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PLANO DE NEGÓCIOS
Elaborado para: LAR
Janeiro 2018
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INDICE
1. SUMÁRIO EXECUTIVO 4
2. DSCLAIMER 5
3. ÂMBITO DO ESTUDO 6
4. DESCRIÇÃO DO PROJECTO DE INVESTIMENTO 7
5. ENVOLVENTE EXTERNA 11
6. MERCADO – ALVO 17
7. FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO 18
8. ANÁLISE SWOT 19
9. MARKETING MIX 21
10. RECURSOS HUMANOS 23
11. ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÓMICA E FINANCEIRA 26
12. CONCLUSÕES 27
13. ANEXOS 28
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SUMÁRIO EXECUTIVO
A preparação de um projecto de investimento e de um business plan implica sempre uma mais-
valia para a instituição que o prepara. Além de ficar de posse de um importante instrumento de
controlo da evolução da empresa, tem também uma relevante ferramenta de planeamento e
posicionamento estratégico. Só o facto de se projectar a empresa para um determinado período
implica desde logo acções de pensamento comum, troca de ideias e partilha de opiniões entre
os responsáveis das empresas.
Este documento pretende ser isso tudo:
I. Uma peça na engrenagem de uma empresa que está praticamente a iniciar uma
nova “vida”;
II. Um momento de reflexão sobre o caminho a trilhar para que se atinjam
objectivos de todos os stackholders;
III. Um instrumento de gestão ao dispor da equipa de responsáveis da empresa de
âmbito plurianual.
O documento pretende igualmente apresentar o plano de investimento estratégico a potenciais
interessados no envolvimento no projecto aos mais diversos níveis. Pretende pois apresentar o
projecto de investimento, as motivações dos responsáveis e quais os caminhos que pretendem
trilhar, projectando-o num horizonte de 10 anos, quer do ponto de vista operacional quer do
ponto de vista financeiro.
As projecções preparadas, assentes em critérios de total prudência, revela a sua exequibilidade
com elevada probabilidade. Aliás, a análise de sensibilidade preparada, com base num cenário
mais negativo, demonstra um bom comportamento nas métricas utilizadas, suportando a
decisão estratégica tomada pela equipa de gestão.
O presente projeto tem por objectivo apoiar a integração de famílias de refugiados e migrantes,
com gosto pela agricultura, em Portugal, em concreto no meio rural, através da exploração de
terrenos em desuso e comercialização dos produtos que resultem desta actividade.
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DISCLAIMER
O presente estudo foi preparado pela “Shift Up Consulting” (adiante Shift Up) com base no
âmbito e objectivo definidos pelos seus promotores, compreendendo o papel e importância que
o desenvolvimento deste projecto, com os fins propostos, poderá ter na região em que se insere.
Como resultado desta colaboração, foi produzido o presente documento cujo âmbito e
objectivos são da responsabilidade dos promotores. É ainda da responsabilidade dos
promotores do projecto a validação da adequabilidade e suficiência das metodologias e
procedimentos utilizadas pela equipa de projecto para a concretização do âmbito e objectivos
definidos.
O presente documento foi elaborado com base em documentação fornecida pelos promotores,
da sua inteira responsabilidade. Foi igualmente utilizada informação pública disponível que, no
entender da equipa de projecto, se encontra relacionada com o seu objecto e enriquece o
estudo elaborado. A “Shift Up” e os seus colaboradores exoneram-se expressamente de toda a
responsabilidade relacionada com a informação, com os seus erros e omissões. Nenhuma
informação estabelecida ou referida neste estudo ou outra informação fornecida, quer escrita
quer oralmente, forma a base para qualquer tipo de garantia ou obrigação.
A “Shift Up” respeitará a máxima confidencialidade sobre todas as informações contidas neste
estudo assim como as suas conclusões. As diferentes alternativas apresentadas neste estudo
têm por base cenários que a equipa do projecto considera ser aqueles que têm maiores
probabilidades de se virem a realizar, tendo em conta os objectivos dos promotores deste
projecto de investimento. No entanto, os cenários apresentados têm por base pressupostos que
têm características dinâmicas e que, em caso de alterações, podem alterar as conclusões de uma
forma materialmente relevante. Adicionalmente, a “Shift Up” não assume qualquer
responsabilidade pela actualização dos resultados deste estudo após a apresentação aos
promotores, excepto se ambas as partes convergirem face a esta situação.
A “Shift Up” ressalva que no presente projecto os valores de referência considerados de compra
do produto foram os indicados pelo promotor, o que de forma nenhuma nos pode
responsabilizar pelo desvio que se venham a verificar nos cenários apresentados.
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ÂMBITO DO ESTUDO
O presente estudo tem por objectivo analisar a viabilidade económica e financeira da
implementação do projecto Lar que tem como principal objectivo desenvolver acções de
integração de famílias de refugiados e migrantes, com gosto pela agricultura, em Portugal. Para
tal pretendem colocar ao dispor de 4 famílias de refugiados três hectares de terreno agrícola no
concelho da Guarda, nos quais serão cultivadas bagas de goji, groselhas e açafrão, culturas
rentáveis que se ajustam às qualidades da terra.
A “Shift Up”, empresa responsável pela preparação do estudo de viabilidade económica e
financeira, usou a metodologia assente no método dos Discounted Cash Flows, conseguindo
desta forma aferir até que ponto o referido projecto de investimento apresenta viabilidade
económica e financeira, isto é, se terá no futuro, capacidade de gerar fluxos de caixa suficiente
que lhe permitirá fazer face quer aos custos operacionais como também repor as necessidades
de financiamento, quer alheias quer próprias.
Para efectuar previsões de forma a calcular a métrica utilizada no estudo, os responsáveis pela
sua elaboração usaram informação de 3 níveis:
1. Informação disponibilizada pelos responsáveis da empresa, fruto das diligências feitas
pela equipa de projecto;
2. Informação gratuita disponível na internet;
3. Informação de cariz informativa, passível de acesso em empresas que disponibilizam
este tipo de informação, essencialmente de âmbito financeiro e económico (e.g.
Reuters, Bloomberg, etc.)
De forma que o estudo se torne o mais sólido possível, a equipa de projecto optou por efectuar
uma apresentação nas suas mais variadas valências, sempre com o objectivo de que, no futuro,
seja usado como uma ferramenta de gestão. Não sendo o objectivo, ao longo do estudo a equipa
de projecto optou por efectuar um conjunto de conselhos, tendo em conta os seus
conhecimentos ao nível da gestão de empresas e de projectos, assim como o conhecimento
(empírico) do sector em causa. Estes conselhos não devem considerados vinculativos, sendo a
decisão de os aceitar e concretizar da responsabilidade dos responsáveis do projecto.
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DESCRIÇÃO DO PROJECTO DE INVESTIMENTO
A AIIR, Associação de Apoio à Inclusão de Imigrantes e Refugiados foi criada em 2018 para levar
a cabo o Projeto LAR que surge para dar resposta à crescente onda de refugiados e migrantes
que se viram forçados a abandonar os seus países e que procuram em Portugal uma
oportunidade para reerguer as suas vidas. Assim sendo, o objetivo primordial do Projeto passa
pela integração de famílias de refugiados e migrantes, com gosto pela agricultura, em Portugal,
em concreto no meio rural, através da exploração de terrenos em desuso e comercialização dos
produtos que daí advêm.
Na fase inicial o Projeto irá ser erguido na Região da Guarda (Ima, São Pedro de Jarmelo) onde
quatro famílias viverão e trabalharão, tendo ao seu dispor três hectares de terreno agrícola onde
serão cultivadas bagas de goji, groselhas e açafrão, culturas rentáveis que se ajustam às
qualidades da terra. O Projeto LAR pretende fornecer uma resposta unificada assente na criação
de parcerias institucionais, proporcionando um conjunto de iniciativas complementares que
apoiam a uma melhor integração dos refugiados e migrantes.
O projeto conta com uma equipa de empreendedores sociais, especializada em áreas como o
marketing, comunicação ou agronomia. O objetivo da equipa passa por criar valor para a
sociedade ao mesmo tempo que desenvolve um modelo economicamente sustentável, gerando
receitas, disseminando as suas inovações e procurando aumentar o seu impacto na integração
de refugiados e migrantes.
Apresentação da fundadora do projecto
A promotora do projeto é Bárbara Moreira com formação superior na área da Gestão de
Marketing na qual trabalhou durante a maior parte da sua carreira. Passou por empresas da
indústria têxtil (Tetribérica) e retalho (Sonae) até à gestão e produção de biomassa
(BuggyPower). A responsabilidade social sempre foi um dos principais valores orientadores do
seu trabalho. Apaixonada por questões sociais e direitos humanos, realiza voluntariado em
diversas organizações desde os seus 16 anos, ajudando crianças e sem-abrigo.
O Projeto LAR surge assim de uma ideia que a promotora já tinha há anos, aliado à emergência
da crise de refugiados que atingiu dimensões sem precedentes. Neste momento encontra-se a
terminar o Mestrado em “Segurança, Defesa e Resolução de Conflitos”, focalizando a sua tese
precisamente sobre a inclusão social de refugiados e migrantes.
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Dados do projecto/promotor
Sede Quinta da Bonjóia - Rua da Bonjóia, 185, 4300-082, Porto
Local Projeto Aldeia de Ima, freguesia de Jarmelo, concelho da Guarda
Designação Social AIIR, Associação de Apoio à Inclusão de Imigrantes e Refugiados
CAE principal 94995
Data de Constituição 2018
Objeto Social A Associação tem como objetivo principal, por si e/ou em parceria
com outras entidades públicas ou privadas, a criação de uma
estrutura organizacional que promova e desenvolva a integração
social e comunitária de cidadãos estrangeiros, sob o estatuto de
migrantes ou refugiados.
Principais atividades Formação disponibilizada aos cidadãos refugiados e migrantes para
práticas de agricultura; Disponibilização de meios de trabalho para
a dinamização de trabalhos agrícolas; Reabilitação de casas
devolutas para que sejam habitadas por cidadãos migrantes ou
refugiados, proporcionando-lhes, com dignidade, uma vida familiar
e em sociedade.
Localização do Projeto
A fase inicial do Projeto irá cingir-se à aldeia rural de Ima, freguesia de São Pedro de Jarmelo,
distrito da Guarda. A escolha por esta localização prende-se com a proximidade à Guarda, capital
de distrito, dotada de várias escolas, universidades e oferta de atividades para o agregado
familiar, pelo terreno em si – fértil – que permite um cultivo interessante, rentável e com
bastante procura. De igual modo, as estruturas agrícolas já montadas nas proximidades
permitem uma redução de custos e uma maximização da eficiência na altura do plantio. O facto
dos terrenos terem sido doados é outro dos fatores que teve influência na escolha do local para
desenvolvimento do presente projeto.
São Pedro de Jarmelo é uma freguesia portuguesa do concelho da Guarda, com 31,08 km² de
área e 184 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 10 hab/km². Como referido,
encontra-se dotada de terrenos férteis propícios ao cultivo de frutos vermelhos, marmelos e até
açafrão.
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A Guarda é a mais alta cidade portuguesa (1.056 metros de altitude), com 26.565 habitantes no
seu perímetro urbano. É a capital do distrito da Guarda que tem uma população residente de
173.831 habitantes. Situa-se na região centro de Portugal e pertence à sub-região estatística da
Beira Interior Norte. Possui acessos rodoviários importantes, como a A25, que liga Aveiro ao
Porto, bem como à fronteira, dando ligação direta a Madrid, a A23 que liga a Guarda a Lisboa e
ao Sul de Portugal, e o IP2, que liga a Guarda a Trás-os-Montes e Alto Douro, nomeadamente
Bragança.
Descrição do produto
Groselha Bagas de Goji Açafrão
Fruto
Capacidade
Produtiva Máxima
5000 Kg (atingida no 6º
ano após a plantação
4000 Kg (atingida no 5º ano
após a plantação)
15 Kg (atingida no 2º ano).
Contudo, a produção tem
de ser interrompida ao final
de 3 anos para descanso das
terras
Área de cultivo 1 Hectare 1 Hectare ½ Hectare
Características Fruto de baixo valor
calórico, rico em vitamina
C, serve de base para
diversas bebidas
Poderoso antioxidante, que
como as groselhas é
considerado um produto de
elevado valor acrescentado
Utilizado na gastronomia
mundial como condimento
e também na saúde devido
às potencialidades anti-
inflamatórias
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Missão, Visão e Valores
Missão Criar uma solução para as famílias que terminaram os programas de integração
do governo, que ficam sem suporte financeiro suficiente e ainda não
encontraram empregos estáveis ou casas;
Garantir trabalho, formação e casa para cada membro da família – condições
para que permaneçam a longo prazo ou permanentemente;
Criar um modelo de cooperação entre as várias entidades (públicas e privadas)
que garantam as melhores condições para as famílias.
Visão
Construir um lar sustentável – garantir ferramentas para as famílias de
refugiados e migrantes para garantir o seu meio de vida autónomo a
médio/longo prazo;
Desenvolver um modelo para comunidades migrantes externas e refugiados que
assegure uma integração real e global na sua comunidade anfitriã;
Evitar crises decorrentes da tensão social e polarização;
Desenvolver um modelo replicável que possa ser adaptado em vários países.
Valores
Empreendedorismo social
Sustentabilidade
Ética
Confiança
Transparência
Cooperação
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ENVOLVENTE EXTERNA
Cenário macroeconómico internacional
Na última década o mundo tem passado por diversos desafios, principalmente a nível
económico. Os anos de 2007/2008 ficam marcados pelo “rebentar” da crise do subprime que
levou ao rápido aparecimento de uma recessão económica de âmbito global. Devido à influência
de uma grande economia como os E.U.A. e à globalização dos mercados financeiros, esta crise
rapidamente se alastrou ao resto do mundo provocando assim uma contratação económica à
escala global.
Relativamente ao ano de 2016, no global
e em termos de crescimento ficou um
pouco aquém das expectativas. O
crescimento mundial pouco se afastou do
patamar dos anos anteriores, cerca de
3%, as perspectivas de crescimento foram
gradualmente ajustadas em baixa, e as
estimativas mais recentes apontam para
que tenha sido o ano de menor expansão
desde a crise financeira de 2007/2008.
Em 2017, os analistas e as principais
entidades de pesquisa económica apontam para uma lenta elevação da inflação, inversão do
ciclo das commodities, taxas de juro mais elevadas, podendo assim proporcionar uma ligeira
aceleração do crescimento. No entanto é necessário ter alguma prudência, existindo vários
factores de imprevisibilidade que poderão ter influência. De seguida, iremos descrever alguns
dos factores de uma forma geral que serão necessários ter em conta.
- As políticas que estão a ser implementadas pela
Administração de Donald Trump podem gerar alguma
incerteza nos EUA, como no Mundo.
- Se existir uma política mais proteccionista e levarem
avante algumas medidas mais concretas, é provável que
exista uma retaliação por parte de alguns países,
podendo influenciar o crescimento económico dos EUA.
- A eleição de Donald Trump levou a uma relativamente
inesperada reacção positiva por parte dos investidores, a
um aumento da confiança dos consumidores,
antecipando um maior nível de crescimento económico.
- Na globalidade do ano é esperado uma aceleração do
crescimento económico em volta dos 2.3%.
- Recentemente a China tentou através de um conjunto
de medidas expansionistas, estabilizar o crescimento
económico, confrontados com a tendência de queda.
- Um dos maiores riscos para a economia chinesa são as
políticas monetárias adoptadas, em 2017, pelos EUA e
pela Europa.
- O Japão continua a indicar fragilidades, dando suporte
a um cenário de fraco crescimento.
- O nível elevado de dívida pública japonesa é apontado
como um importante factor de risco, uma vez que a
ausência de medidas claras de combate ao
desequilíbrio orçamental poderá traduzir-se em
deterioração da confiança dos investidores.
- Segundo a previsão do FMI é esperado que se
mantenha uma recuperação económica na área do
euro em 2017, com crescimento económico de 1.5%.
No entanto, é necessário ter em conta o
endividamento elevado no sector privado e público,
os problemas no sector bancário e os níveis altos de
desemprego.
- As questões de ordem política também serão
essenciais para o crescimento da Europa. A evolução
das negociações de preparação da saída do Reino
Unido da EU, as eleições na Holanda, França e
Alemanha serão muito importantes, uma vez que pode
colocar em risco a solidez da União Europeia.
China e Japão
Estados Unidos da
América
Europa
Ásia
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- No ano 2016 existiu uma contratação, devido a queda
da procura interna, mas também da queda da procura
global, com impacto no preço das matérias-primas de
que estes países são produtores e exportadores.
- Para 2017, segundo a previsão do FMI é esperado que
haja um crescimento de 1.6%, porém existe um elevado
grau de incerteza.
- Os riscos são elevados em termos de aumento da
volatilidade nos mercados financeiros e saídas de capitais
externos na sequência da inversão da política monetária
dos EUA e de uma recessão prolongada no Brasil.
- Tendo em consideração as projecções económicas para
as duas principais economias (Nigéria e África do Sul),
espera-se que registem os piores desempenhos.
- Para 2017, segundo a previsão do FMI é esperado que
haja uma aceleração modesta de 2,9% à medida que a
região continua a se ajustar a preços mais baixos das
matérias-primas.
- A previsão é de crescimento mais fraco na África do Sul,
enquanto o avanço deverá continuar robusto em
economias sem uso intensivo de recursos naturais.
América do Sul
África
Cenário macroeconómico nacional
Portugal viveu nos últimos anos uma situação económica, financeira e social bastante sensível.
A crise financeira a que Portugal foi sujeito tem origem em duas ocorrências praticamente
simultâneas:
1. O programa de ajustamento impingido pelos nossos credores internacionais de
forma que fosse possível beneficiar de um empréstimo e desta forma mantendo-nos
longe dos mercados financeiros e das insustentáveis taxas de juro a que nos estávamos
a endividar e a evitar o default soberano português;
2. O momento recessivo vivido em Espanha e nos restantes parceiros europeus,
principais mercados das nossas exportações. A diminuição das importações por parte da
Espanha e dos restantes parceiros económicos e gerou naturalmente uma acentuada
quebra no PIB nacional.
Portugal, não obstante, às
dificuldades sentidas nos
últimos anos, conseguiu
uma “saída limpa” do
programa de
ajustamento, isto é, o país
fica por sua conta no que
toca ao financiamento das
necessidades.
No sexto relatório de avaliação pós-programa divulgado, confirma o bom momento
económico, referindo que após o forte crescimento registado no segundo semestre de 2016
ocorreu um avanço ainda mais acentuado em 2017, superando a maioria das expectativas (a
estimativa é agora de uma taxa anual de 2.8%). Segundo dados da Comissão Europeia, os
principais impulsionadores continuam a ser as exportações, o investimento e ainda o consumo
interno, embora esteja a ocorrer uma ligeira desaceleração neste último factor.
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Análise Sectorial
O setor dos frutos de pequena baga, no qual se inclui a groselha, tem vindo a crescer
consideravelmente no país e tem vindo a ser alvo de um enorme interesse quer pela
produção, quer pelo mercado e indústria agroalimentar. A inclusão destes frutos nos
hábitos alimentares dos consumidores é uma realidade já afirmada, o que tem
conduzido ao seu maior consumo.
No período compreendido entre 2010 a 2015, verificou-se que a área ocupada pela
cultura da groselha passou de 10 hectares para 106 hectares, correspondendo a um
aumento de 960%, tendo a produção subido de 44 toneladas para 221 toneladas, a que
corresponde um aumento de 402%, com acentuado acréscimo a partir de 2014.
Em relação ao saldo comercial dos frutos de pequena baga, no caso concreto da
groselha, o saldo é positivo em 2015, tendo sido importadas 466 toneladas de groselhas
por um valor de 664 mil euros e exportadas apenas 43 toneladas, mas por um valor de
823 mil euros, o que demonstra o potencial do mercado português na produção deste
fruto cada vez mais procurado.
É importante ressalvar uma característica do sector dos frutos em baga: a elevada
exigência de mão-obra para a sua produção. Por exemplo, para a produção de mirtilos
ou framboesas são necessários, em termos médios cerca de 8500 horas de trabalho por
hectare. O aumento da produção interna destes frutos (e.g. no programa PRODeR 2007-
2013 apoiou investimentos de 897 ha de mirtilos e 173 há de framboesas) poderá
aumentar a pressão na procura de mão-de-obra.
Apesar da exigência de mão-de-obra ser inferior para a groselha e para a goji (e de
menor necessidade de conhecimentos técnicos), esta é uma limitação a considerar, não
só ao nível da oferta disponível no mercado para trabalhar como ao nível dos salários
exigidos.
No mercado internacional a cotação do açafrão (granel) varia entre os 1.000€/kg (açafrão
iraniano) e as 3.000€/kg (açafrão espanhol), diferenças estas que, estão relacionadas com
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a qualidade do produto. O valor extremamente elevado deve-se ao facto de tanto a
colheita como a triagem serem totalmente manuais e da baixa produtividade da cultura.
Para obter um quilo de açafrão é necessário colher, entre 150.000 a 200.000 flores,
requerendo toda a cultura (para 150.000 flores) até 400 horas de trabalho. Em
compensação um hectare pode produzir até 25 kg de açafrão.
O açafrão classifica-se pela sua pureza, grau de safranina, poder corante, acidez e poder
aromático, diferenças estas que fazem variar muito o valor do produto. Apesar de
tradicional na culinária portuguesa, espanhola, italiana e indiana e outrora com grande uso,
está a desaparecer das cozinhas portuguesas, substituindo-o pelo falso açafrão
(comercialmente chamado de açafrão das índias, e que mais não é do que o pó extraído
das raízes curcuma). A diferença de sabor é enorme e a cor também. Enquanto a curcuma
confere aos pratos uma cor amarela, o açafrão junta à subtileza do seu aroma, o requinte
de uma cor amarelo-avermelhado extremamente brilhante.
A diferença nota-se nas doses, sendo que é necessária uma colher de sopa de curcuma
para conferir o mesmo resultado que um só grama de açafrão. Porém, quando se compra
no supermercado a curcuma (açafrão das índias) por um preço variável entre os 10 e os
20€/kg,o preço de um só grama enfrascado do melhor açafrão vale 14€! Mas se em
Portugal o poder de compra não permite tal excentricidade, na Europa central,
nomeadamente em França a procura é grande e muito exigente, ultrapassando os 5
milhões de euros de importações anuais.
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MERCADO-ALVO
As alterações dos hábitos alimentares das sociedades têm fomentado a procura de
produtos/alimentos de alimentos com características mais benéficas para a saúde. Os
frutos vermelhos e as pequenas bagas encontram-se, na sua essência, neste quadro,
dadas as suas características antioxidantes e de elevada agradabilidade para os
consumidores.
Reflexo destas características, o mercado dos pequenos frutos encontra-se claramente
em crescendo, em particular no principal mercado das exportações nacionais – a
Europa. Segundo um estudo sobre o mercado dos pequenos frutos feito pela Consulai,
em Julho de 2014, entre 2010 e 2013, as exportações nacionais deste tipo de frutos
aumentou 41%, de 29 milhões de euros para 41 milhões de euros).
FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO
FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO
Condições edafoclimáticas da região
Localização das instalações
Estabelecimento de uma rede de contatos para distribuição do produto
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ANÁLISE SWOT
A análise SWOT contempla a nível interno, a identificação dos pontos fortes, potenciadores da obtenção de vantagens competitivas face aos
concorrentes, e dos pontos fracos, que devem ser identificados por forma a desenvolvermos estratégias que permitam a minimização do seu
impacto. Já ao nível dos fatores externos identificamos as oportunidades e as ameaças suscetíveis de condicionarem a atividade da organização.
Pontos Fortes Pontos Fracos
Associação já possui os terrenos para cultivo que foram doados;
Localização geográfica dos terrenos que reúnem as condições necessárias à
plantação das espécies agrícolas selecionadas para produção;
Produto português com reconhecimento nacional e internacional pela sua
qualidade;
Jerónimo Martins garante o escoamento da totalidade da produção de bagas de
goji, e groselhas pelo que a Associação pode dispensar as preocupações
relacionadas com questões comerciais;
Parcerias já efetuadas;
Produção ainda não acompanha a procura.
Falta de experiência/know-how dos trabalhadores;
Necessidade de dar formação aos trabalhadores;
Necessidade de elevada mão-de-obra;
Dificuldade de obtenção de mão-de-obra especializada;
Dependência de doações/subsídios numa fase inicial do projeto;
Dependência de um único canal de distribuição dos seus produtos, podendo
criar assim uma excessiva dependência do mesmo;
Demorada entrada em produção desde a plantação à 1ª colheita (uma
plantação de groselhas apenas gera produção ao fim de 5 anos).
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Oportunidades Ameaças
Crescente procura e valor dos produtos agrícolas em apreço;
Boas condições edafoclimáticas da região para a produção dos produtos
selecionados;
Procura crescente pelos frutos de baga: o mercado não está saturado e a
imagem junto do público é excelente;
Produtos com grande capacidade de transformação com introdução de
inovação para diversificação da oferta;
Balança comercial portuguesa deficitária. O saldo da balança comercial dos
“Produtos agrícolas e agroalimentares” totalizou -3,3 mil milhões de euros em
2016, devido ao acréscimo do valor das importações ter sido superior ao
crescimento registado no valor das exportações deste tipo de produtos;
Apoios no âmbito do Portugal 2020.
Fenómenos climatéricos extremos;
Problemas com ataques de fungos e pragas;
Mercado assente numa distribuição indireta, pelo que as empresas produtoras
não controlam o mercado neste setor, não controlando, igualmente, os preços
dos produtos que acabam por ser definidos pelos grandes distribuidores e
grossistas.
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MARKETING MIX
PRODUTO
A atividade produtiva, fonte de receita da entidade, baseia-se na produção e
comercialização de produtos agrícolas, nomeadamente, bagas de goji, groselhas e
açafrão, e posterior, escoamento para as grandes superfícies. De forma paralela, e
com o objetivo de dinamização do negócio a Associação pretende também, numa
fase posterior do negócio, e tirando partido das competências específicas dos
trabalhadores, produzir produtos alimentares como sumos biológicos, refeições
takeaway ou café sírio.
Dadas as características dos produtos agrícolas comercializados, com alto valor
acrescentado, a estratégia da entidade passa pela aposta na qualidade dos produtos
produzidos em detrimento da quantidade.
PREÇO
O preço da groselha, das bagas de goji e do açafrão foi fixado através da realização
de uma análise de benchmarking aos preços praticados no mercado nacional. O
preço poderá sofrer algumas alterações tendo em consideração a taxa de inflação e
possíveis negociações com os distribuidores da produção.
DISTRIBUIÇÃO
A distribuição indireta será o canal privilegiado para o escoamento da produção,
sendo estabelecidos contratos de fornecimento junto das grandes superfícies,
nomeadamente a Jerónimo Martins. A distribuição direta também será opção, ainda
que em menor escala, nomeadamente, através da venda direta em mercados locais,
hotéis e restaurantes da região centro.
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COMUNICAÇÃO
A promoção dos produtos a comercializar será realizada por uma equipa
especializada que tratará de realizar os contatos e gerir as negociações de forma a
assegurar o escoamento da produção.
As ações de comunicação e promoção passarão pela apresentação da identidade
visual da associação, dos aspetos essenciais da marca (nome, logótipo, localização,
âmbito, produtos oferecidos) e da equipa de recursos humanos que será
responsável pela gestão e dinamização do projeto LAR. Pretende-se, assim, proceder
à comunicação da identidade e valores da associação. As ferramentas a utilizar
serão, essencialmente, o website e as redes sociais.
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RECURSOS HUMANOS
Na equipa de gestão do projeto estarão envolvidas diretamente quatro pessoas. Em
concreto no âmbito da equipa de gestão do projecto estão envolvidas 4 pessoas:
Bárbara Moreira
Maria Furtado
Ghalia Taki
Miguel Serrão
No que diz respeito à logística de toda a atividade produtividade, nomeadamente a
plantação e colheita, esta será assegurada por uma equipa de 4 colaboradores.
De seguida, expomos uma breve apresentação de cada interveniente na equipa de
gestão do Projeto LAR.
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Organograma
Breve nota bibliográfica da equipa
Bárbara Moreira – Detentora de formação superior na área da Gestão de Marketing na
qual trabalhou durante a maior parte da sua carreira. Passou por empresas da indústria
têxtil (Tetribérica) e retalho (Sonae) até à gestão e produção de biomassa (BuggyPower).
A responsabilidade social sempre foi um dos principais valores orientadores do seu
trabalho. Apaixonada por questões sociais e direitos humanos, realiza voluntariado em
diversas organizações desde os seus 16 anos, ajudando crianças e sem-abrigo. Neste
momento encontra-se a terminar o Mestrado em “Segurança, Defesa e Resolução de
Conflitos”, focalizando a sua tese precisamente sobre a inclusão social de refugiados e
migrantes.
Miguel Serrão – Formado em Engenharia Florestal, tendo continuado os seus estudos
de pós-graduação em ciências agrícolas. Trabalha como diretor técnico e operacional na
gestão executiva de empresas dentro do setor da sua especialização. Durante a sua
carreira, também fez parte do Ministério da Agricultura e outros gabinetes do governo.
Bárbara Moreira (Founder & CEO)
Ghalia Taki (Interpreter, Mediator & Advisor)
Miguel Serrão (Consultant)
Maria Furtado (Communications & Content Manager)
Departamento Jurídico/Contabilidade
(Outsourcing)
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De momento, é consultor e auditor especialista em referenciais de qualidade,
rastreabilidade de produtos e sistemas de gestão. Contínua em colaboração com
universidades, além de participar como consultor técnico para várias outras entidades.
O papel de Miguel Serrão passará por orientar o trabalho agrícola desenvolvido no
contexto do projeto.
Maria Furtado - Estudou Media e Comunicação e trabalhou como assistente de
marketing e copywriter em várias empresas de diferentes setores. Acreditando em
soluções inteligentes e viáveis para problemas humanos, Maria juntou-se à equipa LAR
para ajudar a moldar a mensagem do projeto e comunicar claramente o seu crescimento
ao mundo.
Ghalia Taki – Proveniente de Damasco, Síria, onde estudou tradução, mais
especificamente de inglês para árabe e vice-versa. Desde o início da sua vida adulta,
esteve envolvida no trabalho humanitário, voluntariando-se na Syrian Red Crescent
Organization, a qual ajudava os refugiados libaneses durante a guerra entre Israel e o
Líbano. Depois disso, desempenhou papéis administrativos, embora tenha ainda
trabalhado como intérprete e mediadora nos últimos dois anos. Este trabalho trouxe-a
para organizações como a OIM – Agência de Migrações da ONU | Missão de Portugal,
PAR (Plataforma de Apoio aos Refugiados), Centro de Transição Oficial para o
Acolhimento de refugiados do município de Lisboa, JRS (Serviço Jesuíta aos Refugiados)
e, mais recentemente, integração no Projeto LAR.
ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÓMICA E FINANCEIRA
Considerando Taxa de actualização simples
Considerando o WACC
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Free Cash-flow -360.985,17 91.104,33 -51.081,82 33.316,85 54.512,49 87.011,50 60.981,86 80.631,33 55.756,31 80.057,09 57.133,21Fluxos Actualizados -360.985,17 88.882,28 -48.620,42 30.938,01 49.385,63 76.905,49 52.584,47 67.832,33 45.761,80 64.103,98 44.632,37
Taxa actualização 3%
VAL 156.053,14 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
TIR 17,52%
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Free cash-flow -360.985,17 91.104,33 -51.081,82 33.316,85 54.512,49 87.011,50 60.981,86 80.631,33 55.756,31 80.057,09 57.133,21
WACC 2,63% 2,30% 2,80% 2,68% 2,49% 2,16% 2,06% 1,91% 1,84% 1,73% 1,67%
Factor de Actualização 1 1,02 1,05 1,08 1,11 1,13 1,15 1,18 1,20 1,22 1,24
Fluxos Actualizados -360.985,17 89.059,62 -48.575,17 30.853,54 49.253,84 76.956,30 52.844,60 68.560,64 46.551,66 65.704,34 46.121,48
VAL 108.317,66
CONCLUSÕES
A análise em causa teve em consideração dois cenários: um que consideramos ser de maior
probabilidade de ocorrência e um cenário alternativo, que consideramos ser de baixa
probabilidade de ocorrência mas que analisa o comportamento das métricas usadas para
avaliação da viabilidade económica e financeira em cenários adversos.
Os resultados conseguidos demonstram que se avaliarmos o projecto pela sua capacidade de
gerar fluxos de caixa, os resultados são positivos, ganhando particular relevo a evolução
apresentada em todos os cenários por indicadores como a TIR (superior à taxa de desconto
considerada nas projecções), o Free Cash Flow e o EBITDA. Em ambos os casos, fica demonstrada
a capacidade que a entidade terá em libertar meios com origem na sua actividade operacional.
Também são relevantes os resultados previstos para a solidez do balanço da empresa, com os
indicadores mais importantes neste caso (em particular a Autonomia Financeira), a evoluir de
uma forma muito positiva. Referência para o facto do breakeven ser atingido no ano de 2021.
É igualmente de notar a evolução prevista do rácio de Autonomia Financeira para a empresa.
Assim, esta evolução prevista permite-nos antecipar uma capacidade relevante para a empresa
em financiar o seu activo líquido com capitais próprios. Este indicador dá-nos a percepção da
solidez da empresa, dando-nos uma importante indicação futura de qualidade do projecto. Pelas
razões apresentadas e salvo melhor opinião, e em função dos resultados apresentados em todos
os indicadores usados, assim como os obtidos nos diversos cenários montados, somos do
parecer favorável à execução do presente projecto de investimento.
Por último, apesar de não ser este o objecto principal deste estudo, somos da opinião que este
projecto de investimento apresenta as seguintes mais-valias fundamentais para o seu sucesso:
I) Qualidade do projecto, sendo de realçar as parcerias já estabelecidas com players
da grande distribuição, que conferem ao projecto um potencial relevante;
II) Potencial do mercado dos frutos silvestres, apresentando sinais de gradual
crescimento nos anos mais recentes, em particular fruto das mudanças dos hábitos
alimentares.
ANEXOS
Pressupostos operacionais
Produção
- Consideramos 1ha de groselha + 1ha de goji + 0,5ha de açafrão
- No açafrão a cada 2º ano produtivo damos início a uma nova produção no terreno contíguo, daí o valor de produção a cada 3 anos.
- Foram consideradas perdas de produção de 20% na groselha, 10% no goji e 0% no açafrão
Área Groselha (Hectare) 1,0
Área Goji (Hectare) 1,0
Área Açafrão (Hectare) 0,5
Total Área de Cultivo (Hectare) 2,5
Tipo de cultura Intensivo
29
Investimento
Uma vez que não existe electricidade nas parcelas foram consideradas duas rúbricas vitais:
- bomba solar para ambos os furos: bomba de água que funciona com energia solar
- painéis para a produção de energia elétrica (sistema de rega)
- Apesar de as parcelas já terem furo consideramos um valor médio para a manutenção dos mesmos. Ficara espantado se eles estivessem em
condições normais.
- O custo de aquisição de plantas (linha 11) contempla o valor e nº de plantas necessárias para a boa execução do projeto. Os bolbos de açafrão
não são elegíveis em sede de candidatura.
Fornecimentos e Serviços Externos
O valor da eletricidade foi considerado uma vez que irá existir esse gasto com o desidratador de goji e deslocalizado face à exploração.
- Em custos de manutenção consideramos 1% do valor de investimento em todos os equipamentos e construções. Normalmente seria superior,
mas acreditamos que até ao 5/6 ano é um valor adequado.
30
Custos com pessoal
Função Qt Valor Líquido
Gestora Projeto 1 1.000,00
Operadores 4 2.400,00
Pessoal temporário
(valores por hectare) Qtd Pessoas Nº dias Custo dia
Poda (interno) 7 30 €
Colheita 7 21 35 €
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Taxa de inflação - 1,5% 1,4% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% Fonte: Projecões da Primavera do Banco de Portugal (até 2020). De 2021 em diante é considerada a taxa de inflação target da política Monetária do Banco Central Europeu
Os dados apresentados no estudo para mão-de-obra temporária necessária para as actividade da apanha das colheitas devem ser considerados como o
mínimo exigível para este tipo de culturas, tendo em conta o número de operadores a tempo inteiro na empresa.
31
Cálculo do incentivo ao investimento
Custos de produção Valores 2018
Custos Elegíveis 352.665,00
Qualifica para medida 3.1? Não
Jovem Agricultor
Quota mínima de 25% na empresa
Incentivo medida 3.2 - apoio ao investimento
Taxa base 30%
Agregação medida 3.1 0%
Região menos favorecida 10%
Seguro de colheitas ou OP 10%
Taxa final de incentivo 50% 176.332,50
32
Cálculo do WACC e taxa de actualização
Taxa de IRC 21%
Beta do sector (Europa) 0,69 Fonte: Total Beta By Industry Sector - Farming/Agriculture Average Levered Beta (site do Prof. Damodaran NY Stern University)
Prémio de risco de mercado 1,45% Fonte: www.investing.com (diferença entre as T-Bunds e Origações do Tesouro - 10 anos no dia 02-07-2018)
Crescimento dos cash-flows na perpetuidade 2,50%
Cálculo do WACC 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Passivo Remunerado 155.936 142.500 135.000 127.500 120.000 112.500 105.000 97.500 90.000 82.500 75.000
Capital Próprio 16.036 67.652 -3.195 7.477 27.896 82.535 101.935 146.655 169.569 226.998 262.498
TOTAL 171.972 210.152 131.805 134.977 147.896 195.035 206.935 244.155 259.569 309.498 337.498
% Passivo remunerado 90,68% 67,81% 102,42% 94,46% 81,14% 57,68% 50,74% 39,93% 34,67% 26,66% 22,22%
% Capital Próprio 9,32% 32,19% -2,42% 5,54% 18,86% 42,32% 49,26% 60,07% 65,33% 73,34% 77,78%
Cálculo do WACC 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Custo Financiamento 3,50% 3,50% 3,50% 3,50% 3,50% 3,50% 3,50% 3,50% 3,50% 3,50% 3,50%
Custo financiamento com efeito fiscal 2,77% 2,77% 2,77% 2,77% 2,77% 2,77% 2,77% 2,77% 2,77% 2,77% 2,77%
Taxa de inflação 1,50% 1,40% 2,00% 2,00% 2,00% 2,00% 2,00% 2,00% 2,00% 0,00% 0,00%
Taxa de juro de activos s/ risco 0,30% 0,31% 0,31% 0,32% 0,32% 0,33% 0,34% 0,34% 0,35% 0,35% 0,35%
Custo Capital 1,304% 1,308% 1,314% 1,320% 1,326% 1,333% 1,340% 1,346% 1,353% 1,353% 1,353%
Custo ponderado 2,629% 2,296% 2,800% 2,685% 2,494% 2,159% 2,063% 1,913% 1,843% 1,730% 1,667%
33
Vendas (€) % 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Qualidade 1 11.200 33.500 100.200 125.000 145.200 134.000 145.200 134.000 145.200 134.000
Qualidade 2 (IQF) 0 150 2.050 3.500 3.100 3.100 3.100 3.100 3.100 3.100
Qualidade 3 - migalha 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Groselha
Produção Anual por Hectare (Ton) % 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Geral 0,0 0,0 3,5 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0
Qualidade 1 80% 0 0 2,8 4 4 4 4 4 4 4
Qualidade 2 (IQF) 20% 0 0 0,7 1 1 1 1 1 1 1
Qualidade 3 - migalha 0% 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Produção para Área Total % 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Qualidade 1 0 0 2,8 4 4 4 4 4 4 4
Qualidade 2 (IQF) 0 0 0,7 1 1 1 1 1 1 1
Qualidade 3 - migalha 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Preços Venda (Kg) % 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Qualidade 1 0,00 0,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00
Qualidade 2 (IQF) 2,50 2,50 2,50 3,00 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50
Qualidade 3 - migalha 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90
Vendas (€) % 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Qualidade 1 0 0 42.000 60.000 60.000 60.000 60.000 60.000 60.000 60.000
Qualidade 2 (IQF) 0 0 1.750 3.000 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500
Qualidade 3 - migalha 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
34
Goji
Produção Anual por Hectare (Ton) % 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Geral 0,0 1,5 3,0 5,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0
Qualidade 1 90% 0 1,35 2,7 4,5 5,4 5,4 5,4 5,4 5,4 5,4
Qualidade 2 (IQF) 10% 0 0,15 0,3 0,5 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6
Qualidade 3 - migalha 0% 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Produção para Área Total % 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Qualidade 1 0 1,35 2,7 4,5 5,4 5,4 5,4 5,4 5,4 5,4
Qualidade 2 (IQF) 0 0,15 0,3 0,5 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6
Qualidade 3 - migalha 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Preços Venda (Kg) % 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Qualidade 1 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00
Qualidade 2 (IQF) 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Qualidade 3 - migalha 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Vendas (€) % 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Qualidade 1 0 13.500 27.000 45.000 54.000 54.000 54.000 54.000 54.000 54.000
Qualidade 2 (IQF) 0 150 300 500 600 600 600 600 600 600
Qualidade 3 - migalha 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
35
Açafrão
Produção Anual por Hectare (Ton) % 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Geral 0,014 0,025 0,039 0,025 0,039 0,025 0,039 0,025 0,039 0,025
Qualidade 1 100% 0,014 0,025 0,039 0,025 0,039 0,025 0,039 0,025 0,039 0,025
Qualidade 2 (IQF) 0% 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Qualidade 3 - migalha 0% 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Produção para Área Total % 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Qualidade 1 0,007 0,0125 0,0195 0,0125 0,0195 0,0125 0,0195 0,0125 0,0195 0,0125
Qualidade 2 (IQF) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Qualidade 3 - migalha 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Preços Venda (Kg) % 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Qualidade 1 1.600,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00
Qualidade 2 (IQF) 0,00 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50
Qualidade 3 - migalha 0,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
Vendas (€) % 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Qualidade 1 11.200 20.000 31.200 20.000 31.200 20.000 31.200 20.000 31.200 20.000
Qualidade 2 (IQF) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Qualidade 3 - migalha 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
36
INVESTIMENTO
Investimento incentivos ano 0
Groselha Goji Açafrão
Preparação terreno (limpeza, adubação, plantação e tela) Custos Elegíveis € / Hectare 5.000,00 5.000,00 3.000,00 13.000
Sistema de suporte (arames, postes) Custos Elegíveis € / Hectare 7.000,00 6.000,00 0,00 13.000
Aquisição e montagem de estufas (tunel) Custos Elegíveis € / m² 4,00 0,00 0,00 40.000
Vedação propriedade
Aquisição e instalação de sistema de rega (inclui inst. electrica)Custos Elegíveis € / Hectare 19.000,00 8.000,00 12.000,00 39.000
Plantas em vaso: custo unitário Custos Elegíveis € / unidade 2,70 3,70 0,09
Quantidade necessária Custos Elegíveis unid / Hectare 8.000,00 2.500,00 166.500,00 30.850
Armazem (50 a 60m2) Custos Elegíveis 60m2 5.000,00 5.000,00 5.000,00 15.000
Instalações sanitárias e balneários Custos Elegíveis não é necessário 0,00 0,00 0,00 0
Tractor Custos Elegíveis 1 trator 20.000,00 0,00 0,00 20.000
Aquisição de ferramentas e utensílios (Fresa, Roçadeira, Reboque)Custos Elegíveis 1 conjunto 6.000,00 0,00 0,00 6.000
Aquisição de arcas frigorificas Custos Elegíveis 1 arca 7.000,00 0,00 0,00 7.000
Secador (Goji) Custos Elegíveis 1 secador 9.000,00 9.000
Aquisição de equipamento de armazenagem Custos Elegíveis 400,00 400,00 300,00 1.100
Balança Custos Elegíveis 1 balanças 300,00 0,00 400,00 700
Bomba solar Custos Elegíveis 2 7.100,00 7.100,00 14.200
Equipamento informático Custos Elegíveis 1 3.800,00 3.800
Furo artesiano Custos Elegíveis 1 furo 5.000,00 0,00 5.000,00 10.000
Licenciamento Custos Elegíveis sem custos 0,00 0,00 0,00 0
Certificação biológica (custo inicial) Custos Elegíveis sem certificação 0,00 0,00 0,00 0
Sistema fotovoltaico 2 20.000,00 0,00 10.000,00 30.000
Construção de habitação 4 28.750,00 0,00 0,00 115.000
Investimento Total 367.650
37
Investimento Vida útil 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Preparação terreno (limpeza, adubação, plantação e tela) 10 1.300,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 0,00
Sistema de suporte (arames, postes) 10 1.300,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 0,00
Aquisição e montagem de estufas (tunel) 10 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 0,00
Vedação propriedade
Aquisição e instalação de sistema de rega (inclui inst. electrica) 8 4.875,00 4.875,00 4.875,00 4.875,00 4.875,00 4.875,00 4.875,00 4.875,00 0,00 0,00 0,00
Plantas em vaso: custo unitário
Quantidade necessária 10 3.085,00 3.085,00 3.085,00 3.085,00 3.085,00 3.085,00 3.085,00 3.085,00 3.085,00 3.085,00 0,00
Armazem (50 a 60m2) 30 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00
Instalações sanitárias e balneários 10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Tractor 8 2.500,00 2.500,00 2.500,00 2.500,00 2.500,00 2.500,00 2.500,00 2.500,00 0,00 0,00 0,00
Aquisição de ferramentas e utensílios (Fresa, Roçadeira, Reboque)8 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 0,00 0,00 0,00
Aquisição de arcas frigorificas 8 875,00 875,00 875,00 875,00 875,00 875,00 875,00 875,00 0,00 0,00 0,00
Secador (Goji) 8 1.125,00 1.125,00 1.125,00 1.125,00 1.125,00 1.125,00 1.125,00 1.125,00 0,00 0,00 0,00
Aquisição de equipamento de armazenagem 8 137,50 137,50 137,50 137,50 137,50 137,50 137,50 137,50 0,00 0,00 0,00
Balança 8 87,50 87,50 87,50 87,50 87,50 87,50 87,50 87,50 0,00 0,00 0,00
Bomba solar 8 1.775,00 1.775,00 1.775,00 1.775,00 1.775,00 1.775,00 1.775,00 1.775,00 0,00 0,00 0,00
Equipamento informático 3 1.266,67 1.266,67 1.266,67 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Furo artesiano 10 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 0,00
Licenciamento 3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Certificação biológica (custo inicial) 3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Sistema fotovoltaico 8 3.750,00 3.750,00 3.750,00 3.750,00 3.750,00 3.750,00 3.750,00 3.750,00 0,00 0,00 0,00
Construção de habitação 30 3.833,33 3.833,33 3.833,33 3.833,33 3.833,33 3.833,33 3.833,33 3.833,33 3.833,33 3.833,33 3.833,33
Investimento Total 32.160,00 32.160,00 32.160,00 30.893,33 30.893,33 30.893,33 30.893,33 30.893,33 15.018,33 15.018,33 4.333,33
Amortizações
38
FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
FSE 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Arrendamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Contabilidade / TOC 1.800 1.800 1.800 1.800 1.800 1.800 1.800 1.800 1.800 1.800 1.800
Seguros - instalações 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Seguros - colheitas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Licenças anuais 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Água 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Adubo 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500
Pesticida ou equivalente
Protecção da cultura 1.250 1.250 1.250 1.250 1.250 1.250 1.250 1.250 1.250 1.250
Mudançaplástico 0 4.125 0
Electricidade 400 800 800 800 800 800 800 800 800 800
Combustível 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500
Custo transporte 0 0 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500
Custos de divulgação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Custos de participação em feiras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Custos financeiros (seguro crédito?) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Custos anuais com certificações 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500
Custo manutenção infraestrutura 0 1.937 1.937 1.937 1.937 1.937 1.937 1.937 1.937 1.937
Outros custos 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500
Custo embalagens 0 363 1.565 2.403 2.645 2.643 2.645 2.643 2.645 2.643
TOTAL FSE 4.800 8.450 11.150 13.852 14.690 14.932 19.055 14.932 14.930 14.932 14.930
39
CUSTOS COM PESSOAL
Função 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Gestora Projeto 17.325,00 17.584,88 17.831,06 18.187,68 18.551,44 18.922,47 19.300,92 19.686,93 20.080,67 20.482,29
Operadores 41.580,00 41.580,00 41.580,00 41.580,00 41.580,00 41.580,00 41.580,00 41.580,00 41.580,00 41.580,00
Pessoal temporário 7.717,50 7.833,26 7.825,55 7.871,85 7.871,85 7.871,85 7.871,85 7.871,85 7.871,85 7.871,85
Total 66.622,50 66.998,14 67.236,61 67.639,53 68.003,29 68.374,32 68.752,77 69.138,78 69.532,52 69.934,14
CÁLCULO DO BREAKEVEN
Cálculo do Breakeven 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Custos Fixos 1.800,00 -65.295,00 -65.709,23 -65.945,12 -66.363,48 -66.727,24 -67.098,27 -67.476,72 -67.862,73 -68.256,47 -68.658,09
Custos Variáveis -11.485,00 3.900,00 -2.826,50 7.369,36 713,50 8.449,36 953,50 8.449,36 953,50 8.449,36 953,50
Vendas 0,00 22.400,00 53.650,00 133.450,00 148.500,00 179.500,00 157.100,00 179.500,00 157.100,00 179.500,00 157.100,00
Breakeven Point - 79.059,89 62.420,65 69.799,59 66.683,88 70.023,35 67.508,00 70.809,85 68.277,13 71.628,13 69.077,34
40
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS PREVISIONAIS
Demonstração Resultados 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Vendas 0,00 22.400,00 53.650,00 133.450,00 148.500,00 179.500,00 157.100,00 179.500,00 157.100,00 179.500,00 157.100,00
Subsídios ao investimento 17.633,25 158.699,25
CMVMC -14.985,00 -7.492,50 -7.492,50 -7.492,50 -7.492,50 -7.492,50
Custos com o Pessoal 0,00 -69.195,00 -69.609,23 -69.845,12 -70.263,48 -70.627,24 -70.998,27 -71.376,72 -71.762,73 -72.156,47 -72.558,09
Fornecimento e Serviços -5.300,00 -9.300,00 -11.938,00 -14.641,36 -15.478,00 -15.721,36 -20.668,00 -15.721,36 -15.718,00 -15.721,36 -15.718,00
EBITDA -2.651,75 102.604,25 -35.389,73 48.963,52 55.266,02 93.151,40 57.941,23 92.401,92 62.126,77 91.622,17 61.331,41
% EBITDA 4,58 -0,66 0,37 0,37 0,52 0,37 0,51 0,40 0,51 0,39
Amortização do Investimento 0,00 -32.160,00 -32.160,00 -32.160,00 -30.893,33 -30.893,33 -30.893,33 -30.893,33 -30.893,33 -15.018,33 -15.018,33
Resultado Operacional -2.651,75 70.444,25 -67.549,73 16.803,52 24.372,68 62.258,07 27.047,90 61.508,59 31.233,43 76.603,83 46.313,08
% Margem operacional 3,14 -1,26 0,13 0,16 0,35 0,17 0,34 0,20 0,43 0,29
Custos Financeiros -1.312,50 -5.107,81 -4.845,31 -4.582,81 -4.320,31 -4.057,81 -3.795,31 -3.532,81 -3.270,31 -3.007,81 -2.745,31
Resultado antes impostos -3.964,25 65.336,44 -72.395,04 12.220,70 20.052,37 58.200,26 23.252,59 57.975,78 27.963,12 73.596,02 43.567,77
Imposto sobre lucros 0,00 -13.720,65 0,00 0,00 0,00 -3.796,44 -4.883,04 -12.174,91 -5.872,26 -15.455,16 -9.149,23
Resultado Líquido -3.964,25 51.615,79 -72.395,04 12.220,70 20.052,37 54.403,81 18.369,54 45.800,86 22.090,86 58.140,86 34.418,54
41
BALANÇO PREVISIONAL
BALANÇO 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Activos fixos tangíveis 367.650,00 335.490,00 303.330,00 271.170,00 240.276,67 209.383,33 178.490,00 147.596,67 116.703,33 101.685,00 86.666,67
Activo não corrente 367.650,00 335.490,00 303.330,00 271.170,00 240.276,67 209.383,33 178.490,00 147.596,67 116.703,33 101.685,00 86.666,67
Inventários
Clientes 0,00 3.733,33 8.941,67 22.241,67 24.750,00 29.916,67 26.183,33 29.916,67 26.183,33 29.916,67 26.183,33
Caixa e depósitos bancários 72.702,33 151.198,85 87.771,72 109.005,76 151.697,94 227.151,62 276.838,17 346.436,69 391.422,69 460.971,96 502.665,93
Activo Corrente 72.702,33 154.932,19 96.713,38 131.247,43 176.447,94 257.068,29 303.021,51 376.353,35 417.606,02 490.888,63 528.849,26
TOTAL do ACTIVO 440.352,33 490.422,19 400.043,38 402.417,43 416.724,60 466.451,62 481.511,51 523.950,02 534.309,35 592.573,63 615.515,93
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital realizado 20.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00
Reservas Legais 0,00 1.548,47 0,00 366,62 601,57 1.632,11 551,09 1.374,03 662,73 1.744,23
Outras reservas
Outras variações do capital próprio
Resultados transitados -3.964,25 47.651,54 -24.743,50 -12.522,80 7.529,57 61.933,39 80.302,93 126.103,79 148.194,66 206.335,52
Resultado líquido do período -3.964,25 51.615,79 -72.395,04 12.220,70 20.052,37 54.403,81 18.369,54 45.800,86 22.090,86 58.140,86 34.418,54
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 16.035,75 67.651,54 -3.195,03 7.477,20 27.896,19 82.534,96 101.935,04 146.654,88 169.568,69 226.998,24 262.498,28
PASSIVO
Financiamentos obtidos 5.935,75
Passivo não corrente 5.935,75 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Fornecedores 3.380,83 1.550,00 3.238,42 2.440,23 3.828,42 2.620,23 4.693,42 2.620,23 3.868,42 2.620,23 3.868,42
Estado e outros entes públicos 0,00 13.720,65 0,00 0,00 0,00 3.796,44 4.883,04 12.174,91 5.872,26 15.455,16 9.149,23
Acionistas/sócios 265.000,00 265.000,00 265.000,00 265.000,00 265.000,00 265.000,00 265.000,00 265.000,00 265.000,00 265.000,00 265.000,00
Financiamentos obtidos 150.000,00 142.500,00 135.000,00 127.500,00 120.000,00 112.500,00 105.000,00 97.500,00 90.000,00 82.500,00 75.000,00
Passivo Corrente 418.380,83 422.770,65 403.238,42 394.940,23 388.828,42 383.916,67 379.576,46 377.295,14 364.740,67 365.575,39 353.017,65
TOTAL DO PASSIVO 424.316,58 422.770,65 403.238,42 394.940,23 388.828,42 383.916,67 379.576,46 377.295,14 364.740,67 365.575,39 353.017,65
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO + PASSIVO 440.352,33 490.422,19 400.043,39 402.417,43 416.724,61 466.451,63 481.511,50 523.950,02 534.309,36 592.573,63 615.515,93
42
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA PREVISIONAL
Fluxos de Caixa 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028
Recebimento de Clientes 0,00 20.533,33 49.179,17 122.329,17 136.125,00 164.541,67 144.008,33 164.541,67 144.008,33 164.541,67 144.008,33
Pagamento a fornecedores -16.904,17 -7.750,00 -16.192,08 -12.201,13 -19.142,08 -13.101,13 -23.467,08 -13.101,13 -19.342,08 -13.101,13 -19.342,08
Pagamento ao pessoal 0,00 -69.195,00 -69.609,23 -69.845,12 -70.263,48 -70.627,24 -70.998,27 -71.376,72 -71.762,73 -72.156,47 -72.558,09
Pagamento de IVA 85.778,50 -3.013,00 -9.593,76 -27.325,99 -30.595,06 -37.669,09 -31.379,36 -37.669,09 -32.517,86 -37.669,09 -32.517,86
Pagamento de IRC 0,00 0,00 -13.720,65 0,00 0,00 0,00 -3.796,44 -4.883,04 -12.174,91 -5.872,26 -15.455,16
Outros pagamentos/recebimentos operacionais 4.716,75 -8.170,25 8.854,73 20.359,93 38.388,12 43.867,29 46.614,68 43.119,64 47.545,57 44.314,37 47.804,14
Fluxos actividade operacional 73.591,08 -67.594,92 -51.081,82 33.316,85 54.512,49 87.011,50 60.981,86 80.631,33 55.756,31 80.057,09 51.939,28
Pagamento de investimentos -452.209,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Pagamento de dividendos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Recebimento de incentivos fundo perdido 17.633,25 158.699,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Fluxos actividade investimento -434.576,25 158.699,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Fundo Social 20.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Donativos 265.000,00
Devolução de suprimentos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Financiamento bancário 150.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Reembolso de financiamento bancário 0,00 -7.500,00 -7.500,00 -7.500,00 -7.500,00 -7.500,00 -7.500,00 -7.500,00 -7.500,00 -7.500,00 -7.500,00
Pagamento de Juros -1.312,50 -5.107,81 -4.845,31 -4.582,81 -4.320,31 -4.057,81 -3.795,31 -3.532,81 -3.270,31 -3.007,81 -2.745,31
Fluxos actividade financiamento 433.687,50 -12.607,81 -12.345,31 -12.082,81 -11.820,31 -11.557,81 -11.295,31 -11.032,81 -10.770,31 -10.507,81 -10.245,31
Total fluxos de caixa 72.702,33 78.496,52 -63.427,14 21.234,04 42.692,18 75.453,69 49.686,55 69.598,51 44.986,00 69.549,28 41.693,97
Saldo inicial de caixa e bancos 0,00 72.702,33 151.198,85 87.771,72 109.005,76 151.697,94 227.151,62 276.838,17 346.436,69 391.422,69 460.971,96
Saldo final de caixa e bancos 72.702,33 151.198,85 87.771,72 109.005,76 151.697,94 227.151,62 276.838,17 346.436,69 391.422,69 460.971,96 502.665,93