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SEGUNDA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2013 09 CURIOSIDADES PlAnEtA DIáRIO 08 SEGUNDA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2013 PlAnEtA DIáRIO CURIOSIDADES 10 lugares misteriosos Pântano Manchac Fantasmas, sepulturas em massa, jacarés, e árvores com aparên- cias assustadoras decoram este pântano horrível em Louisiana, nos EUA. As fotos resumem a reputação assombrada do local. Em 1915, Julia Brown previu o dia de sua morte ao cantar uma canção que dizia “Quando eu morrer vou levar toda a cidade comigo”. O fune- ral de Julia foi destruído quando um vento e uma tempestade car- regaram centenas de pessoas até uma terrível morte nas profunde- zas do pântano de Manchac. Quem passa por lá diz ouvir os gritos das vitimas. Aparições também são comuns. E ser assustador não é novidade para o local. Séculos atrás, o Pântano da Louisiana era o pon- to predileto para práti- cas vudu. Relatos sobre zumbis que vagavam pelo pântano e rituais de sacrifícios humanos fei- tos pelos senhores de fazendas para manter sua prosperidade eram comuns. Dizem ainda que o pântano foi o lar de uma rainha-bru- xa. Se você é um cético de carteirinha, vai ficar feliz em saber que, pelo que podemos provar, só tem crocodilos em Manchac o que já é suficiente para nos manter longe de lá. Se você é dos curiosos, no entanto, existem excursões com tochas à meia-noite pelo pântano. Cenas do filme A Colheita do Mal foram gravadas no local, o que o torna um bom destino turístico no quesito “terror”. Cane Hill Era um asilo em Croydon, nos arredores de Londres, em funciona- mento até 1991, quando todo mundo simplesmente deixou o local. Alguns dos internados foram transferidos para outras facilidades, mas o hospital e grande parte de sua aparelhagem médica ainda per- manece no prédio abandonado original. Construído em plena Era Vitoriana (e, portanto, um ótimo material para histórias de terror), o imenso complexo for- mado por um enorme hospital, asilo psiquiátrico e prédios que serviam como alojamento para os pacientes chegou a abrigar mais de 2.000 mil internos em seu período de ouro. Quando as atividades se encerraram, o lugar lentamente se converteu em uma ruína. Ainda hoje, no entanto, atrai curiosos interessados em explorar seus corredores e vasculhar os aposentos que um dia foram ocupados por “loucos”. Claro que todo o tipo de lenda cerca essas excursões. Bhangarh É uma cidade abandonada que fica em Rajastão, na Índia. Ela foi criada para um príncipe como um memorial em homenagem aos seus esforços de guerra. É amplamente considerado o lugar mais assombrado do país. Erguida em 1573, foi abandonada em 1783 devido a uma suposta maldição. O lugar é tão assombrado que é ilegal entrar lá depois do pôr do sol ou an- tes do nascer do sol. Segundo a lenda, a cidade de Bhangarh foi amaldiçoada pelo guru Balu Nath, que disse que “O momen- to em que as sombras de seus palácios me tocarem, a cidade não existirá mais!”. Quando um príncipe levantou um palácio a uma altura que lançou uma sombra sobre a moradia de Balu Nath, ele amaldiçoou a cidade. O guru está supostamente enterrado lá. Existe ainda um outro mito: a lenda da princesa de Bhangarh, Rat- navati. Ela é considerada a joia do Rajastão. Em seu aniversário de dezoito anos, ela começou a receber ofertas de casamento de outras regiões. Na mesma região que ela, no entanto, vivia um mágico especialista em ocultismo, chamado Singhia, que era apaixonado pela princesa. Encontrando-a no mercado um dia, ele usou sua magia negra sobre o óleo que ela estava comprando de modo que, ao tocá-lo, a princesa se rendesse a ele. Ela, no entanto, percebeu a armadilha e colocou o óleo no chão. Conforme o óleo atingiu o solo, transformou-se em um pedregulho que esmagou Singhia. Morrendo, o mágico amaldiçoou o palácio com a morte de todos os que habitavam o mesmo. No ano seguinte, houve uma batalha entre Bhangarh e Ajabgarh em que a princesa Ratnavati morreu. Moradores locais acreditam que a princesa Ratnavati nasceu em outro lugar e que o forte e o império de Bhangarh estão à espera de seu retorno para pôr um fim à maldição. As ruínas de Bhangarh cobrem uma vasta área, muito frequenta- da por turistas. Toda a área é protegida pelo governo indiano, que criou um órgão para estudar a cidade. Vale notar que os escritórios não foram construídos na área arqueológica onde é atribuída a maldição “noturna”, e sim a alguns quilômetros de distância, onde também foi construído o resort Amanbagh, um hotel luxuoso, bom ponto de partida para os que pretendem visitar a zona. Em 1962, em Centralia, Pensilvânia (EUA) Um grupo de bombeiros ateou fogo no lixo em uma mina de car- vão abandonada, a fim de limpar a cidade. O fogo fez o seu cami- nho para os recantos mais profundos do local, e tem queimado lá desde então sob as ruas vazias da cidade. Gases venenosos, estradas em co- lapso e fogo fazem de Centralia uma espécie de “centro do perigo”. O local é a verdadeira inspiração do primeiro filme baseado em Silent Hill. A cidade agora fantasma contava com cerca de 5 mil habitantes na década de 1960. O terrível incêndio subterrâ- neo simplesmente devastou a região, com chamas que continuam ardendo na terra, mesmo após mais de 40 anos desde o incidente. Porta para o Inferno É um buraco de 100 metros de largura encontrado no Turcomenis- tão. Um acidente de perfuração em 1971, durante a União Sovié- tica, causou esse furo gigante que vaza gases perigosos. Cientistas perceberam que a melhor solu- ção era queimá-los, e atearam fogo nos gases. Desde então, eles ainda queimam sem parar, e seu brilho pode ser visto a qui- lômetros de distância. Não se sabe quando (ou se) o fogo vai se extinguir. Também conhecido como Dar- vaz, Darvaza, ou Derweze (“O Portão”, em turcomano), o buraco fica em uma vila com esse nome com cerca de 350 habitantes, loca- lizada a 260 quilômetros ao norte de Ashgabat, no meio do deserto de Kara-Kum. A região é rica em petróleo, enxofre e gás natural. Santuário de Tofete Fica na Tunísia. É o lar de milhares de túmulos de crianças, o que levou os historiadores a especu- larem que elas podem ter sido vítimas de sacrifício humano nos tempos púnicos, quando o lugar era conhecido como Car- tago. É possível que as crianças tenham sido sacrificadas e de- pois comidas devido à fome na região na época. Na cultura car- taginês, denomina-se de tofet ou tofete um recinto sagrado ao ar livre situado na periferia dos centros coloniais, em que se pratica- vam sacrifícios e se incineravam crianças de tenra idade. Actun Tunichil Muknal É uma caverna encontrada em Belize que abriga os restos de esqueletos e artefatos arqueológicos dos Maias. O morador mais fascinante desse local é uma jovem que foi vítima de sacri- fício humano. Seus ossos calcificados brilham como cristal, tornando-a um pouco mais assustadora que o esque- leto comum. É o único esqueleto que permaneceu inteiro depois de tantos anos, e cuja aparência dá o nome à gruta. Ela foi sacrificada aos deuses no que os maias acreditavam ser as portas do inframundo. Eles achavam que as grutas eram entradas para o inframundo, Xi- balbá (“local do medo”), onde habitam os espíritos do sofrimento, doenças e morte, conhecidos como os senhores de Xibalbá. Ao contrário de outras crenças, os maias não acreditavam que tal local era metafisico, psicológico ou metafórico, mas sim tão físico como o mundo que habitamos. Pripyat É uma cidade fantasma ucra- niana. Ela foi fundada para abrigar os tra- balhadores de Chernobyl, e, desde o desastre nuclear, ficou totalmente vazia. Visitas são permi- tidas, mas as estadias precisam ser curtas e restritas. Essas imagens ilustram a realidade assustadora do que uma guerra nuclear pode- ria fazer com o planeta. Aokigahara Também conhecido como o Mar de Ár- vores, Aokigahara é uma floresta per- to do Monte Fuji, no Japão. Sua fama vem do fato de ser um lugar incrivel- mente popular para se cometer suicídio – tanto que grupos de busca anuais são enviados para a floresta para recuperar os cor- pos dos falecidos. A floresta contém um grande número de rochas e cavernas de gelo, alguns dos quais são pontos turísticos populares. Devido à densi- dade das árvores, que bloqueiam o vento, e à ausência de vida sel- vagem, Aokigahara é conhecida por ser estranhamente silenciosa. Lendas de demônios e espíritos malignos característicos da mito- logia japonesa são comuns. Em 2010, 54 pessoas se suicidaram na floresta. Em média, são encontrados cem corpos por ano lá, alguns em avançado estado de putrefação ou até mesmo somente seus es- queletos. Nazca É uma cidade localizada no centro-sul do Peru. Situada 450 km ao sul da cidade de Lima, em um vale estreito, é famosa pelas Linhas de Nazca. Essas linhas e desenhos no chão do deserto são miste- riosos e teriam demorado muitos, mas muitos anos para serem construídos. Datações de carbono 14 feitas com pedaços de jarras de argila não queimada encontradas perto dos desenhos indicam uma data de aproximadamente 500 anos dC. Nas proximidades desse mistério, entretanto, fica o assustador e pouco conhecido Cemitério Chacuilla. O lugar é cheio de restos humanos dos povos pré-hispânicos do Peru. Uma região realmen- te estranha. Lugares para não serem habitados Cook Foi construída em 1917 como uma estação ferroviária para rea- bastecimento de trens no maior trecho de estrada de ferro direto do mundo (478 km), no coração do interior de um país deserto, cerca de 826 km da cidade mais próxima, Port Augusta (Austrália). Há uma loja em funcionamento em Cook, que só abre quando um trem está previsto para reabastecer lá. Com a privatização das em- presas de trem, isso é cada vez menos necessário da ci- dade, que forne- ce alojamento de emergência duran- te a noite para ma- quinistas, e man- tém equipamentos médicos em caso de um acidente de trem. Cook é um lugar quente e árido, e todas as tentativas anteriores de cultivar ár- vores e vegetais lá falharam – isso significa que quaisquer alimen- tos devem chegar na cidade de comboio. A água era bombeada do subsolo quando a cidade era mais ativa, mas, agora, com apenas quatro moradores, a água também é entregue via trem. Falta de alimentos, água e materiais naturais. Hum, que beleza. La Rinconada É conhecida como a cidade mais alta do mundo, localizada nas belas montanhas dos Andes sul-americanos. A cidade é constru- ída em cima de uma geleira 5.100 metros acima do nível do mar. Aqueles que desejam viajar para La Rinconada pre- cisam suportar estradas peri- gosamente estreitas, condições congelantes, além de lidar com o mal estar inevitável causa- do pela altitude. Diz-se que a maioria das pessoas não vive em La Rinconada por muito tempo por causa de seu afastamento e isolamento, mas a promessa de ouro continua a atrair classes mais pobres de todos os cantos da América do Sul para lá, mantendo a pequena cidade viva e funcionando. Motuo É uma selva de 30.550 quilômetros quadrados no lado sul das montanhas do Himalaia. Sendo o único condado chinês sem aces- so por estradas ou rodovias, viajantes precisam se deslocar a pé de aldeias vizinhas sobre uma passarela suspensa para chegar ao local misterioso, coisa que pode levar até quatro dias. Trinta anos atrás, houve tentati- vas de construir uma autoestrada em Motuo. Esta rodovia durou dois dias, até que deslizamentos de terra e a natureza imprevisível da floresta selvagem consumiram a construção. Embora o condado seja repleto de frutas frescas durante épocas boas, não há acesso a alimentos em conserva ou tratamento médico, tornando este local isolado difícil de viver. Felizmente, voluntários transportam for- necimento médico e alimentos para a região, enfrentando chuvas, deslizamentos, floresta densa, sanguessugas e insetos venenosos em motocicletas, tornando a vida dos cerca de 10 mil nativos dos grupos étnicos Menba e Luoba possível. A Antártica É sem dúvida um dos mais lugares mais difíceis que uma pessoa (ou pinguim) poderia chamar de lar. 98% do continente é com- posto de gelo e está em completa escuridão durante seis meses do ano. Não há fornecimento de comida natural (para humanos), nenhum material natural como árvores ou pedras para constru- ções, além das temperaturas abaixo de zero, que podem matar. Não surpreendentemente, não há povos nativos da Antártica. Porém, a partir de 1800, muitos cientistas e pesquisadores passaram a viver no continente gelado em prol da pesquisa. Eles construíram bases de mate- riais importados e recebem suprimentos de navios de carga. Hoje, existem mais de 65 estações de pesquisa na Antártida, muitas abertas o ano inteiro. A população varia de 4.000 no verão a 1.000 no inverno, e cerca de 40.000 turistas circulam pela região no verão. Pompéia É um dos sítios arqueológicos mais famosos do mundo, se não o mais famoso. Depois que o vulcão Vesúvio entrou em erupção cer- ca de 79 dC, a cidade de Pompéia, junto com sua cidade vizinha, Herculano, foram totalmente revestidas em lava, o que preservou pessoas e edifícios, que agora dão a historiadores e arqueólogos uma visão sem pre- cedentes sobre a vida romana cotidiana. A lava também mostrou que a cidade tinha sido vítima de terremoto e atividade vulcânica muitas vezes anterior- mente. Devido ao solo fértil das terras vizinhas, Pompéia continua sendo habitada – cerca de 25.671 pessoas ainda moram lá. Porém, claramente não deveriam morar, considerando que, desde a antiga erupção, já houve mais duas explosões vulcâ- nicas fatais: uma em 1906, na qual centenas de pessoas morreram, e outra em 1944, que dizimou três pequenas cidades. Catástrofes futuras são esperadas. Muli É uma pequena cidade localizada nas Ilhas Faroé (a meio caminho entre a Islândia e a Noruega), com uma população total de quatro pessoas. As Ilhas são conhecidas por ter clima imprevisível, chuva torrencial, neblina, neve e tempestades em todas as épocas do ano. A paisa- gem circundante é som- bria, com pouca vegetação ou materiais naturais para as pessoas prosperarem. Suprimentos tinham que ser levados para lá de heli- cóptero ou barco até 1989, quando uma estrada ligan- do o local a Norðdepil foi construída. Durante o verão, Muli experimenta 24 horas de luz do dia, e no inverno, a maior parte do dia é escura. Isto, combinado com sua distância de 691 km do continente da Islândia, tornou a vida muito difícil para os moradores de Muli, que só receberam energia elé- trica em 1970. A essa altura, a maioria das pessoas havia deixado a área, deixando os restantes quatro moradores sozinhos em uma cidade praticamente fantasma. Verkhoyansk É considerada a cidade mais fria do mundo pelos moradores locais, que são cerca de 1.500. Considerando que menos 4 a menos 10 graus Celsius é um típico dia de inverno para essas pessoas, não é difícil imaginar por que reivindicam este título. O fato de que esta área já foi utilizada por czares e soviéti- cos como um lugar de exílio dá uma boa indicação quanto à qualidade de vida esperada lá. Sua principal fonte de água, o rio Yana, fica congelado a maioria dos meses no ano. Há uma média de cinco horas por dia de luz solar entre setembro e março. Há pouca indústria local além de criação de renas, e a cidade conta com um aeroporto e porto fluvial para receber suprimentos necessários para sobreviver. Maldivas São um conjunto de ilhas tropicais cerca de 400 km ao sudoeste da Índia. Elas são o lar de cerca de 328.500 pessoas e atraem 500.000 turistas por ano. Considerando-se suas praias de luxo, resorts iso- lados, indústria de pesca, locais de mergulho populares e clima de verão tropical, as Maldi- vas são conhecidas por serem um bom local para lua de mel, em vez de um lugar particular- mente difícil de habitar. No entanto, as Maldivas são consideradas frágeis pelos cientistas: segun- do eles, as ilhas não têm muito tempo restante acima da terra. Uma avaliação de 2005 mostrou que a mineração dos recifes de coral deixou o mar ao redor das Maldivas erodido e danificado. Isto significa que o impacto de tsunamis (que são comuns na área) será cada vez mais forte. Em 2004, um tsunami deixou 10% da ilha inabitável, e um terço da população foi severa- mente afetado. Em 2008, o presidente Nasheed iniciou um fundo de evacuação de emergência, para, no caso de grave inundação, todos os residentes poderem ser evacuados para a Índia ou Sri Lanka, provando que a vulnerabilidade dessas ilhas pitorescas é uma preocupação legítima para os locais. Java É uma ilha e o lar de mais de 121 milhões (a ilha mais habitada do mundo) de pessoas e 22 vulcões ativos. Monte Merapi é um destes vulcões, que entrou em erupção 60 vezes nos últimos cem anos, tão recentemente quanto em 2006. Ses- senta pessoas foram queimadas até a mor- te por seu gás quente em 1994, e em 1930 estima-se que 1.000 pessoas morreram de uma explosão de lava. Hoje, 200.000 ou mais habitantes vivem den- tro de 6,4 quilômetros do Monte Merapi. Se o vulcão explodisse novamente, o resultado seria devastador. Porém, como toda área vulcânica, terra fértil circunda a montanha, o que mantêm agricultores vivendo perto destas bombas-relógio natu- rais. Minqin Éstá condenada a desaparecer. Em 1999, havia cerca de 281.800 pessoas lá. Hoje, este número é pensado para ter aumentado para mais de dois milhões. Isto acrescentou tensão insuportável para a forma principal de sustentabilidade da cidade, o rio Shiyang, que praticamente secou devido à irrigação demasiada. Isso, juntamente com o fato do município ser imprensado entre os desertos Tengger e Badain Jaran, que se arrastam 10 metros para dentro do condado a cada ano, fez com que o governo chinês realocasse agricultores cujas terras foram tomadas. Com apenas 98 quilômetros quadra- dos de terras férteis atualmente, o deserto continua se aproximan- do, e os residentes continuam sendo forçados a sair da cidade

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10 lugares misteriosos Pântano ManchacFantasmas, sepulturas em massa, jacarés, e árvores com aparên-cias assustadoras decoram este pântano horrível em Louisiana, nos EUA. As fotos resumem a reputação assombrada do local. Em 1915, Julia Brown previu o dia de sua morte ao cantar uma canção que dizia “Quando eu morrer vou levar toda a cidade comigo”. O fune-ral de Julia foi destruído quando um vento e uma tempestade car-regaram centenas de pessoas até uma terrível morte nas profunde-zas do pântano de Manchac. Quem passa por lá diz ouvir os gritos das vitimas. Aparições também são comuns. E ser assustador não é novidade para o local. Séculos atrás, o Pântano da Louisiana era o pon-to predileto para práti-cas vudu. Relatos sobre zumbis que vagavam pelo pântano e rituais de sacrifícios humanos fei-tos pelos senhores de fazendas para manter sua prosperidade eram comuns. Dizem ainda que o pântano foi o lar de uma rainha-bru-xa. Se você é um cético de carteirinha, vai ficar feliz em saber que, pelo que podemos provar, só tem crocodilos em Manchac o que já é suficiente para nos manter longe de lá. Se você é dos curiosos, no entanto, existem excursões com tochas à meia-noite pelo pântano. Cenas do filme A Colheita do Mal foram gravadas no local, o que o torna um bom destino turístico no quesito “terror”.

Cane Hill Era um asilo em Croydon, nos arredores de Londres, em funciona-mento até 1991, quando todo mundo simplesmente deixou o local. Alguns dos internados foram transferidos para outras facilidades, mas o hospital e grande parte de sua aparelhagem médica ainda per-manece no prédio abandonado original. Construído em plena Era Vitoriana (e, portanto, um ótimo material para histórias de terror), o imenso complexo for-mado por um enorme hospital, asilo psiquiátrico e prédios que serviam como alojamento para os pacientes chegou a abrigar mais de 2.000 mil internos em seu período de ouro. Quando as atividades se encerraram, o lugar lentamente se converteu em uma ruína. Ainda hoje, no entanto, atrai curiosos interessados em explorar seus corredores e vasculhar os aposentos que um dia foram ocupados por “loucos”. Claro que todo o tipo de lenda cerca essas excursões.

Bhangarh É uma cidade abandonada que fica em Rajastão, na Índia. Ela foi criada para um príncipe como um memorial em homenagem aos seus esforços de guerra. É amplamente considerado o lugar mais assombrado do país. Erguida em 1573, foi abandonada em 1783 devido a uma suposta maldição. O lugar é tão assombrado que é ilegal entrar lá depois do pôr do sol ou an-tes do nascer do sol. Segundo a lenda, a cidade de Bhangarh foi amaldiçoada pelo guru Balu Nath, que disse que “O momen-to em que as sombras de seus palácios me tocarem, a cidade não existirá mais!”. Quando um príncipe levantou um palácio a uma altura que lançou uma sombra sobre a moradia de Balu Nath, ele amaldiçoou a cidade. O guru está supostamente enterrado lá.Existe ainda um outro mito: a lenda da princesa de Bhangarh, Rat-navati. Ela é considerada a joia do Rajastão. Em seu aniversário de dezoito anos, ela começou a receber ofertas de casamento de outras regiões. Na mesma região que ela, no entanto, vivia um mágico especialista em ocultismo, chamado Singhia, que era apaixonado pela princesa. Encontrando-a no mercado um dia, ele usou sua magia negra sobre o óleo que ela estava comprando de modo que,

ao tocá-lo, a princesa se rendesse a ele. Ela, no entanto, percebeu a armadilha e colocou o óleo no chão. Conforme o óleo atingiu o solo, transformou-se em um pedregulho que esmagou Singhia. Morrendo, o mágico amaldiçoou o palácio com a morte de todos os que habitavam o mesmo. No ano seguinte, houve uma batalha entre Bhangarh e Ajabgarh em que a princesa Ratnavati morreu.Moradores locais acreditam que a princesa Ratnavati nasceu em outro lugar e que o forte e o império de Bhangarh estão à espera de seu retorno para pôr um fim à maldição.As ruínas de Bhangarh cobrem uma vasta área, muito frequenta-da por turistas. Toda a área é protegida pelo governo indiano, que criou um órgão para estudar a cidade. Vale notar que os escritórios não foram construídos na área arqueológica onde é atribuída a maldição “noturna”, e sim a alguns quilômetros de distância, onde também foi construído o resort Amanbagh, um hotel luxuoso, bom ponto de partida para os que pretendem visitar a zona.

Em 1962, em Centralia, Pensilvânia (EUA)Um grupo de bombeiros ateou fogo no lixo em uma mina de car-vão abandonada, a fim de limpar a cidade. O fogo fez o seu cami-nho para os recantos mais profundos do local, e tem queimado lá desde então sob as ruas vazias da cidade. Gases venenosos, estradas em co-lapso e fogo fazem de Centralia uma espécie de “centro do perigo”. O local é a verdadeira inspiração do primeiro filme baseado em Silent Hill. A cidade agora fantasma contava com cerca de 5 mil habitantes na década de 1960. O terrível incêndio subterrâ-neo simplesmente devastou a região, com chamas que continuam ardendo na terra, mesmo após mais de 40 anos desde o incidente.

Porta para o Inferno É um buraco de 100 metros de largura encontrado no Turcomenis-tão. Um acidente de perfuração em 1971, durante a União Sovié-tica, causou esse furo gigante que vaza gases perigosos. Cientistas perceberam que a melhor solu-ção era queimá-los, e atearam fogo nos gases. Desde então, eles ainda queimam sem parar, e seu brilho pode ser visto a qui-lômetros de distância. Não se sabe quando (ou se) o fogo vai se extinguir.Também conhecido como Dar-vaz, Darvaza, ou Derweze (“O Portão”, em turcomano), o buraco fica em uma vila com esse nome com cerca de 350 habitantes, loca-lizada a 260 quilômetros ao norte de Ashgabat, no meio do deserto de Kara-Kum. A região é rica em petróleo, enxofre e gás natural.

Santuário de Tofete Fica na Tunísia. É o lar de milhares de túmulos de crianças, o que levou os historiadores a especu-larem que elas podem ter sido vítimas de sacrifício humano nos tempos púnicos, quando o lugar era conhecido como Car-tago. É possível que as crianças tenham sido sacrificadas e de-pois comidas devido à fome na região na época. Na cultura car-taginês, denomina-se de tofet ou tofete um recinto sagrado ao ar livre situado na periferia dos centros coloniais, em que se pratica-vam sacrifícios e se incineravam crianças de tenra idade.

Actun Tunichil Muknal É uma caverna encontrada em Belize que abriga os restos de esqueletos e artefatos arqueológicos dos Maias. O morador mais fascinante desse local é uma jovem que foi vítima de sacri-fício humano. Seus ossos calcificados brilham como cristal, tornando-a um pouco mais assustadora que o esque-leto comum. É o único esqueleto que permaneceu inteiro depois de tantos

anos, e cuja aparência dá o nome à gruta. Ela foi sacrificada aos deuses no que os maias acreditavam ser as portas do inframundo. Eles achavam que as grutas eram entradas para o inframundo, Xi-balbá (“local do medo”), onde habitam os espíritos do sofrimento, doenças e morte, conhecidos como os senhores de Xibalbá. Ao contrário de outras crenças, os maias não acreditavam que tal local era metafisico, psicológico ou metafórico, mas sim tão físico como o mundo que habitamos.

PripyatÉ uma cidade fantasma ucra-niana. Ela foi fundada para abrigar os tra-balhadores de Chernobyl, e, desde o desastre nuclear, ficou totalmente vazia. Visitas são permi-tidas, mas as estadias precisam ser curtas e restritas. Essas imagens ilustram a realidade assustadora do que uma guerra nuclear pode-ria fazer com o planeta.

Aokigahara Também conhecido como o Mar de Ár-vores, Aokigahara é uma floresta per-to do Monte Fuji, no Japão. Sua fama vem do fato de ser um lugar incrivel-mente popular para se cometer suicídio – tanto que grupos de busca anuais são enviados para a floresta para recuperar os cor-pos dos falecidos.A floresta contém um grande número de rochas e cavernas de gelo, alguns dos quais são pontos turísticos populares. Devido à densi-dade das árvores, que bloqueiam o vento, e à ausência de vida sel-vagem, Aokigahara é conhecida por ser estranhamente silenciosa. Lendas de demônios e espíritos malignos característicos da mito-logia japonesa são comuns. Em 2010, 54 pessoas se suicidaram na floresta. Em média, são encontrados cem corpos por ano lá, alguns em avançado estado de putrefação ou até mesmo somente seus es-queletos.

Nazca É uma cidade localizada no centro-sul do Peru. Situada 450 km ao sul da cidade de Lima, em um vale estreito, é famosa pelas Linhas de Nazca. Essas linhas e desenhos no chão do deserto são miste-riosos e teriam demorado muitos, mas muitos anos para serem construídos. Datações de carbono 14 feitas com pedaços de jarras de argila não queimada encontradas perto dos desenhos indicam uma data de aproximadamente 500 anos dC.Nas proximidades desse mistério, entretanto, fica o assustador e pouco conhecido Cemitério Chacuilla. O lugar é cheio de restos humanos dos povos pré-hispânicos do Peru. Uma região realmen-te estranha.

Lugares para não serem habitadosCook Foi construída em 1917 como uma estação ferroviária para rea-bastecimento de trens no maior trecho de estrada de ferro direto do mundo (478 km), no coração do interior de um país deserto, cerca de 826 km da cidade mais próxima, Port Augusta (Austrália).Há uma loja em funcionamento em Cook, que só abre quando um trem está previsto para reabastecer lá. Com a privatização das em-presas de trem, isso é cada vez menos necessário da ci-dade, que forne-ce alojamento de emergência duran-te a noite para ma-quinistas, e man-tém equipamentos médicos em caso de um acidente de trem. Cook é um lugar quente e árido, e todas as tentativas anteriores de cultivar ár-vores e vegetais lá falharam – isso significa que quaisquer alimen-tos devem chegar na cidade de comboio. A água era bombeada do subsolo quando a cidade era mais ativa, mas, agora, com apenas quatro moradores, a água também é entregue via trem. Falta de alimentos, água e materiais naturais. Hum, que beleza.

La RinconadaÉ conhecida como a cidade mais alta do mundo, localizada nas belas montanhas dos Andes sul-americanos. A cidade é constru-ída em cima de uma geleira 5.100 metros acima do nível do mar. Aqueles que desejam viajar para La Rinconada pre-cisam suportar estradas peri-gosamente estreitas, condições congelantes, além de lidar com o mal estar inevitável causa-do pela altitude. Diz-se que a maioria das pessoas não vive em La Rinconada por muito tempo por causa de seu afastamento e isolamento, mas a promessa de ouro continua a atrair classes mais pobres de todos os cantos da América do Sul para lá, mantendo a pequena cidade viva e funcionando.

Motuo É uma selva de 30.550 quilômetros quadrados no lado sul das montanhas do Himalaia. Sendo o único condado chinês sem aces-so por estradas ou rodovias, viajantes precisam se deslocar a pé de aldeias vizinhas sobre uma passarela suspensa para chegar ao local misterioso, coisa que pode levar até quatro dias. Trinta anos atrás, houve tentati-vas de construir uma autoestrada em Motuo. Esta rodovia durou dois dias, até que deslizamentos de terra e a natureza imprevisível da floresta selvagem consumiram a construção. Embora o condado seja repleto de frutas frescas durante épocas boas, não há acesso a alimentos em conserva ou tratamento médico, tornando este local isolado difícil de viver. Felizmente, voluntários transportam for-necimento médico e alimentos para a região, enfrentando chuvas, deslizamentos, floresta densa, sanguessugas e insetos venenosos em motocicletas, tornando a vida dos cerca de 10 mil nativos dos grupos étnicos Menba e Luoba possível.

A Antártica É sem dúvida um dos mais lugares mais difíceis que uma pessoa (ou pinguim) poderia chamar de lar. 98% do continente é com-posto de gelo e está em completa escuridão durante seis meses do ano. Não há fornecimento de comida natural (para humanos), nenhum material natural como árvores ou pedras para constru-ções, além das temperaturas abaixo de zero, que podem matar.

Não surpreendentemente, não há povos nativos da Antártica. Porém, a partir de 1800, muitos cientistas e pesquisadores passaram a viver no continente gelado em prol da pesquisa. Eles construíram bases de mate-riais importados e recebem suprimentos de navios de carga. Hoje, existem mais de 65 estações de pesquisa na Antártida, muitas abertas o ano inteiro. A população varia de 4.000 no verão a 1.000 no inverno, e cerca de 40.000 turistas circulam pela região no verão.

Pompéia É um dos sítios arqueológicos mais famosos do mundo, se não o mais famoso. Depois que o vulcão Vesúvio entrou em erupção cer-ca de 79 dC, a cidade de Pompéia, junto com sua cidade vizinha, Herculano, foram totalmente revestidas em lava, o que preservou pessoas e edifícios, que agora dão a historiadores e arqueólogos uma visão sem pre-cedentes sobre a vida romana cotidiana. A lava também mostrou que a cidade tinha sido vítima de terremoto e atividade vulcânica muitas vezes anterior-mente.Devido ao solo fértil das terras vizinhas, Pompéia continua sendo habitada – cerca de 25.671 pessoas ainda moram lá. Porém, claramente não deveriam morar, considerando que, desde a antiga erupção, já houve mais duas explosões vulcâ-nicas fatais: uma em 1906, na qual centenas de pessoas morreram, e outra em 1944, que dizimou três pequenas cidades. Catástrofes futuras são esperadas.

Muli É uma pequena cidade localizada nas Ilhas Faroé (a meio caminho entre a Islândia e a Noruega), com uma população total de quatro pessoas. As Ilhas são conhecidas por ter clima imprevisível, chuva torrencial, neblina, neve e tempestades em todas as épocas do ano. A paisa-gem circundante é som-bria, com pouca vegetação ou materiais naturais para as pessoas prosperarem. Suprimentos tinham que ser levados para lá de heli-cóptero ou barco até 1989, quando uma estrada ligan-do o local a Norðdepil foi construída.Durante o verão, Muli experimenta 24 horas de luz do dia, e no inverno, a maior parte do dia é escura. Isto, combinado com sua distância de 691 km do continente da Islândia, tornou a vida muito difícil para os moradores de Muli, que só receberam energia elé-trica em 1970. A essa altura, a maioria das pessoas havia deixado a área, deixando os restantes quatro moradores sozinhos em uma cidade praticamente fantasma.

Verkhoyansk É considerada a cidade mais fria do mundo pelos moradores locais, que são cerca de 1.500. Considerando que menos 4 a menos 10 graus Celsius é um típico dia de inverno para essas pessoas, não é difícil imaginar por que reivindicam este título.O fato de que esta área já foi utilizada por czares e soviéti-cos como um lugar de exílio dá uma boa indicação quanto à qualidade de vida esperada lá. Sua principal fonte de água, o rio Yana, fica congelado a maioria dos meses no ano. Há uma média de cinco horas por dia

de luz solar entre setembro e março. Há pouca indústria local além de criação de renas, e a cidade conta com um aeroporto e porto fluvial para receber suprimentos necessários para sobreviver.

Maldivas São um conjunto de ilhas tropicais cerca de 400 km ao sudoeste da Índia. Elas são o lar de cerca de 328.500 pessoas e atraem 500.000 turistas por ano. Considerando-se suas praias de luxo, resorts iso-lados, indústria de pesca, locais de mergulho populares e clima de verão tropical, as Maldi-vas são conhecidas por serem um bom local para lua de mel, em vez de um lugar particular-mente difícil de habitar.No entanto, as Maldivas são consideradas frágeis pelos cientistas: segun-do eles, as ilhas não têm muito tempo restante acima da terra. Uma avaliação de 2005 mostrou que a mineração dos recifes de coral deixou o mar ao redor das Maldivas erodido e danificado. Isto significa que o impacto de tsunamis (que são comuns na área) será cada vez mais forte. Em 2004, um tsunami deixou 10% da ilha inabitável, e um terço da população foi severa-mente afetado. Em 2008, o presidente Nasheed iniciou um fundo de evacuação de emergência, para, no caso de grave inundação, todos os residentes poderem ser evacuados para a Índia ou Sri Lanka, provando que a vulnerabilidade dessas ilhas pitorescas é uma preocupação legítima para os locais.

Java É uma ilha e o lar de mais de 121 milhões (a ilha mais habitada do mundo) de pessoas e 22 vulcões ativos. Monte Merapi é um destes vulcões, que entrou em erupção 60 vezes nos últimos cem anos, tão recentemente quanto em 2006. Ses-senta pessoas foram queimadas até a mor-te por seu gás quente em 1994, e em 1930 estima-se que 1.000 pessoas morreram de uma explosão de lava. Hoje, 200.000 ou mais habitantes vivem den-tro de 6,4 quilômetros do Monte Merapi. Se o vulcão explodisse novamente, o resultado seria devastador. Porém, como toda área vulcânica, terra fértil circunda a montanha, o que mantêm agricultores vivendo perto destas bombas-relógio natu-rais.

Minqin Éstá condenada a desaparecer. Em 1999, havia cerca de 281.800 pessoas lá. Hoje, este número é pensado para ter aumentado para mais de dois milhões. Isto acrescentou tensão insuportável para a forma principal de sustentabilidade da cidade, o rio Shiyang, que praticamente secou devido à irrigação demasiada. Isso, juntamente com o fato do município ser imprensado entre os desertos Tengger e Badain Jaran, que se arrastam 10 metros para dentro do condado a cada ano, fez com que o governo chinês realocasse agricultores cujas terras foram tomadas. Com apenas 98 quilômetros quadra-dos de terras férteis atualmente, o deserto continua se aproximan-do, e os residentes continuam sendo forçados a sair da cidade