Poleiro Branco

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Chloebia gouldiae Descubra tudo sobre o Diamante de Gould, o pássaro multicolor. Aprenda a construir um ninho de madeira * Cuidados a ter com a sua ave Granulados vs Sementes * Entrevista exclusiva com Francisco Carraxis

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Revista aves

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Chloebia gouldiaeDescubra tudo sobre o Diamante de Gould, o pássaro multicolor.

Aprenda a construir um ninho de madeira * Cuidados a ter com a sua aveGranulados vs Sementes * Entrevista exclusiva com Francisco Carraxis

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EDITORIAL ÍNDICE

Ao cabo de milhares de anos a sonhar com isso, o homem conseguiu despegar os pés do solo e levantar voo nas asas do vento. Mas o homem, para voar, necessita do auxílio de com-plicadas máquinas que diminuem a beleza de um verdadeiro voo, pessoal e independente.As aves resolveram com assombrosa e invejável perfeição todos os problemas relacionados com o voo: grande potência muscular e área de asas suficiente, prolongada resistência ao cansaço, re-dução de peso, vista adequada e um agudo instin-to da orientação. Pertence-lhes o domínio do ar.

Nesta primeira edição da revista Poleiro Branco iremos ter como tema central a criação da ave exótica, Diamante de Gould, onde iremos explorar a opinião comum dos criadores sendo ela a “difícil criação desta magnifica ave. Também ire-mos contar com a presença nesta primeira edição do poleiro branco, Rui Vicente e Francisco Car-raxis. Da nossa parte esperamos que os nossos leitores retirem experiencias, para futuras criações.

A direcção:

João Raposo

poleiro branco

“O bosque seria muito mais triste se só cantassem os pássaros que cantam melhor”.

É com esta citação de Tagore, Rabindranath que iniciamos esta viagem pela re-vista Poleiro Branco, uma revista que procura ser diferente de todas as outras revistas Ornitológicas.A ornitologia é uma das poucas ciências beneficiadas por importantes con-tribuições de amadores. Procuramos ser mais interactivos com o leitor e expressar a paixão de ser criador de pássaros. Cada edição da Poleiro Branco pretende deixar o leitor cada vez mais preso á nossa revista.

Francelho das Torres“Falco Naumanni“

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“Diamante do ouro”Nesta 1º edição descubra tudo sobre o diamante de gould!

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Opinião pessoal de Rui VicenteGranulados vs Sementes

Saiba comoA passagem das sementes para o granulado

Cuidados a terVeja aqui os cuidados a ter com as suas aves, para evitar doenças

Entrevista comFrancisco Carraxis deixa o seu testemenhu enquanto criador e comerciante

Criar á mãoSaiba qual as vantagens de criar uma ave á mão

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DIAMANTE DE GOULD

“O DIAMANTE DE OURO”

Cabeça GouldOs gould mais conhecidos são os de cabeça vermelha, mas no meio am-biente, encon-tramos mais espécies com a cabeça preta, sendo que os de cabeça laranja são os mais difíceis de serem encontrados. Os gould mais conhecidos são os de cabeça vermelha, mas no meio ambiente, encontramos mais espécies com a cabeça preta, sendo que os de cabeça laran-ja são os mais difíceis de serem encontrados.

Bico GouldO bico é pequeno e pontiagudo, de cor am-arelada, que se altera na época de acasalamento ficando avermelhado. Serve essencialmente para alimentação.

Plumagem GouldA plumagem tem que ser lisa e brilhante, completa e junta ao corpo, não apresentar nada de plumagem juvenil ou es-tar em fase de muda. De boa consistência sobre todo nos pontos cobertor de pequenas penas: ao redor dos olhos e no nascimento do bico.

Sobre o peito e sobre o dorso as penas devem de estar bem compactas, unidas e de taman-ho justo com o fim de evitar uma divisão entre as penas.

Patas GouldAs patas são paralelas, sem-pre direitas. Contém 3 dedos anteriores e 1 posterior, sendo o do meio o maior. Todos con-tém pequenas unhas.

Os diamantes gould são animais calmos, que adoram a com-panhia humana e de outras aves, já que na natureza, vivem sempre em grandes bandos. Podem se dar muito bem com o criador, desde que se-jam bem tratadas. Os gould vivem em

harmonia entre si, mesmo durante a época de gestação das fêmeas. Inclusive, o melhor a fazer é manter estas aves a viver em conjunto e não individualmente ou em casais. Outro factor importante é manter sempre mais machos do que

fêmeas para que elas possam escolher en-tre eles.Geralmente o casal, após o acasalamento fica muito unido, não sendo aconselhável separá-los.

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Mistura de SementesIngredientes

Alpista 40%

Painço amarelo 28%

Milho-alvo branco 15%

Milho-alvo japonês 10%

Painço vermelho 6%

Perilha 1%

GritGrit é uma mistu-

ra de pedrinhas de

sílex: um suplemen-

to alimentar indis-

pensável para cada

pássaro e facilita a

digestão. Não é so-

mente uma fonte

rica de minerais, mas

a presença de pe-

drinhas de sílex é es-

sencial para uma boa

digestão.

Papa de ovo amarelaPapa macia para aves

granivóras. Própria para

a criação e manutenção.

Fresca com vitaminas e

aminoácidos. Com L-li-

sisna e DL-metionina.

GranuladoIngredientes

Cereais

Sementes

Fruta (mín. 5 % fruta fresca)

Extractos de proteínas vegetais

Açúcares

Minerais

Vitaminas

Oligoelementos

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DIAMANTE DE GOULD

ALIMENTAÇÃO Reprodução

Os gould alimentam-se de uma mistura de sementes para aves tropic-

ais, que costuma conter vários tipos de milho painço. De vez em quan-

do podem ingerir alguns alimentos à base de ovos, assim como alguns

insectos, desde que sejam pequenos, e verduras em pequenas quan-

tidades.

O dimorfismo sexual nos Diamantes de Gould assenta nalgumas dif-

erenças de tonalidade, sendo que os machos apresentam cores muito

mais vivas e brilhantes do que as fêmeas. Na altura da reprodução, o

bico dos machos Gould fica extremamente vermelho, enquanto que o

das fêmeas ganha uma cor mais escura, por vezes mesmo negro.

A idade ideal

A partir dos 10 meses

de idade estas aves já

estão sexualmente ac-

tivas para reprodução,

no entanto, e com o

intuito de se criarem

bons exemplares, só

aconselho a partir

dos 15 meses de vida.

O ninho

Nesta espécie, a

fêmea é que escolhe

o macho com quem

deseja procriar, de-

vendo por isso ter ao

seu dispor mais do que

um elemento. O ninho

fêmea coloca o último

ovo). Ao fim de mais

ou menos um mês as

crias deixam o ninho,

no entanto, somente

a partir dos 45 dias

de idade é que po-

dem ser separados

dos progenitores.

indicado para a sua

criação é uma caixa

com cerca de 15cm

x 10cm x 10cm, mui-

to semelhante à dos

periquitos mas com

uma entrada lateral.

Postura

Depois do acasala-

mento, a fêmea colo-

ca entre 4 a 8 ovos,

em dias alternados e

que incubará duran-

te cerca de 16 dias

(por norma e em aves

maduras, o choco

começa a partir do

momento em que a

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DIAMANTE DE GOULD

MUTAÇÕES Gould “Peito Branco”

Gould “Pastel 1 Factor”

A cor violeta do peito do Gould tem duas origens: uma origem estrutural

ligada ao fenómeno de refracção que é activado na estrutura

particular da plumagem, outra ligada à composição exclusiva

da feomelanina dos pigmentos presentes na zona.

O diamante de gould (Chloebia Gouldiae ) é um dos pássaros com

mais variedade de cor que existe e por isso é igualmente um dos

mais criados em cativeiro. É oriundo do continente Australiano,

e foi abundantemente importado, até que alguns criadores utilizando

os bengalins do japão como amas, conseguiram que os

mesmos se reproduzissem, apesar dos resultados quantitativos.

O Diamante de

Gould é uma espécie

monotípica. Quer isto

dizer que não

se conhecem

s u b e s p é c i e s ,

apesar de que

na natureza,

no que concerne

à cor da cabeça,

apresenta um polimorfi

smo marcado.

Pode haver indivíduos

ancestrais de cabeça

pretacabeça vermelha

e cabeça laranja

uma mu-

tação recessiva

livre, que inibe

(pára) a acção do

gene e que codifi ca

a “astaxanti-

na” (pigmento

v e r m e l h o ) .

Considerando a forma

cabeça vermelha

como elemento

de maior expressão

evolutiva, a cabeça

laranja nasce de

Gould “Clássico”

Esta mutação, que

tem o poder de deter

a feomelanina, conduz

a um espécime com

o peito de

uma brancura

resplandecente

partes do corpo:

Máscara, no “cabeça

vermelha” e no

“cabeça laranja”, nos

fl ancos, doros, ventre

e sub - caudais.

O efeito visual dessa

mutação, excepcional

no peito

explic se de

duma maneira

menos evidente

tal como as outras

A mutação “pastel” tem o poder de diluir a eumelanina em

todo o corpo. A sua hereditariedade genética particular, de

dominância incompleta ligada ao sexo, leva a gerar, não só machos

e fêmeas com diluição completa , mas também indivíduos

(só machos) heterozigóticos com um só factor de mutação

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DIAMANTE DE GOULD

Gould “Pastel 1 Factor”

De um ponto de vis-

ta estritamente

teórico, estes espécimes

são caracteriza-

dos fenotipicamente

por uma quantidade de

eumelanina codifi cada de 50%

em relação ao Gould ancestral

Gould “Pastel 2 Factores”

De um ponto de vista estritamente teórico, estes espécimes

são caracterizados fenotipicamente por uma quantidade de eumelanina

codifi cada de 50% em relação ao Gould ancestral.

A hereditariedade genética

é a dominância incompleta,

ligada ao sexo. (Praticamente,

na primeira geração

aparece a mutação em 50%).

Gould “Azul”

Esta mutação, re-

cessiva autossómica,

tem o poder de reter

os lipocromos quer sejam amarelos

ou vermelhos. Logo que

tal se verifi ca, entra em acção a

estrutura refracti-

va (que determina

o fenómeno de refracção)

da plumagem, a coloração azul

que substitui o verde original é

que dá nome à mutação “azul”.

É a combinação, recessiva autossómica, entre as mutações “azul” e

“peito-branco”.

Os espécimes homozigóticos para estas mutações caracterizam-se

pela inibição completa tanto de lipocromos como de feomelanina.

Obtêm-se espécimes com uma cromia particularmente contrastante

com as zonas desprovidas de pigmentos puros.

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GALERIA

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O uso de granulados já tem alguns (largos anos) tendo surgidolá pelos anos 80. Nessa altura tinha como principalalvo os psitacídeos e grande/médio porte em particularcomo animaís de estimação

Desse sector avançou para as aves de criação. Normalmenteo criador vendia a ave, com um certo alimento porque eramuito mais fácil “controlar” a dieta que quem comprou aave ia usar. É preciso ver que na altura a alimentação destasaves levantava muito problemas e existia menos informaçãodo que hoje em dia.

Como no resto do mundo o mercado de aves de grandeporte como animais de estimação é menos signifi cativo(exactamente o inverso) surgiu uma tendência já nos anos90 de adaptar estes alimentos a outros tipos de aves.Com a experiência o que se tem verifi cado é que, ao nivelda criação, cada vez mais criadores vêem os granuladoscomo mais um alimento complementar e não o usam a100% da dieta. Na minha opinião são alimentos muito interessantes paraserem usados como complementos, não como alimentoúnico.No caso particular de aves pequenas, existem dezenasde comportamentos diferentes em termos alimentares.Se o criador observar as suas aves percebe (sobretudonos exóticos) que mesmo as misturas comerciais por vezesnecessitam de alguns ajustes. Aquilo que é vendido comomistura para “exóticos” é apresentado para dezenas de espéciescom hábitos alimentares que podem ser bastante diferentes.

GRANULADOS VS SEMENTES

Claro que com o tempo se vão criando aproximações e asaves adaptam-se a dietas mais regulares e menos variadas,mas dai a usar “ração”.

Do ponto de vista nutricional são realmente interessantes,mas basta observar que algumas aves vivem bem com dietasde granulados e depois, por exemplo, não alimentam ascrias com eles. O mesmo se passa com as papas, cuja utilzaçãoé muito mais antiga e comum do que os granuladosem aves de pequeno porte.

Resumindo, na minha opinião, granulados não são aparausar como dieta a 100%. Podem ser utilizados mais facilmenteem aves de estimação (mais controlo nutricional,maior facilidade de suplementação) do que em aves decriação (maior necessidade de ajustes nutricionais ao longodo ciclo, baixo estimulo comportamental). Em aves depequeno porte são mais uma alternativa como complemento.

As aves insectivoras, por questões de comportamento alimentar,aceitam mais facilmente novos tipos de alimentosdo que os granívoros. Além disso, o seu alimento em cativeiroé radicalmente diferente do natural (insectos vivosvs. papas/granulados), portanto usar alimentos complementaresacaba por ser uma necessidade. Mesmo assim,quando se fala em reprodução, Surge sempre a utilização

Rui Vicente

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OPINIÃO PESSOAL

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IMPORTÂNCIA DOS NINHOS PARA AS AVES

SAIBA COMO

O que precisa para construir um ninho?

Passo-a-passo - Madeira de pinho com 0,8 cm de espe-ssura- Cola para madeira- Pregos de sapateiro

- Corte 4 partes de madeira iguais para criar um cubo.

- Na parte frontal corte uma abertura para o pássaro entrar no ninho.

- Cole o ninho com cola para madeira e espere que seque.

- Por fim pregue uns pregos para reforçar o ninho.

O ninho tem como

função principal a

proteção dos ovos

e das crias quer das

condições atmos-

féricas desfavoráveis

quer de inimigos natu-

rais. O ninho evoluiu

ao mesmo tempo que

evoluíram as aves.

As aves começaram

por depositar os ovos

no solo ou sobre ma-

teriais em decom-

posição, tal como

os répteis. À medida

que a temperatura

do seu corpo se es-

tabilizou, deixaram

de depender do calor

externo para incubar

os próprios ovos. Du-

rante a incubação há

também uma maior

proteção e vigilância

Se as crias nascem

praticamente num

estado embrionário e

permanecem duran-

te muito tempo no

ninho, necessitam de

uma melhor proteção.

As aves cujas crias

nascem num estado

de desenvolvimen-

to avançado e que

abandonam muito

cedo o ninho, con-

stroem-no sem de-

masiados cuidados ,

no solo ou em alguma

plataforma rochosa.

CONSTRUA UM COMEDOURO DE FRUTASUma maneira rápida e simples de cons-tuir comedoouros para os seus pássaros de forma económica.

1. CORTAR

2. COLAR

3. ENVOLVER

4. ESTICAR

5. PEGA

5. PINTAR

Corte dois cabos com o auxílio de um alicate, um com cerca de 30 cm e outro com 40 cm.

O que precisa?

Receita...

Cole no tubo uma das pontas do cabo de 30cm. Isto permite começar a enrolar o fio.

- 1 m de cabo de aço- 1 alicate- 1 lata de tinta para servir de forma- Fita-cola- Spray

- 350 g de sementes para pássaros exóticos- Manteiga de amen-doim- Fruta variada.

Numa panela leve ao lume a manteiga com todos os ingredientes. Espalhe no tubo e coloque no congela-dor até solidificar.

Calmamente enrole o cabo á volta do tubo. Faça isto até acabar o fio.

Remova o fio do tubo e curve o fio na ponta com a ajuda do alicate.

Com o outro fio que cortou uni-cialmente, curve-o com o auxílio do alicate para formar a pega do comedouro.

Com um spray pinte o comedouro, para prevenir a corrosão.

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CUIDADOS A TER

CUIDADOS A TER COM AS AVESO estado de saúde da sua ave vai ser um reflexo dos cuidados presta-dos com a alimentação e higiene. Se possui várias aves e costuma ad-quirir aves novas, crie-lhes um período de ambientação em jaula inde-pendente, efectue a desparasitação e suplemente com vitaminas na água da bebida, antes de as juntar à sua colecção.

Doenças mais comuns em aves

Como é que sei que a minha ave está doente?A sua ave não se encontra bem de saúde se apresen-tar algum dos seguintes sintomas, devendo trazê-la para consulta:

- diminuição do apetite- diminuição da vocalização - dorme durante o dia- fica no fundo da gaiola- corpo “em bola”- alteração da quantidade, aspecto das fezes- feridas, crostas, lesões nas penas ou prurido- arrancamento das penas e auto-mutilação- corrimento ocular ou nasal

Psitacose /Clamidiose Doenças Respiratórias Gripe Aviária

é uma doença trans-missível ao homem e que afecta várias es-pécies de aves.

as aves desenvolvem es-tas infecções com facili-dade, bastando estarem expostas a fumos, poei-ras, humidade, diferenças de temperatura e cor-rentes de ar.

Se as aves estão alo-jadas no interior de casa, sem contacto com aves silvestres, o risco de se infectarem com o vírus é muito reduzido.

- doença respiratória- sinusite- conjuntivite- diarreia- dilatação abdominal

- conjuntivite- inflamação em redor dos olhos- corrimento ocular e na-sal- sons respiratórios

- infecção respiratória- morte súbita em al-guma ave

Número Solidário760 50 10 95

Custo da chamada: €0,60 + IVA

Gaiola idealA gaiola ideal é sempre a maior que conseguir acomodar, mas deve ter em conta o tipo de ave que pretende colocar nela. Os psi-tacídeos (papagaios, caturras e outros) são mais trepadores que voadores, devendo ter gaiolas es-paçosas e altas, com ramos e es-cadas para a poderem percorrer “a pé”. Os passeriformes (canári-os e afins) devem ter uma gaiola com espaço para voar e, como a tendência é manter várias aves na mesma gaiola, deve colocar vários comedouros e bebedouros para evitar lutas. Dúvidas sobre os poleiros mais adequados, brinquedos mais apreciados, frequência dos ban-hos, desparasitação, desinfecção e limpeza das gaiolas e ninhos, reprodução ou outras deverão ser prontamente esclarecidas com um médico veterinário, especialis-ta em Ornitologia.

Dieta idealA dieta ideal é composta de uma mistura variada de sementes ade-quadas à espécie e/ou por ração própria para aves. Nem sempre é fácil fazer com que uma ave ha-bituada a sementes coma ração, mas esta é mais completa e equil-ibrada, com a vantagem de não produzir lixo de cascas em casa. O problema da alimentação à base de sementes, é que as aves têm a tendência de escolher aquelas que gostam mais, igno-rando as outras. Por exemplo, os papagaios apenas ingerem as se-mentes de girassol quando estas estão misturadas com outras, po-dendo levar a problemas de fíga-do. Qualquer dieta deve ser com-plementada com fruta e legumes frescos diariamente, servindo es-tes suplementos como fonte extra de vitaminas e como distracção e enriquecimento ambiental

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FranciscoCarraxis

Com a crise que o

nosso país atravessa, o

negócio ornitológico também foi afectado.

O Poleiro Branco foi a

procura de testemunhos

desta situação. Francisco Carraxis,

natural de Beja, tem uma casa aberta

desde 2001. ExótiBeja é o nome desta loja.

Francisco Carraxis, desde quando se interessa pelo mun-do das aves?

Desde pequenino que tenho esta paixão por “passarinhos”. Isto tudo

começou com um casal de Periquitos Australianos. Fui com o meu avô

á antiga feira de Agosto de Beja e ofereceu me um casalinho de Periquitos.

Desde esse dia nunca mais deixei este mundo da ornitologia.

É de nosso conhecimento que Francisco Carraxis foicolumbófi lo, ganhou muitos prémios regionais e naciona-is, porque deixou esta competição?

Deixei a columbofi lia por uma razão monetária. A falta de apoio

do governo a este desporto é tremenda, e triste, pois Portugal é

privilegiado em termos ambientais e temos grandes columbófi -

los. E cada vez mais, esta competição está a cair no esquecimento.

E em relação ao seunegócio, de que maneiraesta crise o atingiu?

Na sua opinião, as grandessuperfi cies comerciaisvieram abalar o comérciolocal?

O volume de vendas em comparação

com 2007 e 2012, tivemos

perdas por volta dos 65%. O

preço dos artigos e dos animais

tem tendência para aumentar,

e o cliente cada vez tem menos

poder de compra. Não temos

outra solução senão aguentar

esta situação. Eu acredito que a

situação fi nanceira do nosso país

irá melhorar, mas até lá temos

de “apertar a cinto” e aguentar

Penso que sim, mas a maneira

como temos combatido esta

situação, tem sido por estimar os

nossos clientes. Os nossos clientes

tem um atendimento personalizado,

e um vasto leque de produtos

disponíveis, específi co para

qualquer tipo animal. Felizmente,

a ExotiBeja tem um vasto leque de

clientes fi éis, que reconhecem a

nossa qualidade e nos dão o voto

de confi ança para os seus animais.

Também temos uma vertente

diferente de trabalho, onde o

nosso cliente também é vendedor

pois a ExotiBeja compra as

aves criadas aos nossos clientes

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ENTREVISTA COM

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A ARTE DE CRIARAVES À MÃOAfinal o que é “criar à mão” uma ave?

É uma arte que é praticada há já muitos anos por criadoresmais experientes e que exige muita dedicação, paciência etempo. Consiste em criar uma ave desde o seu nascimento.

Afi nal o que é “criar à mão”uma ave?

É uma arte que é praticada há jámuitos anos por criadores maisexperientes e que exige muitadedicação, paciência e tempo.Consiste em criar uma ave desdeo seu nascimento. Outra situaçãoé retirar as aves com algunsdias de vida para podermos criálasaté à fase de serem independentes.Assim tornam-se bastantemeigas e sociáveis sendoóptimas mascotes de companhia

Criar à mão é muito arriscado,não aconselho a ninguém quenão tenha experiência, além deexigir muito do nosso tempo,se não for feito adequadamentepode causar facilmente a morteda ave. Muitas vezes encontramoscrias mortas nos ninhos e, ao criarà mão estamos a dar-lhe uma.

oportunidade de sobrevivência.Ao retirarmos as crias estamos acontribuir para que a taxa de mortalidadediminua, e os pais com

menos crias no ninho, criam muitomelhor os restantes fi lhotes. Nosdias de hoje já é mais fácil fazê-lo.

Um poster com as seguintes espécies:

- Diamante gould azul peito roxo - Diamante gould albino

- Diamante gould classico

- Diamante gould pastel 2 factores

MAIL

INCLUI

MORADAgeral.poleirobranco.gmail.com

PoleiroBranco, LdaRua Fernando Lobão Faria, Lisboa7698 - 248 Lisboa284 497 584 / 921 215 758 / 921 214 759

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O QUE É?

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