, segundo a condição do produtor, o grupo da atividade econômica e gruposde área total

    37. Bovinos comprados, vendidos e abatidos no período de 01 de agosto de 1995 a 31 dejulho de 1996, segundo a inseminação artificial, a finalidade da criação e os grupos deárea de pastagem

    38. Suínos comprados, vendidos e abatidos no período de 01 de agosto de 1995 a 31 dejulho de 1996, segundo a condição do produtor, grupo da atividade econômica, finalidadeda criação e grupos de área total

    39. Animais vendidos no período de 01 de agosto de 1995 a 31 de julho de 1996, segundoa condição do produtor, grupos da atividade econômica e grupos de área totalBubalinosEqüinosAsininosMuaresCaprinosOvinos

    Ovos, Pintos de 1 dia, Galos, Frangas e Frangos e Produção de Origem Animal

    41. Compra de ovos, compra e venda de pintos de 1 dia, galinhas, galos, frangas e frangos noperíodo de 01.08.1995 a 31.07.1996, segundo a condição do produtor, grupo da atividadeeconômica, finalidade da criação e grupos de área total

    42. Galinhas, galos, frangas e frangos, vitimados e abatidos no período de 01 de agosto de1995 a 31 de julho de 1996, segundo a condição do produtor, grupo da atividadeeconômica, finalidade da criação e grupos de área total

    43. Valor da compra, venda e abate de outras aves no período de 01 de agosto de 1995 a 31de julho de 1996, segundo a condição do produtor, grupo da atividade econômica egrupos de área total

    44. Produção de leite de vaca, segundo a condição do produtor, grupo da atividade econômicae grupos de área total

    45. Produção de leite de vaca, segundo a ordenha mecânica, finalidade do rebanho, gruposde cabeça e grupos de área de pastagem

    46. Produção de origem animal, segundo a condição do produtor, grupo da atividadeeconômica e grupos de área totalLeite de búfala

    47. Produção de origem animal, segundo a condição do produtor, grupo da atividadeeconômica e grupos de área totalLeite de cabra

    48. Produção de origem animal, segundo a condição do produtor, grupo da atividadeeconômica e grupos de área totalLã

    49. Produção de origem animal, segundo a condição do produtor, grupo da atividadeeconômica e grupos de área totalMelCera

  • Censo Agropecuário 1995-1996Brasil

    50. Produção de origem animal, segundo a condição do produtor, grupo da atividadeeconômica e grupos de área totalCasulos de bicho-da-seda

    51. Produção de ovos de galinha, segundo a condição do produtor, o grupo da atividadeeconômica, finalidade da criação e grupos de área total

    52. Produção de ovos de outras aves, segundo a condição do produtor, o grupo da atividadeeconômica, finalidade da criação e grupos de área total

    Produção Vegetal

    53. Colheita e valor da produção dos principais produtos da lavoura temporária, segundoa condição do produtor, grupo da atividade econômica e os grupos de área totalAlgodão em caroçoArroz em cascaBatata-inglesa (1a safra)Batata-inglesa (2a safra)Cana-de-açúcarFeijão em grão (1a safra)Feijão em grão (2a safra)Feijão em grão (3a safra)Fumo em folhaMandiocaMilho em grãoSoja em grãoTomateTrigo em grão

    54. Colheita e valor da produção dos principais produtos da lavoura temporária, segundo o destino da produção, tipo de cultivo e grupos de área de colheita do produtoAlgodão em caroçoArroz em cascaBatata-inglesa (1a safra)Batata-inglesa (2a safra)Cana-de-açúcarFeijão em grão (1a safra)Feijão em grão (2a safra)Feijão em grão (3a safra)Fumo em folhaMandiocaMilho em grãoSoja em grãoTomateTrigo em grão

    55. Colheita e valor da produção dos principais produtos da lavoura temporária, segundoa tecnologia aplicada, o principal mês do plantio e o principal mês da colheitaAlgodão em caroçoArroz em cascaBatata-inglesa (1a safra)Batata-inglesa (2a safra)

  • Censo Agropecuário 1995-1996 Brasil

    Cana-de-açúcarFeijão em grão (1a safra)Feijão em grão (2a safra)Feijão em grão (3a safra)Fumo em folhaMandiocaMilho em grãoSoja em grãoTomateTrigo em grão

    56. Produção e valor da produção de outros produtos da lavoura temporária, segundo acondição do produtor, grupo da atividade econômica, destino da produção e grupos deárea de colheitaAbacaxiAmendoim em casca (1a safra)Batata-inglesa (3a safra)CebolaMalva (fibra)MelãoMilho em espiga (verde)MorangoSorgo em grãoPalma forrageira

    57. Colheita, valor da produção e efetivo das plantações dos principais produtos da lavoura permanente,segundo a condição do produtor, grupo da atividade econômica e grupos de área totalAgave (fibra)Algodão em caroçoBananaCacau (amêndoa)Café em cocoCajú (castanha)Chá-da-índiaCoco-da-baíaGuaranáLaranjaMaçãMamãoPimenta-do-reinoUva (para mesa)Uva (para vinho)

    58. Colheita, valor da produção e efetivo das plantações dos principais produtos da lavourapermanente, segundo o destino da produção, a tecnologia aplicada, o principal mês dacolheita e os grupos de área de colheitaAgave (fibra)Algodão em caroçoBanana

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    Cacau (amêndoa)Café em cocoCajú (castanha)Chá-da-índiaCoco-da-baíaGuaranáLaranjaMaçãMamãoPimenta-do-reinoUva (para mesa)Uva (para vinho)

    59. Produção e valor da produção de outros produtos da lavoura permanente, segundo acondição do produtor, o grupo da atividade econômica, o destino da produção e osgrupos de área da colheitaAbacateAcerolaAmeixaBorracha líquida (látex)Borracha coagulada (pela ou bola)Cajú (fruto)Dendê (coco)GoiabaGraviolaLimãoMangaMaracujáPalmitoPêssegoTangerinaUrucum

    60. Produção e valor da produção dos produtos da horticultura, segundo a condição doprodutor, o grupo da atividade econômica, o destino da produção e os grupos de área totalAbobrinha verdeAgriãoAlfaceBeringelaBeterrabaBrócolisCebolinha (folha)CenouraChuchuCouveCouve-florPepinoPimentaPimentão

  • Censo Agropecuário 1995-1996 Brasil

    QuiaboRepolhoSalsaVagem

    61. Produção e valor da produção dos produtos extrativos e da silvicultura, segundo acondição do produtor, o grupo da atividade econômica, o destino da produção e osgrupos de área total. Produtos extrativos (nativos)Açaí (fruto)Babaçu (coco)Babaçu (amêndoa)Borracha líquidaBorracha coaguladaCajú (castanha)Carnaúba (cera)Carnaúba (palha)Carnaúba (olho de palha)Carvão vegetalCastanha-do-paráCupuaçuErva-mateLenhaMadeiras em toraAçaí (palmito)PinhãoPupunha

    62. Produção e valor da produção dos produtos extrativos e da silvicultura, segundo acondição do produtor, o grupo da atividade econômica, o destino da produção e osgrupos de área total. Produtos da silvicultura (plantados)Casca de acácia negraCarvão vegetalFolhas de eucaliptoMadeira em toraMadeira para papelVagem de algaroba

    63. Efetivo das plantações da silvicultura, segundo a condição do produtor, grupo da atividadeeconômica e grupos de área totalAcácia negraEucaliptoPinheiro brasileiro (araucária)Pinus americano

    64. Transformação ou beneficiamento de produtos agropecuários, segundo a condição doprodutor, grupo da atividade econômica, destino da produção e grupos de área totalArroz em grãoCafé em grãoAçúcarAguardente de canaMelado

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    RapaduraFumo (em rolo ou corda)ManteigaQueijo ou requeijãoFarinha de mandiocaGoma (polvilho de mandioca)Tapioca (beiju de mandioca)Fubá de milhoCarne verde de bovinosCarne verde de suínosCarne verde de caprinos

    Segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação65. Condição do produtor, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação

    66. Estabelecimentos por grupo da atividade econômica, segundo Grandes as Regiões eUnidades da Federação

    67. Utilização das terras, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação

    68. Pessoal ocupado distribuído por categoria, segundo as Grandes Regiões e Unidades daFederação

    69. Empregados temporários por meses de emprego, segundo as Grandes Regiões e Unidadesda Federação

    70. Silos para forragem, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação

    71. Depósitos para produção, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação

    72. Máquinas e instrumentos agrícolas, segundo as Grandes Regiões e Unidades da FederaçãoTratores

    73. Máquinas e instrumentos agrícolas, segundo as Grandes Regiões e Unidades da FederaçãoMáquinas e arados

    74. Meios de transporte, segundo Grandes Regiões e Unidades da Federação75. Valor dos investimentos, financiamentos e das despesas, segundo as Grandes Regiões

    e Unidades da Federação76. Valor da produção e da receita, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação

    PecuáriaCompra, Venda, Abate e Vitimados77. Efetivo de bovinos e número de nascidos, vitimados, comprados, vendidos e abatidos,

    segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação78. Efetivos de suínos e número de vitimados, comprados, vendidos e abatidos, segundo

    as Grandes Regiões e Unidades da Federação

    79. Efetivos da pecuária e número de vendidos, segundo as Grandes Regiões e Unidades daFederaçãoBubalinosEqüinosAsininosMuaresCaprinosOvinos

    Pequenos animais80. Efetivos de galinhas, frangas, frangos e pintos e compra, venda e abate, segundo as Grandes

    Regiões e Unidades da Federação

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    81. Efetivos de outras aves e de coelhos, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação

    Produção de Origem Animal82. Produção de leite de vaca, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação

    83. Produção de leite de búfalas e de cabras, segundo as Grandes Regiões e Unidades daFederação

    84. Produção de ovos de galinhas, de codornas e de outras aves, segundo as Grandes Regiõese Unidades da Federação

    85. Produção de lã, casulos de bicho-da-seda e mel e cera de abelhas, segundo as GrandesRegiões e Unidades da Federação

    Produção Vegetal86. Produção e área colhida dos produtos da lavoura temporária, segundo as Grandes Regiões

    e Unidades da FederaçãoAbacaxiAbóboraAlgodão em caroçoAlhoAmendoim em casca (1a safra)Amendoim em casca (2a safra)Arroz em cascaAveia em cascaBatata-inglesa (1a safra)Batata-inglesa (2a safra)Batata-inglesa (3a safra)Cana-de-açúcarCebolaCenteio em grãoCevada em cascaFeijão em grão (1a safra)Feijão em grão (2a safra)Feijão em grão (3a safra)Fumo em folhaJuta (fibra)Malva (fibra)MamonaMelanciaMelãoMilho em grãoMilho em espiga (verde)MorangoMandiocaSoja em grãoSorgo em grãoTomateTrigo em grão

    87. Produção, área colhida e efetivo dos produtos da lavoura permanente, segundo as GrandesRegiões e Unidades da FederaçãoAbacate

  • Censo Agropecuário 1995-1996Brasil

    AcerolaAgave (fibra)Algodão em caroçoBananaBorracha coagulada (pela ou bola)Cacau (amêndoa)Café em cocoCajú (castanha)Cajú (fruto)CaquiChá-da-índiaCoco-da-baíaDendê (coco)Erva-mateFigoGoiabaGraviolaGuaranáKiwíLaranjaLimãoMaçãMamãoMangaMaracujáPalmitoPêssegoPimenta-do-reinoTangerinaUva (para mesa)Uva (para vinho)

    88. Produção dos produtos da horticultura, segundo as Grandes Regiões e Unidades da FederaçãoAbobrinha verdeAgriãoAlfaceBatata-baroaBeringelaBeterrabaBrócolisCenouraCheiro-verdeChicóriaChuchuCoentroCouveCouve-flor

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    EspinafreJilóMaxixePepinoPimentaPimentãoQuiaboRabaneteRepolhoVagem

    89. Produção de produtos extrativos, segundo as Grandes Regiões e Unidades da FederaçãoAçaí (fruto)Babaçu (amêndoa)Borracha líquidaBorracha coaguladaCajú (castanha)Cajú (fruto)Carnaúba (cera)Carnaúba (olho de palha)Carvão vegetalCastanha-do-paráCupuaçúErva-mateLenhaMadeiras em torasMadeira para papelAçaí (palmito)PinhãoPupunha

    90. Produção de produtos da silvicultura, segundo as Grandes Regiões e Unidades daFederaçãoCasca de acácia negraCarvão vegetalFolhas de eucaliptoLenhaMadeiras em torasMadeira para papelVagem de algarobaMudas de eucaliptoMudas de pinus americano

    91. Efetivos da silvicultura, segundo as Grandes Regiões e Unidades da FederaçãoAcácia negraAlgarobeiraEucaliptoPinheiro brasileiro (araucária)

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    Pinus americanoQuiri ou kiri

    92. Produção da indústria rural, segundo as Grandes Regiões e Unidades da FederaçãoArroz em grãoCafé em grãoAçúcarAguardente de canaMeladoRapaduraFumo (em rolo ou corda)ManteigaQueijo ou requeijãoFarinha de mandiocaTapioca (beiju de mandioca)Fubá de milhoVinho de uvaCarne verde de bovinosCarne verde de suínos

    Animais e Produção do Pessoal Residente nos Estabelecimentos

    1. Animais pertencente ao pessoal residente nos estabelecimentos, segundo as GrandesRegiões e Unidades da Federação

    2. Produção particular do pessoal residente nos estabelecimentos, segundo as GrandesRegiões e Unidades da FederaçãoLeite (1 000 litros)Ovos (1 000 dúzias)Lã (tonelada)

    3. Produção particular do pessoal residente nos estabelecimentos, segundo as GrandesRegiões e Unidades da FederaçãoBananaCafé em cocoLaranjaArroz em cascaFeijão em grão (1a safra)Mandioca (aipim, macaxeira)Milho em grãoSoja em grãoTomateArroz beneficiado em grãoFarinha de mandioca

    CONVENÇÕES

    - O dado, de acordo com a declaraçãodo informante, não existe.

    0 O fenômeno existe, mas não atinge aunidade adotada na tabela.

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    Introdução

    Os Recenseamentos

    Os Recenseamentos Gerais de 1872,1890 e 1900 compreenderam apenas o Censode População.

    O Recenseamento de 1920 abrangeu osCensos de População, Agricultura e Indústria.

    O âmbito da operação dos RecenseamentosGerais de 1940, além de inquéritos complementares,foi constituído pelos Censos Demográfico,Agrícola, Industrial, Comercial, dos Transportese Comunicações, dos Serviços e Social.

    Em 1950, o Recenseamento Geral envolveuos Censos Demográficos, Agrícola, Industrial,Comercial, e dos Serviços.

    Abrangeu o Recenseamento Geral de 1960os Censos Demográfico, Agrícola, Industrial,Comercial, e dos Serviços.

    O Recenseamento Geral de 1970 constituiu-sedos Censos Demográfico, Predial, Agropecuário,Industrial, Comercial, e dos Serviços, além deInquéritos Especiais sobre as Instituições deCrédito e Seguradoras.

    Em 1975, foram realizados pela primeiravez os Censos Econômicos, de acordo com aperiodicidade qüinqüenal prevista na legislaçãoem vigor, abrangendo os Censos Agropecuário,Industrial, Comercial, e dos Serviços, e InquéritosEspeciais sobre Comércio e Administração deImóveis e Valores Mobiliários, Mercado deCrédito, Mercado de Capitais, Seguros,Construção Civil, Produção Civil, Produção e

    Distribuição de Energia Elétrica, Transportes,Comunicações, Abastecimento de Água eEsgoto Sanitário, e Limpeza Pública eRemoção de Lixo.

    Recenseamento Geral de 1980, foi a nonaoperação levada a efeito para o conjunto do País,constituiu-se dos Censos Demográficos,Agropecuário, Industrial, Comercial, e dosServiços, além de Inquéritos Especiais sobrea Indústria da Construção, Produção eDistribuição de Energia Elétrica, Transportes,Instituições Financeiras, Seguros e Capitalização,Comunicações, Abastecimento de Água e EsgotoSanitário, Limpeza Pública e Remoção de Lixo.

    Os Censos Econômicos de 1985 constaramdos Censos Agropecuário, Industrial, Comercial,e dos Serviços, além de Inquéritos Especiaissobre a Construção Civil e Transporte.

    Coordenação Internacional

    O Brasil vem participando, desde a segundametade do século passado , de CongressosInternacionais de Estatística e das sessõespromovidas periodicamente pelo InstitutoInteramericano de Estatística - IASI. O CensoAgropecuário de 1995-1996, a exemplo dosrealizados anteriormente, atendeu às solicitaçõesda Organização das Nações Unidas (ONU)e de outros organismos internacionais,observando-se o Programa de Investigações eTabulações que visa assegurar a uniformidadede conceitos e a comparabilidade dos resultadosdos Censos das Nações Americanas.

  • Censo Agropecuário 1995-1996

    Fundamento LegalA realização do Censo Agropecuário de

    1995 - 1996 obedeceu às determinações doArtigo 2o (Itens I e II) da Lei no 5.878 de 11 demaio de 1973 e do Decreto no 74.084 de 20 demaio de 1974.

    Obrigatoriedade e Sigilo dasInformações

    O Censo Agropecuário de 1995 - 1996,manteve o caráter obrigatório e confidencialatribuído às informações censitárias, que sedestinam, exclusivamente, a fins estatísticos enão poderão ser objeto de certidão e nem terãoeficácia jurídica como meio de prova.

    Planejamento e ExecuçãoNa conformidade da legislação em vigor,

    coube ao IBGE a responsabilidade de planejar eexecutar o Censo Agropecuário de 1995 - 1996.

    A coleta das informações, em cada Unidadeda Federação, esteve a cargo das DivisõesRegionais de pesquisas do IBGE, que seencarregaram da coordenação e execução dastarefas relacionadas com Censo Agropecuáriode 1995-1996.

    Divisão RegionalOs resultados censitários de 1995-1996 são

    apresentados por Mesorregiões, Microrregiõese Municípios.

    Neste volume, os dados divulgadosreferem-se às grandes Regiões e Unidades daFederação. As Mesorregiões são unidadeshomogêneas relativamente maiores que asMicrorregiões, porém menores que o Estado ouTerritório. Foram criadas obedecendo ao mesmoprincípio da classificação das MicrorregiõesGeográficas, tendo sido estas fixadas de acordocom a Divisão Regional do Brasil para finsestatísticos, com a Resolução PR-51, de 01 dejaneiro de 1990, do Departamento de Geografiada Diretoria de Geociências do IBGE.

    Divisão AdministrativaO Brasil conta com 27 Unidades Federadas;

    26 estados e o Distrito Federal em que tem sedea Capital do País.

    Período e Data de ReferênciaO Censo Agropecuário teve como período

    de referência 1de agosto de 1995 a 31 dejulho de 1996.

    Os dados sobre propriedade, área, pessoalocupado, referem-se a 31-12-95, efetivos dapecuária e efetivos da lavoura permanente e dasilvicultura, referem-se a 31-07-96. Dizemrespeito ao período, informações sobreinvestimento, financiamentos, despesas, receitas,produção e outras ligadas ao movimento dosestabelecimentos agropecuários.

    Âmbito

    O Censo Agropecuário de 1995-1996, onono realizado no País, abrangeu as seguintesatividades econômicas: agricultura, pecuária,avicultura, apicultura, cunicultura, sericicultura,horticultura, floricultura, silvicultura e extraçãode produtos vegetais. Procedeu-se aolevantamento complementar da produçãoparticular do pessoal ocupado residente, obtidaem terras do estabelecimento, bem como onúmero de seus animais.

    Também no Censo Agropecuário foraminvestigadas as atividades de beneficiamento etransformação exercidas nos estabelecimentosagropecuários, excetuando-se as correspondentesàs usinas de açúcar, fábricas de polpa demadeira, serrarias e às unidades industriaisdevidamente licenciadas.

    Pela segunda vez, são divulgadas informaçõessobre a finalidade e a origem da assistênciatécnica; métodos de conservação do solo;inseminação artificial em bovinos; os depósitospara grãos a granel e embalados; a principalfinalidade da criação de suínos; a origem daprodução do mel e da cera; venda de ovos

  • Censo Agropecuário 1995-1996Brasil

    discriminados para consumo e para incubação,ovos fertilizados; e as receitas com venda deflores, plantas ornamentais e grama, venda derãs e de esterco. O destino estocado noestabelecimento está sendo apresentado pelaprimeira vez bem como a quantidade vendidana produção vegetal e indústria rural.

    Instrumentos de Coleta

    Na coleta do Censo Agropecuário, foramutilizados o Questionário Geral - CE 2.01,aplicado aos estabelecimentos agropecuárioscomo unidades econômicas básicas, e oQuestionário Complementar - CE 2.02,reservado ao registro da produção particular dopessoal residente (empregados, agregados, etc.),obtida em terras dos estabelecimentos, e dosanimais pertencentes a eles. Para o controle dadistribuição e do recolhimento dos formulários,foram usadas a Caderneta do Recenseador - CE2.03 e a Folha de Coleta - CE 2.05.

    Ficou a cargo dos recenseadores, opreenchimento dos questionários. As informaçõesforam obtidas diretamente dos responsáveispelos estabelecimentos (Questionário Geral - CE2.01) e do pessoal residente, observando-sea produção particular e os seus animais(Questionário Complementar - CE 2.02).

    Base Geográfica

    Para o preparo da Base Geográfica doCenso Agropecuário de 1995-1996, foramelaborados os Mapas Municipais para finsEstatísticos - MMES - tendo por base osoriginais utilizados nos Censos anteriores,devidamente atualizados e enriquecidos pelasAgências de Coleta do IBGE.

    Para efeito da coleta das informações doCenso, os Municípios foram divididos em

    Setores Censitários. O Setor Censitário - unidadebásica de coleta, constituiu-se de área territorialcontínua, na mesma situação (urbana ou rural)do mesmo distrito administrativo.

    A dimensão dos Setores Censitários na árearural variou em conformidade com o númerode unidades e as dificuldades de transporte.

    Os Setores Censitários foram divididosem subsetores, sendo estes constituídos de áreasou localidades contidas no setor, mas possuidorasde denominações próprias de conhecimentolocal generalizado, e em cujos limites estivesseminstalados estabelecimentos agropecuários.

    Apuração dos Resultados

    Os resultados ora divulgados foramobtidos pelo processamento dos registrosconstantes do Questionário Geral - CE 2.01 edo Questionário Complementar - CE 2.02.

    A avaliação da quantidade dos dados foiefetuada através de programas de críticaeletrônica, que tiveram por base os resultadosdo Censo de 1985, juntamente com outroselementos de avaliação.

    Para efeito de apuração, os dados sobreárea foram considerados em décimos de hectare;os referentes a valor, em reais; e os relativosà produção, em quilos, litros, frutos e cachospara a banana.

    Todavia, nas tabelas de divulgação, asunidades referidas foram convertidas,respectivamente para: hectare, mil reais,tonelada, mil litros, mil frutos, e mil cachos parabanana. Os arredondamentos correspondentesprocessaram-se independentemente para cadalinha impressa e para linha de total das tabelas.Em conseqüência, algumas informaçõesregistradas na linha de total não correspondemà soma exata dos valores das parcelas.

  • Censo Agropecuário 1995-1996 Brasil

    Conceituação das Características Divulgadas

    Estabelecimento

    Considerou-se como estabelecimentoagropecuário todo terreno de área contínua,independente do tamanho ou situação (urbanaou rural), formado de uma ou mais parcelas,subordinado a um único produtor, onde seprocessasse uma exploração agropecuária, ouseja: o cultivo do solo com culturas permanentese temporárias, inclusive hortaliças e flores; acriação, recriação ou engorda de animais degrande e médio porte; a criação de pequenosanimais; a silvicultura ou o reflorestamento;e a extração de produtos vegetais. Excluíram-seda investigação os quintais de residências ehortas domésticas.

    As áreas confinantes sob a mesmaadministração, ocupadas, segundo diferentescondições legais (próprias, arrendadas eocupadas gratuitamente), foram consideradascomo único estabelecimento.

    As áreas confinantes pertencentes a um sóproprietário, mas entregues a administraçõesdiversas, foram consideradas como estabe-lecimentos distintos. Consideraram-se, também,como estabelecimentos distintos, as áreasexploradas em regime de parceria, quando osresponsáveis por sua administração eram ospróprios parceiros.

    Por extensão, as parcelas não confinantesexploradas em conjunto, por um mesmoprodutor, foram consideradas como únicoestabelecimento, desde que estivessem situadasno mesmo setor e utilizassem os mesmosrecursos técnicos (máquinas, implementosagrários, animais de trabalho, etc.) e os mesmosrecursos humanos (o mesmo pessoal), estandosubordinadas a uma única administração (doprodutor ou de um administrador).

    As fazendas, hortos, escolas agrícolas,postos zootécnicos, estações experimentaisou áreas semelhantes, pertencentes a entidadespúblicas e instituições pias ou religiosas,foram investigadas apenas em relação à partediretamente ligada à atividade de agropecuária.

    Área Total

    Compreendeu a totalidade das terras queformavam o estabelecimento, considerada asituação existente na data do Censo. Oestabelecimento cuja área se estendesse a maisde um município foi incluído por inteiro nomunicípio em que se achava localizada arespectiva sede ou, na falta desta, naquele emque se situasse a maior parte de sua área. Osdados referentes à área são apresentados emhectare, procedendo-se às conversões das váriasunidades de superfície ainda em uso noTerritório Nacional.

    Propriedades das Terras

    Os estabelecimentos agropecuários foramdiscriminados, segundo a propriedade das terrasque os constituíam, nas seguintes categorias:Individual, Condomínio ou Sociedade dePessoas, Sociedade Anônima, SociedadeLimitada, Cooperativa, Entidade Pública eInstituição Pia ou religiosa.

    Condição Legal das Terras

    Invest igou-se a const i tuição dosestabelecimentos, segundo a condição legal dasterras, de acordo com a seguinte discriminação:próprias (inclusive por usufruto, foro eenfiteuse); arrendadas (mediante pagamento emquantia fixa em dinheiro ou cota-parte daprodução); parceiros (mediante pagamento departe da produção obtida - meia, terça, quarta,etc.); ocupadas (ocupadas a título gratuito, comou sem consentimento do proprietário).

    Produtor

    Considerou-se produtor a pessoa física oujurídica que detivesse a responsabilidade daexploração do estabelecimento, quer fosse omesmo constituído de terras próprias ou depropriedade de terceiros.

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    Os produtores foram classificados nasseguintes condições:

    Proprietário - Quando as terras doestabelecimento, no todo ou em parte, fossemde sua propriedade (inclusive por usufruto,enfiteuse, herança, etc.);

    Arrendatário - Sempre que as terras doestabelecimento tivessem sido tomadas emarrendamento, mediante o pagamento dequantia fixa em dinheiro, ou sua equivalênciaem produtos ou prestação de serviços;

    Parceiro - Se as terras do estabelecimentofossem de propriedade de terceiros, e estivessemsendo exploradas em regime de parceria, mediantecontrato verbal ou escrito, do qual resultasse aobrigação de pagamento, ao proprietário, de umpercentual da produção obtida; e

    Ocupante - Nos casos em que a exploraçãose processasse em terras públicas, devolutas oude terceiros (com ou sem consentimento doproprietário), nada pagando o produtor pelo seu uso.

    Direção dos Trabalhos

    Investigou-se a forma de direção doestabelecimento, considerou-se as situaçõesde responsabilidade direta do produtor nacondução dos trabalhos e de contratação deadministrador com encargo de direção dasatividades do estabelecimento.

    Utilização das Terras

    Na utilização da área dos estabelecimentos,segundo a utilização, consideram-se asseguintes categorias:

    Lavouras permanentes - Compreendeua área plantada ou em preparo para o plantio deculturas de longa duração, tais como: café,laranja, cacau, banana, uva, etc., que após acolheita não necessitassem de novo plantio,produzindo por vários anos sucessivos. Foramincluídas nesta categoria as áreas ocupadas porviveiros de mudas de culturas permanentes,bem como as áreas plantadas com seringueiras,erva-mate e palmito;

    Lavouras temporárias - Abrangeu asáreas plantadas ou em preparo para o plantiode culturas de curta duração (via de regra, menorque um ano) e que necessitassem, geralmentede novo plantio após cada colheita, tais como:arroz, algodão, milho, trigo, flores e hortaliças.Incluíram-se também nesta categoria as áreas

    das plantas forrageiras destinadas ao corte e ashabitualmente utilizadas para plantio de lavourastemporárias, mas que devido a fatores climáticos(secas, chuvas em demasias, etc.) na data do Censonão estavam sendo utilizadas para este fim;

    Terras em descanso - Terras habitualmenteutilizadas para o plantio de lavouras temporárias,que em 31 de dezembro de 1995 se encontravamem descanso, por prazo não superior a 4 anosem relação ao último ano de sua utilização;

    Pastagens naturais - Constituídas pelasáreas destinadas ao pastoreio do gado, sem teremsido formadas mediante plantio, ainda quetenham recebido algum trato;

    Pastagens plantadas - Abrangeu as áreasdestinadas ao pastoreio e formadas mediante plantio;

    Matas naturais - Formadas pelas áreas dematas e florestas naturais utilizadas para extração deprodutos ou conservadas como reservas florestais;

    Matas plantadas - Compreendeu as áreasplantadas ou em preparo para o plantio deessências florestais (acácia-negra, eucalipto,pinheiro, etc.), incluindo as áreas ocupadas comviveiros de mudas de essências florestais;

    Terras produtivas não utilizadas -Constituídas pelas áreas que se prestavam àformação de culturas, pastos ou matas e nãoestivessem sendo utilizadas para tais finalidades.Foram incluídas as terras não utilizadas porperíodo superior a 4 anos; e

    Terras inaproveitáveis - Formadas poráreas imprestáveis para formação de culturas,pastos e matas, tais como: areais, pântanos,encostas íngremes, pedreiras, etc., e as formadaspelas áreas ocupadas com estradas, caminhos,construções, canais de irrigação, açudes, etc.

    Terras Irrigadas

    Compreendeu a área total irrigada nosestabelecimentos agropecuários, quaisquerque tenham sido os métodos empregados(inundação, infiltração aspersão, ou outrométodo), excluindo a simples rega manual.

    Assistência Técnica

    Foi considerada, segundo a finalidade ea origem, a habitualmente prestada noestabelecimento por profissionais habilitados,tais como: Engenheiros Agrônomos eFlorestais, Veterinários, Zootecnistas, TécnicosAgrícolas ou Rurais.

  • Censo Agropecuário 1995-1996 Brasil

    Não se considerou as demonstrações deuso de produtos agrícolas, efetuadas porvendedores ou demonstradores das fábricas,nem a participação em palestras, reuniões,seminários, dias de campo, etc.

    Serviço de Empreitada

    Pesquisou-se a execução de serviçosprestados aos estabelecimentos para os trabalhosde preparo do solo, plantio, tratos culturais,colheita, limpeza de pasto e outros serviços,mediante a contratação (escrita ou verbal) comterceiros (pessoas físicas ou jurídicas), sob cujaresponsabilidade ficava o fornecimento depessoal e, de acordo com a natureza doscontratos necessários à execução dos serviços,o fornecimentos de máquinas, instrumentos,veículos e animais.

    Associação a Cooperativas

    Investigou-se a filiação ou a associação deprodutores a cooperativas, de acordo com aseguinte discriminação: cooperativa decomercialização da produção, de crédito, deeletrificação, e a outros tipos de cooperativas.

    Defesa Sanitária

    Pesquisou-se o número de estabelecimentosque habitualmente faziam o controle ouprevenção de doenças ou pragas em animais, naslavouras, ou em produtos agrícolas armazenados,utilizando-se produtos químicos ou biológicos,mesmo que a execução desses trabalhos tenhasido efetuada por Órgão do Governo, atravésde Programas de Assistência Técnica à Produçãoou de Campanhas de Vacinação.

    Uso e Procedência de Força

    Efetuou-se a pesquisa sobre o emprego deforça animal ou mecânica nos trabalhos dederrubada das matas, destocamento, preparo dosolo (aração e gradeação), plantio e colheita, bemcomo a procedência dos animais e das máquinasutilizados na execução desses trabalhos (própria,alugada ou outra forma).

    Conservação do Solo

    Foram verificados os estabelecimentos quepraticaram o controle da erosão do solo ou o

    seu desgaste, causados pelos ventos ou pelaságuas das chuvas, e os processos utilizados,tais como: cultivo em curvas de nível,terraceamento, etc.

    Método de Irrigação

    Pesquisou-se os estabelecimentos quehabitualmente utilizavam métodos de irrigação,como: inundação, infiltração, aspersão e outros.

    Não foi considerada como irrigação asimples rega manual com baldes, regadores,pequenas mangueiras domésticas, etc.

    Uso de Adubos e Corretivos

    Foi investigado se os estabelecimentoshabitualmente utilizavam práticas de adubação,por meio de adubos químicos ou orgânicos, ede corretivos para combater a acidez do solo.

    Uso de Inseminação Artificial eOrdenha Mecânica

    Investigou-se o número de estabelecimentosagropecuários que utilizam a prática deinseminação artificial, e a ordenha comequipamento mecânico em vacas.

    Pessoal Ocupado

    A pesquisa sobre o pessoal ocupadoabrangeu todas as pessoas, com ou semremuneração, que em 31-12-95 encontravam-se executando serviços ligados às atividades doestabelecimento, exceto os que desempenhavamtrabalhos por conta de empreiteiros.

    Distribuiu-se o pessoal ocupado, por sexoe classe de idade (de 14 anos e mais, e menoresde 14 anos), nas seguintes categorias:

    Responsável e membros não-remuneradosda família - O produtor ou administradorque fosse responsável pela direção doestabelecimento, recebendo quantia fixa oucota-parte da produção, e os membros da suafamília que ajudavam na execução dos trabalhos,sem receber qualquer tipo de remuneração pelosserviços prestados;

    Empregados permanentes - Pessoascontratadas para execução de tarefas permanentesou de longa duração, mediante remuneração emdinheiro ou em quantia fixa de produtos, inclusive

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    os membros da família dos empregadospermanentes que efetivamente os auxiliavam naexecução de suas respectivas tarefas;

    Empregados temporários - Pessoascontratadas para execução de tarefas eventuaisou de curta duração, mediante remuneração emdinheiro ou sua equivalência em produtos,inclusive os membros da família dessesempregados que os auxiliavam na execução desuas respectivas tarefas;

    Parceiros - Pessoas diretamente subordinadasao responsável, que executavam tarefasmediante recebimento de uma cota-parte daprodução obtida com seu trabalho (meia, terça,quarta, etc.), e os seus familiares que o ajudavamna execução das suas tarefas; e

    Outra condição - Consideraram-se todasas pessoas cujo regime de trabalho diferia dopessoal dos grupos anteriores, tais como:agregados, moradores, etc.

    Pesquisou-se ainda, do total de pessoas ocupadas,as que residiam nos estabelecimentos agropecuários.

    Utilização do Pessoal Temporário

    Foi investigado o número máximo deempregados temporários contratados noperíodo de 01-08-95 a 31-07-96, para execuçãode trabalhos eventuais ou de curta duraçãonos estabelecimentos.

    Silos e Depósitos

    Pesquisou-se o número e a capacidade deconstruções próprias para conservação de forragens(silos aéreos e de encosta ou trincheira) e de depósitosconstruídos com a finalidade de armazenageme conservação da produção do estabelecimento.

    Máquinas e Instrumentos Agrários

    Divulgam-se os dados relativos aos tratoressegundo as classe de potência do motor, aosarados de tração animal e mecânica, e àsmáquinas para plantio e para colheita, queestivessem sendo utilizadas em 31-12-95,incluindo-se os obtidos por empréstimo oualuguel, e os que estivessem sob a responsabilidadedo produtor, porém em conserto ou reforma.

    Não foram considerados os de propriedadede órgãos governamentais e os de empreiteiros queestivessem executando trabalhos no estabelecimentos,e os do produtor que estivessem arrendados,alugados ou cedidos a terceiros.

    Meios de Transporte

    Foram incluídos na pesquisa todos osveículos a tração animal ou mecânica eembarcações, inclusive os obtidos por aluguelou empréstimo, que estivessem sendo utilizadosem atividades diretamente ligadas à exploraçãodo estabelecimento, e os que estivessem sobresponsabilidade do produtor, porém emconserto ou reforma.

    Não foram computados os veículos depropriedade de órgãos governamentais, os deempreiteiros que estivessem executandotrabalhos no estabelecimento; os do produtorque estivessem arrendados, alugados ou cedidosa terceiros; os existentes nos estabelecimentosem 31-12-95 utilizados exclusivamente parapasseios, e os usados somente pelos estabelecimentosindustriais ou comerciais localizados em terrasdo estabelecimento agropecuário.

    Efetivos da Pecuária

    Foram pesquisados os bovinos, bubalinos,eqüinos, asininos, muares, suínos, ovinos, ecaprinos de propriedade do produtor queestivessem no estabelecimento, ou em pastos comunsou abertos localizados fora de estabelecimentos,e os de terceiros que estivessem arrendados,alugados ou cedidos ao produtor em 31-07-96.

    Os dados não incluem os animais depropriedade do produtor que se encontravamem outros estabelecimentos ou entregues aterceiros, em arrendamento, aluguel ou cessão,nem os de propriedade dos moradores -empregados, colonos, agregados, etc., que foramrecenseados separadamente no CE2.02.

    Coelhos e Colméias

    Investigou-se o número de coelhos e de colméiasexistentes nos estabelecimentos em 31-07-96.

    Aves

    Os dados referem-se ao número de galinhas,galos, frangas, frangos e pintos , e de outras aves,patos, gansos, marrecos, perus e codornas,existente no estabelecimento em 31-07-96.

    Animais Nascidos e Vitimados

    Foram registrados os animais nascidos noperíodo de 01-08-95 a 31-07-96, inclusive os que

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    foram vitimados, abatidos, vendidos outransferidos para outro estabelecimento doprodutor, e os que, no decorrer do período,morreram ou foram sacrificados devido àocorrência de doenças, acidentes ou por faltade alimentação.

    Animais Comprados, Vendidos eAbatidos

    Considerou-se todos os animais comprados,vendidos vivos, e abatidos para venda ouconsumo no estabelecimento durante o períodode 01-08-95 a 31-07-96.

    Produção de Origem Animal

    Apresentam-se dados sobre a quantidadee o valor da produção de leite de vaca, de búfala,e de cabra, lã, ovos de galinha, de codorna e deoutras aves, mel e cera de abelha, e casulos debicho-da-seda; registram-se também o númerode vacas, de búfalas e de cabras ordenhadas, ecarneiros tosquiados.

    Pesquisou-se, também o número e o valorde compra e venda de ovos de galinhas paraincubação, durante o período de 01-08-95 a31-07-96, e a origem da produção do mel eda cera de abelha.

    Produção Vegetal

    Os resultados referem-se à quantidade eao valor da produção das principais culturaspermanentes e temporárias, da horticultura, daextração vegetal e da silvicultura, no período de01-08-95 a 31-07-96.

    No que concerne às culturas permanentese temporárias, apresenta-se a produção própriado estabelecimento, incluindo-se nesta partede parceiros não autônomos. A produçãoparticular do pessoal residente, assimentendida, a produção obtida pelo pessoalresidente (empregados, colonos, etc.) para suasubsistência, em terras do estabelecimento,cedidas gratuitamente, é apresentada emtabulações próprias.

    Considerou-se cultura permanente a deplantas capazes de proporcionar colheita porvários anos, sem necessidade de novo plantio.Em relação a cada cultura permanente, foraminvestigados o destino da produção, quantidadeproduzida e vendida, e o valor da colheita, áreae o número de pés que deram origem à colheita

    no período de 01-08-95 a 31-07-96, os efetivosdas plantações em 31-07-96, distinguindo-se onúmero de pés em idade produtiva, o total depés novos, e destes, os plantados em 31-07-96,as práticas agrícolas aplicadas nas respectivasculturas, como: adubação, irrigação e defensivos,e o principal mês de colheita.

    Relativamente às culturas temporáriasforam investigados o destino da produção, aquantidade produzida e vendida, a área dacolheita, o uso de adubos, irrigação e defensivos,a origem das sementes, e o principal mês do plantioe da colheita. Foram também considerados osseguintes tipos de cultivo: simples (quando a culturaocupava isoladamente uma área de cultivo),associado (no caso de duas ou mais culturastemporárias efetuadas simultaneamente namesma área), intercalado (quando a culturaocupava os intervalos de uma cultura permanente)e misto (quando a cultura ocupava mais deum tipo de cultivo).

    Horticultura

    Foram pesquisados a quantidade produzida ea vendida, e o valor da produção da horticultura,no período de 01-08-95 a 31-07-96, e o principaldestino da produção.

    Extração Vegetal

    A investigação sobre a extração vegetalreferiu-se aos produtos obtidos de espécies vegetaisnão plantados (nativas), ao valor e ao destino daprodução no período de 01-08-95 a 31-07-96.

    Silvicultura

    Foi investigada a produção obtida noperíodo de 01-08-95 a 31-07-96, assim como ovalor e o destino da produção.

    Pesquisou-se, também, o efetivo dasplantações de espécies ou essências florestaisplantadas no estabelecimento.

    Transformação ou Beneficiamentode Produtos Agrícolas

    Pesquisou-se as atividades de transformaçãoe beneficiamento de produtos agropecuários(animais ou vegetais), realizadas em instalaçõesexistentes nos estabelecimentos ou em instalaçõesde terceiros (moinhos, moendas, casas defarinha, etc.).

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    A pesquisa abrangeu a produção, e aquantidade beneficiada para terceiros.

    A produção obtida nas unidades industriaislocalizadas nos estabelecimentos agropecuários,e devidamente licenciadas, não foi contada peloCenso Agropecuário.

    Combustíveis e Lubrificantes

    Investigou-se a quantidade total decombustível ou lubrificantes (própria ou adquirida)e o valor dos combustíveis consumidos, no períodode 01-08-95 a 31-07-96, no estabelecimento,excluindo as usadas em outras atividades(domésticas, comerciais, etc.).

    Investimentos

    Informou-se o valor total dos investimentosrealizados no período de 01-08-95 a 31-07-96em: terras adquiridas, prédios, instalações eoutras benfeitorias, novas culturas permanentese novas matas plantadas, veículos e outros meiosde transporte (novos e usados), compra deanimais de reprodução, outros fins, e máquinase instrumentos agrários, novos e usados.

    Financiamentos

    Foram registradas as modalidades definanciamento, segundo finalidade (investimento,custeio ou comercialização), desde que aplicadosem atividades ligadas à exploração agropecuária.

    Despesas

    Apresentaram-se como despesas, os gastosrealizados no período de 01-08-95 a 31-07-96,com a manutenção e custeio das atividades dosestabelecimentos, bem como: salários, valor dacota-parte entregues a parceiros, arrendamentoe parceria de terras, adubos e corretivos,sementes e mudas, agrotóxicos, medicamentopara animais, alimentação dos animais (sal,rações industriais e outros alimentos), comprade ovos fertilizados e de pinto de um dia, aluguel

    de máquinas e implementos, serviço deempreitada, transporte da produção juros edespesas bancárias, impostos e taxas, sacaria eoutras embalagens, combustíveis e lubrificantes,energia elétrica e outras despesas.

    Receitas

    As receitas correspondem ao valor obtidocom a venda da produção e a exploração dasatividades desenvolvidas pelos estabelecimentos,tais como: venda de produtos vegetais, de flores,plantas ornamentais e gramas, de animais eprodutos de origem animal, de rãs e peixes,produtos transformados nos estabelecimentos(indústria rural), serviços industriais ou outrosserviços prestados a terceiros, exploraçãomineral, venda de máquinas, veículos eimplementos e outras receitas.

    Animais Pertencentes ao PessoalResidente nos Estabelecimentos

    Divulgam-se, separadamente, os dadosreferentes aos efetivos de bovinos, eqüinos,asininos, muares, ovinos, suínos, caprinos, e dasaves, pertencentes ao pessoal residente nosestabelecimentos (empregados, colonos, etc.),no período de 01-08-95 a 31-07-96.

    Produção Particular do PessoalResidente

    Apresentam-se, separadamente, asinformações relativas à produção particular dosmoradores e trabalhadores nos estabelecimentos,obtida no período de 01-08-95 a 31-07-96,proveniente de produtos de origem animal (lã,leite de vaca e de cabra, e ovos de galinha e deoutras aves), de lavouras permanentes etemporárias, de espécies vegetais nativas ouplantadas e da horticultura, localizadas emáreas dos estabelecimentos, e a produçãoresultante do beneficiamento ou transformaçãode produtos agropecuários executada eminstalações existentes nos estabelecimentos(casas de farinha, moendas, alambiques, etc.).

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    Análise dos Resultados

    Quadro

    Datas e períodos de referência dos Censos de 1985 e 1995-1996

    Referência Censo de 1985 Censo de 1995-1996

    Dados estruturais 31-12-1985 31-12-1995Efetivos pecuária 31-12-1985 31-07-1996 lavoura permanente 31-12-1985 31-07-1996 silvicultura 31-12-1985 31-07-1996Dados de produção 01-01-1985 a 31-12-1985 01-08-1995 a 31-07-1996

    Considerações preliminares

    A presente divulgação dos resultados doCenso Agropecuário de 1995-1996 vempreencher uma importante lacuna, no contextodas informações econômicas para o País, pois,diferentemente dos setores de indústria,comércio e serviços, que contam cominformações cadastrais correntes de qualidade,o setor agropecuário depende fundamen-talmente, em relação a dados estruturais, darealização de operações de caráter censitário, oque não se verificava desde 1985. De lá para cá,decorridos 11 anos, ocorreram importantestransformações – a maioria de caráter estrutural– no cenário mundial, regional e nacional, comimpactos sobre a agropecuária brasileira, comode resto, sobre toda a economia. Os processosde globalização e de formação de blocosregionais implicaram maior exposição daeconomia à concorrência internacional eexigiram esforços crescentes de reestruturaçãoprodutiva. Os vários programas de ajusteeconômico pelos quais o País passou nos últimosdez anos também tiveram influência sobre o setor.Destacam-se ainda, ao longo do último períodointercensitário, algumas mudanças importantesna política agrícola brasileira, em particularno que diz respeito às políticas de financia-mento e de juros à agricultura. Somente umainvestigação de caráter universal, como o CensoAgropecuário, poderia propiciar os elementosbásicos ao entendimento de como o setor reagiua todas essas transformações. E é na certezada importância desses resultados – divulgados

    com extrema presteza – para a compreensão daatual realidade agropecuária brasileira, quevimos trazer a público um conjunto deinformações básicas selecionadas, quecontribuirão para lançar importantes luzes sobrerelevantes questões estruturais e conjunturaispresentes na agropecuária do País, captadasrelativamente à safra de 1995-1996.

    Ao iniciarmos alguns breves comentáriossobre os resultados do censo para o conjuntodo País, uma primeira qualificação se faz, noentanto, necessária tendo em vista a mudançado período de referência do presente censo (anoagrícola) em relação a censos anteriores (anocivil). Por conta dessa mudança, decidida com baseem questões operacionais e técnicas, os resultadosdo Censo de 1995-1996 não são estritamentecomparáveis aos dos Censos Agropecuáriosanteriores. No Censo de 1995-1996 o períodode referência para dados de produção delavouras permanentes e temporárias, dahorticultura, da extração vegetal e da silviculturafoi o de 01-08-1995 a 31-07-1996; e os dadosestruturais (área, pessoal ocupado, maquinariae infra-estrutura) referem-se a 31-12-1995,enquanto os de efetivos da pecuária e efetivosda lavoura permanente e de espécies florestaisplantadas referem-se a 31-07-1996. Já oCenso Agropecuário anterior - o de 1985 - tevecomo período de referência para os dados deprodução o ano civil de 1985 e como data dereferência para os dados estruturais o dia 31 dedezembro do mesmo ano, de forma idêntica aoestabelecido para os censos anteriores.

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    Essas diferenças de períodos e datas dereferência implicaram algumas mudanças emrelação às informações que, principalmente, osagricultores das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis pela maior parte daprodução agropecuária do País, prestaram aoCenso de 1995-1996, em relação ao queresponderam no Censo de 1985. Neste últimocaso, o questionário do censo se referia à colheitae destino da produção do ano civil de 1985(quase sempre plantada no segundo semestrede 1984), e às operações de plantio e de cultivorealizadas no segundo semestre de 1985, comos respectivos custos de produção, visando àcolheita ou produção, não de 1985, mas de 1986.No caso do Censo de 1995-1996, pelo menosnas regiões citadas, o agricultor recenseadoprestou informações sobre o plantio e asoperações de produção e sobre a colheita e odestino de uma mesma safra (a de 1995-1996).Para uma lavoura temporária, por exemplo, oplantio teria sido realizado predominantementede setembro a novembro de 1995 e a colheita,de abril a junho de 1996. Só essa mudança jáintroduziu substanciais alterações na naturezados dados coletados para cada um desses doisCensos Agropecuários.

    A mudança de período de referência teve,também, impactos sobre o universo captadopelo Censo de 1995-1996. Para entender o queaconteceu é preciso que se tenha em mente anatureza precária e transitória de um núme-ro não desprezível de estabelecimentosagropecuários no Brasil. Nem todos osestabelecimentos correspondem à imagem quese tem de uma fazenda cercada, com sede,galpões, estábulos, currais, pastagens, animais,depósitos e outras construções características,e com gente habitando o local. Na verdade,muitos estabelecimentos têm natureza precária,sendo facilmente identificáveis apenas duranteo período entre o plantio e a colheita da safra.Na entressafra, muitas vezes são poucos osvestígios da atividade agrícola que se de-senvolveu na área na safra anterior, efreqüentemente o responsável pela produçãonão pode ser encontrado na região em que selocaliza o estabelecimento, pois terminou seustrabalhos e deixou o local. Isso pode acontecer,por exemplo, com estabelecimentos operadospor parceiros e arrendatários, que recebem umpedaço de terra para cultivar, mas que, depoisda colheita, devolvem essa terra ao dono,desfazendo o seu vínculo com a mesma. Háarrendatários e parceiros que moram na terraque cultivaram e que têm permissão de explorá-la

    na safra seguinte; mas também existem muitosque têm um contrato de exploração que terminacom a colheita e que não permanecem na terra.E isso não acontece só com pequenosarrendatários ou parceiros; nas operações deformação de pastagens, por exemplo, às vezesáreas extensas são entregues a operadores quemobilizam equipamentos e recursos para suaexploração e, depois da colheita, entregam aterra nua ao proprietário para, no futuro,plantar o capim.

    Em zonas mais remotas até proprietáriosque exploram a terra muitas vezes residem longedo estabelecimento e registram presença apenasocasional no período da entressafra. A presençadestes nos estabelecimentos se faz sentirenquanto há atividades relacionadas a uma dadasafra. Mas quando esta é colhida, na ausênciade outras atividades, muitas vezes torna-seextremamente difícil não só achar quem possaresponder às questões do censo, como atédeterminar com certeza que em um dado localtenham ocorrido atividades agrícolas no períododa safra, ou estabelecer a natureza destas.

    Em suma, embora a coleta de dados feitaa partir de agosto de 1996 tenha captadoinformações referentes a uma única safra, o quepor si só representa um avanço em relação aoque ocorreu nos censos anteriores, o períodode coleta correspondeu à época em que aquelesestabelecimentos de existência temporária, quetiveram produção na safra de 1995-1996, nãomais exist iam. Com isso, alguns esta-belecimentos podem ter ficado de fora dacobertura do universo existente em 31-12-1995.

    Há, entretanto, outros fatores que,certamente contribuíram para a inesperadaconformação de alguns resultados do Censo de1995-1996. Dentre estes, destacam-se astransformações que decorreram, prin-cipalmente, do acelerado processo dereestruturação e de ajuste da economia e daurbanização do meio rural, onde atividades eocupações não agrícolas emergiram comintensidade, a continuidade da migração rural-urbana, bem como a aceleração a partir de 1988da aposentadoria para o trabalhador rural e aextensão dos benefícios da previdência socialao campo (FUNRURAL) levando produtoresidosos de subsistência a paralisar suas atividades.A política de distribuição de terras, por sua vez,atuou no sentido de atenuar a redução nonúmero de estabelecimentos, assim comoinduziu muitos proprietários à revisão dasdimensões dos seus pressupostos domínios

  • Censo Agropecuário 1995-1996 Brasil

    agrários, sobretudo nas áreas de expansãode fronteira agrícola. No processo dereestruturação produtiva, que veio acom-panhado da introdução de um vasto leque deinovações tecnológ icas , os pequenosempreendedores foram os mais afetados, poisnão dispondo dos recursos para aumentarema produtividade e a eficiência de seusnegócios, perderam em competitividade, eforam em muitos casos alijados de suaspropriedades e atividades.

    Merece ser destacada, em algumas regiões,a tendência já observada há algum tempo, daperda de áreas agrícolas para áreas urbanas, paraáreas de recreio rural, para grandes represashidroelétricas e para estradas e outras obrasde infra-estrutura.

    Além desses eventos de base estrutural, asafra de 1995-1996 – a escrutinada pelo últimoCenso Agropecuário –, sofreu os impactos deuma série de eventos associados à evolução da safrade 1994/95 e à conjuntura econômica duranteo período do plantio da safra subseqüente, quetrouxeram forte desestímulo à agricultura. Osprincipais desses eventos foram:

    Os volumes colhidos na safra de 1994/95foram bastante expressivos, ampliando emmuito a oferta de vários produtos agrícolas econtribuindo para quedas nos seus preços.

    Simultaneamente, numa continuação detendência dos últimos anos, os preços de váriosdesses produtos no mercado internacionalcontinuaram a cair. A oferta internacionalmostrou-se abundante e as condições definanciamento para os importadores no Brasilapresentaram-se extremamente favoráveis. Paraprodutos como o arroz e o algodão essascondições chegaram a levantar a suspeita deque estaria havendo concorrência desleal,senão dumping. Esses eventos, juntamente coma supersafra do ano agrícola de 1994-95,pressionaram para baixo os preços de vários produtos.

    Como parte da estratégia de imple-mentação do Plano Real na sua fase inicial, ataxa de câmbio, favoreceu as importações edificultando as exportações de produtosagrícolas; reduziram-se, assim, ainda mais ospreços recebidos pelos agricultores brasileiros.

    Tudo isso ocorreu no contexto, inten-sificado a partir de 1990, do afastamento dogoverno do apoio à agricultura principalmenteno que respeita, às políticas de crédito subsidiadoe de preços mínimos. Houve redução naaquisição de excedentes agrícolas pelo governo,

    no bojo da política de preços mínimos. Essadiminuição teve efeitos especialmente negativosna safra de 1994-95, um ano de elevadaprodução e de dificuldades de absorção damesma pelos mercados.

    A essas dificuldades, adicionaram-seproblemas decorrentes da implementação doPlano Real, notadamente a correção monetáriade débitos dos agricultores junto à rede bancáriaem percentuais bem maiores que os da evoluçãodos preços nominais de produtos, ampliando,significativamente, as dificuldades dosagricultores. Essa situação foi, recentemente,enfrentada com a securitização da dívida dosagricultores, mas na época da tomada dedecisões referentes à safra de 1995-1996, asincertezas ainda eram muito grandes.

    Esses eventos conjunturais trouxeram umconsiderável desestímulo para o plantio da safrade 1995-1996. Reduziram-se as áreas de diversaslavouras e, numa acentuação de tendênciaverificada desde o início da atual década, osagricultores tornaram-se mais seletivos, voltandoseus esforços para lavouras sobre as quaistinham maior domínio e mais apoio em termosde tecnologias, de insumos modernos, dealternativas de financiamento e de rede decomercialização. Ficaram em um segundo planoas lavouras tradicionais e as que enfrentaramcondições de mercado especialmente adversasao longo da safra de 1994/95. Houve, emconseqüência, queda no plantio na safra de1995-1996 – a safra do censo.

    Antes de encerrar essas consideraçõespreliminares, enfatiza-se o alerta acima sobre ascaracterísticas distintas do Censo de 1995-1996em relação Aos Censos Agropecuáriosanteriores. É importante que se evite comparar,sem maiores cuidados, dados do Censo de1995-1996 com, por exemplo, os do Censo de1985; esse procedimento poderá conduzir aconclusões espúrias sobre o padrão de evoluçãoda agropecuária nos períodos intercensitárioscorrespondentes. Conforme apontado acima, ocenso fornece informações extremamente úteispara avaliações da estrutura da agropecuáriado Brasil, de estados, de mesorregiões, demicrorregiões e de municípios. Usadas com odevido cuidado, serão elementos importantespara a análise e compreensão da realidade daagropecuária e para detectar as mudanças porque esta passou desde a época do CensoAgropecuário de 1985. Trata-se de fonte rica -na verdade, a única fonte - de informações sobreo estado recente da estrutura da agropecuária

  • Censo Agropecuário 1995-1996Brasil

    brasileira, e que certamente muito poderáoferecer aos analistas e estudiosos, bem comoaos responsáveis pela formulação de políticaspara o setor.

    Feitas essas advertências preliminares,segue-se uma breve análise, com base nos dadosdo Censo de 1995-1996 e de censos anteriores,referentes à agropecuária do País. Tal análiseinicia-se com um exame da sua estrutura agrária;segue-se caracterização das mudanças recentesno uso da terra, do pessoal ocupado naagropecuária, da produção das principaislavouras e do padrão tecnológico. Estaapresentação se conclui com exames dossegmentos mais importantes da pecuária doBrasil e com um exame da concentração regionalda produção animal e vegetal.

    A agricultura do Brasil, segundo oCenso de 1995-1996

    Estrutura agrária

    Examina-se, aqui, a evolução, entre 1970 e1995, da distribuição dos estabelecimentosagropecuários (número e área) por classes detamanho. Trabalhando com proporções, pode-secomparar a estrutura de distribuição dosestabelecimentos agropecuários do últimocenso com a de censos anteriores. A escolha doperíodo deve-se ao fato de que, na ausênciade intervenções redistributivas de grandeenvergadura, mudanças na estrutura fundiárialevam tempo para se materializar; faz sentido,pois, comparar a situação tendo por base doisanos afastados no tempo.

    Um exame dos dados da Tabela 1 revelaque, não só permaneceu bastante concentradano período a estrutura de distribuição deestabelecimentos agropecuários do Brasil, comose ampliou essa concentração. Como se podever, em 31-12-1970 os estabelecimentos commenos de 100 hectares, representando 90,8%do total de unidades, controlavam apenas 23,5%da área total; e, embora quase não tenha mudadoem 31-12-1995 a proporção do número dessasunidades (foi de 89,3%), a proporção da áreacaiu para 20,0%. No outro extremo, o dosestabelecimentos com 1 000 ha e mais, em31-12-1970, apenas 0 ,7% do tota l deestabelecimentos controlavam 39,5% da áreatotal; mas em 31-12-1995 essas unidades, comapenas cerca de 1% dos estabelecimentos,controlavam por volta de 45,1% da área dosestabelecimentos, bem mais que em 1970.

    Houve, também, significativa redução naproporção da área de estabelecimentos médios(entre 100 e menos de 1 000 ha). A proporçãodo número dessas unidades aumentou umpouco, de 8,5% em 31-12-1970 para 9,7% em31-12-1995, mas a proporção da área caiu, de37,0% para 34,9% no mesmo período. Aampliação na concentração da distribuição daterra entre os dois Censos Agropecuários sefez em detrimento, não apenas dos esta-belecimentos pequenos, como também dasunidades de tamanho médio.

    Condição do responsável pela exploração

    É interessante observar, também, aevolução da proporção dos grupos deresponsáveis pela exploração agropecuária entre

    Tabela 1

    Proporção do número e da área dos estabelecimentos,por grupos de área total - Brasil - 1970 e 1995

    1970 1995 1970 1995

    Menos de 10 51,4 49,7 3,1 2,310 a menos de 100 39,4 39,6 20,4 17,7100 a menos de 1 000 8,5 9,7 37,0 34,91 000 a menos de 10 000 0,7 1,0 27,2 30,610 000 e mais 0,0 0,0 12,3 14,5Total 100,0 100,0 100,0 100,0

    Proporção da área dosestabelecimentos em 31.12

    (%)Grupos de área total

    (ha)

    Proporção do número deestabelecimentos em 31.12

    (%)

  • Censo Agropecuário 1995-1996 Brasil

    31-12-1970 e 31-12-1995. A Tabela 2 mostraum significativo aumento na proporção donúmero de proprietários (de cerca de 59,6% em31-12-1970 para quase 70% em 31-12-1995),juntamente com um aumento, embora menosexpressivo, na proporção da área dos esta-belecimentos agropecuários explorados porproprietários (de 60,6% em 31-12-1970 para63,9% em 31-12-1995).

    Outra importante mudança, no período, foia do aumento na participação do número e daárea de estabelecimentos ger idos poradministradores. Como se pode ver na Tabela2, a proporção do número de estabelecimentosnessa categoria aumentou, de 4,1% em 31-12-1970para 4,8% em 31-12-1995; e a proporção da áreadesse grupo se ampliou, de 27,5% para 30,9%entre esses dois anos. Essa evolução revelaa expansão de um importante segmentoempresarial da agropecuária do Brasil, comestabelecimentos geridos por profissionais.

    Esse aumento da participação dosestabelecimentos geridos pelos própriosproprietários e administradores se fez às custasde reduções nas participações de arrendatáriose ocupantes. A proporção do número de

    unidades exploradas por arrendatários caiu, de20,2% em 1970 para 11,0% em 1995, e a proporçãoda área encolheu, de 5,5% para 2,6%, no mesmoperíodo. No que tange aos ocupantes, a proporçãodos estabelecimentos desse grupo reduziu-se de16,1% em 1970 para 14,4% em 1995; e a participaçãoda área de 6,4% para 2,6% no período.

    Essa evolução traduz a intensificação dapenetração, no período de 1970-1995, derelações capitalistas na agropecuária brasileira,com um envolvimento direto cada vez maiorde proprietários e gerentes especializados naprodução e uma redução do arrendamento eoutras formas de exploração da terra, que noBrasil, tenderam a estar associadas com estágiospré-capitalistas de sua agropecuária. A reduçãona participação de ocupantes – a despeito daintensificação de movimentos reivindicatóriosde ocupação de terras – traduz a crescenteregularização fundiária que se verificou noperíodo em análise.

    Uso da Terra

    A Tabela 3 apresenta dados sobre o uso daterra dos Censos Agropecuários de 1985 e de1995-1996. O propósito dessa tabela é,

    Tabela 2

    Proporção do número e da área dos estabelecimentos, explorados pelo proprietário, porarrendatário, por ocupante e por administrador - Brasil - 1970 e 1995-1996

    Condição do responsável

    1970 1995 1970 1995

    Proprietário 59,6 69,8 60,6 63,9Arrendatário 20,2 11,0 5,5 2,6Ocupante 16,1 14,4 6,4 2,6Administrador 4,1 4,8 27,5 30,9

    Proporção do númeroem 31.12 (%)

    Proporção da área em 31.12 (%)

  • Censo Agropecuário 1995-1996Brasil

    principalmente, o de determinar, em grandeslinhas, as tendências recentes no uso da terra.Para tal, complementam-se os dados dos censoscom os de outras fontes.

    Observa-se, entre 31-12-1985 e 31-12-1995,uma redução, tanto no número de esta-belecimentos, de 5 801,8 mil para 4 859,9 milunidades, como na área total destes, de 374 924,9 milpara 353 611,2 mil hectares. Essa redução emalguma medida, teve a ver com a herança dedificuldades, deixada pela safra de 1994-95,acima analisada, e com a tendência, sentidadesde a segunda metade da década de 70 emalgumas regiões, de perda de terras agrícolas paraáreas urbanas, para áreas de recreio rural e paraoutros usos.

    A área total dos estabelecimentos do Brasil,registrada para 31-12-1995, representou 41,4%da área territorial do País (854,7 milhões de ha),uma proporção ainda reduzida, que se explicapelas extensas áreas escassamente ocupadas nasRegiões Norte e Centro-Oeste. Nessa data, aproporção da área aberta (a área antropizada)dos estabelecimentos, ou seja, a soma das áreasem lavouras (temporárias e permanentes), em

    pastagens plantadas, em matas plantadas, terrasem descanso e produtivas mas não utilizadas,foi de 48,5%. Ou seja, em 31-12-1995, cerca de51,5% da área em estabelecimentos ainda nãotinha sido significativamente alterada, emboraparte das pastagens naturais possam ter estadoem uso.

    Note-se, também, que em 1995 a área emmatas naturais (quase 89 milhões de ha) aindacompreendeu cerca de 25,1% da área total emestabelecimentos. Em tese, pois, pode haver umforte desmatamento ligado a atividadesagropecuárias, mesmo sem nenhuma novaincorporação de terras a estabelecimentos.

    Ao contrário do que ocorreu com a áreatotal, a área aberta - conforme definida acima -apr