Poe's
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O MITO
Edgar Allan Poe
Análise SemióticaObjeto / Quali-signo: Edgar Allan Poe
Signo / Sin-signo: Escritor do início do séculoXIX conhecido por suas narrativas góticas
Interpretante / Legi-signo: Fonte de entreteni-mento e inspiração, gênio capaz criar históriascurtas de cunho fictício
Primeira idade / Objeto imediato : ser humano, masculino,meia idade, rugas, olheiras, bigode, cabelo preto, caucasiano
Segunda idade / Objeto dinâmico: cansaço, melancolia, trajesantigos, reocupado com a aparência, sobriedade
Terceira idade / Interpretante: Grande escritor aclamado porseus poemas de terror e loucura, e pouco conhecido por suashistórias de investigação, gênio muito avançado para seutempo, mito
Análise do Significante
Poeta do século XIX que escreviacontos, poemas de ficção pararevistas e jornais. Perdeu a mãe comapenas 4 anos e foi adotado poramigos de família. Casou-se com aprima, Virginia, de 14 anos que erasua companheira em todos osmomentos, eles viviam inseparáveis,seja para uma caminhada no bosque,seja para tocar piano enquanto elaacompanhava cantando estavamsempre juntos. Um dia enquantofaziam esses duetos suas esposatosse e uma pequena mancha desangue cora seu lábio e eis que eledescobre que sua amada sofre detuberculose, a mesma doença quehavia levado sua mãe e irmão.
Análise do Significado
Com os anos passando a doença de suaesposa progredia e com isso a melancolia doescritor. Neste meio tempo ele escreveu umacarta para um familiar falando de sua angustiaem imaginar a morte de sua esposa repetidasvezes e que esse sofrimento por antecipaçãoo estava levando a loucura. Então quandoescreveu o poema O Corvo sua ascensão paraum mito havia começado. Não se falava outracoisa se não que no poema de Edgar AllanPoe, pessoas tinha pesadelos com corvos queentravam voando por suas janelas,criancinhas o seguiam imitando corvosbatendo asas e ele respondia a essasprovocações se virando rapidamente para elasdizendo “Nunca mais“. Fez declamações deseu poema em teatros para um público que oadmirava por sua intensidade e comparavamo brilho de seus olhos ao do próprio corvo.
...And the raven, never flitting, still is sitting, still is sittingOn the pallid bust of Pallas just above my chamber door;And his eyes have all the seeming of a demon's that is dreaming.And the lamplight o'er him streaming throws his shadow on the floor;And my soul from out that shadow that lies floating on the floor
Shall be lifted--- nevermore!
...E o corvo, na noite infinda, está ainda, está aindaNo alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.Seu olhar tem a medonha dor de um demonio que sonha,E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão mais e mais,E a minh'alma dessa sombra, que no chão há mais e mais,
Libertar-se-á--- nunca mais!
Edgar Allan Poe – The Raven
Fernando Pessoa – O Corvo (Tradução)
Contexto histórico
Na época em que Edgar Allan Poe começou atornar‐se mito não havia muitos escritoresque contassem histórias de terror, loucura ouabordassem tão explicitamente a dualidadedo ser humano e sua capacidade em cometeratos atrozes. Tempo em que as pessoas eramais facilmente assustadas. Seus contoscheios de mistérios e revelações apenas noscapítulos finais são receitas usadas até hojepor escritores famosos e cineastas, suamaneira de rima quase cantadas para ospoemas faziam dele um gênio e pioneiro parasua época.
Com a entrada da televisão e internet suas obras ganharão um espaço mundial muito mais abrangente inclusive sendo adaptadas de várias maneiras de atingir outros públicos.
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