Pestilóide e o sumiço da chuva

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Pestilóide e o sumiço da chuva Releitura: Foto novela Faixa Etária 4 anos Manhã e Tarde

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Releitura da obra literária homônima de Marô Barbieri elaborada para a Feira Literária da EMEF Marina Garbarino- Novo Hamburgo/RS.

Transcript of Pestilóide e o sumiço da chuva

Pesti lóidee o sumiço da chuva

Releitura : Foto novela

Faixa Etária 4 anos Manhã e Tarde

Beto morava numa cidade muito bonita .

Muitas casas , poucos edif íc ios , plantas coloridas , árvores , parques .

Os moradores viviam contentes .

A gente se sente

tão bem!

No entanto, a poucos metros dal i , num castelo fr io e misterioso a bruxa Pest i lóide esfregava as mãos ossudas , rodeadas de morcegos de est imação.

Estou enferrujando! Faz tempo que não faço feitiço! Estou

ficando frouxa, molenga! Que saco!

Miranda Coruja , companheira de Pest i lóide há 1500 anos , piscou os

olhos enormes , sacudindo a cabeça .

Pestilóide, Pestilóide, não se irrite. Pense! É só pensar um pouco

que alguma malvadeza aparece. Use a cabeça!

A bruxa não teve dúvidas , t irou a cabeça fora e jogou-a no caldeirão fumegante. Minutos depois , ret irou-a de lá , recolocou-a no lugar e deu uma gargalhada sonora:

É verdade, já sei o que vou

fazer!

Dito isso , fechou-se em seu laboratório . Fez planos e planos .

De vez em quando gargalhava tão alto que

os morcegos se assustavam e era um rebuliço no castelo .

Sete dias depois , sa iu de lá tr iunfante:

Eh, eh, eh, eu sou de morte!

Eu sou a maior! Vou ganhar o campeonato

Bruxal de Malvadezas deste ano!

Na cidade de Beto, a vida continuava

tranquila .

De repente começaram a surgir formigas gigantes . Eram formigas guerreiras , quase

um exército.

Que plano inteligente! Que plano malvado!

Formigas enfeitiçadas.

Pest i lóide aguardava o momento certo para usar o l íquido roxo.

E a super

magia do líquido roxo!

Foi quando o tempo esquentou, a temperatura subiu .

O sol estava muito forte .

As pessoas se abanavam. Puxa vida,

que calor!

É verdade, estamos

precisando de uma

chuvinha.

Tá na hora da chuva

chegar!

Cada vez que isso acontecia , as nuvens iam se juntando.

Engrossando de vapor e umidade.

O céu ficava escuro e , de repente ela chegava : a Chuva!

Quando a chuva ia se espalhar sobre a cidade, Pest i lóide chegou montada em sua vassoura .

Ôi!, Chuva! Eh, eh, eh...

Vai chover um pouco sobre a

cidade, é?

A chuva olhou para Pest i lóide sem entender muito bem porque a bruxa conversava com ela .

Pois não vai, não! Você não

vai chover nunca mais sobre

nada! Nunca mais!

Abriu um frasco cheio de uma mistura roxa e derrubou nas nuvens , as formigas

vieram rapidamente

Atenção! Atenção, minhas formigas! Podem puxar.

Puxem! Puxem com toda a força!

Força! Puxem!

A chuva se debat ia em vão. A grande

rede se movimentava e foi pegando

velocidade.

Os moradores da cidade, espantados e mudos com a surpresa , olhavam o movimento daquela

massa enorme.

Vejam! Olhem lá! A bruxa

Pestilóide está roubando a

chuva!

Roubando?

Vejam como a rede roxa se movimenta ligeiro, como

as formigas agora correm.

Sim. Está levando a

Chuva para bem

longe!

Sem a Chuva

teremos problemas

!

E agora, o que vamos fazer?

Em pouco tempo, a rede, a chuva, as formigas e a bruxa desapareceram.

Na cidade não se falava em outra coisa .

Tudo estava f icando seco.

Agora são as árvores

e as plantas!

Depois seremos nós que vamos

desaparecer!

Ahá! Um plano diabólico

perfeito! A chuva guardada

na prisão que fica no meio da

montanha!

E as formigas encantadas não deixarão ninguém chegar perto dela. Agora as

plantas daquela cidade boba vão murchar. Ficarão secas e mortas!

Não tem mais colorido de flor, não tem mais ar fresco e perfumado! Vai ficar

tudo um torrão, uma secura terrível! Que beleza! É isso aí! Há, há, há, há!

Depois de algum tempo, os moradores da cidade resolveram tomar providências . O

prefeito chamou o povo para a praça .

Meus amigos! Que susto levamos! A maligna Pestilóide roubou a Chuva.

Queremos a chuva!

Queremos a chuva de

volta!

E agora? Não podemos ficar parados!

Temos de fazer alguma coisa!

Fora Bruxa!

Será que Pestilóide não vai se cansar da malvadeza e desistir?

Indignados , os moradores organizaram um grupo de voluntários para enfrentar Pest i lóide , l iderados pelo Pedro Jardineiro.

É preciso lutar para recuperar a Chuva, temos

de libertá-la da prisão!

Que caras valentes! Dizem que as formigas guerreiras são imbatíveis!

Pelo contrário , lá na Montanha Pelada , a bruxa se alegrava mais a cada dia .

Há, há, há! Já está na época de me inscrever para o concurso de malvadezas. Este ano vou

ganhar na certa! Ninguém poderá me enfrentar. O prêmio

será meu, sem dúvida!

Marcharam sete dias e sete noites . Chegaram. .

Na montanha, o exército de formigas formava uma parede viva que não deixava ninguém

passar .

Pedro Jardineiro avançou e tentou desfazer o muro. Várias pessoas avançaram também.

As formigas se enfureceram e picaram todos . Não dava para aguentar a dor das picadas .

Então retornaram desanimados , sem cumprir sua missão .

Beto, Jorge, Carlos e Luciana se encontravam todos os dias para pensar num plano.

Um dia , quando a cidade estava quase sem vida , Beto gritou:

Descobri! Descobri o que

fazer!

Jorge e Carlos foram para um lado, na direção do Vale dos Tatus . Eles seriam responsáveis por fazer os buracos para as formigas caírem.

Beto e Luciana foram para outro lado, falar com a Rainha das Abelhas .

Temos um plano e precisamos da sua ajuda

Rainha!

Depois que tudo ficou pronto, anunciaram para o prefeito e aos moradores :

Pessoal, vamos à Montanha Pelada para libertar a chuva!

Apreensivos e preocupados , os habitantes da cidade viram o grupo partir .

Essa não! Agora um bando de garotinhos? E sem nada nas mãos? Como querem

lutar? Há, há, há! Que trouxas! Que bobos!

Está bem perto de você, ou melhor, bem

embaixo de você, horrível criatura!

Você é que pensa, bruxa malvada! Nossa arma

não está nas mãos, está onde você nem imagina!

Pest i lóide olhou para o chão e viu que ele se mexia , parecia mole, o solo se desfazia em

buracos cada vez maiores .

Os buracos engol iram as formigas . Iam sumindo cada vez mais até que não sobrou nenhuma.

Espertos, hein? Meninos danados! Minhas formigas estão perdidas no meio da

terra! Ah, vocês não me vencerão! Vou levar a

Chuva para mais longe!

Abriu a porta secreta da montanha e nesse instante os quatro amigos voaram com as

abelhas

Eles foram seguindo a bruxa até a montanha .

Ela tentou fechar a porta da montanha, mas as abelhas começaram a picar . Eles picaram tanto a malvada que ela f icou parecendo uma peneira .Ai, ai, ai! Ui, Ui, Ui!

Me larguem, me deixem em paz!

Ui, ui, ui! Chega! Parem! Está bem. Malditos! A Chuva

pode sair!

A bruxa voou na direção do alto da montanha.

Murcha, exausta e dolorida , sentou-se no alto da montanha e viu os meninos conduzirem a Chuva pelo céu, na direção da cidade.

Beto e seus amigos levaram a chuva para a cidade.

Para comemorar o prefeito organizou uma grande festa , e todos comemoraram.

Fim