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POSSIBILIDADES DE ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO ÀS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIAS E GRUPOS ESPECIAIS NA ATENÇÃO BÁSICA
Sandra Maria Ferraz Mello• Doutora em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas
• Mestre em Odontologia• Especialista em Odontologia para Pacientes Especiais e Gerontologia
• Pós-graduada em Odontologia Hospitalar – Hospital Santa Catarina/ SP• Docente do curso de Odontologia – UFBA/UNIME
• Área Técnica de Saúde Bucal - SESAB
Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais
Prática voltada para todo usuário que apresente uma ou mais
limitações, temporárias ou permanentes, de ordem mental, física,
sensorial, emocional, de crescimento ou médica, que o impeça de ser
submetido a uma situação odontológica convencional.
Ministério da Saúde, 2008
II ANEO, 2001Resolução CFO 25/2002
PANORAMA MUNDIAL
10% da população é portadora de algum tipo de deficiência, e apenas 2% delas recebem atendimento adequado voltado para as suas necessidades.
PANORAMA NACIONAL24,5 milhões de pessoas possuem algum tipo de incapacidade - 14,5% da população.
PANORAMA LOCAL
Bahia – 3.556.832 pessoas com algum tipo de deficiência
REDE de CUIDADOS à PESSOA com DEFICIÊNCIA - RCPD
Quais as barreiras que
o cirurgião-dentista
deve transpor para
viabilizar o tratamento
odontológico?
Os profissionais de saúde devem estar desprovido de preconceitos, atendendo a todos os indivíduos, evitando a exclusão daqueles que têm algo que os diferencia dos demais.
CLASSIFICAÇÃO DE PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS
Deficiência mental;
Deficiência física;
Anomalias congênitas (deformações, síndromes);
Distúrbios comportamentais (autismo);
Transtornos psiquiátricos;
Distúrbios sensoriais e de comunicação;
Doenças sistêmicas crônicas (diabetes, cardiopatias, doenças hematológicas, insuficiência renal crônica, doenças auto imunes, doenças vesículo bolhosas, etc);
Doenças infectocontagiosas (hepatites, HIV, tuberculose);
Condições sistêmicas (irradiados, transplantados, oncológicos, gestantes, imunocomprometidos);
Haddad, 2007.
CONHECIMENTO
MEDOINSEGURANÇA
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO
Profissionais
Família
Paciente Especial
ABORDAGEM
• Estado emocional;
• Estado mental;
• Estado neurológico;
• Estado fisiológico modificado;
• Moléstia sistêmica;
TÉCNICAS DE MANEJO
Condicionamento lúdico psicológico Restrição física Restrição química
TÉCNICAS DE MANEJO DE COMPORTAMENTO
Falar-Mostrar-Fazer
Reforço Positivo
Modelagem
Controle de voz
Distração
TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
Faixas, lençóis, calças com velcro
Abridores de boca
Caldas Jr; Machiavelli, 2013
Caldas Jr; Machiavelli, 2013
“BOQUIN
HA DA G
ARRAFA”
Caldas Jr; Machiavelli, 2013
RESTRIÇÃO FÍSICA
Não pode ser encarada como castigo!
Terapia do abraço; Criança sentada no colo da mãe; Técnica joelho com joelho; Mãe posicionada ao lado da criança; Mãe sentada em sela: as pernas da criança se abrem na sua cintura;
CONTENÇÃO FÍSICA MECÂNICA
Macri; Cadeiras; Colar cervical; Estabilizador de Godoy; Almofada.
Equipamento de Godoy
Almofada
RESTRIÇÃO QUÍMICA
Sedação Oral;
Analgesia (N2O2);
Anestesia Geral;
TÉCNICAS FARMACOLÓGICAS
ATENDIMENTO ODONTOLÓGICOATENDIMENTO ODONTOLÓGICO
NORMAL
• Em que existe a cooperação por parte do paciente, alternando-se somente o tipo de ambiente, instrumental e material odontológico a ser empregado;
CONDICIONADO
• Utilizando técnicas de demonstração com todo o aparato odontológico, para que o paciente saiba, antes de ser atendido, o que será utilizado em sua boca, incluindo as de vibrações e ruídos que farão parte do atendimento proposto;
SOB RESTRIÇÃO
• Mecânica, química ou hipnose;
Objetivo: devolver a saúde do paciente por meio do controle das doenças existentes e da reabilitação das suas necessidades clínicas, assim como ensiná-lo a se manter saudável.
Explicar os fatores causadores da doença encontrada, apontar suas justificativas e discuti-las com o paciente e/ou responsáveis.
Monitorar o paciente a cada sessão em relação à realização dos autocuidados.
Esclarecer sobre a necessidade de participação do paciente e dos familiares/ responsáveis no tratamento, para que se obtenha sucesso no planejamento proposto.
Caldas Jr; Machiavelli, 2013
PLANO DE TRATAMENTO
PLANO DE TRATAMENTO
Urgências, para resolver, de imediato, o problema que estiver causando dor ou desconforto.
Controle da doença, englobando as orientações de dieta, higiene bucal e adequação do meio bucal.
Procedimentos eletivos, como endodontias, tratamento restaurador e cirurgias
Caldas Jr; Machiavelli, 2013
Fase 1
• Anamnese; avaliação do paciente; TCLE; solicitação de exames complementares
• Urgências; Orientação de HO e dieta; Adequação do meio (ART)
Fase 2
• Diagnóstico; HO supervisionada• Elaboração do plano de tratamento; definição de anestesia e tipo de
tratamento
Fase 3• Controle da atividade de doença• Tratamento restaurador e preventivo
Fase 4
• Observar o equilíbrio do processo saúde-doença• Manutenção periódica preventiva, de acordo com a necessidade do
paciente
PROTOCOLO DE TRATAMENTO
Segue as mesmas regras descritas anteriormente, sendo resolutivo de imediato em relação aos focos de dor e/ou desconforto do paciente;
Organizar os procedimentos em ordem crescente de complexidade: Para crianças muito novas (< 6 anos de idade) e que ainda não tiveram
experiência odontológica, para aquelas que tiveram uma experiência odontológica anterior negativa - iniciar o tratamento pelos procedimentos mais simples e atraumáticos, buscando adquirir a confiança e cooperação da criança;
Para crianças que já estão acostumadas com o ambiente odontológico e colaboram durante os atendimentos – iniciar o tratamento por procedimentos eletivos, após a etapa inicial de controle da doença e orientações, organizados os procedimentos por quadrante ou por sextante.
Caldas Jr; Machiavelli, 2013
PROTOCOLO DE TRATAMENTO
ESPECIFICIDADES DO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO PARA PACIENTES ESPECIAIS
A moléstia de base determina o curso do tratamento
O plano de tratamento é adequado em função da moléstia de base
PLANO DE
TRATAMENTO
Caldas Jr; Machiavelli, 2013
ESPECIFICIDADES DO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO PARA PACIENTES ESPECIAIS
Tecnologias leves:
Boa escuta, conhecer a família e cuidadores, históricos médicos, hábitos, estabelecer vínculo com o paciente, etc.
Aparatos, manobras de condicionamento
Sensibilizar o paciente ao ambiente e tratamento
Controlar a doença, ART, prevenção – aplicação de F (gel e verniz)
QUEM SÃO OS PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS
QUE PODEM SER ATENDIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA?
Pacientes com limitações motoras, com deficiência visual,
com deficiência auditiva ou de fala, gestantes, bebês,
diabéticos, cardiopatas, idosos, HIV positivos, pacientes
com disfunção renal, defeitos congênitos, ambientais e
transplantados, COMPENSADOS E SEM OUTRAS
LIMITAÇÕES.
MS - Caderno 17, p.83, 2006
FLUXOGRAMA PARA REFERÊNCIA DO PNEUNIDADE BÁSICA DE SAÚDEAcolhe, avalia, trata e/ou encaminha
Se necessário encaminha p/ o atendimento hospitalar
Se necessário agenda p/ atenção domiciliar
CEORecebe, trata e/ou encaminha
Hospital ou Unidade de Referência c/ Anestesia GeralAvalia, trata e contra-referência p/ a Unidade de origem
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDERecebe, acompanha e agenda
Manutenção periódica
MS - Caderno 17, p.83, 2006
Ainda que existam alguns grupos, com situações específicas que representem necessidade de atenção especial, sempre que possível, devem ser atendidos nas unidades básicas de saúde.
Só quando necessário, deverão ser encaminhados
ao CEO, acompanhados de relatório detalhado, justificando a referência, assinada pelo profissional que o atendeu e o referenciou.
Ministério da Saúde, 2008
Muito obrigada!