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® SOBRE A ADORAÇÃO (E OS RISCOS) DO PESO MEXICANO Robert Garwood, do Lloyds Banking Group: EXPANDINDO HORIZONTES O diretor-geral e chefe de vendas de câmbio do Lloyds Banking Group, Robert Garwood, fala com Alice Attwood sobre a estratégia a longo prazo do negócio e da evolução prevista para 2012. Principal patrocinador das edições da Profit & Loss América Latina: www.profit-loss.com © 2012 P&L Services Ltd.

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®®

SOBRE A ADORAÇÃO (E OS RISCOS) DO PESO MEXICANO

Robert Garwood, do Lloyds Banking Group:

EXPANDINDO HORIZONTESO diretor-geral e chefe de vendas de câmbio do Lloyds Banking Group, Robert Garwood, fala comAlice Attwood sobre a estratégia a longo prazo do negócio e da evolução prevista para 2012.

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Loss América Latina:

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Robert Garwood, do Lloyds Banking Group:EXPANDINDO HORIZONTES

O diretor-geral e chefe de vendas de câmbio do Lloyds Banking Group, RobertGarwood, fala com Alice Attwood sobre a estratégia a longo prazo do negócio e daevolução prevista para 2012.

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Alice Attwood: Após uma carreira de 14 anos no UBS e umatemporada no Millennium Global Investments, o que atraiuvocê para se juntar ao Lloyds?

Robert Garwood: Tornou-se claro para mim que o Lloyds erauma instituição que tinha progredido apenas parcialmente nonegócio global de câmbio. Apesar de seu capital financeiroconsiderável e a natureza de redução do capital investido daclasse de ativos, o Lloyds realmente não tinha aproveitadoesses dois aspectos juntos. Fui apresentado a uma empresacom uma franquia robusta de câmbio no Reino Unido, mascom uma base pequena de clientes corporativos globalmentee uma pequena presença junto a instituições financeiras.Ficou rapidamente claro que o banco queria mudar estequadro, do executivo até as funções mais baixas, e construiruma franquia de câmbio global. É sempre importante ter esseapoio de cima, e ficou claro para mim que esse apoio estavapresente no Lloyds.

AA: Que alterações você vivenciou desde a sua afiliação nofinal de 2010?

RG: Tudo mudou! Nós demos continuidade e aceleramos oprograma do banco para criar uma franquia robusta em todosos aspectos. Estamos adicionando pessoas importantes à nossaequipe de vendas, bem como desenvolvendo nossos recursosde comércio, e-commerce, crédito e operações. Estamosconstruindo de forma efetiva uma infraestruturacompletamente nova e robusta, globalmente.Muitas vezes vemos instituições construírem suas plataformasem uma abordagem de “silos”. O resultado final é a falta decoesão e influência entre as áreas do produto. A plataforma doLloyds está alinhada em todos os departamentos funcionais deapoio ao câmbio – comércio, vendas, e-commerce, operações,crédito, etc., e nas classes de ativos – por exemplo, crédito etaxas. O alinhamento será fundamental para nossa proposta decliente e sucesso futuro. A Arena, a nossa plataforma de e-commerce lançada há pouco mais de 14 meses, é umtestemunho dessa cultura.

AA: Que alterações você implementou desde a sua afiliação?

RG: Ao olhar para a nossa estratégia de câmbio, foquei onosso negócio no comportamento orientado por consultoriae por fluxo. Por exemplo, se você considerar uma empresa,seu foco principal é a gestão de riscos – eles buscamproteger suas exposições internacionais em diferentesperíodos no futuro. Eles procuram aconselhamento sobregestão de riscos para essas exposições e queremaconselhamento especializado. É por isso que estamosdivididos em equipes de setores da indústria, por exemplo,varejo e proteção. Além disso, eles exigem um serviçoorientado por preços eficiente para o seu fluxo de câmbiodiário. Para atender essa necessidade, criamos uma equipede transações empresariais.O mesmo se aplica a instituições financeiras. Se o cliente

deseja receber aconselhamento proativo sobre gestão demoedas, ele receberá as informações de que precisa da nossamacroequipe de câmbio, seja um fundo monetário real, umfundo de hedge ou um banco privado. Se eles forem maispassivos e focados no fornecimento do preço, eles conversarãocom a nossa equipe de fluxo. Estamos alinhando nossasofertas de produtos de modo que, se um cliente quiser apenasum preço, eles o terão da maneira mais eficiente possível. É,ao mesmo tempo, um realinhamento e uma adição ao nossoDNA inerente.

AA: Qual é a principal proposta de valor de câmbio do banco?

RG: Nossos clientes estão à frente e no centro de tudo aquiloque fazemos. Temos o objetivo de garantir que nossos clientessejam sempre bem-sucedidos e, levando em consideração quea maioria da base de clientes do Lloyds está localizada noReino Unido, se eles forem bem-sucedidos vão ajudar a tornara economia do Reino Unido mais bem-sucedida. Nossa funçãoé oferecer suporte e fortalecer uma base de clientes bem-sucedida. Hoje, o Lloyds tem um patrimônio invejável que engloba agestão de bancos, seguros e ativos. Nosso objetivo é utilizaressa experiência para dar suporte aos nossos clientes. O grupocomo um todo tem uma robusta franquia no Reino Unido;temos quase um milhão de clientes comerciais e de grandescorporações, e milhares deles estão negociando câmbioconosco. Ao combinar nosso capital financeiro com nossocapital intelectual, esperamos construir nosso capital derelacionamento – uma fórmula fácil da qual todos os nossosclientes se beneficiarão. Nosso objetivo é aproveitar ao máximo nosso status deseguidor. Estamos desenvolvendo nossa franquia fora doReino Unido, em particular na Europa Continental, nos EUA ena Austrália. De uma perspectiva de câmbio de instituiçõesfinanceiras, eu herdei uma franquia que estava amplamentefocada em participações privadas e de seguro, perdendosegmentos como gestores de ativos, fundos de hedge, bancos ebancos centrais.

AA: Então, um elemento fundamental do plano é expandirpara as instituições financeiras?

RG: Temos equipes baseadas em fluxo abrangendo clientesque veem o câmbio de um ponto de vista residual – seufoco principal está nos títulos internacionais e ações, e ocâmbio é um resultado desses investimentos. A precificaçãoeficiente das transações dos clientes é o serviçofundamental exigido.No lado da consultoria, criamos uma macroequipe de vendas,o que proporciona aos nossos clientes um serviço deaconselhamento proativo sobre gestão de moedas, ajudando-osa gerar valor alfa. Esses clientes querem ouvir ideiascomerciais, ter acesso ao nosso melhor trabalho deinvestigação, a nossas equipes de estruturação e, por fim, elestambém querem ter o melhor preço.

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AA: Suas equipes são criadas paraabranger vários segmentos?

RG: A macroequipe dá cobertura a umavariedade de clientes, desde bancoscentrais a gestores de ativos. Ao fazer isso,o cliente receberá uma ampla variedade deinteligência de mercado de alta qualidade.Nossos clientes querem exposição a umavariedade de ideias comerciais com omínimo de fontes possível. Essa estruturaprevê isso e substitui a necessidade desegmentação de clientes por regiãogeográfica e tipo. Acho que o nossoalinhamento é eficaz porque, seja você umgestor de ativos na Escandinávia ou umfundo de hedge em Londres, a exigênciado cliente é a mesma – você deseja obteraconselhamento proativo sobre gestão demoedas e adoraria ouvi-los de um vendedor que acabou defalar com um banco central, um fundo de hedge ou um fundode pensão. Eles são capazes de fundamentar suas ideias comuma maior exposição aos mercados. É simples, mas muitoeficiente.Um modelo mais comum se baseia em equipesespecificamente focadas em estreita proximidade entre si. Asugestão é que isso se traduz automaticamente nacompreensão dos fluxos de seus colegas, mas a menos quevocê esteja falando diretamente com os clientes, é difícilcompreender os seus pensamentos e entender por que elesnegociam de tal maneira. Penso que ter uma variedade declientes significa ter uma abordagem mais integrada.

AA: Como você se diferencia? Existem alguns participantesbem estabelecidos lá fora...

RG: A nossa capacidade de oferecer um serviço orientado porfluxo e por aconselhamento é um diferencial claro de nossoscolegas. Estou interessado em garantir que o foco permaneçanaquilo que realmente podemos fazer bem. No Lloyds,podemos oferecer um produto excelente em libras esterlinas,mesmo que isso signifique pesquisa, estratégia, geração deideias ou preço; podemos fornecer isso em libras esterlinas.Também introduzimos negócios de quinta casa decimal naplataforma. Portanto, o que estamos começando a criar é uma franquiamuito credível. Como já estive no lado de compras, sei queum cliente prefere escolher bancos específicos paraserviços específicos – áreas nas quais alegam ser osmelhores – e receber apenas isso: um serviço de primeiraclasse. A fim de diversificar o risco hoje, os clientesprecisam lidar com uma ampla gama de bancos. Eu queroser capaz de visitar um cliente e focar em nossos principaispontos fortes, indicando onde nos destacamos e cumprimosas nossas promessas. É assim que a nossa franquia e anossa reputação crescerá: através da estabilidade dos

produtos que oferecemos, das relações históricas e dareputação que já ganhamos entre esses clientes.

AA: Então você considera a libra esterlina uma vantagemcompetitiva para o seu negócio?

Nós somos experts em mercados de libra esterlina e em umpequeno número de importantes mercados emergentes, esomos obrigados a fornecer pesquisa, geração de ideias,conhecimento do produto e preços com a mais alta qualidadenessas áreas, seja por meio de canais tradicionais orientadospor voz ou via e-commerce. A libra esterlina é umcomponente central do perfil de rentabilidade dos nossosclientes no que diz respeito ao gestor de ativos e ao fundo dehedge. Se nós podemos oferecer um produto líder em librasesterlinas, podemos fazer uma diferença substancial nodesempenho desses clientes – e é isso que realmente importa. Enquanto os bancos universais estão oferecendo umproduto mais amplo e serviços mais generalizados, nósestamos oferecendo um produto feito sob medida, quebusca ser o melhor em áreas específicas. Em última análise,a decisão final é a escolha do cliente, mas oferecer aocliente o direito de escolher entre os dois proporcionaalgumas opções e a qualidade de informações e serviçosque ele exige.

AA: Que outras áreas são importantes para os seus negócios?

RG: Nossos clientes exigem eficiência operacional.Compreender isso e colocá-lo tão ao centro da nossaproposta de câmbio significa que fomos capazes de criaruma plataforma que é incrivelmente eficiente. Novamente,essa é a vantagem de uma folha de papel em branco.Quando você considera as alterações regulamentares paraclientes que negociam por telefone ou através deplataformas de vários canais, o fato de que eles estão cadavez mais focados em diferentes ativos e que, em muitos

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casos, estão sendo executadas múltiplas entradas de tickets,então a dependência central estará na eficiênciaoperacional. É fundamental. Eu só quero que nossos clientes gestores de carteira apenasdiscutam ideias de investimentos conosco, nunca problemasoperacionais, como consultas de liquidação. A eficiênciaoperacional – ou seja, tornar a interação com o Lloydssimples, fácil e eficiente – é meia batalha ganha para garantirum relacionamento de sucesso daqui para frente.

AA: Qual é a proposta de valor da Arena?

RG: A Arena é uma plataforma personalizada de negociação einformações de clientes que atende desde as menoresentidades comerciais até as maiores empresas e principaisinstituições financeiras. Estamos incorporando as últimastecnologias e colocando-as totalmente em prática. Nósprojetamos a Arena em colaboração com os nossos clientesatravés do acesso extensivo e contínuo a suas opiniões pormeio do nosso conselho consultivo estabelecido no início doprograma. Criamos um produto projetado pelos nossosclientes, para os nossos clientes. Hoje, a Arena é um portal deconteúdo, contendo nossas peças de pesquisa e estratégia,análises de riscos, estruturação e ideias comerciais, e é umacentral de execução para transações de mercado monetário ecâmbio.

AA: Você planeja aumentar a cobertura?

Com o tempo, avançaremos para o setor de varejo e riquezascom a Arena. Nós queremos torná-la um balcão único para osnossos clientes; portanto, ter o conteúdo e as centrais deexecução em um único portal é uma proposta simples para ocliente. Nós já temos a funcionalidade de bate-papo, que possibilita acomunicação entre os nossos clientes, gerentes derelacionamento e gerentes de vendas. Também introduzimosrecentemente serviços de transação bancária para que osnossos clientes possam monitorar seus fluxos de caixa esaldos através do portal. Isso nos permitirá ofereceraconselhamento sobre otimização de caixa, por exemplo,para nossos clientes corporativos. A plataforma realmenteabrange vários produtos e é escalável. Essa é apenas aprimeira das várias etapas que o programa dedesenvolvimento Arena oferecerá.Estamos expandindo para outros segmentos e para outrosativos. Estamos olhando para o setor de varejo com muitaproximidade e ofereceremos aos clientes acesso aos fundosde liquidez global dos nossos Scottish Widows InvestmentProducts (SWIP). Nossos clientes no lado de impostos e decrédito terão acesso a todas as informações que precisaremna Arena. Queremos tornar a Arena onipresente em todo o ReinoUnido. É uma plataforma que estará focada em todo ossegmentos e, portanto, será adequada tanto para a menorempresa que realiza pagamentos internacionais como

também para usuários de alta frequência no espaço deinstituições financeiras.

AA: Veremos essa expansão em 2012?

RG: Estamos continuamente desenvolvendo a plataforma,portanto, vamos ver evoluções de forma contínua. Os serviçosde transação bancária já existem hoje [lançados em fevereirodeste ano]; os desenvolvimentos de acesso a taxas e ao SWIPserão realidade em 2012. Também vamos adicionar avaliaçõesde clientes no decorrer deste ano e nossa intenção também éintroduzir uma ferramenta sofisticada de gerenciamento depedidos.

AA: Obviamente, existe uma grande história tecnológica aqui.Vocês têm planos de introduzir serviços complementares, porexemplo, corretagem de primeira linha?

RG: Quando entrei, havia várias ofertas de corretagem deprimeira linha disponíveis, portanto, teria sido um verdadeirodesafio para o Lloyds construir a sua própria oferta decorretagem e, ao mesmo tempo, focar no desenvolvimento daArena. Não achei que era o momento certo de entrarmos naárea da corretagem. Atualmente, nosso foco está naquilo que émais essencial para os nossos clientes e, como aimplementação das mudanças regulamentares provavelmenteafetará o câmbio, teremos que criar uma proposta decompensação, e ainda estamos em um longo processo mentalnesta área.A forma como as plataformas de corretagem de primeira linhae propostas de compensação se desenvolverem ao longo dotempo será essencial e o Lloyds estará fornecendo um produtoem um prazo que eu acredito que vai suplementar qualquerplataforma de corretagem de primeira linha que construirmosde forma independente.

AA: O desejo de expandir para todas as instituições finan-ceiras se estende às negociações de alta frequência?

RG: Totalmente. À medida que a nossa plataformainternacional seja construída e nosso mecanismo deprecificação ProTrade seja aperfeiçoado, vamos observartodos os segmentos do mercado do cliente. Sabemos que onosso futuro grupo de clientes vai exigir acesso ao mercado deHFT.

AA: Você mencionou o ambiente regulatório, como você vê ocenário?

RG: Nós estamos sendo afetados por uma miríade de novasregulamentações – Basileia III, Dodd-Frank, MiFID, Volcker eo Imposto Sobre Operações Financeiras. O que precisamos éde mais clareza e esperamos plenamente novospronunciamentos dos reguladores durante 2012. Felizmente, aindústria de câmbio tem estado, muitas vezes, em uma posiçãode frente quando se trata de eficiência de liquidação e redução

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de riscos, componentes principais damudança de regulamentação que vemos serintroduzida em todos os mercadosfinanceiros. O Sistema de Liquidação em Contínuo(Continuous Linked Settlement, CLS) éum desenvolvimento importante, e umponto para destacar a forma como aindústria de câmbio impôs tais melhoriasem si mesma. No Lloyds, precisamos teressa clareza a fim de fornecer o modelo denegócio mais adequado para os nossosclientes. Temos que ser ágeis e construiruma plataforma robusta, que permita aosnossos clientes negociar da forma maiseficiente possível. Uma das implicaçõesdesses regulamentos é o aumento doscustos, e nós temos que ser muitocuidadosos sobre a maneira comoconstruímos essa plataforma a fim demantê-la rentável para nós e para os nossos clientes.

AA: Vamos ver a implementação das estruturas regulatóriasque você mencionou em 2012?

RG: Vamos ver alguma implementação, por exemplo, asregras Volcker serão apresentadas em julho e os bancosprecisam estar preparados e dentro dos limites de Volckernessa altura. Gostaríamos de ver, embora possa demorar maistempo para realizar, uma condição equitativa global, e euacredito que a Europa e os EUA estão trabalhando cada vezmais juntos a fim de alcançar uma estrutura acordada, comparâmetros estabelecidos que funcionem em ambas as regiões;mas novamente, não há confirmação disso ainda.

AA: Como você prepara sua base de clientes principais nesteambiente?

RG: Gastamos um tempo considerável observando nossaplataforma para compensação do cliente. Mesmo que impactemenos o câmbio a curto prazo, eu pessoalmente acredito quehaverá uma certa quantidade de aumento de regulamentação eque, enquanto as empresas, por exemplo, possam ainda nãoprecisar compensar suas transações de câmbio em dinheiro,temos que oferecer um produto e serviço através do qual elespoderão compensar seu câmbio, se assim desejarem.

AA: Como a chegada das centrais de execução de swaps(SEFs) da Lei Dodd-Frank afeta a oferta de um banco único?

RG: Nossa oferta de banco único oferece aconselhamentosobre conteúdo, pesquisa e estruturação, e também fornececentrais de execução de preços. O primeiro não é afetado, maseu acredito que o último vai fazer parte de qualquerconstrução de futuras SEFs que se materializar a partir dosdesenvolvimentos que estamos vivenciando. Estamos

planejando vincular a Arena dessa forma. Esse portal defornecimento de preço, seja em parceria com outros bancos ouem conjunto com outro local, pode se vincular a tal central.

AA: O banco fez uma declaração importante ao contratarRichard Moore, Darren Coote, Bruno Widmer e MichaelWalsh, para citar apenas alguns. Qual a ambição por trás dessaexpansão?

RG: O Lloyds tem investido há muito tempo em gerentes derelacionamento em todos os espaços corporativos einstituições financeiras, e esses gerentes de relacionamentogarantem uma parceria muito estreita com nossos clientes anível de CEO, CFO e tesouraria. Ao investir nas vendas demaior calibre e funcionários de comércio em toda a nossadivisão de atacado, incluindo câmbio, podemos alavancarnosso capital intelectual para apoiar os nossos clientes, porexemplo, com instituições financeiras, do CIO até a equipe deexecução dos nossos clientes. Nós damos cobertura para aempresa em todas as camadas do gerenciamento.Quando você olha para algumas das contratações que fizemosnos setores de negociação, vendas, pesquisa, estruturação e e-commerce, ou seja, em todos os fluxos de negóciofundamentais para a construção de uma plataforma de câmbioglobal, você pode ver que estamos investindo de forma robustae completa. O pessoal contratado nos últimos 12 a 18 meses éum componente fundamental dessa visão.O capital humano se sobrepõe a eficiência operacional. Paraser uma franquia de sucesso, temos que ser excelentes emtodas as áreas. A Arena, por exemplo, foi aprovada em maiode 2010 e fornecida no prazo e no orçamento em julho de2011. Ela é destinada a satisfazer as necessidades dos nossosclientes e nos permite expandir nossos horizontes – mas temosde ter as pessoas certas para aproveitar esta oportunidade, e euacredito firmemente que temos a plataforma e as pessoas parafazer isso.

Anders Henrikson, Global Head of FX Trading, with Garwood.

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O tempero dos negócios de risco em 2012

O peso mexicano era uma das principais opções para todo omundo no início de 2012. No geral, a liquidez mais flexível noG4, os indícios crescentes de recuperação dos EUA e umamaior resiliência ao risco principal da Zona do Euro encora-jaram o retorno dos investidores para realizar negócios, in-cluindo peso mexicano. Mas o excelente ganho de peso –melhor desempenho global em 2012, até a primeira semana defevereiro – também foi o resultado de vários outros fatores, in-cluindo baixos riscos de intervenção, fundamentos macro-econômicos melhorados e, reconhecidamente, a abundância deespaço para se recuperar depois de ter sido esgotado no finalde 2011. Mas atualmente, após a apreciação significativa dopeso mexicano, a incerteza contínua na perspectiva global e aspróximas eleições presidenciais no México, existe espaço paraganhos adicionais com o peso mexicano? Há vários fatores que

sustentam a fé no peso mexicano, mas alguns riscos impor-tantes também precisam ser ponderados.

Sete motivos para adorar o peso mexicano

Liquidez, liquidez, liquidez. Somente a contaremos comoum dos motivos para adorar o peso mexicano, mas este é, semdúvida, um dos mais relevantes. O início do ano foi marcadopor um aumento na sobrecarga de liquidez no mercado emcomparação com o tema de risco que acompanha políticasglobais ainda mais expansionistas e a probabilidade de in-jeções adicionais no futuro. O aumento do fluxo em direção aativos de risco em busca de maior rendimento impulsionou opeso mexicano, um dos ativos mais baratos (em relação a me-didas de valor justo) no final de 2011. Embora existam algunssinais de esgotamento de preços, é provável que a liquidez con-

Sobre a adoração (e os riscos) do peso mexicanoPor Alejandro Cuadrado, Chefe da Estratégia de Câmbio na América Latina, BBVA

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tinue sendo um fator chave para o peso mexicano, especial-mente com a falta de sinais de conclusão dos programas de liq-uidez dos bancos centrais do G4.

Com a Zona do Euro enfrentando recessão e, provavel-mente, permanecendo a principal fonte de risco a nível global,as melhores possibilidades de demanda industrial e interna dosEUA favoreceram o interesse no seu vizinho do sul e em suamoeda. Os EUA respondem por 80% das exportações do Méx-ico (23% do PIB do México) e, apesar do crescimento daChina, esta quota de mercado manteve-se constante e atémesmo melhorou em algumas categorias de exportação, espe-cialmente na manufatura. Além disso, os EUA também são aprincipal fonte de turismo e remessas, que em 2011 chegarama cerca de USD 23 bilhões, outros 2% do PIB.

Uma continuação consistente e um apelo ao peso mexi-cano, apesar de algumas inversões de tendência. Fluxos es-trangeiros para ativos de renda fixa mexicanos têm crescidoconstantemente desde 2010, quando o México se juntou aoWorld Government Bond Index (WGBI), exceto por uma pe-quena queda quando a aversão ao risco disparou em setembro

de 2011. As posições estrangeiras na dívida pública mexicanaatingiram níveis em torno de 40% (acima de 70% em deter-minados segmentos da curva de juros local) em comparaçãoaos quase 30% do ano passado. Na verdade, em termos rela-tivos, os influxos de renda fixa no México foram maiores doque no resto dos seus colegas da América Latina, incluindo oBrasil e, nos últimos cinco anos, também foram maiores doque na maioria das grandes economias de mercado emer-gentes. Enquanto algumas posições parecem “super-povoadas” e os níveis de influxo do S1 2011 serão difíceis demanter, o apelo ao risco ainda pode favorecer a estabilizaçãodo peso mexicano. Além disso, o banco central do México(Banxico) já relatou uma leve reversão nos influxos es-trangeiros no início de fevereiro visto que o risco diminuiu eos participantes de mercado tiveram lucros. Entretanto, opeso mexicano não acompanhou sua correlação de três mesescom o MBono de 10 anos (0,72) e continuou a diminuir.Além disso, a volatilidade do peso mexicano ajustado mel-horou, visto que os volumes diminuíram de níveis próximos a30%, em setembro de 2011, para 13% em 2012. Enquanto

1: USDMXN AND VOLATILITY: TREND AND AVERAGE VALUES SINCE 2005 HIGHLIGHTING PREVIOUS ELECTION (2005-)

2: DEMAND FOR MXN FI (MEX, LATAM, EM)

3: 3-MONTH CORRELATIONS TO S&P 500, OIL AND 10YR MBONO (2006-)

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isso, a inflação relativamente alta provavelmente ajudará amanter as diferenças da taxa, com o Banxico e o Fed em es-pera por um longo período.

Baixo risco de contágio. O sistema financeiro do México foiminimamente afetado pela crise europeia, tendo passado poruma diminuição de custos de financiamento em 2011 e no iní-cio de 2012 em relação a 2010. Elevados níveis de capitaliza-ção, provisionamento preventivo, baixos níveis globais deinfluência e financiamento local obrigatório para subsidiáriasestrangeiras limitam significativamente o canal de contágio fi-nanceiro.

Requisitos financeiros limitados também limitam o fornec-imento. Comparativamente, os níveis da dívida do Méxicocontinuam a ser relativamente baixos em 39% do PIB, commenos de um terço em moeda estrangeira. Mesmo em umano eleitoral, as regras fiscais mexicanas deixam poucamargem para surpresas. Além disso, a duração média con-tinua a aumentar (7,5 em comparação a 1,5 em 2000), en-quanto o México tem sido capaz de emitir obrigações de 100anos. Um contexto fiscal relativamente equilibrado deve setraduzir em uma fonte de obrigações limitada, mas con-stante, ajudando a manter o apelo pelos ativos de renda fixae também ao peso mexicano.

Certamente este não é um jogo de petróleo, mas preços depetróleo moderadamente mais elevados não causam(muitos) problemas. Preços de petróleo mais altos prendemo peso mexicano entre fatores de incentivo (menor procuraexterna) e desincentivo (preços de exportação mais eleva-dos, aumento de impostos). O México é percebido como umgrande produtor de petróleo, embora o petróleo representeuma parte relativamente pequena de suas exportações (13%na última década) em relação à fabricação de produtos(80%). Assim, o peso mexicano não deve necessariamentese fortalecer como resultado do aumento dos preços dopetróleo. De fato, em meio a choques petrolíferos, o pesomexicano exibiu um maior valor beta, especialmente com oS&P500 (mesmo quando esses choques poderiam ter sidoimpulsionados pela demanda). Sendo assim, o fator maisrelevante para os preços do petróleo face ao peso mexicanoserá a extensão da competição dos preços do petróleo e, por

fim, se isso causa uma desaceleração significativa naatividade industrial ocidental.

Um banco central não ativista. Ao contrário de muitosde seus colegas regionais, as autoridades mexicanas per-mitiram que o peso flutuasse com uma intervenção mín-ima, em geral apenas limitando a intervenção aoamortecimento dos picos de volatilidade ou evitandodeslocamentos em condições de liquidez dos mercadosde baixo movimento (ou seja, proteção face a quedas dopeso mexicano). O exemplo mais recente ocorreu no finalde 2011, quando o Banxico estabeleceu leilões diários deUSD 400 milhões das reservas, caso o peso viesse a en-fraquecer em mais de 2% em relação ao dia anterior. No-tavelmente, o ativismo do Banxico é baixo, mesmoquando há uma razão mais sólida para acumular maisreservas do que seus colegas, visto que o nível de reser-vas externas do México (USD 147 bilhões no final de2011 ou 12% do PIB) é relativamente baixo em compara-

ção com outros bancos centrais regionais que continuam acomprar dólar americano. Parte dessa lacuna é preenchida pelaLinha de Crédito Flexível (Flexible Credit Line, FCL) de USD72 bilhões que o México mantém com o FMI, limitando o acú-mulo de reservas do México a operações com a Petróleos Mex-icanos (Pemex, a empresa estatal de petróleo). Além disso, osriscos inflacionários na verdade fazem com que o Banxicoacolha a robustez relativa do peso mexicano.

Todos os itens acima justificam de forma geral a recentemelhora no desempenho do peso, mas o que podemos esperardo peso mexicano para o restante de 2012? A perspectiva delongo prazo moderadamente positiva, juntamente com asavaliações ainda relativamente baratas, favorecem o pesomexicano. De fato, apesar da corrida pelo peso mexicano noinício de 2012, as posições não comerciais persistentes emcomparação com os recordes observados em meados de 2011sugerem que deve haver espaço para maior apreciação dopeso mexicano; no entanto, há pelo menos dois riscos rele-vantes que podem impedir o alcance dos recordes de 2011.Primeiro, o valor beta do peso mexicano tende a ser maiordurante quedas na bolsa e, assim, uma deterioração maior quea esperada nas condições econômicas globais, principalmenteeventos desordenados na UEM, poderia levar a uma grandecessão de ativos de renda fixa mexicanos, juntamente comuma depreciação acentuada do peso. Em segundo lugar, aseleições presidenciais no México previstas para o dia 1º dejulho também poderiam adicionar volatilidade a curto prazoaos mercados internos e ao peso mexicano e, ao mesmotempo, poderiam ser um fator de atraso da emissão direta. Asexpectativas de mercado para o progresso significativo dasgrandes reformas políticas e econômicas já são baixas, dada aimprobabilidade de uma maioria no Congresso. As eleiçõesgovernamentais, as pesquisas recentes e uma moderaçãonotável na mensagem política de certos candidatos reduzemas chances de surpresas e podem resultar em menor volatili-dade do peso mexicano. Ainda assim, como as preferênciasdos eleitores mudaram significativamente em relação às out-ras eleições, os mercados poderiam se tornar altamente sen-síveis às políticas, como um impulsionador a curto prazo dopeso mexicano.

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