Portugal em Destaque - Edição 2

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MUNICÍPIODE

VILA NOVA DE CERVEIRA

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MUNICÍPIO DE PONTE DE LIMAPAG 14

Continuamos a conhecer e a reconhecer um país de tradições, de sabores, de nomes, de curiosidades e filosofias.Neste segundo número continuamos a mostrar que marcamos a diferença com um projeto editorial que pretende enaltecer o melhor de Portugal.Nas páginas que seguem trazemos-lhe um Portugal novo, recôndito, escondido no seu interior, mas que merece ganhar asas e mostrar-se. É o exemplo da região do Minho de Portugal, esquecido por tantos e adorado por outros. Vila Nova de Cerveira, Ponte da Barca e Ponte de Lima figuram neste nosso segundo número.E porque de sabores também se faz um país, a gastronomia, aliada ao turismo, ganha também destaque neste ‘Portugal em Desta-que’. De norte a sul de Portugal trazemos-lhe aromas e sabores de comer e chorar por mais… muito mais.Também a inovação figura nas nossas páginas. Tanto na área da saúde como na decoração e mundo empresarial, Portugal tem crescido, inovado, tem-se mostrado merecedor da nossa atenção.Convidamo-lo a conhecer os destaques deste Portugal que continua a se querer destacar.

A direção editorial da Portugal em Destaque

Diana Ferreira

EDITORIAL

FICHA TÉCNICA | PROPRIEDADE: FRASES CÉLEBRES LDA | DIRETOR: FERNANDO SILVA DIREÇÃO EDITORIAL: DIANA FERREIRA ([email protected]) | CORPO

REDATORIAL: LUANA SOUSA, SÍLVIA CORREIA, TÂNIA DURÃES | DIREÇÃO GRÁFICA: TIAGO RODRIGUES | SECRETARIADO: PAULA ASSUNÇÃO ([email protected]) | DEP.

COMERCIAL: MARIANA LEMOS, NUNO FERRARIA, PEDRO PANINHO, RITA PATRÍCIO | REDAÇÃO E PUBLICIDADE: AVENIDA DA REPÚBLICA, Nº 1326, 3º ANDAR, SALA 3.1 / +351 223 263 024 |

DISTRIBUIÇÃO: DISTRIBUIÇÃO GRATUÍTA COM O JORNAL PÚBLICO / DEC. REGULAMENTAR 8-99/9-6 ARTIGO 12 N.ID

EDIÇÃO DE JANEIRO

MINHOA norte do país, o verde se aplana nos vales, as praias espalham-se pela costa e a biodiversidade recai sobre uma paisa-gem natural única. A região do Minho é marcada pela água abundante, pelos pe-quenos campos e vinhas, pelo granito das aldeias, e pelas casas senhoriais. A singu-lar paisagem humana adiciona outra di-mensão, caracterizada pela hospitalidade minhota, pela riqueza da gastronomia, e pelas vibrantes tradições das festas e ro-marias. Aos retratos que se formam, so-mam-se expressões artísticas de natureza religiosa, que remontam ao romântico, passando pelo renascentista e pelo barro-co. A religião é um dos traços mais fortes da identidade regional, manifestando-se nos hábitos, nos costumes, e na própria geografia humana do Minho.

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MINHOTurismoA natureza impera no Vale do Minho, proporcionando um enorme leque de experiên-cias de lazer. Um destino de excelência para quem procura desvendar as belezas do turismo rural. Mas não é só o verde que se guarda pelos pedaços de terra da região min-hota. A herança de um passado está por toda a parte, e uma excelente forma de viver o Minho é alojar-se num dos excelentes solares e mansões com brasões, desfrutando de uma arquitetura de encanto ímpar. O turismo religioso ganha espaço num lugar onde a arte e o divino fazem emergir o sagrado, e onde os santuários transformam-se em verdadeiros museus de arte. As construções religiosas emergem, ostentando luxuosos interiores de talha dourada. O Minho revela inúmeros testemunhos do passado, que borbulham através da cultura e das tradições locais. Mas se de um lado, a história escrita e edificada revela-se e a na-tureza reina absoluta, um outro ângulo do Minho surge, levando o turista à descoberta de renovados e sofisticados ambientes fora dos limites do tempo. O calor humano é garantido, e não se pode ficar indiferente à hospitalidade minhota.

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GastronomiaGastronomia é património, cul-tura e tradição. O Minho é uma região de paladares vincados que marcam a identidade do seu povo, e constituem uma verdadeira e genuína oferta turística. As re-ceitas clássicas preenchem as car-tas das típicas tascas, e renascem nos espaços gourmet que mos-tram um Minho contemporâneo e atual. Legumes saborosos, car-nes de animais criados em casa e lampreia pescada pelos locais, são usados numa infinidade de pratos. O bacalhau à minhota, as famosas papas de sarrabulho com rojões e o cozido à portuguesa, são sem-pre acompanhados do tradicional vinho verde. Para finalizar as re-feições, as doçarias conventuais dividem espaço com o arroz doce, a aletria, os sonhos e o pão de ló.

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ArtesanatoNo Minho, uma grande variedade de artesanato mistura o brilho da filigrana e a cor dos bordados da região. Não existe no país, uma re-gião tão rica nestas vertentes. Os Lenços dos Namorados ganharam o mundo e são um exemplo da força da cultura e da arte minho-ta.

Traje da LavradeiraMundiamente conhecido, o traje domingueiro da lavradeira des-fila por todas as romarias da re-gião. Este guarda na sua história uma riqueza de detalhes capaz de traduzir a mulher do campo, que mais do que lavrar, cuidava da casa e da família, semeava, fiava e tecia o linho, bordava e rendil-hava. O traje ‘à vianesa’ tornou-se num cartaz turístico da região, e cha-ma a atenção pela vivacidade das cores e pela beleza artística que carrega.

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UM CONCELHO A DESCOBRIR…Ao abandono desde 2009, o castelo de Vila Nova de Cerveira, onde estava instalada a pousada de D. Dinis, constitui o coração do centro histórico da vila pertencente ao distrito de Viana do Castelo. “Um monumento nacional votado ao esquecimento”, é assim que o presidente do município, Fernando Nogueira, classifica aquele que é o espaço mais procurado por turistas.

MUNICÍPIO DE VILA NOVA DE CERVEIRA

FERNANDO NOGUEIRA - PRESIDENTE

Foi em 1317 que D. Dinis, por carta régia, mandou construir o Castelo de Cerveira devendo a sua obra ter tido início por este ano. Em 1321, aquando da atribuição da Carta de Foral o Castelo estaria concluído e é assim, o resultado do trabalho de um cem número de gerações, que pedra sobre pedra foram erguendo as suas muralhas.Hoje, aquele que desempenhou em tem-pos um importante papel na defesa da nação em plena Guerra da Restauração e onde é possível constatar a evolução das técnicas construtivas e dos diferentes es-tilos arquitetónicos, que alguns dos mais importantes episódios da história nacio-nal deixaram por estas paragens, está ao abandono desde que fechou portas, em 2009.A Câmara Municipal, embora conti-nue sem medir esforços na manutenção corrente neste monumento classificado, mantendo-o visitável e aberto à fruição pública, este continua sem sofrer qual-quer obra de requalificação, apesar dos vários parceiros interessados em explo-

rar a antiga pousada. “Um ciclo vicioso de decisões” é, no entender do presidente do município, o principal problema que im-pede o castelo de ganhar vida novamente.“Na década de 80, havia alguns edifícios que a Câmara desapropriou e foi construída uma pousada que passou a ser gerida pelas Pousadas de Portugal. Posteriormente, foi explorada vários anos pela ENATUR (Em-presa Nacional de Turismo), e como todas as pousadas que pertenciam a esta empresa, foi associada ao Grupo Pestana. Tudo corria bem, a pousada era de referência, principal-mente pela sua paisagem, mas tratando-se de um edifício antigo, certas características próprias começaram a não dar resposta a certas exigências de comodidade dos clien-tes”, explica o autarca.Dentro dessas características, Fernando Nogueira ressalva a falta de estaciona-mento próprio, a necessidade dos clientes passarem pelo exterior do edifício se qui-sessem ir da receção para os quartos ou do restaurante/bar para os quartos e que em dias de chuva era ainda mais complicado.

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“Tínhamos um nicho de clientes que adora-vam isto, mas era cada vez menor. Era difícil estabelecer uma relação de qualidade/preço. A entidade que quisesse explorar a pousada D. Dinis, obviamente que não entrava num negócio para perder”.As contrariedades eram cada vez mais e a pousada fecha em 2009, depois de serem negadas obras de reabilitação do edifício.“Na cláusula de concessão do ENATUR para a empresa que estava, dizia que, como pou-sada histórica não podia ser encerrada, ou seja, enquanto durasse a concessão, a pou-sada não podia ser encerrada. Anteriormen-te, já tinham colocado o seu funcionamento em regime de sazonalidade, isto é, manter a pousada em funcionamento apenas du-rante um certo período. Um dia, vieram à Câmara pedir uma licença para renovar as instalações da pousada. A Câmara fez o pedido à entidade competente mas foi re-cusado porque existe uma inconformidade na pousada que tem que ser sanada, em que foram substituídas caixilharias de madeira por caixilharias de pvc e enquanto isso não fosse resolvido, não autorizavam as obras de renovação. Era um ciclo vicioso”, explica Fernando Nogueira.Em constante transformação desde a sua construção, em 1317 o Castelo de Vila Nova de Cerveira e o seu núcleo intramu-ros totalmente adaptado a pousada, é o es-paço que desperta “maior curiosidade” dos turistas que visitam o concelho, segundo o autarca.“O castelo é o monumento mais requerido pelos turistas que visitam Vila Nova de Cer-veira, é um ícone da nossa região. Quando tomamos posse em outubro de 2013, uma

das nossas maiores preocupações foi, e é, devolver o castelo aos cerveirenses. Devol-vê-lo à atividade económica, dinamizá-lo e reintegrá-lo no turismo. Tem um enorme potencial turístico”, reafirma.Localizado num pequeno outeiro de ori-gem granítica, próximo a oeste das mar-gens do rio Minho, permitindo um amplo domínio visual sobre os trechos deste cur-so fluvial, o qual em tempos medievais era navegável até Valença, o castelo de Vila Nova de Cerveira encontra-se fechado desde 2009.Com o intuito de que o castelo seja devol-vido à economia local e aos cerveirenses, a Câmara Municipal apresentou o seu projeto de requalificação do edifício à en-tidade que detém o castelo. No entanto, continua à espera de uma resposta. “Ao proprietário, a Direção Geral do Patri-mónio, apresentamos o nosso projeto e a nossa proposta para reerguer aquele espaço e passado algum tempo continuamos à es-pera de uma resposta. Já temos algumas abordagens de alguns grupos económicos eventualmente interessados, mas para ha-ver esse interesse também têm que haver as condições”, menciona Fernando Nogueira.O projeto consiste na criação de um es-paço multiusuário mas, devido às várias entidades interessadas em explorar as po-tencialidades turísticas do castelo, a apos-ta pode passar pela criação de uma unida-de hoteleira, como explica o autarca.“A nossa ideia era criar ali um espaço multiu-suário, ou seja, criar um espaço com várias vertentes, um espaço destinado às artes, outro para bar, no fundo uma pequena vila. Esta era uma das nossas ideias, no entanto

existem alguns interessados e cada um tem a sua ideia, que pode ser explorar a unidade hoteleira e criar um espaço complementar. Não queremos que seja rentável para a Câ-mara, só queremos um instrumento de ges-tão, um protocolo, seja o que for, para que possamos ter legitimidade para podermos apresentar uma candidatura para reabilitar aquele espaço”.A maior preocupação de Fernando No-gueira passa pela conservação do edifício, que já apresenta alguma degradação.“Para além do problema do que é a pousada D. Dinis, tem o problema do monumento em si, ou seja, as duas principais portas do cas-telo, de D. Dinis e D. Manuel, correm o risco de degradação e já apresentam alguns sinais. As nossas ideias englobam a preservação/conservação do monumento e esperamos encontrar uma solução rapidamente para este problema. Contatamos várias entidades e a recetividade é aparentemente boa mas na prática depois não há qualquer solução”. No passado mês de janeiro, na inaugu-ração da Loja de Turismo Interativa de Vila Nova de Cerveira, Fernando No-gueira aproveitou a presença do Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, para lhe dar a conhecer em detalhe o projeto de reabili-tação do castelo.“Entregamos-lhe um documento com a his-tória do edifício e o que queremos fazer, a gestão do monumento em si. A pousada de D. Dinis era um polo gerador de interativi-dade e queremos que o volte a ser. O ministro mostrou-se disponível em ajudar e vamos aguardar por essa ajuda”.Sobre a Loja de Turismo Interativa de Vila

EINSTEIN E EUREKA

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Nova de Cerveira, que vem substituir o antigo Posto de Turis-mo, o autarca cerveirense admitiu que a sua criação “é estratégica para a promoção das riquezas patrimoniais, ambientais e artísticas que são o motor do desenvolvimento do concelho”. Esta é, ainda nas palavras de Fernando Nogueira, “uma nova porta de entrada” em Vila Nova de Cerveira.O concelho, que tem a segunda maior indústria e a menor taxa de desemprego do distrito de Viana do Castelo, tem, no entender do presidente “um nível de qualidade de vida inigualável aos con-celhos vizinhos” e convida todos os portugueses a conhecerem o concelho.“O concelho de Vila Nova de Cerveira oferece variadíssimas opções turísticas adaptadas a todas as pessoas. Desde a gastronomia, aos vinhos, na região temos dos melhores vinhos do mundo, à nature-za, à arte, somos o município das artes, da cultura, aqui é possível

encontrar esculturas em qualquer ponto da vila. Convido todos a conhecer Vila Nova de Cerveira”, finaliza.

O Aquamuseu do Rio MinhoSituado na zona do Parque de Lazer do Castelinho, em Vila Nova de Cerveira, o Aquamuseu do Rio Minho atinge uma área útil de ocupação de cerca de 1100 m2 e comemora este ano, o seu 10º aniversário. Fernando Nogueira, presidente da Câmara Munici-pal, explica que este “representa a fauna e a flora da bacia hidro-gráfica do rio Minho” e que “é um equipamento que deve ser supra municipal”.Em aquários com volumes entre 1.200 e 5.000 litros, é possível observar a vida aquática dos biótopos mais caraterísticos do rio Minho e os visitantes farão um percurso que simulará a descida do rio Minho, desde a nascente até à foz. No Aquamuseu estão representadas cerca de 40 espécies distribuídas por nove tan-ques/aquários e tem uma forte componente na área da formação pedagógica com a organização de cursos temáticos, formação dirigida a pescadores, atividades integradas no Programa Ciên-cia Viva e, paralelamente, são promovidas diversas exposições temporárias que procuram complementar o conhecimento que é produzido sobre o rio Minho.“Organizamos visitas guiadas e o Aquamuseu tem, como o nome in-dica, aquários desde a nascente até ao mar. Temos o Museu das Pes-cas, onde estão expostas, permanentemente, artes de pesca antigas e recentes, objetos relacionados com a pesca artesanal, maquetas de barcos e fotografias e uma biblioteca didática”, informa o autarca.A colaboração com várias instituições nacionais e internacionais é, no entender de Fernando Nogueira, uma mais valia na inves-tigação realizada nas várias funcionalidades dos ecossistemas do rio Minho.“Fazemos também investigação e temos profissionais que colaboram com a Universidade do Porto e com o Instituto de Ciências Biomédi-cas Abel Salazar, o que é ótimo para o nosso Aquamuseu.”O Aquamuseu do Rio Minho promove ainda uma iniciativa rela-cionada com a “Lampreia do Rio Minho – Um Prato de Excelência” que está a decorrer nos restaurantes aderentes de Vila Nova de Cerveira durante os fins de semana até ao final do mês de março.O projeto de arquitetura esteve a cargo da arquiteta Graça Reis do Gabinete de Apoio Técnico do Vale do Minho e foi a primeira estrutura montada única e exclusivamente para um rio.“É um privilégio termos um Aquamuseu desta magnitude no nosso concelho. Recomendo a todos a virem a conhecer um dos maiores polos de atração turística de Vila Nova de Cerveira”, finaliza.

PRAÇA DO MUNICÍPIO4920-284 VILA NOVA DE CERVEIRATELEFONE: 251 708 020FAX: 251 708 022TELEMÓVEL: 925 608 411/12/13937 080 42 / 935 708 020 / 919 787 668E- MAIL: [email protected]

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ENTRE O MAR E A SERRA

Vila Nova de Cerveira surge como território de lendas de mou-ras encantadas, onde a tranquilidade da região se estabelece ab-soluta, e o cenário natural é capaz de cortar o ar. Quem vai a este pedaço de Portugal, tem uma infinidade de programas por desfrutar. É obrigatória uma visita ao monumento do cervo, animal que dá nome à terra, e uma ida ao Aquamuseu do Rio Minho. Conhecida por aliar cultura e lazer, a vila é também céle-bre pela sua gastronomia, onde os sabores e saberes traduzem a essência de uma cozinha tipicamente minhota. Um passeio pela cidade convida aos prazeres das receitas tradicionais, e aos sába-dos, quem está na vila pode encontrar aberta a feira local, com toda a variedade de produtos regionais de destaque. Cerveira, que é sede da bienal de arte famosa, para além das fronteiras na-cionais, abre caminhos ainda para Moledo, Caminha e Barcelos, sendo privilegiada a sua localização junto à Galiza, permitindo chegar em minutos à La Guardia, Tui e Bayona.

Onde ficar:Na envolvente do Rio Minho, junto à serra, com a Galiza à vista e o mar tão perto, surge destacado em terras do Cervo, o INATEL Cerveira Hotel****. Uma das 17 unidades hoteleiras da rede, que aparece como referência para o turismo da região. O INATEL Cerveira acolhe, como as gentes do Minho, num espaço arquitetônico contemporâneo e amplo, onde se pode desfrutar de refeições tradicionais, num ambiente acolhedor e intimista. Um lugar onde sentir-se em casa é a garantia de se apaixonar por Cerveira.

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No Minho, um cenário de rara beleza despon-ta por entre a simbiose de vales e serras, onde o património humano coabita com a riqueza das paisagens naturais. Uma terra secular, de segre-dos e belezas, onde a força do turismo destaca os potenciais do norte de Portugal. Tradição, gastro-nomia e folclore complementam o panorama e diferenciam o concelho de Vila Nova de Cerveira.

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UM LOCAL PARADISÍACO EM PLENO ALTO MINHO

BARCO SOB A PONTE

Não é filho da terra ( é natural de Marinhas – Esposende) mas há trinta anos apaixonou-se por Ponte da Barca. Da sua história, tudo sabe e o discurso torna-se fluente e destemido assim que a vila e o concelho, são o tema de conversa.“Ponte da Barca comemorou os 500 anos do foral de D. Manuel em 2013 mas, inicialmente, era chamada como Terra de Nóbrega, já no princípio do milénio. É um município com 182 quilómetros2. 52 por cento do nosso território está inserido no Parque Nacional da Pe-neda Gerês, que é reserva da biosfera, declarada pela UNESCO. É um dos cinco municípios com esta distinção e este pequeno, grande pormenor por si diferencia Ponte da Barca”, começa por explicar António Vassalo Abreu, líder do executivo municipal de Ponte da Barca há três mandatos consecutivos.O turismo, garante o autarca, é a grande aposta e prioridade do Município, que se destaca pelos contrastes. “Estamos cada vez mais direcionados para o turismo e estamos a ser procurados quer por visitantes nacionais, quer por muitos visitantes estrangeiros, sobretudo da Europa do Norte. Para além da natureza impar do Parque, das albufeiras de Touvedo e do Lindoso, temos um excelente património arquitetónico e histórico, como a zona histórica da vila, a igreja românica de Bravães, cujo portal é um dos principais a ní-vel nacional, os Mosteiros Românicos de S. Martinho de Crasto e de Vila Nova de Muia, o velho castelo roqueiro afonsino no Lindoso, reconstruído por D. Dinis, em 1278, a ponte romana do rio Vade, as gravuras rupestres da Serra Amarela, tudo pontos obrigatórios de paragem para quem nos vem conhecer ”.Com uma localização geográfica ímpar, (a 50 minutos dos aero-portos do Porto e de Vigo, a 40 minutos da Estação do TGV em Celanova, na Galiza, ) aliada a todo um património arquitetóni-co rico, o concelho possui outras características únicas, como a gastronomia, a qualidade do turismo de habitação ou o artesana-to, como destaca António Vassalo Abreu.“Há inúmeras e excelentes casas de turismo rural e de habitação em Ponte da Barca. Nos últimos dois anos a Câmara Municipal licenciou cerca de 40. Recentemente foi inaugurado um hotel de quatro estre-las, com SPA, a um quilómetro da vila e estão em construção mais dois hotéis , na vila. Temos também tentado atrair pessoas a virem

MUNICÍPIO DE PONTE DA BARCA

Situado nas margens do rio Lima e com mais de meta-de do seu território no coração do Parque Nacional da Peneda Gerês, Ponte da Barca é um concelho paradi-síaco, no distrito de Viana do Castelo. A cumprir o seu último e derradeiro mandato, o presidente do Municí-pio, António Vassalo Abreu, esteve à conversa com a Portugal em Destaque, onde falou sobre as suas gentes e sobre as perspetivas futuras deste “concelho fantás-tico, com COR, SABOR E TRADIÇÃO”, como descreve.

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FOGO DE ARTIFÍCIO SOBRE A PONTEVISTA DA ERMIDA

conhecer Ponte da Barca pela nossa gastro-nomia. A Câmara promove quatro domingos gastronómicos por ano, com o nosso cozido à portuguesa, o arroz de sarrabulho, a lam-preia e o cabrito à moda de Germil. Todos os anos organizamos uma Feira do Fumeiro e do Vinhão e recebemos cada vez mais pes-soas, de edição para edição. A lampreia de Ponte da Barca é famosa por todo o país, bem como o nosso vinho verde. Toda a gente conhece os vinhos de Ponte da Barca que são uma referência a nível nacional e não só. Os nossos restaurantes são excelentes”.A primeira Loja de Turismo Interativa do Minho foi construída em Ponte da Barca, facto que orgulha o autarca.“A nossa Loja Interativa de Turismo foi a primeira da região do Minho e funciona numa casa que foi adquirida pela Câmara e onde se diz ter dormido o Rei Manuel I, a Ca-minho de Santiago de Compostela e quando veio dar o foral a Ponte da Barca. Nesse lo-cal vamos inaugurar brevemente um Centro Interpretativo do Território, onde as pessoas serão direcionadas para os roteiros da cultu-ra, do Românico e da natureza”.Fruto de uma parceria com a EDP, há tam-bém a possibilidade de se fazer uma visita ao fundo da barragem do Alto Lindoso. As marcações podem ser feitas na Câmara Municipal ou na Porta do Parque , naque-la freguesia.,A par do turismo, a cultura é também uma das principais preocupações do presiden-te, que tem unido esforços no sentido de potenciar o acesso dos seus munícipes a várias infraestruturas direcionadas para esta vertente.“A cultura é também uma das nossas prio-ridades. Inauguramos recentemente a Loja da Cultura de Ponte da Barca, que consistiu na recuperação da antiga escola primária, no centro da vila e onde estão inseridas a esco-la de Ballet, a escola de Música e onde faze-

mos alguns espetáculos. Brevemente, iremos inaugurar uma nova Biblioteca Municipal, onde vai estar disponível a maior coleção de livros sobre Napoleão Bonaparte, fruto de uma oferta do juiz conselheiro Sebastião Vasconcelos. Para além disso, há seis anos organizamos alternadamente com Espanha, os ‘Congressos Transfronteiriços da Cultura Celta’, tendo a parceria de uma série de uni-versidades. Temos também o maior núcleo de espigueiros da Península, no Lindoso, junto ao Castelo e temos o núcleo Museoló-gico na freguesia da Ermida”, menciona.Duas das maiores festividades do Alto Minho realizam-se em Ponte da Barca e são consideradas por muitos como as mais genuínas da região. “Temos um dos três Entrudos que ainda resistem em Portugal, que é o Pai Velho no Lindoso. Terá origem celta e representa, se-gundo a lenda, a despedida do inverno e o acolhimento à primavera. Outra das nossas maiores festas, a principal, é a Romaria de S. Bartolomeu, que se realiza, sempre, entre os dias 19 e 24 de agosto, sendo que a noite de 23 para 24 é a noite mais longa do ano. É a noite das Rusgas, com milhares de concerti-nas na rua, com cantigas ao desafio e muita animação. Aconselho toda a gente a viven-ciar estas duas festas, únicas no país”, acon-selha o edil barquense.Há motivos mais que suficientes para, no entender de António Vassalo Abreu, as pessoas virem conhecer Ponte da Barca e se fixarem na região. “Temos gastronomia excelente, paisagens únicas, para além do próprio Parque da Pe-neda Gerês, a zona ribeirinha de Ponte da Barca, é fabulosa , com uma excelente praia fluivial, com a ponte medieval e o mercado pombalino. Muita gente já tem aqui a sua segunda habitação. Há já, sobretudo, bel-gas, ingleses e espanhóis a morar em Ponte da Barca. Para quem não quer ter uma habi-

tação fixa e gosta de campismo, temos dois parques fantásticos. Fica o convite para conhecerem esta bela terra. Venham visi-tar-nos, de certeza que vão gostar”, finaliza.

A maior e mais esperada festa do anoA Romaria de São Bartolomeu, como já se referiu, realiza-se de 19 a 24 de agosto e é considerada por muitos como a prin-cipal e mais genuína romaria do Minho. Sendo um dos principais cartazes de visita de Ponte da Barca, caracteriza-se por ser uma intensa semana de tradições e costu-mes da região. As rusgas, com milhares de concertinas, os cantares ao desafio, o fol-clore , o artesanato e a gastronomia, com a feira das tasquinhas são as principais atrações da romaria.A noite de 23 de agosto é, realmente, o ponto alto da festa, onde milhares de pessoas desfilam pelas ruas, cantando ao desafio e tocando concertinas, pela noite dentro, até de manhã. “Nessa noite, toda a gente usa, no mínimo, uma peça de roupa tradicional, seja um lenço, uma blusa ou um franjeiro e sai para a rua, até de manhã. As concertinas, os bom-bos e os cavaquinhos, instrumentos tradi-cionais ganham vida e as rusgas desfilam. Formam-se rodas de tocadores, dança-se o vira e canta-se à desgarrada em plena rua e eu não fujo à regra…”, conta António Vas-salo Abreu.No dia 24, o dia é dedicado às festivida-des religiosas em honra de S. Bartolomeu, onde todas as freguesias de Ponte da Bar-ca participam na solene procissão e onde estão presentes todos os santos padroei-ros de cada uma delas.A festa culmina ao final do dia, com um espetáculo de fogo de artifício.“Aconselho todas as pessoas a vivenciarem esta festa. É uma romaria única na região

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RANCHO

do Alto Minho, que tão bem representa as nossas tradições. Toda a gente que vem, um dia volta”, garante o presidente do município.

Fernão de Magalhães é filho da terraMuito se especulou ao longo de séculos sobre a verdadeira natu-ralidade de Fernão de Magalhães, um dos mais ilustres navega-dores portugueses que comandou, ao serviço do Rei de Espanha, a expedição que concluiu a primeira viagem de circum-nave-gação ao mundo. Alguns investigadores reclamam que seria natural de Sabrosa, outros do Porto e Vila Nova de Gaia, mas António Vassalo Abreu desmistifica esta questão e garante que “Fernão de Magalhães é filho da terra, nascido da nobre linhagem dos Magalhães das Terras da Nóbrega (Ponte da Barca). Na autar-quia de Ponte da Barca nunca ninguém quis investigar e aprofundar esta questão e recordo-me de que quando cheguei à Câmara, Magal-hães Santana entrou no meu gabinete e disse que esperava de uma vez por todas que um presidente de Câmara assumisse o Fernão de Magalhães como um dos nossos”, explica o presidente, que desde que iniciou o seu primeiro mandato, apoiou várias investigações, nomeadamente a de Amândio Barros, professor e investigador da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, sobre a vida do navegador.“O prof. Amândio Barros fez uma investigação em Sabrosa sobre a naturalidade de Fernão de Magalhães e chegou a uma conclusão: não tinha a certeza onde tinha nascido mas tinha a certeza de onde não tinha nascido e em Sabrosa não foi”, reafirma o autarca.Fernão de Magalhães nasceu por volta de 1480, tendo falecido em 1521 em Mactan nas Filipinas no decurso de uma expedição e é um dos navegadores portugueses mais conhecidos além-fron-teiras.No decurso da entrevista, António Vassalo Abreu fez questão de mostrar vários documentos que demonstram que o navegador é realmente natural de Ponte da Barca e destaca uma afirmação de Joaquim Veríssimo Serrão num dos livros mais importantes da história de Portugal, onde afirma “Magalhães nascera à volta de 1480, na província de Entre Douro e Minho, crê-se com razões de acerto que em Ponte da Barca”.Filhos de Ponte da Barca são também os irmãos poetas Diogo Bernardes e Frei Agostinho da Cruz.Vassalo Abreu, conclui afirmando que“vale sempre a pena vir a Ponte da Barca, terra com “ COR, SABOR E TRADIÇÃO”.

CASTELO DO LINDOSO

FOLCLORE

LAGOAS DA ERMIDA

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ONDE PORTUGAL ACONTECENo alto Minho, em pleno coração do Vale do Lima, a beleza castiça e peculiar da vila mais antiga de Portugal esconde raízes profun-das e lendas ancestrais. É referên-cia obrigatória em roteiros e guias de viagem ao norte do país, sendo parte do caminho de milhares de peregrinos, rumo a Santiago de Compostela. Troços da arquitetu-ra medieval dividem espaço com as construções da expansão ur-bana, revelando casas senhoriais e fachadas góticas, maneiristas, barrocas, neoclássicas e oitocen-tistas. O resultado é uma terra de valor histórico, cultural e arqui-tetônico a não medir. Um recanto único em todo o país, que soube crescer entre fronteiras, e hoje é destaque nacional.

MUNICÍPIO DE PONTE DE LIMA

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Área Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos O valor ambiental da Paisagem Protegida das Lagoas de Bertian-dos e S. Pedro d´Arcos, reconhecido nacional e internacional-mente, foi o ponto de partida para o lançamento de um grande projeto de conservação da natureza, de construção social, des-envolvimento rural e territorial, que nasceu das possibilidades dum espaço singular, mas também da visão e do esforço coletivo de diversos agentes, na sua relação próxima com a população e proprietários locais.

Museu do Brinquedo PortuguêsO primeiro Museu do Brinquedo Português em Ponte de Lima, que nos apresenta por ordem cronológica o fabrico do brinque-do português desde os finais do século XIX até 1986 – data de adesão de Portugal à CEE – Comunidade Económica Europeia. A coleção de brinquedos é vasta e valiosa, e mostra a evolução do brinquedo de fabrico português e os seus fabricantes.A viagem começa num comboio de zinco, que nos leva a conhe-cer a história de alguns dos mais importantes fabricantes nacio-nais de brinquedos, passando para o confronto entre o brinque-do português e o estrangeiro numa lógica de entendimento de fabrico; como se copiaram e se imitavam moldes estrangeiros. A exposição incluiu ainda peças de coleção, cronologicamente ordenadas, década a década, enquadradas com as alterações for-mais e técnicas e associadas às transformações sociopolíticas do mundo, cujo impacto foi sentido ao nível nacional.

Museu dos Terceiros de Ponte de LimaO Museu dos Terceiros é um valioso conjunto arquitetónico, constituído por duas igrejas, alas de apoio, claustro, quintal e jardim. A ala da Ordem Terceira data de meados do século XVI-II e mantém até hoje o aspeto da arte barroca no seu auge. Na década de 80 do século XX o museu foi enriquecido com outras coleções nomeadamente de etnografia e arqueologia.A restauração e remodelação deste espaço cultural de Ponte de Lima foi concebida a pensar num público heterogéneo, criando espaços próprios para o público em geral e para os mais jovens.Para o público infantil, foi criado um serviço próprio, com visitas temáticas ou com percurso previamente definido.Este projeto museológico mostra o património religioso do con-celho e conserva o acervo museológico do Museu. No entanto, consciente dos novos desafios que os Museus têm assumido nas sociedades modernas, transformou-se num espaço onde o visi-tante encontra informação sobre Arte, Museus, Religião, Cultu-ra e História Local.

Festival Internacional de Jardins de Ponte de LimaInovador na ideia e no conceito, desde a sua origem, o Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima distinguiu-se ao lon-go destes onze anos pela sua dimensão e singularidade, conquis-tando reconhecimento internacional como Festival Internacio-nal de Jardins do Ano de 2013, prémio recebido em Toronto, no Canadá e atribuído por um júri conceituado em termos mundiais, sucedendo Ponte de Lima ao National Blossom Festival, que se realiza em Washington DC, nos Estados Unidos da América.Sendo um produto de grande atratividade cultural e turística, este evento afirma-se de ano para ano como uma referência na-cional e internacional da arte dos jardins e da educação ambien-tal. Nas suas várias edições o Festival contou com candidaturas de países como Áustria, Itália, Sérvia, República Checa, Canadá; Irlanda; França; Polónia; Alemanha, Grécia, Japão, Brasil, Po-lónia, Inglaterra, U.S.A, Holanda, Austrália, Rússia, Espanha e Portugal.

CIPVV – Centro de Interpretação e Promoção ao Vinho VerdeO futuro Centro de Interpretação e Promoção de Vinho Verde - CIPVV, vai ficar instalado na ‘Casa dos Barbosa Aranha’, na rua Fonte da Vila, em pleno Centro Histórico da Vila de Ponte de Lima. O investimento associado à reconstrução deste edifício, foi objeto de uma candidatura, infraestrutural, aprovada pelo ON2 no âmbito da Valorização Económica dos Recursos Específicos - Bolsa de Mérito à Execução Municipal, a uma taxa de 85 por cento FEDER.Os conteúdos da exposição permanente e da futura Enoteca es-tão praticamente consolidados, encontrando-se a exposição em fase de montagem. O CIPVV terá como principal missão contribuir para a promoção Vinho Verde através da investigação e divulgação do lastro patrimonial, criando infraestruturas de apoio das rotas e itine-rários turísticos associados ao vinho e à vinha e enriquecendo, de uma forma dinâmica, o produto final, na perspetival da sua valorização económica. O CIPVV terá o formato e dimensão regional. Será uma estrutura abrangente de molde a incorporar nas suas coleções, exposições permanentes e atividades de exposição temporária, elementos alusivos à diversidade e identidade das nove sub-regiões em que atualmente se subdivide a Região Demarcada dos Vinhos Ver-des.

Bike Parque de Ponte de LimaAberto desde novembro de 2012, o Bike Parke de Ponte de Lima é um autêntico parque de lazer e recreio, em plena Serra d´Ar-ga, entre o Alto do Cavalinho e o lugar de Mãos nas Freguesias de Estorãos e Cabração. Com uma área de 308 hectares, oferece

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condições únicas para a prática de BTT e Downhill e para camin-hadas ecológicas.O Bike Park de Ponte de Lima disponibiliza 10 pistas de vários graus de dificuldade, com distâncias compreendidas entre 2.8 a 4 quilómetros; dois circuitos de enduro de 17 e 22 quilóme-tros, quatro especiais com descida de 400 metros de desnível em calçada; um circuito super enduro de 60 quilómetros, na Serra d´Arga; um circuito de iniciação BTT de 10 quilómetros com iní-cio e final no Bike Park e quatro circuitos XCM de 20, 40, 60 e 100 (extreme) quilómetros. Toda a estância do Bike Park está assegurada com um serviço de transportes ao topo da montan-ha. As subidas são efetivadas em carrinhas com disponibilidade para transportar até 36 riders, garantindo uma média de 12 des-cidas por dia, em pistas diferentes.

Golfe de Ponte de LimaNo centro do Minho, onde a terra e o mar, o verde e o azul com-binam múltiplos contrastes e abraçado à mais tradicional vila de

Agenda de Eventos 2015

março5 a 8 março - III Festa da Gente Miúda13 a 15 março – I Expo Saúde/Social20 a 22 março - II Feira Gastronómica da Lampreia e da Doçaria

maio15 a 17 de maio – Concurso de Saltos Internacional26 a 30 de maio – Congresso Mundial IFPRA 20159º Congresso Ibero-Americano de Parques e Jardins Públicos – PARJAP Portugal 201526 a 31 de maio – Feira dos Espaços Verdes29 de maio a 31 de outubro – Abertura do 11º Festival Internacio-nal de Jardins de Ponte de Lima

junho5 de junho – Vaca das Cordas. É um dia de festa, que mostra a alma e a tradição do povo2 a 14 de junho – Festa do Vinho Verde e dos Produtos Regio-nais. O Vinho Verde é um produto de excelência e uma alavanca para o desenvolvimento da economia do concelho.25 a 28 de junho – Feira do Cavalo - A Feira do Cavalo, aposta na promoção do Cavalo e no desporto equestre em toda a região, colocando Ponte de Lima na linha da frente do circuito mundial equestre, sendo em simultâneo um verdadeiro motor de desen-volvimento social e económico, dinamizando as potencialidades turísticas e ambientais do concelho e de toda a região.

julho10 a 12 de julho – Feira de Caça, Pesca e Lazer de Ponte de Lima. O evento evidencia os recursos naturais de excelência que o con-celho dispõe, o que permite a prática de atividades relacionadas com o setor da caça, pesca e do lazer

agosto6 de agosto – Festival Internacional de Folclore14 a 16 de agosto – Torneio de Horseball de Verão14 a 16 de agosto – Feira dos Petiscos e do Artesanato - A gastro-nomia aliada ao artesanato promete um evento típico que eleva os saberes e os sabores do concelho.

Setembro11 a 14 de setembro – Feiras Novas. A Romaria de Noite e de Dia. São vividas por milhares de visitantes.

Portugal, seus costumes longínquos e tradições que nem o tempo consegue fazer esquecer, o Axis Golfe de Ponte de Lima Golf Re-sort Hotel, com a sua serenidade e beleza, é um espaço inspirado no seu bem estar, situado a 1,5 quilómetros de Ponte de Lima e a 70 quilómetros do aeroporto do Porto (servido pela A3 e A28).

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TURISMOO turismo está na moda, Portugal está na moda e os produ-tos tipicamente portugueses também. Desde o pastel de nata obrigatório para quem visita o país, passando por uma típica francesinha do norte, até aos melhores pratos de bacalhau, Portugal destaca-se além-fronteiras pela sua gastronomia. De Norte a Sul e Ilhas, Portugal apresenta em cada região, uma grande variedade de receitas, muito tradicionais e cada prato é preparado de maneira diferente em cada região. E é o mar e os nossos costumes que imprimem as características mais marcantes à culinária portuguesa. Somos conhecidos por sermos ‘bons garfos’ e pelos nossos bons vinhos, que aliados a um bom prato tipicamente português se conjugam na perfeição. Para além da gastronomia, Portugal tem esta-do em destaque um pouco por todo o mundo, também pela qualidade dos seus hotéis, com várias distinções na área da hotelaria. Somos conhecidos pela simpatia e ‘arte de bem re-ceber’ e a maioria dos turistas que visitam Portugal, prome-tem voltar. Gastronomia, sol e praia, são estes os três fatores dominantes quando os turistas pensam em visitar Portugal. As praias são um dos atrativos principais para os estrangei-ros. Portugal tem praias para todos os gostos, na sua maioria reconhecidas com a chancela europeia da Bandeira Azul e as praias do Algarve são das mais bonitas e acolhedoras do mundo. No verão, os areais um pouco por todo o país en-chem-se de turistas e as praias fluviais começam a ter cada vez mais procura Quando viajam, os portugueses procuram as principais capitais europeias como Londres, Paris ou Ma-drid e aproveitam as épocas festivas, como o natal, passagem de ano ou a páscoa, e as férias de verão para o fazer. Mas o português faz sobretudo turismo cá dentro. A qualidade das nossas praias, o clima, a gastronomia, a tranquilidade e a segurança que Portugal oferece, são características que levam os portugueses a permanecer no país e procurar des-tinos como a Madeira, Açores e principalmente o Algarve. turismo é a pérola da nossa economia e Portugal nos últimos anos tem tido cada vez mais procura por parte dos turistas.

E GASTRONOMIA

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A HARMONIA DOS TACHOSInspirada na comida tradicional portuguesa, Dona Tere-

sa no ano de 2010 avançou com o que era o sonho da sua

vida.

TACHINHO DA TÉ

O restaurante “O Tachinho da Té” insere-se no coração da vila de Tabuaço, um espaço acolhedor, dotado de um estilo moderno e intimista, em que toda a decoração foi idealizada com a fina-lidade de criar uma atmosfera serena e relaxante, mas que si-multaneamente retrata a beleza inigualável que rodeia Tabuaço, através das sublimes paisagens da região presentes nas paredes.A paixão pela cozinha, aliada ao gosto de bem receber da restan-te família, resultou num espaço de excelência, procurado para momentos de lazer e negócios, por famílias e amigos, sempre acompanhados pelos pratos típicos da região.A gastronomia é diversificada, mas a presença de pratos tabua-censes como o apreciado filé grelhado, a açorda de perdiz, o ca-brito grelhado e o bolo borrachão, fazem as delícias dos turistas.Confiantes de que o futuro passará pela promoção do turismo, a família Tachinho da Té iniciou uma série de parcerias com diferentes quintas, com a finalidade de acolher os turistas que chegam a Tabuaço, fazendo um passeio turístico pela região e terminando com uma degustação no seu restaurante.Um restaurante agradável e acolhedor, onde é possível degus-tar uma gastronomia de sabores tradicionais acompanhados dos melhores vinhos do Douro, sempre com a garantia de um aten-dimento de excelência.

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TURISMO

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SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE: SANTUÁRIO DE TURISMO ECOLÓGICO DE ALTO NÍVELGrupo sul-africano HBD Boa Vida detém as mais belas praias do Príncipe, e mostra que não está para brincadeiras quando o assunto é fazer crescer um ambicioso projeto de ecoturismo.

Mark Shuttleworth é um milionário sul-africano, o primei-ro homem do seu continente a ir para o espaço. Um audacioso empresário, que comprou cerca de metade das terras da ilha do Príncipe, e acumula na bagagem as mais belas praias locais. ‘O Homem da Lua’, como é apelidado pela população local, é o que chamamos de visionário. Promete criar um verdadeiro templo ecológico, e não prevê menos que o sucesso. Não é para menos, diante das idílicas paisagens de São Tomé e Príncipe, pedaços de terra que ainda escondem uma natureza intocada pelo homem.Nuno Rodrigues é CEO da HBD, e a imagem do grupo em Portu-gal. Em entrevista, fala sobre a participação nacional no projeto, e a importância de planos audazes e atrevidos, como os de Mark Shuttleworth. “É possível alcançar níveis interessantes de rentabi-lidade económica (...) em completa harmonia com os princípios de sustentabilidade, preservação ecológica, e respeito pela herança cul-tural”, afirma o Chefe Executivo. A missão do Grupo é potencializar a agricultura, e alimentar o turismo cultural e ecológico na Região Democrática de São Tomé e Príncipe, onde se destaca a Região Autónoma do Príncipe, atual Reserva Mundial da Biosfera. As mais simbólicas praias do Príncipe, como Macaco, Boi e o Ilhéu BomBom, são as principais apostas da HBD.

Como define a missão HBD Boa Vida?A HBD surge em 2010 como resultado da visão do nosso fun-dador, o sul-africano Mark Shuttleworth, que pretende mostra ser possível alcançar níveis interessantes de rentabilidade eco-nómica em projetos de turismo responsável e agroflorestais, des-envolvidos em completa harmonia com princípios de sustenta-

HBD

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bilidade, preservação ecológica, respeito pela herança cultural, e promovendo o bem-estar generalizado das populações afetadas direta ou indiretamente. A missão do grupo passa é levar a cabo estes investimentos na República Democrática de São Tomé e Príncipe, com especial destaque para a Região Autónoma do Príncipe, atualmente Reserva Mundial da Biosfera.

O projeto é desenvolvido no estrangeiro, mas seria justo afir-mar que Portugal tem um importante papel em todo o proces-so. Como definir a presença nacional nesta aposta do grupo em São Tomé e Príncipe?Foi decidido desde o início, que o plano deveria ser baseado em Portugal, onde está a estrutura de gestão do Grupo, beneficiando da relação histórica, cultural e linguística entre o nosso país e São Tomé e Príncipe. Apesar de o nosso investimento ser foca-do na sua totalidade naquele país africano, a aposta é feita em quadros portugueses, colocados em Portugal ou diretamente no território de São Tomé e Príncipe. É crucial que tenhamos capa-cidade de intervenção na formação e capacitação das populações e quadros locais. A mesma lógica tem sido utilizada no que con-cerne ao recurso a consultores ou empresas externas, nas quais

procuramos promover a sua internacionalização para São Tomé e Príncipe.

Que tipo de participação a HBD Portugal desempenha nesses projetos/ investimentos externos?Cabe à estrutura de gestão assente em Portugal, a definição de toda a estratégia do Grupo, em coordenação com a estrutura de gestão que está em São Tomé e Príncipe. A comunicação e divulgação internacional deste projeto junto à imprensa tam-bém são feitas pela equipa portuguesa, devido à sua localização geográfica. Organismos internacionais com a UNESCO, o Ban-co Mundial, as Nações Unidas, goverrnos vários, entre outros, maximizam a promoção da missão empreendida, procurando igualmente atrair interesse de outros investidores, colaborado-res, ou mecenas, que queiram desenvolver um trabalho sistémi-co na Região Autónoma do Príncipe.

O resort BomBom é uma referência do vosso percurso. Como caraterizar este desafio, e que outros investimentos do género pode apresentar?O BomBom (www.bombomprincipe.com) é claramente um exemplo de sucesso, e neste momento é a principal bandeira do nosso trabalho no Príncipe. Foi adquirido pelo Grupo em 2011, e necessitava de uma remodelação total. Apresentava ocupações irrisórias e perdas operacionais elevadas, para além de uma ele-vada taxa de insatisfação, sentida pelos funcionários. Após três anos de trabalho de remodelação, formação profissional, melho-ria das condições dos trabalhadores, integração da comunidade local no fornecimento de bens e serviços e, em última análise, de adequada promoção internacional, o BomBom foi distingui-do pelo Instituto de Turismo Responsável (ITR) com a Biosphere Responsible Tourism Certification, a primeira classificação deste tipo a ser atribuída em África. Foram ainda lançadas as bases para os acordos celebrados com o Governo de São Tomé e Prín-cipe, com vista à criação de uma plataforma para o desenvolvi-mento do turismo responsável no país. A operação do BomBom conheceu uma evolução muito positiva e em 2014 conseguiu pela primeira vez apresentar resultados operacionais positivos,

que não foram superiores apenas devido às dificuldades ineren-tes à deficiente ligação aérea entre a ilha de São Tomé e a ilha do Príncipe, algo que esperamos ter resolvido durante 2015. É de salientar a aquisição do Omali Lodge Boutique Hotel (www.omalilodge.com), na ilha de São Tomé, de igual reconhecimento por parte do ITR, reiterando também aqui a evolução a nível de ocupações e de rentabilidade, que mostra estarmos no caminho certo.

A HBD tem sido claramente, um dos motores que facilitam e concretizam o crescimento da região...Não é possível deixar de mencionar a participação da HBD na criação de infraestruturas na ilha do Príncipe, como a construção da nova pista do aeroporto regional, que permitirá a melhoria clara das ligações internas e internacionais, sendo baseada em critérios restritivos quanto ao tipo de aeronaves, para evitar a

NUNO RODRIGUES - CEO

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massificação turística num território que não se encontra preparado para lidar com tal. Finalmente, é de referir igualmente o tremendo sucesso que algumas das nos-sas iniciativas sociais têm obtido. Destaco o projeto Water&Recycle, que visa re-duzir substancialmente o número de ga-rrafas de plástico na ilha do Príncipe, em parceria com a UNESCO, o Ministério Es-panhol do Ambiente, a Reserva da Biosfe-ra e o Governo Regional do Príncipe. Em pouco mais de doze meses, foi já possível recolher e compactar para tratamento mais de 100 mil garrafas de plástico que se encontravam abandonadas nas flores-tas tropicais, tendo a HBD merecido uma nomeação, por virtude deste projeto, para os We are Africa awards. É sem dúvida, o conjunto de todas estas iniciativas que contribuem para a criação de uma noção de sustentabilidade à volta de um destino que, por si, já apresenta condições ímpa-res a nível mundial.

Falando um pouco do investimento em Portugal, como avalia o setor atualmen-te?Existem várias áreas que apresentam sinais encorajadores, se falarmos do in-vestimento em Portugal durante o último ano, e que permitem criar algumas ex-pectativas, apesar de moderadas, quanto ao seu desenvolvimento em 2015. Entre elas, terei de salientar a área do turismo, onde os resultados da promoção de Portu-gal no estrangeiro têm dado claros frutos para a economia nacional, com particular destaque para as regiões de Lisboa, Por-to e Algarve. Sublinho ainda, a modesta recuperação no investimento imobiliário, que não é alicerçado unicamente na ques-tão dos golden visa, mas também em in-vestimento efetuado pelos promotores imobiliários nacionais. Espero que estes resultados se venham a confirmar du-rante o presente ano, e que o sucesso dos mesmos seja catalisador de outras áreas da economia diretamente relacionadas a estas atividades.

Existem projetos nacionais nesse âmbito através da HBD?Neste momento, todo e qualquer projeto do nosso Grupo está inteiramente focado em São Tomé e Príncipe e na promoção daquele destino. O nosso investimento recorre a várias entidades portuguesas, conduzindo a um impacto indireto tam-bém na nossa economia, sem mencionar a criação de postos de trabalho que foi efetuada em Portugal. Para além des-tas situações, a promoção de São Tomé e Príncipe passa igualmente pelo recon-hecimento da sua cultura na diáspora e,

neste sentido, Portugal tem uma forte comunidade santomense na qual a HBD procura investir através do apoio às suas iniciativas, divulgação de atividades e contratação de quadros qualificados, etc.

Como prevê o futuro? Quais as expetati-vas para o ano de 2015?Garantir o futuro é uma das missões da HBD, e os resultados até à data são en-corajadores. Mostram que, um trabalho sério e efetuado em estreita colaboração com todos os atores locais, garante e con-tribui para a criação de um destino autos-sustentável e de referência mundial. Em 2015 as nossas expectativas são muito ele-vadas, pois após quatro anos de trabalho, estudo e preparação, estamos prestes a

avançar com a construção de raiz de uma nova unidade hoteleira na ilha do Prín-cipe. Esperamos que venha a ultrapassar em larga medida o sucesso dos hotéis já pertencentes ao Grupo, quer em retorno económico, quer na própria capacidade de integração das comunidades locais e desenvolvimento humano - que cada vez mais são polos de atração fundamentais no turismo mundial. Este ano de 2015 será ainda de consolidação das atividades no território do Príncipe Trust, uma es-trutura criada pelo nosso fundador para fomentar a proteção da biodiversidade e dinamizar a educação e pesquisa científi-ca no Príncipe ao redor da natureza, tra-balho que é parte fulcral da nossa missão em São Tomé e Príncipe.

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Nazaré Qualifica e Mercedes BenzSão parceiras no projeto North Canyon Project, e têm em comum o desejo de engrandecer a marca Nazaré. A MBoard, campan-ha publicitária da Mercedes Benz que gira à volta do surf e das ondas gigantes, tem como um dos focos o desenvolvimento de pranchas pensadas e construídas para enfrentar a natureza do Canhão da Nazaré. Em 2014, foi produzida uma prancha feita inteiramente em cortiça portuguesa, iniciativa que para Walter Chicharro, presidente da Câmara Municipal, promove a marca Portugal para além das fronteiras. “A Mercedes, numa iniciativa louvável, associou um produto de grande relevância no plano nacional (a cortiça) à maior onda do mundo, também uma marca nacional. A empresa municipal Nazaré Qualifica, trabalha com o Garrett há alguns anos na exploração do Canhão da Nazaré, com os resultados que se conhecem. O objetivo para o futuro próximo passa por fazer este projeto crescer em todas as vertentes”, afirma o autarca.

McNamara e NazaréA parceria entre McNamara e a Nazaré Qualifica tem sido uma troca vantajosa para os dois lados. Se por um ângulo, o havaiano elevou Nazaré a destino de referência mundial, por outro foi o mar dali que lhe deu as ferramentas para alcançar o que não seria possível noutro lugar. Para o líder munícipe, o poder do Canhão da Nazaré tornou possível o maior feito da carreira do surfista havaiano, e em resposta, Garret mostrou o município ao mundo:“O Garrett alcançou na Nazaré alguns objetivos que, provavelmente, não alcançaria noutro lugar – até porque não existem ondas maiores (...) Nazaré, terra de turismo, viu reforçada a sua promoção com a abertura de telejornais em todo o mundo, primeiras páginas em pu-blicações com milhões de leitores e a partilha massiva de imagens e vídeos nas redes sociais (...) Estas ondas existem desde sempre, mas o Garrett foi o primeiro a desafiá-las com reconhecimento internacio-nal (...) A cada ano, temos mais surfistas de ondas grandes na Praia do Norte”.

Catedral das ondas gigantesApesar de ser um spot recente, em comparação a outros nomes

NAZARÉ QUALIFICA

CATEDRAL DO SURF

MCNAMARA NO CANHÃO DA NAZARÉ

McNamara fez história na Praia do Norte, e entrou para o Guinness ao surfar numa onda de 30 metros, recorde em 2011. Consagrou a Nazaré como cenário de destaque mundial para o surf, e é hoje protagonista do projeto North Canyon Project. Com o apoio da empre-sa Nazaré Qualifica, tem promovido o município in-ternacionalmente como destino turístico de referência para a prática dos desportos de ondas grandes. Portu-gal é agora notícia mundial como o palco do surfista, e o Canhão da Nazaré é o fenómeno que atrai olhares de todo o globo.

ligados ao surf profissional, Nazaré já é chamada de ‘catedral mundial das ondas gigantes’. Walter Chicharro acredita que a al-cunha é esperada. “Quando se tem as maiores ondas do planeta, e o mundo do surf com olhos postos em nós, é inevitável que assim seja”. Aproveitando os benefícios que são reflexos dos projetos desen-volvidos, a Nazaré Qualifica acredita que toda a rede de ações deve merecer a atenção das entidades que têm a responsabilida-de de promover o país. “ O North Canyon Project, por exemplo, é um projeto internacional que projeta Portugal no exterior pelos mel-hores motivos”, destaca o autarca.

FuturoNazaré guarda novos planos e mostra que o surf ainda tem muito o que contar através da região. Um deles é a inauguração do Centro de Alto Rendimento de Surf (CAR-Surf), que deverá aproximar a realização de um campeonato mundial de ondas gigantes. Para 2015, está agendada uma etapa do mundial de Bodyboard, e a Praia do Norte é mais uma vez o palco. “Espera-mos ter por cá os melhores a desafiar o Canhão da Nazaré”, conclui Walter Chicharro.

FOTO DE VÍTOR ESTRELINHA DA CM NAZARÉ

FOTO DE TÓ MANÉ DA NAZARÉ QUALIFICA

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À boa moda duriense, fomos recebidos com um belo copo de vinho do melhor que se produz na região. A nossa entre-vistada e anfitriã, Maria do Céu Esteves, é proprietária da Quinta da Veiga, que ad-quiriu em 1986. “A Quinta da Veiga é a soma de várias quin-tas que fomos comprando, até se tornar no que é hoje”, começa por explicar a empre-sária.O primeiro passo foi a recuperação da adega, em 2003, “uma adega da época pré filoxera que foi recuperada de tal maneira que dentro dela tem tudo o que é tecnologi-camente mais avançado, embora a estrutura do séc. XVIII ainda se mantenha”, conta.Em 2007 decide reabilitar a casa maior e mais bem localizada da quinta e transfor-ma-a numa pousada de turismo de habi-tação.“Foi feito o projeto, correu tudo lindamente e a casa tem uma parte que é genuína e uma que é totalmente nova. Na parte genuína mantivemos tudo como estava, o chão, os te-tos são réplicas dos que cá estavam, tudo foi recuperado com mão-de-obra aqui da zona. O projeto de reabilitação da casa foi feito pelo meu filho, Patrick Pessoa e um outro ar-quiteto e a parte exterior pelo meu filho João Pessoa que é arquiteto paisagístico”.A quinta tem à disposição oito quartos, todos diferentes e cada um com uma de-coração peculiar. Com vários espaços de convívio, cada divisão é especial pelos seus objetos característicos adquiridos nas suas várias viagens. Mas, no enten-der de Maria do Céu Esteves, a principal vantagem da quinta é a localização.“Esta casa tem uma grande vantagem, tem a estação de comboios no fundo da quinta.

QUINTA DA VEIGA

Há muitas pessoas que têm medo de con-duzir nestas estradas e deixam o carro no Pinhão e vêm até cá de comboio. Depois, eu ou o André, quem me ajuda aqui na casa, vamos buscá-los à estação e os turistas adoram”.Visitada sobretudo por turistas holande-ses, belgas, alemães, franceses e alguns espanhóis, a quinta organiza uma série de circuitos com várias opções para visitan-tes que querem conhecer a região, Patri-mónio da Humanidade.“Temos circuitos mais direcionados para a parte cultural e para a parte do património, um dos circuitos é mais direcionado para as aldeias históricas aqui da zona, um, extrema-mente interessante, é fazer a ligação entre Cima Corgo até ao Douro Superior, quer por barco, quer por comboio. As duas viagens são lindíssimas”, menciona Maria do Céu.Os vinhos produzidos e comercializados na Quinta da Veiga são apenas reser-vas e uma referência a nível nacional. O próximo objetivo, passa pela internacio-nalização da marca, sendo que o principal mercado é o brasileiro.“Todos os vinhos que comercializamos são da sessão da região demarcada do Cima Corgo . Temos três tintos, uma reserva que é o Murzelo, a Casa das Mouras que é um in-termédio e o Cerro das Mouras que só é feito em anos em que haja muito boas castas para o fazer. De brancos, temos o Cerro das Mou-ras, que tem grande qualidade e este ano va-mos fazer o Murzelo branco também”.Numa perspetiva de futuro, a empresária

não esta preocupada em expandir fisica-mente a quinta mas espera que a qualida-de dos vinhos se mantenha. “Com a nossa dimensão os vinhos quase que são tratados individualmente e não queremos tornar a quinta, numa fábrica. Não é o conceito da quinta, somos uma quinta familiar e quere-mos tratar dos vinhos diretamente e quan-do se passa para grandes unidades, alguma coisa tem que se perder e nós não queremos perder a qualidade”, finaliza.

UM LUGAR MÁGICO EM PLENO DOURO

TELEFONE: 259 939 118E-MAIL: [email protected]

WWW.FACEBOOK.COM/QUINTADAVEIGA

Com uma vista de suster a respiração sobre o Douro, a Quinta da Veiga é uma propriedade com cerca de 50 hectares, situada em Ferrão, Sabrosa, no distrito de Vila Real. Aqui, hospitali-dade é sinónimo de qualidade e simpatia.

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À FLOR DO DOURO

Entre as montanhas, o Douro permeia e impera, convidando a olhar e ficar. Uma região onde o vinho é mais do que um pro-duto, a culinária está guardada no tempo, e a história tem o poder de transportar. Lalim abriga a Quinta do Terreiro, uma casa do século XVIII que hoje abre portas para o turismo de habitação. Grandiosa pela arquitetura, mas, sobretudo pelas na-rrativas construídas, a Quinta do Terreiro é tradição familiar, cultura e sentimento. Uma casa para estar e voltar.

“Um património que não tem preço”Entre chás e bolos, somos recebidos num ambiente de acolhimento ímpar. Fran-cisco Fernandes, um dos proprietários, é quem guia pelas mãos e pelas memórias, numa viagem onde o tempo fala da cul-tura de um lugar. Há 18 anos, seis irmãos, remodelaram uma estrutura familiar para receber o turista que procura natureza e história, vinho e gastronomia. Manter a identidade da casa foi sempre uma preo-cupação, mas torná-la contemporânea foi o plano. Oferecendo dinâmica ao espaço, e tornando-o vivo e presente, o projeto que fez renascer as lembranças da infância. Hoje, receber o turista é trazer de volta

O verde a perder de vista, a imponência dos montes, e a abundância do rio. Classificada como Património Cultural da Humanidade, a Região do Douro guarda muitas das mais belas experiências do país. Entre paisagens e gente que recebe para abraçar, o turismo surge com as suas portas abertas, e tem muito a contar. A Portugal em Destaque foi até Lalim, uma pe-quena freguesia de Lamego, para descobrir os saberes, sabores e sentires de um dos pedaços de terra mais ricos do país. Um destino de excelência, num lugar de história secular.

QUINTA DO TERREIRO

um tempo em família, e fazê-lo perdurar. Para Francisco, “é muito difícil exprimir em palavras um projeto que tem um cunho tão pessoal”. O engenheiro agrónomo acre-dita que a Quinta do Terreiro é mais que uma oferta turística: “é uma experiência de cultura, lazer, tranquilidade e riqueza histórica”.

Estar na QuintaSentir-se em casa é garantia, entre as fru-tas do pomar e a lareira. O traço histórico que dá relevo à cultura da região sobres-sai, e é uma clara influência sobre a iden-tidade da habitação de turismo. Detalhes que surpreendem pelos pormenores cui-dados, pela imponente fachada em pedra e pelo verde que se espalha. O ambiente de tradição e conforto reflete-se na deco-ração dos quartos, que recebem o nome de personalidades históricas ligadas à região. A linha intimista está na forma de rece-ber o turista, e na atenção individualizada oferecida. O turista conta com um serviço de programação, personalizada de acordo com a experiência pretendida, e pode es-colher entre desfrutar da riqueza de pa-trimónios históricos e das suas experiên-cias culturais, ou da beleza paisagística do Douro, com os seus vinhos e gastronomia

de referência.

ExperiênciasA pé, o turista aprecia as ruas da antiga vila de Lalim. De carro, desfruta de alguns dos mais belos miradouros da região: Se-rra das Meadas, São Domingos, São Leo-nardo de Galafura e Alto de Loureiro. Se optar por privilegiar a natureza do Douro e dos seus afluentes mais próximos - Va-rosa e Ribeira de Lalim, por exemplo -, po-derá praticar a pesca da truta e as ativida-des náuticas na Albufeira de Bagúste. Em veículo TT, poderá percorrer as belezas da Serra de Santa Helena, e almoçar ao ar livre. A Quinta desenvolve ainda ativida-des agrícolas, e o visitante pode participar na colheita dos pêssegos e maçãs, e entre Maio e Junho, as cerejeiras prometem deslumbrar. Na altura das vindimas, uma experiência pelos vales é indispensável.

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A CASA DISPÕE DE:• 10 QUARTOS COM AR CONDICIONA-DO, TV POR CABO, INTERNET GRATU-ITA, TELEFONE E WC PRIVATIVO• SALA DE LEITURA, DE BILHAR E BAR• SALA DE PEQUENOS ALMOÇOS COM AMPLA VARANDA COBERTA• LAREIRAS NAS SALAS• PISCINA E CAMPO DE TÉNIS

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Portugal 2020: oportunidade para consolidar um novo modelo econó-micoAo abrigo do Acordo de Parceria com a UE, Portugal terá à sua disposição cerca de 25 mil milhões de euros em fundos comunitários, durante os próximos seis anos. Tão significativo envelope financeiro deve ser estrategicamente gerido, sob pena de se esfu-mar em investimentos sem retorno efetivo para o país. Não podemos esquecer os erros do passado nem menorizar o desenvolvimento que, nestes 25 anos, Portugal conheceu graças ao dinheiro vindo de Bruxelas, designadamente ao nível das acessibilidades, das infraestruturas básicas, do parque habitacional e do sistema educativo, científico e tec-nológico.Por ora, deve louvar-se os quatro eixos de investimento do Portugal 2020: competiti-vidade e internacionalização; capital humano; inclusão social e emprego; sustentabili-dade e eficiência no uso dos recursos. Trata-se de áreas prioritárias para Portugal, uma vez que o país já não carece de infraestruturas mas necessita de um tecido empresarial mais competitivo, inovador, produtivo e capaz de criar emprego.Importa apoiar fortemente as PME, pois estas representam 99,8% do tecido empresarial português e 79,2% do emprego. Logo, são essenciais ao crescimento económico, à inte-gração profissional e à competitividade internacional. Acresce que o tecido empresarial português ainda se debate com problemas de liquidez e dificuldades de financiamento, em particular junto da banca. Neste sentido, há que encontrar fontes de financiamento alternativas ao crédito bancário, aproveitando o novo ciclo de fundos comunitários. O Portugal 2020 é também uma oportunidade para evoluir de um modelo económi-co baseado no consumo interno para um modelo económico assente nas exportações, no investimento produtivo, na internacionalização e no empreendedorismo. Com este modelo será possível aumentar a produção de bens transacionáveis de forma, por um lado, a abastecer o mercado doméstico e consequentemente a reduzir as importações e, por outro, a promover o crescimento das exportações e dos seus recursos endógenos incorporados. Mais: os nossos bens e serviços podem, com este modelo, reforçar a sua competitividade internacional a partir dos fatores críticos da economia do conheci-mento: inovação, ciência, tecnologia e criatividade. Aliás, avolumam-se os sinais de uma alteração estrutural do tecido económico por-tuguês, como parecem demonstrar os excedentes externos positivos e crescentes. No espaço de 20 anos, as vendas ao exterior subiram de 22% para quase 42% do PIB. E, segundo as previsões oficiais, o saldo da balança corrente e de capital prosseguirá a tendência positiva nos próximos anos. De resto, até 2016, as exportações vão contribuir para o crescimento do PIB em cerca de um ponto percentual ao ano.Importa, agora, que o país não abrande o seu esforço de mudança de paradigma, sob o pretexto de que o pior já passou e de que rapidamente regressaremos à situação an-terior à crise. Portugal não pode replicar o modelo económico da última década, pois isso significaria malbaratar os progressos já alcançados no processo de ajustamento e a notável capacidade de resistência demonstrada pelos portugueses. Para o futuro, é necessário algo diferente e para isso temos de insistir no trinómio consolidação orça-mental, investimento produtivo e empreendedorismo inovador.

João Rafael KoehlerPresidente da ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários

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SAÚDEPortugal, modernizou-se muito e rápido nos últimos 50 anos. Começou muito atrás dos seus parceiros eu-ropeus, mas conseguiu alcançá-los em muitos aspe-tos relativos à inovação e à qualidade de vida. Um dos setores mais beneficiados por este desenvolvi-mento foi a saúde. A criação do Sistema Nacional de Saúde em Portugal (SNS), que completa este ano 36 anos de existência, permitiu que todos os cidadãos tenham acesso aos cuidados de saúde, para todas as patologias, indepen-dentemente da sua condição económica e social e os indicadores de saúde mostram que, globalmente, o SNS teve êxito na sua atividade. A taxa de mortali-dade infantil e a taxa de mortalidade materna desce-ram drasticamente e a esperança de vida à nascença aumentou consideravelmente, demonstrando que a qualidade da medicina praticada é indiscutível. Para isso, muito contribui a investigação realizada neste setor e a criação de fundos que apoiam os investi-mentos na área, como o Fundo de Investigação em Saúde, gerido pelo Infarmed, que se destina ao finan-ciamento de atividades e projetos de investigação dirigidos para a proteção, promoção e melhoria da saúde das pessoas.

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SAÚDESaúde em Portugal, em bom estado?A investigação na área da saúde potencia indiscutivelmente a melhoria contínua da qualidade prestada pelas várias unidades hospitalares e centros de saúde, a formação de profissionais e a projeção internacional do país numa área de grande competitivida-de, onde os ganhos com a produção de conhecimento podem ser significativos.Na última classificação da Organização Mundial de Saúde sobre o desempenho global dos sistemas de saúde, entre os sistemas de saúde dos 191 países membros da Organi-zação das Nações Unidas, Portugal ocupa a 12ª posição. Um dos fatores distintivos pas-sa pela qualidade da formação médica em Portugal, pois praticamente todos os médicos do SNS fizeram a sua formação no país. A ligação às universidades e a investigação rea-lizada nas várias instituições de ensino, proporcionam igualmente a qualificação cien-tífica avançada às novas gerações de médicos do país e o progresso na reforma da saúde em Portugal. A tecnologia é também um importante aliado, pois possibilitou a melhoria dos meios de diagnóstico e de tratamento em várias doenças, diminuindo consequen-temente a taxa de mortalidade. Hoje em dia, um cancro é mais facilmente detetável e tratável do que há alguns anos atrás. Na área da transplantação, por exemplo, Portugal ocupa os lugares cimeiros, ao nível internacional, no número de transplantes realiza-dos por milhão de habitantes. A indústria farmacêutica e o desenvolvimento e criação de novos medicamentos, a construção de cada vez mais e melhores unidades privadas de saúde, contribuíram para a prestação de melhores cuidados à população. A “Linha Saúde 24”, criada em Abril de 2007, foi também um dos serviços inovadores criados em prol da saúde dos utentes. Este serviço, gerido por cerca de 400 profissionais de saúde devidamente formados, possibilita a obtenção de informações e aconselhamento clínico sem ser necessária deslocação a hospitais ou centros de saúde. No último estudo realizado por este serviço, a “Linha Saúde 24” recebeu cerca de 4,3 milhões de contac-tos tendo evitado mais de um milhão de idas desnecessárias às urgências.Mas o Sistema de Saúde em Portugal é perfeito? Não, mas é funcional. A evolução, principalmente desde que Portugal entrou na Comunidade Económica Europeia (CEE), é notória e reflexo dos investimentos na saúde, que colocam Portugal no “top” da União Europeia ao nível de saúde, mas ainda há muito a fazer. É necessário que os hospitais sejam mais eficientes, são necessários mais profissionais e que os centros de cuidados de saúde primários assumam naturalmente um papel proeminente na promoção do bem-estar e na prevenção das doenças. Antes de cuidar, deve-se prevenir e essa pre-venção deve ser levada a cabo principalmente pelos profissionais de saúde. Segundo o artigo 64 da Constituição Portuguesa, “todos têm direito à proteção da saúde e o dever de a defender e promover” e por isso, mais investimentos devem ser feitos numa área que tanto necessita de apoios e de inovação.

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LÍDER MUNDIAL EM BIOTECNOLOGIAA Amgen, líder mundial em biotecnologia, há 30 anos que explora o poder da inovação científica para melhorar de forma decisiva a vida dos doentes. Numa edição dedicada à inovação, falamos com Ramon Pa-lou, diretor da AMGEN Portugal.

AMGEN

Rámon Palou

Nesta edição falamos de Inovação na Saúde, pelo que é obriga-tório falarmos da Amgen, líderes mundiais em biotecnologia. Neste sentido, pergunto-lhe qual o espírito desta equipa ao ser a primeira a lançar medicamentos revolucionários da biotecno-logia, estando na vanguarda do desenvolvimento de produtos originais baseados em tecnologia de ADN recombinante e bio-logia molecular. A biotecnologia é uma referência da inovação farmacêutica e de saúde nas últimas décadas. Foi através desta que os cuidados de saúde avançaram até níveis sem precedentes. A biotecnolo-gia transformou a vida de milhares de doentes em áreas como a insuficiência renal, o cancro, a inflamação, a osteoporoses, a diabetes, entre outrasToda a equipa da Amgen se sente parte integrante desta história (passada e atual) da biotecnologia em Portugal e no mundo e dos seus benefícios para a sociedade. Cada um dos colaboradores da Amgen, participa dalgum modo neste processo de inovação, desde a investigação & desenvolvi-mento de novos alvos terapêuticos, ao desenvolvimento de no-vas moléculas, a sua produção, o seu acesso aos doentes até à sua distribuição ou comercialização.

A Amgen ajuda milhões de doentes na luta contra doenças gra-ves e continua fiel aos seus princípios, baseando-se sempre na ciência. Quais são estes princípios? Qual a vossa missão? A Amgen tem uma missão clara: servir os doentes. Isto não é só uma ‘frase feita’, é um objectivo que guia cada um dos colabora-dores da Amgen no seu dia a dia e nas suas decisões.Mas não só é importante ter um objetivo claro, mas também par-tilhar os valores que definem como queremos chegar ao mesmo. Temos uma lista de oito valores muito claros, mas vou abordar apenas três deles:‘Be Science Based’: na Amgen além do desenvolvimento de novas tecnologias terapêuticas, pomos a ciência no centro da susten-tação de todas.as decisões e abordagens Tal aplica-se também e sempre, quando os medicamentos biológicos que a Amgen tenta desenvolver, já não são uma novidade terapêutica (caso dos bios-siliares).

‘Be Ethical’: na Amgen existe 100 por cento de intolerância ao trabalho e atuação não éticos. ‘Ensure Quality’: todos nós sabemos do impacto que o nosso tra-balho tem na vida de milhares de doentes em Portugal (milhões em todo o mundo), pelo que existe a consciência que temos que assegurar um nível de excelência máximo em cada uma das nos-sas tarefas enquanto profissionais da Amgen.

Esperam alcançar o primeiro lugar no setor farmacêutico na-cional no que diz respeito à comercialização de medicamentos obtidos por biotecnologia. Como tem corrido esta aposta?A Amgen é já uma referência nacional no setor biofarmacêutico em áreas como a oncologia, a hematologia e a insuficiência renal. Nos próximos anos não só queremos reforçar esta posição mas também em outras áreas como a Cardiologia, a Dermatologia, entre outras. O nosso pipeline de inovação falará por si mesmo quando chegar o momento certo. Adicionalmente, temos previs-to lançar nove biosimilares que vão contribuir para a sustenta-bilidade do SNS, nomeadamente libertando por este meio alguns recursos na área do medicamento, que possam ser utilizados para o financiamento e o acesso dos doentes à verdadeira ino-vação farmacêutica.

Que produto gostaria de destacar, tanto pelos seus aspetos ino-vadores e resultados?A Amgen tem previsto nos próximos três anos a aprovação de seis novas tecnologias farmacêuticas realmente inovadoras. Quando falo de inovação, refiro-me exatamente ao caráter ver-dadeiramente inovador dos nossos novos medicamentos, especi-ficamente ao potencial impacto positivo que estes poderão trazer sobre os outcomes clínicos dos doentes, conduzindo a uma maior

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AMGEN NO MUNDO

sobrevivência global, a menores co-morbilidades, a maior quali-dade de vida ou se possível a cura. Assim, gostaria especialmente de salientar um medicamento ‘super-orfão’, resultante da nossa investigação & desenvolvimento intensa na área da imunoonco-logia, para o tratamento da Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA), o blinatumumab. Este medicamento espelha o compromisso da AMGEN com o investimento em investigação & d esenvolvi-mento em áreas onde o número de doentes é realmente extre-mamente reduzido, mas todos os doentes devem ter as mesmas oportunidades de tratamento independentemente da sua pato-logia. No caso da LLA, estamos a falar de uma incidência na Eu-ropa de cerca de 1 caso por 100.000 pessoas.

A responsabilidade social é também uma área importante e di-ferenciadora da Amgen. Por estarem ligados à saúde, sentem que a vossa responsabilidade é acrescida, em relação a outras áreas?A responsabilidade da Amgen com a sociedade vai mais além da descoberta, desenvolvimento, produção e comercialização de alternativas terapêuticas que venham responder a necessidades clínicas importantes. Como líder em inovação e em biotecno-logia, sentimos que temos uma responsabilidade acrescida em motivar e ajudar a desenvolver os cientistas e profissionais do futuro. Para além de termos duplicado o nosso investimento em investigação & desenvolvimento em Portugal nos últimos oito anos, e de colaborarmos com várias universidades nacionais, a Fundação Amgen implementou durante os últimos três anos em parceria o programa Ciência Viva, que tem como objetivo esti-mular os mais jovens (alunos de cerca de 50 escolas do ensino básico espalhadas por todo o país) a interessar-se pela ciência, através da sua participação ativa durante uma semana por ano por escola, em atividades orientadas e totalmente dedicadas de investigação científica a decorrerem no Pavilhão do Conheci-mento, em Lisboa.

Por onde passa o futuro da Amgen Portugal?Pelo seu crescimento sustentável, a par com o futuro que dese-jamos todos para Portugal e a sociedade portuguesa. Tal passará pela nossa contribuição trazendo medicamentos verdadeira-mente inovadores para Portugal, ao mesmo tempo que chega-mos com o nosso pipeline de medicamentos biosimilares pro-duzidos pela Amgen. Tal fará a diferença para os doentes, para a sociedade e para o SNS. Estamos dispostos a encontrar soluções conjuntas e inovadoras com as nossas Autoridades de Saúde para permitir o acesso aos nossos medicamentos em Portugal, assim haja vontade e aber-tura para tal. Estamos conscientes das dificuldades actuais, mas sabemos que não podemos parar os novos ciclos de inovação que poderão trazer mais esperança de tratamento e/ou cura aos doentes em todos o mundo. Parecendo que podemos estar em pratos opostos da mesma balança, temos com certeza um pode-roso objectivo comum e para o alcançar seremos o colaborador verdadeiramente empenhado para encontrar ’futuros’ viáveis para o SNS e para a Amgen.

EDÍFICIO D. MARIA I (Q60), PISO 2 – AQUINTA DA FONTE2770-229 PAÇO D’ARCOSTELEFONE: +351 21 422 05 50FAX: +351 21 422 05 55WWW.AMGEN.PT

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INOVARNos últimos anos em Portugal assistiu-se ao emergir de uma política para a inovação assente nos pequenos/médios em-presários, que apesar das dificuldades, conseguiram vingar num mundo tão competitivo como é o mercado de trabal-ho. A insatisfação com o presente e a vontade de transfor-mação de um futuro diferente, considerado melhor, fez com que não baixassem os baços e abraçassem os seus projetos com unhas e dentes. Querer mais e melhor é sinónimo de inovação. Em Portugal, cada vez mais vão surgindo alguns insatisfeitos com o presente que todos os dias lutam para le-var os seus negócios a bom porto. Empresários confiantes, trabalhadores, que envergaram pelo mais difícil e pela luta diária. A inovação tem sido destacada como a grande força renovadora das empresas. Uma empresa deve manter-se em constante atualização e preparação para o futuro e as-sim, nunca descurar da sua própria evolução. Parar no tem-po, é ditar a própria sentença seja qual for o setor. O desafio passa por transformar ideias novas em resultados sustentá-veis e a inovação passa muito pela internacionalização, pela ligação às universidades e pela criatividade em fazer algo diferente e inovador. Mas criatividade por si só não basta, é necessário implementá-la e transformá-la numa inovação concreta através de novas ofertas e produtos. Em termos de criatividade e de jovens profissionais e capazes, Portugal tem um enorme potencial. São os jovens, os pequenos/mé-dios empresários que dão sustentabilidade a um país e cabe aos seus representantes apoiá-los e aproveitá-los. Porém, o essencial é a paixão e a dedicação pelo trabalho que se faz e é isso que dita o sucesso ou insucesso de uma empresa.

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DESENHAR PORTUGAL

INSIDHERLAND é o nome, e a visão é a terra por explorar. Memórias, lendas antigas e culturas indígenas encontram espaço de fusão através do processo intui-tivo que define uma marca, que mais do que criar mobiliário, existe impressa nas criações escultóricas que a definem. Des-pertar os sentidos e a interpretação do observador é a missão, e a relação com a natureza é o ponto de partida. Artesãos e joalheiros de Gondomar coabitam as ofici-nas que abrigam a origem de um trabalho completamente ‘Made in Portugal’, onde uma forma pessoal de olhar o mundo, in-terpretá-lo e transformá-lo em arte com utilidade, traduz-se numa importante marca nacional de design de autor.

“Eu desenho memórias para criar o que nunca vi” Joana Santos Barbosa dá assinatura à marca, e para ela, o instinto de criar nas-ce da perceção de um mundo existente, e não como inspiração. É através das vi-vências com a terra e as suas histórias, que a diretora criativa da marca guarda na bagagem os saberes e imagens que levam à criação. O traço contemporâneo abraça a temática da natureza, e a perso-nalidade da marca surge no desenho que ganha forma, na escolha dos materiais, e na finalização das peças. “A absorção que faço da realidade é intuitiva e as formas que crio estão presentes no que me é dado a conhecer(...)uma nova peça nasce da inter-pretação imediata de um lugar que visito, ou aparece-me de repente na cabeça, mos-trando-me o passado com um novo olhar”, explica a arquiteta.

Há uma marca portuguesa de design de autor que leva Portugal para fora de fronteiras. A decoração de luxo é a aposta da marca lançada em 2012, e ma-teriais nobres dão forma à visão de explorar a na-tureza sob o olhar lúdico da arquiteta que assina o projeto.

INSIDHERLANDMarca ‘Made In Portugal’ lá foraO público internacional quer peças des-tacadas pela originalidade, autenticidade e exclusividade, e a mão que o artesão dá a cada peça coloca a INSIDHERLAND em relevo. Para além das fronteiras, a marca tem angariado clientes que são conhece-dores e exigentes, e que procuram peças emocionais para sobressair em espaços requintados. As peças comercializadas mostram a etnicidade da marca, que conjugada às técnicas tradicionais portuguesas, revela a completa pluralidade que conquista as terras de além-mar. A marca é presença assídua em eventos internacionais, e destaque em diversas publicações especializadas. “As peças da INSIDHERLAND agradam a clientes de nichos de mercado distintos e atualmente exportamos para Inglaterra, Ir-landa, França, Estados Unidos, Arábia Sau-dita, Bahrain, India e Japão”, revela Joana Barbosa.

“É importante darmos valor ao que de melhor se faz no nosso país”Portugal tem séculos de tradição em ma-deira e metal, e o recurso às técnicas tra-dicionais foi desde o início uma certeza. Beyond Memory, coleção de estréia, é o casamento perfeito entre as mãos por-tuguesas, a luminosidade do cobre e do latão, e a organicidade de materiais natu-rais. É a essência do país traduzida por um olhar lúdico e global do que é a terra, os seus recursos e as suas imagens.

O mercado nacionalA marca exporta 100 por cento da pro-dução, e o mercado interno ainda se mos-tra por conquistar. A razão é a “conhecida apetência por produtos importados”, o que para a diretora criativa é uma tendência a mudar. Joana Barbosa prevê que “no

futuro o mercado nacional reconheça o que é já reconhecido internacionalmente”. A im-portância desta marca ‘Made in Portugal’ é a prova de que o design português está ao mais alto nível, e que o sucesso nasce também cá dentro.

PEÇAS INSIDHERLAND

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INOVAR

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Foi há quase 20 anos que Francisco Ne-ves deu os primeiros passos no setor das embalagens plásticas. A Plastielvas surgiu numa unidade fabril, construída de raíz, e desde sempre o seu destino foi o cres-cimento. Evoluiu para o formato atual, trabalhando plástico e papel, e hoje é uma empresa de grandeza nacional. Em 2005, Francisco Neves e o novo sócio tiveram a visão de expandir o negócio, e apostar nos sacos de papel. Já previam o crescimento deste segmento de mercado, e já percebiam as exigências do mesmo. “Fizemo-lo com a certeza de que a breve pra-zo, o negócio iria crescer (...) por força das restrições ao plástico, mas principalmente porque sabíamos que era crescente a exigên-cia na procura de soluções de maior quali-dade e prestigio”, afirma Francisco Neves. Nascia então uma nova marca, voltada em exclusivo para a produção neste mate-rial: a Oficina do Saco. Hoje, as duas enti-dades empresariais caminham lado a lado, e partilham o espaço e o mercado que as define como referência em Portugal. En-tre 2015 e 2016, a Plastielvas e a Oficina do Saco vão apresentar uma nova gama própria de produtos. Mais um importante passo no seu desenvolvimento.Em entrevista à Portugal em Destaque, Francisco Neves fala sobre um dos se-tores que mais tem gerado polêmica e discussão, e explica porque não acredita nas novas medidas de restrição aos sacos plásticos, em vigor desde Fevereiro. O em-presário comenta o assunto, e fala sobre o futuro do segmento das embalagens em Portugal.

Hoje fala-se muito da alteração das leis em relação aos sacos plásticos. De que forma isto influenciou na vossa ativida-

PLASTIELVAS

de? E que alternati-vas buscaram para diminuir este im-pacto? Acredita que esta alteração nas leis é bem vinda e faz sentido?Sinceramente, não acreditamos que a res-trição a um tipo de produto seja, por si, a solução para qualquer problema . Acredito sim, que numa sociedade moderna como a nossa , faça mais sentido o incentivo à reciclagem, com a criação de benefícios. Devo dizer que os portugueses têm dado uma resposta muito interessante duran-te a mudança de maus hábitos- hoje nin-guém anda a tropeçar em sacos de plásti-co! Com a entrada em vigor da nova lei, e como seria de esperar, estamos a ter uma maior solicitação de sacos de papel para a qual estávamos já preparados. Também achamos que nesta fase inicial seja mais notório este facto , mas vamos continuar a desenvolver soluções de grande qua-lidade em plástico, que na nossa opinião vão continuar a ser uma solução de futu-ro no mercado da embalagem .

A Plastielvas é uma referência no setor das embalagens. Como fazem o balanço deste último ano, e o que acreditam re-servar para o futuro?No final do ano 2014, atingimos um volu-me de negocio superior a 2,1 milhões de euros, e temos como objetivo para 2015 continuar a crescer em parceria com to-dos os nossos clientes e fornecedores. Na realidade, temos muitos clientes de referência, mas também é uma realidade que trabalhamos com um núcleo de for-necedores do melhor que há nesta área de negócio. Os clientes optam por trabalhar

com a Plastielvas porque têm a garantia de estar a optar pela melhor qualidade do mercado, aliada a preços competitivos. Isto se deve ao facto de termos parcerias comerciais com os melhores fabricantes nacionais e alguns estrangeiros, dos mais variados produtos. Na verdade, sabemos em que fábrica e em que equipamento podemos obter a melhor solução para cada caso. Em resumo, Temos identidade própria, mas somos uma face visível dos melhores fabricantes! De salientar ainda, que o maior ativo quea empresa detêm, são sem duvida nenhu-ma, os seus colaboradores. Foi com eles que aqui chegamos, e é com eles que que-remos enfrentar o futuro.

PAPEL X PLÁSTICO: SERÁ?De uma pequena fábrica de sacos para o lixo, nasceu um projeto de dimensão nacional. Cria-da em 1997, a Plastielvas é um hoje uma referên-cia no setor das embalagens, e um exemplo de sucesso e crescimento empresarial. Como uma das afetadas pela restrição aos sacos de plástico, a empresa apostou no papel para o futuro, e alimenta agora um novo debate: será suficiente?

A PLASTIELVAS APRESENTA SOLUÇÕES EM SACOS DE PAPEL E SACOS DE PLÁSTICO, CAIXAS DE CARTOLINA E CARTÃO, ALÉM DE UMA VASTA GAMA DE OUTROS PRODUTOS DE EMBALAGEM.

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