Poster Bosquete Chapim-real

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Bosquete Chapim-real Biodiversidade em Espaço Escolar O Bosquete Chapim-real é um pequeno bosque onde estão representados os diferentes estratos da Floresta Caducifólia Autóctone (arbóreo, arbustivo e herbáceo). Apresenta um trilho botânico que permite a observação e identificação das espécies vegetais aí existentes. Objectivos: - Dotar a escola de um espaço natural vocacionado para a prática da educação ambiental, onde fosse possível a realização de práticas experimentais in situ, no âmbito da disciplina de Ciências Naturais. - Promover a conservação e preservação da floresta autóctone portuguesa. - Promover o papel da escola enquanto pólo de desenvolvimento da comunidade local, contribuindo para a divulgação do património ecológico. 1ª Fase - Pesquisa das espécies existentes no concelho. Realizaram-se saídas de campo com o objectivo de inventariar as espécies vegetais e referenciar locais onde fosse possível a recolha de árvores e arbustos jovens autóctones. O projecto teve início no ano lectivo 1997/98. 2ª Fase – Selecção e delimitação do espaço. Foi seleccionada uma zona periférica do recinto escolar delimitada pela zona de recreio e o muro da escola. Este espaço não estava intervencionado e caracterizava-se pela presença de ervas altas e algumas espécies invasoras. Fase Recolha de espécies vegetais nos locais anteriormente referenciados e sua plantação. Algumas das espécies foram cedidas pelos serviços florestais e outras obtidas através da germinação de sementes. 4ª Fase – Monitorização e manutenção. No Bosquete ocorreram alterações progressivas a nível das condições microclimáticas, nomeadamente de luz, temperatura e humidade, criando condições ambientais para a fixação de espécies vegetais, características do estrato herbáceo, e animais que encontram no Bosquete local de alimentação, abrigo e reprodução. O Bosquete Chapim-real é neste momento o local de excelência na escola para a promoção da educação ambiental. A presença de espécies como a Rá-ibérica e o Tritão-de-ventre-laranja, endemismos ibéricos incluídos na lista vermelha de espécies ameaçadas da UICN, e protegidas pela Convenção de Berna, demonstra o seu valor conservacionista. O Bosquete é atravessado por um pequeno curso de água, proveniente de uma nascente existente no recinto escolar e que estava ligada ao sistema de escoamento das águas pluviais. Ao longo deste curso de água é possível observar a Rã-ibérica, endemismo da Península Ibérica. O curso de água também é aproveitado para alimentar um lago que se encontra numa das extremidades do Bosquete. No lago fixaram-se populações importantes de anfíbios, principalmente de Tritão-de-ventre-laranja (Lissotriton boscai) e Tritão-marmorado (Triturus marmoratus), cuja reprodução tem ocorrido com grande sucesso, visível pelo grande número de larvas existentes. O lago tem sido o local de excelência para o estudo da sucessão ecológica, devido à natural alteração de variáveis como a profundidade decorrente da deposição de sedimentos. Escalheiro, Crataegus monogyna Medronheiro, Arbutus unedo. Viúvas, Aquilégia dichroa Erva-de-salomão, Polygonatum odoratum A biodiversidade do Bosquete Chapim.azul, Parus caeruleus Gilbardeira, Ruscus aculeatus Prímula, Primula vulgaris Paradisea, Paradisea lusitanica Rododendro, Rhododendron ponticum Lírio.aquático, Iris pseudacorus Rã-verde, Rana perezi Salamandra-de-pintas-amarelas, Salamandra salamandra Sapo-comum, Bufo bufo Nenúfar, Nymphaea alba Rato-do-campo Francisco Areias Escola E.B. 2,3 Prof. Gonçalo Sampaio Póvoa de Lanhoso [email protected] Legenda das figuras: 1- Tentilhão 2- Toutinegra-de-barrete 3- Chapim-real 4- Rola-turca 5- Chapim-carvoeiro 6- Melro 7- Licranço 8- Rã-ibérica 9- Verdilhão 10- Borboleta: Inachis IO 11- Milheirinha 12- Carriça 13- Chapim-rabilongo 14- Borboleta: Polyommatus icarus 15- Tritão-marmorado 16- Tritão-de-ventre-laranja 17- Rã-verde 18- Libelinha 19- Pisco-de- peito-ruivo 1 3 3 4 5 6 7 8 Desenvolvimento do Projecto O início do Bosquete 1 2 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Tritão-de-ventre-laranja, Triturus boscai Rã-ibérica, Rana iberica

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Bosquete Chapim-realBiodiversidade em Espaço Escolar

O Bosquete Chapim-real é um pequeno bosque onde estão representados os diferentes estratos da Floresta Caducifólia Autóctone (arbóreo, arbustivo e herbáceo). Apresenta um trilho botânico que permite a observação e identificação das espécies vegetais aí existentes.

Objectivos:- Dotar a escola de um espaço natural vocacionado para a prática da educação ambiental, onde fosse possível a realização de práticas experimentais in situ, no âmbito da disciplina de Ciências Naturais.- Promover a conservação e preservação da floresta autóctone portuguesa.- Promover o papel da escola enquanto pólo de desenvolvimento da comunidade local, contribuindo para a divulgação do património ecológico.

1ª Fase - Pesquisa das espécies existentes no concelho. Realizaram-se saídas de campo com o objectivo de inventariar as espécies vegetais e referenciar locais onde fosse possível a recolha de árvores e arbustos jovens autóctones. O projecto teve início no ano lectivo 1997/98.

2ª Fase – Selecção e delimitação do espaço. Foi seleccionada uma zona periférica do recinto escolar delimitada pela zona de recreio e o muro da escola. Este espaço não estava intervencionado e caracterizava-se pela presença de ervas altas e algumas espécies invasoras.

3ª Fase – Recolha de espécies vegetais nos locais anteriormente referenciados e sua plantação. Algumas das espécies foram cedidas pelos serviços florestais e outras obtidas através da germinação de sementes.

4ª Fase – Monitorização e manutenção. No Bosquete ocorreram alterações progressivas a nível das condições microclimáticas, nomeadamente de luz, temperatura e humidade, criando condições ambientais para a fixação de espécies vegetais, características do estrato herbáceo, e animais que encontram no Bosquete local de alimentação, abrigo e reprodução.

O Bosquete Chapim-real é neste momento o local de excelência na escola para a promoção da educação ambiental. A presença de espécies como a Rá-ibéricae o Tritão-de-ventre-laranja, endemismos ibéricos incluídos na lista vermelha de espécies ameaçadas da UICN, e protegidas pela Convenção de Berna, demonstra o seu valor conservacionista.

O Bosquete é atravessado por um pequeno curso de água, proveniente de uma nascente existente no recinto escolar e que estava ligada ao sistema de escoamento das águas pluviais. Ao longo deste curso de água é possível observar a Rã-ibérica, endemismo da Península Ibérica. O curso de água também éaproveitado para alimentar um lago que se encontra numa das extremidades do Bosquete.

No lago fixaram-se populações importantes de anfíbios, principalmente de Tritão-de-ventre-laranja(Lissotriton boscai) e Tritão-marmorado (Triturusmarmoratus), cuja reprodução tem ocorrido com grande sucesso, visível pelo grande número de larvas existentes. O lago tem sido o local de excelência para o estudo da sucessão ecológica, devido à natural alteração de variáveis como a profundidade decorrente da deposição de sedimentos.

Escalheiro, Crataegus monogynaMedronheiro, Arbutus unedo.Viúvas, Aquilégia dichroa

Erva-de-salomão,

Polygonatum odoratum

A biodiversidade do B

osquete

Chapim.azul, Parus caeruleus

Gilbardeira, Ruscus aculeatusPrímula, Primula vulgaris

Paradisea, Paradisea lusitanica

Rododendro, Rhododendron ponticum

Lírio.aquático, Iris pseudacorus

Rã-verde, Rana perezi

Salamandra-de-pintas-amarelas, Salamandra salamandra

Sapo-comum, Bufo bufoNenúfar, Nymphaea alba Rato-do-campo

Francisco AreiasEscola E.B. 2,3 Prof. Gonçalo SampaioPóvoa de Lanhoso [email protected]

Legenda das figuras: 1- Tentilhão 2- Toutinegra-de-barrete 3- Chapim-real 4- Rola-turca 5- Chapim-carvoeiro 6- Melro 7- Licranço 8- Rã-ibérica 9- Verdilhão 10- Borboleta: InachisIO 11- Milheirinha 12- Carriça 13- Chapim-rabilongo 14- Borboleta: Polyommatus icarus 15- Tritão-marmorado 16- Tritão-de-ventre-laranja 17- Rã-verde 18- Libelinha 19- Pisco-de-peito-ruivo

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Tritão-de-ventre-laranja, Triturus boscai Rã-ibérica, Rana iberica