Política: para quê?
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Na conversa diária, usamos a palavra política em vários sentidos.
Há também um sentido pejorativo de política.
A política é a arte de governar, de gerir o destino da cidade.
São múltiplos os caminhos, se quisermos estabelecer a relação entre política e poder, e é preciso delimitar as áreas de discussão.
Desse modo podemos entender a política como luta pelo poder ou refletir sobre as instituições políticas.
E também indagar sobre a origem, a natureza e a significação do poder.
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diz
: • “ Se, numa democracia, um partido tem peso político é porque tem força para mobilizar um certo numero de eleitores. Se um sindicato tem peso político, é porque tem força para deflagrar uma greve...”
A política trata das relações de poder.
Poder é a capacidade ou a possibilidade de agir , de produzir efeitos desejados sobre indivíduos ou grupos humanos.
Para que alguém exerça o poder, é preciso que tenha força, entendida como instrumento para o exercício de poder.
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der • Nos Estados teocráticos, poder
legitimo vem da vontade de Deus;
• Nas monarquias hereditárias, o poder é transmitido de geração e mantido pela força da tradição;
• Nos governos aristocráticos,apenas os “melhores” exercem funções de mando.
• Na democracia, o poder legitimo nasce da vontade do povo.
Desde os tempos modernos, século XVII, configura-se como a instância por excelência do exercício do poder político em várias áreas da vida pública.
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er (
1864
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20) • “O Estado moderno é
reconhecido por dois elementos constitutivos: a presença do aparato administrativo para prestação de serviços públicos e o monopólio legitimo de força.”
Com o fortalecimento das monarquias nacionais, o Estado passou a deter a posse de um território e tornou-se apto para fazer e aplicar as leis, recolher impostos, ter um exército.
Embora a democracia seja a antítese de todo poder autocrático, o exercício do poder muitas vezes perverte-se nas mãos de quem o detém.
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oo
bio •“ O poder tem uma irresistível
tendência a esconder-se. Elias Canetti escreveu de maneira lapidar: “O segredo está no núcleo mais interno do poder”. É compreensível também porque: quem exerce o poder sente-se mais seguro de obter os efeitos desejados quanto mais se torna invisível aqueles aos quais pretende dominar .”
Aceitar a diversidade de opiniões, o desafio do conflito, a grandeza da tolerância, a visibilidade plena das decisões é exercício de maturidade política. Por isso mesmo, a democracia é frágil e não há como evitar o que faz parte da sua própria natureza.
Na historia do mundo sempre existiram tiranias.
Identificado com determinada pessoa ou grupo, o poder personalizado não é legitimado pelo consentimento da maioria e depende do prestigio e da força dos que o possuem. Trata-se da usurpação do poder, que perde o seu lugar público quando é incorporado na figura do governante.
O totalitarismo, fenômeno político do século XX.
O totalitarismo de direita, conservador, ocorreu, por exemplo, na Alemanha nazista
O de esquerda ocorreu na Itália fascista de orientação comunista, desenvolveu-se na União Soviética, na China e no leste Europeu.
O estado interferia em todos os setores.
Não havia pluralismo partidário, instituição básica da democracia liberal.
O partido criou vários organismos em massa.
A disciplina era exaltada.
Os poderes Legislativos e Judiciário estavam subordinados ao Executivo.
O governo concentrava todos os meios de propagandas.
A formação da policia política, controlando um enorme aparelho repressivo.
Campos de concentração e de extermínio.
Controle de informações por meio da censura.
Na educação de crianças e jovens, valorização das disciplinas da moral e cívica, visando à formação do caráter, da força de vontade, da disciplina, do amor a pátria.
O nazismo alemão teve conotação fortemente racista e baseava-se em teorias supostamente científica para valorizar a raça ariana.
Segundo Marx, na fase transitória entre o capitalismo e a nova ordem deveria instalar-se a ditadura do proletariado, que desapareceria com o tempo.
O totalitarismo stalinista teve diversas características semelhantes ao nazismo e ao fascismo.
O escritor Alexandre Soljenitsin da União Soviética, costumava referir a Stalin como o Egocrata.
Os regimes autoritários costumam ser identificados indevidamente com os governos totalitários.
Ambos cerceiam as liberdades individuais em nome da segurança nacional, recorrem à maciça propaganda política, exercem a censura e dispõem de aparelho repressivo.
Não há uma ideologia de base que sirva “para a construção da nova sociedade”.
Não há mobilização popular que dê suporte.
Prevalece a despolitização, que leva à apatia política.
O clima de repressão violenta gera medo, desestimulando a atuação política independente.
Os governos autoritários procuram manter a aparência de democracia.
Utiliza os militares na burocracia estatal
A elite econômica conta com oficiais das forças armadas nos postos-chaves.
Os militares saem do quartel para integrar a instituição política mais importante da nação.
Democracia se constrói pelo diálogo, enfrentamento dos conflitos de opiniões divergentes, tendo em vista um bem comum.
A liberdade democrática não se refere apenas a conquista de direitos mas também ao cumprimento de deveres.
O equilíbrio das forças políticas é sempre instável.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. 4.ed. SP: Moderna, 2009
SAMPAIO, IngritSilva. Filosofia política/Política: para quê? Disponível em: http://pt.slideshare.net/IngritSilvaSampaio/filosofia-polticapoltica-para-qu?qid=00058fce-8c58-4360-b5de-a6ff6ddc204b&v=default&b=&from_search=7