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PROJETAR OS 20 DA DÉCADA QUE AÍ VEM entre MARGENS BIMENSAL | 16 JANEIRO 2020 | N.º 642 DIRETOR: AMÉRICO LUÍS FERNANDES APARTADO 19 - 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO MOREIRA DE CÓNEGOS Rua Laurinda F. Magalhães, nº 42 Telefone 253 563 250 S. MARTINHO DO CAMPO Av. Manuel Dias Machado, 283 Telemóvel: 919 366 189 VILA DAS AVES Rua D.Nuno Álvares Pereira, 27 (Largo da Mariana) Telefone: 252 941 316 TECNOLOGIA PARA PENSAR O FUTURO DESTAQUE PÁG.S 4-7 Polícia Municipal na estação de Santo Tirso em abril Corporações de Vila das Aves e ‘Amarelos’ recebem ambulâncias do INEM ATUALIDADE | PÁGINA 10 Está consumada a guerra aberta entre a Força Avense e a SAD do Clube Desportivo das Aves, isto após uma semana de troca de comunicados e galhardetes entre as duas entidades, antes do jogo com o Benfica. Protocolo entre SAD e Claque foi terminado. Desportivo das Aves mantém a lanterna vermelha. Força Avense e SAD de costas voltadas DESPORTO | PÁG. 15 Pianista Joana Gama ‘traz’ Erik Satie a Vila das Aves FIM DE SEMANA | PÁG.3 OBRAS VÃO CUSTAR 160 MIL EUROS S

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  • PROJETAR OS 20DA DÉCADAQUE AÍ VEM

    entreMARGENSBIMENSAL | 16 JANEIRO 2020 | N.º 642 DIRETOR: AMÉRICO LUÍS FERNANDESAPARTADO 19 - 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. 252 872 953EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURALDE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

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    (Largo da Mariana)Telefone: 252 941 316

    TECNOLOGIAPARA

    PENSARO FUTURO

    DESTAQUEPÁG.S 4-7

    Polícia Municipal na estaçãode Santo Tirso em abril

    Corporações de Vila das Avese ‘Amarelos’ recebemambulâncias do INEM

    ATUALIDADE | PÁGINA 10

    Está consumada a guerra abertaentre a Força Avense e a SAD doClube Desportivo das Aves, istoapós uma semana de troca decomunicados e galhardetes entreas duas entidades, antes do jogocom o Benfica. Protocolo entreSAD e Claque foi terminado.Desportivo das Aves mantém alanterna vermelha.

    Força Avensee SADde costasvoltadas

    DESPORTO | PÁG. 15

    PianistaJoana Gama‘traz’ ErikSatie a Viladas Aves

    FIM DE SEMANA | PÁG.3

    OBRAS VÃO CUSTAR 160 MIL EUROS

    S

  • FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 16 JANEIRO 2020

    GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

    DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU ALMOÇO NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

    O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens.

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    No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contempladonesta primeira saída de janeiro foi o nosso estimado

    assinante José Maria Oliveira Costa de S. Mamede de Negrelos.

    Dentro de portas -“Pacific Ocean Blue”

    ||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

    Brian Wilson não era o único membrotalentoso dos The Beach Boys. O seuirmão Dennis, o baterista, não tinhaum papel de destaque no quinteto.Tinha a atração do público femininomas não se evidenciava em termos decomposição. Quando a banda já setinha praticamente esgotado, o irmãodo meio (Carl Wilson, o guitarrista, erao mais novo) decidiu lançar-se a solo.Descobrimos as suas capacidades ar-tísticas em “Pacific Ocean Blue”. Comuma produção delicada e subtil, osom diversificado veicula a sua vozmarcante e sombria. Consegue en-curtar distâncias e transformar os mo-mentos melancólicos em profundosestados de relaxamento e meditação.Associamos as texturas densas, porvezes de lamento e de desespero, aum ambiente noctívago. As bonitaslinhas de piano ajudam a evidenciara autenticidade de uma alma que seexpõe. Agradecemos os genes de gé-

    Genesde génio

    nio que nos proporcionam momen-tos tão intensos. Por aqui se vê que apontuar este disco de 1977 seria pe-la escala máxima. No nosso íntimo sa-bemos que isso raramente acontece.

    Em poucos anos, Dennis Wilsontornou-se numa força gasta. Acólitode Charles Manson, perdeu muitosdos seus pertences, incluindo o iateque tanto amava. O abuso de substân-cias e a perda das capacidades vo-cais conduziram-no a uma situaçãocada vez mais débil. Envergonhou osoutros elementos do conjunto ao qualainda pertencia, aparecendo em di-ferentes eventos em indisfarçáveisestados de embriaguez. Em 1983morreu afogado numa trágica ironia.Ele era um amante do mar, um bomnadador e o único dos cinco músi-cos do grupo que surfava. Encara-mos “Farewell My Friend” como umaelegia. Curiosamente esse tema foiescolhido para tocar no seu funeral.A morte prematura aos 39 anos nãopermitiu concluir o projeto seguinteno qual trabalhava. As reedições des-te milénio já incluem essas sessõesde gravação. “Holy Man” aparece emduplicado. Na segunda versão, TaylorHawkins, o baterista dos Foo Fighters,dá voz à música que originalmenteera apenas instrumental. |||||

    “Em poucos anos,Dennis Wilson tornou-se numa força gasta.Acólito de CharlesManson, perdeumuitos dos seus per-tences, incluindo oiate que tanto amava.

    O tão aguardado final da Saga Skywalkerchega a Famalicão, à Casa das Artes, parauma sessão que terá lugar no sábado,dia 18 de janeiro pelas 21h30. O filmeque completa a terceira trilogia do uni-verso cinematográfico mais popular doplaneta responde aos mistérios que to-dos os fãs foram colocando ao longodas já mais de quatro décadas de exis-

    CINEMA | FAMALICÃO E GUIMARÃES

    O final da‘Saga’ aterra naCasa das Artes“STAR WARS: A ASCENÇÃO DE SKYWALKER” PASSA NASSESSÕES DE CINEMA DIGITAL DA CASA DAS ARTES ESTESÁBADO, DIA 18, PELAS 21H30. “SINÓNIMOS” DENADAV LAPID, VENCEDOR DO URSO DE OURO EMBERLIM É PROJETADO NA QUINTA, DIA 16. EMGUIMARÃES O DESTAQUE VAI PARA “OS ÓRFÃOS DEBROOKLYN” NO SERÃO DE DOMINGO, DIA 19.

    tência e coloca um ponto final no lega-do dos Skywalker.

    Intitulado “A Ascensão de Skywalker”,o filme realizado por JJ Abrams coloca frentea frente numa batalha final os sobrevi-ventes da Resistência com o poder da Pri-meira Ordem, enquanto o trio de protago-nistas Rey, Finn e Poe partem numa aven-tura que os leva a uma descoberta que vaimudar o universo distante e longínquo.

    Antes, na quinta-feira, o pequeno au-ditório da Casa das Artes um dos filmesmais polarizantes e subversivos do anoque passou. “Sinónimos” da autoria dorealizador israelita Nadav Lapid venceuo Urso de Ouro, prémio máximo do Fes-tival Internacional de Cinema de Berlim,e conta a história de Yoafv, um jovemque foge de Israel devido ao serviço mi-litar obrigatório e muda-se para França.Imediatamente roubado e ajudado porum casal local, o jovem compra um dici-onário para procurar sinónimos e assimaprender a nova língua. A sessão teráinício às 21h45.

    Em Guimarães, o destaque cinemato-gráfico da semana vai para “Os Órfãosde Brooklyn”, filme realizado pelo acla-mado ator norte-americano EdwardNorton, contando com interpretações dopróprio, Bruce Willis, Gugu Mbatha-Rawe Willem Dafoe. O neo-noir decorre naNova Iorque dos anos 50 e segue a in-vestigação a um estranho assassinato. Asessão tem hora marcada para as 21h45no Grande Auditório do CCVF. |||||

    “STAR WARS” ÉEXIBIDO ESTESÁBADO, ÀS 21H30,NA CASA DAS ARTESDE FAMALICÃO

  • SEXTA, DIA 17 SÁBADO, DIA 18Chuva / aguaceiros. Vento fraco.Max. 13º / min. 05º

    Chuva / aguaceiros. Vento fraco.Máx. 13º / min. 02º

    Céu pouco nublado. Vento fraco.Máx. 14º / min. 03º

    DOMINGO, DIA 19

    ENTRE MARGENS | 16 JANEIRO 2020 | 03

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    Em janeiro,um pouco ao soloutro ao fumeiro

    Em 2016, Joana Gama dedicou-se aSATIE.150 - Uma celebração em for-ma de guarda-chuva, que assinalou,em Portugal, os 150 anos do nasci-mento do compositor francês ErikSatie (1866 - 1925). Doze concer-tos, um por mês, em 12 localidades,foi o propósito inicial, mas iniciativaacabou por ganhar maior dimensãocom a pianista a desdobrar-se eminúmeras apresentações um pouco

    Joana Gama regressa a Erik Satie paraum ‘delicado jogo de afinidades’ESTA SEXTA-FEIRA (DIA 17), A PIANISTA JOANA GAMA TOCA NO CENTRO CULTURAL DE VILA DAS AVES.NESTE RECITAL, A OBRA DO COMPOSITOR FRANCÊS ERIK SATIE CONVIVE COM A DE OUTROS AUTORES,COMO JOHN CAGE OU VÍTOR RUA. O RECITAL TEM INÍCIO ÀS 21H30

    por todo pais, e não só, através dorecital a que chamou “I Love Satie”.Recital esste que chega agora a Viladas Aves, onde será apresentado jáesta sexta-feira, às 21h30, no Cen-tro Cultural

    Neste espetáculo, a obra multiface-tada do compositor francês Erik Satiesurge intercalada com a de composi-tores que o seguiram na exploraçãodo som sem constrangimentos esté-

    ticos ou formais. Ou, por outras pala-vras, as obras de Satie (que convo-cam ambientes solenes, melancólicose até dançantes) convivem neste re-cital com as de Marco Franco, FedericoMompou, Morton Feldman, John Cagee Vítor Rua, num “delicado jogo deafinidades”.

    Obras estas que, de resto, ganha-ram nova expressão com a gravaçãodo disco “Arcueil” (co-edição Miasove

    / Boca), o segundo que a pianista de-dica ao referido compositor francês,editado no final do ano passado.

    Antecedendo a apresentação des-te recital, Joana Gama senta-se aopiano para um conjunto de quatrosessões destinadas ao público escolara que chamou “Eu gosto muito dosenhor Satie”. A música de Satie mastambém as histórias em torno do com-positor francês são convocadas paraestas sessões que vão acontecer nasmanhãs e tardes dos dias 16 e 17.

    Com ligações familiares a Vila dasAves, Joana Gama (1983) é naturalde Braga. Enquanto pianista, desdo-bra em múltiplos projetos, quer a solo,quer em colaborações, nas áreas docinema, da dança (com Victor HugoPontes e Tânia Carvalho), do teatro,da fotografia e da música.

    Em 2017 defendeu a tese de dou-toramento “Estudos Interpretativossobre música portuguesa contempo-rânea para piano: o caso particularda música evocativa de elementosculturais portugueses” na Universi-dade de Évora.

    Desde 2013, tem um duo de pia-no electrónica com Luís Fernandes,com quem editou “Quest” (2014),“Harmonies” (2016, com Ricardo Ja-cinto), “at the still point of the turningworld” (2018, com Orquestra de Gui-marães). Em 2019 estrearam, no Tea-tro Municipal do Porto, uma nova co-laboração, desta vez com o DrummingGP. Ainda no ano passado, lançou oálbum “Travels in my homeland” pelaGrand Piano e, com base nesse reper-tório, começou uma colaboração comas Sopa de Pedra. Do seu percurso,especial destaque ainda para a apresen-tação, em 2018, na Fundação CalousteGulbenkian da obra “Vexations”, deErik Satie, durante 14 horas.

    O bilhetes para o recital desta sex-ta-feira, custam apenas 4 euros eencontram-se à venda na Loja Intera-tiva Turismo e no Centro CulturalMunicipal de Vila das Aves. O con-certo tem início às 21h30. |||||

    RECITAL “I LOVESATIE”. JOANA GAMA,PIANO. SEXTA-FEIRA,17 JANEIRO.CENTRO CULTURALMUNICIPAL DEVILA DAS ABES.BILHETES A 4 EUROS

    CONCERTO | VILA DAS AVES

  • 04 | ENTRE MARGENS | 16 JANEIRO 2020

    DESTAQUE||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

    O futuro chegou e não avisouninguém. Não é por acaso que oano de 2020 era utilizado comosinónimo de futuro longínquo, umadata exótica que serviu de símbolopara que gerações de pensadores ecriadores olhassem para o que viriaa ser. Hoje cá estamos. Janeiro de2020. E o presente não podia sermais diferente dos cenáriospintados por Phillip K. Dick, FritzLang ou Alfonso Cuarón.

    O realizador mexicano atéacertou em algumas das temáticaslatentes que explorou no seu filmede 2006, “Children of Men”,baseado no livro de P.D. Jamespublicado em 1992. Crisesmigratórias, refugiados, desigualda-des económicas. Uma realidadeapenas um pouco menos pós-apocalíptica.

    Não é só com obras de ficçãocientífica que é possível medir aviragem de década. Durante os diasque antecederam a passagem deano, o que se podia ler em algumaspublicações anglo-saxónicas erasobre as similitudes entre “osloucos anos 20” ou “RoaringTwenties” na expressão original e adécada em que agora entrámos.Um século passou é certo, noentanto as grandes preocupaçõessociais e políticas mantêm-seassustadoramente idênticas.

    “Os clamorosos anos 20 estãode volta. As boas notícias é que, aocontrário da última vez, não existedrástica desigualdade económica,risco de catástrofe ambiental,obscuras correntes de nacionalismoe uma instável bolha no mercadofinanceiro ocidental”, podia ler-senum tweet que circulou como fogona rede social.

    Afinal que semelhanças sãoessas entre as duas décadas de 20.Em conversa com o Entre Margens,Rosa Correia, professora de história

    PROJETAROS 20S DADÉCADAQUE AÍ VEMÀ ENTRADA DE UMA NOVA DÉCADA, O ENTREMARGENS DECIDIU OLHAR PARA A HISTÓRIA,RETIRAR AS DEVIDAS CONCLUSÕES E PROJETAR OFUTURO PARA UM PERÍODO DE ANOS QUE SEMPREFOI OLHADO COMO UM HORIZONTE INATINGÍVEL.

    na escola secundária D. AfonsoHenriques, faz uma leitura cuidado-sa entre os paralelos possíveis.“Aquilo que consideramos comodécada de 20 é uma consequênciadireta do final da primeira guerramundial”, começou por dizer. “Ofinal da primeira guerra trouxe emalguns países, sobretudo emalgumas potências europeias gravesconsequências económicas”, comoé o caso de Itália que levou aocrescimento do fascismo deMussolini ao mesmo tempo que osEUA se assumiam como grandepotência internacional.

    Esta mudança sísmica nabalança de poderes influenciou aradical viragem nas estruturassociais que perderam os alicercesem que se basearam no século XIX.“Essa libertação faz-se porque aprimeira guerra mundialdestruturou o sistema socialestagnado que vingava na Europa”,começando a despontar movimen-tos não só de emancipação damulher como de outras causassociais. A designação de “loucosanos 20” surge desta confluênciade liberdades sociais, desenvolvi-mento tecnológico que afetadiretamente a vida das pessoas ecrescimento económico aparente-mente imparável.

    O problema estava não naderme mas na epiderme. Por baixodos espelhantes vestidos e damúsica ritmada, as feridas que iriamterminar com as festividades davamsinais. O fascismo cresce e apode-ra-se das franjas mais frágeis daspopulações que ficam de fora dosavanços preconizados por umaeconomia sem rédeas que fica semteto quando se dá o crash de1929.

    “Foi uma década de completodesenfrear económico e industrial”,explica a docente. “Há um desen-volvimento económico claro que oseconomistas apontam até 1926,

    mas que a partir daí o desenvolvi-mento real não acompanhou aespeculação financeira, daí odesfasamento entre o que pareciaprosperidade e não era. O crashque acontece na bolsa de NovaIorque tem reflexos no Europa porcausa da dependência de capitaisamericanos que os países europeustinham nessa fase. As fragilidadesforam aproveitadas pelos políticos,neste caso mais à direita.”, apontou.

    O paralelo, refere, “é muitoconcreto” neste aspeto. “O cresci-mento dos partidos de direita deve-se às desigualdades económicasentre ricos e a grande maioria.”Uma linha que se consegue traçarem continuidade até aos chamados‘derrotados da globalização’.

    Quem o afirma é Hugo Rajão,doutorando em filosofia política naUniversidade do Minho, queexplica este crescimento donacionalismo e da extrema-direitanão só com a existência destes‘derrotados’, que se sentemdeixados para trás pelo progressoda sociedade, das suas dificulda-des económicas e de integraçãosocial, exacerbado pela bolha digitaldas redes sociais.

    “As pessoas isolam-se em tribose a informação é divulgada deforma mais atómica onde cada umfaz os seu percurso e há menosmediação para criar esse filtroinformativo. A extrema direitaobservou esses pequenos vícios eapoderou-se do veículo. O SteveBannon percebeu isso muito bem”,elucidou o investigador.

    “O paralelismo que podemostraçar entre as duas décadas de 20está na reação à guerra e à últimacrise económica”, aponta HugoRajão em conversa telefónica.“Culparam-se os Estadosdespezistas e não se percebeu queera uma crise que decorreu daprópria lógica do capitalismoespeculativo que cria estas bolhas

  • ENTRE MARGENS | 16 JANEIRO 2020 | 05

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    de instabilidade. Não se fizeram asreformas necessárias no sistema evivemos no risco de uma outra cri-se. E se tivermos outra crise, a insta-bilidade e insegurança aumentam,a extrema direita ganha terreno”,uma incompreensão que há cemanos custou uma segunda guerra.

    “Não se percebeu que parahaver paz é preciso aumentar ospadrões de vida das pessoas e dar-lhes perspectivas de futuro. E estoucom medo que não se tenhamcriado mecanismos de proteção,amortecedores, para proteger aspessoas mais vulneráveis a umanova crise.”

    As grandes questõesde futuroSão três as grandes questões quevão marcar a próxima década de20. As alterações climáticas, aextrema-direita e o capitalismoglobalizado. Numa sociedadecontemporânea vincada pordesigualdades económicasastronómicas, as respostas não seavizinham fáceis de encontrar.Segundo Hugo Rajão, estamosperante uma “uberiação daeconomia” com um mercadolaboral desregulado onde pontifi-cam freelancers a recibos verdesque ficam numa posição precáriade grandes riscos e poucosbenefícios.

    “Nesta economia partilhada opatrão quase não existe, é ummediador, não presta um serviço,põe em contacto prestadores deserviços e consumidores”, umarealidade a que uma estruturacomo a União Europeia não soubeser o contrapeso, optando por serapenas uma união económica enão política, esvaziando o discursoda social-democracia europeísta,abrindo a porta a que a extrema-direita fale diretamente paraaqueles que ficam para trás e dêvoz aos seus descontentamento.

    Esta ligação intrínseca entre ascamadas precárias e o crescimentoda extrema-direita também influen-cia diretamente aquela que é agrande problemática da década: asalterações climáticas.

    “Há uma ligação à extrema-direita no sentido em que sãonegacionistas e estão, nestemomento, no controlo dos destinosde países estratégicos como osEUA e o Brasil”, afirma o investiga-dor da Universidade do Minho. Aquestão é que mesmo a Europa“não sabe muito bem o que fazer,porque por um lado diz que estápreocupada, mas por outro apostanum conjunto de medidas simbóli-cas que são importantes mas ficamaquém do que lhes seria pedido.”

    Na opinião de Hugo Rajão, “osgovernos e instituições ainda nãoencontraram o modelo certo paracomunicar estas questões com opúblico” e estão eles próprios abasearem-se em percepções, “já quenão vejo ninguém a chamar acomunidade científica para, porexemplo, criar uma comissão parapensar num modelo a seguir. NaEuropa isso é gritante porque temtoda a obrigação de o fazer.”

    Uma problemática tão complexacomo esta e que terá comohorizonte uma mudança radicaldos hábitos quotidianos daspessoas “assusta”, daí que ospolíticos e responsáveis prefiramconcentrarem-se “no que cada umpode fazer, adiando as responsabi-lidades maiores.”

    “Esta é a década das decisõesdifíceis e não estou muito otimista”,lamenta Hugo Rajão. “Vivemos numtempo de descrédito das institui-ções e isso sente-se na fragilidadedas estruturas e na perda deinfluência do discurso científicoperante a proliferação das pseudo-ciências e das fake news”, sublinha.“As pessoas andam à procura dealternativas.”

    Foi uma décadade completodesenfrear econó-mico e industrial.Há um desenvol-vimento económi-co claro que oseconomistasapontam até1926, mas que apartir daí odesenvolvimentoreal não acom-panhou a espe-culação financei-ra, daí o desfasa-mento entre o queparecia prosperi-dade e não era.ROSA CORREIRA,PROFESSORA DE HISTÓRIA

    “Não se percebeuque para haverpaz é precisoaumentar ospadrões de vidadas pessoas e dar-lhes perspectivasde futuro. E estoucom medo quenão se tenhamcriado mecanis-mos de proteção,amortecedores,para proteger aspessoas maisvulneráveis a umanova crise.”HUGO RAJÃO, DOUTORANDOEM FILOSOFIA POLÍTICA

  • 06 | ENTRE MARGENS | 16 JANEIRO 2020

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    O futuro é indissociável doprogresso tecnológico. A históriada humanidade conta-se atravésdo desenvolvimento de ferramentase do avanço das tecnologias quedefinem uma era. Em 2020, maisdo que nunca, os grandes desafiosda sociedade são marcados pelasrespostas que conseguimos tirardas ferramentas tecnológicas.

    Vítor Martins é CEO do pplware,o maior site de tecnologia emPortugal, com sede em Riba de Ave,sendo o próprio natural de Vila

    TECNOLOGIA

    PARAPENSARO FUTURO

    MOBILIDADE, INTELIGÊN

    CIA ARTIFICIAL,

    COMUNICAÇÕES, O REG

    RESSO AO ESPAÇO.

    O ENTRE MARGENS FOI

    À PROCURA DE

    SABER O QUE O FUTURO

    TEM RESERVADO

    PARA A PRÓXIMA DÉCAD

    A E AS RESPOSTAS

    SÃO DE DEIXAR A SOBRA

    NCELHA LEVANTADA,

    PARA O BEM E PARA O M

    AL.

    das Aves. Em conversa com o jornalonde escreveu as primeiras linhassobre tecnologia no longínquo anode 1993 aponta cinco grandesáreas que vão marcar a década de2020: a mobilidade, as comunica-ções, medicina e ciência, energia eexploração espacial.

    Em tecnologia nada aparece poracaso e sozinho. A revolução damobilidade e dos transportes surgenão só pelo desenvolvimento datecnologia, mas pelo desenvolvi-mento social e político. “Quandopensámos no que será o mercadono década de 20, o primeiroimpacto é pensar que vamos tercarros elétricos”, destaca, acrescen-tando que “atrevo-me mesmo adizer, vamos comprar carroselétricos como se compram,smartphones, tendo em conta queum carro elétrico será tão barato defabricar que qualquer marca ouempresa se pode dar ao luxo defabricar um carro elétrico.”

    Esta afirmação, explica, estábaseada na entrada de novos“players” neste mercado que não secingem a marcas automóveis, masvão integrar gigantes tecnológicos

    como a Apple, a Google ou a Sonyque recentemente apresentou o seuprojeto de carro elétrico.

    “Se qualquer marca pode fazerum carro elétrico a parte dalocomoção vai mudar bastante”,referindo que a mudança dementalidade das pessoas, quepassaram a priorizar a simplicidade,rapidez e urbanidade comparativa-mente ao conforto é sintomática deum futuro onde as soluções detransporte serão completamentediferentes.

    O advento do 5G que tantatinta tem feito correr e fez aqueceras relações EUA e China serápedra de toque do desenvolvimen-to das comunicações durante apróxima década. “O 5G que está aíà porta vai mudar muita coisa”,assevera Vítor Martins. “Quandotivermos 5G de qualidade sobre osnossos telhados, para que precisa-mos de fibra?”, um facto que vaimudar radicalmente o comércio dascomunicações.

    “Se hoje temos algumas opera-dores que têm em sua posse aexploração das redes, isso vaideixar de acontecer” porque,

    explica, “no futuro muito próximoteremos comunicaçõesdesagregadas, onde não precisare-mos de estar ligados ao operadorA ou B, com antenas físicas locais.Vamos passar a comunicar a nívelglobal onde as empresas quefabricam os próprio smartphonesvão ter os seus próprios serviços ecomunicaremos através dos seussatélites.”

    Daí que não seja de espantar oregresso em força do interesse pelaexploração espacial pelos principaispaíses, não só os EUA, como aChina, mas também a Índia e aUnião Europeia através da ESA(Agência Espacial Europeia).

    “Big Data” eInteligência ArtificialPensar em tecnologia significa namaioria dos casos pensar emprodutos e objetos externos, noentanto a definição pode estar aalargar-se sobretudo a relação doobjeto tecnológico com o corpohumano, em especial o cérebro. “Aligação do cérebro com o mundoda tecnologia, aos bits e bites,provavelmente não surgirá naprimeira metade da década mas éum assunto que naturalmente irásurgir. Uma interface cérebrocomputador muito íntima que, pelomenos no campo científico emédico, trará grandes vantagens”,adianta Vítor Martins.

    “Já vemos alguns estudos ondeatravés dos impulsos encefálicos seconseguem perceber algumascoisas que até aí não era possível.No futuro, o decifrar das nossasondas cerebrais, transformá-las emzeros e uns, numa escala bináriavai permitir uma evolução na formacomo pensámos. E aí entrámosnuma escala mais assustadora,porque podemos estar a descobriralgo que ainda é só de cada um,mas o caminho está traçado.Esperemos que haja ética para

    DESTAQUE

  • ENTRE MARGENS | 16 JANEIRO 2020 | 07

    travar algum tipo de intenções”,avisa.

    Esta revolução na interaçãoentre tecnologia e ser humanoencaminha a conversa para a ideiade inteligência artificial (IA) e ochavão que está nas bocas domundo, big data.

    “Hoje já trabalhamos comalguma inteligência artificial mastrabalhamos muito mais comautomatismos”, revela. “Aautomação de rotinas já se chamade inteligência artificial, mas averdadeira IA ainda está a algunsdegraus. Chegará quando a IAfuncionar como o cérebro humanofunciona.”

    Para já a IA socorre-se da bigdata, ou seja, da recolha, tratamen-to e organização de dados deforma lógica através de servidoresmáquinas quânticas que conse-guem traduzir uma resposta filtradade milhões e milhões de linhas

    numa decisão. Este serviço temvantagens enormes para muitasáreas de investigação mas, claro,sugere um conjunto de dúvidaséticas sobre a sua utilização.

    “O big data vai moldar a nossavida futura”, afirma de formacontundente Vítor Martins. “Aplica-do à ciência e à medicina teremosrespostas muito mais rápidas quevão influenciar a forma comovivemos. Na parte sociológica,vamos passar a ter estudos dasociedade bem mais complexos., etc.Estamos na base de um conheci-mento fantástico.”

    O cidadão comum pouco ounada pode fazer, também por culpaprópria, porque todo o modelo idenegócio da internet está sediadona ideia de que o consumidor é oproduto, ou seja, que os dados doconsumidor são a moeda de trocapor uma pesquisa grátis no googleou por ter presença no facebook. Omesmo acontece com as entidadesque poderiam ter uma palavra noassunto, mas que necessitam dosserviços que as grandes empresastecnológicos oferecem.

    “Somos influenciados pelaengenharia social como anteséramos por jogadas políticas, aquestão é que hoje é mais simplesdevido à facilidade em recolherdados e em chegar às pessoas,porque estas já estão interligadasentre si nas redes sociais”, alerta.

    Para Vítor Martins, “hoje já nãovivemos numa aldeia global.Vivemos num bairro onde épossível não só saber o que o

    Ave é um passo fundamental, nãosó para a região como para o país.“Estamos a falar de máquinas quevão permitir um nível de cálculofantástico a vários níveis, máquinaspoderosíssimas que chegaramatravés de um protocolo com o MITe isso é tremendamente relevante”,enaltece.

    O passo que seguinte é traba-lhar. “O desafio maior agora é picaros laboratórios de investigação dasuniversidades aqui à volta com ofoco em desenvolver tecnologias apartir de cálculo estatístico atéagora impossível. Estas máquinasvão dar-lhes vantagens incríveisporque são das melhores a níveleuropeu”, releva Vítor Martins.

    “Temos que olhar para istocomo proveito e não andarmossempre a dizer que em relação aosoutros não temos nada. Se calharcada vez temos menos diferençasnegativas e equipamentos commelhor qualidade”, remata. “Épreciso é trabalhar.”

    Atrevo-me a dizer que vamos comprar carros elétricos como se compramsmartphones, tendo em conta que um carro elétrico será tão barato de fabricarque qualquer marca ou empresa se poderá dar ao luxo de os fazer.”

    outro está a fazer como ouvir oque ele está a dizer. Engane-sequem quiser. As empresas jáadmitem, até certo ponto, que têmacesso aquilo que escrevemos, masmais do que isso qualquer disposi-tivo com um microfone é um acessodireto. Não tenham dúvidas disso.As empresas podem dizer que nãoestão a ouvir, mas estão, semdúvida nenhuma.”

    A região no seio daglobalizaçãoO que pode valer uma região comoVale do Ave no meio destacompetição inexorável pela evolu-ção tecnológica. O “webmaster” dapplware diz que hoje as regiões eos concelhos têm hoje ferramentaspara que elas próprias se liguem aomundo, pensem global e nãoapenas nacional. “As regiõespodem funcionar como micro-países a tentar evoluir o seuecossistema. Se uma região hojenão pensa assim vai acabar por serultrapassada e ter dificuldades”,sublinha.

    Vítor Martins destaca o ambientede saudável competitividade que sevive entre os concelhos de SantoTirso e Famalicão, “que parecemduas equipas de futebol a atacar omercado de transferências navertente industrial” onde se uma vaibuscar a Airbus a outra aposta emligar-se ao mar através de caminhode ferro. “Isto é salutar e muitoimportante.”

    A chegada do supercomputadorà subestação da REN em Riba de

    VÍTOR MARTINS, CEO, PPLWARE“

  • 08 | ENTRE MARGENS | 16 JANEIRO 2020

    OPINIAO~~~~~

    INSCRITO NA E.R.C. SOB O Nº 112933

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    COLABORADORES: JOSÉ PACHECO, JOSÉ PEREIRA MACHADO, TIAGO GROSSO, NUNO MOTA, MIGUEL MIRANDA,

    ADÉLIO CASTRO, FELISBELA FREITAS, FELISBELA LUÍS FREITAS, MARIA ANTÓNIA BRANDÃO, HUGO RAJÃO, ASSUNÇÃO

    LINO, CELSO CAMPOS, LUÍS AMÉRICO FERNANDES, SÍLVIA ABREU.

    DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO.

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    ENTRE MARGENS - Nº 642 - 16 JANEIRO 2020

    Naquele fim de dia de sexta-feira, omoço chegou ao liceu cansado, pesa-do e, acima de tudo, inquieto. Dos 40trabalhadores-estudantes inicialmenteinscritos na turma, resistiam apenasuns quatro ou cinco, que juntamen-te com a Professora se acomodaramà volta de uma única mesa.

    Naquele ano, alguém tivera a felizideia de dar boa música aos degus-tadores do velhinho parque D. Ma-ria II. Como o liceu era o vizinho maischegado daquele belíssimo recanto,o solo da guitarra de David Guilmordos Pink Floyd, entrou à socapa pelajanela soaberta da sala de aula e,lenta e serenamente, guindou-o nasasas daquela música mágica.

    Pouco depois, completamente ab-sorto, ouviu, lá muito ao longe, umavoz sumida a murmurar o seu nome.A voz foi-se avolumando uma, duas,até que à terceira o arrancou abrup-tamente das asas daquela música má-gica. Ao aterrar, mais corado que umamalga de carrascão, topou embara-çado os olhares divertidos dos colegase, quando começava a tartamudearum pedido de desculpas, ouviu, emvez da espectável reprimenda, a Sra.Professora Laura Buco, com voz deabraço, a dizer-lhe: “não tem mal, hojeestá mesmo muito cansado, mas forçaque estamos quase no fim de semana”.

    Não foi o primeiro, nem o últimodestes “abraços”, mas aquele, ofere-cido naquele dia tão especialmentedorido, deixou marca indelével. Mais

    Adélio Castro

    Gratulatórioque sacudir o embaraço, confortou-o, lembrando-lhe que ninguém temde ser forte o tempo inteiro, e quetropeçar nem sempre é pecado.

    Uns anos antes, saído há poucomais de um ano dos cueiros da escolaprimária, o Professor, Sr. Padre Fonseca,apresentou ao, naquela altura aindamocito, os sonetos do grande Antero.Até àquele dia, sempre lhe tinha esca-pado a razão pela qual tanto se pasma-va perante aquela coisa dos sonetosque enrodilhavam convulsivamente amensagem só para parir um punhadode rimas. Mas o arrebatamento comque ele, em cores tão celestiais, os pin-tava e o enlevo quase orgástico comque os declamava, levou-o a pensarque muito provavelmente alguma coisalhe estaria a escapar. E, relutante, esprei-tou-os, e tanto bastou para que ficas-se para sempre perdido de amorespelos sonetos daquele génio infeliz.

    Também foi ele que, sem opçãode recusa, o convidou para, como eledizia, ouvir com ouvidos de ouvir, na-quele gravador de bobines Grundig,música “clássica”, que o mocito naaltura achava que só servia para de-belar insónias graves. Ao ver, com-pletamente banzado, aquele Homembailaricando, quase em pontas, do altodo seu 1,55 cm e 130 kg de peso,pairando literalmente ao som daquelamúsica, percebeu de imediato, que oque quer que fosse que provocasseuma pedrada daquele calibre, mereciano mínimo ser objeto de aturado estu-do, e o certo é que o mocito, a partirdaí, ficou “preso por vontade” às muitaspedradas no charco que ao longo davida aquela música lhe foi atirando.

    Um outro Professor, cujo nome nãorecorda, berrava apoplético, em todosos testes, que os alunos não podiamentrar com nada, mas mesmo nada, anão ser uma esferográfica bic e das

    transparentes. Uma vez, o mocito, ar-mado em “bravo”, resmoneou jocoso,se ao menos podiam levar a roupa docorpo, e é claro que, ainda antes de oeco das suas palavras se ter dissipa-do, já tinha enfardado um valente cha-padão. Bem, o certo que, apesar da-quelas histriónicas medidas de segu-rança, naquele teste, como em quasetodos os outros, se copiou como senão houvesse amanhã.

    O engraçado é que, um outro Pro-fessor, da mesma escola, o Sr. PadreRodrigues, exatamente nas mesmascircunstâncias, deixava que os alu-nos entrassem com o que entendes-sem, e dizia apenas que nem sequerlhe passava pela cabeça que alguémtentasse copiar. Uma das vezes, paraespanto geral, informou que tinha tidoum imprevisto e que não poderia es-tar na aula durante o teste, mas queo “mocito” ficava encarregado de re-colher os testes quando acabasse aaula. Sem mais, saiu da sala repetin-do apenas a frase de sempre.

    Recorda-se como se fosse hoje que,apesar de todos terem os livros e ca-dernos ali à mão de semear, e a certe-za que não haveria qualquer vigilân-

    cia, ninguém, mas mesmo ninguém,copiou nem um simples ponto de in-terrogação. Mas o mais assombroso éque com ele, a regra, e regra sem exce-ção, era esta. Até hoje o mocito sepergunta onde é que aquela singelameia dúzia de palavras, proferidas poraquele Homem, arrancava aquela mis-teriosa força, que roçando abraca-dabras, conseguia, como se poucacoisa fosse, o que a mesma frase milvezes repetidas por outras bocas,musculadas por uma farturinha deestaladões, e por vigilantes de olharde lince, nunca conseguiam.

    O moço, agora homem maduro,tem a certeza que a educação que aescola lhe proporciou travejou-lhe vi-da e centelhou e amparou a sua res-plandecência, mas a sensibilidade daProfessora Laura Buco, a paixão doProfessor Padre Fonseca, o carisma doProfessor Padre Rodrigues e outrastantas jóias ofertadas por um punha-do de outros professores, bordaram-lhe a fios de ouro o seu ex-libris, te-cendo a filigrana da sua essência.

    Nunca conseguirá entender, porisso, por que diabos é que se apou-ca os Professores e a Educação. Nãoé ela e eles que nos iluminam, avi-sam e orientam na e para a insondá-vel jornada da vida? Não é nela eneles que as sociedades cravam osseus mais básicos pilares? Não é elae eles que dão luz àqueles a quemcompete alquimiar uma sociedadeharmoniosa, livre e justa?

    Será por isso, de carregado breuo horizonte de um país que nãoacastele devidamente a dignidade ea honra devida ao múnus de Profes-sor. Arrepie-se, pois, enquanto é tem-po, este pedaço de mau caminho eacendam-se muitas velas para que osProfessores que nos restam não dei-xem nunca de teimar. |||||

    “Por que diabos éque se apouca osProfessores e aEducação. Não é elae eles que nosiluminam, avisam eorientam na e paraa insondáveljornada da vida?Não é nela e nelesque as sociedadescravam os seus maisbásicos pilares?

  • ENTRE MARGENS | 16 JANEIRO 2020 | 09

    CARTOON // VAMOS A VER...

    Na ordem de trabalhos da últimaAssembleia de Freguesia de Vila dasAves de 2019 constava a apresenta-ção, discussão e aprovação, do orça-mento para 2020, bem como, dosrestantes instrumentos conexos, o PAA(plano anual de atividades) e o PPI (pla-no plurianual de investimentos).

    Apesar de serem documentos pre-visionais, estes reproduzem, como ésabido, os objetivos estratégicos parao desenvolvimento integrado e har-monioso da freguesia, e são uma fer-ramenta chave na definição das pri-o r i d a d e s .

    Como tal, era por demais evidentea importância desta Assembleia de Fre-guesia, sem qualquer menosprezo pe-las restantes, pelo que fiquei muito tristecom a reduzida presença de pessoasentre o público. Mas a minha amargurafoi ainda maior quando o Presidenteda Junta revelou que, convocada pre-viamente a oposição para dar contri-butos para o orçamento, plano anualde atividades e plano plurianual deinvestimentos, esta não compareceunem apresentou qualquer proposta.

    Fiquei chocado! E fiquei chocado,não pela participação da bancada daoposição, como por lapso foi afirma-do na peça do Jornal Entre Margens,mas fiquei chocado, isso sim, pelaausência de participação da banca-da da oposição, antes e durante estaassembleia…

    Como foi possível que, entre seiselementos eleitos numa coligação,alegadamente, “por todos nós”, nin-guém tenha tido uma única ideia ousugestão, uma melhoria ou alternati-va a apresentar?

    Estranha ou singular casualidadea designação “por todos nós”?

    Toda esta situação é o resultadode uma lista de qualidade política du-vidosa, que se apresentou a sufrágiocom 90% de independentes, com obeneplácito de Andreia Neto que dei-xou sequelas no PSD e na esmagado-

    A Sentir-me...Chocado!

    ra maioria das freguesias do concelho.Na Junta de Freguesia de Vila das

    Aves não há qualquer tipo de oposi-ção, simplesmente porque ela nãoexiste, apesar de alguns afloramentosde um elemento outrora cabeça delista pelo PS!

    A esmagadora maioria da oposiçãoé impreparada, e por vezes até, errática!

    Há de tudo entre a oposição, inter-venções extemporâneas, o uso da pa-lavra para alertas públicos em forma-to individual, passando até por umaintervenção feita a partir do públicode um deputado com assento nabancada!

    Numa altura em que se atingiu omeio do mandato, ainda ninguémousou escrutinar o executivo sobreo prometido e o realizado. Essa tare-fa parece estar confinada apenas aalguns dos poucos elementos dopúblico. Neste domínio obtive umaresposta do Presidente da Junta quemuito me agradou, vai haver boasnotícias sobre o Infantário em 2020.

    PPPPP.S. -.S. -.S. -.S. -.S. - Para meu lamento o panoramada oposição na Assembleia Munici-pal não é melhor, a participação éinsignificante e descoordenada. An-da completamente em roda livre!

    Longos dias de trabalho esperama nova comissão política concelhiado PSD, recentemente eleita e lidera-da agora por Quitéria Roriz. |||||

    “A esmagadora maioriada oposição éimpreparada, e porvezes até, errática!

    As eleições internas dos dois maio-res partidos estão a atingir o seu pontomais alto a nível concelhio e nacional.

    Realizaram-se no passado 21 dedezembro as eleições para a Comis-são Política do PSD tendo sido eleitapresidente Quitéria Roriz com 87 vo-tos (56 %) tendo Fernando Vale atin-gido os 64 votos (42 %). Para a Mesada Assembleia Gonçalves Afonso,candidato único, foi eleito presidentecom 132 votos. Depois de uma elei-ção disputada saiu vencedora a lis-ta de continuidade de José PedroMiranda. Quitéria Roriz no seu mani-festo esclareceu que não é candidataa Presidente da Câmara, ficando aaguardar-se a proposta que o PSDapresentará às Autárquicas de 2021.

    No dia 11 de janeiro realizou-setambém a primeira volta das eleiçõesnacionais do PSD tendo Rui Rio obti-do 49,44 % da votação, não alcan-çando assim a maioria absoluta, peloque em 18 de janeiro se realizará asegunda volta, em que o concorrenteserá Luís Montenegro que na pri-meira volta obteve 41,26 %. Pinto Luzobteve 9,3 % e na Madeira AlbertoJoão Jardim impugnou as eleições (!).Interessante é a análise dos resulta-dos em Santo Tirso se comparada comos mesmos para a concelhia. Rui Rio

    obteve 93 votos (52,8 %), Luís Mon-tenegro obteve 79 votos (44,9 %) ePinto Luz obteve 4 votos (2,3 %). Nototal, em Santo Tirso, para a nacionalvotaram 176 militantes enquanto pa-ra a concelhia votaram somente 151.

    As eleições para a Comissão Po-lítica do PS de Santo Tirso realizam-se no próximo dia 1 de fevereiroestando praticamente asseguradoque o candidato único à presidên-cia é Alberto Costa, atual presidenteda câmara, depois da renúncia doanterior presidente. As renúncias doanterior presidente da câmara origi-naram que o substituísse Luís Freitasque, pouco depois, não concordan-do com a escolha do PS de SofiaAndrade para candidata de SantoTirso a deputada à AR, renuncioutambém ao mandato pelo que foisubstituído pelo terceiro elemento dalista. Alberto Costa apresentou-seainda em 2019 como novo candi-dato a presidente da Comissão Polí-tica do PS, o que não foi fácil dadoque chegou a ser aventada a hipó-tese de uma segunda candidatura,com apoios internos, que podia pro-vocar divisões no seio do PS e daprópria autarquia. Depois do périploque Alberto Costa tem vindo a de-senvolver no Vale do Leça (Agrela),em S. Martinho do Campo (Vila), emAreias e em Vila das Aves, para o quetem contado com o apoio dos Presi-dentes de Junta que soube consig-nar, foi-se confirmando que será can-didato único até porque os seus even-tuais opositores rapidamente altera-ram a sua postura, talvez por falta deexpressão. Também no dia 1 de feve-

    reiro será eleita a nova lista para Co-missão Política e por aí se poderáperceber melhor qual vai ser a estraté-gia política e os protagonistas comvista às autárquicas de 2021, porqueserá a nova Comissão Política quevai votar, por escrutínio secreto, alista dos novos vereadores, o futuroPresidente da Assembleia Municipal,a lista dos novos membros da As-sembleia Municipal , os futuros Presi-dentes de Junta, os respetivos autar-cas dos executivos e os membrosdas Assembleias de Freguesia. Daí aimportância da constituição da futu-ra Comissão Política na escolha dosautarcas em 2021. Se a opção for umalista de continuidade tal não provo-cará grandes alterações na CPC atuala não ser a saída dos três últimospresidentes por razões óbvias, já queserão obrigatoriamente substituídos.Alterações muito profundas tambémpodem não ocorrer, apesar do mo-mento difícil vivido pelo PS de SantoTirso em 2019, mas Alberto Costatem claramente necessidade de afir-mação política, com equipas própri-as, consolidando a sua estratégia,num novo rumo que se iniciou a par-tir de junho de 2019 e que o obri-gará, como é natural, a dar um cunhopolítico e pessoal próprios na defe-sa dos objetivos políticos criativos einovadores a que se propõe, impon-do uma dinâmica diferente e maisarrojada de propostas pelo concelhode Santo Tirso e pelas suas popula-ções. A década de 2020 e o Portu-gal 2030 são demasiado importan-tes para que Santo Tirso não acom-panhe as propostas para o futuro. |||||

    Quitéria, Rio e Alberto

    Castro Fernandes

    Alberto Costa tem claramente necessidade de afirmação política,com equipas próprias, consolidando a sua estratégia, num novo rumo que se iniciou a partir de junho de 2019CASTRO FERNANDES

    José Manuel Machado

  • ATUALIDADE10 | ENTRE MARGENS | 16 JANEIRO 2020

    ||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

    A estação de caminhos de ferro deSanto Tirso está a sofrer remodela-ções para passar a acolher a PolíciaMunicipal. Em visita às obras que jádecorrem no local, Alberto Costa,presidente da câmara, revelou quea empreitada resulta de um investi-mento de 160 mil euros e estaráconcluída em abril.

    “O que se pretende é dar vida aeste espaço para que ele não estejamoribundo, criar nova dinâmica e criarcondições para que as pessoas ve-nham a Santo Tirso e sejam bemacolhidas”, apontou Alberto Costa.

    Esta requalificação surge no âm-bito de um processo desencadea-do pela autarquia tirsense em nego-ciação com a Infraestruturas de Portu-gal (IP) após as constantes queixasdos utentes da estação ferroviáriaface à falta de serviços e condiçõesfísicas do espaço nos últimos anos.

    “O que acontecia nesta estaçãoera o completo abandono, com fal-ta de serviços, falta de abertura comcondições dignas da sala de espe-ra, falta de condições ao nível dascasas de banho que estavam fecha-das e, ouvindo mais uma vez as pes-soas, a câmara municipal resolveuavançar, mesmo não sendo sua res-ponsabilidade, com o diálogo. Nãoconseguindo que a CP desse novavida ao espaço, a câmara resolveuprotocolar a entrega da gestão doespaço, criando aqui alguma dinâ-mica”, explicou o presidente.

    As obras que vão possibilitar atransferência da Polícia Municipal es-tão em andamento, no entanto aautarquia já realizou um conjuntode investimentos nas áreas públi-

    Polícia Municipalna estaçãode SantoTirso em abrilINVESTIMENTO AVALIADO EM 160 MIL EUROS POR PARTEDA CÂMARA ESTÁ A REFORMULAR OS ESPAÇOS DESOCU-PADOS DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA PARA RECEBERSERVIÇOS. POLÍCIA MUNICIPAL MUDA-SE EM ABRIL.

    ||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

    Santo Tirso foi anfitrião da cerimóniade assinatura dos protocolos entreassociações humanitárias, INEM eGoverno para a criação de postosde emergência médica em doze cor-porações do país, onde os bombeirospoderão utilizar uma ambulância dis-ponibilizada pelo INEM para atuar emserviços de urgência permanente, 24horas por dia, 365 dias por ano.

    Segundo o presidente do INEM, LuísMeira, este protocolo vem reforçar acapacidade de resposta do sistemaintegrado de emergência médica bem

    Corporações de Vila das Avese ‘Amarelos’ recebemambulâncias do INEMPROTOCOLOS ASSINADOS ENTRE ASSOCIAÇÕES HUMANITÁRIAS, INEM E GOVERNO VÃOPASSAR EQUIPAR AS TRÊS CORPORAÇÕES DE BOMBEIROS DO CONCELHO DE SANTO TIRSO

    como a sua capacidade de resposta.“Os bombeiros são fundamentais

    para este tipo de resposta pela proxi-midade que têm com as populaçõese pelo conhecimento que têm dasáreas onde atuam”, refere o presiden-te da instituição.

    Luís Meira assinala ainda que“este protocolo permite que muito ra-pidamente os bombeiros tenham asambulâncias disponíveis, porque po-dem fazer a aquisição direta com umafacilidade e flexibilidade que o INEMnão tem.”

    O secretário de Estado da Saúde,António Sales, presente na cerimóniaque decorreu na sede dos bombei-ros ‘amarelos’, destacou que este éum investimento de 600 mil eurosque vem ao encontro da ideia de“trabalho de equipa” entre todos osatores intervenientes na área daemergência médica.

    “São um contrato de confiançacom os nossos soldados da paz, na-quela que é também uma forma depromover a democratização da saú-de, proporcionando uma respostamais rápida e de maior qualidade”,sublinhou o membro do Governo.

    Com a assinatura destes protoco-

    los o concelho de Santo Tirso ficatotalmente coberto pelos postos deemergência médica do INEM, já queas corporações de Vila das Aves e‘Amarelos’ se juntam assim ao postojá existente nos bombeiros voluntári-os de Santo Tirso (Vermelhos).

    Um facto que deixa o presidenteda câmara de Santo Tirso, AlbertoCosta, muito satisfeito. “Estas ambu-lâncias que vão ser adquiridas nãosão para enfeitar quartéis, mas paraservir a população com qualidade”,frisou o autarca.

    Uma conquista que, para o presi-dente da associação humanitária dosbombeiros voluntários Tirsenses, Car-los Oliveira, “é uma reivindicação commuitos anos” e que agora está con-cretizada e vai melhorar a prestaçãode serviço às populações do conce-lho de Santo Tirso.

    No total, são doze as ambulânci-as em posto de emergência médicaque o INEM protocolou com corpo-rações dos bombeiros voluntários,nomedamente de Ericeira, Esmoriz,Moscavide, Paço de Arcos, Pedrouços,Pontinha, Póvoa de Santa Iria, SãoPedro de Sintra, Tirsenses, Valbom,Vialonga e Vila das Aves. |||||

    cas da estação para melhorar a co-modidade dos passageiros.

    “Já estão concluídas as casas debanho, foi requalificada a sala deespera com condições dignas, va-mos ter no futuro um quiosque dolado da sala de espera e estamos aprojetar um bar para também abrir aseguir, o exterior foi requalificadocom nova iluminação pública e pin-tura do espaço do estacionamen-to”, enumerou Alberto Costa, acres-centando que a estação de cami-nhos de ferro possui também umaestação de bicicletas ‘Pedala’ e oShuttle a funcionar para melhorar aligação ao centro da cidade.

    “O valor do investimento que estáaqui em cima da mesa são cerca de160 mil, sendo que naturalmentetemos também todos os encargosinerentes à manutenção deste edi-fício. Este é o custo que tem ouviras pessoas, dar dinâmica ao espaçoe para que Santo Tirso tenha maisuma porta de entrada condigna.Não basta que o Alfa cá pare. É pre-ciso que pare e que as pessoas sai-am e se sintam confortáveis em San-to Tirso”, rematou o autarca.

    Sob gestão do município desdejaneiro de 2018, também a estaçãode Vila das Aves tem planos para oseu futuro próximo de aproveitamen-to dos espaços desocupados. “Aestação de caminho de ferro de Viladas Aves vai ser importantíssima parajuntar ao projeto do Verdeal. Nestemomento, quer a sala de espera, queras casas de banho já estão em funcio-namento, depois do diálogo com ajunta de freguesia. Os restantes es-paços sertão utilizados em funçãodo parque do Verdeal” cujo projetoserá apresentado brevemente. |||||

    SANTO TIRSO | SEGURANÇA

    SANTO TIRSO | SOCORRO

  • ENTRE MARGENS | 16 JANEIRO 2020 | 11

    ||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

    Quitéria Roriz é a nova presidenteda comissão política concelhia do PSDde Santo Tirso após vencer as eleiçõesrealizadas no dia 21 de dezembro.O muito participado ato eleitoral in-terno, com 81% de votantes, consa-grou a candidata da lista A com 56%dos votos contra os 42% da lista con-corrente liderada por Fernando Vale.

    Na eleição para a mesa da assem-bleia da secção, a única lista a con-

    Quitéria Roriz eleitanova presidente daComissão Política do PSDCANDIDATA DA LISTA A VENCEU AS ELEIÇÕES INTERNAS NA CONCELHIA‘LARANJA’ COM 56% DOS VOTOS, LEVANDO A MELHOR SOBREFERNANDO VALE. INICIA O MANDATO QUE SE PROLONGA ATÉ 2021SUCEDENDO A JOSÉ PEDRO MIRANDA.

    curso, encabeçada pelo histórico militan-te social democrata Gonçalves Afonsofoi também eleita com 86% dos votos.

    A nova presidente da comissãopolítica concelhia sucede assim a JoséPedro Miranda que após vencer a elei-ção de dezembro de 2017 na ressacadas autárquicas, decidiu não se recan-didatar. Quitéria Roriz vai assim con-duzir o partido em direção ao próxi-mo ato eleitoral autárquico em 2021.

    Em conversa com o Entre Margensainda como candidata às eleições in-

    ternas, Quitéria Roriz assumiu a im-portância deste mandato e da prepa-ração das autárquicas de 2021 quepodem ser uma oportunidade de ouropara o partido em território tirsense.

    Para tal, “o partido precisa de estarmais próximo dos militantes, precisade captar novos militantes e precisa deouvir os simpatizantes também, por-que as pessoas não precisam obrigato-riamente de estar filiadas num partidopara poderem opinar e ajudar a queo mesmo cresça”, referia em conversatelefónica. “A equipa é nova e plenade empenho em colocar o PSD numaposição muito melhor do que aque-la que tem vindo a estar nos últimosanos”, sublinhava Quitéria Roriz. |||||

    PSD SANTO TIRSO | ELEIÇÕES

    AS SUAS AS SUAS AS SUAS AS SUAS AS SUASESTÓRIAS ESTÓRIAS ESTÓRIAS ESTÓRIAS ESTÓRIASPPPPPASSAM ASSAM ASSAM ASSAM ASSAMPOR POR POR POR POREST EST EST EST ESTASASASASASMARGENS MARGENS MARGENS MARGENS MARGENS

    16 EUROS

    ASSINATURAANUAL PORAPENAS

    DÊ A VOLTAAO TEXTOE ASSINE OENTREMARGENS

    A nova presidente da comissão política concelhia sucede a José Pedro Mirandaque após vencer a eleição de dezembro de 2017 na ressaca das autárquicas,decidiu não se recandidatar. Quitéria Roriz vai assim conduzir o partido emdireção ao próximo ato eleitoral autárquico em 2021.

    QUITÉRIARORIZ FOI

    ELEITACOM 56%

    DOSVOTOS

  • CULTURA12 | ENTRE MARGENS | 16 JANEIRO 2020

  • ENTRE MARGENS | 16 JANEIRO 2020 | 13

  • 14 | ENTRE MARGENS | 16 JANEIRO 2020

    VALE DO AVE

  • ENTRE MARGENS | 16 JANEIRO 2020 | 15

    DESPORTOCD AVES | LIGA NOS

    18 - CD AVES16 14 17 - PORTIMONENSE16 06

    CLASSIFICAÇÃO FINAL J P

    1 - BENFICA 16 45

    2 - FC PORTO 16 41

    3 - FC FAMALICÃO 16 30

    4 - SPORTING 16 295 - SC BRAGA 16 24

    7 - RIO AVE 16 22

    9 - TONDELA 16 19

    10 - V. SETÚBAL 16 19

    11 - MARÍTIMO 16 19

    6 - V. GUIMARÃES 16 22

    16

    13 - SANTA CLARA 16 17

    16 - PAÇOS FERREIRA

    16 1714 - MOREIRENSE

    16 15 15 - BELENENSES SAD16 15

    12 - BOAVISTA 16 19

    218 - GIL VICENTE

    SANTA CLARA 0 - RIO AVE 1

    BENFICA 2 - CD AVES 1

    MOREIRENSE 2 - FC PORTO 4

    PORTIMONENSE 0 - PAÇOS FERREIRA 0BOAVISTA 0 - FC FAMALICÃO 1

    GIL VICENTE 2 - BELENENSES SAD 0

    FC PORTO - SC BRAGA

    SPORTING - BENFICA

    V. SETÚBAL 1 - SPORTING 3

    CD AVES - PORTIMONENSETONDELA - MOREIRENSEBELENENSES SAD - V. SETÚBAL

    PAÇOS FERREIRA - GIL VICENTE

    V. GUIMARÃES - SANTA CLARA

    JORNADA 16 - RESULTADOS

    FC FAMALIOCÃO - MARÍTIMO

    MARÍTIMO 0 - V. GUIMARÃES 0SC BRAGA 2 - TONDELA 1

    RIO AVE - BOAVISTA JOR

    NADA

    17

    | 17

    - 19

    JANE

    IRO

    202

    0

    ||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

    Há sonhos que parecem demasiadobons para ser verdade. O Desportivodas Aves, que anda à procura de ummilagre urgentemente, esteve perto deconseguir o melhor resultado da épo-ca, mas no final de contas a realida-de voltou ao seu lugar.

    Perante um Estádio da Luz entusi-asmado a puxar por uma equipa queé líder do campeonato e acabou deacrescentar um jogador de 20 mi-lhões de euros no mercado de In-verno, o Aves entrou em campo compoucas expectativas. Com apenas seis

    Sonho daLuz acabaem pesadeloDESPORTIVO ESTEVE NA FRENTE DOMARCADOR ATÉ MEADOS DA SEGUNDAPARTE FRENTE AO LÍDER DOCAMPEONATO, MAS UM PENÁLTI E ACRUELDADE DO MINUTO 89’ TIRARAM AOSAVENSES A POSSIBILIDADE DE SOMARUM PRECIOSO RESULTADO POSITIVO.FORÇA AVENSE E SAD DE RELAÇÕESCORTADAS APÓS TROCA DE COMUNICADOS

    pontos e duas vitórias seria difícilpensar de outra forma.

    Nuno Manta Santos apresentouum onze com algumas alterações depessoal, mas sobretudo com uma al-teração tática importante, a passagempara um sistema de três centrais eum ataque que contava com o regres-so de Mohammadi, a melhor peçado Aves durante toda a época.

    Com o domínio inicial naturalmen-te entregue à equipa da casa, osavenses apostavam em saídas vene-nosas no contra-ataque. Apesar doforcing encarnado as melhores opor-tunidades caíram para os homens deVila das Aves. Mohammadi ameaçouuma primeira vez, mas aos 20’ nãoperdoou. O avançando iraniano ga-nhou a Ferro, passou pelo central ben-fiquista, esgueirou-se pela meia di-reita e finalizou de ângulo apertadopara inaugurar o marcador.

    O Benfica não se deixou ficar ator-mentado. Até ao final da primeira par-te o CD Aves teve que sofrer para man-ter a vantagem e em destaque esteveBeunardeau, o guardião francês queconsistentemente tem sido um dosmelhores elementos do plantel, e

    antes do jogo frente ao Benfica.A claque enviou um comunicado

    onde ataca a SAD em diversas áreas,usando a data e hora do jogo na Luzcomo contexto para deixar claras al-gumas situações. Para o grupo organi-zado de adeptos, “a inércia e passivi-dade com que a SAD do CD Avestratou o assunto ‘Arbitragem’ até àpresente data, merece-nos forte críti-ca”, sem esquecer o caso judicial quecondenou o Moreirense cuja posiçãodo clube, “deveria ser mais veemen-te, no sentido de expurgarmos do seiodas nossas relações institucionais asque ainda mantemos com este clube,e de tudo fazermos para que seja-mos compensados financeiramentepelas perdas de subida de divisão.”

    No que toca à diretora-executivada SAD, Estrela Costa, a Força Avenseadmite que as relações não são asmelhores, podendo as culpas ser re-partidas, no entanto, dizem, “o ónusdisto deverá ser assacado na suaquase totalidade à dirigente”, já queno jogo frente ao Santa Clara “con-frontada com a revolta da FA e dedemais associados do clube, não seconteve, e reagiu com gestos obsce-nos e provocatórios, no parque deestacionamento do clube.”

    Ora, a SAD reagiu de imediatoafirmando que “não se revê nos factosenumerados pela claque ‘Força Aven-se’” considerando ainda inadmissí-vel “o constante ataque pessoal a mem-bros que constituem a Administra-ção da SAD e do Clube Avense, quenão se poupa a esforços para conse-guir o melhor para esta instituição.”

    Quanto ao tema arbitragem, a SADrefere que “os orgãos responsáveisdevem realizar o seu trabalho de for-ma tranquila e serena”, acrescentadoque “as relações institucionais entreclube e SAD decorrem com a maiordas normalidades.”

    Assim, a SAD informa que inicioudiligências no “sentido de terminarcom o protocolo existente o CD Aves– Futebol SAD e a Força Avense.” |||||

    Dzwigala, central polaco que tirou umgolo certo em cima da linha de golo.

    No segundo tempo, mais do mes-mo, com o Benfica a entrar a todo ovapor e o Aves a fechar-se como po-dia. Agora com Vinícius em campoos encarnados eram mais acutilantes.A saída por lesão de Dzwigala não aju-dou e Aves ficou com poucas armaspara suster o cerco da equipa da casa.

    Depois surgiu o penalti da praxena Luz. Falcão, segundo Carlos Xistra,derrubou Vinícius na grande área. Pizziconverteu e empatou o marcador.

    A cambalhota no marcador foi con-firmada pelo renascido André Almei-da. O lateral do Benfica foi salvo daexpulsão na primeira parte pelo VARe assinou o golo da vitória aos 89’.O Aves ficou na praia, sem mais nadapara dar. Assim é o futebol, sobretu-do frente aos ‘grandes’ da Liga.

    CLAQUE E SADDE COSTAS VOLTADASEstá consumada a guerra aberta en-tre a Força Avense e a SAD do ClubeDesportivo das Aves, isto após umasemana de troca de comunicados egalhardetes entre as duas entidades

    NA IMAGEM, JOGO DODESPORTIVO DAS AVESFRENTE AO SANTA CLARA,COM A EQUIPA LOCAL ASOMAR MAIS UMADERROTA EM CASA

  • SÉRIE 2 | DIVISÃO ELITE AF PORTO

    16 | ENTRE MARGENS | 16 JANEIRO 2020

    DESPORTO

    www.ortoneves.pt

    SÉRIE A | CAMPEONATO | DE PORTUGAL

    CLASSIFICAÇÃO J P1 - CD SOBRADO 18 34

    2 - TIRSENSE 18 34

    3 - REBORDOSA AC 18 30

    4 - ALPENDURADA 18 295 - ALIANÇA GANDRA 18 29

    7 - ALIADOS LORDELO 18 28

    9 - VILA MEÃ 18 28

    10 - SOUSENSE 18 24

    11 - VILA CAIZ 18 22

    6 - FREAMUNDE 18 28

    18

    13 - S. PEDRO DA COVA 18 17

    16 - LIXA

    18 1314 - BARROSAS

    18 09 15 - LOUSADA18 09

    12 - VILARINHO 18 19

    288 - AD MARCO 09

    Tirsense cavalgana frente docampeonato

    ||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

    Abram alas para o líder. O Tirsenseinicia o ano de 2020 na liderança databela classificava da série 2 da divi-são de Elite pró-nacional da AF Porto.A formação jesuíta está numa sendade resultados positivos e vitórias im-portantes que os catapultaram para aliderança do campeonato já para lá dametade do calendário da competição.

    Os comandados por Tonau fecha-ram o ano com uma sempre saboro-

    JESUÍTAS SOMAM VITÓRIAS E TOMARAM DE ASSALTO ALIDERANÇA DA TABELA CLASSIFICATIVA. VILARINHO EMRECUPERAÇÃO PONTUAL VOLTOU A PERDER DÉRBI DOCONCELHO NO ABEL ALVES FIGUEIREDO.

    sa vitória no dérbi concelhio frenteao Vilarinho, desta vez jogado norelvado do Abel Alves Figueiredo. Aequipa da casa adiantou-se no mar-cador aos 26’ por intermédio do late-ral Pedro Queirós, no entanto, os ri-vais do extremo nascente da conce-lho chegaram à igualdade pouco de-pois, aos 32’, por Mica. O balde deágua fria para os forasteiros surgiuno cair do pano do primeiro tempo,quando já nos descontos, o centralJoão Pedro voltou a colocar os ho-mens da casa na liderança.

    No segundo tempo, também eleequilibrado, voltou a sorrir aos jesu-ítas. Aos 71’, João Pedro bisou noencontro e já perto do final do encon-tro, o recém-entrado Chidera Nwoga

    colocou um ponto final na marchado marcador estabelecendo o 4-1final. Um resultado talvez demasia-do duro para as cores vilarinhenses.

    A abrir o novo ano, o Tirsense des-locou-se ao sempre complicado ter-reno do Aliados de Lordelo e sentiudificuldades para arrancar um ponto.Os golos surgiram só na segundaparte, primeiro aos 47’ para os anfitri-ões por Gilmar, sendo que o Tirsensesó consegui igualar o marcador aos82’ por intermédio do inevitável Bobô.

    O regresso aos triunfos dos jesu-ítas consumou-se no passado domin-go, com a receção ao penúltimo clas-sificado Lousada. Uma partida com-plicada para os homens da casa quechegaram à vantagem ao minuto 31’pelo avançado ganês Kakra Boakye,isto já depois de Tiago Moura ter des-perdiçado uma grande penalidadelogo aos 7’. Três pontos que valerama liderança do campeonato em igual-dade pontual com o CD Sobrado.

    O Vilarinho, depois da derrota emSanto Tirso, está em recuperação esomou duas vitórias importantes. Aprimeira em casa, perante o Barrosaspor duas bolas a uma, golos de RuiPeto e Rica na segunda parte apósirem para o intervalo em desvantagem.No fim de semana passado a vitóriasurgiu pela margem mínima peranteo bem cotado AD Marco 09, fora deportas, com golo de Ricardo André.

    Na próxima jornada, o Vialrinho re-cebe o Freamunde enquanto o Tirsen-se joga com o Aliança de Gandra. |||||

    ||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

    Ano novo, vida ligeiramente me-lhor para o AR São Martinho. Equi-pa comandada por Agostinho Ben-to averbou duas vitórias consecuti-vas para começar o novo ano embeleza e aproximou-se assim daparte superior da tabela da Série Ado Campeonato de Portugal.

    No primeiro fim de semana doano, o São Martinho recebeu e ven-ceu no Estádio Comendador AbílioFerreira de Oliveira o Chaves Saté-lite por expressivos 4-1. Os anfitri-ões até começaram mal e os visi-tantes adiantaram-se no marcadoraos 24’ pelo avançado nigerianoAbdoul Tanko.

    Com suores frios a escorrempelos faces dos adeptos campenses,o São Martinho chegou ao empatemesmo antes do intervalo, ao minu-to 43’ através da marcação de umagrande penalidade. O balneário fezbem os homens da casa, no entan-to a reviravolta no marcador só seconfirmou aos 74’ quando JoãoAbreu bisou na partida, novamen-te a partir da marca de grande pe-nalidade. O resultado é enganadorjá que a goleada foi confirmada nosminutos finais. Aos 86’ Vasco Cos-ta colocou um ponto final na deci-são do vencedor da partida e nemmesmo a expulsão de Sumaila Manéfez tremer o São Martinho. Já nosdescontos o suplente Rogério Pin-to estabeleceu o resultado final.

    Dupla vitória aabrir o novo anoCAMPENSES APROXIMAM-SE DA METADE SUPERIORDA TABELA COM VITÓRIAS TRANSMONTANAS.

    Na mais recente jornada do cam-peonato, em Bragança, o SãoMartinho levou de vencida a for-mação da casa. Os campenses co-locaram-se na liderança aos 22’ daprimeira parte por intermédio deVasco Costa. No início da segundaparte, o Bragança igualou o resul-tado, aos 51’ pelo brasileiro PauloRoberto, mas o São Martinho res-pondeu rapidamente e Vasco Cos-ta confirmou o bis na partida e ostrês pontos com um golo aos 56’.

    Na próxima jornada, o SãoMartinho desloca-se a Vila Novade Cerveira para defrontar a forma-ção local pelas 15h de domingo,dia 19 de janeiro. |||||

    18 - CÂMARA DE LOBOS17 11 17 - CERVEIRA17 08

    CLASSIFICAÇÃO J P1 - VIZELA 17 39

    2 - SC BRAGA B 17 38

    3 - FAFE 17 35

    4 - V. GUIMARÃES B 17 335 - MARIA DA FONTE 17 29

    7 - BERÇO SC 17 28

    9 - MARÍTIMO B 17 22

    10 - UNIÃO MADEIRA 17 22

    11 - MONTALEGRE 17 22

    6 - MERELINENSE 17 29

    17

    13 - MIRANDELA 17 18

    16 - BRAGANÇA

    17 1614 - PEDRAS SALGADAS

    17 13 15 - AD OLIVEIRENSE17 12

    12 - CHAVES SATÉLITE 17 18

    258 - S. MARTINHO

  • ENTRE MARGENS | 16 JANEIRO 2020 | 17

    ATLETISMO

    Quartos de final daTaça deixam sonharVITÓRIA FRENTE AO BOAVISTA PERMITE AO CD AVESMARCAR PRESENÇA NOS QUARTOS DE FINAL DA TAÇA DEPORTUGAL. RECEÇÃO AO BRAGA PERMITE ÀS AVENSES NÃODEIXAREM FUGIR A PRIMEIRA METADE DA TABELA.

    ||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

    O Desportivo das Aves está nos quar-tos de final da Taça de Portugal devoleibol. O feito foi conseguido comuma vitória de classe frente ao Boavis-ta, no pavilhão do adversário, pelamargem máxima.

    As jogadoras avenses entrarammuito bem na partida e rapidamentefecharam o primeiro set com um par-cial favorável bastante desequilibra-do, 13-25. O segundo set iniciou namesma toada, com a equipa do CDAves a abrir um fosso pontual de 2-12. O relaxamento do marcador per-mitiu a aproximação das axadrezadasque colaram no marcador, mas ape-nas conseguiram assustar já o se-gundo set acabou por cair para olado avense por 19-25.

    Mais disputado, o terceiro set aca-bou decidido com uma fuga na pon-ta final por parte do Aves, resolven-do a eliminatória por 18-25.

    Nas contas do campeonato, as pu-pilas de Manuel Barbosa também en-traram a vencer no novo ano com umtriunfo por 3-1, em casa, perante o SCBraga. A equipa avense entrou fortee determinada para não defraudar asexpectativas dos muitos adeptos nabancada do pavilhão e desde inícioimpuseram o seu voleibol fechando fa-cilmente a primeira partida por 25-15.

    Atleta do C.D.S.Salvador venceS. Silvestre do Porto

    PELO SEGUNDO ANOCONSECUTIVO UMVENCEDOR DA SÃOSILVESTRE DA CIDADEINVICTA REPRESENTAAS CORES DO CLUBEDE SÃO SALVADOR DOCAMPO.

    As coisas apertaram nos sets se-guintes. O Braga fugiu no marcadordo segundo set e nem uma boa re-cuperação na ponta final permitiu queo set caísse para as da casa, fazendocom que o Braga igualasse o marca-dor a um.

    A reação avense não se fez espe-rar e no terceiro e quarto sets colo-caram-se na frente do marcador e nãose deixaram ultrapassar, concluindoo encontro com um duplo 25-20.

    O Desportivo das Aves é agorasétimo classificado, dois pontos atrásdo Sporting e em contacto com o gru-po de adversárias que estão nos lu-gares seguintes da tabela classificativa.Na próxima jornada o Aves recebeas segundas classificadas, o ClubeKairós, domingo, pelas 15h. |||||

    |||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

    Mónica Silva, do Clube Des-portivo S. Salvador do Campo,ganhou a prova feminina daedição 2019 da São Silvestredo Porto com o tempo de 35minutos e 17 segundos. Estamarca a segunda vez consecu-tiva que um atleta que veste ascores do São Salvador vencena competição da Invicta, já queno ano passado foi AntónioPedro Rocha que venceu nosdez quilómetros masculinos.

    Segundo a agência Lusa,Mónica Silva passara em tercei-ro lugar a meio da prova, su-bindo mais tarde ao segundoposto e já na fase final, à pas-sagem pelo túnel de Ceuta,nos últimos metros da corridaantes de chegar aos Aliadosultrapassou a adversária Danie-la Cunha e conquistou umavitória brilhante. Mónica Silvaganhou esta prova pela primei-ra vez, depois de já ter sido se-gunda e terceira classificadaem edições anteriores, e porisso foi grande a sua satisfaçãocom o triunfo obtido, mais doque com o tempo alcançado,como aliás confessou no final.

    De destacar ainda a vitóriade Joaquim Figueiredo no es-calão M50, o atleta veteranoconcluiu a prova em 33’47sendo assim o mais rápido doescalão. Em evidência estive-ram ainda Daniel Pinheiro, quealcançou um honroso 13° lu-gar da geral, José Moreira, 10°em M45 e Martinho Ferreira281° em M40.

    A São Silvestre do Porto éa maior São Silvestre do país,terminando a prova de 10 qui-lómetros 9277 atletas. A edi-ção de 2019 reuniu participan-tes de 42 países e, pelo ter-ceiro ano consecutivo, o even-to foi distinguido com cincoestrelas pela Associação Euro-peia de Atletismo. |||||

    DESPORTIVO DAS AVES | VOLEIBOL

  • 20 | ENTRE MARGENS | 16 JANEIRO 2020

    A FECHARPróxima edição

    do Entre Margensnas bancas a30 de janeiro

    ||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

    Sara Cecília apresentou o seu último Cur-to Circuito e disse adeus ao programado qual foi protagonista durante quasetrês anos. A atriz e modelo natural de Viladas Aves vai voltar à sua paixão inicial, oteatro, já que integra o elenco de “Satur-day Night Fever”, espetáculo em cena noCasino Estoril e que entrará em digres-são pelo país em 2020.

    Em jeito de despedida, Sara Cecíliadeixou uma mensagem nas redes sociaisrefletindo sobre o último programa, quefoi para o ar no passado dia 30 de de-zembro, naquilo que classificou como “os45 minutos mais emotivos” da sua vida.

    “Terminou hoje uma etapa bonita daminha vida”, escreveu a jovem atriz. “Nãotenho palavras para descrever o quantoadorei fazer centenas de programas e es-tar deste lado todas as tardes convosco!Vou ter saudades mas chegou a alturade voar por outros caminhos e dedicar-me aquilo que me fez vir viver para Lis-boa há 10 anos”, referiu.

    Durante a última tarde ao leme do pro-

    Sara Cecília disseadeus aoCurto CircuitoATRIZ FOI APRESENTADORA DO PROGRAMA DE CULTO DASTARDES DA SIC RADICAL DURANTE TRÊS ANOS E VAI AGORAREGRESSAR A TEMPO INTEIRO À REPRESENTAÇÃO.

    ||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

    O projeto AYCH (Atlantic Youth Crea-tive Club), aprovado pelo INTERREGEspaço Atlântico, nasceu com o obje-tivo de promover o empreendedoris-mo e emprego jovem no setor criati-vo. A rede de parceiros inclui repre-sentantes de Portugal, Espanha, Fran-ça e Reino Unido, entre instituiçõesde ensino, empresas e autarquias.

    No âmbito desta parceria, o muni-cípio de Santo Tirso dinamiza a segun-da edição do programa de incubação.Focado no domínio das indústrias cul-turais e criativas, procura apoiar em-preendedores entre os 16 e 30 anosde idade, que promovam ideias de ne-gócio diferenciadoras e com poten-cial de aplicabilidade em Santo Tirso.

    O apoio aos projetos seleciona-dos divide-se em duas fases. A pri-meira visa a capacitação dos empre-endedores, através de um ciclo deworkhops de formação para o empre-endedorismo e coaching para a ges-tão de equipas. Já a segunda etapacontempla três meses de incubaçãona Fábrica de Santo Thyrso, para alémde coaching especializado, direciona-do para a respetiva área de atividade,e individualizado, focado no desen-volvimento do negócio. No final deste

    II Edição do AYCHprocura inovaçãonas indústrias criativasCANDIDATURAS PARA O PROGRAMA DE INCUBAÇÃO AYCH ESTÃOABERTAS ATÉ 24 DE JANEIRO. PROGRAMA VISA APOIAR ONDESENVOLVIMENTO DE IDEIAS DE NEGÓCIO INOVADORAS NO SETORDAS INDÚSTRIAS CRIATIVAS.

    período, os melhores projetos habi-litam-se ainda à realização de umaresidência internacional, benefician-do do apoio especializado de um dosparceiros do programa.

    A primeira edição do programade incubação AYCH contou com 13projetos, promovidos por 31 empre-endedores. Com grande potencial deinovação e crescimento, as ideias denegócio visam os domínios da moda,da sustentabilidade, do turismo, dasnovas tecnologias e do design.

    As inscrições devem ser feitas nosite da câmara municipal de SantoTirso, em www.cm-stirso.pt |||||

    grama de culto da SIC Radical, Sara Cecí-lia foi surpreendida não com uma entre-vista ao Toy, convidado anunciado, maspor um rodopio de convidados que con-sigo partilharam o programa durante asua apresentação. “Achei que ia entrevis-tar o Toy. Preparei o programa, acho quejá sabia tudo sobre ele. Assim que come-çamos a gravar o programa começam apassar imagens destes meus anos por lá.E um a um vão chegando ou enviandovídeos os apresentadores com que traba-lhei. Guilherme Fonseca, João Paulo Sou-sa, Rita Camarneiro, D8, Conguito, Ma-ria Dominguez, Joana Miranda e o PedroDurão que nesse dia apresentava comigo.Chorei durante os 45 minutos”, contou.

    O Curto Circuito é um programa se-minal no panorama do entretenimentonacional no século XXI, tendo sido res-ponsável por moldar algumas das maisimportantes personalidades do entrete-nimento em Portugal, de Bruno Noguei-ra a João Manzarra, passando por Fernan-do Alvim, Rui Unas, Maria Botelho Moniz,Diana Bouça Nova, Carolina Torres, RuiMaria Pêgo ou Pedro Ribeiro. |||||

    SANTO TIRSO | IDEIAS E NEGÓCIOS

    MEDIA

    FOCADO NODOMÍNIO DASINDÚSTRIASCULTURAIS ECRIATIVAS, PRO-CURA APOIAREMPREENDEDO-RES ENTRE OS 16E 30 ANOS DEIDADE

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