PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: CASO DE UMA OFICINA MECÂNICA DE …

Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE ISSN: 2175-8247 / 30ª Edição / JUL - DEZ / 2020

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: CASO DE UMA OFICINA MECÂNICA DE MOTOCICLETAS NA CIDADE DE PONTA GROSSA-PR

STRATEGIC PLANNING: CASE OF A MOTORCYCLE WORKSHOP IN PONTA

GROSSA- PR

Julia Eduarda dos Santos¹; Lucas de Moraes Barros²

1 Centro de Ensino Superior do Campos Gerais, Ponta Grossa, PR, Brasil. E-mail: [email protected]

² Centro de Ensino Superior do Campos Gerais, Ponta Grossa, PR, Brasil. E-mail:

[email protected]

Resumo: Por em pratica um planejamento estratégico não é uma tarefa fácil, principalmente se não houver pessoas qualificadas dentro da organização. Diante disso o objetivo principal desse trabalho é analisar os malefícios da falta de um planejamento estratégico em uma oficina mecânica de motocicletas de pequeno porte na cidade de Ponta Grossa - PR. Os procedimentos técnicos utilizados classificam a pesquisa como estudo de caso e bibliográfica, de abordagem qualitativa e exploratória. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi uma entrevista estruturada composta por 15 perguntas, aplicada no proprietário da empresa. O resultado que se espera alcançar é apresentar um planejamento estratégico para a empresa.

Palavras - chave: Estratégia, Analise swot, Missão, Visão, Valores.

Abstract: Putting strategic planning into practice is not an easy task, especially if there are no qualified people within the organization. Given this, the main objective of this work is to analyze the harms of the lack of strategic planning in a small motorcycle mechanic workshop in the city of Ponta Grossa - PR. The technical procedures used classify the research as a case study and bibliographic, qualitative and exploratory approach. The instrument used for data collection was a closed interview composed of 15 questions, applied to the business owner. The expected result is to present strategic planning for the company. Abstract: Strategy, Swot analyze, Mission, Eyesight, Values.

1 INTRODUÇÃO

É evidente que nos dias atuais o planejamento estratégico é essencial para as

organizações, e que a falta dele pode levar a empresa a falência. A competição de se

mailto:[email protected]


manter no mercado está cada vez mais difícil, com as entradas de grandes empresas

estão preocupando os pequenos negócios, contudo o planejamento estratégico

empresarial é essencial nas organizações. Segundo Martins, Protil e Doliveiras (2010)

com o ambiente de competição em que as empresas participam, a uma extensão

global e rápidas mudanças tecnológicas. Com isso o papel do administrador vem

criando e aperfeiçoando instrumentos que auxiliem a implementar estratégias

empresariais nas organizações.

Saber separar o que é da empresa e o que é pessoal é regra básica para

empresas familiar, entretanto, esse é o principal motivo que cada ano as empresas

familiares de pequeno e médio porte vão a falência. De acordo com Degen (1989),

bons planos ajudam, mas não garantem o sucesso, depende também do

administrador para crescimento da organização.

Planejamento estratégico não é aplicado apenas em empresas, mas também

na vida pessoal. Ao fazer a lista do supermercado, ou uma viajem, é realizado uma

estratégia de como será executado para que tudo ocorra sem problemas, isso é uma

forma informal de se aplicar o planejamento estratégico, e em uma empresa não é

muito diferente. Segundo Kuazaqui (2016) quando se trata de responsabilidades

maiores, que envolvem pessoas e empresas é necessário a aplicação de um

planejamento formal, baseado em fatos concretos e projeções, que ajude as pessoas

a tomar a melhor decisão.

Para o planejamento estratégico ser efetivo deve ser respeitado alguns

quesitos: a) princípio da contribuição aos objetivos onde o planejamento deve visar

sempre os objetivos da empresa; (b) princípio da precedência que corresponde a

organização, a gestão de pessoas direção e controle de uma organização; (c) principio

das maiores influencia e abrangência, pois um planejamento dentro da empresa pode

causar diversas modificações na marca e atividades da organização; e (d) princípio

da eficiência, eficácia e efetividade, fazer as atividades de maneira adequada, fazer

certo, o que precisa ser feito e presentar resultados positivos ao longo do tempo,

respectivamente (OLIVEIRA, 2018).

Contudo, o presente artigo tem por objetivo analisar os malefícios da falta de

um planejamento estratégico e apresentar uma proposta de melhorias a partir da


construção de uma análise swot em uma oficina mecânica de motocicletas de

pequeno porte na cidade de Ponta Grossa-PR.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.2 FUNDAMENTOS DO PLANEJAMENTO

O termo planejamento estratégico, envolve a sobrevivência de uma empresa,

com as responsabilidades referente à companhia, negócios, empregados,

fornecedores e clientes, e de todas as outras áreas da empresa (KUAZAQUI,2016).

A partir desse contexto, após a determinação da missão, visão, definição do

negócio, estratégias, objetivos, diretrizes políticas, política da qualidade,

competências gerenciais e fatores críticos de sucesso, valores, crenças, princípios de

gestão e metas do planejamento estratégico, se tem a base para concretiza a abertura

da empresa (KUAZAQUI,2016).

Segundo Kotler (1975), o planejamento estratégico é uma metodologia

gerencial que orienta a direção pela qual a organização deve seguir, visando a

interação com o ambiente tanto interno quanto externo. A direção engloba os

seguintes itens: âmbito de atuação, micropolíticas, políticas funcionais, filosofia de

atuação, macro estratégia, estratégias funcionais, macro objetivos, objetivos

funcionais (KOTLER,1975).

O objetivo maior do planejamento estratégico é desenvolver estratégias que

norteiam a organização a obter um melhor desempenho e um melhor resultado.

Existem vários modelos altamente eficazes de planejamento, portanto não a um

modelo ideal de planejamento estratégico, a questão é, a organização deve encontrar

um modelo o qual se encaixe com o seu objetivo e que se adapte à sua realidade

(FERREIRA, et al. 2005).

Segundo Oliveira (2018) a uma certa dificuldade em conceituar as funções do

planejamento dentro de uma empresa devido a sua grandeza e amplitude, contudo o

mesmo apresentou cinco dimensões do planejamento, representado na Quadro 1.


Quadro 1 – Descrição cinco dimensões do planejamento.

Descrição dimensões Exemplos

Primeira dimensão corresponde a funções que a empresa exerce;

Produção, pesquisas, produtos , finanças, marketing entre outros.

Segunda dimensão corresponde aos elementos para realizar o planejamento;

Proposito, objetivo, estratégia, politicas, programas, normas...

Terceira dimensão corresponde as é o tempo do planejamento que a empresa vai seguir e analisada de forma integra;

Curto, médio ou longo prazo.

Quarta dimensão corresponde as unidades organizacionais onde é construído o planejamento estratégico;

Planejamento corporativo, unidades estratégicas de negócios, subsidiárias, divisões , departamentos...

Quinta dimensão corresponde as características do planejamento;

Representadas por complexidade, simplicidade, qualidade, quantidade, planejamento estratégico ou tático...

Fonte: OLIVEIRA (2018)

Já Pereira (2010), diz que pode ser entendido a essência do planejamento a

partir de quatro visões distintas, mas complementares: visão globalística ou

sistemática, participativa, empreendedora ou inovadora e humanística, representado

no Quadro 2.

Quadro 2 – Descrição e exemplos de visões da essência do planejamento.

Fonte: PEREIRA (2010).

Contudo, o planejamento estratégico engloba diversos conceitos e princípios

que fazer uma organização se manter viva no mercado competitivo, assim sendo o

seu principal objetivo. Deste modo elas precisam conhecer as características do seu

próprio negócio e identificar quais são seus objetivos e interesses em comum, por


meio do seu planejamento estratégico, que sucintamente consiste em missão, visão

e valores.

2.3 MISSÃO

O termo missão nas organizações se refere à parte do planejamento

estratégico que define a proposta do por que a organização existe. Dessa forma,

missão representa o papel que a empresa desempenha em seu negócio e torna

palpável a definição do negócio à medida que procura explicitar o que a organização

é ou faz, como e para quem desempenhará o serviço. (ROSSI; LUCE, 2002).

Segundo Terence (2002), a elaboração da missão, devem ser simples, breve,

claras e despertar entusiasmo para quem ler, responder às seguintes questões pode

orientar a criação da missão:

· Qual é o negócio da empresa?

· Como a empresa está atualmente?

· Quais são os clientes da empresa?

· Quais produtos/serviços a empresa oferece?

Ao definir a missão da organização o empreendedor estará, por conseguinte,

objetivando o foco da empresa no mercado. Ele poderá, assim, determinar com

precisão em que seguimento irá atuar, quais são seus concorrentes, que empresas

serão seus futuros fornecedores, etc. A missão traz um foco aos colaboradores de

uma organização, os impulsiona fazendo com que consigam passar por desafios sem

desistirem facilmente frente aos obstáculos que surjam pelo trajeto (OLIVEIRA, 2008).

2.4 VISÃO

A visão descreve a parte do planejamento estratégico em que a empresa

define o que espera da organização, orienta as pessoas que trabalham na empresa

para o futuro, não se distancia do presente da empresa (OLIVEIRA, 2009).

De acordo com Ferreira (2016), para saber o que se espera da organização,

é essencial que, no estabelecimento da visão, sejam respondidas questões como:

a) onde se quer chegar? b) quando? e c)como?”


Visão consiste no cenário ideal visualizado pela empresa, é a situação que a

empresa busca, e para onde ela dirige sua criatividade e recursos. A visão

compreende algo que não se tem, um desejo de onde a empresa quer chegar

(FERREIRA, 2016).

Nesse sentido, Oliveira (1998) descreve a visão como a forma pela qual a

organização se vê no futuro, dentro mercado e da comunidade, no meio ambiente no

qual exerce suas atividades, de maneira a considerar-se tanto como entidade isolada,

como em comparação com as demais organizações, concorrentes ou não.

2.5 VALORES

Valores, princípios ou políticas de uma organização tem por objetivo orientar o

pensamento na tomada de decisão e os esforços nos diversos níveis hierárquicos,

visando conduzir a empresa em determinado rumo (CARAVANTES; PANNO;

KLOECKNER, 2005). Os valores baseiam-se em um grupo de princípios capazes de

direcionar a tomada de decisão, bem como o comportamento dos colaboradores, de

forma a guiar as atividades da organização em questão (ANDRADE e AMBONI,2010).

Zanelli e Silva (2008) classificam os valores organizacionais em dois tipos:

arraigados e esposados. Os valores do tipo arraigados se referem aos valores que os

membros da organização realmente apresentam e pelos quais esses membros

pautam seus comportamentos, sendo os valores, mais estáveis e duradouros

(ZANELLI e SILVA, 2008).

Os valores esposados representam idealizações a respeito do que é

apreciado, ou seja, são valores que os membros gostariam de possuir ou que a

organização gostaria que eles possuíssem, sendo pouco estáveis. Quando as

pessoas da organização vivenciam, por muito tempo os valores esposados, estes

poderão vir a se tornar arraigados. (ZANELLI e SILVA, 2008).

É por meio dos valores, que as organizações incentivam os seus empregados

a se sentirem parte importante da organização (FREITAS, 1991).


2.6 ANALISE SWOT

Quando se trata de planejamento estratégico a informação obtida para

estimular sucesso empresarial. São levantas a partir de pesquisa de mercado e

internas da empresa. Uma ferramenta que auxilia para a obtenção dessas pesquisas,

é a matriz SWOT ou analise SWOT.

A análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Oppotunities e Threats), que na

sua tradução é força, fraqueza, oportunidade e ameaça, conhecida no Brasil como

análise FOFA, é uma técnica usada para a gestão e o planejamento das empresas,

seja ela de pequeno ou grande porte (GUAZZELI e XARÃO, 2018).

Oliveira (2007) descreve ponto forte, fraco, oportunidade e ameaça como: a)

é onde a empresa se diferencia das demais, sendo uma variável controlável que

favorece uma vantagem operacional empresarial. B) compreende como um ponto que

a empresa precisa melhorar, é uma variável controlável, mas é uma desvantagem

operacional ambiental. C) é uma força incontrolável, que pode beneficiar a

organização, desde que a mesma use e conheça corretamente. E d) também se

tratasse de uma força incontrolável que pode se torna um obstáculo para a

organização, que pode ou não ser evitada.

As forças e as fraquezas devem ser analisadas, observando os elementos e

atividades que acontecem dentro da organização, ou seja, ambiente interno,

estabelecendo características próprias, podendo colocar em vantagem ou

desvantagem diante do seu público alvo, representada na Figura 1 (COSTA,2007).

Já as oportunidades e as ameaças são fatores pertinentes ao ambiente

externo da organização, podendo favorecer, oportunidades, como dificultar, ameaças,

a realização dos negócios da empresa os mercados em que atuam, representada na

Figura 1 (SANTOS e FERNANDES, 2015).


Figura 1 – Analise SWOT.

Fonte: Silva, 2014, p. 15.

De acordo com Guazelli e Xarão (2018), a matriz SWOT proporciona a

organização benefícios como, na identificação de circunstâncias negativas, fazendo

que a empresa resolva antes que aumentem. Ajudar os lideres a não deixar passar

despercebidos oportunidades que contribuam no crescimento da organização. Prevê

possível ameaças e auxilia na elaboração de planos de contingências.

3 METODOLOGIA

A escolha da empresa para a realização do estudo deu-se a partir da falta de

um planejamento estratégico eficiente para o melhor funcionamento da empresa.

O presente artigo será desenvolvido com base em uma entrevista estruturada,

composta por 15 questões, em uma oficina mecânica de motocicletas, na qual o

proprietário foi entrevistado. A entrevista estruturada é utilizada para a obtenção de

dados que não são localizados em registros e documentos, podendo ser cedido por

determinadas pessoas (CERVO, 2002). A entrevista estruturada fundamenta-se em


uma relação preestabelecidas, onde a ordem e a redação não variam (GIL, 1999). É

um esquema de entrevista padronizada, onde o entrevistador usa questões

específicas sobre o tema a partir de um roteiro previamente formulado (PADUA, 2004).

Será utilizado o método de estudo de caso que vai envolver uma oficina

mecânica, como um todo, onde a falta do planejamento estratégico é o principal fator

que faz com que a empresa não se desenvolva. Estudo de caso é caracterizado por

ser utilizado em muitas situações, para a contribuição do nosso, permitindo que o

entrevistador mantenha as características integral e significativas da vida real,

englobando importantes condições contextuais. A necessidade diferenciada dos

estudos permite compreender situações sociais complexas. Quanto mais as suas

questões buscam explicar situações presentes, mais o método de estudo de caso será

significativo para o trabalho (YIN, 2009). Refere-se ao estudo de caso como um

modelo de pesquisa utilizada nas ciências sociais permitindo um detalhado e amplo

conhecimento (GIL, 2010).

A abordagem do problema vai ser classificada como qualitativa. Gerhardt e

Silveira (2009) aborda a pesquisa qualitativa como o aprofundamento da

compreensão de um grupo social. Os métodos qualitativos procuram explicar o porquê

das coisas, relatando o que convém ser feito. O objetivo é gerar informações

aprofundadas e ilustrativas que seja capaz de produzir novas informações

(DESLAURIERS, 1991 apud Gerhardt e Silveira, 2009, p. 32).

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos a pesquisa classifica-se como

bibliográfica, onde Cervo (2002) cita que a pesquisa bibliográfica se baseia em

referencias teóricas publicadas em documentos. A pesquisa bibliográfica baseia-se

nos conhecimentos de biblioteconomia, documentação e bibliografia. Seu objetivo é

posicionar o pesquisador com o que já foi produzido e registrado a respeito do tema

de sua pesquisa. O pesquisador vai separando o que é e não necessário a pesquisa

(PADUA, 2004). Pesquisa bibliográfica se trata do primeiro passo de uma pesquisa

com o objetivo de revisar o que já existe na literatura para não se torna repetitivo o

tema de estudo ou experimentação. Ela precisa de um auxílio de um planejamento e

amparo para facilitar, mas para frente a redação. (MACEDO, 1994).


4 APRESENTAÇÃO DE RESULTADO

Com o objetivo de implantar um planejamento estratégico, foi aplicado um

questionário na empresa de ramo motociclístico sendo direcionados para auxiliar na

criação do planejamento estratégico através da análise swot.

4.1 ANÁLISE SWOT

Figura 2 – Análise S.WO.T.

Fonte: Os autores (2020).

Forças

Consolidada e reconhecida na cidade;

A empresa já está mais de 20 anos no mercado, onde já tem a sua clientela fiel

que quando venha acontecer um imprevisto com suas motos, não leva em outro lugar

para consertar.

Funcionário capacitado;

Tem um tipo de serviço que eles realizam é a retífica de cilindro, onde apenas

duas pessoas da cidade sabem realizar, um deles é o filho do proprietário que trabalha


com ele, e o mesmo aprendeu com o outro rapaz da cidade que também já trabalho

na empresa.

Bom estoque de peça;

Com estoque completo dentro da oficina, otimiza o tempo de entrega dos

serviços, pois não vai precisar encomendar peça e esperar chegar para realizar o

serviço, e também com isso conseguem realizar reparos pequenos na hora.

Fraquezas

Falta de planejamento estratégico

Mesmo estando a anos no mercado e dando certo, dentro da empresa a uma

falta de planejamento estratégico muito grande, o pensamento do proprietário é

enrijecida e forte resistência a mudança. Como um planejamento estratégico bem

elaborado a empresa provavelmente aumentaria a produtividade consequentemente

aumentando seus lucros.

Falta de cumprimento dos prazos com os clientes;

Esse é um dos principais pontos negativos da empresa, devido à falta de um

planejamento, recepção preparada e comunicação entre os funcionários, faz com que

atrase as entregas de serviços.

Má gestão financeira;

Devido a empresa ser de pequeno porte e familiar, o proprietário da empresa

não sabe separar o capital da empresa do capital pessoal, quando a empresa tem

lucro em vez de investir na empresa ele pega dinheiro para uso pessoal.

Oportunidades

Crises financeiras;

Não é muito comum ouvirmos que uma crise financeira pode se tornar uma

oportunidade para as empresas, entretanto quando o país entra em uma crise

financeira as pessoas tem tendência de concertar as coisas do que comprar um novo,

com isso ela se torna uma grande aliada para empresa.

Crescimento na utilização de motocicletas;

Maioria das pessoas estão optando pela utilização de motos devido ao seu

baixo custo de manutenção e alta mobilidade no trânsito. E agora com a pandemia


aumentou os pedidos com entrega, aumentou o número de motoboys

consequentemente a um aumento de motos rodando, que frequentemente precisam

de revisão e troca de óleo da moto.

Preço do transporte público;

Cada ano que passa o preço do transporte público vem crescendo, chegando

quase ao preço do litro de gasolina, compensando muito mais transitar com moto

devido ser econômica e muito mais cômodo.

Ameaças

Falta de mão de obra qualificada;

Como dito anteriormente, para um tipo de serviço existem duas pessoas na

cidade que sabem fazer, mas não apenas para esses serviços como outros, a mão

de obra qualificada é escassa na cidade. Já passou várias pessoas dentro da

empresa, o proprietário contrata também para ensinar mas há uma falta de interesse

nas pessoas em aprender o oficio, deixando o ramo motociclisto com um déficit de

profissionais qualificados.

Surgimento de novos concorrentes;

Devido ao cenário atual em que estamos vivendo, no meio de uma pandemia

muitas pessoas perderam seus empregos e começaram a abrir novos

estabelecimentos mesmo sabendo pouca coisa, mesmo não sendo qualificados como

a empresa sendo estuda, acaba se tornando uma ameaça.

Sazonalidade na utilização de motocicleta;

Mesmo com o seu custo benefícios sempre ser maior que de um carro, a

diminuição da demanda por oficinas mecânicas no inverno devido à baixa utilização

de motos nesse período;

5 CONCLUSÃO

O presente artigo buscou identificar como a falta de um planejamento

estratégico, pode atrapalhar o crescimento de uma oficina de motocicleta na cidade

de Ponta Grossa – PR.


Através da entrevista aplicada no proprietário e funcionários da oficina, foi

possível identificar que o proprietário da empresa tem uma forte resistência a

mudança e não aceita opiniões externas para o crescimento da empresa. Como a

empresa é familiar maioria de seus funcionários tem um grau de parentesco, sendo

quase sempre o motivo de suas contratações e não busca uma pessoa qualificada

para o ajuda-lo a administrar a empresa.

Um dos maiores erros identificados dentro da empresa é o proprietário não

saber separar o que é da empresa do pessoal, muitas vezes o mesmo retira dinheiro

da empresa para uso pessoal, deixando até mesmo seus funcionários sem

pagamento. A falta de comunicação como os mecânicos com a recepção é

perceptível, causando atraso em entregas de serviços.

A empresa por ter começado mais de 20 anos atrás, e a forte resistência a

mudança, a mesma não possui missão, visão e valores para o ajudar a alcançar os

seus objetivos.

Concluímos que, mesmo a oficina trabalhando de uma forma enrijecida e

centralizada, consegue se manter no mercado do seu modo, bem conhecida devido

seus anos de mercado e por realizar os serviços com qualidade, mesmo com atrasos.

Uma orientação deixada para o proprietário, é contratar uma pessoa qualificada

em administração de empresas, para implantar um planejamento estratégico com

missão, visão e valores. Pensar de uma forma mais descentralizada para aumentar a

produtividade e crescimento da empresa.

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