PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO.
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PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Planejamento e Controle: diz respeito a
conciliação entre o que o mercado requer e o
que as operações podem fornecer. As
atividades de planejamento e controle
proporcionam os sistemas, procedimentos e
decisões que juntam diferentes aspectos da
oferta e da demanda.
CONCEITO
PLANEJAMENTO: é a formalização do que se
pretende que aconteça em determinado
momento no futuro.
CONCEITO
CONTROLE: é o processo de lidar com as
variações que podem ocorrer durante a fase de
planejamento, ou seja, pode significar que os
planos precisem ser refeitos a curto prazo.
CONCEITO
Ao serem definidas metas e estratégias em
um sistema produtivo, é preciso formular
planos para atingi-las, administrar os recursos
humanos e físicos com base nos planos
desenvolvidos, direcionar e acompanhar
ações dos recursos humanos sobre os físicos,
permitindo a correção de eventuais desvios.
Estas atividades compõem o PPCP.
OBJETIVO
OBJETIVO DO PPCP: Garantir que a
produção funcione eficazmente atendendo aos
clientes externos e internos, produzindo
produtos e serviços na quantidade, momento e
qualidade adequados, ao menor custo.
PPCP
Planejamento e Controle da Produção (longo
prazo) ou Planejamento e Programação (curto
ou médio prazo) da Produção: é o departamento
que permite a continuidade dos processos
produtivos na indústria. Controla a atividade de
decidir sobre o melhor emprego dos recursos de
produção, assegurando, assim, a execução do que
foi previsto no tempo e quantidade certo e com os
recursos corretos.
???
Podemos dizer que o PCP estará pronto quando
forem respondidas as seguintes questões: 1° O que produzir? 2° Quanto produzir? 3° Onde produzir?
???
4° Como produzir? 5° Quando produzir? 6° Com o que produzir? 7° Com quem produzir?
P
P – Planejamento da Produção: Atividades
que determinam quais são as quantidades a
serem produzidas, os volumes de materiais a
serem empregados e os recursos necessários
para a produção ao longo de um período que
pode abranger meses ou anos;
P
P – Programação da Produção: Atividades
que determinam quais as quantidades a serem
produzidas, os volumes disponíveis de
materiais a serem empregados e os recursos
que serão utilizados para a produção ao longo
de um período que pode abranger semanas ou
dias;
CP
C – Controle da Produção: Atividades que visam a coleta dos dados reais do processo produtivo com a finalidade de determinar desvios e possibilitar ações preventivas e/ou corretivas. Estes desvios podem ser utilizados para identificar possíveis problemas na produção para uma máquina, ordem de produção, lote ou ainda ser utilizado como um dado consolidado para identificar tendências.
DEPARTAMENTO
Historicamente, com o desenvolvimento da
administração científica, as funções de
planejamento e controle da produção, antes
exercidas de forma empírica pelos supervisores
de produção, passaram a ser centralizadas em
um departamento específico da fábrica,
usualmente denominado PCP.
DEPARTAMENTO
Em geral, o departamento de PCP dedica-se as
atividades mais operacionais como a
programação da produção, controle de
estoques (matérias-primas, em processo e
produtos acabados), emissão e controle de
ordens de produção, entre outras atividades do
dia-a-dia da produção.
PLANEJAMENTO
Entretanto, a atividade de planejamento não se
limita ao nível operacional. No nível tático-
estratégia, a gerência de produção toma decisões
de médio e longo prazo que incluem decisões sobre
a aquisição de equipamentos e máquinas,
contratação de pessoas, administração de materiais
e fornecedores, com base em previsões atualizadas
de demanda.
PLANEJAMENTO
Este processo de decisão, atualmente
denominado PLANEJAMENTO DE
OPERAÇÕES E VENDAS (POV), envolve,
além da Produção, outras áreas da empresa,
especialmente as áreas de Vendas e
Financeiro.
Do ponto de vista acadêmico, os conceitos e
habilidades necessários para o exercício da
atividades de PCP são abordados em disciplinas
também denominadas Planejamento e Controle
da Produção. No currículo de uma disciplina
típica de PCP, destacam-se os seguintes tópicos:
Previsão da demanda; Planejamento da capacidade de
produção; Planejamento agregado da produção;
Programação mestre da produção; Programação detalhada da produção; Controle da produção.
Previsão da demanda:
Os métodos estatísticos e subjetivos de
previsão de demanda auxiliam os gerentes de
produção no dimensionamento da produção e
dos recursos materiais e humanos
necessários. A previsão de demanda assume
um papel ainda mais importante quando a
empresa adota uma estratégia de produção
para estoque;
Planejamento da capacidade de produção:
A partir da previsão de demanda de médio e
longo prazo e da análise da capacidade
instalada, determina-se a necessidade de
adequação (aumento ou redução) da
capacidade de produção para melhor atender a
demanda no médio e longo prazo;
Planejamento agregado da produção (PAP):
Visa determinar a estratégia de produção mais adequada para a empresa. No plano agregado, estão as decisões de volumes de produção e estoque mensais, contratação (ou demissão) de pessoas, uso de horas-extras e subcontratação, contratos de fornecimento e serviços logísticos. Usualmente, o horizonte de planejamento é anual com revisão mensal dos planos. Neste nível de planejamento, as informações de demanda e capacidades são agregadas para viabilizar a análise e tomada de decisão;
Programação mestre da produção (PMP):
Trata-se da operacionalização dos planos de produção no curto prazo. No programa mestre são analisados e direcionados os recursos (máquinas, pessoas, matérias-primas) no tempo certo para produzir a quantidade necessária para suprir a demanda de determinado período. Nessa etapa, temos uma definição mais precisa dos itens e quantidades de produção e estoques, com um grau de detalhamento maior que o utilizado no planejamento agregado, incluindo não apenas previsões de demanda, como também pedidos firmes e ordens abertas de produção e compras;
Programação detalhada da produção (PDP):
É a operacionalização propriamente dita no
“chão da fabrica”. Define como a fábrica irá
operar no seu dia a dia. As atividades que
envolvem a programação da produção são:
administração de materiais;
sequenciamento das ordens de produção;
emissão e liberação de ordens.
Administração de materiais: planeja e
controla os estoques, defini o tamanho dos
lotes, a forma de reposição da matéria-prima
e os estoques de segurança.
Sequenciamento: é a determinação da
sequência de execução das operações de
produção nas máquinas, visando minimizar
atrasos, ociosidades e estoques em processo.
Emissão de ordens: implementa o
programa de produção emitindo a
documentação necessária para o início das
operações e liberando-a quando os recursos
estiverem disponíveis.
Em sistemas de produção repetitiva (alto volume,
baixa variedade), a programação detalhada é
orientada por regras mais simples e visuais como os
sistemas de produção puxada tipo Kanban. Por outro
lado, em empresas de produção intermitente (baixo
volume, alta variedade), a atividade de programação
detalhada torna-se mais complexa, dificultando a
sincronização das operações para redução de custos,
atrasos e tempos de fluxo das ordens. Neste ambiente,
a atividade de programação pode ser apoiada em
software específicos de programação da produção.
Controle da produção:
É a última etapa do PCP e consiste no acompanhamento dos processos produtivos a fim de verificar o andamento da produção conforme o planejado, ou seja, verificar se o que foi decidido no plano agregado, programa mestre e programação detalhada está sendo realizado. A partir do apontamento da produção (tempos e rendimentos do processo), o PCP acumula dados atualizados dos processos para utilização nas decisões futuras.
Controle da produção:
Atividades que monitoram, avaliam e
controlam as atividades produtivas ao longo de
todo o processo.
Estas atividades se compõem basicamente dos seguintes tópicos:
FINANCEIRO;
INDUSTRIAL.
FINANCEIRO
Custos dos produtos produzidos - Por ordem de
produção e/ou lote identificando etapas de acordo
com a montagem da estrutura das ordens de
produção que são confrontados com os valores
determinados como custo planejado para um lote ou
quantidade fixa. Estes custos podem ser
consolidados posteriormente por produto, por
recursos etc., de acordo com a necessidade;
FINANCEIRO
Custo dos produtos em processo (Work-in-
process – WIP) - Idem para as ordens de
produção e/ou lote ainda em processo
identificando as etapas concluídas de acordo
com a montagem da estrutura das ordens de
produção.
FINANCEIRO
Em ambos os casos, os elementos de custos
normalmente aplicados são o custo direto dos
materiais produtivos empregados, o custo dos
recursos diretamente aplicados (máquinas e
mão-de-obra), e gastos (despesas indiretas)
apropriados.
INDUSTRIAL
Eficiência - Mede o nível de serviço dos
recursos da produção por meio da comparação
dos tempos standard x os tempos reais
utilizados para uma determinada quantidade
produzida. Pode ser medido também por
operação;
INDUSTRIAL
Utilização - Determina o percentual de
utilização dos recursos e identifica os
problemas ocorridos como quebras de
máquinas, falta de produtos para produzir,
problemas com materiais, dentre outros;
INDUSTRIAL
Nível de serviço da planta - Falta de
produtos para distribuição, no tempo
planejado, em razão de problemas no ambiente
de produção;
INDUSTRIAL
Tempo total de produção - Tempo total de
um produto durante o processo produtivo,
sendo a somatória de todas as etapas de
produção. As etapas consideradas dependem
do tipo de produto e os processos;
INDUSTRIAL
Níveis de estoque - Podem medir a
eficiência do planejamento/produção desde que
não exista oscilações na demanda ou nos
ajustes para evitar distorções no cálculo;
INDUSTRIAL
Controle de entradas/saídas (input/output
control) - Com a determinação dos desvios
entre a quantidade de materiais planejada x
consumida e os desvios entre a quantidade de
produtos planejada x produzida determinam o
nível de eficiência do processo produtivo.
INDUSTRIAL
Com exceção do tempo total de produção, os
demais itens podem ser avaliados tanto em
quantidade como em valores.
CONCLUSÃO
As atividades que concernem ao PPCP são de
extrema importância, fornecendo subsídios
para que a empresa tenha competitividade,
perseguindo objetivos de redução de tempos de
processo, ociosidade, perdas de materiais e
produtos, o que implica em menor custo.
CONCLUSÃO
As atividades do PPCP, bem como de toda a área Industrial, são extremamente beneficiadas se a alta direção reunir em um bloco coeso as áreas de marketing e produção. Por meio de negociação objetiva, transparente e elaborando planos de demanda com a maior acuracidade possível, a empresa pode oferecer aos seus clientes produtos de alta qualidade, na quantidade e prazo desejados, otimizando os custos de tempos de processo, gastos com materiais, outros insumos e despesas diversas.
CONCLUSÃO
Em contrapartida, o PPCP deve ser ativo para medir os desvios e apresentá-los de forma didática e sintética para que os outros departamentos produtivos tomem as medidas necessárias de correção e, principalmente, de prevenção. Neste ponto, também é muito importante o bom e constante relacionamento entre os departamentos/setores da área produtiva, não sendo raro a formação de grupos de trabalho para atacar problemas específicos da produção.
FIM