Portfólio Arquitectura - Joana S Leite
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Transcript of Portfólio Arquitectura - Joana S Leite
Informação pessoal :
Joana Sofia Santos Leite
Rua de Santa Luzia, 929, 6ºA
4250-420 Porto
Portugal
(00351) 919520586
19 de Abril de 1986
25 anos
Solteira
Nacionalidade Portuguesa
Educação e Formação :
Licenciatura em Arquitectura
Outubro de 2004 – Outubro 2008
Mestrado Integrado em Arquitectura
Outubro 2008 – Outubro 2011
Escola Superior Artística do Porto
Porto, Portugal
Média Final : __ valores
Trabalho de Projecto : Escola Básica e Jardim de Infância
Orientador : Arq. Jorge Patrício Martins
Classificação : __ valores
Competências informáticas :
Domínio do software Office no geral e excelentes conhecimentos
de Word e PowerPoint;
Excelente domínio do software Archicad e conhecimentos básicos
do software Autocad;
Conhecimentos básicos do software Photoshop e domínio na
óptica do utilizador do Paint;
Domínio do software Artlantis e conhecimentos básicos do
software Cinema 4D;
Utilização quotidiana e frequente da internet (web e e-mail).
Competências Linguísticas :
Português – Língua materna
Inglês – Bons conhecimentos de compreensão escrita e oral e
bons conhecimentos de expressão escrita e oral
Francês - Bons conhecimentos de compreensão escrita e oral e
bons conhecimentos de expressão escrita e oral
Espanhol – Muito bons conhecimentos de compreensão escrita e
conhecimentos médios de expressão escrita e oral
Competências técnicas :
Capacidade de desenvolver projectos de arquitectura a todos os
níveis;
Aptidão no desenvolvimento criativo e na organização gráfica de
elementos;
Capacidade de aliar rigor e criatividade na execução de maquetas
de estudo ou finais.
Competências sociais :
Experiência de trabalho em equipa adquirida em contexto académico;
Facilidade de comunicação dentro de um grupo de trabalho ou face a
clientes;
Facilidade de adaptação e flexibilidade à aquisição de novas
competências;
Capacidade de comunicação, excelente relação inter-pessoal,
dinamismo e rigor, valores de responsabilidade, assiduidade e
pontualidade.
Outros :
Prática de actividade física que promove o espírito de concentração,
coordenação e precisão;
Carta de condução, categoria B , e veículo próprio.
Exercício da Malha
Exercício do Habitáculo
Habitação Bifamiliar
Requalificação do Campo do Luso - Habitação Colectiva
Centro de Estudos para a Terceira Idade
Centro de investigação e interpretação das pontes do Rio Douro
Café Jardim de Sophia
Convento e Igreja paroquial
Loja do Cidadão
Escola Básica e Jardim de Infância
I.1
I.2
II.1
III.1
III.2
IV.1
IV.2
IV.3
V.1
T.P.
.
.
.
. .
.
.
.
.
.
.
A partir de uma malha bidimensional
desenhada intuitivamente dei os
primeiros passos no meu percurso
académico. A passagem da
bidimensionalidade para as três
dimensões permitiu-me manipular a
linguagem arquitectónica de linhas
e planos.
O objectivo do projecto é a
definição de percursos, neste caso
, o percurso do homem e o percurso
da água. Tanto o homem como a água
tem entradas na malha bem
definidas, e ambos atingem um
determinado local de “reunião”
entre os dois.
Tanto a água como o homem fazem
percursos contrários acentuando a
simetria invertida da malha. Para o
homem são definidos acessos para
chegar a malha enquanto que a
água segue o ser curso natural até
chegar à mesma. Esta relação entre
o artificial e o natural, para além
de também acentuar as
características da malha, também
acentua o equilíbrio pretendido
neste projecto entre aquilo que o
homem desenha e o que a natureza
cria.
A partir do momento em que o homem
e a água entram na malha são
levados a realizar um determinado
percurso que os aproxima, até se
unirem num espaço de reflexão e
observação, e que os volta a
afastar, cada um para seu lado.
Malha bidimensional
Malha tridimensional
O exercício do habitáculo
materializa-se sob a forma de um
pequeno organismo espacial/
funcional que dê resposta às
necessidades de abrigo temporário.
Localizado no mesmo território
artificial e imaginário da malha, este
exercício procurou seguir um
sentido mais experimental que advém
da ideia que temos de abrigo.
Este projecto vem no seguimento
dos primeiros abrigos procurados
pelo homem, em grutas e cavernas, e
que eram a representação do útero
materno. Desta forma o abrigo é
escavado e dissimulado no
território.
A questão da iluminação interior é
essencial, visto tratar-se de um
espaço enterrado. A integração de
um pátio que ilumina e articula as
diferentes funções vem de alguns
tipos de arquitectura tradicional.
A entrada para o abrigo é feita por
uma rampa, que encaminha o homem
para o interior, e que,
gradualmente, o “desliga” do meio
envolvente.
O projecto surge da procura de formas de
ocupar a área de intervenção .
Parte-se então de um modo de ocupação
total da área de intervenção por uma forma
resultante do amarfanhar de uma folha de
papel. Esta ocupação total está relacionada
com aquilo que é característico na
envolvente, e que é a ocupação total do
lote no qual se insere o projecto.
Através da observação da forma, da bola de
papel, percebe-se que pelo amassar que são
criados espaços com diferentes alturas, e é
então que esse jogo de alturas é estudado
e percebido, de modo a simplificar cada vez
mais a forma inicial.
A contínua simplificação da “massa” inicial
leva a que esta se transforme numa forma
composta por linhas rectas de modo a que
tanto o espaço interior como o espaço
exterior seja mais fácil de controlar.
É a partir deste momento, que o volume da
habitação surge.
Este projecto balança entre a abstracção e
a realidade ,e quer o projecto, quer os
próprios materiais reflectem essa condição.
É um projecto que surge de uma forma
abstracta, mas que evolui no sentido de se
inserir na envolvente e funcionar como uma
extensão da mesma. Surge com volumes
relativamente simples, brancos com grandes
vãos de vidro, mas apresenta elementos em
granito que o prendem ao local, como que
se o próprio projecto nascesse de lá.
Sob o tema da habitação e tendo a
cidade como enquadramento, este
exercício permitiu consolidar os
conhecimentos sobre a questão do
habitar. A inserção da habitação em
contexto urbano obrigou a uma
análise da envolvente de forma a
perceber os elementos e as
morfologias da malha urbana desta
zona da cidade.
Neste projecto procurou-se a
relação entre inserção em contexto
urbano, morfologia urbana e
tipologia habitacional.
Situado num terreno vazio
expectante que correspondeu a um
antigo campo de futebol, na Rua da
Alegria, tem como “Vizinho da
frente” o Conjunto habitacional do
Luso, projecto do Arq. José Carlos
Loureiro.
A requalificação deste local não
vem apenas da construção de três
blocos habitacionais que resolvem
os remates da envolvente, mas
resulta também de uma preocupação
em resolver o espaço público,
tornando-o um espaço de vivências
e de referência na comunidade.
Para além das habitações são
definidos espaços comerciais, que
funcionam em continuidade com os
existentes.
Planta do apartamento tipo
Corte longitudinal do apartamento tipo
Pormenorização construtiva do apartamento tipo
Este projecto foi a primeira
abordagem ao tema dos
equipamentos. Um centro de
estudos para a terceira idade
promove a aprendizagem e a
partilha de conhecimentos entre a
população sénior.
Neste exercício foram definidos
três pontos essenciais: a relação
com a rua, a relação com a
envolvente e a relação do volume
do equipamento com a sua
implantação.
A rua da Constituição apresenta um
eixo marcadamente longitudinal,
acentuado pelo trânsito automóvel,
Este, manifesta-se no desenho das
fachadas, que não são mais do que
um pano contínuo, junto á rua.
Deste modo, é essencial que a
implantação, mantenha esta
continuidade.
Assim através de um plano vertical,
mantém-se a continuidade da
fachada, sendo que este plano é
rasgado por grandes aberturas que
deixam transparecer vazios
escavados no volume da fachada.
Com uma implantação de dois pisos,
procura-se que o exterior do
edifício deixe transparecer a sua
organização interior.
O projecto para o Centro de
Interpretação e Monitorização das
Pontes reflecte todo um conjunto de
elementos que foram sendo constantes
ao longo do exercício. Nesses
elementos encontram-se presentes não
só as intenções projectuais como
também factores característicos do
terreno de intervenção que se
mostraram marcantes no acto de
projectar para este local.
A relação com o rio e com a ponte D.
Luís, o grande declive do terreno
,relação com o muro da Avenida e com
os muros dos logradouros da Rua de
D.Hugo, são factores que tem a
capacidade de dominar a forma como o
edifício se implanta no terreno.
Á cota alta temos um volume que se
projecta para o rio e se solta do
terreno e das margens da avenida.
Este volume procura prolongar e
rematar a Avenida Vímara Peres. No
inicio agarrado á rua e á continuidade
de alçados, mas que, após o local de
entrada no edifício, sofre uma torção
que lhe concede uma maior liberdade e
leveza do volume, e permitindo um
afastamento em relação ao muro de
suporte da avenida conferindo maior
importância a esse muro.
Á cota baixa, desenvolvem-se dois
volumes que se agarram ao terreno e
que através dos quais é organizado o
espaço exterior.
Este projecto procura transformar-se
num ponto de referência para quem
entra na cidade do Porto, de Metro,
mas assume uma maior tranquilidade
para quem o encontra pelas escadas
do Codeçal.
Uma intervenção no Jardim Botânico
deve ser pautada por uma reflexão
não só sobre problemas de
arquitectura, mas também sobre as
implicações do construído sobre o
existente, e neste caso sobre uma
envolvente natural.
Numa visita ao jardim, percebe-se
todo um jardim consolidado,
geométrico, ordenado.
O objectivo, torna-se então naquela
massa de vegetação, descobrir,
desbravar uma geometria. Perceber
o espaço, e deixar que dele nasça,
por uma compreensão profunda do
mesmo, uma forma que nada é mais
que o reflexo de uma compreensão
daquilo que ainda que orgânico é
possível e se mostra livre para ser
geometrizado.
O projecto está em continuidade
com o jardim. A continuidade
reflecte-se não só no espaço em si
mesmo, mas na forma como o espaço
é vivenciado. Como tal, os pés-
direitos mais altos que o usual,
variando entre os 3,80 metros e os
4,40 metros, procuram uma
continuidade com o espaço exterior.
Ninguém que percorre este jardim
deixa de se sentir pequenino ao
lado de algumas árvores que o
povoam. Esta sensação de amplitude
é trazida para o interior do café,
pelo uso de pés-direitos maiores.
Referirmo-nos ao espaço de jardim é
referirmo-nos aos seus caminhos e a
forma como são percorridos. É este
sentido de percurso que assinala
as entradas no equipamento.
Inevitável é também a referencia á
pérgula que baliza a intervenção.
Associadas a duas entradas,
surgem-nos assim duas esplanadas,
uma em relação com o Jardim do
Xisto e outra em relação com a
Alameda e com o Jardim dos Anões.
A materialidade da luz é aqui
trabalhada com particular cuidado.
Numa arquitectura em que as
transparências são característica
essencial, o trabalhar da luz vem
sempre associado a implantação do
edifício segundo a orientação
solar. Temos assim uma hierarquia
de espaços que, tal com já foi
referida anteriormente, consiste
numa passagem gradual de exterior
para interior. Nas duas salas do
café foi procurada uma luz difusa,
uma luz filtrada, que conferisse ao
equipamento uma atmosfera própria,
atmosfera essa criada pela
passagem da luz pela copa das
árvores, sendo que a folhagem das
mesmas conferirá a luz diferentes
tonalidades e quase que transporta
com elas o cheiro das árvores.
Concluindo assim, este foi um
trabalho que permitiu reflectir
sobre os problemas da arquitectura
e da sua inserção numa paisagem
consolidada e natural. É um
trabalho que se assume pela poética
e que a alia com a técnica, pois
trata-se de um projecto á escala do
detalhe.
Conceitos como tradição; história;
regra e ordem, são observados em
toda a história da arquitectura
religiosa. A relação entre
arquitectura e religião é de grande
proximidade pelo que se verifica que
o ritual do uso dos espaços se
encontra enraizado nas vivências.
Projectar um convento exige uma
grande sensibilidade não só a
questões funcionais e dos rituais
do uso dos espaços, mas
principalmente a toda a simbologia
associada a todos os espaços.
Um edifício com carácter religioso
manifesta-se, não pela sua massa ou
pela sua implantação, mas pela
definição dos “lugares” de forma
psicológica. Desta forma o espaço
aqui, não tem uma carga física, mas
antes uma carga simbólica e
associada às vivencias e rituais.
Podemos dizer assim que a
religiosidade é expressa em valores
espaciais.
A presença do Homem é
imprescindível no espaço religioso.
O espaço não será mais que um
veículo, um meio de ligação entre a
religião e o Homem, e portanto, o
espaço só existe quando é vivido.
A localização do convento no
terreno, procurou prender-se com a
inserção do próprio edifício,
enquanto transformador e
qualificador deste local.
A igreja revela-se-nos através de
um percurso, desde a entrada como
espaço de passagem entre o
sagrado e o profano, passando
pelo ponto de entrada na religião,
que está mais além da porta, no
baptistério. Este encontra-se na
charneira do profano e do sagrado.
Encontra-se na entrada, antes da
assembleia, e revela-se como local
purificador, para a entrada num
espaço simbólico.
O pé-direito e as coberturas em
semi-abóbada, conferem uma
dinâmica vertical, como que se
encaminhasse para o céu. A adopção
destas coberturas devem-se ao
facto de através da forma curva,
criar um espaço que “envolva” os
crentes. Também a curva, possibilita
que a luz se difunda pelo interior
de uniformemente, e a pintura das
mesmas, confere ao espaço uma luz
colorida que revela novas
dimensões do espaço. As aberturas
das coberturas são como um céu
fendido, que ilumina o espaço
religioso.
Procurou-se afastar o convento da
Rua de Augusto Lessa, de modo a
diminuir o ruído no interior, e
desenhando uma praça que não só
organiza a entrada na Igreja, como
também no Convento.
O claustro, no núcleo dos espaços
conventuais, materializa-se pelo
vazio, e procurou-se, pela
integração de jardins e espelhos de
água, conferir-lhe uma atmosfera
própria, que transforme o local
não num mero espaço de circulação
e distribuição, mas um espaço
convidativo à meditação.
Procurou-se uma organização
bastante simples de um programa
extremamente complexo: espaços de
contacto com o público fazendo
frente de rua, e como barreira
acústica; espaços de convívio e
refeições na ala nascente mais
próximo à Rua de Augusto Lessa; e
espaços de trabalho e reflexão, o
mais afastados desta fonte de
ruído externa, e abrindo-se ou para
os jardins do convento ou para o
espaço público.
São ainda incluídos no programa,
espaços de apoio à comunidade,
como é o caso de salas de
catequese, auditório e sala
multiusos.
Uma intervenção neste local tem em vista
o remate das pontas soltas de um terreno
delimitado pela Avenida Sidónio Pais, pela
rua Pedro Hispano e pelos logradouros
da envolvente construída. Reflectindo
vários momentos de crescimento da cidade
este terreno apresenta diferentes
linguagens e diferentes escalas como a
da avenida que marca uma entrada/saída
da cidade, o viaduto que se eleva do chão,
e os logradouros que delimitam o
terreno.
A implantação não passa pela resolução
de todos as "pontas soltas" do terreno,
mas pela compreensão das oportunidades
que este terreno apresenta. Uma Loja do
Cidadão neste local pretende ser
geradora de novas dinâmicas e como tal,
entende-se o alçado da Avenida Sidónio
Pais como uma oportunidade para
aproximar o projecto à rua, rematando
não só o alçado, mas, mais importante
dando-lhe visibilidade.
A forma desenhada por este edifício
procura organizar o programa da Loja do
Cidadão em torno de um pátio exterior. O
espaço exterior é tratado no sentido de
evidenciar a aproximação ao edifício,
através das rampas que o abraçam e
promovem entradas ao nível do piso 1, e
pelo desenho do espaço que antecede as
portas de entrada completamente definido
pelo edifício, aberto para o céu mas
fechado para a cidade. A transição entre
delimitação física e abertura visual é
bastante importante neste projecto, pois
se é notório a delimitação em todo o
perímetro da antecâmara exterior, a
abertura visual é dada pela utilização de
materiais como o vidro.
Procura-se "brincar" com a
materialidade dos elementos.
Esta peça transparente, pousa
directamente no chão,
assemelhando-se a uma pedra, mas
com a materialidade do vidro.
A utilização do vidro em fachadas
de grandes dimensões apresenta
algumas dificuldades não só ao
nível do suporte, mas pelo diálogo
com os restantes elementos do
projecto. Procurou-se resolver
então três pontos essenciais: o
contacto do vidro como o chão
(referido anteriormente), o
contacto do vidro com a laje de
piso e o contacto do vidro com a
cobertura.
O contacto da fachada com a laje
de piso é feito de modo a que a laje
vá diluindo a sua espessura até à
fachada. A linha de espessura da
laje dá agora lugar a uma linha
quase tão imaterial como a fachada,
uma linha de luz, que marca todo o
perímetro do edifício e possibilita a
diluição dessa mesma espessura e
do peso da laje na fachada.
Os elementos de suporte do vidro,
são, neste projecto colocados pelo
exterior, libertando do interior a
estrutura do vidro e afastando-a
um pouco da fachada.
Pormenor do contacto do vidro com o interior e exterior – caso do espelho de água
Pormenor da ligação da fachada de vidro com laje e tecto falso
Este projecto assinala o final do
percurso enquanto estudante de
arquitectura, e a preparação dos
primeiros passos a caminho da
actividade profissional.
Compreendendo o lugar e as suas
possibilidades, analisando o
programa , compreendendo a
evolução tipológica da escola ao
longo dos tempos e procurando
perceber o que é a educação e de
que forma esta é feita, este
projecto parte da tipologia de pátio
,remetendo para as primeiras
escolas localizadas nos conventos.
O primeiro gesto da intervenção no
local foi considerar que todo o
vazio do terreno é o recreio e a
esse vazio sobrepor uma malha que
se materializará no programa para a
escola. A estratégia de intervenção
deste projecto defende uma posição
de abertura do espaço da sala de
aula para o exterior permitindo uma
continuidade e complementaridade
entre ambos.
O projecto inicialmente reflecte-se
na imposição de uma malha de
cheios/vazios, mas deixa essa mesma
malha ser modificada pelas
características do terreno e
Perdendo a rigidez inicial, torna-se
pertença do lugar, delimitada e
alterada pelas condicionantes do
mesmo, acentuando o carácter que
se pretende para o projecto.
A materialização do edifício para a
Avenida 25 de Abril assume uma
característica fundamental neste
projecto. O alçado revela-se como
um muro que protege o “mundo da
escola” do “mundo exterior”,
agarrando o projecto à rua e ao
lugar e suportando toda a
construção que se desenvolve para
Sul.
O alçado norte reinterpreta os
alçados do Porto. Vai buscar a
materialidade e a forte presença
dos muros de pedra que
caracterizam a cidade, e
reinterpreta a delimitação do
espaço público e o desenho do
próprio alçado. Esta
reinterpretação resulta numa
leitura do alçado mais rica pela
variação de ritmos, pela interrupção
do muro na definição de dois vazios
que assinalam as entradas e pela
introdução de vegetação. A
decomposição do alçado em partes
mais pequenas, mas todas com a
mesma linguagem e com o mesmo
sentido de unidade característico
do projecto suavizam a leitura de
um grande edifício.
A malha do projecto desenha dois
vazios à face da avenida,
correspondendo a dois pátios que
assinalam as entradas no edifício –
escola básica e jardim-de-infância –
e correspondem aos dois pontos de
coincidência entre cotas da rua e
cotas do projecto.
O programa foi organizado segundo
núcleos funcionais. Procurou-se
também uma organização
maioritariamente num só piso. A
organização em pátio é bastante
favorecida pela orientação solar
possibilitando insolação constante
dos espaços exteriores e interiores,
ao longo do dia. Este projecto
defende a permeabilidade entre
salas de aula e pátio, tendo sempre
em vista a possibilidade de
prolongar a aula para o exterior
como complemento para a
aprendizagem.
Este projecto pretende responder a
questões arquitectónicas, urbanas
e pedagógicas, e procura, com os
espaços que o integram, permitir à
criança interrogar-se sobre o meio
que a envolve.
A caracterização material do
edifício é o reflexo dos
pressupostos projectuais. É a
própria materialidade que dá corpo
e força ao projecto, e que revela a
imagem que se pretende para o
edifício. A pedra granítica é
colocada em pontos estratégicos,
preservando a imagem e a
materialidade que se pretende para
o projecto. O granito não é só
utilizado em placagem no alçado,
como já foi referido, mas também
sob a forma de lajetas nos
pavimentos dos recreios cobertos e
nos pátios de entrada no complexo
escolar.
Ao nível dos pavimentos interiores
procurou-se utilizar pavimentos
macios, laváveis, e de fácil
manutenção. Nos espaços de forte
permanência é utilizado um
pavimento contínuo autonivelante,
enquanto nas zonas de águas é
utilizado o pavimento cerâmico. Em relação as paredes é necessário
ter dois factores em atenção, a
acústica e a manutenção. São assim
utilizadas paredes de pano duplo
ou simples de tijolo consoante a
sua localização. São também
pontualmente utilizadas paredes
divisórias leves de gesso cartonado
e painéis de fibras minerais. Os
revestimentos das paredes são, em
todos os casos, laváveis,
resistentes ao desgaste e de fácil
manutenção.
Pormenorização da fachada e pavimentos de zonas de água
Pormenorização construtiva da laje de ensoleiramento , pavimentos de zonas de forte permanência e paredes interiores
São utilizados dois tipos de
coberturas, a cobertura plana
acessível e a cobertura invertida
não acessível. A cobertura
acessível possibilita a manutenção
da vegetação permitindo o acesso e
a permanência de pessoas na
cobertura. A cobertura não
acessível garante eficazmente o
escoamento de águas pluviais, e
pela utilização do godo na
cobertura protege os materiais
isolantes da cobertura do desgaste
causado pelo vento e pela acção
dos raios solares.
Os vãos envidraçados são
essencialmente a Sul e é necessário
de prever formas de sombreamento,
que pelo exterior é assegurado por
uma pala que define um pequeno
recreio coberto exterior e pelo
interior é assegurado por estores
de rolo tipo “blackout”.
Pormenorização construtiva da cobertura e formas de sombreamento
Pormenorização construtiva da cobertura invertida não acessível e da cobertura plana acessível