Perispírito (Leninha e Deise Bianchini)

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  • PERISPRITO

    H no homem trs coisas: 1. O corpo ou ser material anlogo aos animais e animado

    pelo mesmo princpio vital; 2. A alma ou ser imaterial, Esprito encarnado no corpo; 3. O lao que prende a alma ao corpo, princpio

    intermedirio entre matria e esprito. Tem assim, o homem duas naturezas: pelo corpo, participa da natureza dos animais, cujos instintos lhes so comuns; pela alma, participa da natureza dos espritos. ( Allan Kardec ). O Esprito, propriamente dito, nenhuma cobertura tem, ou como pretendem alguns, est sempre envolto em uma substncia qualquer? Envolve-o uma substncia, vaporosa para teus olhos, mas ainda bastante grosseira para ns; bastante vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se onde queira ( LE cap. 1/ p. 93 ). De onde tira o Esprito seu invlucro semimaterial ? Do fluido csmico universal de cada globo, razo porque no idntico em todos os mundos. Passando de um a outro, o esprito muda de envoltrio, como mudais de roupa ( LE cap. 1 p. 94 ) Assim, quando os espritos que habitam mundos superiores vm para nosso meio, tomam perisprito mais grosseiro? necessrio que se revistam da vossa matria, j o dissemos. ( LE cap.1 p. 94) O invlucro semimaterial do Esprito tem forma determinada e pode ser perceptvel? Tem a forma que o Esprito queira. assim que este vos aparece algumas vezes, quer em sonho, quer em estado de

  • viglia, e pode tomar forma visvel, mesmo palpvel. ( LE cap. 1 p. 95 ) O perisprito, ou corpo fludico dos Espritos, um dos mais importantes produtos do Fluido Csmico Universal; uma condensao desse fluido em torno de um foco de inteligncia ou alma ... ( G. cap. XIV/ 7 ). A camada de fluidos espirituais que cerca a Terra se pode comparar s camadas inferiores da atmosfera, mais pesadas, mais compactas, menos puras, do que as camadas superiores. No so homogneos estes fluidos; so uma mistura de molculas de diversas qualidades, entre as quais necessariamente se encontram as molculas elementares que lhes forma a base, porm mais ou menos alteradas. Os efeitos que esses fluidos produzem estaro na razo da soma das partes puras que eles encerram... Os espritos chamados a viver naquele meio tiram deles seus perispritos; porm, conforme sejam mais ou menos depurados os Espritos, seu perisprito se formar das partes mais puras ou das mais grosseiras do fluido peculiar ao mundo onde ele se encarna. Resulta disso esse fato capital: a constituio ntima do perisprito no idntica em todos os Espritos encarnados ou desencarnados que povoam a Terra ou o espao que a circunda... Tambm resulta que: o envoltrio perispirtico de um Esprito se modifica com o progresso moral que este realiza em cada encarnao, embora ele encarne no mesmo meio; que os Espritos Superiores, encarnando excepcionalmente, em misso, num mundo inferior, tem perisprito menos grosseiro do que os indgenas desse mundo . ( G cap. XIV/ 10 )

  • O perisprito ainda corpo organizado que, representando o molde fundamental da existncia para o homem, subsiste, alm do sepulcro, demorando-se na regio que lhe prpria, de conformidade com seu peso especfico ( Emmanuel ) O perisprito o envoltrio com que os espritos se apresentam e com o qual, no mundo espiritual, assinalam sua vivncia. Obs. : Mudana da constituio do perisprito quando da mudana de mundos Durante a ida do esprito para o novo mundo gradativamente ele vai perdendo as substncias do mundo que est deixando e, ao mesmo tempo, assimilando as substncias do outro mundo em que vai viver ou visitar. Assim, aos poucos, as substncias so trocadas e, ao chegar, j est com o perisprito apto vida naquele mundo novo. um processo gradual.

    No estudo do perisprito temos a considerar, basicamente:

    DEFINIO

    O perisprito o lao que une o Esprito matria do corpo, sendo tirado do meio ambiente, do fluido universal; contm ao mesmo tempo, eletricidade, fluido magntico e, at certo ponto, a matria inerte. Poder-se-ia dizer que a quintessncia da matria, o princpio da vida orgnica, mas no da vida intelectual, porque esta est no Esprito. alm disso, o agente das sensaes externas. No corpo essas sensaes esto localizadas pelos rgos que lhes servem de canais. Destrudo o corpo, as sensaes ficam generalizadas. ( LE p. 257 ) O corpo perispirtico e o corpo carnal tem origem no mesmo elemento primitivo; ambos so matria, ainda que em dois estados diferentes.

  • FUNES Reveste o esprito quando desencarnado, serve de intermedirio entre o esprito e o corpo durante a encarnao. Do corpo para o esprito, transmite sensaes; do Esprito para o corpo, transmite impresses. Sabe-se hoje, que o perisprito um revestimento por natureza denso. nele que o esprito j desencarnado tem as impresses de sede, calor, frio, dor, fenmenos estes que no devem ser confundidos com os de ordem moral, tais como o remorso, arrependimento e outros, vividos na intimidade da prpria conscincia, cujo envoltrio etreo no encontra analogia neste mundo. A dor que ele sente no propriamente fsica, mas um vago sentimento ntimo que o prprio esprito no entende, porque a dor no est localizada e no produzida por agentes externos. Seria mais uma recordao que realidade, no deixando de ser menos penosa. O corpo fludico que o homem possui o transmissor de nossas impresses, sensaes e lembranas anteriores a vida atual, inacessvel a destruio pela morte, admirvel instrumento que para si a alma constri e que aperfeioa atravs dos tempos; o resultado de seu longo passado. Nele se conservam os instintos, acumulam-se as foras, fixam-se as aquisies de nossas mltiplas existncias e os frutos de nossa lenta e penosa evoluo. Da resulta que, pela constante orientao de nossas idias e aspiraes, de nossos apetites e procedimentos em um sentido ou noutro, pouco a pouco fabricamos um ENVOLTRIO SUTIL, reclamando as belas e nobres imagens, acessvel as mais delicadas sensaes, ou um sombrio domiclio, uma lgubre priso em que, depois da morte, a alma se encontra sepultada como num tmulo. Assim cria o homem para si mesmo o bem ou o mau, a alegria ou o sofrimento. Possui todo Esprito os inestimveis recursos para a felicidade como para a desdita, competindo-lhe moralizar-se, elevar-se. Dia a dia,

  • lentamente, constri seu destino. Em si mesmo est gravada a sua obra.

    Quando dizemos que os espritos so inacessveis s impresses da matria que conhecemos, referimo-nos aos

    Espritos mais elevados. O perisprito define a individualidade, identifica a posio evolutiva do princpio espiritual ( j que o esprito no tem forma ), exerce funo reparadora, molda o corpo ( no processo reencarnatrio); responsvel por todos os fenmenos vitais do soma; veicula a mediunidade. Uma das mais extraordinrias funes do perisprito a do elemento reparador, diante de acidentes corporais a que todos estamos sujeitos, quer nas enfermidades sem origem crmica, que podemos desenvolver em nosso corpo por meio de abusos e imprevidncia, quer em desastres de pequena ou grande monta que possam nos atingir. ( Obs. : Carma em snscrito ( hindu ) significa ao, mas a rigor designa causa e efeito, tendo em vista que todo movimento ou ao procedem de uma causa ou de impulsos anteriores. Essa palavra dever expressar sempre a conta de cada um de ns, englobando dbitos e crditos que, em particular, nos digam respeito, que sejam de nossa responsabilidade ). Sempre que o corpo carnal ferido, em razo da leso no atingir tambm o perisprito, este como ORGANIZADOR BIOLGICO, fora a correo da parte ferida atravs de INFLUENCIAES PODEROSAS, no s conseguindo restaurar os casos de extrema complicao, como os de amputao, por exemplo. Fato conhecido que, mesmo nestes casos, as pessoas continuam a sentir dores nos locais dos membros amputados, comprovando a permanncia intacta da contraparte etrica, o perisprito.

  • FUNES DO PERISPRITO NA MEDIUNIDADE Na mediunidade o perisprito o veculo intermedirio entre o esprito comunicante e o corpo fsico do mdium, atravs da combinao e assimilao de seus fluidos perispirituais. Nos fenmenos de efeitos fsicos, quaisquer que sejam, tambm o perisprito o elemento bsico. Quer na manifestao total, quando o perisprito se reveste de substncias ectoplasmticas, tornando-se visvel e tangvel diante de todos, ou nas manifestaes parciais, como no caso relatado por Andr Luiz, Nos Domnios da Mediunidade, de simples cristalizaes das pontas dos dedos do corpo espiritual para a colheita de flores, tomando diminuta quantidade de foras ectoplsmicas.

    FORMA

    Quando os Espritos possuem alguma elevao, podem modific-la sua vontade. Caso contrrio, ficam sob as leis que regem o mundo mental. Ensinam os espritos que, quanto mais evoludo o ser, tanto mais se acentuam em seus traos fisionmicos os sinais de beleza e harmonia, tambm esclarecem que, em sentido oposto, quando desequilibrado, ou sob ao de outros fatores menos felizes, pode o esprito chegar a perder sua forma normal. So os casos de degenerao, que podem atingir os graus de ovoidizao ou zoantropia, por exemplo.

    A transubstanciao do corpo espiritual num corpo ovide pode ocorrer nos seguintes casos:

    1. No homem selvagem, quando retorna ao plano espiritual, sente-se atemorizado diante do desconhecido, sendo primitivo s tem condies de pensar em termos da vida tribal a que se acostumou. Diz-nos Andr Luiz que a prpria vastido csmica o assusta, bem como a viso de

  • espritos, mesmo os bons e sbios, infunde-lhe temor. Dentro do quadro evolutivo que lhe prprio, cr-se a frente de deuses. Anseia por retornar taba onde vivera e ao convvio com os seus, e alimenta-se das vibraes dos que lhe so afins. Nestas condies, estabelece-se nele o monoidesmo, isto , idia fixa, abstraindo-se de tudo o mais. O pensamento que lhe flui da mente permanece em circuito, continuamente. o monoidesmo auto-hipnotizante.

    No havendo outros estmulos, os rgos do corpo espiritual se retraem ou se atrofiam, tal qual ocorre aos rgos do corpo fsico, que paralisados se debilitam.

    Aos poucos esses rgos do perisprito se voltam, instintivamente para a sede do governo mental, onde se localizam, ocultos e definhados, no fulcro dos pensamentos em circuito fechados sobre si mesmos, quais implementos potenciais do grmen vivo entre as paredes do ovo. Diz-se ento que o desencarnado perdeu o seu corpo espiritual, transformando-se em um ovide.

    A forma ovide guarda consigo todos os rgos de exteriorizao da alma, tal qual o ovo ou a semente, que traz em si a ave ou a rvore do futuro. PS : devemos observar que essa afirmao de Andr Luiz no se refere a todos os homens selvagens, mas sim a um caso especfico por ele relatado. Dependendo do grau de evoluo que este esprito alcanou na Terra ele poder sofrer encarnaes mais rpidas, isto , com espaos menores entre uma e outra, pois todos ns reencarnamos para evoluir, e todos temos essa chance, pois somos criados puros e ignorantes para que possamos iniciar nossa marcha evolutiva. Seria muito fatalismo nascermos no estado primitivo para nos tornarmos ovides sempre, pois todos j passamos por essa fase ( homem selvagem ). Segundo Roque Jacintho para aqueles que morreram integrados na vida tribal, a morte corresponde a uma expulso que eles no podem compreender e no conseguem aceitar. Vivem todas as ansiedades pelo retorno. So, pela Misericrdia, reconduzidos em esprito ao encontro

  • e ao calor dos seus, ali permanecendo em casa, at que um novo ciclo reencarnatrio os faa renascer para um novo estgio de aprendizagem e treinamento.... Mas, a cada morte fsica, experimentam um tempo cada vez maior de contato com esse mundo novo ( espiritual ) a que so induzidos a ajustar-se, por ser o plano em que sobrevivero e atuaro para sempre . ( Reencarnao, pg. 34 ) 2. Desencarnados em profundo desequilbrio, aspirando vingar-se ou portadores de apego vicioso, envolvem ou influenciam aqueles que lhe so objeto de perseguio e auto hipnotizam-se com as prprias idias, que se repetem indefinidamente. Em conseqncia, os rgos perispirticos se atraem por falta de funo, assemelhando-se ento a ovides vinculados s prprias vtimas, que, de modo geral, lhes aceitam a influenciao, por trazerem fatores predisponentes, quais sejam a culpa, o remorso, o dio, o egosmo que externam em vibraes incessantes, sob o comando da mente. Configura-se neste caso a parasitose espiritual.

    3. Os grandes criminosos, os pervertidos, ao desencarnarem, sero atormentados pela viso repetida e constante dos prprios crimes, vcios ou delitos, em alucinaes que os tornam dementados. Os clichs mentais que exterioriza, infindveis vezes, tornando-lhes o fluxo do pensamento vicioso, resultando no monodesmo auto-hipnotizante. E tal como nos casos anteriores, perdem a forma normal do corpo espiritual, transformando-se em ovides.

    Os ovides podem ser usados pelas organizaes das trevas para levarem as pessoas ao desequilbrio, pela energia negativa que irradiam.

    Os ovides retornaro forma normal atravs da

    beno da reencarnao, iro assimilando os recursos orgnicos maternos e as leis da reencarnao opera em

  • alguns dias todas as ocorrncias de sua evoluo nos reinos inferiores da natureza. A reencarnao para eles uma verdadeira cirurgia perispiritual.

    Necessrio no esquecer que o retorno forma

    humana a tendncia natural, naqueles que por desequilbrios tiveram a degenerao do seu perisprito.

    Em A Alma Imortal , Gabriel Delane explica:

    Regra geral, predomina no corpo fludico a forma humana, qual ele naturalmente retorna, quando haja sido deformada pela vontade do esprito. ( pg. 248 )

    Tambm Kardec, em O Livro dos Mdiuns,

    esclarece: O esprito pode variar a aparncia, mas sempre o tipo humano. A forma humana a normal do esprito.

    ORGANIZAO

    Organiza-se o Esprito com o fluido peculiar ao

    mundo onde vive. Possui estrutura prpria, malevel, em algumas circunstncias tangveis, como na materializao de desencarnados, nas aparies, nos transportes, nas levitaes; ora pondervel, podendo aumentar ou diminuir de volume e o peso do corpo, ora impondervel, como ocorre nas desmaterializaes e transfiguraes.

    DENSIDADE

    Apresenta-se desde pastosa ou opaca nas almas

    imperfeitas, at rarefeitas nas grandemente evoludas. A substncia do Perisprito extremamente sutil, matria em seu estado mais quintessenciado, mais rarefeito que o ter, suas vibraes, seus movimentos, ultrapassam em rapidez a penetrao das mais ativas substncias. Da a facilidade dos espritos atravessarem os corpos opacos, os obstculos

  • materiais e transporem considerveis distncias com a rapidez do pensamento.

    COLORAO

    Luminosa e brilhante nos espritos superiores, sem

    qualquer brilho nas almas inferiores. Esse corpo fludico no imutvel, depura-se e enobrece-se com a alma, segue-a atravs de suas inumerveis encarnaes; com ela sobe os degraus da escada hierrquica, torna-se cada vez mais difano e brilhante.

    As alteraes perispirituais processam-se gradualmente, acompanhando a evoluo espiritual, que como todos sabem, muito lenta. Sob as influncias de comandos mentais, o perisprito extremamente sensvel, da as variaes quanto a densidade e colorao.

    Alcanando o estado de sublimao espiritual, desaparece a necessidade de acondicionar-se o esprito no envoltrio perispiritual, podendo, no entanto, reorganiz-lo tantas vezes quantas desejar, para efeitos de apresentao a mdiuns videntes, no plano terrestre, ou nas assemblias da espiritualidade das quais participam entidades de menor gabarito.

    ODOR

    Nosso Corpo Espiritual possui odor peculiar,

    identificando o atraso ou a elevao em que nos detemos. Os espritos iluminados, em geral, exalam perfumes suavssimos. Alguns, dentre eles, at se tornam conhecidos pela fragrncia que irradiam. J os espritos Inferiores, de situao espiritual complicada, podem causar impresso desagradvel ao olfato. Cada entidade se caracteriza por exalao peculiar.

  • LIGAO COM O CORPO A condio original do esprito a espiritual, porm

    devido s necessidades de progresso, ele precisa encarnar e reencarnar. Ento liga-se a um corpo carnal, passando a condio de ser ternrio, composto de esprito, perisprito e corpo carnal.

    Esta ligao inicia-se no momento da concepo , quando, ento, o perisprito passa a orientar automaticamente como molde o processo de desenvolvimento molecular do novo corpo em gestao, e s se completa no momento do nascimento.

    Quando o Esprito tem de encarnar num corpo que

    se ir formar, um lao fludico, que no mais do que a extenso do seu perisprito, liga-o ao grmen que o atrai por uma fora irresistvel desde o momento da concepo. A medida que o grmen se desenvolve, o lao se encurta.

    Sob a influncia do princpio vito-matrial do grmen, o perisprito que possui certas propriedades da matria, une-se, molcula a molcula, ao corpo em formao, da o poder dizer-se que o esprito, por intermdio do seu perisprito, enraza-se, de certa maneira, neste grmen, como uma planta na terra. Quando o grmen chega ao seu pleno desenvolvimento, completa a unio, e nasce ento o Ser para a vida exterior. ( A Gnese, cap. 11 ).

    A maleabilidade do Perisprito no s lhe permite o

    poder de expanso, mas tambm o da reduo. No processo reencarnatrio temos o exemplo disso.

    A partcula que liga o perisprito ao ponto de partida gestatrio de dimenses infinitesimais. O perisprito, por sua vez, continua refletindo os sinais anatmicos desenvolvido durante as ltimas experincias na carne. Para que se unam duas expresses entre si to desproporcionais, necessrio se faz a reduo perispiritual, at um nvel quase inconcebvel ao nosso entendimento.

  • A mecnica operacional dessa reduo vamos encontrar exemplificada no livro Entre o Cu e a Terra, de Andr Luiz:

    (....) A reencarnao, tanto quanto a desencarnao,

    um choque biolgico dos mais apreciveis. Unido matriz geradora em busca de nova forma, o perisprito sofre a influncia de fortes correntes eletromagnticas, que lhe impem a reduo automtica. Constitudo a base de princpios qumicos, semelhantes em suas propriedades ao hidrognio, a se expressarem atravs de molculas significativamente distanciadas umas das outras, quando ligado ao centro gensico feminino experimenta expressiva contrao. Observa-se ento a reduo volumtrica do veculo sutil pela diminuio dos espaos intra-moleculares. Toda matria que no serve ao trabalho fundamental de refundio da forma devolvido ao plano astral.

    Andr Luiz nos diz, no livro Missionrios da Luz, que

    o corpo humano, durante o processo de gestao, revive todas as etapas de sua trajetria evolutiva, passando o embrio por todas as fases da evoluo anmica.

    Compreendi que o interessado precisava oferecer cooperao individual para o xito amplo. Surpreendido reconheci que, ao influxo magntico de Alexandre e dos instrutores espirituais , a forma perispiritual de Segismundo tornava-se reduzida.

    A operao no foi curta e nem simples. Identificava o esforo geral para que se efetuasse a reduo necessria. Segismundo parecia cada vez menos consciente. No nos fixava com a mesma lucidez, por fim, para grande assombro meu, a forma de nosso amigo assemelhava-se a de uma criana.

    NOTA Na reduo, o perisprito no perde a forma

    anatmica humana. O novo corpo fsico em formao que passa por todas as fases evolutivas j experimentadas no tempo.

  • DESPRENDIMENTO DO PERISPRITO O estado do esprito, por ocasio da morte pode

    ser assim resumido: A causa principal da maior ou menor facilidade de desprendimento o estado moral da alma. A afinidade entre o corpo e o perisprito proporcional ao apego matria, que atinge o seu mximo no homem cujas preocupaes dizem respeito exclusiva e unicamente vida de gozos materiais. Ao contrrio, as almas que antecipadamente se identificam com a vida espiritual o apego quase nulo. E desde que a lentido e dificuldade de desprendimento se filia ao grau de pureza e desmaterializao da alma, de ns apenas depende tornar fcil ou penoso, agradvel ou doloroso, este desprendimento.

    Quanto menos v o Esprito alm da vida corporal, tanto mais se apega a ela, e assim sente que a vida lhe foge e quer ret-la, em vez de se abandonar ao movimento de desprendimento, resiste com todas as foras e pode assim prolongar a luta por dias, semanas ou meses.

    Neste momento o Esprito no possui toda a lucidez, visto que a perturbao de muito se antecipou morte; mas nem por isso sofre menos, e o vcuo em que se acha, a incerteza do que lhe suceder, agravam-lhe as angstias.

    D-se por fim a morte, e nem por isso est tudo terminado, a perturbao continua, ele sente que vive, mas no se define material e espiritualmente, luta ainda, at que as ltimas ligaes do perisprito se tenham desfeito. A morte ps termo molstia, porm no lhe interrompeu as conseqncias, e enquanto existirem pontos de contato do perisprito com o corpo fsico o esprito ressente e sofre com suas impresses.

    Na morte violenta as sensaes no so precisamente as mesmas, nenhuma desagregao inicial pde preparar a separao do perisprito, ao passo que a vida orgnica, em plena exuberncia de fora, subitamente aniquilada.

  • Nestas condies a separao da alma e a cessao da vida so praticamente simultneas, sendo o instante que as separa muito curto, mas como os laos que prendem o corpo ao perisprito so mais fortes, o desligamento completo mais lento. A vida orgnica cessa necessariamente com a morte do crebro, o que no quer dizer que o perisprito esteja desligado inteiramente do corpo, mas no implica existir a possibilidade de um retorno vida pois o corpo no tem a menor vitalidade para permiti-lo. O Esprito colhido de improviso fica aturdido, sente, pensa e acredita-se vivo, prolongando esta iluso at que compreenda seu estado. Esta fase intermediria entre a vida corporal e espiritual nos mostra um esprito que julga material seu corpo fludico, experimentando todas as sensaes da vida orgnica.

    H, alm disso, dentro desse caso, uma srie infinita de modalidades que variam segundo os conhecimentos e progressos morais do esprito. Para aquele, cuja alma est espiritualizada, a situao dura pouco, porque j possuem em si um desprendimento antecipado, a morte sbita apenas apressando o fato, outros h para os quais a situao se prolonga por anos inteiros.

    uma situao muito freqente, at nos casos de mortes comuns, que nada tendo de penosas para espritos adiantados, torna-se horrvel para os atrasados.

    No suicida a situao das mais penosas. Preso ao corpo por todas suas fibras, o perisprito faz repercutir na alma todas as sensaes de deteriorao, com sofrimentos excruciantes, podendo durar esse perodo o tempo que ainda restaria de vida.

    Tanto maior o sofrimento, quanto mais lento for o desprendimento do perisprito, a presteza deste desprendimento est na razo direta do adiantamento moral do Esprito. Para o esprito depurado, de conscincia pura, a morte qual sono breve, isento de agonia e cujo despertar suave.

    Afirma Kardec: O desprendimento da alma amortece, s vezes, as sensaes fsicas, at produzir uma

  • verdadeira insensibilidade, podendo ento suportar com indiferena as mais vivas dores. ( Obras Pstumas )

    Essa insensibilidade provm do desprendimento do perisprito, agente transmissor das sensaes corpreas. O esprito ausente no sente os ferimentos do corpo.

    Isso nos leva a considerar que os casos de sofrimentos inenarrveis por que passam os suicidas, sentindo a decomposio no sub solo, do-se em razo do baixo nvel de exteriorizao do perisprito. O mesmo acontece com as autpsias apressadas e as cremaes imediatas ao decesso, quando, por falta de merecimento, a vtima no recebe socorro espiritual em tempo.

    Por outro lado, devemos tambm lembrar que a problemtica das dores podem ser divididas em duas partes distintas: dores por causas materiais, envolvendo apenas o fsico, e dores por causas morais. As primeiras podero ser amortecidas pela exteriorizao perispiritual, no entanto, as segundas, acompanham o esprito onde ele estiver ou for, quer na carne ou fora dela.

    Para que se consuma a desencarnao, instruem os espritos, necessrio o desligamento dos laos que nos unem ao corpo. Entre esses encontra-se o cordo de prata. Esse lao de unio entre os dois corpos, carnal e espiritual, acha-se localizado, segundo afirmaes de alguns autores, na regio da cabea. No h um consenso sobre a sua localizao.

    Esse cordo possui um poder de distenso to grande que possibilita ao esprito, nos seus desdobramentos, ir a incomensurveis distncias, sem perder a ligao com o corpo fsico, quando encarnados.

    o ltimo elo a ser desligado para que a morte seja efetiva. Nas separaes normais, recebe esse cordo um desatamento natural, por parte dos tcnicos espirituais, no entanto, nas desencarnaes por suicdio, o seu rompimento prematuro e violento, acarreta fenmenos dolorosos.

    Recebe o nome de cordo de prata pela impresso cromtica- prateada que deixa naqueles que o observam.

  • OS CENTROS DE FORA Em nosso corpo perispiritual esto situados os

    Centros de Fora, tambm conhecidos como chacras. Localizam-se em regies anatmicas

    correspondentes aos plexos do corpo orgnico ( entrelaamento de nervos ou de quaisquer vasos sangneos ), aos quais esto ligados por influncia magntica, j que so verdadeiras estaes de fora fludica.

    As foras espirituais e as csmicas, vindas do espao ou da Terra, penetram nos centros de fora situados no perisprito, da passam aos plexos orgnicos e destes aos nervos, transitando assim por todo organismo.

    Atribui-se aos Centros de Fora as seguintes

    funes: 1. CENTRO CORONRIO rgo de ligao

    com o mundo espiritual, serve ao esprito para influir sobre os demais centros de fora por seu alto potencial de radiao, de vez que nele assenta a ligao com a mente, sede da conscincia. Influi sobre o desenvolvimento medinico por sua ligao com a epfise. Suas cores bsicas so o branco e o dourado.

    2. CENTRO CEREBRAL - Contguo ao centro coronrio, que ordena as percepes de variadas espcies, percepes estas, que no encarnado, constituem a viso, a audio, o tato e a vasta rede de processos da inteligncia que dizem respeito Palavra, Cultura Arte e ao Saber.

    3. CENTRO LARNGEO Regula as atividades ligadas ao uso da palavra, influi sobre a audio medinica. Suas cores bsicas so prata e azul.

    4. CENTRO CARDACO responsvel pelo servio da emoo e do equilbrio geral. Suas cores bsicas so o rosa e o dourado brilhante.

    5. CENTRO ESPLNICO No corpo fsico, est sediado no bao, regulando a distribuio e circulao

  • adequadas aos recursos vitais, aps circularem, eliminam-se pela pele, refletindo na aura. Cores bsicas roxo e verde.

    6. CENTRO GSTRICO Regula a manipulao e a assimilao dos alimentos orgnicos, influi sobre as emoes e a sensibilidade. Cores roxo e verde.

    7. CENTRO GENSICO Em que se localiza o sexo, modelador das formas e estmulos.

    Obs. : Cada Centro de Fora, despertando,

    aumenta as possibilidades dos sentidos fsicos e espirituais, como tambm de faculdades psquicas ou medinicas. Cada um que desperta ou se desenvolve torna o esprito capaz de perceber novas ordens de vibrao.

    Verificar grfico na ltima pgina

    PERISPRITO E OBSESSO Na obsesso, o esprito atua exteriormente, por meio

    de seu perisprito, que ele identifica com o do encarnado, ficando este afinal enlaado como numa teia e constrangido a agir contra a sua vontade. ( A Gnese, cap. 14, item 47 )

    Allan Kardec nos orienta, em Obras Pstumas, que

    a transfigurao pode processar-se em condies diversas. Durante as obsesses, por exemplo, as poderosas irradiaes mentais do intruso espiritual, junto ao perisprito da vtima, pode lev-la transfigurao.

    Quando o processo obsessivo se prolonga o obsidiado pode at ter seus traos fisionmicos modificados. So os lances obsessivos atuando na maleabilidade do perisprito.

    , ainda, no perisprito, que os vingadores do espao procuram colocar sofisticados aparelhos, a fim de transmitirem determinadas ordens s suas vtimas.

  • Manoel Philomeno de Miranda, em Os Bastidores da Obsesso , narra um paciente atormentado por obsessores cruis, que teve implantada pequena clula fotoeltrica gravada, de material especial, nos centros da memria. Operando no perisprito, realizou-se o implante, induzindo a vtima a ouvir a voz dos algozes, ordenando-lhe o suicdio.

    Quando o ser tem o hbito da orao, dos bons pensamentos e nobres atitudes, cria verdadeira couraa de luz protetora em redor desta porta de entrada das sensibilidades, que o perisprito.

    A existncia do perisprito, que termo esprita

    designativo deste singular corpo que reveste o esprito desencarnado, conhecida desde a mais remota antigidade, tendo recebido atravs do tempo vrias denominaes.

    Entre os homens primitivos, no alvorecer da humanidade, do-lhe o nome de CORPO SOMBRA; Entre os egpcios, K; Os teosofistas denominam-no CORPO ASTRAL; Paulo de Tarso designa-o CORPO CELESTE; Filsofos do sculo XIX chamavam-lhe MEDIADOR PLSTICO; Allan Kardec, codificador do espiritismo, deu-lhe o nome de PERISPRITO; Recentemente os russos lhe deram o nome de CORPO BIOPLSTICO.

  • Questionrio

    1. Defina Perisprito 2. Do que formado o Perisprito? 3. O Perisprito de todos os seres que habitam os mundos do universo so iguais? 4. Os espritos que habitam os mundos superiores possuem

    perisprito? 5. Perisprito tem cor? 6. Como est ligado o perisprito ao corpo? 7. Em casos de acidentes violentos, que causam a desencarnao, o perisprito tambm lesado? 8. Nos casos de suicdio, como fica o perisprito? 9. o perisprito que vemos em casos de materializao? 10. atravs do perisprito que o Esprito desencarnado conserva as sensaes de sofrimento? 11. Quais os outros nomes dados ao perisprito? 12. Quais as funes do perisprito? 13. Pode-se perder o perisprito, como se perde o corpo fsico? 14. Explicar os ovides 15. Qualquer esprito pode modificar a forma de seu perisprito, independente de seu grau de adiantamento? 16. Os espritos podem conservar no espao, no seu perisprito, as imperfeies fsicas de seu corpo terrestre ( mutilaes ou enfermidades ) ? 17. O que vem a ser cordo fludico ou cordo de prata? 18. Como se d a reduo do perisprito para a reencarnao? 19. Em caso de aborto, como fica a forma do perisprito, feto, adulto ou criana?

  • BIBLIOGRAFIA

    A Gnese Allan Kardec O Cu e o Inferno Allan Kardec

    O Livro dos Espritos Allan Kardec Obras Pstumas Allan Kardec

    Ao e Reao Andr Luiz Entre o Cu e a Terra Andr Luiz

    Evoluo em Dois Mundos Andr Luiz Missionrios da Luz Andr Luiz

    Nos Domnios da Mediunidade Andr Luiz O Pensamento de Emmanuel Martins Peralva

    Perisprito Joo Srgio Cell A Alma imortal Gabriel Dellane

    Evoluo Anmica Gabriel Dellane Reencarnao Roque Jacintho

    Os Bastidores da Obsesso Manoel Philomeno de Miranda

    Pesquisa feita por Leninha Reviso Deise Bianchini

  • Coronrio

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