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    PORTO, Diocese do.  1. Das origens à actualidade. 1.1.  Origens: do período suévico à Reconquista: O processo territorial da implantação do cristianismo através deuma rede diocesana faz corresponder a cada civitas um bispo. É essa configuração quevamos encontrar documentada nos concílios dos séculos VI e VII, com nomesepiscopais. oram !" criticados por #. $ugusto erreira os erros acerca das origens da

    diocese lançados pelo Catálogo dos bispos do Porto, de %odrigo da &un'a ()*+-,aumentados por rei anuel /ereira de 0ovais, que s1 trata dos bispos até ao final doséculo 2VII ( piscopologio, publicado em )3)4-, e $nt1nio &erqueira /into, na novaedição do Catálogo ()56+-. 0ovais informa que se inspirou em 7aspar 8lvares 9ousada()::6;)*6-, que intentava um trabal'o semel'ante, inspirado nos cronicraga, devido a grande remodelação operada neste concílio. 0os doisltimos concílios de Boledo, 2VII (*36- e 2VIII (5M)-, não apareceram bispos

     portucalenses, o que poderia eAplicar;se pelo car"cter mais regional da reunião e peladecad@ncia, !" demonstrada, do reino visig1tico. $presentados os dados tentemos ainterpretação.  Portucale adquiriu importKncia nos séculos V e VI. 0o ltimo quartelassiste;se mesmo F instalação de uma oficina monet"ria visig1tica. O paroquial suévicodiz onde se situa a sede episcopalL Nin castro novo, o que não faz com outras sedes. Omorro da sé gan'a importKncia em relação F zona ribeirin'a. $ssim se criou uma

    ecclesia recente, além da Valle $ritia, que seria ariana segundo $lmeida ernandes.Balvez o domínio ariano não permitisse a resid@ncia do prelado ali. Vai então para

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     !agneto (einedo;9ousada-, que era igre!a de doutrina ortodoAa. $ opinião, muitoacertada, de $ugusto erreira, iguel de Oliveira e Borquato =ousa =oares, que !ustificaa presença do bispo em einedo pela eAist@ncia de um mosteiro, F semel'ança deHume, não tem, até 'o!e, provas arqueol1gicas porque as notícias do mosteiro sãoapenas de ))). $ situação geograficamente central e a proAimidade da divisão com

     racara !ustificariam mel'or a escol'a provis1ria do local para sede do bispo. O /ortoera também cidade pouco segura por ser fronteira. O  Paroc$iale, confundido com actasdo &oncílio de 9ugo de :*3, regista o momento da divisão da diocese de   racara,criando o espaço portucalense (J%%JI%$ P !e"#rias, vol. ), p. *M;*)- correspondenteao da civitas  romana de Cale. 0a época suévica, segundo o referido  Paroc$iale  doséculo VI, a diocese era constituída por um pequeno nmero de par1quias (paroécias-muito eAtensas, que se subdividiram, segundo o crescimento cristão das populaçetaonia, Visea, enturio, B1rebria, >auuaste, >onzoaste,9umbo, 0escis, 0apoli &urmiano, agneto, 9eoporeto, elga, Bongobria, Villa7omedei, Bauuasse, referidas como ecclesias. enciona como  pagiL 9abrencio,$liobrio, Valle $ritia, Bruculo, &epis andolas, /alentiaca (H$VIH P  -tudes, p. 6;:-.

    Jstas enormes par1quias Nurbanas e os povos dispersos (pagi- deviam ser muitas vezesregidos e assistidos por mosteiros paroquiais. $ identificação destes lugares comtoponímia actual, tentada por $lmeida ernandes (/ar1quias, p. *4;55-, e nalguns

     pontos criticada por oreira ( *reguesias, p. +4 P M-, é esforço not"vel, mas, para !",meramente 'ipotético para certos top1nimos difíceis de identificar, por falta decon'ecimentos documentais ou arqueol1gicos. $ atribuição de valor religioso Fdistinção entre ecclesiae  e  pagi, sendo estas ltimas ainda arianas, é tese de $lmeidaernandes. $ atender F prefer@ncia 'ip1tese de identificação deste autor, verifica;segrande densidade paroquial no litoral, !unto ao norte do Houro e no médio =ousa. $ suldo Houro o nmero de par1quias é mínimo. =egundo as cr1nicas, a cidade do /orto foidestruída, em 5)*, pelos 8rabes (J%%JI%$  ;  !e"#rias, vol. ), p. 36- entre os bisposque optaram por refugiar;se nas terras asturiano;leonesas esteve o do /orto, segundorefer@ncia aquando do II concílio de Oviedo, no ano 3MM. >oa parte da população ruralmanteve;se nas suas terras. Qouve incurs

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    muçulmano, revela uma série de prelados atentos ao essencial. /ode, passado cerca deum quarto de século, acol'er os bispos ou arcediagos, sinal de progresso citadino. Os7ascraga deveria superintender na diocese do /orto,apesar de a 'ip1tese de &oimbra não ser de re!eitar. Q" notícias no século 2I sobre&ampan'ã ()M:4-, &edofeita ()M45- e 9ordelo ()M34-. He &edofeita '" vestígios pré;romKnicos reaproveitados na igre!a romKnica. $fonso VI subdividiu o governo do seulargo reino em condados. &oube a H. Qenrique o territ1rio portucalense, comogovernador subalterno, até " separação da 7aliza em )M3:. Duando morreu o rei em))M3, H. Qenrique avança na independ@ncia. =1 em ))) é escol'ido para bispo do/orto Qugo, franc@s e arcediago de &ompostela. Vai operar;se a restauração da diocese.

    Qugo era di"cono. oi ordenado presbítero no s"bado de /aiAão e bispo no domingo,em 9erez (&ompostela-.1.. Da restaura23o de D. 0ugo ao )i" do sen$orio episcopal da cidade: &om ac'egada de H. Qugo ()))+S;))*- inicia a cidade novo ciclo de marca episcopal. $'ist1ria da diocese liga;se F 'ist1ria de /ortugal em vias de independ@ncia, o que ser"uma nota característica da sua evolução. H. Beresa, a 4 de $bril de ))+M, faz carta dedoação e couto do burgo ao bispo (c). $TJVJHO, %ui de P  Docu"entos "edievais

     portugueses: docu"entos régios. 9isboaL $/Q, 1456, vol. )UI, p. **;*5-. $ autenticidadedeste documento, sucessivamente trasladado em c1pias, como descreve Hamião /eres(/J%J= P Origens, vol. ), p. 34;)M6-, foi posta em questão por iguel de Oliveira, em)3:5 , em sessão da $cademia /ortuguesa da Qist1ria (O sen'orio da cidade, +3;*M-,mas logo foi defendida por %ui de $zevedo ( Docu"entos "edievais, vol. )UI, p. 9VII;9VIII-. Jsta "rea de !urisdição ampliada foi terreno de luta pela defesa dos 'abitantes dacidade contra a tirania de reis e poderosos, embora com inconvenientes e certo desa!usteem relação ao desenvolvimento da organização municipal. Jm )))6, H. Qugo rene umsínodo com os bispos de Bui, ondon'edo, 9ugo, Orense e &oimbra para fazer um

     pacto de boas relaç

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    (&O=B$  P  D. o3o Peculiar,  p. 54;4 8, conseguiu envolver as rain'as H. Beresa e H.afalda (mul'er de $fonso Qenriques- na construção da sé. $ seguir a H. Qugo, os

     bispos do /orto, regra geral, prov@m de grandes famílias do país. Jste tom nobili"rquicodo episcopol1gio da época impede muitas vezes o camin'o da penetração doJvangel'o, equiparando Nalto clero a funcion"rio da &oroa ou gestor sen'orial. $ H.

    $fonso Qenriques interessava dar um sucessor da sua confiança a H. Qugo. $ eleição deH. #oão /eculiar ())5;))4- em meados de #un'o de ))* corresponde a este intento.Bomou parte no &oncílio de >urgos ainda como bispo eleito. $ )5 de #ul'o de ))5assiste ao pacto de Bui entre H. $fonso VI e $fonso I. $ +* de Outubro de ))5 deu aomosteiro de 7ri!1 v"rios privilégios, entre eles, o de isenção de !urisdição episcopal.$ctua como fundador de =anta &ruz. $ sua fidelidade ao novo rei é logo agradecidacom ampliaçraga (Outono de ))4-. Bem, assim, passagem efémera pelo /orto, deslocando;seimediatamente para >raga, onde permaneceu longamente, até F morte em ))5:.  altouao /orto esta estabilidade. =ucederam;l'e H. /edro %abaldis ())4;))6:-,  H. /edro/itraga, de ))64, e feza célebre alocução no largo da sé aos cruzados da tomada de 9isboa. H. /edro =enior ()):6;))56- aceita a doação de m etade de &anidelo (7aia-, =erzedo, 7uidraga. ez doação de livros F Igre!a do /orto e de >raga. Bambém docabido bracarense vem H. artin'o /ires ())4*;))43- que remodelou o cabido,segundo a eAperi@ncia bracarense, instituindo dignidades (deão, c'antre, mestre;escola etesoureiro- e ps fim F vida em comum do cabido. =uprimiu os dez arcediagados e uniu;os F mesa episcopal e capitular (duas partes para o bispo e uma para o cabido-. $p1sesta fase de restauração da diocese inicia;se uma época de conflitos e tens

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    alguns dos seus colaboradores para repor a ordem e reparar os danos. $ pena daeAcomun'ão atingia os oficiais do rei, os c'efes do levantamento popularL #oão $lvo e/edro eudo e ainda os c1negos e raçoeiros que não tin'am aceite os dois interditos. 0a/rimavera de )+)M, o bispo regressa de %oma com as bulas papais e os legadoseAecutam as medidas. O rei, entretanto adoentado, cedeu e as prerrogativas episcopais

    foram restituídas. H. =anc'o confirmou, de modo amplo, o sen'orio do /orto e os burgueses acataram, forçados F derrota. 0o testamento o rei ofereceu F sé mil maravedise ao bispo o couto de 7ondomar. O seu fil'o $fonso II confirmou a doação e aumentou;a com as igre!as de /indelo ()++5- e >ougado ()++*-. O bispo recebeu o padroado daigre!a de &ampan'ã, cedido por 0uno =oares, prelado de &edofeita e c1nego do /orto.$pesar de 'aver protestos quanto aos limites da diocese tudo permaneceu semel'ante.Duanto aos votos de =ão Biago, o bispo teve de pagar M "ureos a &ompostela. $penasatinge a maioridade, H. =anc'o II revelou;se um defensor acérrimo do poder secular contra os direitos do bispo do /ortoL pretende usurpar a !urisdição episcopal da cidade,

     pedindo ao bispo procuraçougado, /aran'os, Knzeres, 7uideduído.O bispo desloca;se a %oma para um concílio, convocado por 7reg1rio I2, mas acaba

     por permanecer por l" cerca de tr@s anos, envolvido na espera da eleição complicada donovo papa, Inoc@ncio IV, a quem apresenta queiAa de =anc'o II. Vai depois a 9ião, em)+6:,  local onde afinal se realiza o concílio. $ deposição de =anc'o é conseguida. H./edro =alvadores morre em )+65 e deiAa como testamenteiros franciscanos edominicanos. O novo bispo,  D. uli3o *ernandes ()+65;)+*M-, prior de &edofeita,recebe o direito do padroado de =anta &ruz de 9eça. $pesar de $fonso III ser apadrin'ado pelos bispos não vai ser acol'edor das suas directrizes. O bispo do /orto,

    em )+:M, apresenta, nas &ortes de 7uimarães, ): assuntos sobre imunidades e direitossen'oriais da cidade. $ resposta do monarca constitui uma espécie de concordata, mas o

    :

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     bispo não p"ra na eAig@ncia de direitos, lembrando ao rei que ele devia a &oroa ao clero.O uso das armas !ustificou intervenção régia e multa pesada de **MM libras. #ulião

     pagou e partiu para %oma. $ bula  Provisionis nostrae, de )+ de =etembro de )+:,datada de /erugia, marca definitivamente os limites meridionais da diocese do /orto. Éa confirmação do que /ascoal II tin'a determinado em ))):. Bermina a questão com o

     bispo de &oimbra. =1 nas &ortes de 9eiria de )+:6 se resolveu a questão dos direitossobre os efeitos fiscais de entrada de barcos no rio, dividindo os casos entre burgoepiscopal e 7aia régia. O desenvolvimento da zona de onc'ique até iragaia eranot"vel. J este acréscimo de comércio trazia aumento de tributos, capazes de suscitar cime da &oroa. O modo de afrontar foi dar foral a 7aia e criar rivalidade na margemfronteira. $cabaria por eAigir a divisão em metade das rendas das portagens e trKnsitosse!a do /orto, se!a de 7aia. $s inquiriçouças(atosin'os-L nove par1quias e +4* casaisR aiaL :M   par1quias e )5*4 casaisR7ondomarL sete par1quias e +*5 casaisR elresL uma par1quia e :+ casaisR %efo!osL +:

     par1quias e 5*) casaisR $guiarL 6* par1quias e )+ casaisR e /enafielL 5 par1quias e

    34+ casais (C ORP;9  , vol. ), p. +M;*4-. Jstes nmeros revelam uma densidade populacional elevada. O bispo #ulião faleceu a ) de Outubro de )+*M, deiAando oepiscopado ao seu deãoL H. Vicente endes. 0o largo pontificado de : anos, procurouconc1rdias felizes, como '"bil lutador pela defesa dos direitos da Igre!a. >aptizou emOutubro de )+*) o infante H. Hinis e procedeu a trocas de padroado. Jsteve presente no&oncilio 0acional de >raga (aio de )+*+- para revalidar o casamento entre H. $fonsoIII e H. >eatriz, ap1s a morte de H. atilde, condessa de >olon'a. O papa Erbano IV,atendendo Fs splicas do rei, concedeu a dispensa. Jm )+*: foram publicadas por H.$fonso III as leis da fazenda, resultado das inquiriç

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    apresentar p"rocos em /erafita, Vila 0ova da Bel'a, 7emunde e indelo e cedia o padroado de =ão ins (da eira- e =anta aria de %etorta. &om o mosteiro de 7ri!1negociou a ced@ncia de /erosin'o, $rgoncil'e, =erzedo, recebendo o bispo o padroadode 9obão e =ão /edro do /araíso. $qui se demonstra que a terra de =anta aria

     pertencia, de facto, ao bispo do /orto, desde H. #oão /eculiar ())5;))4-. Bermina um

    século de bispos oriundos do /orto e entra;se num período de episcopados breves, bispos de passagem para outras sedes e ocupados em litígios !urídicos. O bispo  D./eraldo Do"ingues ()MM;)M4-, deão da =é de >raga, em )M+ () de #ul'o- recebeu o

     padroado da Igre!a de =ão artin'o de andil'ães (aneAa a /aços de 7aiolo- e a )) de#ul'o permutou =oal'ães e esquin'ata por =ão 0icolau da eira e $lvarel'os, que orei tin'a doado a #oão artins de =oal'ães. %ecebe em )M6 a doação do mosteiro de&anedo, por concessão régia. Jm * de evereiro de )M5 d";o ao cabido do /orto, comalgumas obrigaçouças. Ho /orto, H. 7eraldo iria para /al@ncia, na Jspan'a.  D. *redulo ()M4;)M3-, bispo estrangeiro, segundo consta não c'egou a residir no /orto e faleceu em$vin'ão, nos finais de )M3. O sucessor,  D. *rei st

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    do Olival, pesos e medidas-. esmo ausente em $vin'ão faz doação de livros Fcatedral. O vig"rio;geral era #oão /almeiro. O novo papa, >ento 2II, deu orientação

     para os bispos residirem nas suas dioceses. Vasco artins percebeu o recado e regressouem ):. 0essa altura o rei restituiu as rendas sequestradas. 0ão voltaria atr"s era na

     !urisdição da cidade, dado o crescente poderio dos burguesesL $pesar dos sucessivos

     protestos do bispo e cabido o @Aito destes era quase nulo. $ gravidade dodesentendimento acabou em motim, assalto ao paço e resposta do bispo, com saída dacidade e interdito. He edelo, !unto a 9amego, ia governando a diocese. $ vacKncia de9isboa permite enviar para l" H. Vasco artins, onde faleceria em )66, e para o /ortotransferir D. Pedro ()onso, sobrin'o de H. 7onçalo /ereira e bispo de $storga, ondeteve papel preponderante na organização da >atal'a do =alado ()6M-, essencial para aestabilidade das monarquias cat1licas na /enínsula. as se a deslocação para o /ortofazia adivin'ar algum mal;estar em &astela, o belicoso bispo H. /edro $fonso vai ter uma luta de mais de dez anos na cidade do /orto, assente na questão do governo da

     !ustiça e na nomeação dos !uízes da cidade. 0a impossibilidade de um acordo, H. /edro$fonso convocou um sínodo diocesano para &edofeita, que decidiu proceder com

    censuras contra o rei. %edigiu;se carta monit1ria, com prazo de quatro meses para o reidesistir das ofensas F Igre!a do /orto. O rei mandou ao /orto mestre /edro das 9eis eoutros credenciados para se entenderem com o bispo. Hata de )64 a inquirição de$ndré Homingues que concluiu pela usurpação do rei do territ1rio situado entre o coutoda sé, o de &edofeita e o rio (onte do Olival, =ão 0icolau e iragaia-. Bal abuso teriasido cometido pelo bispo #ulião ernandes ()+65;)+*M-. %euniram na igre!a de&edofeita um comício pblico com ameaças do povo e cKmara ao bispo. $proveita avisita e foge para Bui, num eAílio de dez anos. O rei ficou com todo o poder !udicial dacidade, apesar das abundantes eAcomun'

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     !e"#rias, vol. ), p. 4;46-. O Ncaso foi eternizado pelos romances de 7arrett,  (rcode 9anta (na, e de Qerculano,  (rras por )oro de span$a, imaginando o bispo a

     presidir ao casamento de H. ernando com H. 9eonor Beles. /ara suceder a H. $fonso/ires foi eleito  D. 7ouren2o &icente em )5, mas não passou de eleito porque foi

     promovido para >raga, garantindo H. ernando pela transfer@ncia restituir F Igre!a do

    /orto a !urisdição usurpada e deste modo pr fim ao interdito de +5 anos. $ssimaconteceu com D. o3o, que !" estava na posse da diocese a * de 0ovembro de )5,data da corte régia que dava letra ao prometido, mas se revelaria incapaz de alterar aevolução, na lin'a de uma crescente secularização do burgo. 0em H. #oão I, aclamadoem )4:, fez outra coisa senão reintegrar na &oroa a !urisdição da cidade, por contratode avença com a mitra, situação que se repetiu com o bispo seguinte, H. #oão de$zambu!a. $ situação do papado, dividido pelo grande &isma do OcidenteG ()54;)6)5- não contribuiu para uma solução. H. #oão III, bispo do /orto, mantém;seentusiasta do mestre de $vis, a quem recebeu na catedral para o matrim1nio emevereiro de )45. &alculou;se o que seria necess"rio dar ao bispo para troca da

     !urisdição e sen'orio da cidade. O sucessor de H. #oão foi  D. !artin$o ()3M-, como se

    confirma em documento de )M de arço de )3M, mas a 3 de #ul'o de )3) novo bisposurgiaL D. o3o steves de (=a"bu>a ()3);)34-, !" com longo currículoL c1nego deÉvora, abade de onção, prior de $lc"çova de =antarém, letrado do consel'o do rei,

     bispo de =ilves em )3M. O rei renovou o contrato sobre a !urisdição da cidade, celebrouuma composição amig"vel no /aço do /orto, em + de =etembro de )3+, mas não teveefeito em virtude da 7uerra da Independ@ncia. O interdito voltou F diocese. $ questãos1 seria resolvida por H. 7il no ano de )6M:. H. #oão de $zambu!a criou o arcediago do/orto no cabido da catedral em )34, com rendas de einedo. Jste bispo passaria a&oimbra até )6M+ e depois a 9isboa, onde foi cardeal. =ucede D. /il (l"a ()33;)6M5-,que consegue concordata com H. #oão I, avaliando em MMM libras da moeda antiga ouMM MMM da corrente a ced@ncia do sen'orio a cidade. oi celebrado em ontemor;o;

     0ovo, no paço do bispo de Évora ().+.)6M:-. $p1s a aprovação papal foi notificadoem =antarém ().6.)6M*-. 7il $lma foi transferido para &oimbra e aí faleceu m )6):.H. #oão I foi capaz de negociar. Jra essa determinação que faltava. Hesde esse momentode entrega do sen'orio da cidade e na fase seguinte, os bispos foram assistentes dos

     passos largos do absolutismo mon"rquico, se!a de tom medieval se!a com rosto liberal.Os bispos, provenientes da nobreza, viviam em ambival@ncia entre ser agentes do poder absoluto ou suas vítimas, por causa do evangel'o. 1.. ( ?gre>a do Porto durante ae+pans3o ultra"arina: o rescaldo da contenda co" a cidade (1@AB ;151B8: Jste períodoé caracterizado por episcopados muito breves ou por bispos bastante ausentes. #" estava

     provido para o /orto em )3 de #ul'o de )6M4 D. o3o ()onso (ran$a, que faleceu a ))

    de #aneiro de )6)6 (J%%JI%$  P  !e"#rias, vol. +, p. )*-. $ notícia dada por &un'aacerca da colaboração na eApedição a &euta s1 se pode aceitar na preparação dos preliminares.  D. *ernando /uerra ()6)*;)6)4- !" era bispo em ++ de evereiro de)6)*. $ ++ de arço preside F benção da primeira pedra de =anta &lara, para trasladar omosteiro de Jntre;os;%ios. $ morte do arcebispo de >raga levou F escol'a do bispo do/orto para l'e suceder ()).*.)6)*L é nomeadoR 6.5.)6)*L eleição do cabido-. O &oncíliode &onstança resolve a situação e a bula de artin'o V data de ):.)+.)6)5. D. &asco ?? ()6+);)6+- foi ordenado e promovido pelo papa artin'o V em )6+). Jm )6+ étransferido para Évora. Ha =é de Évora vem o deão para o /orto,  D. (nt3o !artins deC$aves ()6+6;)665-. Jm )6+* participou no &oncílio /rovincial de >raga e a + de=etembro celebrou sínodo diocesano no paço destinado a eleger procurador para ir a

    %oma defender os direitos eclesi"sticos, o que ficaria sem efeito devido F conc1rdiaentre H. #oão e o episcopado em M.4.)6+5. H. $ntão participa na embaiAada

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     portuguesa ao &oncílio de >asileia, escol'ido por H. Huarte em )6:, acompan'ando oconde de Ourém, H. $fonso. 0esse atribulado concílio H. $ntão defendia o partido do

     papa e o bispo de Viseu, 9uís do $maral, o partido do concílio. $ mudança para erraradeu atribuição de tarefas a H. $ntão. O papa Jugénio IV enviou o bispo do /orto a&onstantinopla como embaiAador seu, acompan'ado de mais dois bispos. &onseguiram

    mover o imperador grego para o partido do papa e faz@;lo vir a errara. Hevido Fameaça de peste transita o concílio para lorença. $í $ntão assinou os decretos de uniãocom a Igre!a grega. 7rato pelos serviços o papa nomeou;o cardeal, a )4 de Hezembrode )63, sob o título de =ão &ris1gono. $ este bispo do /orto se deve a criação doQospício de =anto $nt1nio dos /ortugueses, que ainda 'o!e eAiste com o nome deinstituto (c). % O=$ P 9. (ntonio dei Portog$esi, p. +*;+4-. /articipou no conclave queelegeu 0icolau V (*..)665-, morreu em %oma a )) de #ul'o de )665 e est" sepultadona >asílica de =ão #oão de 9atrão. Duem no /orto governava a diocese era o vig"rio;geral, /edro Vasques. $p1s a morte do cardeal, H. ernando 7uerra administravatemporalmente a diocese até ser nomeado D. /on2alo (nes,  de Cbidos ()663;)6:-.Beve H. 7onçalo uma contenda com os Hominicanos por causa de uma &onfraria do

    =antíssimo 0ome de #esus que o convento do /orto erigiu e o bispo queria eAtinguir.eito apelo ao papa 0icolau V, este encarrega H. 7omes, prior de =anta &ruz de&oimbra, de proferir sentença, que ser" favor"vel ao convento, segundo &un'a. aserreira usa outra documentação do cabido. $í se d" outra versão. Os frades procediamF b@nção de "guas, c'amadas do >om #esus, e a outras superstiç

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    denominado capelão;mor do reino. Jm )66* vai a %oma numa embaiAada deobedi@ncia ao novo papa. É feito protonot"rio apost1lico e em +* de #aneiro de )6:M énomeado para bispo de =ilves, no $lgarve. 0ova embaiAada, agora a 0"poles ()6:-,leva a representar o rei. Jm +6 de $gosto de )6: deiAa o $lgarve e vai para o /orto.oi na sequ@ncia das conquistas obtidas pelos prelados nas &ortes de )6:* que entrou

    em conflito com a cKmara. %efugia;se no mosteiro de oreira da aia, onde est" em *de =etembro de )6:5 para enviar carta de recusa Fs propostas dos oficiais da cKmara emanter a sua ideia de eApansão das !urisdiçraga, ondeconsegue recuperar o sen'orio da cidade para os arcebispos em )65. Jra vertical ezeloso e as acusaç

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    )63:. anteve o vig"rio;geral de H. #oão de $zevedo, c1nego /edro $nes ac'uc'o,c'antre da sé. Hiogo de =ousa nasceu em )6MM em igueir1 dos Vin'os. Iniciou estudosem Évora, prosseguiu em =alamanca e /aris. oi membro da embaiAada a %oma em)63. O seu car"cter disciplinador fica demonstrado pelas constituiçraga, onde continuar" trabal'o not"vel. /ara renunciar ao arcebispado de >raga, o

    cardeal H. #orge da &osta pede para o sobrin'o,  Diogo da Costa, o bispado do /orto.aleceria em %oma pouco depois, em ):M5.  0ão consta que residisse na diocese. Osdespac'os são do vig"rio;geral, /edro 7onçalves, abade comendat"rio do mosteiro de>ustelo. =ucede;l'e D. Pedro da Costa ():M5;)::-, seu irmão. Bin'a ++ anos e não eraainda presbítero, apesar de ser comendat"rio do mosteiro de /aço de =ousa. =1 veio de%oma, onde estava, em ):M3 , ap1s a morte do tio cardeal ():M4-. Vai lutar pelo direitode portagem com a cKmara do /orto até ao foral de H. anuel, em ):)5. &'egou,assim, ao fim a batal'a entre o bispo e o município. $ mitra ainda tin'a direitos fiscais.$ &oroa fiAava os seus e a cidade adquiria os seus direitos lentamente conquistados. =1em )4++ se reduziria a metade o que o foral estabelecia e em )4+ se eAtinguiria. O

     bispo do /orto foi dos que mais reagiu F política fiscal de H. anuel, con'ecida pelonome de terças, destinadas F guerra contra os infiéis. Jsta reacção do clero obrigou auma concordata. 0o seu tempo fundou;se o osteiro de =ão >ento de $ve;aria e deadre Heus de onc'ique. H. /edro da &osta esteve ausente da sé pelas funçeatriz, quer desde ):+*, anoem que acompan'a H. Isabel para Jspan'a, devido ao casamento desta com &arlos V.%egressou ao /orto, s1 em ):6,  mas por pouco tempo, pois ainda nesse ano aimperatriz o requer e não mais regressar" a /ortugal. Vagando a diocese de 9ião, a + deaio de )::, é seu titular, mas logo em ):4 é transferido para Osma, onde faleceu a+M de evereiro de ):*. oi sepultado no convento dos Hominicanos de $randa. H./edro da &osta foi generoso na diocese. /roveu muitas igre!as paroquiais pobres de

    c"lices de prata e ornamentos decentes. Hotou a catedral de ricos pontificais, queserviram ainda no tempo de H. %odrigo da &un'a. ez obras no paço episcopal eaumentou as rendas do cabido. =e nestes locais não restam obras, é possível atribuir;l'eo claustro de >ustelo, de arquitectura quin'entista. $ roda de naval'as do martírio de=anta &atarina, emblema do bispo, encontra;se na padieira de duas casas da %ua daslores, aberta nessa época, onde vivia Hiogo de &astil'o, a trabal'ar no convento deonc'ique (c). V$=&O0&J9O= P H. /edro-. 1.@. *loresci"ento religioso da diocese: da

     Re)or"a à Restaura23o: $ diocese do /orto vive uma 'ora de crescimento pastoral de):5 a ):4M  e durante o agitado domínio castel'ano passa pelo desenvolvimentoecon1mico e patrimonial, graças a prelados activos ():4M;)*6M-. Berminadas as batal'asentre bispo e cidade com a fiAação de direitos e deveres mtuos, puderam os bispos

    dedicar;se F renovação pastoral.  altasar 7i"po ():5;)::M- , carmelita nascido emoura em )654, estudou em =alamanca e c'egou a ser professor de Beologia na

    )+

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    universidade, então em 9isboa ()).6.):+);+6..):M-.  oi provincial da ordem,confessor da rain'a H. &atarina e confirmado para bispo do /orto em ): de 0ovembrode ):*.  Boma posse em $bril de ):5.  Jntretanto, é seu vig"rio;geral /edro de>elliago. 9ançou a primeira pedra do &onvento de =anto $gostin'o da =erra do /ilar (+4 de $gosto de ):4-.  /ela visita feita F diocese em ):4,  verificou o estado

    lament"vel de muitas par1quias sem p"roco residente, mas entregues a vig"rios anuais, aquem era dada uma recompensa miser"vel, obrigando;os a viver de outros trabal'os não pr1prios para o ministério. O bispo toma medidasL decreta que os p"rocos governem pessoalmente as suas par1quias ou d@em aos vig"rios uma remuneração !usta. O cleroreagiu e apelou para o papa, mas o "rbitro, cardeal infante H. $fonso, e o pr1prio papa,decidiram a favor de >altasar 9impo (breve /regis nobis credidi, ).+.):3-. /romoveuo sínodo em ):6M e reformou as constituiçraga. O bispo pedia dispensa de>raga e, desgostoso, queria resignar do /orto ( de =etembro de 15@18. H. #oão III, em):6+, nomeia auAiliar para o !ulgamento dos feitos da Inquisição, que teria vida muitoefémera. Ema carta do rei ao bispo, datada de M de #un'o de ):6), institui o Bribunal.Jm $gosto de ):6) H. #oão III, para a!udar o bispo, mandou ao /orto, como inquisidor,o protonot"rio licenciado #orge %odrigues para aí estabelecer o =anto Oficio. Jramtambém membros o provisor de >raga, Hr. 7aspar de &arval'o, e o prior da colegiadade 7uimarães, o bac'arel 7omes $fonso. Jm Outubro, o Bribunal funcionava. $s

     pousadas do inquisidor eram na %ua &'ã, com audi@ncias di"rias. 0a %ua Jscurasituava;se o c"rcere dos 'omens, a partir de ):66, com o promotor de !ustiça H. #oão de$velar. O c1nego iguel de $zevedo era not"rio, ernão de $zevedo, ministro,=ebastião 7onçalves, o solicitador, e #orge reire, o escrivão. $pesar de constar que onico auto;de;fé foi a )) de evereiro de ):6,  celebrado na /orta do =ol, nãocorresponde F verdade. Qouve, de facto, dois e no &ampo do Olival, &ordoaria actual.O !" referido e outro, em +5 de $bril de ):66.  =egundo erreira, os penitentes do

     primeiro eram 56L quatro foram queimados vivos, +) em est"tua, ):  condenados a prisão perpétua e 6 a c"rcere tempor"rio. =eria eAtinto o Bribunal por /aulo III, a )* de#ul'o de ):65, e os processos passaram a depender de &oimbra. &onservam;se )))

     processos referentes aos anos de ):6);):6* (c). >$IXO  P $ InquisiçãoR %JIB$=  P amiliaresR J$ ; $ Inquisição-. >altasar 9impo deslocou;se ao &oncílio de Brento

    (fim de ):6*;):63-, tomou parte nas seAta () de #aneiro-, sétima ( de arço- e oitavasessaltasar 9impo não assistiu, porque alin'ou com osJspan'1is na recusa do novo lugar. $lgum tempo de perman@ncia em Brento vitimouum dos criados, atingido pela peste, e o bispo retirou;se para Veneza e depois foi para>olon'a por ordem do rei. as não 'ouve mais condiçolon'a eassistiu F congregação geral de +4 de 0ovembro de ):65. Duando se ps a questão do

    )

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    regresso a Brento, o parecer do bispo do /orto foi diferenteL os prelados estavam prontos para ir para Brento, mas impondo as condiçolon'a. Jspal'ou;se a notícia de por isso ter fal'ado o título de cardeal para o bispo do/orto. $ssume, no entanto, novas posiçolon'a e, devido Freacção, H. >altasar retira;se para errara e a seguir para /"dua. Jscreve ao rei, pedindo

    diocese para regressar. Jm Veneza recebe a resposta do rei e o convite do papa paracolaborar na %eforma da Igre!a. as nada avançava. $ vacKncia da arquidiocese de>raga f";lo vir assumir essa diocese de )::M a )::4 () de arço- e !az sepultado na=é. =ucede;l'e D. Rodrigo Pin$eiro ()::+;):5+-. &onverte um espaço campestre emsumptuosa quinta de recreio (=anta &ruz do >ispo-, acrescenta a ab1bada de pedra aotransepto e arco cruzeiro da catedral, d" eAecução Fs determinaçraga de ):**.  D. (ires da 9ilva ():56;):54-,antes reitor na Eniversidade de &oimbra, não tem tempo para deiAar grandes marcas,envolvido que foi na aventura de $lc"cer Duibir. 9" faleceu com H. =ebastião e para aítin'a encamin'ado importantes recursos financeiros, que faltariam F diocese. ais

     breve ainda foi o conturbado pastoreio de 9i"3o de 9á Pereira ():4M;):4)-, abalado

     pelas resist@ncias do prior do carto F invasão espan'ola. Hescendente de ilustre famíliade &oimbra, doutor em &Knones, eA;deputado da inquisição de &oimbra e de 9isboa, étransferido da =é de 9amego para o /orto, onde apenas é pastor de ++ de aio de ):4Ma )) de $bril de ):4), data da morte em Bomar, onde participa nas cortes. Bem uma

     posição política que %ibeiro da =ilva estudou. Jra inimigo do /rior do &rato e buscourefgio !unto do bispo de Bui quando a cidade foi ocupada por H. $nt1nio. Jscreveumesmo ao conde de >enavente a pedir intervenção militar e ao rei, a ) de Hezembro de):4M, a manifestar a alegria e indiscutível aceitação por ter ilipe II como rei e sen'or.as denuncia os eAcessos do general =anc'o de 8vila que tomou o paço, transformadoem messe de oficiais, e prosseguiu uma Nocupação veAat1ria e prolongada (c). =I9V$,. %ibeiro da P O bispo do Porto e os sucessos político%"ilitares de 156A.  /orto, )34+,

     p. +3-. $poiou a causa castel'ana, mas foi vítima das tropas prepotentes e imorais docandidato apoiado (ver também /I0BO, #. $. P  ( ca"pan$a de 9anc$o de vila e"

     persegui23o do Prior do Crato: (lguns docu"entos de 9i"ancas co" u" estudo EF./orto, )3:6-.  *rei !arcos de 7isboa  ():4+;):3)-, ranciscano e cronista da ordem

     procedeu F divisão da cidade do /orto em quatro par1quias ():4-, construiu a &apelade 0ossa =en'ora da =ade ('o!e =ão Vicente-, com cripta para panteão, mandouconstruir uma casa c'amada do cabido, mandou vir uma armação de landres para acatedral, novos antifon"rios e ordenou a construção da quinta do prado como casa decampo ('o!e cemitério /rado de %epouso-. 9evou a cabo reformas, através deconstituiçeneditinos. Hestacou;se

     pela liberdade para com aos pobres principalmente por ocasião da peste ()::4;)*MM- einvasão de gafan'otos, sobretudo nas regi

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    desentendido com os procuradores sinodais. Jm )*): a %elação do /orto F pena dodesterro do país, por não ter aceite uma sentença em que o obrigava a aceitar acolocação de um padre para andin'ães (arco de &anaveses-, cu!o padroado pertenciaF &asa de arialva. H. %odrigo da &un'a ()*)3;)*+5-, vindo de /ortalegre foi escritor fecundo e publicou em )*+ o Catálogo e $ist#ria dos bispos do Porto, auAiliado por 

    /antaleão de =eabra e =ousa. Obra pioneira mas sem visão crítica da 'ist1ria,influenciado pelas cr1nicas. $inda no /orto escreveu o coment"rio F parte do Hecretode 7raciano, publicado !" em >raga ()*+*-. $ diocese tin'a )6 freguesias e )): não

     possuíam capelas. %efere )+ capelas dedicadas a 0ossa =en'ora, +5 a &risto e +56 asantos (&E0Q$  P Catálogo-.  *rei o3o de &alladares ()*+5;)*:-, eremita de =anto$gostin'o, vem de iranda. 0o seu governo iniciou;se o altar de prata da =é, cresceu oconvento de =ão #oão 0ovo. 0as diferentes visitas pastorais teria crismado mais de +MMMMM pessoas. É c'amado o oisés portuense pela suposta intervenção no caso dosimplicados no motim das maçarocas, como reacção aos impostos reais de Jspan'a./aspar do Rego da *onseca ()**;)*3- quase não parou no /orto e morreu em 9isboaaos * anos, abrindo uma sede vacante que duraria + anos ()*3;)*5)-. 1.5. Da

     Restaura23o ao )inal do século G&???. 7ongas vac'ncias e )o"ento da arte:  0esta longavacKncia, a diocese teve entre os governadores o deão 9uís de =ousa, natural do /orto,que, depois, seria arcebispo de 9isboa e cardeal. Beve v"rios bispos eleitos mas quenunca foram apresentados. Os dois bispos sucessores não puderam entregar;se a eficazdinamismo pastoral. Hicolau !onteiro ()*5);)*5+-, nobre, natural do /orto (*.)+.):4)-foi representante do rei de /ortugal para conseguir do papa a resolução do problema daconfirmação dos bispos. &omo resultado desta cansativa missão deiAou algumas obras.O prior da colegiada de &edofeita é eleito, com noventa anos, para o /orto e faleceu noano seguinte (+M.)+.)*5+-, cansado pela enorme quantidade de crismas e ordenaç

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    ()5)5;)56)-, motivada pelas pretens

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    de &lemente 2IV, de )M de #ul'o de )55). $ razão invocada de eAtensão Ndisforme do bispado era, no momento, incongruente e com peso político incapaz de ser sustentado pelo nico bispo rei In"cio de =ão &aetano, que nunca regeu pessoalmente a diocese.Jm )) de Hezembro de )554 seria novamente incorporada no /orto. O car"cter efémerode soluçraga com energia e firmeza até ser ordenado para bispo de iranda ()5:4-, que passaria, então, para >ragança. =eria por doze anos bispo decidido. $presentado para o/orto pelo rei em : de arço de )55M, deu entrada pblica a 6 de 0ovembro. $ + deaio de )55) faleceu e foi sepultado no &onvento de =ão Homingos no /orto,demolido no século 2I2. Os restos mortais foram trasladados para a catedral e o tmulodesapareceu. oi pregador e deiAou dois sermelém, onde viveu a eAperi@ncia do terramoto e reparou os danos. oi eleitogeral da congregação por duas vezes. 0o segundo triénio foi apresentado bispo de

    /in'el e logo transferido para o /orto a +5.:.)55). oi ordenado em 9isboa a)M.)).)55). $ + de evereiro de )55+ entrou solenemente saindo da capela;fronteira de

     0ossa =en'ora de $gosto ($ssunção-. &ompetiu;l'e dar eAecução ao breve de&lemente 2IV que eAtinguia os #esuítas. O &olégio de =ão 9ourenço foi comprado

     pelos Jremitas Hescalços de =anto $gostin'o ()553-. andou edificar o ma!estoso paço episcopal corno testemun'a da grandeza familiar e pompa do tempo. icou por concluir. É recordado como amigo do clero e dos pobres. Bambém é obra sua a casa dac'"ara eclesiástica, !unto ao paço, audit#rio, e a rica livraria da "itra. Jmpen'ou;seem avultadas despesas na Duinta do /rado, em =anta &ruz e em /enafiel. aleceu, a *de #un'o de )53, no paço, e foi sepultado na sé. 0ovamente a sé estaria provida por tempo breveL D. 7ouren2o Correia de 9á ()53*;)534- foi indicado ao cabido, por cartarégia, como vig"rio;capitular e governador a )M.+.)53+. #" a + de Outubro de )53eApedia uma provisão a todo o bispado. Vivia em 9isboa, mas a família estava no /orto.=eria bispo da diocese a partir da posse, a )3 de arço de )53*. Jntrou solenemente aM de Outubro de )53*. &umpria os seus deveres pastorais. Jstava a visitar a diocese,em esão rio, quando foi surpreendido por uma doença grave que o vitimou, com :5anos (*.*.)534-. oi sepultado em campa rasa na &apela de 0ossa =en'ora das Hores,no convento do Varato!o (paroquial de =anta &ristina-. 1.J. ( diocese portucalense na

     -poca Conte"por'nea: O cartuAo D. (nt#nio 93o osé e Castro ()533;)4)6-, eleito a) de #un'o de )534, s1 d" entrada a )3 de =etembro de )4M+, governando através do

     provisor c1nego Hr. anuel 9opes 9oureiro, abade resignat"rio de =ão #oão do 7rilo

    (>aião-. esmo ausente, providenciou pela fundação do semin"rio, na Duinta do /rado,e procedeu F sua instituição em )4M6. O principal problema a enfrentar ser" o dasInvas

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    desagrado fazia crescer a sensibilidade de uma con!ura. O plpito foi o lugar para incitar F rebelião que irrompeu em #un'o de )4M4. Obtida a anu@ncia do vig"rio;geral, namadrugada de )3 de #un'o, o capitão ariz dirige;se ao paço. =ai o bispo para a sé, rezae toma a palavra com energia para incentivar F defesa da nação unida ao trono e aosantu"rio ( ?bide",  p. +M-. Duando vai con'ecendo os comportamentos indignos dos

    invasores, o bispo muda de tom na carta pastoral de )6.5.)4M4, organiza a resist@ncia efaz instalar militarmente um corpo eclesi"stico (*MM clérigos-. &omo membro dareg@ncia do reino comandar" a defesa do /orto na segunda invasão de )4M3. 0ão aceitaas propostas de capitulação de =oult porque espera auAílio dos Ingleses. as osinvasores avançam e tomam as baterias da entrada da cidade em +3 de arço. O bisporetirou;se, na véspera, para a serra do /ilar e daí para 9isboa. O desastre da /onte das>arcas e o domínio franc@s no /orto por 6: dias ser" dura prova. $ defesa das críticasao bispo foi feita por erreira ( !e"#rias, vol. +, p. 6));6)4-. $ )+ de aio o eAércitode YellesleZ consegue libertar a cidade. $ =é do /orto foi declarada impedida, pelocabido, até + de #un'o de )4M3. oi compilado um invent"rio dos bens do paço,também em )4M3. O bispo, nomeado para patriarca de 9isboa, mas nunca confirmado,

    escol'eu como provisor o Hr. Beodoro /into &oel'o de oura, vig"rio;geral de/enafiel, abade resignat"rio de =ão 0icolau e beneficiado da colegiada de =ão /edro deerreira. Duando o bispo faleceu, a ) de $bril de )4)6, o provisor foi eleito vig"riocapitular. O bispo foi sepultado na &artuAa de 9aveiras e o cabido do /orto pagou asdespesas. 0ascer" a unta Provisional do /overno 9upre"o presidida pelo bispo, tendo

     por vogais o provisor, anuel 9opes 9oureiro, e o vig"rio;geral, #osé Hias de Oliveira.Jm =anto Ovídio o povo recebe armas. 0a distribuição de muniçarros e rei #oão =oares, os franciscanos rei#oão /edro de =anto %osa, rei $nt1nio #oaquim de 0ossa =en'ora dos $n!os e rei#oão de 0ossa =en'ora do 9ivramento. ormam;se dois esquadriblioteca unicipal do /orto. Jra também coleccionador de moedas,conseguindo um rico Nmedal'eiro e algumas pinturas de merecimento. &ontinuou asobras no semin"rio que viria a ser destruído por inc@ndio no cerco do /orto ()4+;)46-. >ispo em momento de alteração política, viu atenuado o seu esforço para

    con'ecer bem as par1quias da diocese. andou organizar um Bombo 7eral das Igre!asdo >ispado, com rendimentos, população, nmero de casas, oragos, data de construção

    )4

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    da igre!a. $ lista do clero, realizada em )4++ e conservada no $rquivo da $ssembleia da%epblica, foi estudada por ernando de =ousa (O clero da diocese8. Qavia 6)freguesias com população de 6* MMM 'abitantes e )634 padres, sendo 15A  !"incapacitados. $ cidade do /orto, com *M MMM 'abitantes, contava com +6 presbíter s distribuídos por sete freguesias. 0as comarcas 'avia a seguinte distribuição par1quias

    ;padre aia (5+;+*-, /enafiel ()M);63-, =obretKmega (5);+4*- e eira (3M;46-. $média geral de padre por 'abitante, no total da diocese, era de +*M pessoas. O clerosecular é Neminentemente rural (=OE=$ P O clero, p. +6*- e idoso, com uma média de:+ anos e s1 )4 [ tem menos de 6M anos. /ara os benefícios e canonicatos da sé são

     providos familiares de c1negos ou bispos, fidalgos da &asa %eal e clérigos da média burguesia e pequena nobreza rural. Os candidatos ao presbiterado, pela documentaçãodos processos eAistentes ()56: a )4+*-, são 55 [ oriundos de famílias rurais(lavradores-, de negociantes, todos da cidade do /orto e de meios com certa condiçãosocial. Bais dados permitem concluir que em finais do século 2VIII e princípios doséculo 2I2 a maioria do clero secular provin'a da pequena e média burguesia e da

     burguesia nobilitada, como uma forma de 'onrar a família. Os descendentes da nobreza

    ocupam os lugares mais rent"veis. Hos )+3: padres de que ernando de =ousaconseguiu apurar a proveni@ncia geogr"fica, 3M+ eAercem o ministério nas par1quias deorigemR +3: são naturais do bispado e eAercem o serviço pastoral na proAimidade daterra natal e s1 34 são de fora da diocese. Q" dois grandes gruposL os p"rocos (6)- e osclérigos não paroquiais. Hentro dos p"rocos distinguem;se os abades e priores ():M- querecebem directamente os clérigosR os reitores (5+-, vig"rios (+3- e curas (3M- com umacngrua fiAa, que particularmente aos ltimos não permite viver condignamente. 0orendimento do p"roco entram o passal, as primícias, o pé de altar ou benesses e umcon!unto de ofertas, segundo os usos de cada igre!a. $os que não eram p"rocos restava;l'es o posto de coad!utor, com gratificação ocasional e por serviços prestados () em)4++-. $ grande maioria eram pobres curas ()MM3-. $lém dos p"rocos 'avia :5eclesi"sticos que integravam o cabido e a colegiada de &edofeita. Informação sobrerendimentos anuais s1 eAistem para a comarca de /enafiel, em )4+:. &om renda inferior a )MM MMM réis são 6 [, quase todos vig"rios e curas. $cima dos *MM MMM réis '" 6abades na comarca P $9JIH$, $. de P Hescrição 'ist1rica e topogr"fica da cidade de/enafiel. 0ist#ria e "e"#rias da: (cade"ia Real das 9ciencias. )ML + ()4M- 3;)M:.&erca de +4 [ do clero secular do bispado aufere rendimentos de professores ()6 das

     primeiras letras, )M de 7ram"tica 9atina, dois de %et1rica e um de ilosofia-, capelãesde missa e capelães de pescadores (sete em Ovar e um na urtosa-, assist@ncia em'ospitais, iseric1rdias, conventos, recol'imentos e quartéis. 0os finais do século2VIII (por )536-, a norte do Houro o nmero de presbíteros era de ):*6. $penas no

    /orto, nessas décadas de )536;)4++, o nmero de eclesi"sticos baiAou de 6*4 para +6.Qouve nesta época uma redução de presbíteros e um claro envel'ecimento. Jm )4++eAistem no bispado )53 candidatos ao sacerd1cio ())4 minoristas, +* subdi"conos e :di"conos-. Jm carta pastoral de +* de arço de )4+), o bispo esclarece os p"rocossobre a nova forma de governo no país, considerando que não é ofensa F religião, F féou F santidade. az cerrada e documentada argumentação sobre a necessidade dareligião para a subsist@ncia da civilização. Hemonstra con'ecer o percurso 'ist1rico dasv"rias religi

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     pela mudança e eAorta F festa em todas as comunidades. Jm cartas sucessivas, tratandodo !e!um e abstin@ncia ()M de arço de )4+6 e ) de evereiro de )4M-, aproveita parafazer refer@ncias ao regime dos Nlibertinos e incendi"rios rebeldes e aconsel'ar obedi@ncia a H. iguel. #" na pastoral de )+ de #ul'o de )4+4 se manifestavaclaramente miguelista e iludia;se na firmeza da nova situação. O clima era tenso e nem

    todos os clérigos estavam do mesmo lado. /or participarem na revolta de )* de aio de)4+* os liberais foram castigados, por sentença de $bril de )4+3. $lguns forameAecutados, outros condenados a ser açoitados e degredados. Jntre eles, o padre anuel%odrigues >raga, da &ongregação do Orat1rio, rei #oão de =anta %ita >arca,franciscano ordin"rio da Ordem Berceira, rei austino de =ão 7ualberto, agostin'odescalço conventual do &olégio de =ão 9ourenço (J%%JI%$  P  !e"#rias, vol. +, p.6:5;6:4-. $ + de #un'o de )4+, o bispo escreve outra carta. $pela F penit@ncia e Foração pela epidemia que grassava e critica severamente o liberalismoG, nova ordemc'eia de males, para a qual previne os ministros e fiéis. az o elogio de H. iguel, emafirmativa fidelidade miguelista. 0ão se estran'a que, com a c'egada de H. /edro ao/orto, o bispo deiAasse a cidade (4.5.)4+-, acompan'ado do secret"rio, c1nego anuel

    %odrigues do %os"rio, e do provisor, c1nego >ento de ena alcão, para =anta ariade Oliveira (esão rio-, donde governou o bispado. $ b@nção dos 1leos de Duinta;eira =anta de )4 realizou;a na Igre!a de =anta &ruz dos 91ios (9amego-. O bisporesidiu em $rneir1s, onde faleceu em )4. oi sepultado na capela;mor da =é de9amego. /or morte de $velar o cabido do /orto devia eleger vig"rio capitular, mas ocerco da cidade não o permitia. O deão Hr. $nt1nio 0avarro de $ndrade, que residia em9ordelo (/aredes-, convocou os c1negos dispersos para /enafiel, a ) de #un'o. as eratarde. O cabido de >raga, por insinuação de H. iguel, tin'a eleito vig"rio capitular oHr. #osé de rança de &astro e oura, vig"rio;geral da comarca de /enafiel e ec1nomos>ento de ena alcão e &orreia 7odin'o, c1negos da =é do /orto. O cabido do /orto

     protestou, mas concordou. $té $bril de )46 o Hr. #osé de rança eAercitou a !urisdiçãoordin"ria em todo o bispado, eAcepto na cidade do /orto. Ocupada a cidade de /enafiel

     por liberais, retirou;se para >oel'e onde esteve alguns meses até regressar a /enafiel, permanecendo aí até F morte, em +6 de Outubro de )43 (J%%JI%$ P !e"#rias, vol. +, p. 64)-. O abandono da cidade por agal'ães e $velar bastou para que H. /edronomeasse governador do bispado o agostin'o liberal, natural de >aguim do onte eresidente no convento da ormiga, *rei !anuel de 9anta ?n

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    cedeu na venda F cKmara da Duinta do /adrão da itra, apesar da oposição inicial (cartade lei, :..)43-. oi na b@nção c'uvosa deste cemitério que adoeceu e viria a falecer a+6.).)46M, sendo sepultado na 9apa, ap1s grande confusão e pKnico nos funerais,decorridos na sé (para mais informaçraga, bac'arel em &Knones e c1nego da =é de >raga, eA;abadede onte >oa (Jsposende- e eA;vig"rio capitular de 9amego ().4.)4: a )3.3.)4*-. Jinsinuado para vig"rio capitular e assume funçarbosa de Dueir1s,abade de &anidelo (Vila do &onde-. Jsta função s1 terminaria em )46, momento emque o papa agradece os seus serviços ()3.*.)46-. 0ão obstante a situação irregular de

     bispo eleito, &osta %ebelo consegue a benevol@ncia dos /ortuenses com a escol'a dosecret"rio tripeiro, Hr. #osé &orreia, doutorado em Beologia (3.5.)4+M-. =ão medidas

     bem recebidasL a integração de todos os p"rocos e c1negos afastados (portaria de

    )6.)+.)43, ).5.)46M, )*.5.)46M-R a pastoral sobre a primeira comun'ão das crianças():..)46M-R a abertura das cadeiras de Beologia para aplicar as leis de instrução. Hivide,em aio de )46M, as quatro comarcas da diocese em distritosL aia (-, eira (6-,/enafiel (:- e =obretKmega (-. %egulamenta as palestras semanais para formação doclero (++.M3.)46M-. Jmana importante pastoral sobre o matrim1nio (5.).)46)-. $ ) de#un'o de )46) anunciava;se o reatar das relaç

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    diversasL /orto e 7aiaL )) par1quias, *) 5:+ 'abitantes, ):: padres, com rendimentogeral de : M:: MMi réis. $ eira, com 43 par1quias, )+5 5+: 'abitantes, tin'a M: padrese rendia ++5M5:M3 réisR a aiaL 5) par1quias, :* *4* 'abitantes, ):3 padres, rendia)*6MM+) réisR /enafiel 3: par1quias, 5* M3M 'abitantes, +6: padres, rendia um total de)5 *M: 4:: réisR e finalmente =obretKmega, *4 par1quias, *) M*4 'abitantes, )54 padres

    e )+ 4MM 36 réis de rendimentos (c). ( 7!(H(K  8. Viveu dos rendimentos pastorais doantecessor e repetiu as suas orientaç

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    6M anos seria voz firme dos cat1licos. O apoio ao papado em época de dificuldadesuscitava tumultos pblicos F porta da sé, quando se celebrava o Ie Deu" no anivers"rioda eleição, promovidos pelo anticlerical  Diário da Iarde. $tento ao crescimento decomunidades protestantes, implantadas desde )4** e com redobrada vitalidade, publicauma longa pastoral sobre o protestantismo (M.3.)454- no estilo da épocaL vigoroso na

    defesa da fé, polémico no combate teol1gico, sem demonstrar agressividade (v.$/O9O7ÉBI&$-. Jsta pastoral ser" ocasião para uma polémica com intervenç

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    )3)4-. &'egaram ecos dos incans"veis trabal'os na missão do &ongo, das not"veisconfer@ncias, reveladores da capacidade de ol'ar os problemas com realismo descritivoe eficaz rasgo de soluçarroso em oçambique ()43+;)435-. 0u"anisticae teologia. ): ()336- +3;:). Jste audaz espírito mission"rio atira;o para Oriente

    corno bispo de eliapor na ]ndia ()435;)433-. $í é surpreendido pela eleição para o/orto. Hepois de v"rias 'ip1teses (ver $TJVJHO P Jscritos, p. ++4-, é confirmado a )*de #un'o de )433. $ pastoral de saudação é datada de 9isboa (+5 de #ul'o-. 0estedocumento program"tico promete N(firmeza e constKncia na fé, alívio da miséria dosque sofrem. Jsperava;o um serviço pastoral pleno de tribulaç

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    adaptar os serviços diocesanos ao &1digo de Hireito &an1nico ()3)5-. Heu novosestatutos ao semin"rio, reformou a cria, insistiu nos eAercícios pastorais do cloro oestabeleceu as confer@ncias eclesi"sticas obrigat1rias, renovou a congregação dedoutrina cristã e publicou pastoral sobre o ensino religioso, mandou realizar um

     Relat#rio do "ovi"ento religioso, correspondente a )3++;)3+, que foi publicado em

    )3+6. undou o seman"rio  ( &o= do Pastor ()3+)-. /ublicou uma pastoral sobre adevoção e consagrou =agrado &oração de #esus ()*.*.)3+6-. &riou novas par1quias,correspondentes ao desenvolvimento da cidade. Duando sentiu diminuir as forças pediuum coad!utor. $ + de #un'o de )3+4 vem H. $nt1nio $ugusto de &astro eireles, parao assistir nos ltimos momentos (+) de #un'o de )3+3-, no /aço da Borre da arca.Hepois das eAéquias na sé foi sepultado na sua terra natal. >arbosa 9eão tin'a pregaçãode estilo directo, popular, resultado da sua eAperi@ncia paroquial. Jm 'oras dedemagogia manteve a firmeza vertical de um lutador prudente e sereno. Bambém naturalda diocese (>oim;9ousada, ).4.)44:- e igualmente fil'o de lavradores propriet"rios o

     D. (nt#nio (ugusto de Castro !eireles  ()3+3;)36+-, que foi um lutador, desdeestudante de Beologia ()3M5;)3)M- e Hireito em &oimbra ()3));)3)+-, no plpito, no

    /arlamento onde arrebatava pela fluidez do improviso, pelo calor da eloqu@ncia bril'ante. $o regressar da universidade monta banca de advogado no /orto e assume adirecção do colégio de Jrmesinde. Hemonstra intelig@ncia viva e mem1ria espantosa,revela eloqu@ncia e bondade. Hotes recomend"veis para parlamentar vers"til, quandoeleito deputado pelo círculo de Oliveira de $zeméis. Importava conquistar as liberdadesda Igre!a, a cristianização das leis, o espírito novo na solução dos problemas nacionais./assa ainda por professor do semin"rio ()3+M;)3+- antes de ir para um breve masfecundo e marcante episcopado em $ngra. $dquire 1rgãos de imprensa, criaestabelecimentos de ensino e organiza o centro cat1lico. 0o /orto, logo no papel decoad!utor, visitou a diocese e auscultou as necessidades, acalentando a cruzada dotempo, eApressa na $cção &at1lica. Jm )3M inicia com determinação o seu multiformeapostoladoL o governo inteligente deiAou sinais na reforma dos estudos dos semin"rios,na fundação do =emin"rio de Brancoso, na visita pastoral F diocese, onde deiAa uma

     palavra sedutora que a todos encanta, no impulso F construção de resid@ncias paroquiais, na promoção da catequese, da $cção &at1lica e retiros, da pastoral !uvenil eno interesse pelos problemas dos oper"rios, pela visita aos presos, na salvaguarda dadisciplina e combate F superstição ;  7u"en. ) ()35- :);:. $ : de Outubro mandava

     publicar uma provisão relativa F guerra, Ntremenda 'ora de Nprovação. &onsciente daNcumplicidade de todos, por causa do pecado, pede espírito cristão na oração por todos, vítimas e inocentes. $pela F Nunião sagrada F volta dos nossos governantes paraque tomem decis

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     7u"en. 4 ()366- )+:;)+*. O desagravo F mem1ria do bispo é também recon'ecido a ++de 0ovembro de )36 pelo padre Erbano %odrigues Valente, de =alreu, autor do fol'etoN$nos de /erdição, sob pseud1nimo de Hona &lotilde Tarcão. 0este escrito manc'avaa reputação do bispo sem l'e referir o nome. $ causa esteve no afastamento das funçranco ()364;)3:+-, reveladores de um apostolado de intelig@nciae vontade forte, ir" desde logo sentir a necessidade de Nrecristianizar o /ortugalcristão. &onsciente de que não basta o sentimento religioso cat1lico, mas éfundamental a teologia cristã, pensa que Nos destinos da 'umanidade t@m de ser decididos em função de uma teologia. O futuro eAige camin'os Natravés de formas decristandade ainda não pensadas e porventura ainda mesmo impens"veis. Hese!a que o/orto marque posição neste camin'o novo fiel F sua tradição, como Nponto de partidadas grandes arrancadas que t@m feito 'ist1ria em /ortugal P  7u"en. )5 ()3:- )MM;)M). J nesta direcção que vai seguir, por eAemplo na eAortação pastoral sobre o anomariano P  7u"en. )4 ()3:6- ))+;))*. %ecomenda aí o estudo da teologia marial,verdadeira fonte de piedade sincera. 0a provisão sobre os estip@ndios da missa P 

     7u"en. +)()3:5- 3;34 P critica frontalmente os abusos e estabelece normas claras.He )3:+ a )3:4 o bispo do /orto notabilizou;seL pela atenção F miséria social do povo

    +*

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     portugu@s, pela crítica do corporativismo do Jstado e pela eAig@ncia da livre eApressãodo pensamento e da acção política (célebres discursos aos !ornalistas, no dia de =ãorancisco de =ales-. O seu magistério não se circunscreve F porção diocesana, $quandodas eleiç

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    mudança eclesial, teve de tomar decis

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    com base em vig"rios e delegados episcopais. =ucessivamente foram nomeadosL H. #osé$ugusto /edreira ().)+.)34+-, ao serviço a partir de arço de )34R H. #oão irandaBeiAeira ().:.)34-, que entrou na função em $gostoR H. anuel /elino Homingues()3.)+.)345-, que iniciou o ministério na diocese em arço e H. 7ilberto Hélio7onçalves &anavarro dos %eis, nomeado em )*.)).)344 e ao serviço a partir de arço,

    que, de certo modo, substituía o lugar deiAado pela morte de H. Homingos de /in'o>randão. J com a a!uda desta qualificada equipa que publica, em )33), as Orienta2Nesdiocesanas de pastoral, documento basilar, equivalente Fs antigas Constitui2Nes. H.#lio, a +6 de 0ovembro de )34:, revelava em )) t1picos os seus ob!ectivos priorit"rios

     para a renovação da Igre!a no /orto, tendo em conta as situaç%$7$- nesta obra (vol. ), p.+5;+4-, privilegiaram a condenação de erros doutrinais e a elevação espiritual declérigos e leigos, pela correcção de pr"ticas e favorecimento na virtude. Bambém osconcílios de Boledo se aplicavam Fs dioceses da 7alécia e permitiram dinamizar aIgre!a, no trabal'o de mudança mental e religiosa das populaç

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    &ada diocese adoptaria as medidas e observaç

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     beneficiado, ao assumir a cura de almas, deve no acto de colação fazer !uramento deobservar a resid@ncia. /ara dar efici@ncia F regra parroso. /retende transmitir as determinaç

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     Paroc$ial, 1rgão da Enião &at1lica ()4.*.)3)*;)3)3-. =er" o 1rgão oficioso da diocese.Beve como director o c1nego $nt1nio >ernardo da =ilva ()3+);)3+-, padre #oaquim/into da &osta ().4.)3+;)3:6-,  padre Homingos de Oliveira &osta aia ()3:6;)3*3-.Heu lugar F &o= Portucalense desde #aneiro de )35M até 'o!e. $ criação da revista

     7u"en, em )3*, levou F supressão dos boletins diocesanos para nesse 1rgão nacional

    incluir a sua informação e documentação. $os poucos, cada diocese recon'eceu anecessidade de um boletim oficial. Duando H. $nt1nio erreira 7omes regressa doeAílio dese!a lançar na vida diocesana o estilo conciliar, com um pro!ecto de renovaçãode meios. Duer o seman"rio &o= Portucalense, quer a ?gre>a Portucalense ()35M;)346-

     pretendiam promover a positividade, cultivar um espírito aberto ao mundo, formar nafidelidade ao tempo e dar uma imagem séria e credível da Igre!a. Jste boletim  ?gre>a

     Portucalense é considerado como Nrenascença e continuação do anterior  oleti".Hestinava;se a arquivar documentação, veicular informação e formação pastoral, ser f1rum de di"logo diocesano. O primeiro nmero sai em Outubro;Hezembro de )35M,sendo director o c1nego Hr. anuel da =ilva artins. =egue;se o c1nego Hr. =erafim=ousa erreira e =ilva, a partir da nomeação do bispo de =etbal (n.? 5, 0ovembro;

    Hezembro de )35*-. O c'efe de redacção é o padre JloZ $lmeida /in'o P )36);)33R a partir do n.? :) (#ul'o;$gosto de )353 P dirige o  oleti" H. Homingos de /in'o>randão ()3+M;)344-. =alta evidente a riqueza magisterial do bispo H. $nt1nio e umanova percepção das relaçraga é atribuída pelo  7iber  *idei ao rei iro (:*3;:4+-, embora os documentos se!am de redacção posterior (&O=B$ P O bispo, p. +6*, +5+-. Os limites da diocese do /orto tiveram, efectivamente,'ist1ria atribulada. &om a restauração do bispado em ))) (O9IVJI%$ P Os bispos, p.)*)- ou )))6 (J%%JI%$ P  !e"#rias, vol. ), p. ):)- vai abrir;se uma longa disputa daterra de =anta aria, entre /orto e &oimbra. Jsta região é atribuída a &oimbra por bulade /ascoal II, de +6 de arço de ))+) (H$VIH P -tudes, p. 5)-. $ reunião efectuada emM de Hezembro de )))6 não é determinante. =1 a ida a %oma de H. Qugo convence o

     papa /ascoal da situação pintada com eAagero. &onsegue os Nantigos limites dadiocese, referidos na documentação coevaL da foz do rio $ve até ao VizelaR daí até/ombeiro, arão, rio >anduge, descendo o curso do &orgo até ao rio Houro. $s

    fronteiras foram realmente as terras de %efo!os, $guiar, einedo, 7ouveia, >aião, e/enaguião como pertencentes F diocese do /orto. 0o =ul até ao rio $ntuã. =1 com

    +

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    #ulião ernandes, em )+:, se retiravam a &oimbra as terras entre Houro e $ntuã. 0oano seguinte volta a %oma e obtém a bula  (postolicae 9edis ()+.6.)))*-, aneAando9amego ao /orto, bula que seria revogada ()4.*.)))*-. O bispo de &oimbra, H.7onçalo, pasto-, arin'a (Vilar de erreiros, ondim de >asto-, arãoR doarão ao rio &ampeã até ao &orgo e HouroR a sulL foz do rio $rda, ontes de eda e

     0abal (entre Jscariz e &'ave-, rio $ntuã até ao mar (Censual do cabido, p. 6-. esmoassim a polémica questão vai prosseguir. 9ogo a +:  de $gosto de ))+), o &oncílio de=a'agn regressa F decisão de >urgos, a favor de &oimbra. V"rios documentos

     pontifícios de ) )34 e )+6: pretendem que o /orto restitua a &oimbra a terra de =antaaria, mas aparece incorporada no /orto. $ questão s1 ser" definitivamente definida

    com a >ula  provisionis nostrae de )+.3.)+:, concedida a H. #ulião ernandes. Jmrelação a >raga a delimitação de fronteiras vai ser mais alongada ainda. 0os princípiosdo século 2III o bispo H. artin'o %odrigues ())3);)+:- e os seus sucessoresreclamam as igre!as e mosteiros que começam em >urgães e vão pelo mosteiro de/ombeiro até ao rio BKmega (Censual do cabido, p. 4-. >raga ignora os v"rios rescritos

     papais e mantém a posse de freguesias que a documentação não !ustificava serem suas.Jm ):6+ (=$0BO=  ; O censual,  p. +3- a lin'a de demarcação eraL rio &orgo e rio>anduge, norte das par1quias de =ever, ontes, =edielos, BeiAeira, 9oivos do onte,=ão =imão de 7ouveia, #azente, 9omba até ao &ovelo. Hescia pela margem esquerda doBKmega até =anta aria =obre;o;BKmega e daqui até ao $ve, incluindo &onstance,&asteleduído, $vanca, $lbergaria;a;Vel'a, Jstarre!a eurtosa. .. volu23o das circunscri2Nes ad"inistrativas: $ divisão do bispado emcircunscriçenviver (arco de &anaveses-, >aião, /enaguião. Q" correspond@ncia

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    entre as terras e os arcediagados. H. artin'o de /ires ())4*;))43- vai, dada a escassezde rendimentos, suprimir os arcediagos, aquando da reorganização do cabido. Osarcediagados são reduzidos a benefício, sem peso pastoral e assim entreguesL F mesaepiscopal (=anta aria, >aião e /enaguião-, F mesa capitular (aia e 9ousada-, aodeado ($guiar-, ao mestre;escolado (7ouveia e >emviver-, ao tesourado (%efo!os-.

    ais tarde, alguns viriam a ser restaurados porque os bispos não conseguiam governar  bem e assegurar as funçoim,/ias, $taíde, &astel

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    das novas par1quias em )44+, as provenientes de >raga formam a comarca de ("arante, com quatro distritos, e as de $veiro e 9amego formam a comarca de  (rouca,igualmente com quatro distritos. O /orto deiAa  Penagui3o para 9amego e o respectivodistrito de 9obret'"ega é completado com as freguesias vindas de >raga. He facto, a

     bula de 9eão 2III, /ravissi"u" C$risti cclesia", de M de =etembro de )44), marca

    o nmero de par1quias e os limites das dioceses, devido F supressão pressionada pelogoverno. O cardeal H. $mérico, eAecutor da bula, tem a vantagem de beneficiar dasfreguesias a sul do rio $ve para a diocese portucalense, o que não foi pacífico com H.#oão &ris1stomo de $morim /essoa. O /orto recebeu o que reivindicava desde H.QugoL ) par1quias do concel'o de $marante, todo o concel'o de elgueiras (-, )5 de9ousada, quatro do arco de &anaveses, oito de =anto Birso e sete de /aços de erreira.H. $nt1nio >arroso, em =etembro de )3)*, depois de um  Pro>ecto para a novaorgani=a23o dos distritos eclesiásticos  P  DP. + ()3)5;)3)*- 66;664 P decidesubdividir a diocese em vigararias P  DP. ()3)*;)3)5- ))3;)+6. $ "rea territorialcorresponde, na maioria dos casos, F dos concel'osL $lbergaria;a;Vel'a, $marante (+-,$rouca, >aião, eira (-, &astelo de /aiva, Jstarre!a, elgueiras (-, 7aia (+-,

    7ondomar, 9ousada (+-, =anto Birso (-, Valongo, Vila do &onde (+-, 9ivração,acieira de &ambra, aia, arco (+-, atosin'os, Oliveira de $zeméis, Ovar, /açosde erreira, /aredes (+-, /enafiel (+-. $s par1quias eram 65 e o bispo pretendiaNfacilitar a comunicação dos p"rocos com os respectivos vig"rios e tomar mais f"ceis as

     palestras mensais. Jm )3: P  DP. +) (1458 +6;M P '" pequenas alteraçaguim()3*6.*.*- P 7u"en. +4 ()3*6- J5;JJ P, =en'ora do /orto ()3*5..+- P  7u"en. )()3*5- ) P, =ão /edro de $zevedo, =en'ora da $!uda ()35.).+4-, =en'ora do&alv"rio, &risto %ei ()353-, 0ossa =en'ora da $reosa ()353-, $meal ()34M-. Bambémfora da cidade foram criadasL 9omba (7ondomar-, ornelos (/enaguião- ()**M- e7odim (%égua- no século 2VIR oldes, %ecarei (1655 P 165J8, =ebolido, Jspin'o()443-R e !" no século 22L Borreira ()3+*-, Olo ()3*-, %ibadouro ()3*;)33-,$furada (1458, $ra!o, /adrão da 9égua ()3*6.+.)- P 7u"en. +4 ()3*6- +*4;+*3 P,=ão #oão de Ovar ()3*5. ). )- P 7u"en. ) ()3*5- )6* P, &andal, uradouro e =antoOvídio, &risto %ei de Vergada, &orim, &oimbra Portucalense. + ()35)- 6*

     P e ontiscos ()34M-. .. Cabido e colegiadas: &omo instrumentos fundamentais paracon'ecer o cabido e a sua 'ist1ria contamos com o Censual do cabido da =é do /orto,que é um c1dice g1tico ap1grafo do século 2IV ou 2V, coligido pelo padre #oão da7uarda, raçoeiro do cabido, impresso em )3+6. O ?nventário do cart#rio do, cabido da9é do Porto e dos cart#rios ane+os e o Qndice roteiro dos c$a"ados livros originais docart#rio do cabido da 9é do Porto, organizados por #osé 7aspar de $lmeida (/orto,145;14J8, são preciosos auAílios para as muitas investigaç

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    >raga, onde era deão, organiza o cabido do /orto de modo semel'ante ao seu. &riouquatro dignidadesL deão, c'antre, mestre;escola e tesoureiro. %epartiu com os c1negosos rendimentos e proventos correspondentes a uma terça parte, ficando o bispo comduas partes e o encargo da despesa da sé. O sucessor, porém, H. artin'o %odrigues,tesoureiro do /orto, prefere voltar atr"s e não partil'ar os bens, mas apenas alimentação

    e vestu"rio. $p1s apelo ao arcebispo a separação de bens foi sancionada. $bandonou;sea vida em comum e conservou;se apenas a recitação do ofício, a partir do ano )+MM. H.artin'o /ires ps fim também aos arcediagados, que eram )M, conforme referido.=eriam criados mais tr@s. O arcediagado do /orto, em M de arço de )34, por 7il da$lma, aneAando;l'e as rendas da Igre!a de =anto Birso de einedo, menos )MMmaravedis anuais, que recebia a mitra. O arcediagado de Oliveira do Houro foiinstituído por H. 9uís /ires a 3 de =etembro de )6::. $neAou;l'e as rendas de Oliveirado Houro (7aia- e confiou;l'e a visita Fs igre!as e mosteiros do !ulgado de 7aia. Ocabido passa assim a ter seis dignidades. inalmente veio o arcediagado da %égua. Éinstituído em )63+ por H. #oão de $zevedo, no cabido da catedral, dedicando;l'emetade das rendas da Igre!a de =ão austino, da mesa pontifical. $o cabido uniu as

    igre!as de $zurara e de 8rvore. $ confirmação por bula papal data de + de #aneiro de)63. 0o final de ):6) , H. >altasar 9impo criou mais uma dignidade ao cabidoLarcipreste. Bin'a a obrigação de quando o bispo não benzesse os 1leos na Duinta;eira=anta os trazer doutro bispado F sua custa. $lém das dignidades, foram criados noscabidos dois lugares ou conezias doutorais e magistrais, para doutores ou licenciados daEniversidade de &oimbra, por apresentação régia. Os doutorais eram consultores

     !urídicos do cabido e os magistrais consel'eiros morais. $ divisão de prebendas commais dois titulares e o orgul'o intelectual dos c1negos reagiu a esta determinação.Hesde ):*4  que o /orto teve doutoral, sendo o ltimo o not"vel fundador dadiplom"tica, #oão /edro %ibeiro ()4+M;)43-. O primeiro magistral foi provido em):5M e o ltimo, de )4:5;)444, foi apenas 'onor"rio. O título de deão terminou comBe1filo =alomão &oel'o Vieira de =eabra ()4:M;)3:-. O cabido foi regido por estatutos. O Censual refere;se a este regulamento, mas o teAto primitivo não c'egou atén1s. /elas notícias concluímos que H. Vicente em )+36 regulamentou v"rios assuntos.

     0o tempo de H. #oão de $zevedo ()6*:;)63:- 'ouve também estatutos capitulares.oram confirmados pelo papa em )65+L Nas dignidades deviam ter cursos ou graus,literatura ou artes, e quando faltassem` fossem pessoas nobres. /ara os simplescanonicatos ou meios canonicatos, deviam, ao menos, ler e entender gram"tica latina(c).  /I0BO  P O cabido,  p. )5-. Os primeiros estatutos, com teAto con'ecido, são de#er1nimo de eneses e datam de ):3*. &onstam de 3* capítulos, com toda a minciaeAigida. $lém das dignidades, o cabido era constituído por )+ c1negos, cinco meios;

    c1negos, )M bac'aréis e quatro meios;bac'aréis. Jste pessoal manteve;se, no século2VIII, no tempo de %odrigo da &un'a e de %ebelo da &osta, no século 2VIII. 0areforma da capela;mor da catedral, operada por H. 7onçalo de orais ()*M;)*)5-ficaram cadeiras adequadasL +6 para dignidades e c1negos e +M para bac'aréis e meios;

     bac'aréis. Os estatutos, no entanto, mantiveram;se com alguns aditamentos. 9ogo H.7onçalo de orais acrescentou pormenores relativos ao enterramento do prelado,capitulares e beneficiados da sé, bem como sobre o cerimonial, estipulado por &lementeVIII. Jm )4:) seria publicado regulamento sobre a coraria. Outros pequenos detal'esiam sendo eAplicados. $p1s a instauração da %epblica foi necess"rio proceder Fmudança dos Jstatutos. Jm 4 de Hezembro de )3M, 6M artigos foram aprovados por H.$nt1nio $ugusto de &astro eireles. ant@m;se, ainda, as dignidadesL deão, c'antre,

    tesoureiro;mor, arcediago e arcipreste. Em c1nego deve ser escol'ido teologal e outro penitenci"rio. He facto, pouco depois, as dignidades caíram em desuso. $p1s o II

    *

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    &oncílio do Vaticano procedeu;se a nova revisão dos estatutos para os conformar aonovo &1digo de Hireito &an1nico de )34. oram aprovados por um período de cincoanos, em + de =etembro de )34*, por H. #lio Bavares %ebimbas. &ontudo, ainda 'o!ese mant@m. Organizadas de modo semel'ante Fs corporaçarbosa P  0ist#ria da insignecollegiada de 9. !artin$o de Cedo)eita. /orto, )45)-. $ colegiada de =oal'ães, comestatutos de 6 de arço de )M5, registados no Censual, a pedido de H. #oão artins de=oal'ães, é aneAa esquin'ata. Os raçoeiros ou beneficiados deviam ser escol'idosentre os clérigos da freguesia, se 'ouvesse gente id1nea. O reitor ou abade ser" dalin'agem do bispo H. #oão. $ Igre!a do /orto cedia o censo anual de cem maravedis afavor da colegiada. .@. /overno central: $s estruturas de administração de umadiocese correspondem ao modo de entender a Igre!a. Q" um estilo gregoriano que seaplicou nos alvores da nacionalidade. Veio a seguir o modelo tridentino que se manteveaté ao &1digo de Hireito &an1nico de )3)5 e s1 seria definitivamente alterado pela

     perspectiva traçada no II &oncílio do Vaticano. Jstas fases essenciais tiveram, algumasvezes, de cruzar;se com as alteraç

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    diocese nas sete regia Portucalense. : ()35)-. $pesar da boa vontade, não se conseguiuuma participação aut@ntica do clero e uma comun'ão verdadeira do presbitério com oconsel'o. $ Ncrise do clero e as eApectativas de uma democracia total terão motivado odesinteresse. oi por isso suspenso o funcionamento e convocada uma assembleiadiocesana de padres e leigos, na procura de um estímulo recíproco. %euniu a 5 de $bril

    de )34M, com 5+M membros. Qouve not"vel participação e criatividade. $í se deram acon'ecer o direct1rio pastoral e a 9ei;Duadro do &onsel'o /aroquial de /astoral. &omas ac'egas recebidas procedeu;se a nova redacção e foram aprovados os documentos.Bem sido lenta a aplicação deste 1rgão de corresponsabilidade de Kmbito paroquial.$lém da cria episcopal e do tribunal eclesi"stico, o governo central da diocese éconstituído por secretariados, coordenados pelo =ecretariado Hiocesano de /astoral e

     por comiss

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    )*54R  scola da doutrina c$rist3 e" que se ensina o que $e obrigado a saber oc$rista", ordenado por #oão da onseca. ÉvoraL Off. da &idade, )*44. O marqu@s de/ombal imporia o &atecismo de ontpellier, traduzido em )5*: e com tend@ncias

     !ansenistas e regalistas. Jsta obra ( ?nstruc2oens geraes e" )or"a de catecis"o, de&arlos #oaquim &olbert, bispo de ontpellier. /orto, )5*3, impressa a pedido do

    arcebispo de Évora, com sucessivas ediçarroso,dando seguimento F encíclica de /io 2 ():.6.)3M:-, criou imediatamente, pela pastoral

    de +M de Outubro de )3M:, a &ongregação da Houtrina &ristã. 0a fase ap1s a %epblicaassinala;se a Obra de =ão rancisco de =ales, presidida pelo c1nego #oaquim 9uís de$ssunção (atosin'os-, com sensibilidade catequética que o indica para tratar daorganização da catequese na diocese. $gregam;se os p"rocos da =é, %amalde e >onfim,Hr. $ires >orges e Hr. $nt1nio erreira /into. &ada freguesia devia criar a associaçãoc'amada &ongregação da Houtrina &ristã, que incluiria leigos e garantiria a catequese.Jm M de 0ovembro de )3M* d" estatutos F congregação com a presid@ncia do c1nego$ssunção e os seguintes membrosL Hr. #oão anuel &orreia, Hr. #oaquim #osé deOliveira e &un'a, Hr. $ires 7onçalves de Oliveira >orges, Hr. ernando Ercullu%ibeiro Vieira de &astro, padre #oão de >rito 7ouveia e padre anuel /ereira 9opes,secret"rio. %ecomenda para o ensino a leitura das +plica2Nes do Catecis"o de (stete,o 9u"ário da doutrina Crist3 (.^ ed.- e o Catecis"o da doutrina crist3, da Obra de =ãorancisco de =ales. O tema da carta quaresmal de )3M3 é a instrução paroquial. >arbosa9eão prossegue a ) de #ul'o de )3+), recomendando normas precisas para implementar esta instituição. H. $nt1nio de &astro eireles ()M.*.)33-, em ordem a concretizar aorganização do ensino religioso da &ongregação do &oncílio, preconizado em circular de )+ de #aneiro de )3:, manda estabelecer em todas as par1quias a $ssociação deHoutrina &ristã, regulada por novos estatutos. Institui o &onsel'o &entral Hiocesano

     para coordenar todo o movimento catequético e cooperar com os p"rocos na difusão eintensificação do ensino da doutrina cristã. &ompetia;l'e velar pelo funcionamentoregular dos centros e fomentar em todos o interesse pela educação religiosa do povo,

     promover cursos de religião na cidade, unificar as informaçrandão, artins ernandes, Qeitor &alobi, #osé 9obato de=ousa #nior, $rmando /ereira, Tacarias de Oliveira, entre outros. $ clausura teve a

     presença do cardeal &ere!eira e ouviram;se Qelena Vital, &arlos da onseca eHiamantino 7omes. &omo conclusão deste congresso resultou a instituição do

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    =ecretariado Hiocesano de &atequese, criação de sal

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     para continuar os estudos em OA1nia. Outros nomes franciscanos se podem acrescentarLrei #oão de 2ira, bac'arel e depois mestre em Beologia, era natural do /orto e Houtor 

     pela Eniversidade de 9isboaR rei #oão /ais, confessor de =anta Isabel, rei #oãoJsteves, mestre em Beologia no convento do /orto ():5- e rei %odrigo do /orto,

     professor te1logo. Bambém os &1negos %egrantes de 7ri!1 e oreira tin'am as suas

    escolas. Jstes incipientes estudos entraram em decad@ncia nos séculos 2V e 2VI até seconseguir a criação de instituiç

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    rancisco da /iedade =ilveira, $nt1nio BeiAeira, que c'egam a ter 6M alunos, ensinando9atim, ilosofia e 7rego (c)., para mais dados e nomes, /I0BO  P  !e"#ria,  p. 6-. $

     partir de )4* providencia o Jstado em garantir nos liceus uma classe de estudoseclesi"sticos. &onstar" de duas cadeiras. =1 em )46M abriram, provisoriamente no /orto,as cadeiras de Hogm"tica e oral. $ proposta episcopal de nomes foi acol'idaL $nt1nio

    %oberto #orge e >altasar Veloso de =equeira. $s aulas funcionavam no paço episcopal.Hesde )46) a )4*M, o padre %oberto #orge teve )M53 inscritos e, até )45*, um total de) (>%$0HXO  P Ca"ilo,  p. )4-. /ublicou a obra Co"pendiu" t$eologicaedog"aticae. /ortucaleL BZp. $. oldes, )4:3. Braduziu do italianoL $%BI0I, $ntonio P 

     spirito da iblia ou "oral universal c$rist3 tirada do (ntigo e Hovo Iesta"ento./ortoL $. oldes, )464R fez publicar o estudo do bispo do %io de #aneiro, anuel doonte %odrigues de $ra!o (Co"pula da &ruzada, iniciou obras de reedificação. H.$nt1nio onseca oniz c'egou a adquirir dois prédios (+ +MM MMM réis- no 9argo do$çougue ('o!e 9argo Hr. /edro Vitorino- para demolir e aí edificar o semin"rio oengen'eiro iguel aciel traçou a planta, aprovada em +) de $bril de )4:3.  as amorte do bispo interrompeu o pro!ecto. &oube a H. #oão de rança &astro e ouraorganizar o início do primeiro ano lectivo no &olégio de =ão 9ourenço, em )4*);)4*+,e dot";lo de biblioteca. O regulamento dado pelo bispo ao semin"rio ()M.)M.)4*),

     publicado em /I0BO  P  (ctividade,  p. +);+*- tem o programa de estudosL ). ano P Qist1ria e JAegeseR +. /astoral e HogmaR . P oral e Hireito &an1nico. Jm )4*:(6.)M-, o governo mel'orou o programa para nove cadeiras (seis professores-. Jm ): de

     0ovembro de )4** reuniu o primeiro consel'o de professoresL %oberto #orge, #osé=imarroso fez

    construir a biblioteca e depend@ncias da entrada nova do edifício. O =emin"rio aior do/orto teria período "ureo no reitorado de $nt1nio erreira /into. Ho tempo de H.

    6+

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    $gostin'o de #esus e =ousa são os tabuleiros destinados a recreios, varanda e galeriaabobadada em arcos, que sustenta a parte antiga. Jm )3M passou ao regime de quatroanos por decisão do bispo &astro eireles. 0a direcção espiritual salientam;se algumasfigurasL monsen'or 9uís $ugusto %odrigues Viana ()3M5- desde )45*, também orador com tr@s volumes publicados das confer@ncias proferidas na sé, sermom;/astor, em Jrmesinde P )M de $bril de )3**. 7u"en. M ()3**- 4::;4*:.  &onsidera esta realização uma aspiração de M anos.%esolve No declínio vocacional com a previsão de um semin"rio para *MM alunos, quesubstituía os colégios de Jrmesinde e 7aia e mais tarde Vilar, destinado a &asaHiocesana de ormação e %etiros. Ouviu, em )3*6, o cabido, o &onsel'o$dministrativo e convocou para a Borre da arca os superiores dos semin"rios, vig"riosda vara e p"rocos da cidade e presidentes diocesanos de obras cat1licas. $í se deu a

    con'ecer a concepção da obraL teria novo espírito, métodos educativos inovadores eaberto teor de vida, com espírito familiar, seria dispersa por v"rios pavil'om /astor e o =emin"rio aior da =é- que continuam emfuncionamento. $ eAperi@ncia pioneira do pré;semin"rio foi iniciada no /orto peladirecção do padre $lfredo 9eite =oares e, mais tarde, renovada pela mão do padre #orgeanuel adureira =oares. $tender !ovens com interrogação vocacional e proporcionar;l'es espaços de encontro e refleAão mensal, permanecendo cada um na sua zona, foidecisão fecunda, nalguns mel'ores momentos de mais empen'amento, com a entrega ao

    semin"rio maior de tantos alunos como os que procediam do semin"rio menor. Jste iaatrasando sucessivamente a entrada dos candidatos para idades escolares mais

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    avançadas. $gora s1 a partir do )M.? ano. aculta;se, assim, mel'or consci@ncia eliberdade de escol'a, diminui a deterioração do clima interno, evitam;se as desist@nciasmaciças e a ocupação de educadores. O semin"rio maior, como lugar do cursoteol1gico, manteve;se até )356, quando apareceu o  ?nstituto de Ci

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    Hores (colégio da Brofa- iniciado em )3* e 'o!e com +6M alunos. O colégio de Vilar ouda Visitação, desaparecido em )3++, foi criado, a pedido de v"rias figuras da nobreza

     portuense (arço de )454- F superiora do osteiro da Visitação de =anta aria, de9isboa. =entia;se a necessidade de formar as meninas numa casa de educação pr1Aimado /orto. $ Irmã ariana #osefa da &osta foi encarregada dessa tarefa e escol'eu no

    /orto a &asa de Vilar, cercada de !ardins. oi estabelecida a + de Outubro de )453. $igre!a s1 seria acabada e dedicada em 0ovembro de ) 436. Hurou até )3)M. $ casa foivendida em )3++. Duanto Fs ordens religiosas mais dedicadas ao ensino podemoselencar presentementeL o &olégio dos &arval'os, dos &laretianosR o JAternato arista()3:3-, inicialmente na %ua da >oavista até )336, depois na %ua $nt1nio &Kndido,)33;)333, durante poucos anos e agora !" sem acção escolar no /ortoR o &entro de&aridade do /erpétuo =ocorroR o &olégio dos Crfãos, entregue aos =alesianos, e oJAternato /aulo VI, dos &apuc'in'os, em 7ondomar. $s Vicentinas t@m tr@s colégiosLJAternato de =ão Vicente de /aulo, em elgueiras, o JAternato de 0ossa =en'ora do%os"rio, no En'ão, e o JAternato da 7andarin'a, em &ucu!ães. $ &ompan'ia de =antaBeresa de #esus orienta um colégio em =anto Birso. $s Jscravas do =agrado &oração de

    #esus t@m colégio no /orto. $s ranciscanas Qospitaleiras da Imaculada &onceiçãoanimam o &olégio da >onança, em 7aia e &olégio de =anta #oana, em Jrmesinde. $&ongregação do >om /astor tem o JAternato Naria Hroste, em Jrmesinde. $s%eligiosas do $mor de Heus orientam o &olégio 0ossa =en'ora de 9urdes. $sranciscanas ission"rias de 0ossa =en'ora possuem o &olégio 9uso;ranc@s, no/orto, o JAternato de 9ourdes, em =anta &ristina do &outo e JAternato de =antaargarida, em 7ondomar. $s Horoteias det@m o &olégio da /az, no /orto, e o colégiodo =ardão, em 7aia. $s religiosas do =agrado &oração de aria possuem o &olégio do%os"rio, no /orto. $ /relatura Opus Hei tem o &olégio dos &edros, em 7aia. $lém doscolégios estas comunidades religiosas dão apoio na educação através de lares, ondeacol'em estudantes, desde os especializados em idade infantil até aos universit"rios. /or outro lado, v"rias irmãs estão presentes em instituiç

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     ?nstru23o sobre 7ogica ou dialogos sobre )iloso)ia racional (/ortoL rancisco endes9ima, )5*M-. 0a segunda metade do século 2I2 apareceram abundantes publicaçenevenuto de =ousa ()3M;)3M*- e que durante alguns anos foi publicado em 9isboaR

     oleti" da ;ni3o Crist3 da !ocidade Portuguesa, dirigido por $ugusto #osé 0ogueira

    ()3M4;)3)4-R ( Cru=ada: revista cat$olica das )a"ilias e oleti" o)icial da Diocese do Porto, sob direcção de . $bndio da =ilva, 6 de aio de )3M4 P +: ()3M4- suspensa a)* de =etembro de )3M4R O Cristianis"o: *é, speran2a, Caridade: >ornal religioso,dirigido por anoel 9opes 7uil'erme ()3)M, n.? );))-, Ovar, BZp. OvarenseR Correiodo Horte: diário cat#lico da "an$3, dirigido por . $bndio da =ilva, )3)M;)3))R

     studante baptista: #rg3o da ?gre>a aptista Portuguesa, dirigido por #er1nimoBeiAeira de =ousa ()3)M-R  ( *é Cat$olica: Deus o Papa a ?gre>a a *a"ília, sobdirecção de #ean de 7rance ()3)M;)3))-, +5 nmeros, bissemanal suspenso em arçode )3)). 0ão eAistem recol'as para a fase que vai da %epblica aos nossos dias, masalém do  oleti" da Diocese do Porto, )3)6;)3*R &o= do Pastor, )3+);)3*3R &o=

     Portucalense, )35M e ?gre>a Portucalense, )35M;)346, !"  referidos, por serem 1rgãos

    oficiosos da diocese, '" um nmero imenso de boletins regionais e paroquiais, deinspiração cristã, de movimentos de apostolado e espiritualidade, de santu"rios e

    6*

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    instituiçoa 0ovaR  0u"anística e

    Ieologia ()34M-, do Instituto de &i@ncias Qumanas e Beol1gicas e, posteriormente()345-, da aculdade de Beologia. Q" uma colecção de livros teol1gicos, !" com )6volumesL iblioteca 0u"anística e Ieol#gica, lançada e dirigida por &arlos $. oreira$zevedo. $ undação =pes lançou também nova colecção !undo. vangel$o. ?gre>a, !"com quatro volumes, sob direcção do mesmo autor. V"rias livrarias, mais dedicadas a

     publicaçelas;$rtes, )33:-. $ documentação para oestudo da tal'a foi iniciada pelo incans"vel H. Homingos de /in'o >randão (Obra detal$a dourada, ensa"blage" e pintura na cidade e na diocese do Porto. /orto, )34:;)345, 6 vol.- e pela selecção de imagens de aria ( (lgu"as das "ais belas i"agens de

     Hossa 9en$ora e+istentes na diocese do Porto. /orto, )344-. $ tal'a do /orto temmerecido o maior entusiasmo nos estudos de 0at"lia arin'o erreira;$lves P  ( arteda tal$a do Porto na época barroca: artistas e clientela, "ateriais e técnica. /orto,)343, 6 vol.R Idem P Jstruturas retabilísticas portuenses da primeira metade do século2VIII.  Poligra)ia. J ()335- +:;6 , entre outros. $nteriormente não podem ser 

    esquecidos os trabal'os de $rtur agal'ães >asto, >ernardo 2avier &outin'o, #. $./into erreira, Jugénio de $. da &. e reitas e %obert &. =mit'. %ecentemente, olevantamento de dados para alguns pro!ectos de eAposiç

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    anterior. $ =é do /orto é edifício romano;g1tico dos séculos 2II;2III, com alteraçJ%BO, rancisco P $ Igre!a dos &lérigos. (triu". )+ ()33+- 5);*6. $ Igre!a de 0ossa =en'ora da Jsperança ()5+6;)5*- é pequena capela do%ecol'imento de eninas Crfãs, com fac'ada de sabor nasoniano. $ Igre!a de =anto

    Ildefonso ()53-, com ret"bulo sob desen'o de 0asoni e eAecução de iguel ranciscoda =ilva ()56:-,  ostenta fac'ada com azule!os naturalistas de #orge &olaço ()3+-,

    64

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    eAecutados em 9isboa. Os vitrais são de Isolino Vaz ()3*5-. $ ma!estosa igre!a da 9apa()5:*;)553-, lançada pelo impulso devocional do !esuíta ngelo de =equeira,desen'ada por #oão =trovel e #osé de igueiredo =eiAas, teve construção e decoraçãolenta, em sucessivas fasesL altar;mor ()4M*-, torre norte ()4::- e sul ()4*- até c'egar ao grande 1rgão de tubos de )33:. $ Igre!a do &armo ()5:*;)545-, da Ordem Berceira

    do &armo, construída sob orientação do arquitecto #osé de igueiredo =eiAas, mostra nafac'ada lateral nascente um gigantesco painel de azule!os naturalista neobarroco ()3)M-,que representa a Imposição do Jscapul"rio. O desen'o é de =ilvestro =ilvestrini e aeAecução de &arlos >ranco, nas "bricas do =en'or dW$lém e da Borrin'a, 7aia. $Igre!a de =ão 0icolau, na actual reconstrução ()5:4;)5*+-, de rei anuel de #esusaria, est" revestida de azule!os do século 2I2, na fac'ada e no interior P c). para o

     primitivo edifício, J%%JI%$;$9VJ=, #. #aime >. P &onstrução da Igre!a de =. 0icolau()*5);)*5*-. Poligra)ia. ) ()33+- 3;*. $ igre!a de iragaia foi construída no século2VII e reconstruída no seguinte, com interior enriquecido pela tal'a. 0um museu aneAorene obras de valor, com destaque para uma pintura quin'entistaL Iríptico do spírito9anto. $ Igre!a de =ão #oão >aptista de oz, de depend@ncia beneditina, é ornada de

     preciosa tal'a e ret"bulos barrocos. 0a igre!a de &ampan'ã, com fac'ada de #osérancisco de /aiva (século 2VIII-, conservam;se duas preciosas esculturas do século2IVL 9en$ora de Ca"pan$3, em calc"rio policromado, e Hossa 9en$ora da Rosa, de

     pedra;de;ançã. $ Igre!a de 0ossa =en'ora do Berço e &aridade é atribuída a 0asoni()5:3;)55:-  e devida F iniciativa de 7eraldo /ereira. $ fac'ada de granito lavradocentra;se F volta de um grande 1culo ovalado com decoração atribuída a #oão #oaquim$lão. O ret"bulo é do ental'ador #osé BeiAeira 7uimarães. &onservam;se aqui asimagens de =ão #oão Jvangelista e 0ossa =en'ora da &onsolação (século 2VI-, doantigo convento dos 91ios. Hentro dos parKmetros barrocos e fora da cidade podemlembrar;seL Igre!a do =en'or #esus de atosin'os, igre!a do &onvento &orpus &'risti de7aia com s