Poesia de Almeida Garret

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Poesia de Almeida Garrett

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Poesia de Almeida Garrett

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Períodos da Literatura Portuguesa

Literatura Medieval (Séc. XI a XIV)

1º Período Período Trovadoresco

2º Período Período Palaciano

Literatura Clássica (Séc. XVI a XVIII)

1º Período Renascimento, Humanismo, Classicismo

2º Período Barroco

3º Período Neoclassicismo

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Literatura Moderna (Séc. XIX)

1º Período Romantismo

2º Período Realismo e Simbolismo

3º Período Modernismo

Literatura Contemporanea (Séc. XX e XXI)

Neo-realismo

Surrealismo

Experimentalismo

Concentrismo

Existencialismo

Realismo Histórico

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António Feliciano de Castilho

Camilo Castelo Branco

Segunda geração romântica

Primeira geração romântica

Almeida Garrett

Alexandre Herculano

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Garrett Vida e Obra

• Estudioso da literatura tradicional• Homem dos Saloes• Participante nas lutas liberais• Politico• Reformista do teatro

Poeta

• D. Branca;• Camões• Flores sem fruto;• Folhas Caídas

Dramaturgo

• O Auto de Gil Vicente (1838)•Alfageme de Santarém (1841)• Frei Luís de Sousa (1843)

• O Arco de Santana (1845)• Viagens na minha terra (1846)

• Ensaios• Crónicas • Cartas

RomancistaO Jornalista /

Politico

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Folhas Caídas

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Carta a Baronesa da Luz“Amo-te como nunca ninguém amou neste mundo, amo-te, adoro-te, não sei nem posso ter coração para outra coisa. Tu és o meu primeiro amor, o meu último amor”

Almeida Garrett

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Características gerais dos poemas: 

• . Poesia amorosa em que o amor se apresenta como refúgio de tudo aquilo que os amantes rejeitam e querem cortar laços.

• . Poesia amorosa de carácter sensual retratando uma enorme dependência do EU ao TU.

• (O amor é físico. intenso, arrebatado, partilhado a dois com paixão e ciúme, cheio de sofrimento.

• . Poesia amorosa repleta de contradições e contrastes.

• (A mulher é Anjo ou Demónio, Salvação ou Perdição do homem.)

• . Poesia amorosa em que o EU não consegue aspirar ao amor puro e ideal.

«Folhas Caídas»

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• (O EU reconhece a incapacidade de controlar os seus sentimentos e comportamento sensual ).• Poesia amorosa em que o destino e a fatalidade estão presentes.• Poesia , saudosista dos momentos amorosos vividos com paixão. • Poesia de tom coloquial, natural e corrente.• Poesia de carácter dramático. • (É sentida a presença do Tu)• Poesia de abandono das convenções clássicas.

«Folhas Caídas»

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Advertência (Folhas Caídas)

“Antes de venha o inverno e disperse ao vento essas folhas de poesia que por ai caíram, vamos escolher uma ou outra que valha a pena conservar, ainda que não seja senão memorias.”

“Mas sei que as presentes Folhas Caídas representam o estado de alma do poeta nas variadas, incertas e vacilantes oscilações do espírito, que, tendendo ao seu fim único, a posse do Ideal, ora pensa tê-lo alcançado, ora estar a ponto de chegar a ele, ora ri amargamente porque reconhece o seu engano…

Deixai-o passar gente do mundo, de votos do poder, da riqueza, do mando, ou da glória. Ele não entende bem disso e vos não entendeis nada dele.

Deixai-o passar, porque ele vai onde vos não ides; vai, ainda que zombeis dele, e o calunieis, que o assassineis. Vai, porque ele é espírito, e vos sois matéria.

E Vos morrereis e ele não… mas não triunfeis porque a morte não passa do corpo, que é tudo em vós e nada ou quase nada no poeta.”

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Pescador da barca bela,

Onde vais pescar com ela

Que é tão bela ,

Oh pescador ? Não vês que a última estrela No céu nublado se vela? Colhe a vela Oh pescador! Deita o lanço com cautela,Que a sereia canta bela… Mas cautela, Oh pescador! Não se enrede a rede nela,Que perdido é remo e vela Só de vê - la, Oh pescador. Pescador da barca bela,Inda é tempo, foge dela, Foge dela Oh pescador! A. Garrett

Barca Bela

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São belas – bem o sei ,essas estrelas,Mil cores_divinais têm essas flores;Mas eu não tenho , amor, olhos para elas; Em toda a natureza Não vejo outra beleza Senão a ti - a ti!

Divina_ai! sim, será a voz que afinaSaudosa _na ramagem densa,umbrosa.Será;mas eu do rouxinol que trina Não ouço a melodia, Nem sinto outra harmonia Senão a ti_a ti!

Respira _ n’aura que entre as flores gira,Celeste _incenso de perfume agreste.Sei…não sinto:minha alma não aspira, Não percebe,não toma Senão o doce aroma Que vem de ti_ de ti!

Formosos _ são os pomos saborosos,É um mimo _ de néctar o racimo:E eu tenho fome e sede … sequiosos, Famintos meus desejos Estão … mas é de beijos, É só de ti_de ti!

Macia _ deve a relva luzidiaDo leito _ ser por certo em que me deito.Mas quem, ao pé de ti , quem poderia Sentir outras carícias, Tocar noutras delícias Senão em ti _em ti!

A ti! Ai, a ti só os meus sentidos Todos num confundidos, Sentem,ouvem, respiram; Em ti, por ti deliram. Em ti a minha sorte, A minha vida em ti; E quando venha a morte, Será morrer por ti.

Almeida Garrett

OS

CINCO

SENTIDOS

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Fim!

Olha bem estes sítios queridos,Vê-os bem neste olhar derradeiro…Ai!, o negro dos montes erguidos,Ai!, o verde do triste pinheiro!Que saudades que deles teremos…Que saudade, ai, amor, que saudade! …

A. Garrett