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Por Que No Usamos O Sistema De Apelos WILLIAM R. DOWNING Issuu.com/oEstandarteDeCristo Traduzido do original em Ingls Why We Do Not Use The Invitational System By William R. Downing Via SGBCSV.org Copyright William R. Downing(Sovereign Grace Baptist Church of Silicon Valley) Traduo e Capa por William Teixeira Reviso por Camila Almeida 1 Edio: Julho de 2015 As citaes bblicas usadas nesta traduo so da verso Almeida Corrigida Fiel | ACF Copyright 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bblica Trinitariana do Brasil. TraduzidoepublicadoemPortuguspelowebsiteoEstandarteDeCristo.com,comagraciosa permisso do Dr. William R. Downing, sob a licena Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License. Voc est autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que tambm no altere o seu contedo nem o utilize para quaisquer fins comerciais. Issuu.com/oEstandarteDeCristo Por Que No Usamos o Sistema de ApelosPor William R. Downing ESBOO: INTRODUO (1) O Sistema de Apelos Definido e Descrito. (2) Experincia Pessoal. (3) Uma Palavra de Esclarecimento: Pecadores So Convidados a Virem a Cristo, No Para a Frente. I. A HISTRIA DO SISTEMA DE APELO Os Primrdios: Os Reavivamentos nas Fronteiras de Kentucky O Advento de Charles G. Finney e as Novas Medidas II. A NATUREZA ANTIBBLICA DO SISTEMA DE APELOS O Sistema de Apelos: Nenhum Precedente Bblico Charles G. Finney e Sua Defesa das Novas Medidas O Batismo e o Banco dos Ansiosos Billy Graham e Sua Defesa do Sistema de Apelos Os Efeitos e Legado de Charles G. Finney Sola Scriptura: A Questo Decisiva III. A NATUREZA PSICOLGICA DO SISTEMA DE APELOS O Homem No-Regenerado No Pode Ir Alm Do Nvel Psicolgico Regenerao e Converso F e Regenerao: Salvao Pela Graa Ou Pelas Obras? IV. O CARTER UTILITRIO DO SISTEMA DE APELOS O Sistema de Apelos: Uma Resposta Alegada Para Cada Questo Agindo Biblicamente V. A NATUREZA SACRAMENTAL DO SISTEMA DE APELOS Sacramento e Sacrossanto: O Altar Igrejas Evanglicas Com Altares? Issuu.com/oEstandarteDeCristo Pblico, Local, Propsito, Postura e Performance? VI. A NATUREZA SACERDOTAL DO SISTEMA DE APELOS O Que Sacerdotalismo? Pregador ou Sacerdote? Sacerdote ou Psiclogo? VII. A NATUREZA PREJUDICIAL DO SISTEMA DE APELOS Doutrina, Prtica e Uma Metodologia AntibblicaUma Abordagem Hbrida Para Evangelismo Converses Esprias As Decises de Primeira Vez e a Reconciliao Uma Segurana Antibblica CONCLUSO BIBLIOGRAFIA Issuu.com/oEstandarteDeCristo INTRODUO Este artigo aborda o uso do sistema de apelos. Apesar de no duvidarmos da sinceridade e amor sincero por Cristo, pelas almas dos homens e pelo bem do povo de Deus por parte daquelesqueutilizamtaismtodos,contudonsamorosamentediscordamosdelespor causa das Escrituras. Enquanto ns, por bons e necessrios motivos bblicos e doutrinais, repudiamos tal sistema, ns amamos nossos irmos Cristos e buscamos a unidade que descrita no Salmo 133. Que o Senhor use esse artigo para fazer com que os nossos irmos em Cristo e no ministrio reconsiderarem e reavaliem sua metodologia evangelstica, caso elessejamadeptosdetaismtodos.Osmtodosantibblicos,amenosqueelessejam totalmenteincoerentes,sederivamdatradioantibblicaqueporsuavezsederivade doutrina antibblica. O Sistema de Apelos Definido e Descrito O sistema de apelos, como praticado nos ltimos dois sculos, uma inovao relativa-mente recente, absolutamente desconhecida por mais de 1800 anos. Esse tempo anterior incluiu as eras dos maiores avivamentos e despertamentos espirituais j testemunhados na Histria Crist, quando milhares incontveis foram convertidos e o clima moral de pases e sociedades foram transformadas pelo poder do Evangelho. Este sistema inclusivo de vrias prticas bem estabelecidas como oApelo, oBanco dos Ansiosos, o Banco dos Contristados, a Chamada Para Decises1, Reconciliao, e a ideia de que os resultados evangelsticos podem ser imediatamente conhecidos com um determinado grau de certeza por movimentos fsicos e demonstraes emocionais. Es-sa ideia de vir para a frente ao final do culto pblico serve a uma finalidade utilitria de ser arespostaadequadaparaquasequalquerpreocupaoreligiosa.EstaReligiodos Tempos Antigos no to antiga, e sim um relativamente novo e essencial afastamento da f bblica e histrica, que experimentou momentos de grande bno sem tal por mais de 1800 anos. Este sistema tornou-se to arraigado no Cristianismo evanglico moderno quevir para a frente durante o apelo muitas vezes considerado como um sinnimo de vir para Cristo2. __________ [1] Cf. The Origin of the Call for Decisions [A Origem das Chamada Para Decises], Albert B. Dodd, uma reedio do artigo 1847 de Princeton Review. A Banner of Truth Magazine, dezembro de 1963, pp. 9-15. [2] Billy Graham em uma Cruzada em Londres, 1966: No deixe que a distncia lhe mantenha afastado de Cristo.umlongocaminho,masCristopercorreutodoocaminhoparaacruz,porqueelelheamava. CertamentevocpodevirestespoucospassosedarasuavidaparaEle.CitadoporIainMurray,The Issuu.com/oEstandarteDeCristo Isso resultou no que alguns tm chamado de regenerao por deciso3. Regenerao por deciso no traz os homens para Cristo mais do que a regenerao batismal. Pode ser verdade que alguns sejam convertidos sob tal pregao, mas isso acontece apesar destes falsos mtodos utilizados, e no por causa deles. A Bblia clara ao declarar que s pelo Esprito de Deus que os homens podemnascer de novo.Overdadeiroarrependimentoefsalvficavmcomoresultadodonovo nascimento e nunca so a causa da grande mudana4. Algum, porm, pode vir aoaltar e nunca encontrar a Cristo. Na verdade, esta mesma ao pode vir a ser um obstculo para a verdadeira converso. Converses falsas so nu-merosas: Muitas vezes h um retorno ao altar em busca de um renovado senso de sentimento religioso. A consequente paz... confundida com alegria espiritual. O amor-prprio, claro, conduz a uma gratido espria e os faz elogiar isso; e faz com que o corao ame as circunstncias, os meios e os companheiros de sua deliciosa intoxicao. E agora temos os ouvintes pedregais reproduzidos (Mateus 13:20-21). O corao mor-to,notendonenhumaverdadeiravitalidadeparageraremooespiritualinterior, afunda em um frio e triste vazio quando est sozinho; e, portanto, mais propenso, por um tempo, a almejar um retorno ao local e s circunstncias onde os dispositivos emocionantes foram aproveitados5. Eu falharei neste momento sobre como apresentar o Evangelho, se eu levar algum a pensar que ele pode obter a salvao indo para a igreja, ou para a casa de reunio, ou indo a algumministro, ou indo para uma sala de inqurito, ou buscando alguma formadepenitncia.Nodevemosiranenhumoutrolugar,senoaJesus.Voc, _________ Invitation System [O Sistema de Apelo]. Edimburgo: The Banner of Truth Trust, 1973, p. 5. Voc me pergunta por que eu estou pedindo para voc vir para a frente? Isto um ato de sua vontade em receber a Cristo como Salvador, Billy Graham, God in the Garden [Deus no Jardim], um registro de Madison Square Garden Billy Graham Crusade. [3]HaroldJ.Ockenga,AlgunstelogosReformados...ensinamquearegeneraopeloEspritoSanto precedeaconverso.Aposioevanglicaquearegeneraoestcondicionadaaoarrependimento, confisso e f. Citado por Iain Murray, The Invitation System [O Sistema de Apelo], p. 18. [4]JamesE.Adams,DecisionalRegeneration[RegeneraoPorDeciso].Canton,GA:FreeGrace Publications, 1983, 16 pp. [5]RobertL.Dabney,DiscussionsTheologicalandEvangelical[DiscussesTeolgicaseEvanglicas]. Edinburgh: Banner of Truth Trust, reimpresso 1967. Vol. I, p. 564. Issuu.com/oEstandarteDeCristo como voc est, venha a Cristo como Ele , e a promessa que, quando voc vir Ele te aliviar.... Voc v que h duas pessoas. Deixe que todos os outros desapaream, e deixe que aqueles dois sejam deixados sozinho para que tratem juntos dos assuntos celestiais6. O apelo usado para vrios fins. Alguns so chamados para a frente para a salvao, para o Batismo, para reconciliao, para algum tipo de servio religioso ou ministrio, ou por algum outro motivo ou preocupao espirituais alegados, como orar por uma pessoa, por uma determinada situao religiosa ou bno, pela libertao de algum tipo de vcio. Mas vir ao altar moda antiga e vir a Cristo por qualquer razo so duas coisas completa-mente diferentes e estas nunca devem ser confundidas. Experincia Pessoal Este escritor foi criado em um ambiente muito religioso que em seus primeiros dias como um crente professo foi frente por vrias razes, tanto antes como depois da sua conver-so.Tendopassado porcentenasdeapelosao longodemuitosanos quandocriana, jovem, estudante de Faculdade Bblica e como pastor, portanto, ele est um pouco qualifi -cado para comentar sobre a natureza antibblica deste sistema. Uma vez que ele aprendeu sobre o seu carter antibblico, sua histria de desenvolvimento e testemunhou pessoal -mente os danos que este sistema causou, tanto que ele deixou essa atividade e tomou uma posio ativa contra esta prtica antibblica. Uma Palavra de Esclarecimento: Pecadores So Convidados a Virem a Cristo, No Para a Frente Uma palavra de esclarecimento necessria. Enquanto nos opomos ao Sistema de Apelos, no nos opomos que pecadores sejam convidados a Cristo, sim, e que pecadores sejam instados a virem a Cristo durante a pregao. Ns firmemente declaramos a livre oferta do Evangelho a todo e qualquer homem sem exceo (Mateus 11:28-30; Joo 3:16; Atos 2:36-39, 17:30-31; 1 Timteo 2:1-4). A que ns nos opomos ideia de que convidar os pecado-res para virem para a frente de um edifcio da igreja algo idntico ou que pode ser confun-dido com convid-los a virem a Cristo. Ns concordamos com C. H. Spurgeon, que afirmou: Oh, que voc confiasse no Senhor Jesus!... ser que eu lhe ouvi dizer: Vou orar sobre isso?,melhorvocconfiardeumavez.Oretantoquantovocquiserdepoisde haver confiado, mas que bem pode advir de oraes incrdulas? Vou falar com um __________ [6] C. H. Spurgeon, The Metropolitan Tabernacle Pulpit [O Plpito do Tabernculo Metropolitano], Pasadena, TX: Pilgrim Publications, Vol. 1882, pp. 649-650. Issuu.com/oEstandarteDeCristo homem piedoso aps o culto. Conjuro-te que primeiro creias em Jesus.... Eu gostaria de ir para a sala de inqurito. Ouso dizer que sim, mas no estamos dispostos a a-gradar a superstio popular. Tememos que nestas salas os homens so encorajados a uma confiana fictcia. Pouqussimos dos supostos convertidos de salas de inqurito acabambem.VparaoseuDeusdiretamente,atmesmoondevocestagora. Lance-se a Cristo, agora, de uma s vez; sem precisar se mover uma polegada! Em nome de Deus, conjuro-te, creia no Senhor Jesus Cristo...!7. Tambm nos opomos prtica antibblica de exortar os crentes a virem para a frente ou ao altar para qualquer alegada finalidade ou preocupao espiritual. I. A HISTRIA DO SISTEMA DE APELOS. Os Primrdios: Os Reavivamentos nas Fronteiras de Kentucky A ideia de convidar ou pressionar os pecadores ou outros para virem frente de um edifcio da igreja ou a um determinado local por um suposto motivo espiritual uma inovao relati -vamenterecentenahistriadoCristianismo.Osprimeirosexemplosdoquesetornou conhecidocomooSistemadeApelospodemserrastreadosataosAvivamentosda Fronteira de Kentucky da poca 1798-1806 e s reunies campais Metodistas. Por volta de 1793,avivamentosdestesirromperamemvriaspartesdosEstadosUnidoseseespa-lharam ao longo da fronteira ocidental da fronteira Americana. Tal como acontece na maio-riadosavivamentos,houverammanifestaesfsicas,comoxtases,empurres,des-maios, desfalecimentos ou queda. Os Presbiterianos e Batistas, sendo ambos fortemente Calvinistasemais reverentes,tentaramdesencorajartaisextremosemocionaisemsuas reunies,masosMetodistascomearamapromove-los.Estesdesmaioseramvistos como a obra imediata do Esprito e como aquilo que identificava aqueles que foram salvos. Os Metodistas desejavam ter uma contagem imediata de seus convertidos por tais meios, visto que estes apoiavam sua teologia Arminiana, especialmente em um contexto onde o Calvinismo era prevalecente8. No caos de tais reunies, logo foi determinado que as coisas aconteceriam de modo mais ordenado se as pessoas viessem ao altar para serem acon- _________ [7] C. H. Spurgeon, Ibid., 1884, p. 456. [8] A Teologia Calvinista era proeminente durante esta poca, e ningum jamais pensava que o Arminianismo algum dia produziria tantos convertidos como a forte pregao Evanglica Calvinista. Antes de 1800, como Isaac Backus bem sabia, qualquer argumento de que o Arminianismo era mais eficaz na evangelizao do queoCalvinismoseriaconsideradocomoumabsurdo.IainMurray,RevivaleRevivalism[Avivamentoe Avivalismo]. Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1994, p. 188. Issuu.com/oEstandarteDeCristo selhadas, orassem e fossem contadas. Nas suas reunies campais nas fronteiras, marca- das por extremos emocionais e que duravam dias, uma determinada parte do terreno era marcada como o altar para esta finalidade. Isto parece ter tido sua origem em seus ante-cedentes Metodista Episcopais, os quais chamavam a frente da parte interior do prdio da igreja de o altar, o lugar onde os sacramentos eram ministrados por um sacerdote Epis-copal. Esta foi uma inovao completamente nova. George Whitefield, o Calvinista, John Wesley, oArminiano,eosprimeirospregadoresMetodistasnuncarecorreramatalprtica,nem mesmo alguma vez contaram os convertidos. Como evangelistas itinerantes, eles pregaram e deixaram os resultados com Deus. Eles anotaram em seus dirios que muitos estavam frequentemente ficavam muito afetados e choravam, caiam sob profunda convico, e s vezesoemocionalismoirrompiaemsuasreunies,mastaismanifestaesnoeram promovidas nem estimuladas. Nossos antepassados Batistas, alguns dos pregadores mais evangelsticos das Colnias e nos primeiros anos da nossa Repblica, nem conheciam e nem utilizaram o Sistema de Apelos. O Advento de Charles G. Finney e as Novas Medidas CharlesG.Finney,umadvogado,tornou-se umevangelistaPresbiterianonadcadade 1820 quase imediatamente aps sua converso, e aderiu ao Apelo, o Banco dos Ansio-soseBancodosContristadosdosMetodistas,ecombinouestasprticascomasua doutrina Pelagiana ou Teologia New Haven9, e estas se tornaram as Novas Medidas que desde ento cada vez mais caracterizaram o evangelicalismo Americano e sua evangeliza-o10. Finney no era um Arminiano. Ele era um Pelagiano, e, consequentemente, reduziu __________ [9] A utilizao das Novas Medidas dividiu os Presbiterianos em Velha Escola, ou Calvinistas ortodoxos que mantiveram os Padres de Westminster, e a Nova Escola, ou aqueles que adotaram as Novas Medidas eaprovaramoTaylorismoouTeologiaNewHaven,quesebaseavamemumsistemasemi-Pelagiano, avivalismo, reforma moral e cooperao interdenominacional. Veja W. A. Hoffecker, New School Theology [TeologiadaNovaEscola],EvangelicalDictionaryofTheology[DicionrioEvanglicodeTeologia].Grand Rapids: Baker Book House, 1990. pp. 767-768. Teologia New Haven, Taylorismo, ou The New Divinity foi o sistema Pelagiano da capacidade humana plenria ensinado na Nova Inglaterra, defendido, refinado e popularizado por Charles G. Finney. Veja W.R. Downing, Palestras sobre o Calvinismo e o Arminianismo. Morgan Hill, CA: P. I. R. S. Publicaes. 2000, pp. 288-290, 320, 324-325, 327-333. [10] Para um breve histrico da chamada ao altar e o nascimento do avivalismo, consulte Iain Murray, Revival e Revivalism [Avivamento e Avivalismo], pp. 163-190. Issuu.com/oEstandarteDeCristo seu evangelismo a uma abordagem psicolgica11. Para ele e para seus seguidores, a salva-oerasimplesmenteumredirecionamentodavontade,noumamudanadenatureza necessariamente comeando com a regenerao12. Isto marcou o incio da ideia de pregar para persuadir a vontade ao invs de desafiar a mente com a verdade Divina para alcanar a conscincia. A pregao bblica e inteligente acabou por dar lugar a uma abordagem mais psicolgicae emocional.Ohomem,deacordocomFinney,tinhaopoder demudarseu prprio corao, ou seja, a doutrina Pelagiana do livre-arbtrio. Nas prprias palavras do Sr. Finney: ...Em nossas investigaes, doravante, entenda-se, que eu uso regenerao e con-verso como termos sinnimos13. Temos dito que a regenerao sinnimo, na Bblia, de novo corao. Mas os peca-dores so obrigados a fazerem por si prprios e para si mesmos um novo corao, o que eles no poderiam fazer, se eles no estivem ativos durante esta mudana. Se estaobraumaobradeDeus,emtalsentido,queEledevaprimeiroregeneraro corao ou a alma antes de qualquer agncia do pecador comear, seria absurdo e injusto exigir que ele faa para si mesmo um novo corao... __________ [11]OArminianismosustentaqueohomemtemumanaturezacadaepecaminosa,equeavontadedo homem levada pelo Esprito Santo a um determinado lugar onde ele pode escolher ou recusar a mensagem do Evangelho a graa preveniente. O Pelagianismo sustenta que o homem no tem uma natureza cada e pecaminosa e, portanto, o homem possui uma vontade que inteiramente livre [uma capacidade plenamente humana] e, portanto, o homem possui o poder de escolher ou recusar o Evangelho. A vontade de cada homem supostamente to livre como a de Ado antes da Queda. Esta uma negao da imputao do pecado de Ado [a imputao imediata do pecado de Ado o pecado original] e tambm uma negao da herana da natureza cada de Ado [imputao indireta]. Falando de seu pastor, George W. Gale, Finney declarou sobre convices Calvinistas de Gale: ...em suma ele sustentou todas essas doutrinas que fluem logicamente do fato de uma natureza pecaminosa em si mesma... Estas doutrinas eu no poderia receber. Eu no pude rece-ber seus pontos de vista sobre o tema da expiao, regenerao, f, arrependimento, escravido da vontade, ou qualquer uma das doutrinas semelhantes. Charles G. Finney, Autobiography [Autobiografia], p. 46. [12] A ideia de simplesmente redirecionar a vontade foi baseada sobre a ideia Pelagiana de que o comando implicaemcapacidade.Adoutrinasobreaqualeuinsisti,asaber,queaordemparaobedeceraDeus implicavaopoderdefaz-lo,criouemalgunslugaresumaoposioinicial...asinflunciasdoEsprito consistem em ensino, persuaso, convico e, claro, uma influncia moral; eu fui considerado por muitos como um ensinador de doutrinas novas e estranhas. Charles G. Finney, Autobiography, p. 157. [13]CharlesFinney,LecturesonSystematicTheology[EstudosemTeologiaSistemtica].GrandRapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Company, 1971. p. 285. Finney, por vezes, igualou a regenerao com uma influncia persuasiva moral sobre a mente, com a santificao e com a converso. Esta confuso proveio de seus pressupostos Pelagianos e Perfeccionistas. Veja B. B. Warfield, The Works of Benjamin B. Warfield [As ObrasdeBenjaminB.Warfield],Vol.VIII.Perfeccionismo[Perfeccionismo].GrandRapids:BakerBook House, 1981. pp 3215. Issuu.com/oEstandarteDeCristo A regenerao atribuda ao homem no evangelho, a qual no poderia ser, se o termo fosse designado para expressar somente a agncia do Esprito Santo.... ...A regenerao, segundo as caractersticas atribudas a ela na Bblia, deve consistir em umamudana na atitude da vontade, ou umamudana em sua ltima escolha, inteno ou preferncia... ...O sujeito ativo na regenerao... a regenerao consiste no pecador mudar sua ltimaescolha, inteno,preferncias....Claramenteoobjetodaregeneraodeve ser um agente nesta obra14. O surgimento de Charles G. Finney, e sua doutrina Pelagiana da capacidade humana, e as suas ideias defeituosas a respeito de Deus, do homem, da salvao, da graa, da socie-dade e da moralidade, foram em grande parte um reflexo de vrias foras que naquele pon-to crtico caracterizaram a mentalidade Americana. Havia lutas crescentes com a identidade nacional:OCeticismoFrancs,ORacionalismoAlemo,AFilosofiaHegeliana,Destino Manifesto, e florescentes questes sociais e polticas, como a abolio da escravatura, os direitos das mulheres, o Movimento de Temperana. ...O impulso moralista de Finney visionou uma igreja que foi em grande medida uma agncia de reforma pessoal e social, e no uma instituio em que eram administrados os meios da graa... que deveriam ser disponibilizados aos crentes que, em seguida, levam o Evangelho ao mundo. No sculo XIX, o movimento evanglico tornou-se cada vez mais identificado com causas polticas com a abolio da escravatura, com a legislaodotrabalhoinfantil,comosdireitosdasmulheresecomaproibiodo lcool. Na virada do sculo, um afluxo de imigrantes Catlicos Romanos deixou muitos Protestantes Americanos um pouco inquietos, o secularismo comeou a remover os dedos do estabelecimento Protestante de instituies (faculdades, hospitais, organi-zaes de caridade) que eles haviam criado e sustentado. Em um esforo desespe-rado de recuperar esse poder institucional e a glria daAmrica Crist [este sonho sempre foi poderoso na imaginao, mas, aps a desintegrao da Nova Inglaterra Puritana, ilusrio], os Protestantes da virada do sculo lanaram campanhas morais paraamericanizarimigrantes,fazercumprirainstruomoral epromoveraedu-cao do carter. Evangelistas forjaram seu evangelho Americano em termos de sua utilidade prtica para o indivduo e a nao. por isso que Finney to popular. Ele o pice na mudana da ortodoxia da Refor- __________ [14] Ibid., pp. 365-371. Issuu.com/oEstandarteDeCristo ma, evidente no Grande Despertamento (sob Edwards e Whitefield) para o Avivalismo Arminiano(naverdade,Pelagiano),evidenteapartirdoSegundoGrandeDesper-tamento at o presente15. O Sistema de Apelos, desde ento, tornou-se entrincheirado no Evangelicalismo Americano e no Fundamentalismo. Tornou-se, em muitos casos, uma parte to inerente do evangelis-mo que muitos acreditam que ningum pode ser salvo sem ou parte de umachamada ao altar. No fazer nenhum apelo, agora, entendido pela maioria como algo no-evan-gelstico ou mesmo anti-evangelstico! Tem sido a experincia deste autor ser questionado, por vezes, sobre como as pessoas podem ser salvas sem umachamada ao altar. Uma vez um dicono bem-intencionado declarou: Se voc tivesse feito uma chamada ao altar aps essa mensagem, eu sei que pessoas teriam sido salvas!. II. A NATUREZA ANTIBBLICA DO SISTEMA DE APELOS. O Sistema de Apelos: Nenhum Precedente Bblico O Sistema de Apelos no bblico. No h absolutamente nenhum precedentenas Escri-turas para esta prtica. Ele no somente sem base bblica, antibblico, pois est baseado emprincpiosno-bblicosdefalsadoutrina,quedecorremdeumavisodefeituosade Deus,dagraa,dasalvaoedacondio dohomem,pornatureza;dacrenaemum lugar sagrado dentro de um prdio da igreja; da ideia de que um ministro tem o direito de legitimamente exigir uma imediata e pblicadeciso religiosa de seus ouvintes, e igua-lando o movimento fsico como uma resposta espiritual a um comando supostamente espiri-tual. Ningum que acredita que as Escrituras so a Palavra de Deus escrita deve ter qual -quer relao com um sistema to antibblico. Nem nosso Senhor, nem Seus apstolos jamais recorreram a essa prtica. A exortao era feitadentro dos limites da mensagem pregada (Mateus 11:28-30; Joo 6:28-29, 37; Atos 2:36-41; 17:30-34). Esta prtica de exortar os pecadores a Cristo durante a pregao do Evangelho tem sido a prtica dos verdadeiros ministros do Evangelho desde os tempos do NovoTestamento.NopodemosaperfeioaroministriodenossoSenhoroudeSeus apstolosinspiradosnopodemosmelhoraraevangelizaobblicaenonosatre-vemos a modificar o padro inspirado. Charles G. Finney e Sua Defesa das Novas Medidas __________ [15] Michael Horton, Premise [Premissa], Vol. II, Nmero 3, 27 de maro de 1995. Issuu.com/oEstandarteDeCristo Charles G. Finney nunca pretendeu que suas Novas Medidas fossem bblicas. Ele sabia bemdisto.ElesimplesmentebaseousuasinovaesemPsicologia[Eledenominoua Psicologia comoa filosofia da mente humana]. Ao tentar justificar o uso doBanco dos Ansiosos ou Banco dos Contristados, ele afirma: Qual a grande objeo? Eu no con-sigo v-la. O objetivo do banco dos ansiosos , sem dvida filosfico, e de acordo com as leis da mente16. Escrevendo mais sobre o banco dos ansiosos, ele afirma: Quandoumapessoaestseriamenteperturbadaemsuamente,todomundosabe que h uma poderosa tendncia a esconder isto. Quando uma pessoa est sobrecar-regada com um senso de sua condio, se voc pode lev-la a dispor-se a confessar isto, se voc pode lev-la a romper com as cadeias de orgulho, voc ganhou um ponto importante para a sua converso. Isto est de acordo a filosofia da mente humana17. Assim, o apelo foi usado com o fim de colocar presso sobre o indivduo e leva-lo a fazer um compromisso pblico ou revelar a sua hipocrisia. ...Pregue para... [opecador], e, no momento, que ele pensar estar disposto a fazer qualquer coisa; que ele pensar est determinado a servir ao Senhor; apenas leve-o ao teste; chame-o para fazer uma coisa, dar um passo, que deva identific-lo com o povo de Deus ou matar seu orgulho, para que ele confesse seu orgulho e renuncie ao mesmo; sua iluso ser exposta, e ele se ver como um pecador perdido ainda; con-sidere que, se voc no tivesse feito isso, ele poderia ter continuado lisonjeando a si mesmo, engando-se ao imaginar ser um Cristo. Se voc diz a ele: Ali est o banco dos ansiosos, saia e confesse a sua determinao em estar do lado do Senhor, e se ele no est disposto a fazer uma coisa to pequena como essa, ento ele no est dispostoafazerqualqueroutracoisa,e,aliestele,levadoperanteasuaprpria conscincia. Ele descobre o engano do corao humano, e previne com isto um gran-denmeroconversesesprias,mostrandoqueles,quedeoutraformapoderiam imaginar-sedispostosafazerqualquercoisaparaCristo,quenaverdadeelesno esto dispostos a fazer nada18. O Batismo e o Banco dos Ansiosos Incapaz de conectar suas Novas Medidas Escritura, ele chegou to perto quanto podia, __________ [16] Finney, Lectures on Revivals of Religion [Estudos Sobre os Avivamentos da Religio]. New York: Fleming H. Revell, n. d., p. 253. [17] Ibid. [18] Ibid., pp. 264-265. Issuu.com/oEstandarteDeCristo no com os apelos para vir a Cristo nas Escrituras, mas com a Ordenana do Batismo. A Igreja sempre sentiu a necessidade de ter algo do tipo para responder a este pro-psito. Nos dias dos apstolos, o Batismo servia para esta finalidade. O Evangelho era pregado s pessoas, e, em seguida, todos aqueles que estavam dispostos a posi-cionarem do lado de Cristo eram chamados para serem batizados. Ele ocupou o lugar preciso que o Banco dos Ansiosos ocupa agora, como uma manifestao pblica de uma determinao de tornar-se um Cristo19. Billy Graham e Sua Defesa do Sistema de Apelos O maior defensor moderno do Sistema de Apelos, o evangelista Billy Graham, tem buscado fundamentar o Sistema de Apelos tanto nas Escrituras quanto na Psicologia. Em relao s Escrituras, ele usou passagens como Mateus 10:32 [Portanto, qualquer que me confes-sar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que est nos cus], que dificil-mente pode se referir a esta prtica20. Sua tentativa de dar uma justificativa bblica para o Sistema de Apelos carece de qualquer substncia ou coerncia. A defesa psicolgica a questo determinante para Billy Graham, como foi com Charles G. Finney. Graham sabia muito bem das implicaes psicolgicas doapelo, e ele e sua equipe citaram vrios filsofos e psiclogos para mostrar a necessidade de liberao emoci -onal e demonstrao pblica para selar a deciso religiosa. Alguns dos nomes menciona-dos em particular, so William James, William Sargant, George Target e Gordon Allport. Graham declarou: Muitos psiclogos diriam que [a chamada ao altar] psicolgica-menteconsistente.Umadasrazespelasquaisosnossosfilmesedramasde televiso geralmente tm um efeito ruim porque eles agitam grandemente a emoo e no oferecem qualquer proposta prtica para a ao. The Christian [O Cristo], 8 de julho, 1966, p. 24, como citado em Iain Murray,The Invitation System [O Sistema de Apelos], p. 12. Leighton Ford, membro da equipe evangelstica de Billy Graham em The Christian Persuader [O Cristo Persuasivo]: Estou convencido de que dar algum tipodeapelopblicoparaviraCristonoapenasteologicamentecorreto,mas tambm emocionalmente consistente. Os homens precisam desta oportunidade para __________ [19] Loc. cit. [20] Iain Murray, The Invitational System [O Sistema de Apelos], pp. 8-9. Mateus 11:28 refere-se ao chamado do Senhor para que os pecadores venham a Ele, e no para o altar. Apocalipse 3:20 refere-se ao nosso Senhor buscando companheirismo e comunho em uma igreja apstata, e no em p na porta do corao do pecador buscando entrar para salv-lo. Issuu.com/oEstandarteDeCristo a expresso... impresso sem expresso pode levar depresso21. Referindo-se, em geral, a psiquiatras, psiclogos e suas ideias, um dos companheiros de Graham, Curtis Mitchell, comentou: Um psiclogo de Chicago disse certa vez:Esta gerao precisa converter mais do que qualquer gerao na histria. Um psiclogo britnico famoso disse, recentemente:Estamos to psicologicamente preparados para converter, que se a igreja no consegue converter as pessoas, ns psiclogos, vamos ter que fazer isto. Assim, at mesmo a Psicologia est reconhe-cendo a necessidade do homem de ser convertido.A Bblia ensina que voc deve ser convertido para entrar no Cu. O psiquiatra ensina que voc deve ser convertido, a fim aproveitar a vida ao mximo. ...Seja quem for, se um homem vai para a frente, de fato ou em esprito, o resultado umamudana.Oqueacontece?Psiclogos,psiquiatras,telogoseevangelistas todos tm tentado explicar22. Os Efeitos e Legado de Charles G. Finney OadventodeCharlesG.FinneymarcaodivisordeguasnoCristianismoEvanglico AmericanoesuaabordagemaoEvangelismo.Estenuncamaisseriaomesmo.Finney ganhou destaque em um momento de verdadeiro avivamento quando dezenas de grandes homens homens como Isaac Backus, Asahel Nettleton, Archibald Alexander, Edward D. Griffin, Edward Payson todos Calvinistas na convico e que possuem uma verdadeira paixo pelo Evangelho e um amor pelas almas dos homens, haviam estado trabalhando com sucesso durante anos e tinha vistos as primcias da gloriosa plenitude doSegundo Grande Despertamento. Mas a histria foi reescrita, e a verdade foi ocultada das geraes que se sucederam. Com Finney veio orevivalismo, e com o revivalismo veio diviso e declnio. ...No pode haver dvida de que, em 1900, a impresso era quase universal de que Charles Finney tinha introduzido os avivamentos na Amrica do sculo XIX e que sua utilidade excedia a ponto de que todos os que vieram antes dele haviam feito apenas __________ [21] Ibid., pp. 11-16. [22] Curtis Mitchell, Those Who Came Forward [Aqueles Que Vieram Para a Frente]. The Worlds Work, Ltd., 1966, p. 22, como citado por Iain Murray, The Invitation System [O Sistema de Apelos], pp. 14-15. Issuu.com/oEstandarteDeCristo um pequeno esforo evangelstico diante daquele que merecia uma sria ateno. A crena tem sido repetida tantas vezes que comumente considerado como um fato inquestionvel. Billy Graham, por exemplo, escreve sobre Finney: Atravs do seu mi-nistrio cheio do Esprito Santo, milhares incontveis vieram a conhecer a Cristo no sculo XIX, resultando em um dos grandes perodos de avivamento da histria da A-mrica. Outro escritor moderno reivindica: Quando Charles Finney foi convertido e cheio com o Esprito Santo as igrejas Americanas estavam em um estado doentio. A maioriadasigrejaseramouHiper-CalvinistasouUniversalistas...aapatiapreva-lecia23. Tais afirmaes so histrica e factualmente falsas e enganosas. O advento de Finney no sinalizou o incio desses avivamentos, mas, sim, a sua morte. Sola Scriptura: A Questo Decisiva Sola Scriptura, ou Somente a Escritura sempre foi o padro e brado do verdadeiro Cris-tianismo. O fato do Sistema de Apelos no ser bblico deve resolver a questo de uma vez por todas, mas alguns, mesmo entre aqueles inclinados Graa Soberana, recorrem a tais meios, por vezes, por causa da tradio religiosa, por causa da presso religiosa e psicol-gicadoscontemporneos,porcausadaatmosferaemocionalmentetensadeumadada reunio ou por causa de uma abordagem hbrida para a evangelizao e em relao ao compromisso Cristo. Esta acomodao a prticas no-bblicas e meramente tradicionais deveria humilhar aqueles que gloriam-se de serem bblicos em todas as coisas! ...O grito da Sola Scriptura mais frequentemente uma indicao de boas intenes do que um fato. [O Cristianismo evanglico] ...est saturado com doutrinas e as prti -cas que no tm fundamento bblico. Muitos ensinamentos e hbitos no que diz respei-to ao Evangelho so tanto os produtos de inveno humana e da tradio quanto as indulgncias de Tetzel. E certas doutrinas em nosso meio so perniciosssimas24. III. A NATUREZA PSICOLGICA DO SISTEMA DE APELOS. __________ [23] Iain Murray, Revival e Revivalism [Avivamento e Avivalismo], pp. 297-298. O trabalho de Murray faz muito paracorrigirestavisorevisionista.OprprioFinneyconstantementedenunciavaosgrandeseteis pregadores Calvinistas de seu tempo em sua pregao, testemunhou de alguns deles que foram expulsos de seusplpitos,devidosuainflunciainflamatriaemedidas,emaistardepromoveutalficoemsua Autobiografia. [24]WalterJ.Chantry,TodaysGospel:AuthenticorSynthetic?[OEvangelhoDeHoje:Autnticoou Sinttico?]. Londres: Banner of Truth Trust, 1972, p. 12. Issuu.com/oEstandarteDeCristo O Homem No-Regenerado No Pode Ir Alm Do Nvel Psicolgico Pornatureza,ohomemnoregeneradonopodesubiracimadonvelpsicolgico.Ele procura faz-lo, contudo, por suas tentativas de praticar magia, pelo misticismo, pelo uso de drogas, pelo ocultismo ou pelas excitaes religiosas. A excitaes emocionais religio-sas geradas em avivalismos convm mais Velha Linha do Pentecostalismo ou ao mais moderno Movimento Carismtico do que ao Cristianismo Evanglico ou Fundamentalista. Excitaes religiosas, no entanto, no fazem parte apenas do Cristianismo, mas de outras religiestambmconsidereoseguinte:dervixesfanticosturcos,hindus-Faquirsou nossos prprios curandeiros [nativos] indgenas25. A menos que o Esprito de Deus esteja efetivamenteoperandonointeriordocorao,almaoupersonalidadeouseja,em graciosa regenerao, adoo e converso tais tentativas de verdadeira espiritualidade provaroserinteis.Ohomemestlimitadoaoplanopsicolgico.Elespodesubirao plano verdadeiramente espiritual atravs da obra eficaz do Esprito de Deus e o Esprito de Deus tem o prazer de agir segundo os termos de Sua Santa Palavra. Tal como delineado na seo anterior, o Sistema de Apelos limitado ao nvel psicolgico. Isso no quer dizer que Deus no pode soberanamente salvar os pecadores sob tal siste-ma,mas que tais converses sero apesar de tais inovaes religiosas e no-bblicas, e no por causa delas. Aqueles convertidos sob tais circunstncias podem permanecer espiri-tualmente aleijados e biblicamente ignorantes at que sejam conduzidos influncia de um ensinobblicoadequado.Taisconvitesemocionalmentecarregadosepsicologicamente manipuladores apenas produzem confuso, da qual Deus no o autor. Regenerao e Converso A verdadeira converso espiritual. muito mais do que apenas uma questo de vontade do homem ou de uma tentativa de manipula-la atravs da pregao. A converso o resul-tado da obra eficaz do Esprito de Deus na regenerao. A converso a manifestao ex-terior imediata e espontnea da regenerao ou o novo nascimento. A verdadeira nature-za da prpria regenerao revela sua absoluta necessidade antes que o homem possa crer salvificamente no Senhor Jesus Cristo. A necessidade de regenerao ou novo nascimento se baseia na absoluta impotncia espiritual do homem (Joo 3:3, 5; 1 Corntios 2:14), no poderdecegarexercidopeloDiabo(Mateus13:4,19;2Corntios4:3-6),nopropsito redentor eterno, e no carter justo e onipotente de Deus. Se qualquer ser humano foi salvo ou libertado do poder reinante do pecado, de sua prpria hostilidade inata para com a Deus, do poder ofuscante de Satans e finalmente liberto do Inferno eterno, isso aconteceu devido __________ [25] Cf. Robert L. Dabney, Op. cit., p. 558-559. Issuu.com/oEstandarteDeCristo ao fato de Deus haver iniciado esta obra de salvao (Isaas 64:6; Mateus 13:3-4, 18-19; Atos16:14;Romanos1:18-25;3:11,27-21;8:5-8;1Corntios2:14;2Corntios4:3-6; Efsios 2:1-10, 4:17-19; Tito 3:5; 1 Joo 5:19). Dizer tudo isso declarar que a salvao pela graa; dizer qualquer coisa a menos seria uma negao disto. H seis realidades espirituais essenciais que compreendem a regenerao ou novo nasci-mento. Se qualquer uma dessas realidades no for verdadeira ou real dentro da persona-lidade,oindivduoestaindano-regenerado.Emprimeirolugar,aconcessodavida Divina (Joo 3:3, 5; Efsios 2:1, 4-5). A menos que o indivduo receba um tal princpio de vida espiritual, ele no pode nem mesmo ver o reino de Deus, e muito menos entrar nele. Ele pode perceber, saber ou entender muito sobre ele, at mesmo, de modo a ficar sem desculpa, mas sua vontade est inclinada para o pecado e o mal, e seu interior est obs-curecido (Romanos 1:18-25; 1 Corntios 2:14). Em segundo lugar, o poder reinante do pecado deve ser rompido (Romanos 6:3-14, 17, 18, 20, 22). Todo ser humano, por natureza, um escravo voluntrio do pecado. Este poder quebrado por Deus em um ato gracioso definitivo, e uma clivagem radical feita em relao ao poder reinante do pecado na vida. Este aspecto da santificao santificao definitiva coexistente com a regenerao. Em terceiro lugar, a remoo da natural inimizade do corao contra Deus e a Sua verdade (Romanos 8:7-8; 1 Corntios 2:14). O homem, por natureza, tem uma averso inata para com Deus e a Sua verdade. Esta animosidade removida por um ato soberano de Deus, o qual permite que o pecador se volte salvificamente para Deus no contexto da Sua ver-dade. Em quarto lugar, a re-criao da imagem de Deus que o homem possua no princpio (Ef-sios 4:22-24; Colossenses 3:1-10). Ambas estas passagens se referem a um ato passado, no a uma petio26. O homem foi criado como o portador da imagem de Deus. Na Queda, estaimagemfoidevastadaespiritualmente,moralmenteeintelectualmente;seuspensa-mentos tornaram-se fragmentados e dados futilidade. O corpo fsico, com seus apetites edesejos,assumiuumainflunciadominantesobreoindivduo(Romanos6:6,11-14; Efsios 4 17-19). Na regenerao da graa, Deus recria Sua imagem novamente como no princpio em justia, santidade, verdade e conhecimento uma transformao espiritual, moral e intelectual. Com a mente assim liberta, e uma disposio santa dada personali-dade, o pecador est habilitado a voltar-se livremente para Cristo em f, tal como apresen- ___________ [26]Efsios4:22-24.Ousodaaor.inf.depropsito[...]revelaqueesteumfato passado,noumapresenteexortao.Issoporsiscoincidecomaor.ptcsemColossenses3:9-10 [ ... ]. Issuu.com/oEstandarteDeCristo tado na mensagem do Evangelho. Emquinto lugar,aremoodacegueirasatnica(2Corntios4:3-6)27.Acimaealmde todas as questes da vontade ou corao, aparece o terrvel e maligno poder de Satans, queespecificamentecegapecadoresparaquenovejamaverdadedoEvangelho.Ele busca ainda remover qualquer influncia do Evangelho sobre os pecadores, que esteja a seu alcance (Mateus 13:3-4, 18-19; Marcos 4:4, 15; Lucas 8:5, 12). Essa influncia ofus-cante removida por um ato da graa de Deus. Em sexto lugar, o dom da f salvadora (Efsios 2:4-10). A converso, ou o arrependimento do pecado e a f no Senhor Jesus Cristo, inseparvel da regenerao. A converso a consequncia infalvel e imediata da obra do Esprito Santo sobre e dentro da personalidade (Atos 16:14). As Escrituras geralmente consideram regenerao e converso inclusive co-mo uma nica coisa. A converso , incisivamente f pessoal no Senhor Jesus e arrependi -mento do pecado, o que necessria e infalivelmente expressa a obra de Deus dentro da personalidade(Atos13:12,48;14:1;16:14,27-34;17:4,11,12,34;18:8,27;19:18; Romanos 10:9, 10, 13, 17; 1 Corntios 2:4-5; Efsios 2:4-10). F e Regenerao: Salvao Pela Graa Ou Pelas Obras? Aideiadequeaconversoarrependimentoefporpartedohomemanterior regenerao, e que a regenerao simplesmente a resposta Divina para a f do homem necessariamente traz a converso at o nvel psicolgico28. Na verdade, isso traz tudo que diz respeito salvao at ao nvel psicolgico. Se o homem, a partir de seu prprio livre-arbtrio [a ideia fantasiosa do poder de escolha daquilo que lhe contrrio] pode dirigir a confianadavontadehumanaedirecionaravontadesalvficadeCristoporseuprprio auto-esforo, ento, a salvao completamente pelas obras [capacidade humana] e no pela graa. E este no o sentimento religioso predominante de nosso tempo? A salvao pela graa para muitos significa que ns no merecemos a salvao, mas Deus enviou o Senhor Jesus para morrer na cruz pelos pecadores; assim graa continua a ser um princpio exposto,passivoeinativoatservivificadopeloalegadolivre-arbtrio,pelafepelas atividades religiosas do homem. IV. O CARCTER UTILITRIO DO SISTEMA DE APELOS. __________ [27] Em 2 Corntios 4:3-6, as palavras: ...Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, referem-se ao ato criador e soberano de Deus em Gnesis 1:3. H um distinto paralelo entre a Divina obra da criao fsica e a regenerao espiritual. [28] Veja a nota de rodap 3 e as observaes de Harold J. Ockenga a respeito da prioridade da f para a regenerao. Issuu.com/oEstandarteDeCristo O Sistema de Apelos: Uma Resposta Alegada Para Cada Questo OSistemadeApelostornou-setoarraigadoparaotoessencialenecessrio Cristianismo Evanglico Moderno que ele usado para toda e qualquer condio dentro da experincia religiosa. Os pecadores so emocionalmente instados a irem frente para o altarparaasalvao.Aquelesquefizeramasuadecisoreligiosasoconvidadosa responder ao apelo para o Batismo e membresia da igreja. Aqueles que querem juntar-se igreja so convidados a faz-lo na chamada de altar. Aqueles que querem re-dedicar a sua vida a Deus, depois de cair em algum tipo de pecado ou ter algum tipo de culpa ou querem fazer Jesus Senhor de suas vidas so convidados a irem frente. Se algum quer entregar-se a si mesmo para Deus tanto para o servio Cristo como para o ministrio do Evangelho ou o campo missionrio, ele vai frente para resolver a questo e torn-la conhecida publicamente. Pessoas que desejam a libertao da adico, encontrar sentido na vida ou esto buscando manter suas famlias unidas ou encontrar uma relao significa-tiva com Deus, esto todos convidados a responder aoapelo, onde, s vezes, algum vai orar com eles. No h nenhuma confisso pblica do pecado. Na verdade, muitas vezes no h confisso do pecado de modo algum, seja em pblico ou privado. O pecado perma-nece muitas vezes irrelevante, assim como o arrependimento. No h nenhuma reconcilia-o com um irmo ou irm ofendidos. Nenhuma restituio por erros. O ato de vir para a frente por si s resolve o problema de muitas congregaes. H algo de misterioso, eficaz e decisivo em responder ao convite perante uma congregao religiosa. Tanto o indivduo como a congregao sentem que algo espiritual supostamente ocorreu. Agindo Biblicamente O que a igreja deveria e deve fazer sem o Sistema de Apelos? A resposta : agir bblica, obediente e responsavelmente. Direcione todo o fervor e paixo para a pregao do Evan-gelho. Aja publicamente, quando necessrio e em particular quando a Escritura e a discri -o demandam isto. Infelizmente, muitos podem ir aoaltar e nunca lidar com o pecado, com relacionamentos ou com a sua prpria experincia religiosa de uma forma bblica. V. A NATUREZA SACRAMENTAL DO SISTEMA DE APELOS. Nas duas sees a seguir, no nossa inteno ser grosseiro, insensvel ou irreverente, mas ser sincero e expor o Sistema de Apelos, como uma prtica antibblica, em uma luz to prtica que a sua verdadeira natureza ritualstica e antibblica possa ser vista. Sacramento e Sacrossanto: O Altar Issuu.com/oEstandarteDeCristo O termo sacramento deriva do latim sacramentum, que significa algo sagrado ou santo29. Algo que sacrossanto [sacer, sagrado e sanctus, santo] uma coisa ou lugar que muito santo ou sagrado. Algum lugar que sagrado designado como muito santo ou sa-grado em virtude de seu significado religioso. O altar dos Romanistas e das Igrejas Epis-copais est na frente do santurio, ou lugar santo. Este o lugar onde o sacerdote oficiante dispensa dos sacramentos ou seja, sacerdotalmente manipula o po e o vinho e estes supostamente se tornam de alguma forma misteriosa o corpo e o sangue de nosso Senhor. Algo misterioso e espiritual ocorre no altar, atravs do poder do sacerdote. Os Metodistas avivalistas da fronteira, comoj foi descrito na Parte II deste estudo, que remete s suas razes Episcopais dos Metodistas, designavam um determinado pedao de terra ou rea como o altar em suas reunies campais. Este lugar, por esta designao e terminologia, tornou-se, em princpio, sacrossanto e a ao de vir ao altar era, no princpio, sacramental e, assim, espiritual. Aqueles que desejavam fazer um compromisso religioso eram instados a vir ao altar como um sinal de que eles eram os objetos de grandes impres-ses religiosas e de serem contados como os resultados imediatos das tcnicas evange-lsticas utilizadas. Realizar este ato religioso logo se tornou sinnimo de um ato salvfico. Igrejas Evanglicas Com Altares? Hoje, nas igrejas Evanglicas Protestantes, Fundamentalistas e Batistas frente do edifcio [santurio?] torna-se o altar durante a utilizao do Sistema de Apelos. Tendo o prop-sito certo, ao vir a um determinado local sob o comando de um lder religioso, de assumir publicamenteumadeterminadapostura[chegandoeajoelhando-senoaltarmoda antiga] e executar um determinado ritual como orar ou repetir um conjunto de formas de orao e assinar um carto so equiparados a algo de natureza religiosa e espiritual trans-formadora e um compromisso espiritual. Como pode ser isso? Isto realmente uma ques-to espiritualmente transformadora por causa de ser algo pblico, por causa do lugar, do propsito,daposturaedodesempenho?Muitosacreditamsinceramentequeissoseja assim. Isso demonstra o quo forte uma tradio antibblica pode tornar-se, e como tal tradio antibblica pode suplantar a verdade at que a prpria verdade seja encarada como erro! Nuncasedevesubestimaraforadatradioreligiosa.Amaneirapelaqualalgum criado na tradio religiosa geralmente determina o que ele considera ser bblico ou no-bblico se, de fato, esta distino verdade ou no. __________ [29] O termo grego [mysterion], a fonte da nossa palavra mistrio. Isto implica algo mais do que aquilo que material algo misterioso, santo, tendo um poder ou significado sobrenatural. Issuu.com/oEstandarteDeCristo Pblico, Local, Propsito, Postura e Performance? Vamos expor o assunto com clareza e visualizar passo a passo o seu verdadeiro carter: primeiro, o seu carter pblico. H algo constrangedor sobre a realizao de um ato religio-so diante de uma congregao de pessoas religiosas30. Algum ou deve acreditar sincera-mente que ele est fazendo o seu melhor para obedecer a Deus, em propsito, no lugar, na postura e no desempenho de tal ritual pblico, ou ele ter um fardo em sua conscincia de manter uma aparncia de que ele professou publicamente sua emoo religiosa, mesmo que ele no tivesse o senso de uma realidade interior depois que a emoo diminuiu. E se algum deixou o prdio da igreja durante o apelo para estar a ss com Deus para resolver seus problemas urgentes, para chorar e clamar a Deus longe dos olhos humanos (Mateus 6:5-6), ou at mesmo para procurar uma parte ofendida para buscar o perdo ou reconcili -ao isso no aceitvel? Sair do edifcio e congregao em um momento to crtico como o apelo pblico, sem informar ningum para que saiu, seria considerado pela maioria das pessoas como virar as costas para Deus e at mesmo como extinguir o Esprito. A igno-rncia a respeito do que tal pessoa saiu para fazer se tornaria em preconceito contra ela. Em segundo lugar, a questo do local. A frente do edifcio o local onde os homens se encontramcomDeusoaltar.Opregadordiz isso.Acongregao acreditanisso. O indivduo pode acreditar nisto. O comando urgente para vir frente se algum quer algo srio com Deus. Nas mentes de muitos, este lugar sagrado. o nico local onde Deus podeserencontradonaquelemomentoemparticular.Noresponderaoapelodaforma esperada supostamente estar fora de sintonia tanto com Deus quanto com o homem. Em terceiro lugar, a questo do propsito. Vir frente um ato da vontade de receber a Cristo como seu Salvador pessoal31, ou o propsito pode variar para incluir toda uma srie de preocupaes religiosas: Batismo, membresia da igreja, reconciliao, uma chamada para o ministrio, um buscar para encontrar um sentido na vida, para a libertao de um vcio, para orar por uma determinada situao, etc. Respondendo ao apelo alegadamente faz jus ao motivo, o que quer esse motivo possa ser, e faz com que o propsito seja espiritual-mente eficaz32. E isso feito diante de uma congregao. Um passo pblico foi tomado, um compromisso pblico foi feito, o que decisivo. No responder ao convite pblico consi-derado equivalente a recusar teimosamente tanto a Deus quanto a obra de Seu Esprito. __________ [30] Veja a Parte II e as citaes de Charles Finney e sua defesa das Novas Medidas. [31] Veja a nota de rodap 2. [32] A deciso interna por Cristo como apoiar um prego em uma tbua. Por outro lado, a declarao pblica como martelar o prego, de modo que no seja facilmente arrancado dali. Impresso sem expresso pode levar depresso. Leighton Ford, citado por Iain Murray, Op. cit. Issuu.com/oEstandarteDeCristo Em quarto lugar, a questo de postura: Venha agora para a frente e ajoelhe-se diante do altar!. O que acontece com quem no se ajoelhar, mas simplesmente ir para a frente? Ser que vir e no ajoelhar aceitvel? Parece que o trabalho no foi ainda totalmente feito e que a pessoa no estava preparada e suficiente quebrantada [broken down], para usar a terminologia de Finney. Um avivamento vai diminuir e parar, a menos que os Cristos sejam frequentemente re-convertidos. Quero com isto dizer, que os Cristos, a fim de manter no esprito do avivamento,comumenteprecisamserfrequentementeconcedidos,ehumilhadose quebrantados diante de Deus, e re-convertidos. Isso algo que muitos no enten-dem, quando falamos de um Cristo sendo re-convertidos. Mas o fato que, em um avivamento, o corao do Cristo susceptvel a ir endurecendo, e perder o seu gosto requintado pelas coisas Divinas; sua uno e prevalncia em orao se abate, e ento ele deve ser convertido novamente. impossvel mant-lo em tal estado em que ele noprejudiqueaobra,amenosqueelepasseporesseprocessoacadapoucos dias33. No deve ser dito que tal pessoa atendeu ao propsito e orou at que ela se ajoelhe no altar, diante da congregao, de uma forma aceitvel? Em quinto lugar, a questo de desempenho: Repetir uma orao? O Esprito de Deus no levariaoindivduoaclamar,comofezopobrepublicano:Deus,temmisericrdiade mim, pecador! [Lucas 18:13]? No foi este o anncio da converso de Saulo a Ananias, ...eis que ele est orando? (Atos 9:11). Assinar um carto? Isto to antibblico quanto a genuflexo, no ?34. Isto pode ser alegadamente necessrio para uma sinalizao da pes-soa e de seu propsito em vir frente, mas no tem eficcia espiritual. No entanto, panfletos eoutroscartes decompromisso,muitasvezestmumalinhaparaquesepossafazer uma assinatura e com isso selar sua deciso religiosa escrevendo seu nome voc mesmo, como um meio de se comprometer com Cristo, por qualquer motivo religioso dado. Agora, vamos considerar o reverso destas coisas, a fim de visualizar a fora de uma tradi -o to antibblica. E se, por uma questo de argumento, o pregador ou evangelista pedisse s pessoas, para no vir para a frente, mas para ir para a parte de trs do edifcio [san-turio?], se de forma verdadeiramente sria em relao ao estado de suas almas ou qual- quer outra questo religiosa sria, fosse pedido s pessoas que no se ajoelhassem, mas __________ [33] Charles Finney, Lectures on Revivals of Religion [Estudos Sobre os Avivamentos da Religio], p. 281. [34]Genuflexoomovimentodefazerosinaldacruzsobreopeitoeacabeadeacordocomoritual Catlico Romano. Issuu.com/oEstandarteDeCristo que se sentassem no cho e colocassem as mos sobre suas cabeas e permanecessem ali orando em silncio ou cantarolando um hino em voz baixa? A congregao no pensaria que o pregador estava completamente errado ou que tinha perdido o bom senso? Todos no se oporiam imediatamente a esta alegada confuso? Isso seria algo inteiramente novo, diferente, inovador, pragmtico e no pareceria algo intrinsecamente errado aos olhos da congregao? Seria uma ruptura radical com uma prtica que foi longamente aceita e que havia assumido o lugar de ser essencial. As pessoas simplesmente no respondem, indo na direo errada para longe de uma viso pblica, para um lugar diferente do altar, ou assumindo a postura errada ou no fazendo sua prpria orao! Ser que realmente poderiam ser excludas qualquer das seguintes questes do sistema de Apelos: a questo de ser pblico, de ir para o lugar adequado, ter um propsito decla-rado, exigir uma certa postura e a realizao de um determinado ritual? No so todas estas questes algo sacramental? O lugar onde essas prticas no-bblicas so realizadas ver-dadeiramente sacrossanto? Nenhum destes o pblico, local, propsito, postura ou de-sempenho pode ser justificado a partir da Escritura. Este Sistema no completamente antibblico, e, portanto, enganoso e perigoso? Este Sistema no um sistema psicolgico e emocional, em vez de espiritual? Quem no gostaria de levantar-se contra uma prtica to decididamente antibblica? Apenas alguns, infelizmente, e estes tm muitas vezes sido severamente criticados como sendo no-cooperantes e no-evangelsticos. VI. A NATUREZA SACERDOTAL DO SISTEMA DE APELOS. O Que Sacerdotalismo? O termo sacerdotal deriva do latim sacerdos, um sacerdote. Sacerdotal, ento, refere-seaumsistemareligiosoquefuncionaatravsdeumaobrasacerdotal.OCristianismo Evanglico e Fundamentalista, sendo centralizado no Evangelho, no tem nada a ver com qualquertipodealtaremqueossacramentossodispensadosoucomumsacerdcio terreno. O sacerdote fica entre Deus e os homens. E este prprio pensamento repugnante para Cristos Evanglicos. Mas isso realmente assim? Evanglicos e Fundamentalistas notm,narealidade,seuprpriosacramentalismoesacerdotalismo?Nsjvimosa natureza contraditria e no-bblica do Sistema de Apelos, que sacramental, em princpio. Mas, agora, qual a natureza sacerdotal deste sistema?35 ___________ [35] Este escritor tem ouvido muitas vezes tais palavras de comando: Venha frente agora. No demore! D amoparamimeseucoraoparaCristo!.Issonoalgosacerdotalnasmentesdaquelesqueiro responder?Opregadoreasuapalavradeautoridadenosonecessriosparaestaoperao?Tudo depende do fato das pessoas acreditarem ou no neste Sistema antibblico. Issuu.com/oEstandarteDeCristo O pregador pregou uma mensagem vibrante. A excitao religiosa est altssima. As emo-es da congregao esto profundamente agitadas. Tanto o pregador quanto as pessoas antecipam a chamada ao altar. Ambos acreditam no Sistema de Apelos. Isso alegada e tradicionalmente o correto a se fazer neste momento crtico. Tudo em toda a programao religiosa leva quele momento no para a pregao , mas para este momento de crise espiritual. Aqueles que participaram de tais programaes e aceitaram a tradio antibblica doSistemadeApelossopsicolgicaeemocionalmenteorientadosafazeremqualquer ao em resposta ao apelo do ministro para vir frente, por qualquer variedade de moti-vos, ou para orar fervorosamente com aquele que fez o apelo. Pregador ou Sacerdote? Qual o exato papel do ministro que est frente, no altar? O seu papel no sacerdotal? ElepermaneceuexatamenteperanteestacongregaocomoumhomemdeDeus, poderosamente declarando a verdade Divina. Todos os olhos esto focados nele e todos os ouvidos so preenchidos com sua voz de comando. As emoes esto muito afloradas. Ser que ele no estava entre a congregao e Deus, assim como Aro? Ser que ele, por assim dizer, no se tornou o mediador vocal entre Deus e os pecadores? Ele declara que se algum quer ou precisa vir frente, por qualquer razo, que Deus vai se encontrar com ele ou ela l no altar. Ele se levanta, por assim dizer, como fizeram os profetas do Antigo Testamento, ou os apstolos do Novo Testamento. Seu comando ou insistncia em meio a uma atmosfera emocionalmente carregada torna-se a mensagem de Deus nas mentes das pessoas,assimcomofoinapregao.Noresponder,opregadordeclara,recusara Deus, extinguir o Seu Esprito e rejeitar a Sua graa e oferta de salvao ou qualquer outra coisa que possa ser uma questo espiritual sria. Tanto o ministro quanto o povo tm a voz do ministro e a voz de Deus como se fossem amesma coisa, no ? Isso no foi verdadeiroduranteapregao?ElenodeclarouaPalavradeDeusfielmentecoma alegada uno do Esprito Santo? Ser que o Esprito de Deus deixou este homem quando o sermo terminou? No pode ser! Certamente ele cheio do Esprito quando ele declara, comanda e pede s pessoas para responder chamada ao altar. Ele est no altar, como onicohomemaquemospecadoresdevemouvireobedecermedidaqueeled instrues relativas salvao e compromisso espiritual.Vox sacerdotis, vox Dei, A voz do sacerdote a voz de Deus. A natureza sacerdotal do Sistema de Apelos inevitvel caso algum creia que existe absolutamente alguma realidade espiritual ali36. __________ [36] A transio natural do sermo emocionalmente carregado para o apelo crtica. A presso emocional deveser mantida.opontoaltoo momento maiscrticodoculto. Porquealgumdeveriaouvirou obedecer aos comandos do pregador uma vez que ele terminou seu sermo? Porque h a crena de que ele continua a ser um homem de Deus que pode comandar com autoridade espiritual, e convidar a vir frente aqueles que acreditam em tal imperativo espiritual. Que o Sistema de Apelos no bblico e que este homem no tem autoridade bblica para o que ele faz ou ento pede no surte nenhum efeito. O sermo e o Sistema de Apelos tornaram-se uma experincia espiritual nas mentes e emoes da congregao. Issuu.com/oEstandarteDeCristo Sacerdote ou Psiclogo? H uma outra abordagem para o papel do ministro no mbito do Sistema de Apelos. Con-siderando que este sistema no bblico, nem espiritual, mas inteiramente pragmtico e meramentepsicolgico,oministronofazmaiso papelde umpsiclogodoquedeum sacerdote?Apresena eavozdo homemestocomandandoe exigindo.Eleacabade concluirumpoderososermocheiodeemocionalismo.Amsicaouocantoaumentaa antecipao. A atmosfera est emocionalmente carregada. O ministro o foco da congre-gao. Ele o homem de Deus. Sua palavra to determinante como quando ele estava pregando. Ele est em seu poder e prerrogativa para convidar, demandar, exortar ou supli-car e dirigir. Ele tem, neste momento, algo como um tremendo poder e influncia sobre a-queles que esto reunidos diante dele, caso eles tambm acreditem no Sistema de Apelos. Emboranosepossaduvidardaseriedadeecompletasinceridadedopregadoredas pessoas reunidas, para aqueles que no acreditam neste sistema antibblico, pragmtico, ele visto como um desvio da Escritura e, portanto, apartado de qualquer autoridade dada por Deus. Tudo neste momento, aps a pregao e exortao dos homens a fugirem para Cristo(Atos2:40),simplesmentepsicolgicoeemocional,sejaqualforomotivoque possa ser alegado, no importa quo espiritual possa parecer. Isto, ento, se torna uma questo de uma busca forte, exigente ou apelativa personalidade visando pressionar a vontade de outros para que obedeam s suas exigncias. uma competio de vontades, e isso tudo uma disputa de vontades impostas por uma alegada habilidade por parte do ministro que preside de discernir os pensamentos e intenes do corao quando ele afirma publicamente que alguns so desonestos, hipcritas ou entristecem o Esprito Santo se eles no conseguem atender ao apelo37! Aqueles no servio encontram que isso uma crise espiritual em suas prprias mentes e de acordo com as suas prprias tradies religi -osas. Enquanto o ministro livre para falar, exigir, acusar, intimidar ou persuadir, aqueles queserecusamarespondereaceitardamaneiratradicionaldevempermanecerem silncio e serem vistos como reticentes, incoerentes, desonestos e no espirituais, ou mes-mo como atrapalhando a ao do Esprito de Deus naquela reunio. Mas, para aqueles, que detm a verdade bblica e no este sistema antibblico, aquilo simplesmente o uso de presso e manipulao psicolgica que, para alguns, pode at parecer, s vezes, o qua- __________ [37] Como o ministro conhece o corao da pessoa? Ser que ele tem discernimento sobrenatural? Ou ser que ele s presume conhecer o corao da pessoa? Ele quer possui o dom apostlico da revelao Divina e uma infalibilidade inspirada, ou em seu estado excessivamente zeloso e emocional, ele procura pressionar psicologicamente os seus ouvintes a se renderem sua vontade? Ns suspeitamos que o que acontece o ltimo,enooprimeiro.Eelenoesperaqueacongregaoconcordecomeleemsuasafirmaes ignorantes, mas ousadas? Esta certamente uma abordagem sacerdotal. Issuu.com/oEstandarteDeCristo seabusoquefeitoparacomaquelesquesolavadosasentirem-sedesonestosou culpados se eles no responderem38. VII. A NATUREZA PREJUDICIAL DO SISTEMA DE APELOS. Doutrina, Prtica e Uma Metodologia Antibblica Qualquersistemaoumetodologia antibblicaassimilado peloCristianismoBblicoproduz muito mal. Ele provoca dano doutrinria porque traz o Cristianismo a uma incoerncia ou contradio que visivelmente antibblica. Isso necessariamente abre mais e mais o cami-nhodoerrodoutrinrioparaacomodaraprticaantibblica.Tantoaf[crena]comoa prtica [experincia Crist] so afetadas. Isto produz um mal eterno queles que so vti -masdeumatalmetodologiaantibblica.ConversesfalsassoarunadoCristianismo Evanglico moderno. Alm disso, isso faz um grande dano social medida que a sociedade testemunhaotristeestadodoCristianismo,quando osCristosprofessosapostatamou levam o nome de nosso Senhor e Suas igrejas ao descrdito39. Quatro questes problema-ticas so consideradas em concluso: Uma Abordagem Hbrida Para O Evangelismo Em primeiro lugar, a verdade bblica da salvao torna-se cada vez mais misturada com o erro.EmborapossaserpossvelreteraverdadedalivreesoberanagraadeDeusna salvao segundo as Escrituras, a tendncia do Sistema de Apelos para um sistema Pela-giano que se centra na plenitude da capacidade humana. O livre-arbtrio e a livre graa so totalmente opostos um ao outro. A abordagem hbrida que busca alinhar a livre graa ao Sistema de Apelos deve, inevitavelmente, prejudicar o puro Evangelho da graa de Deus. Amensagemeametodologiadevemcoincidir.Atmesmoalgunspregadoresdagraa soberana, ansiosos por resultados visveis, tendem em direo a uma crena-fcil quando o Sistema de Apelos entra em sua metodologia evangelstica. Os resultados de tal evan-gelismo hbrido tm sido muitas vezes amargamente decepcionantes e, s vezes, trgicos. __________ [38]Esteescritorrecordamomentosemqueoministrosetornouabusivoparapressionaraspessoasa responderem.Porexemplo:Ora,euvimparaafrenteerecebiaCristocomomeuSalvadorpessoalda primeira vez que ouvi o Evangelho! Voc desonesto se voc no vir neste momento!. Este um exemplo moderado; algumas acusaes tm sido claramente pessoais e abusivas. Tal atitude acusativa e presunosa tem sido muito comum na experincia deste escritor. [39] Cf. Robert L. Dabney, Op. cit., pp. 557-574, algum que lidou bem com os perigos e a natureza destrutiva do Sistema de Apelos como visto em seus dias. Issuu.com/oEstandarteDeCristo Converses Esprias Emsegundolugar,oSistemadeApelospromoveconversesesprias.Porsuaprpria natureza, promove a ideia de que os resultados espirituais podem ser conhecidos imediata einfalivelmente.Aquelessobconvicodepecadoouquefazemumaprofissoaberta podem ser pressionados por meio do processo de metodologia evangelstica defeituoso a darem uma garantia, quando apenas a curiosidade pode ter sido despertada ou a consci-ncia pode somente ter sido incomodada em relao a algum pecado ou pecados espec-ficos e o agente em tal convico no o Esprito de Deus. Nem todas as convices de conscincia, mesmo que possam ser grandes e srias, so convices salvficas que levam o pecador ao arrependimento e f no Senhor Jesus (Joo 8:9; Atos 26:9). A f salvfica o dom de Deus (Efsios 2:8-10), bem comoo arrependimento salvfico (Atos 11:18). Em verdade, a f salvfica um compromisso absoluto e sem reservas para com Jesus Cristo como Senhor e Salvador40. No h questionamento algum sobre o senhorio de Jesus Cristo na salvao41. OSistemadeApelostematendnciadepromoverumacrena-fcil.Humagrande diferena entre a converso bblica e o decisionismo religioso. A converso bblica signi-fica o incio de uma vida transformada. a manifestao imediata e inevitvel da graa re-generadora42. Em nossos dias, h muitas converses esprias pessoas que professam a f em Cristo e at mesmo alguns so adicionados s nossas igrejas sem a manifestao suficiente da graa salvfica43. As Escrituras descrevem e alertam contra tais coisas como aqueles que tem somente uma f temporria (Mateus 13:20-21; Marcos 4:16-17; Lucas 8:13), uma f que se encanta com sinais ou com a verdade, mas logo desaparece (Joo __________ [40]AfrmulatcnicaparacrernEle,Cristo[]comoencontramosemJoo3:16eoutras passagens importantes, significa um compromisso total e sem reservas com o nosso Senhor. Cf. H. E. Dana e Julius R. Mantey, A Manual Grammar of the Greek New Testament [Um Manual de Gramtica do Grego do Novo Testamento]. Nova Iorque: Macmillan, 1957, p. 105. [41] Cf. Atos 2:36; Romanos 10:9-10; 2 Corntios 4:5. Nas duas ltimas passagens do uso predicativo do duplo acusativo deve ser lido a Jesus Cristo como Senhor. Como Deus constituiu o Senhor Jesus Cristo como Senhor em sua ressurreio e ascenso, ningum pode vir a Ele de modo salvfico por ningum menos do que Ele prprio. Vir para debaixo do Seu senhorio o comeo de uma vida verdadeiramente convertida. [42] Veja o ponto Regenerao e Converso, deste estudo. [43] Em Oberlin Evangelist, em 1875, Finney escreveu: Se eu tivesse meu tempo de volta, eu no pregaria nada, seno santidade. Meus convertidos so uma desgraa para a religio, e se eu tivesse o meu tempo de volta, eu no pregaria nada alm de santidade. Citado por D. M. Lloyd-Jones, Conversions: Psychological andSpiritual[Converses:PsicolgicaseEspirituais].InterVarsityPress,1974.p.31.Asinclinaes Perfeccionista de Finney o levaram a pensar que mais santificao manteria sua converso justificada, mas a santidade alheia para aqueles indivduos que no possuem a graa. Issuu.com/oEstandarteDeCristo 2:23-25), uma f meramente terica, que mantida por um tempo por causa de conveni -ncia (Joo 12:42; Atos 26:27-28) e uma mera f intelectual (1 Corntios 15:1-2). Crentes professos so exortados ao autoexame (2 Corntios 13:5). Mas se o Sistema de Apelos vlido, como seus adeptos alegam, ento, todos aqueles nas passagens anteriores devem serverdadeiramenteconvertidos!Amaioriadestestinhafeitoalgumtipodedeciso religiosa! Ningum deseja promover converses esprias. Mas se o Sistema de Apelos vlido, ento todos aqueles que respondem devem ser considerados como salvos. As Decises de Primeira Vez e a Reconciliao Em terceiro lugar, uma vez que estes professam a f fizeram uma deciso de primeira vez eles so muitas vezes isolados de outras sondagens evangelsticas da mente e do corao. Eles acreditam que foram salvos, e se eles no carem em breve (Mateus 13:20-21), continuaro em sua profisso de f vazia, emboraeles no do fruto com perfeio (Lucas 8:7, 14). Eles recebem uma segurana antibblica. Se estes carem em pecado que se torne conhecido ou tiverem dvidas quanto ao seu suposto estado espiritual, eles so instados a, mais uma vez virem frente no apelo e reconciliar-se com Deus44. Ningum pode ousar sugerir que sua deciso de primeira vez foi defeituosa. Afinal de contas, eles tiveram a experincia momentnea e isolada, o tempo e o lugar para provarem que eles so salvos. Pois questionar a prpria experincia de salvao, alcanada por meio do Sis-tema de Apelos, seria desacreditar todo o sistema em si. Estes devem sersalvos, caso eles manifestem as caractersticas de um verdadeiro crente ou no. Se eles fizerem isso e continuaremvivendoempecado,elesgeralmentesoconvenientementeconsiderados como cristos carnais que esto salvos, embora o seu modo de vida possa revelar-se abertamente pecaminoso. Eles sempre podem ir frente novamente e re-dedicar suas vidas ou tornar Jesus o Senhor de suas vidas. Assim, eles podem deixar de ser Cristos carnais e passarem a ser Cristos espirituais. Isto pode estar em conformidade com as Escrituras? A ideia de que os Cristos podem ser carnais ou espirituais uma dicotomia que antib-blica. Os Corntios foram chamados decarnais (1 Corntios 3:1-4) porque eles olharam para os seus heris humanos mais do que para o nosso Senhor. Eles no foram chamados de carnais, porque eles estavam vivendo vidas no-convertidas. A afirmao do apstolo Paulo em Romanos 7:13 como sendo carnal, literalmente feito de carne seu senso __________ [44] Reconciliao [ou Re-dedicao] outro ritual no-bblico inerente no Sistema de Apelos. A nica re-dedicaoconhecidanasEscriturasfoiadeZorobabelaorecolocarafundaodoTemplodeSalomo (Esdras 3:10-13). Este rito em praticidade parece corresponder aproximadamente ao confessionrio Papista em lidar com o pecado e possibilitar um novo comeo, exceto que no h necessidade de revelar ou confessar abertamente o pecado. O simples ato de uma reconciliao pblica geralmente suficiente. Issuu.com/oEstandarteDeCristo de fraqueza, luz da absolutamente justa e santa Lei de Deus. Romanos 8:1-11, no um contraste entre os Cristos carnais e espirituais, mas sim entre as pessoas, convertidos e no-convertidos. (Deve ser cuidadosamente notado que a seo inteira, Romanos 6:158:11, trata da relao do crente com a Lei de Deus. No h nenhuma diviso em 8:1, e, portanto, Romanos 7:13-25 no termina com uma declarao de derrota, mas, sim, em 8:1-11 com uma declarao de vitria). Tambm inerente a este sistema a ideia de que a sal-vao somente do castigo eterno. Muitas vezes h pouca ou nenhuma ateno dada realidade bblica de que a salvao , atual, do poder reinante do pecado (Romanos 6:14-18) e, finalmente, do castigo eterno. Esta tambm uma negao da unio do crente com Cristo e da necessidade de uma vida posteriormente convertida (Romanos 6:2-6; 2 Corn-tios 5:14-17). Uma Segurana Antibblica Finalmente, o Sistema de Apelos promove uma segurana antibblica da salvao. A partir do testemunho do Novo Testamento, podemos afirmar que um grau de segurana normal -mente o ponto culminante da experincia de converso. Isto est intrinsecamente relacio-nado com a prpria natureza da prpria f salvfica. O pecador crente aps haver recebido osdonsDivinos dafedoarrependimento(Efsios2:4-10; Filipenses1:29;Atos11:18, 18:27),atravsdacompreensodaverdadeDivina(Joo17:17;1Joo2:20,27),do testemunho do Esprito de Deus (Romanos 5:5; 8:11-16), e da realizao dinmica da graa Divina na vida (Romanos 6:1-14, 17-18; 8:11-16), possui uma razovel certeza de que ele uma nova criatura em Cristo Jesus e alegra-se com isto (2 Corntios 5:17; Romanos 5:1-2). Ele est ciente do amor incondicional de Deus, o qual constante concedido a Ele pelo Esprito Santo (Romanos 5:5). Essa elementar segurana : Inferencial Algum pode inferir a partir de vrias Escrituras que ele salvo que ele colocou sua f em Jesus Cristo como Senhor e Salvador (Joo 3:16, 5:24; Atos 16:31; Romanos 10: 9, 10, 13, 17). Evidente Algum que carrega as marcas da graa ou apresenta as caractersticas deumavidaconvertida(Romanos5:5,6:1-18,8:11-16;Glatas5:16-18,22,23;1 Tessalonicenses 2:13; Hebreus 12:14; 1 Joo 2:3-5; 3:3-10, 14). Interna ou Imediata o testemunho do Esprito Santo em relao a realidade da vida espiritual (Romanos 5:5, 8:1-16; 2 Corntios 3:17-18)45. __________ [45] Uma nota de cautela e explicao pode ser apropriada. O aspecto inferencial de segurana a abor-dagem usual e individual na maioria dos crculos Evanglicos por si s podeser presuno. O aspecto probatrio, por si s, poderia ser mero legalismo, e o aspecto interno ou imediato, por si s, pode tender para um misticismo. Mas tomados em conjunto, formam uma firme base bblica de segurana de f. Issuu.com/oEstandarteDeCristo Nunca nas Escrituras a salvao baseada em uma isolada e momentnea experincia religiosa[deciso], umtempoeumlugar. Noentanto,esteotipodeseguranano-bblica que fomentada pelo Sistema de Apelos, e tornou-se comum no Cristianismo Evan-glico e Fundamentalista46. CONCLUSO Este artigo discutiu algumas das principais razes por que no usamos o Sistema de Ape-los. Este sistema no neutro e, deste modo, opcional; claramente antibblico, e, portanto, prejudicial. Sua histria revela seu verdadeiro carter psicolgico e pragmtico, e como ele coloca ambos os lugares e os homens em posies que so bastante contrri as Palavra deDeusporaquelesqueaceitamessesistemaantibblica.Nsvemoscomoele,em princpio e prtica, de natureza sacramental e sacerdotal. Em seu zelo ansioso por resulta-dos imediatos e tangveis, os ministros podem tornar-se exigentes e at mesmo abusivos emsuasapelaes.Seusfrutosmaussomuitasvezesvistosnasvidasdaquelesque foram seduzidos por seus erros. Como um sistema, ele rene em si uma srie de outras crenas e prticas no-bblicas. Esta uma dura lio sobre a capacidade da natureza humana religiosa para acomodar o erro atravs da tradio e substituir a verdade das Escrituras por um sistema pragmtico e manifestamente antibblico. Apesar de no duvidar da sinceridade, seriedade, zelo e amor pelas almas por parte daqueles que usam este sistema, temos de sustentar, tanto quanto humanamente possvel, pela graa de Deus, o princpio daSola Scriptura. As palavras dos profetas Isaas e Jeremias merecem destaque e devem ser cuidadosamente conside-radas: lei e ao testemunho! Se eles no falarem segundo esta palavra, porque no h luz neles (Isaas 8:20). Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mos deles, e o meu povo assim o deseja; mas que fareis ao fim disto? (Jeremias 5:31). __________ [46]Quandoalgunsficamduvidosos,elessoquestionados:Vocnofoisinceroquandofezasua deciso?!.Claroqueforam.Ento,elessoexortadosanuncamaisduvidar.Eseduvidarem,elesso informados com toda a autoridade: Simplesmente aponte para o tempo, o lugar e a orao, e chame o Diabo de mentiroso!.Duvidarou chegarconclusodequeelesno foramsalvosquandoeles fizeramasua deciso religiosa seria desacreditar todo o Sistema de Apelos. Alguns, no entanto, incluindo este escritor, foram posteriormente convertidos muito depois de terem feito a sua deciso pela primeira vez. Estes veem os efeitos perniciosos e conhecem o vazio deste sistema, como comumente praticado. Issuu.com/oEstandarteDeCristo BIBLIOGRAFIA: Adams,JamesE.,DecisionalRegeneration[RegeneraoPorDeciso].Canton,GA: Publicaes Graa Livre, 1983. 16 pp. Dabney, Robert L., Uma Exposio de 1 Corntios 3:10-15, Discussions Theological and Evangelical [Discusses Teolgicas e Evanglicas]. Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1967 reimpresso. Vol. I, pp. 551-574. Dana, H. E. and Mantey, Julius R., A Manual Grammar of the Greek New Testament [Um Manual de Gramtica do Grego do Novo Testamento]. New York: Macmillan, 1957, 368 pp. Dodd,AlbertB.,TheOriginoftheCallforDecisions[AOrigemdasChamadaPara Decises], uma reedio do artigo 1847 do Princeton Review. A Banner of Truth Magazine, dezembro de 1963, pp. 9-15. Downing, W. R., Estudos sobre o Calvinismo e o Arminianismo. 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10 Sermes R. M. MCheyne Adorao A. W. Pink Agonia de Cristo J. Edwards Batismo, O John GillBatismodeCrentesporImerso,UmDistintivo Neotestamentrio e Batista William R. Downing Bnos do Pacto C. H. Spurgeon Biografia de A. W. Pink, Uma Erroll Hulse CartadeGeorgeWhitefieldaJohnWesleySobrea Doutrina da Eleio Cessacionismo,ProvandoqueosDonsCarismticos Cessaram Peter Masters ComoSaberseSouumEleito?ouAPercepoda Eleio A. W. Pink Como Ser uma Mulher de Deus? Paul Washer Como Toda a Doutrina da Predestinao corrompida pelos Arminianos J. Owen Confisso de F Batista de 1689 Converso John Gill Cristo Tudo Em Todos Jeremiah Burroughs Cristo, Totalmente Desejvel John Flavel Defesa do Calvinismo, Uma C. H. Spurgeon Deus Salva Quem Ele Quer! J. Edwards Discipulado no T empo dos Puritanos, O W. Bevins Doutrina da Eleio, A A. W. Pink Eleio & Vocao R. M. MCheyne Eleio Particular C. H. Spurgeon Especial Origem da Instituio da Igreja Evanglica, A J. Owen Evangelismo Moderno A. W. PinkExcelncia de Cristo, A J. Edwards Gloriosa Predestinao, A C. H. Spurgeon Guia Para a Orao Fervorosa, Um A. W. PinkIgrejas do Novo Testamento A. W. Pink InMemoriam,aCanodosSuspirosSusannah Spurgeon IncomparvelExcelnciaeSantidadedeDeus,A Jeremiah Burroughs InfinitaSabedoriadeDeusDemonstradanaSalvao dos Pecadores, A A. W. Pink Jesus! C. H. Spurgeon Justificao, Propiciao e Declarao C. H. Spurgeon Livre Graa, A C. H. SpurgeonMarcas de Uma Verdadeira Converso G. Whitefield Mito do Livre-Arbtrio, O Walter J. Chantry Natureza da Igreja Evanglica, A John Gill OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com. Sola Fide Sola Scriptura Sola Gratia Solus Christus Soli Deo Gloria Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a John Flavel Necessrio Vos Nascer de Novo Thomas Boston NecessidadedeDecidir-sePelaVerdade,AC.H. Spurgeon ObjeesSoberaniadeDeusRespondidasA.W. Pink Orao Thomas Watson Pacto da Graa, O Mike Renihan Paixo de Cristo, A Thomas Adams Pecadores nas Mos de Um Deus Irado J. Edwards Pecaminosidade doHomememSeuEstadoNatural Thomas Boston Plenitude do Mediador, A John Gill Poro do mpios, A J. Edwards Pregao Chocante Paul Washer Prerrogativa Real, A C. H. Spurgeon Queda, a Depravao Total do Homem em seu Estado Natural..., A, Edio Comemorativa de N 200 Quem Deve Ser Batizado? C. H. Spurgeon Quem So Os Eleitos? C. H. Spurgeon ReformaoPessoal&naOraoSecretaR.M. M'Cheyne Regenerao ou Decisionismo? Paul Washer Salvao Pertence Ao Senhor, A C. H. Spurgeon Sangue, O C. H. Spurgeon Semper Idem Thomas Adams SermesdePscoaAdams,Pink,Spurgeon,Gill, Owen e Charnock SermesGraciosos(15SermessobreaGraade Deus) C. H. Spurgeon SoberaniadaDeusnaSalvaodosHomens,AJ. Edwards Sobre a Nossa Converso a Deus e Como Essa Doutrina Totalmente Corrompida Pelos Arminianos J. Owen SomenteasIgrejasCongregacionaisseAdequamaos PropsitosdeCristonaInstituiodeSuaIgrejaJ. Owen Supremacia e o Poder de Deus, A A. W. Pink TeologiaPactualeDispensacionalismoWilliamR. Downing Tratado Sobre a Orao, Um John Bunyan TratadoSobreoAmordeDeus,UmBernardode Claraval UmCordodeProlasSoltas,UmaJornadaTeolgica no Batismo de Crentes Fred Malone Issuu.com/oEstandarteDeCristo

2 Corntios 4 1 Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no desfalecemos; 2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando com astcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos conscincia de todo o homem, na presena de Deus, pela manifestao da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho est encoberto, para os que se perdem est encoberto. 4 Nos quais o deus deste sculo cegou os entendimentos dos incrdulos, para que lhes no resplandea a luz do evangelho da glria de Cristo, que a imagem de Deus. 5 Porque no nos pregamos a ns mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, quem resplandeceu em nossos coraes, para iluminao do conhecimento da glria de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porm, este tesouro em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns.8Emtudosomosatribulados,masnoangustiados;perplexos,masnodesanimados. 9 Perseguidos, mas no desamparados; abatidos, mas no destrudos; 10 Trazendo sempre por toda a parte a mortificao do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus semanifestetambmnosnossoscorpos; 11Eassimns,quevivemos,estamossempre entregues mortepor amor de Jesus,paraque a vida de Jesussemanifeste tambmna nossa carne mortal.12 De maneira que em ns opera a morte, mas em vs a vida. 13 E temos portanto o mesmo esprito de f, como est escrito: Cri, por isso falei; ns cremos tambm, por isso tambm falamos. 14 Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitar tambm por Jesus, e nos apresentar convosco. 15 Porque tudo isto por amor de vs, para que a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar a ao de graas para glria de Deus. 16 Por isso no desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17 Porque a nossa leve e momentnea tribulao produz para ns um peso eterno de glria mui excelente; 18 No atentando ns nas coisas que se veem, mas nas que se no veem; porque as que se veem so temporais, e as que se no veem so eternas.