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    2013

    As entidades deAssistncia social

    privadas sem fins lucrativos no brasil

    Primeiros resultados

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    Presidenta da RepblicaDilma Rousseff

    Ministra do Planejamento, Oramento e GestoMiriam Belchior

    INSTITUTO BRASILEIRODE GEOGRAFIA EESTATSTICA - IBGE

    PresidentaWasmlia Socorro Barata Bivar

    Diretor-ExecutivoFernando J. Abrantes

    RGOS ESPECFICOS SINGULARES

    Diretoria de PesquisasRoberto Lus Olinto Ramos

    Diretoria de GeocinciasWadih Joo Scandar Neto

    Diretoria de InformticaPaulo Csar Moraes Simes

    Centro de Documentao e Disseminao de InformaesDavid Wu Tai

    Escola Nacional de Cincias EstatsticasMaysa Sacramento de Magalhes

    UNIDADE RESPONSVEL

    Diretoria de Pesquisas

    Coordenao de Populao e Indicadores SociaisBarbara Cobo Soares (em exerccio)

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    Ministrio do Planejamento, Oramento e GestoInstituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE

    Diretoria de PesquisasCoordenao de Populao e Indicadores Sociais

    As Entidades de Assistncia Social Privadassem Fins Lucrativos no Brasil

    2013

    Primeiros resultados

    Rio de Janeiro2014

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    Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE

    Av. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil

    ISBN 978-85-240-4332-1 (meio impresso)

    IBGE. 2014

    Elaborao do arquivo PDFRoberto Cavararo

    Produo de multimdiaHelena Maria Mattos PontesLGonzagaMrcia do Rosrio BraunsMarisa Sigolo MendonaMnica Pimentel Cinelli Ribeiro

    Roberto Cavararo

    CapaUbirat O. dos Santos - Coordenao de MarketingMarcelo Thadeu Rodrigues - Gerncia de EditoraoCentro de Documentao e Disseminao de Informaes - CDDI

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    Sumrio

    Apresentao

    Introduo

    Notas tcnicas

    Objetivos

    Unidade de investigao e informantes

    Perodo de referncia

    Abrangncia geogrfica

    Instrumentos de coleta

    Coleta dos dados e apurao

    Disseminao dos resultados

    Anlise dos resultados

    Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos

    Unidades de Prestao de Servio Socioassistencial

    reas de atuao

    Pblico-alvo e aes desenvolvidas pelas Entidades de AssistnciaSocial Privadas sem Fins Lucrativos

    Ao desenvolvida por principal rea de atuao

    Servios socioassistenciais das Entidades de Assistncia SocialPrivadas sem Fins Lucrativos

    Servio social de proteo bsica

    Servio social de proteo especial de mdia ealta complexidade

    Assessoramento/defesa e garantia de direitos

    rea de atuao das Entidades de Assistncia Social Privadas

    sem Fins Lucrativos, segundo o servio socioassistencialprestado

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    As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013

    _______________________________________________________________________________________Primeiros resultados

    Tabelas de resultados

    1 - Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,total e por quantidade de Unidades de Prestao de Servio

    Socioassistencial, segundo as classes de tamanho da populaodos municpios, as Grandes Regies, as Unidades da Federao e asRegies Metropolitanas - 2013

    2 -Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,total e por principal rea de atuao, segundo as classes de tamanhoda populao dos municpios, as Grandes Regies, as Unidades daFederao e as Regies Metropolitanas - 2013

    3 -Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,total e por pblico-alvo, segundo as classes de tamanho dapopulao dos municpios, as Grandes Regies, as Unidades da

    Federao e as Regies Metropolitanas - 20134 -Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,total e por ao desenvolvida pela entidade, segundo as classesde tamanho da populao dos municpios, as Grandes Regies, asUnidades da Federao e as Regies Metropolitanas - 2013

    5 -Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos, totale por tipo de servio socioassistencial prestado, segundo as classesde tamanho da populao dos municpios, as Grandes Regies, asUnidades da Federao e as Regies Metropolitanas - 2013

    6 -Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,

    total e por principal rea de atuao, segundo as Grandes Regies eo servio socioassistencial prestado - 2013

    7 - Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,total e por principal rea de atuao, segundo as Grandes Regies ea ao desenvolvida - 2013

    Referncias

    Anexo

    Questionrio da Pesquisa de Entidades de Assistncia SocialPrivadas sem Fins Lucrativos 2013

    Glossrio

    Convenes- Dado numrico igual a zero no resultante

    de arredondamento;

    .. No se aplica dado numrico;

    ... Dado numrico no disponvel;

    x Dado numrico omitido a fim de evitar a individualizao dainformao;

    0; 0,0; 0,00 Dado numrico igual a zero resultante de arredondamento de

    um dado numrico originalmente positivo; e-0; -0,0; -0,00 Dado numrico igual a zero resultante de arredondamento de

    um dado numrico originalmente negativo.

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    Apresentao

    OInstituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE, em parceriacom o Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome,apresenta, nesta publicao, a metodologia aplicada e os resultadosda Pesquisa de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins

    Lucrativos - PEAS 2013A primeira PEAS foi realizada em 2006, e esta segunda edioda pesquisa, com ano de referncia 2013, contribui com um novolevantamento estatstico sobre o mbito da Assistncia Social privadapraticada em todo o Brasil, com importantes mudanas no seuplanejamento e forma de execuo.

    A cargo da Coordenao de Populao e Indicadores Sociais daDiretoria de Pesquisas, a PEAS 2013 foi planejada para ser executadaem duas fases complementares: as Etapas I e II. A Etapa I, objetodeste volume, orientou-se por verificar e atualizar dados cadastrais,mapear as entidades que pertencem rea de atuao da Assistncia

    Social e examinar um conjunto de informaes bsicas, tais como:pblico-alvo, abrangncia territorial e servios socioassistenciaisprestados. A Etapa II, ainda a ser divulgada, compreende uma gamabem mais ampla e detalhada de informaes sobre a atuao, aestrutura e o funcionamento das entidades. Em ambas as etapas, aoperao de coleta ocorre, exclusivamente, por meio de entrevistatelefnica assistida por computador, modalidade de coleta estatsticaa distncia, centralizada, utilizada com xito em pesquisas econmicase de verificao cadastral do IBGE. A PEAS 2013 , portanto, a primeirapesquisa social do IBGE nesta modalidade.

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    As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013

    _______________________________________________________________________________________Primeiros resultados

    Com base na seleo feita a partir do Cadastro Central de Empresas - CEMPRE, doIBGE, foram entrevistadas as entidades ativas com atuao exclusiva ou preponderantena Assistncia Social, as entidades que desenvolvem servios, programas, projetos

    ou ofertam benefcios socioassistenciais com atuao no preponderante na rea e,ainda, as que atendem ao carter de vinculao ao Sistema nico de Assistncia Social- SUAS, em funo de prvia inscrio no Conselho de Assistncia Social Municipalou do Distrito Federal.

    Esta publicao oferece em sua anlise de resultados um quadro geral dasEntidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos em todo o TerritrioNacional, delimitadas segundo os critrios anteriormente relacionados. As tabelas deresultados compreendem dados para Brasil, Grandes Regies, Unidades da Federao,Regies Metropolitanas e classes de tamanho da populao dos municpios, com basenas estimativas de populao residente em 1ode julho.

    Roberto Lus Olinto Ramos

    Diretor de Pesquisas

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    Introduo

    APoltica Nacional de Assistncia Social - PNAS, aprovada, em2004, pelo Conselho Nacional de Assistncia Social, compreendea consolidao do acesso Assistncia Social em todo o Territrio

    Nacional, visando garantir a efetividade dos direitos universais. A

    implantao e a consolidao do Sistema nico de Assistncia Social- SUAS, principal objetivo da PNAS, bem como a gesto da rede de

    servios, composta por unidades de Assistncia Social pblicas e

    privadas, implica a produo, a sistematizao e a disseminao de

    informaes consistentes, especficas e atualizadas.

    A primeira edio da Pesquisa de Entidades de Assistncia

    Social Privadas sem Fins Lucrativos - PEAS 2006 consistiu em um

    levantamento pioneiro sobre a rede privada de Assistncia Social

    no Pas, tendo sido realizada em convnio com o Ministrio do

    Desenvolvimento Social e Combate Fome, assim como esta nova

    edio, PEAS 2013. Em ambas, a definio dos objetivos e a formulaodo contedo resultam da reflexo conjunta entre os tcnicos do IBGE

    e do Ministrio envolvidos, cuja experincia traduz o processo de

    profissionalizao da administrao pblica brasileira e se insere no

    histrico de cooperao entre os dois rgos1.

    Sob a responsabilidade da Coordenao de Populao e

    Indicadores Sociais da Diretoria de Pesquisas do IBGE, a PEAS 2013

    foi executada em duas etapas, em sequncia. O Cadastro Bsico de

    Seleo da primeira etapa, formado por 36 782 entidades, foi gerado

    1Para maiores informaes, consultar o Suplemento de Segurana Alimentar da Pesquisa Nacional

    por Amostra de Domiclios - PNAD, realizada em 2004 e 2009; o Suplemento de Assistncia Social daPesquisa de Informaes Bsicas Municipais -MUNIC, realizada em 2005, 2009 e 2013; e o Suplementode Assistncia Social da Pesquisa de Informaes Bsicas Estaduais - ESTADIC, realizada em 2012.Essas fontes de informao encontram-se listadas nas Referncias, ao final da publicao.

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    As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013

    _______________________________________________________________________________________Primeiros resultados

    com base no estudo sobre as Fundaes Privadas e Associaes sem Fins Lucrativos

    - FASFIL, a partir dos dados do Cadastro Central de Empresas - CEMPRE, do IBGE (AS

    FUNDAES..., 2012). Esto reunidas as unidades locais, criadas at 2012, classificadas

    no grupo 05 - Assistncia Social e, dentro do grupo 09 - Desenvolvimento e defesa de

    direitos, nos subgrupos 09.5 - Defesa de direitos de grupo e minorias e 09.6 - Outras

    formas de desenvolvimento e defesa de direitos, com base na Classificao dos

    Objetivos das Instituies sem Fins Lucrativos a Servio das Famlias (Classification

    of the Purposes of Non-Profit Institutions Serving Households - COPNI), adequada s

    necessidades do estudo.

    Na Etapa I, objeto deste volume, a pesquisa orienta-se por verificar e atualizar

    dados cadastrais, mapear as entidades que pertencem rea de atuao da Assistncia

    Social e registrar os servios socioassistenciais prestados, tanto os abrangidos pelaTipificao Nacional dos Servios Socioassistenciais (Resoluo CNAS no109, de

    11.11.2009), incluindo-se o assessoramento e/ou defesa e garantia de direitos, como

    outras formas de prestao de servio. Alm disso, prope-se a examinar um conjunto

    de informaes especficas, tais como: pblico-alvo atendido, gesto financeira e

    abrangncia territorial.

    Com vistas a estabelecer a abrangncia territorial dos servios desenvolvidos,

    foi criada a categoria Unidade de Prestao de Servio Socioassistencial - UPS, que

    representa um outro endereo onde h prestao de servio, vinculado entidade/

    unidade local pesquisada e sob sua responsabilidade jurdica. Assim, a Unidade de

    Prestao de Servio Socioassistencial, quando for o caso, conta como nova unidade

    de investigao e as Fichas de UPS, como instrumento de coleta complementar.

    A Etapa II, ainda a ser divulgada, compreende um escopo bem mais amplo

    e detalhado de informaes sobre a atuao, a estrutura e o funcionamento das

    entidades. So examinadas informaes, tais como: pblico-alvo; forma de chegada

    e encaminhamento dos usurios; critrio de seleo para atendimento; atividades e

    objetivos do servio; cobertura e forma de registro dos atendimentos; alm de dados

    sobre a oferta de benefcios e de alimentao, recursos humanos e outras. Acresce quecada Unidade de Prestao de Servio Socioassistencial cadastrada na fase anterior

    torna-se uma unidade informante na Etapa II, a par das entidades/unidades locais a

    que esto vinculadas, para obteno de informaes mais desagregadas.

    A PEAS 2013 consistiu em consulta direta aos informantes nas entidades/

    unidades locais, por meio de ligao telefnica via Sistema CATI2, e o resultado do

    trabalho de Agentes e Supervisores de Pesquisa lotados na Coordenao de Entrevistas

    Telefnicas Assistidas por Computador, da Diretoria de Pesquisas, responsveis pela

    coleta e entrada de dados centralizada.

    2 CATI o acrnimo para Computer Assisted Telephone Interviewing, que significa Entrevista Telefnica Assistida porComputador, uma tcnica de pesquisa estatstica realizada por meio do telefone.

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    Notas tcnicas

    OIBGE, na posio de principal rgo produtor de estatsticasde natureza econmica, social e demogrfica no Pas, busca,continuamente, aperfeioar seu sistema de levantamentos deinformaes. No esforo permanente de garantir a excelncia do seu

    trabalho, o IBGE atualiza conceitos, metodologias e tecnologias, valendo-se da prpria experincia, adquirida ao longo dos anos, bem como deexperincias reunidas por institutos de estatstica internacionais deatestada competncia e tambm de recomendaes metodolgicas econceituais de organizaes e instncias internacionais.

    No entanto, para os mesmos fins de garantir a qualidade e aeficincia da produo das estatsticas oficiais sob sua responsabilidade,o Instituto adota procedimentos e prticas que traduzem um foco eminovao e modernizao. O IBGE constantemente explora novosprocessos e tcnicas a fim de realizar sua misso institucional,adaptando-se s exigncias do programa de trabalho e s novas

    realidades do Estado e da sociedade brasileiros.Essa nota metodolgica vem documentar e divulgar a

    metodologia aplicada na fase de planejamento, execuo e apuraoda Etapa I da PEAS 2013, que tem nos aspectos de aprimoramento einovao tcnico-metodolgica uma combinao de fatores de xito.

    ObjetivosAo considerar a relevncia e a abrangncia da funo da

    Assistncia Social em um pas com as dimenses do Brasil, razovel

    que esta seja desempenhada tambm por entidades privadas e noapenas por instituies pblicas.

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    As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013

    _______________________________________________________________________________________Primeiros resultados

    O Sistema nico de Assistncia Social - SUAS implantou um novo modelo deproteo social no contributiva, gerido de forma descentralizada e participativa, e queresponde pela oferta e gesto de servios, programas, projetos, aes e benefcios

    socioassistenciais em todo o Territrio Nacional. No entanto, consignado ao SUAS epor vezes de forma desvinculada, operam uma estrutura e um conjunto de entidades eorganizaes que assumiram a atribuio da prestao de servios socioassistenciais noPas e que podem ou no desempenhar suas funes com aporte de recursos pblicos.

    A fim de mapear e qualificar a rede privada de Assistncia Social em atividade noPas, na Etapa I da PEAS 2013, o objetivo inicial atualizar as informaes cadastraisdo IBGE sobre as entidades/unidades locais, caracterizando-as que a apresentamcomo sua principal rea de atuao, e aquelas que desenvolvem servios, programas,projetos ou ofertam benefcios socioassistenciais e possuem outra rea de atuaoprincipal.

    Figura ainda, entre os objetivos principais dessa etapa, estabelecer a abrangncia

    territorial das entidades/unidades locais, levando em conta que podem atuar, sobo mesmo registro no Cadastro Nacional da Pessoal Jurdica - CNPJ, da Secretariada Receita Federal, em mais de um municpio ou contar com mais de um endereode atuao no mesmo municpio. Constituiu-se, ento, para os fins da pesquisa, acategoria Unidade de Prestao de Servio Socioassistencial - UPS, que representauma unidade fsica de execuo direta de atendimento socioassistencial, vinculada entidade pesquisada e sob sua responsabilidade jurdica.

    Por ltimo, as entidades ativas definidas dentro do mbito da pesquisa socaracterizadas a partir de um conjunto bsico de informaes, tais como: forma deatuao socioassistencial, pblico-alvo atendido, abrangncia territorial, e serviossocioassistenciais prestados no endereo cadastrado.

    Destaca-se, ainda, a determinao de realizar a entrevista somente com pessoasque efetivamente atuem nas entidades, a fim de qualificar o informante e formar umbanco de contatos. Tal esforo se justifica nesse nvel de investigao, pois, em vezde prestadores de servio como contadores e advogados, que so frequentemente osinformantes dos levantamentos de registros administrativos, o conhecimento sobre asvariveis da PEAS 2013 supe que o entrevistado faa parte dos quadros da entidadee participe da atividade socioassistencial nela desenvolvida.

    Unidade de investigao e informantesA unidade de investigao da PEAS 2013 a entidade/unidade local que compe

    a rede privada sem fins lucrativos de Assistncia Social no Brasil, sendo informanteda pesquisa uma das pessoas responsveis pela entidade, no nvel da gesto, ouocupada na prestao de servios socioassistenciais.

    Determinante para o incio da coleta de dados a confirmao, no Bloco 02,da Razo Social e do CNPJ cadastrado, duas chaves de identificao da entidadepesquisada, bem como, no Bloco 03, a declarao da condio de atividade ativa nadata de incio da entrevista.

    Por sua vez, quando a unidade pesquisada no encontrada ou a chamadatelefnica resulta em telefone continuamente ocupado ou que ningum atende, ouainda em mensagem de telefone inexistente ou incorreto, apesar das tentativas emdiferentes horrios, foi adotada uma estratgia em quatro estgios:

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    Notas tcnicas _____________________________________________________________________________________________

    1 - Busca na base inicial do Cadastro Nacional de Entidades de Assistncia Social- CNEAS3, fornecido pelo Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome, composto por entidades/unidades locais privadas, e atualizado por

    formulrio eletrnico durante o perodo de julho de 2012 a maro de 2013.Cabe dizer que o Cadastro Bsico de Seleo da PEAS 2013 e o CNEASsoformados por distintos critrios de seleo e classificao, sendo o CNEAScomposto por entidades privadas e seus respectivos servios, programas,projetos e benefcios socioassistenciais inscritos ou em processo de inscrionos Conselhos de Assistncia Social.

    2 - Quando a busca no CNEASno obteve sucesso, a rede pblica local ligada aoSistema nico de Assistncia Social - SUAS foi consultada, nomeadamenteos Centros de Referncia de Assistncia Social, os Centros de RefernciaEspecializados de Assistncia Social, as Secretarias de Assistncia Social eos Conselhos de Assistncia Social Municipal ou do Distrito Federal. Essasinstituies terminaram por constituir-se em unidades secundrias de infor-mao, sem que fosse aplicado questionrio, mas apenas para a busca dereferncia e de nmero de telefone.

    3 - Se a tentativa com a rede pblica local de Assistncia Social no equacionasseo problema, era feita verificao nas bases de dados da Relao Anual deInformaes Sociais - RAIS, do Ministrio do Trabalho e Emprego, especifi-camente em busca da declarao de RAIS Negativa das entidades, para osanos-base de 2011, 2012 e 2013. Ao verificar a declarao de RAIS Negativa,na qual so fornecidos somente os dados cadastrais de empresas e unida-des locais com CNPJ que no tiveram empregado durante o ano-base, h

    o indicativo de que as entidades no encontradas possivelmente no estoem operao, motivo para o no sucesso do contato com a instituio pes-quisada. Ressalva feita s que atuam na Assistncia Social exclusivamentecom mo de obra voluntria.

    4 - Como recurso ltimo, e a despeito da declarao de RAIS Negativa, a relaode entidades/unidades locais no encontradas era encaminhada s UnidadesEstaduais do IBGE. Solicitava-se s respectivas Agncias de Coleta um esforoconjunto de identificao dos endereos cadastrados e o objetivo especficode cadastrarem o nmero de telefone habilitado a responder pesquisa,uma vez que as etapas de planejamento e treinamento da PEAS 2013 foram

    moldadas para a entrevista telefnica assistida por computador e no parao modelo de entrevista presencial.

    Apesar dos processos de busca e verificao anteriormente descritos, das 36 782entidades/unidades locais do Cadastro Bsico de Seleo, 11 361 contam entre as noentrevistadas. Deste total, para 411, h informao de no possurem telefone, sendo essasentidades/unidades locais basicamente de reas rurais e distantes de centros urbanos.

    3O Cadastro Nacional de Entidades de Assistncia Social - CNEAS, previsto no inciso XI do Art. 19 da Lei Orgnica daAssistncia Social - LOAS (Lei no8.742, de 07.12.1993), um instrumento de gesto do Sistema nico de Assistncia Social- SUAS, que tem por objetivos monitorar e reconhecer as ofertas socioassistenciais prestadas por entidades privadasde Assistncia Social. O CNEAS tem sua base composta pelas entidades de Assistncia Social bem como por ofertas

    socioassistenciais (conjunto de servios, programas, projetos e benefcios) das entidades privadas que no tm atuaopreponderante na Poltica de Assistncia Social, autorizadas a funcionar no mbito da Poltica Nacional de AssistnciaSocial pelo poder pblico, mediante regular inscrio nos Conselhos de Assistncia Social dos Municpios e do DistritoFederal (Resoluo CNAS no14, de 15.05.2014).

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    As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013

    _______________________________________________________________________________________Primeiros resultados

    importante esclarecer, igualmente, que o status de entrevista concludano era aplicado a toda chamada atendida. As 25 421 entidades/unidades locaisque proporcionaram entrevistas concludas confirmaram a razo social e o CNPJ

    cadastrado, registraram a condio de atividade na data de referncia e definiramsua rea de atuao.Os resultados quantitativos dessa abordagem esto apresentados na Tabela 1

    ao final desta Nota tcnica.

    Perodo de refernciaA data de referncia a data de incio da entrevista, uma vez que a coleta de

    informaes pode se desenvolver em mais de uma chamada telefnica, sendo possvelhaver mudanas de status e de situao nos intervalos entre os contatos.

    Nesta etapa, a coleta de informaes ocorreu no perodo entre a ltima semana

    de novembro de 2013 at a terceira semana de setembro de 2014. Tendo iniciado noano anterior ao encerramento da coleta, o ano de referncia dos dados e registrosadministrativos das entidades que responderam pesquisa o ano de 2013. A exceoa essa definio feita para duas variveis especficas, no tema de gesto financeira,relativas s fontes de financiamento e s classes de valor da receita total da entidade,que tomam por base o exerccio financeiro de 2012.

    Abrangncia geogrficaA PEAS 2013 investigou 36 782 entidades/unidades locais, distribudas pelas 27

    Unidades da Federao. Com o objetivo de identificar servios, programas, projetos

    ou oferta de benefcios socioassistenciais que funcionem em endereo diferente docadastrado, em caso de ocorrncia, foram nomeadas as Unidades de Prestao deServio Socioassistencial para as quais foram abertas Fichas de UPS, em nmerocorrespondente ao informado por cada entidade/unidade local.

    Instrumentos de coletaA coleta da PEAS 2013 foi efetuada por um sistema de entrevistas telefnicas

    assistidas por computador, sendo o preenchimento dos dados coletadosrealizado diretamente no questionrio eletrnico, produzido pela Coordenao deDesenvolvimento e Manuteno de Sistemas da Diretoria de Informtica.

    Verificaram-se dados cadastrais das instituies, tais como: razo social; nomefantasia; sigla; endereo; telefone e endereo eletrnico das entidades; principal reade atuao. Alm desses dados, foram investigados tambm: perfil do pblico-alvo,servios socioassistenciais desenvolvidos e abrangncia territorial da prestao dosservios. No que se refere abrangncia territorial, a fim de identificar as Unidadesde Prestao de Servio Socioassistencial que funcionam em endereo diferente docadastrado, elaboraram-se Fichas de UPS, associadas ao questionrio de cada entidade/unidade local entrevistada. Alm do registro do endereo de funcionamento e dotelefone dessas unidades, as fichas registram o servio socioassistencial desenvolvido.

    Para auxiliar a coleta das informaes do questionrio, o Manual do Entrevistadorcondensa as instrues bsicas e os conceitos tcnicos necessrios para a realizaodos trabalhos do Agente de Pesquisa do IBGE.

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    Notas tcnicas _____________________________________________________________________________________________

    Coleta dos dados e apuraoAps o processo de treinamento acerca dos objetivos, conceitos e procedimentos

    da pesquisa, a cargo da Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, emnovembro de 2013, teve incio a fase de coleta das informaes.

    Na Coordenao de EntrevistasTelefnicas Assistidas por Computador, localizada noRio de Janeiro, alternavam-se, nos turnos da manh e da tarde, dois grupos de Agentes eSupervisores de Pesquisa. Um total aproximado de 140 pessoas envolvidas, distribudasentre atividades de coleta por telefone, audio das entrevistas, batimento e busca dostelefones no encontrados em fontes de dados externos, consulta por telefone aos rgospblicos locais da Assistncia Social e gerao de relatrios de acompanhamento da coleta.

    No procedimento padro, cada Agente de Pesquisa faz contato com cada entidadesorteada eletronicamente, dentro do seu grupo de atendimento, por meio do nmerotelefnico previamente carregado no cadastro da entidade e busca identificar ou obter a

    indicao da pessoa, no nvel da gesto ou na rea tcnica, apta a prestar informaesinstitucionais e sobre a prestao de servios socioassistenciais. Essa pessoa entrevistada, sempre que possvel, em um primeiro e nico contato, e deve autorizarnovo contato com o pesquisador do IBGE, caso ocorra necessidade de esclarecer algumitem, dado ou conceito relativo pesquisa. Por vezes, o preenchimento do questionriotambm exigiu contato com mais de uma pessoa ou setor dentro da entidade.

    A entrada de dados foi feita de forma descentralizada pelo prprio entrevistador,no momento da entrevista, preenchendo o Sistema PEAS 2013 e sob o acompanhamentoda superviso da Coordenao de Entrevistas Telefnicas Assistidas por Computador.

    A crtica de consistncia dos dados coletados, por sua vez, foi feita emcolaborao entre a Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, a Coordenao

    de Entrevistas Telefnicas Assistidas por Computador e a Diretoria de Informtica.Esteve a cargo desta ltima a implementao do sistema Oracle Business Intelligence,utilizado pela primeira vez no IBGE, responsvel por fornecer as ferramentas paraanlise e gerao de relatrios e consultas dos dados remetidos para o SistemaGerenciador de Banco de Dados Oracle.

    Disseminao dos resultados necessrio ressaltar que os dados fornecidos pelas unidades informantes da

    PEAS 2013 so de natureza sigilosa, configurando, assim, um conjunto de informaesa ser desidentificado. Consoantes com a legislao que assegura o sigilo na prestao

    de informaes estatsticas, foram adotadas regras de desidentificao para evitar aindividualizao das respostas.

    Este volume contm, alm das Notas tcnicas, um conjunto de textos analticossobre os temas abordados pela pesquisa, em que so destacados os aspectos consideradosmais relevantes pelos analistas, bem como um Glossrio, ao final da publicao, comos termos tcnicos mais importantes. Tambm so apresentados os resultados por meiode um conjunto de tabelas gerais selecionadas. Acompanha a publicao um CD-ROMcontendo a base de dados completa da pesquisa com informaes agregadas. Todasas tabelas aqui apresentadas so produto de agregaes dos dados de municpios porclasses de tamanho da populao, com base nas estimativas de populao residente em

    1o

    de julho, por Grandes Regies e Unidades da Federao em que esto localizadas, eainda por Regies Metropolitanas, variveis relevantes para compreenso, descrio eanlise de alguns aspectos abrangidos pela pesquisa.

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    As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013

    _______________________________________________________________________________________Primeiros resultados

    (continua)

    Ativa com

    rea de

    atuao fora

    do mbito

    Em

    implantaoParalisada Inativa

    Brasil 36 782 14 791 6 213 71 1 127 2 245

    Classes de tamanho da populao dos municpios

    At 5 000 hab. 1 770 510 433 3 78 121 De 5 001 a 10 000 hab. 2 271 865 372 11 92 156

    De 10 001 a 20 000 hab. 4 121 1 666 626 12 132 298

    De 20 001 a 50 000 hab. 5 899 2 541 825 15 196 362

    De 50 001 a 100 000 hab. 4 138 1 793 603 6 130 242

    De 100 001 a 500 000 hab. 8 135 3 397 1 355 12 203 479

    Mais de 500 000 hab. 10 448 4 019 1 999 12 296 587

    Grandes Regies, Unidades da Federao

    e Regies Metropolitanas

    Norte 1 158 423 166 2 37 62

    Rondnia 187 88 21 - 6 12

    Acre 43 14 8 - 3 3

    Amazonas 165 49 25 - 6 8

    Roraima 25 6 7 - - 1

    Par 505 172 65 2 11 25

    Regio Metropolitana de Belm 165 59 35 1 4 10

    Amap 37 11 8 - - 1Tocantins 196 83 32 - 11 12

    Nordeste 6 192 1 967 774 17 204 360

    Maranho 704 136 57 3 19 24

    Piau 288 81 40 1 6 19

    Cear 1 141 336 136 1 33 58

    Regio Metropolitana de Fortaleza 422 158 56 - 13 28

    Rio Grande do Norte 476 120 61 1 28 68

    Paraba 456 165 56 3 22 22

    Pernambuco 953 359 120 1 25 63

    Regio Metropolitana de Recife 462 196 63 1 16 47

    Alagoas 190 75 36 - - 13

    Sergipe 409 125 84 1 10 19

    Bahia 1 575 570 184 6 61 74

    Regio Metropolitana de Salvador 388 161 65 1 7 17

    Sudeste 16 915 7 685 2 639 31 472 992

    Minas Gerais 5 026 2 488 665 16 170 303

    Regio Metropolitana de Belo Horizonte 1 030 432 167 3 35 69

    Esprito Santo 597 248 77 2 24 34

    Rio de Janeiro 2 442 870 471 2 81 146

    Regio Metropolitana do Rio de Janeiro 1 701 564 346 1 63 100

    So Paulo 8 850 4 079 1 426 11 197 509

    Regio Metropolitana de So Paulo 3 784 1 518 625 5 90 211

    Sul 10 223 3 681 2 241 16 346 701

    Paran 3 150 1 393 532 5 120 249

    Regio Metropolitana de Curitiba 749 295 131 - 27 47

    Santa Catarina 3 177 995 745 5 117 233

    Regio Metropolitana de Florianpolis 280 107 62 1 6 16

    Rio Grande do Sul 3 896 1 293 964 6 109 219

    Regio Metropolitana de Porto Alegre 919 348 186 1 23 42

    Centro-Oeste 2 294 1 035 393 5 68 130

    Mato Grosso do Sul 497 251 83 4 16 27

    Mato Grosso 475 219 71 1 9 32

    Gois 791 400 111 - 27 49 Regio Metropolitana de Goinia 286 139 58 - 9 12

    Distrito Federal 531 165 128 - 16 22

    Classes de tamanho da populao dos municpios,

    Grandes Regies, Unidades da Federao

    e Regies Metropolitanas

    Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos do Cadastro Bsico de Seleo

    Total

    Entrevistas concludas

    Ativa

    e

    mbito da

    pesquisa

    Motivo da no-coleta

    da populao dos municpios, as Grandes Regies, as Unidades da Federaoe as Regies Metropolitanas - 2013

    Tabela 1 - Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos do Cadastro Bsico de Seleo, por condio de atividade e motivo da no-coleta, segundo as classes de tamanho

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    Notas tcnicas _____________________________________________________________________________________________

    (concluso)

    Mudana

    para local

    desconhecido

    Impossibili-

    dade de

    fornecer

    informaes

    Recusa

    Brasil 19 1 954 10 950 411

    Classes de tamanho da populao dos municpios

    At 5 000 hab. 1 - 50 537 37

    De 5 001 a 10 000 hab. - - 44 686 45

    De 10 001 a 20 000 hab. 4 - 80 1 226 77 De 20 001 a 50 000 hab. 3 - 106 1 770 81

    De 50 001 a 100 000 hab. 1 - 94 1 218 51

    De 100 001 a 500 000 hab. 6 1 197 2 429 56

    Mais de 500 000 hab. 4 - 383 3 084 64

    Grandes Regies, Unidades da Federao

    e Regies Metropolitanas

    Norte 2 - 31 424 11

    Rondnia 2 - 4 52 2

    Acre - - - 15 -

    Amazonas - - 7 70 -

    Roraima - - 1 10 -Par - - 10 212 8

    Regio Metropolitana de Belm - - 5 50 1

    Amap - - 2 15 -

    Tocantins - - 7 50 1

    Nordeste 4 - 119 2 616 131

    Maranho - - 9 431 25

    Piau - - 2 135 4

    Cear - - 25 530 22 Regio Metropolitana de Fortaleza - - 17 147 3

    Rio Grande do Norte 1 - 12 184 1

    Paraba 1 - 13 171 3

    Pernambuco 1 - 24 333 27 Regio Metropolitana de Recife - - 16 119 4

    Alagoas - - 3 59 4

    Sergipe - - 7 149 14

    Bahia 1 - 24 624 31 Regio Metropolitana de Salvador - - 9 124 4

    Sudeste 7 1 482 4 484 122

    Minas Gerais 2 - 94 1 235 53

    Regio Metropolitana de Belo Horizonte - - 31 285 8

    Esprito Santo 1 - 7 203 1Rio de Janeiro - - 84 768 20

    Regio Metropolitana do Rio de Janeiro - - 71 546 10

    So Paulo 4 1 297 2 278 48 Regio Metropolitana de So Paulo 1 - 157 1 150 27

    Sul 4 - 268 2 831 135

    Paran 1 - 73 754 23

    Regio Metropolitana de Curitiba - - 24 221 4

    Santa Catarina 2 - 86 942 52 Regio Metropolitana de Florianpolis - - 8 78 2

    Rio Grande do Sul 1 - 109 1 135 60

    Regio Metropolitana de Porto Alegre - - 35 280 4

    Centro-Oeste 2 - 54 595 12

    Mato Grosso do Sul - - 13 101 2Mato Grosso 1 - 14 122 6

    Gois - - 15 187 2

    Regio Metropolitana de Goinia - - 4 63 1

    Distrito Federal 1 - 12 185 2

    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins

    Lucrativos 2013.

    Tabela 1 - Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos do Cadastro Bsico de Seleo, por condio de atividade e motivo da no-coleta, segundo as classes de tamanho

    da populao dos municpios, as Grandes Regies, as Unidades da Federaoe as Regies Metropolitanas - 2013

    Classes de tamanho da populao dos municpios,

    Grandes Regies, Unidades da Federao

    e Regies Metropolitanas

    Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos do Cadastro Bsico de Seleo

    Entrevistas no

    concludas

    Telefones

    no

    encontrados

    Entidades

    sem

    telefone

    Entrevistas concludas

    Motivo da no-coleta

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    Anlise dos resultados

    Entidades de Assistncia SocialPrivadas sem Fins Lucrativos

    A partir da Constituio de 1988, o Estado brasileiro comeou a

    assumir sua responsabilidade para com a sociedade em sentido amploe universal, reconhecendo os direitos de todos educao, sade, ao

    trabalho, moradia, ao lazer e segurana. A afirmao dos direitos,

    como dispostos na Constituio, leva a dois caminhos complementares

    de polticas pblicas: as polticas universais e aspolticas especficas,

    destinadas a alguns segmentos que demandem ateno especfica.

    A Carta Magna buscou garantir os direitos da populao

    menos favorecida e dos segmentos vulnerveis ao reconhecer como

    direitos dos cidados e dever do Estado e da sociedade as aes

    destinadas a promover a Assistncia Social; assegurou, tambm,

    que essa assistncia se faa de forma integrada no apenas com asdemais polticas de Seguridade Previdncia Social e Sade como,

    tambm, com as polticas pblicas que asseguram direitos. Dessa

    forma, a Assistncia Social afirmou-se como poltica pblica de direito

    do cidado e dever do Estado, no Brasil. Em 1993, passou a ser um

    direito exigvel pela populao pela promulgao da Lei Orgnica da

    Assistncia Social LOAS (Lei no8742, de 07 de dezembro de 1993).

    Ao assegurar novos paradigmas para a poltica de Assistncia, a

    Constituio Federal e a Lei Orgnica da Assistncia Social traaram as

    lgicas da gesto e do controle social: garantia de cidadania, proteo

    social, carter no contributivo, necessria integrao entre o econmicoe o social, primazia da responsabilidade do Estado na universalizao

    de direitos e de acessos aos servios. Um novo desenho institucional e

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    As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013

    _______________________________________________________________________________________Primeiros resultados

    o controle social ficam estabelecidos atravs do comando nico e da descentralizao.Tem incio um amplo processo nacional de construo do sistema descentralizado eparticipativo dos entes federados brasileiros com a implantao dos conselhos, fundos,

    planos e a realizao das conferncias nacionais, estaduais e municipais, e a organizaoda sociedade civil atravs da constituio de fruns municipais, estaduais e nacional.A Poltica Nacional de Assistncia Social - PNAS, aprovada em 2004, consolida

    princpios, diretrizes, objetivos e aes da Assistncia Social. A partir da LOAS e daPNAS se reconhece a ampliao da noo de prestao de servios pblicos, aoincluir o atendimento, assessoramento aos beneficirios e a defesa de direitos, e aoestabelecer, como campos de ao da Assistncia Social, a proteo social, a vigilnciasocial e a defesa de direitos socioassistenciais. A PNAS estabelece a necessidade dese constituir uma rede formada por entidades de carter no governamental queatuem nas reas da Assistncia Social conforme consta no artigo 204 da ConstituioFederal de 1988. Segundo a LOAS:

    Artigo 3oConsideram-se entidades e organizaes de Assistncia Social aquelasque prestam, sem fins lucrativos, atendimento e assessoramento aos beneficirios

    abrangidos por esta lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de seus direitos4.

    Artigo 7o As aes de Assistncia Social, no mbito das entidades e organizaes de

    Assistncia Social, observaro as normas expedidas pelo Conselho Nacional de Assistncia

    Social - CNAS, de que trata o art. 17 desta lei.

    Artigo 9oO funcionamento das entidades e organizaes de Assistncia Social dependede prvia inscrio no respectivo Conselho Municipal de Assistncia Social, ou noConselho de Assistncia Social do Distrito Federal, conforme o caso.

    1oA regulamentao desta lei definir os critrios de inscrio e funcionamento

    das entidades com atuao em mais de um municpio no mesmo Estado, ou em

    mais de um Estado ou Distrito Federal.

    2oCabe ao Conselho Municipal de Assistncia Social e ao Conselho de Assistncia

    Social do Distrito Federal a fiscalizao das entidades referidas no caput na forma

    prevista em lei ou regulamento.

    3oA inscrio da entidade no Conselho Municipal de Assistncia Social, ou no

    Conselho de Assistncia Social do Distrito Federal, condio essencial para o

    encaminhamento de pedido de registro e de certificado de entidade beneficente

    de Assistncia Social junto ao Conselho Nacional de Assistncia Social - CNAS.

    (Redao dada pela Medida Provisria no2.187-13, de 2001).

    4oAs entidades e organizaes de Assistncia Social podem, para defesa deseus direitos referentes inscrio e ao funcionamento, recorrer aos Conselhos

    Nacional, Estaduais, Municipais e do Distrito Federal.

    De acordo com a PNAS/2004 e com a LOAS, so entendidos por servios,conforme art. 23 da LOAS, as atividades continuadas que visam a melhoria da vida dapopulao e cujas aes estejam voltadas para as necessidades bsicas da populao,observando os objetivos, princpios e diretrizes estabelecidas nessa lei. A PolticaNacional de Assistncia Social prev seu ordenamento em rede, de acordo com osnveis de proteo social: bsica e especial de mdia e alta complexidade.

    4O Decreto 6.308, de 14 de dezembro de 2007, dispe sobre as entidades e organizaes de assistncia social, firmando,inclusive, seu conceito, suas caractersticas e espcies.

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    Anlise dos resultados _____________________________________________________________________________________

    Os programas de Assistncia Social, tratados no art. 24 da LOAS, compreendemaes integradas e complementares com objetivos, tempo e rea de abrangnciadefinidos para qualificar, incentivar e melhorar os benefcios e os servios assistenciais.

    Definidos nos arts. 25 e 26 da LOAS, os projetos caracterizam-se como investimentoseconmicos e sociais nos grupos populacionais em situao de pobreza, buscandosubsidiar tcnica e financeiramente iniciativas que lhes garantam meios e capacidadeprodutiva e de gesto para a melhoria das condies gerais de subsistncia, elevaodo padro de qualidade de vida, preservao do meio ambiente e organizao social,articuladas com as demais polticas pblicas. De acordo com a PNAS/2004, esses projetosintegram o nvel de proteo social bsica, podendo, contudo, voltar-se ainda s famliase pessoas em situao de risco, pblico-alvo da proteo social especial.

    Os benefcios assistenciais integram a Poltica de Assistncia Social e seconfiguram como direito do cidado e dever do Estado. Alm disso, so prestadosde forma articulada s seguranas afianadas pela Poltica de Assistncia Social, por

    meio da incluso dos beneficirios e de suas famlias nos servios socioassistenciaise de outras polticas setoriais, ampliando a proteo social e promovendo a superaodas situaes de vulnerabilidade e risco social. Os benefcios se dividem em duasmodalidades direcionadas a pblicos especficos: o Benefcio de Prestao Continuadada Assistncia Social - BPC e os Benefcios Eventuais.

    O Sistema nico de Assistncia Social - SUAS um sistema pblico, em construo,para organizar, de forma descentralizada, o conjunto dos servios socioassistenciaisno Pas (Lei no2.435/2011). O desenho de gesto do SUAS parte da compreensoda matricialidade scio-familiar, da descentralizao poltico-administrativa e daterritorializao, reafirmando as novas bases para relao entre Estado e a SociedadeCivil e para o financiamento e controle social da poltica. A busca por implementar um

    sistema pblico que consolida um modo de gesto compartilhada, o cofinanciamento, acooperao tcnica entre os trs entes federativos, que hierarquiza as aes, uniformizaconceitos no sentido da classificao dos servios especficos de Assistncia Social eestabelece o lugar prprio da rede socioassistencial. As entidades so parte integrante doSUAS e, por isso, necessitam ter vnculo com o sistema para pleitear recursos pblicosda Assistncia Social. E, no que diz respeito lgica da gesto do SUAS, importanteobservar que a relao do Sistema com a rede socioassistencial est regulamentada pormeio da Norma Operacional Bsica do Sistema nico da Assistncia Social - NOB/SUASe de portarias especficas para este fim.

    A PNAS incorpora as entidades prestadoras de Assistncia Social que

    passam a integrar o SUAS, no s como prestadoras complementares de serviossocioassistenciais, mas, tambm, como cogestoras e corresponsveis na luta pelagarantia dos direitos sociais dos usurios da Assistncia Social. O SUAS exige regulaoestatal, normatizao e monitoramento dos padres de ateno socioassistencial.Como menciona a PNAS/2004: Cabe ao poder pblico conferir unidade aos esforossociais a fim de compor uma rede socioassistencial, rompendo com a prtica dasajudas parciais e fragmentadas, caminhando para direitos a serem assegurados deforma integral, com padres de qualidade passveis de avaliao (p.48).

    Conforme a PNAS e o SUAS, prestam servios de Assistncia Social asinstituies que atuam no mbito da proteo social, atendimento direto, vigilnciasocial e defesa de direitos e integram a rede socioassistencial.

    A definio de entidades e organizaes de Assistncia Social, atravs daregulamentao do artigo 3oda LOAS, fundamental para a implementao doSUAS e para o controle social, pois reconhece o carter pblico das aes prestadas

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    As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013

    _______________________________________________________________________________________Primeiros resultados

    pelas entidades sociais, possibilitando sua insero na rede socioassistencial doSUAS, a qualificao dos servios de acordo com os objetivos gerais da PNAS e osprocedimentos de controle social. De acordo com a NOB/SUAS, a rede socioassistencial

    um conjunto integrado de aes de iniciativa pblica e da sociedade que ofertam eoperam benefcios, servios, programas e projetos, o que supe a articulao entretodas estas unidades de proviso de proteo social sob a hierarquia de bsica eespecial e ainda por nveis de complexidade (NOB/2005).

    Conforme regulamenta ainda o art. 3oda LOAS, as entidades de AssistnciaSocial consideradas sem fins lucrativos so caracterizadas em trs tipos: entidadesde atendimento, entidades de assessoramento e entidades de defesa e garantia dedireitos.

    As entidades de atendimento so aquelas que prestam servios, executamprogramas ou projetos e concedem benefcios de prestao social bsica ou especial,dirigidos s famlias e indivduos em situaes de vulnerabilidade ou risco social

    e pessoal, conforme Resoluo CNAS no 109/2005, Resoluo CNAS no33/2011 eResoluo CNAS no34/2011.

    As entidades de assessoramento prestam servios e executam programas ouprojetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e dasorganizaes de usurios, formao e capacitao de lideranas, dirigidos ao pblicoda poltica de Assistncia Social, conforme Resoluo CNAS no27/2011.

    E as entidades de defesa e garantia de direitos prestam servios e executamprogramas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e efetivao dosdireitos socioassistenciais, construo de novos direitos, promoo da cidadania,enfrentamento das desigualdades sociais, articulao com rgos pblicos de defesade direitos, dirigidos ao pblico da poltica de Assistncia Social, conforme ResoluoCNAS no27/2011.

    De acordo com a Pesquisa de Entidades de Assistncia Social Privadas sem FinsLucrativos 2013, existiam no Brasil 14 791 entidades, distribudas de forma bastantedesigual pelo territrio brasileiro. A maior concentrao de entidades estava na RegioSudeste, 52,0%, seguida de pela Regio Sul, com 24,9%, Nordeste, com 13,3%, Centro-Oeste com 7,0% e Norte com 2,9% (Grfico 1).

    %

    2,9

    13,3

    52,0

    24,9

    7,0

    Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

    Grfico 1 - Distribuio percentual de Entidades de Assistncia Social Privadassem Fins Lucrativos, segundo as Grandes Regies - 2013

    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidades

    de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos 2013.

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    Anlise dos resultados _____________________________________________________________________________________

    A grande concentrao de entidades na Regio Sudeste deve-se, principalmente, aparticipao do Estado de So Paulo, que reunia 27,6% destas, e Minas Gerais, com 16,8%,totalizando 44,4% de todas as entidades do Pas em 2013. No outro extremo estavam os

    Estados de Roraima, Amap e Acre que juntos somavam 0,2% das entidades.

    Unidades de Prestao de Servio SocioassistencialAs entidades de Assistncia Social sem fins lucrativos, no que tange abrangncia

    territorial, podem atuar, sob o mesmo CNPJ, em mais de um municpio ou contar com maisde um endereo no mesmo municpio. Quando isso ocorre, significa que alm da sede, aentidade dispe de uma ou mais Unidades de Prestao de Servio Socioassistencial UPS,que representam unidades fsicas de execuo direta de atendimento socioassistencial,vinculada entidade pesquisada e sob sua responsabilidade jurdica.

    Segundo os dados da PEAS 2013, das 14 791 entidades de Assistncia Socialprivadas sem fins lucrativos no Brasil, 93,5% prestavam servio apenas na sede, comconcentrao na Regio Sudeste, com 51,8% do total dessas entidades.

    Dessa forma, o percentual das entidades privadas de Assistncia Social semfins lucrativos no Brasil que contavam com uma ou mais UPS foi de 6,5%, totalizando643 entidades que prestavam servio em uma UPS, 149 em mais duas UPS e 165 emquatro ou mais UPS.

    Em relao s classes de tamanho da populao dos municpios, existia umatendncia de quanto maior a classe de tamanho do municpio, menor o percentualde municpios com entidades privadas de Assistncia Social sem fins lucrativos queexecutavam servios apenas na sede, com exceo das entidades dos municpios commais de 100 001 a 500 000, cujo percentual apresentou uma ligeira elevao se comparadoao da classe anterior. Nas entidades com UPS, essa tendncia se inverte, pois o percentualde entidades cresce medida que aumenta a classe de tamanho da populao em

    praticamente todas as situaes (Tabela 2).

    1 2 3 4 ou mais

    Brasil 93,5 4,3 1,0 0,4 0,7

    Classes de tamanho da populao dos

    municpios

    At 5 000 hab. 98,4 0,8 0,6 0,2 -

    De 5 001 a 10 000 hab. 98,3 1,5 0,1 - 0,1

    De 10 001 a 20 000 hab. 96,5 2,8 0,4 0,2 0,2

    De 20 001 a 50 000 hab. 95,6 3,3 0,5 0,4 0,3

    De 50 001 a 100 000 hab. 92,2 5,6 1,0 0,5 0,7

    De 100 001 a 500 000 hab. 92,6 4,9 1,4 0,4 0,7

    Mais de 500 000 hab. 90,8 5,7 1,5 0,5 1,5

    Grandes Regies

    Norte 92,0 6,4 0,2 0,5 0,9

    Nordeste 93,1 4,7 1,0 0,5 0,7

    Sudeste 93,2 4,4 1,2 0,4 0,9

    Sul 95,1 3,6 0,5 0,3 0,5

    Centro-Oeste 91,8 5,3 1,9 0,2 0,8

    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidades de

    Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos 2013.

    e as Grandes Regies - 2013

    Tabela 2 - Percentual de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,por quantidade de Unidades de Prestao de Servio Socioassistencial,

    Classes de tamanho da

    populao dos municpios

    e

    Grandes Regies

    segundo as classes de tamanho da populao dos municpios

    Percentual de Entidades de Assistncia Social

    Privadas sem Fins Lucrativos

    Apenas

    sede

    Com Unidades de Prestao de

    Servio Socioassistencial

  • 7/25/2019 Peas 2013

    23/73

    As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013

    ____________________________ ___________________________________________________________Primeiros resultados

    reas de atuaoNas entidades privadas sem fins lucrativos os servios oferecidos variam, assim

    como o foco e a principal rea de atuao, prevalecendo, na maioria dos casos, as

    reas da Sade, Educao e Assistncia Social.

    De acordo com os resultados obtidos na PEAS 2013, das 14 791 entidades

    de Assistncia Social privadas sem fins lucrativos no Brasil, 72,6% declararam ter

    a Assistncia Social como sua principal rea de atuao, com destaque para os

    Estados do Acre e Paraba, cujos respectivos percentuais foram de 92,9% e 80,6%.

    A Educao era a segunda rea principal de atuao das entidades (11,0%). Em

    seguida, 6,6% afirmaram atuar principalmente em outras reas, e 4,7% tinham atuao

    predominante na rea da Sade. Alm disso, as entidades que desenvolviam atividades

    preponderantes na rea da Religio (1,7%), de Habilitao/Reabilitao (0,8%), de

    Direitos Humanos (0,9%) e de Cultura e Esporte (1,6%), alcanaram um percentualmenor que 2% (Grfico 2, Tabela de resultado 2).

    %

    Grfico 2 - Percentual das Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,por Grandes Regies, segundo a principal rea de atuao - 2013

    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidades de Assistncia Social Privadas

    sem Fins Lucrativos 2013.

    Assistncia

    Social

    Educao Sade Religio Habilitao/

    Reabilitao

    Direitos

    Humanos

    Cultura e

    Esporte

    Outras

    Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

    72,

    6

    70,

    4

    73,

    1

    74,

    8

    68,

    7

    70,

    7

    11,

    0

    13,

    2

    11,

    0

    11,

    8

    12,

    8

    4,

    7

    3,

    5

    3,

    5

    4,

    6

    5,

    5

    5,

    6

    1,

    72,

    8

    1,

    6

    1,

    8

    1,

    2

    2,

    6

    0,

    8

    1,

    7

    0,

    6

    0,

    7

    0,

    9

    0,

    6

    0,

    9

    2,

    4

    1,

    5

    0,

    6

    0,

    7

    2,

    1

    1,

    6

    1,

    9

    1,

    7

    1,

    1

    3,

    0

    0,

    9

    6,

    6

    4,

    0

    9,

    6

    5,

    5

    8,

    1

    4,

    7

    8,

    4

    Com relao ao recorte regional, interessante observar que o Estado do

    Par destacava-se por ser o nico Estado da Regio Norte que possua entidades de

    Assistncia Social privadas sem fins lucrativos em todas as reas de atuao que

    constavam no questionrio da PEAS 2013, diferenciando-se, dessa forma, dos outros

    Estados da Regio. As demais reas de atuao estavam presentes em entidades nas

    seguintes Unidades da Federao: Educao (Acre, Roraima e Amap), Sade (Acre),

  • 7/25/2019 Peas 2013

    24/73

    Anlise dos resultados _____________________________________________________________________________________

    Religio (Acre e Amap), Habilitao/Reabilitao (Roraima, Amap e Tocantins),

    Direitos Humanos (Acre e Roraima) Cultura e Esporte (Rondnia, Acre e Amazonas),

    e na opo Outras (Acre, Roraima e Amap). Havia entidades com principal rea de

    atuao de Assistncia Social em todas as Unidades da Federao.

    Pblico-alvo e aes desenvolvidas pelasEntidades Privadas de Assistncia Social semFins Lucrativos

    As entidades de Assistncia Social privadas sem fins lucrativos so consideradas

    de Assistncia Social quando seus atos constitutivos definirem expressamente sua

    natureza, seus objetivos, sua misso e seu pblico-alvo, com a caracterizao dos

    grupos que sero atendidos, de acordo com as disposies da Lei no8.742, de 07 dedezembro de 1993. Expressar, em seu relatrio de atividades, os objetivos, a natureza,

    misso e o pblico-alvo, conforme delineado pela Lei Orgnica da Assistncia Social,

    pela Poltica Nacional de Assistncia Social e suas normas operacionais uma das suas

    caractersticas essenciais como dispostos no pargrafo nico do Decreto no6.308/2007

    e complementadas pela Resoluo 191/2005. Constituem instituies voltadas para o

    atendimento de grupos especficos da populao, tais como: crianas, adolescentes e

    jovens, idosos, pessoas com deficincia e outros. Diversas dessas entidades, embora

    se definam por um atendimento especfico a determinado grupo, acabam por agregar

    outros grupos, com diferentes necessidades.

    Na PEAS 2013 foi investigado o pblico-alvo a que se destinava o atendimento

    das entidades, pergunta que admitia mais de uma possibilidade de resposta no

    questionrio da Pesquisa. De acordo com os dados coletados, a maior parte (67,8%)

    das entidades de Assistncia Social privadas sem fins lucrativos tinha como pblico-

    alvo as famlias. Destacava-se tambm o atendimento s crianas de 0 a 12 anos de

    idade (63,2%), seguido do grupo etrio de 13 a 17 anos de idade (59,1%); idosos com

    60 anos ou mais (56,0%); adultos de 30 a 59 anos de idade (51,0%) e jovens de 18 a

    29 anos de idade (50,2%), como mostra o Grfico 3. Por outro lado, apenas 8,3% das

    entidades tinham como pblico-alvo os povos e comunidades tradicionais. Entre as

    Grandes Regies, a Regio Norte apresentou o menor percentual de entidades quecontemplavam esse pblico, 8,0%, seguido da Regio Centro-Oeste, 10,7%, enquanto

    a Regio Sudeste com 35,3% registrou o maior percentual (Tabela de resultado 3).

    Com relao s aes desenvolvidas, as entidades podem executar diretamente

    servios socioassistenciais de forma continuada, permanente e planejada. Elas prestam

    esses servios de acordo com a Tipificao Nacional de Servios Socioassistenciais,

    isto , fazem o encaminhamento dos usurios para programas de transferncia

    de renda, contribuindo para a insero na rede de proteo social de Assistncia

    Social; encaminham os usurios para os servios pblicos, oferecem orientao e

    direcionamento para servios das demais polticas pblicas e fazem a concesso de

    benefcios financeiros ou em produtos.

  • 7/25/2019 Peas 2013

    25/73

    As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013

    _______________________________________________________________________________________Primeiros resultados

    A execuo direta de servios socioassistenciais foi a ao mais citada dentre

    aquelas desenvolvidas pelas entidades de Assistncia Social privadas sem fins

    lucrativos, correspondendo a 12 328 entidades, ou seja, 83,3% do total. Observa-se

    ainda que a Regio Sudeste se sobressaiu com o maior percentual de entidades

    que realizaram essa ao, 85,9%. Nesta Regio destacavam-se ainda os Estados

    de So Paulo e Minas Gerais. Em seguida, as Regies Centro-Oeste e Nordeste,

    respectivamente com 83,8% e 82,4%. Na Regio Norte, 80,1% das entidades declarou

    desenvolver esta ao, enquanto a Regio Sul apresentou o percentual mais baixo,

    78,8% (Grfico 1).

    O encaminhamento dos usurios para os servios pblicos foi a segundaao mais reportada, presente em 65,3% do total de entidades (9 661 entidades).

    Em termos regionais, sua ocorrncia foi mais frequente na Regio Norte (72,6%).

    Na sequncia, observa-se a Regio Nordeste (67,0%), o Sudeste (66,7%) e Centro-

    Oeste (65,6%). O menor percentual de entidades que desenvolviam esse tipo de ao

    estava na Regio Sul, 60,7%.

    A ao de encaminhamento dos usurios para programas de transferncia

    de renda foi realizada por 7 384 entidades (49,9%). Na Regio Norte esta ao era

    mais frequente, atingindo 57,9% das entidades, com destaque para o Estado do Par.

    As Regies Nordeste e Sudeste possuam, respectivamente, 53,3%, e 51,8% das

    entidades informando desenvolver o encaminhamento dos usurios para programasde transferncia de renda. As Regies Sul e Sudeste em termos percentuais

    alcanaram nmero semelhante, respectivamente 44,8% e 44,6%.

    %67,8

    63,2

    59,1

    50,2

    51,0

    56,0

    44,0

    35,7

    35,6

    8,3

    18,5

    25,8

    19,4

    16,2

    Grfico 3 - Percentual de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,

    segundo o pblico alvo - Brasil - 2013

    Conselheiros e/ou lideranas populares

    Populao em situao de rua

    Pessoas com direitos violados e/ou sob risco de violncia

    Usurios de lcool e outras drogas

    Povos e comunidades tradicionais

    Mulheres

    Pessoas idosas com algum grau de dependncia

    Pessoas com deficincia com algum grau de dependncia

    Idosos com 60 anos ou mais

    Famlias

    Crianas de 0 a 12 anos

    Adultos de 30 a 59 anos

    Jovens de 18 a 29 anos

    Adolescentes de 13 a 17 anos

    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidades de Assistncia Social Privadas

    sem Fins Lucrativos 2013.

    Nota: A entidade pode ter mais de um pblico-alvo.

  • 7/25/2019 Peas 2013

    26/73

    Anlise dos resultados _____________________________________________________________________________________

    %

    NorteBrasil Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

    Grfico 4 - Percentual de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,por ao desenvolvida, segundo as Grandes Regies - 2013

    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidadesde Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos 2013.

    Nota: A entidade pode realizar mais de uma ao.

    83,3

    80,

    1

    82,

    4

    85,

    9

    78,

    883,

    8

    49,

    9

    65,

    3 72

    ,6

    67,

    0

    66,

    7

    60,

    765,

    6

    44,

    6

    44,

    849,

    5

    52,

    257,

    9

    53,

    3

    48,

    8

    48,

    4

    51,

    8

    49,7 5

    7,0

    Encaminhamento dos usurios paraprogramas de transferncia de renda

    Execuo direta de servios socioassistenciais

    Concesso de benefcios financeirosou em produtos

    Encaminhamento dos usurios para os servios pblicos

    E, por fim, constata-se a presena da concesso de benefcios financeiros

    ou em produtos em 49,5% (7 319 entidades) das entidades de Assistncia Social

    privadas sem fins lucrativos. No que se refere a anlise regional, o maior percentual

    de entidades que desenvolviam essa ao estava na Regio Centro-Oeste (57,0%),seguida da Regio Norte (52,2%). As demais Regies, Nordeste, Sudeste e Sul

    obtiveram percentual abaixo de 50,0% nesta ao.

    Ao desenvolvida por principal rea de atuaoDe acordo com as informaes da PEAS 2013, Tabela de resultado 7, a principal

    rea de atuao das entidades de assistncia social privadas sem fins lucrativos,

    segundo a ao desenvolvida, era a Assistncia Social. Nesta rea de atuao, o

    percentual de entidades que executavam diretamente servios socioassistenciais erade 88,1%, a esse padro mantido nas demais reas, com exceo das que declararam

    ter Religio como sua principal rea de atuao. Merece nota que a entidade podia

    declarar desenvolver mais de uma ao.

    Com relao as Grandes Regies, tendo como principal rea de atuao a

    Assistncia Social, o maior percentual de entidades que executavam diretamente

    servios socioassistenciais foi na Regio Sudeste, 89,7%. Na sequncia estava a

    Regio Centro-Oeste com 88,8%, e as Regies Nordeste e Norte apresentavam,

    respectivamente, 88,5% e 85,6%. A Regio Sul foi a que apresentou o menor percentual

    (84,6%). Merece nota que a entidade podia declarar desenvolver mais de uma ao.

    Das entidades que informaram a Educao como principal rea de atuao,verificou-se o mesmo padro encontrado rea de Assistncia Social, o maior percentual

    era o de entidades que executavam diretamente servios socioassistenciais. O

  • 7/25/2019 Peas 2013

    27/73

    As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013

    _______________________________________________________________________________________Primeiros resultados

    menor percentual de entidades tendo principal rea de atuao a Educao por ao

    desenvolvida era das entidades que faziam concesso de benefcios financeiros ou

    produtos (40,3%).

    Quanto s entidades que tinham na rea da Sade atuao mais preponderante,a ao menos frequente foi o encaminhamento dos usurios para programas de

    transferncia de renda (36,9%).

    A ao de concesso de benefcios financeiros ou em produtos apresentou o

    maior percentual (67,5%,3%) onde a principal rea de atuao a Religio, enquanto o

    encaminhamento dos usurios para programas de transferncia de renda apresentou

    o percentual mais baixo, 23,8%.

    As aes desenvolvidas em Habilitao/Reabilitao e Direitos Humanos como

    principais reas de atuao, apresentavam o mesmo padro encontrado na rea

    da Sade.

    Servios socioassistencias das Entidades deAssistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos

    Para assegurar a concepo de sistema nico instituda pelo Sistema nico

    de Assistncia Social - SUAS, faz-se necessrio que a poltica de Assistncia Social,

    cuja execuo ocorre de forma descentralizada, preserve nacionalmente certo grau

    de uniformidade quanto ao tipo e padres dos servios ofertados populao. Neste

    sentido, vale destacar que o Conselho Nacional de Assistncia Social aprovou, em

    11 de novembro de 2009, a Resoluo no109, que instituiu a Tipificao Nacional deServios Socioassistenciais, conforme as deliberaes da VI Conferncia Nacional de

    Assistncia Social, realizada em Braslia em 2007, e as metas do Plano Decenal de

    Assistncia Social. O documento define o rol de servios socioassistenciais que deve

    ser ofertado no mbito da poltica pblica de Assistncia Social e estabelece alguns

    padres para a organizao e a execuo dos mesmos. A tipificao preenche a lacuna

    de regulamentao dos servios e cria uma identidade para estes, que passaram a

    ter uma unidade nacional. Consiste, portanto, em referncias fundamentais para a

    poltica de Assistncia Social no que tange implementao ou adequao dos

    servios, configurando-se assim em um importante marco para a gesto da poltica.

    Consequentemente, a padronizao dos servios abre caminhos para a delimitaode uma rede de servios socioassistenciais, ao permitir identificar aes e servios

    em conformidade com as aes e programas previstos no SUAS.

    No que tange s entidades privadas sem fins lucrativos, o poder pblico exige

    a conformidade dos servios ofertados s instrues contidas no texto da Tipificao

    Nacional dos servios socioassistenciais (Resoluo no 109, de 2009). Segundo

    dados da PEAS 2013, do total das entidades que a pesquisa investigou (14 791),

    83,3% (12 328) executavam diretamente servio socioassistencial. Este percentual

    alcanava mais de 80,0% das entidades em quase todas as classes de tamanho dos

    municpios e Grandes Regies, com exceo das entidades dos municpios com

    at 5 000 habitantes e as da Regio Sul, cujos percentuais eram respectivamente

    74,1% e 78,8%.

  • 7/25/2019 Peas 2013

    28/73

    Anlise dos resultados _____________________________________________________________________________________

    O destaque foi o Estado de Roraima, com o menor percentual (50,0%) deentidades existentes que executavam diretamente servio socioassistencial. Osmaiores percentuais estavam nos Estados de Alagoas, com 89,3%; So Paulo, com87,3%; Sergipe, com 87,2% e Pernambuco, com 86,9%.

    De 50 001 a 100 000

    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidades

    de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos 2013.

    %

    Brasil

    De 5 001 a 10 000

    De 10 001 a 20 000

    At 5 000

    De 20 001 a 50 000

    De 100 001 a 500 000

    Norte

    Nordeste

    Sul

    Sudeste

    Centro-Oeste

    Mais de 500 000

    83,374,1

    83,5

    82,4

    83,5

    84,6

    83,6

    84,0

    80,1

    82,4

    85,9

    78,8

    83,8

    16,725,9

    16,5

    17,6

    16,5

    15,4

    16,4

    16,0

    19,9

    17,6

    14,1

    21,2

    16,2

    Executam diretamente servio No executam diretamente servios

    Grfico 5 - Percentual de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativoscom execuo direta de servios socioassistenciais, segundo as classes de tamanho da

    populao dos municpios e as Grandes Regies - 2013

    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidades

    de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos 2013.

    %

    Grfico 6 - Percentual de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativoscom execuo direta de servios socioassistenciais, segundo as Unidades da Federao

    em ordem decrescente - 2013

    Alagoas

    So Paulo

    Sergipe

    Pernambuco

    Distrito Federal

    Minas Gerais

    Gois

    Rio de Janeiro

    Esprito Santo

    Mato Grosso

    Bahia

    Mato Grosso do Sul

    Par

    Rondnia

    Cear

    Paraba

    Paran

    Amazonas

    Tocantins

    Acre

    Rio Grande do Sul

    Santa Catarina

    Maranho

    Piau

    Rio Grande do Norte

    Amap

    Roraima

    75,3

    79,5

    82,1

    80,0

    79,6

    89,3

    87,3

    87,2

    86,9

    86,1

    84,4

    84,3

    84,1

    83,9

    83,1

    83,0

    82,0

    80,7

    80,7

    79,8

    78,6

    78,2

    78,1

    77,2

    75,0

    72,7

    50,0

  • 7/25/2019 Peas 2013

    29/73

    As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013

    _______________________________________________________________________________________Primeiros resultados

    Segundo o Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome - MDS o

    novo modelo de gesto da poltica de Assistncia Social supe um pacto federativo,

    com a definio de competncias e responsabilidades dos entes das trs esferas

    de governo (federal, estadual e municipal) e a participao da sociedade civil. Estsendo implantado por meio de uma nova lgica de organizao das aes, com

    a definio de nveis de complexidade do sistema: Proteo Social Bsica - PSB e

    Proteo Social Especial - PSE de mdia e alta complexidade com a referncia no

    territrio, considerando as especificidades das regies e portes de municpios e com

    centralidade na famlia.

    As opes de servios socioassistenciais aplicados no questionrio da PEAS

    2013 correspondem a Tipificao Nacional de Servios Socioassistenciais, no sendo

    mencionados o Servio de Proteo e Atendimento Integral Famlia - PAIF e o

    Servio de Proteo e Atendimento Especializado a Famlias e Indivduos - PAEFIque

    so implementados exclusivamente pela esfera pblica, ou seja, no so articuladospelas entidades privadas sem fins lucrativos. J o Assessoramento/Defesa e Garantia

    de Direitos foram includos nas opes, porm, conforme mencionado na Resoluo

    CNAS n 27/2011, considerou-se mais adequado caracteriz-los do que tipific-los a

    fim de estabelecer conceitos e parmetros para o reconhecimento dessas atividades

    no mbito da Assistncia Social.

    Servio social de proteo bsicaA preveno de situaes de risco por intermdio do desenvolvimento de

    potencialidades e aquisies e o fortalecimento de vnculos familiares e comunitrios

    so os objetivos da Proteo Social Bsica - PSB do Sistema nico de Assistncia Social- SUAS. Esse nvel de proteo destinado para a populao que vive em situao de

    vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privao (ausncia de renda, precrio

    ou nulo acesso aos servios pblicos, entre outros) e/ou fragilizao de vnculos

    afetivos relacionais e de pertencimento social (discriminaes etrias, tnicas, de

    gnero ou por deficincias, entre outras). Alm disso, prev o desenvolvimento de

    servios, programas e projetos locais de acolhimento, convivncia e socializao

    de famlias e de indivduos, conforme identificao da situao de vulnerabilidade

    apresentada. E dever incluir as pessoas com deficincia, organizando-as em rede,

    de modo a inseri-las nas diversas aes ofertadas.

    Entre os Servios de Proteo Social Bsica ofertados pelas entidades privadassem fins lucrativos esto o Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos e o

    Servio de Proteo Social Bsica no Domiclio para Pessoas com Deficincia e Idosas.

    O Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos o servio realizado em

    grupos, organizado a partir de percursos, de modo a garantir aquisies progressivas

    aos seus usurios, de acordo com o seu ciclo de vida, a fim de complementar o

    trabalho social com famlias e prevenir a ocorrncia de situaes de risco social. Trata-

    se de uma forma de interveno social planejada que cria situaes desafiadoras,

    estimula e orienta os usurios na construo e reconstruo de suas histrias e

    vivncias individuais e coletivas, na famlia e no territrio.

    Dentre as entidades privadas sem fins lucrativos que executavam diretamenteservios socioassistenciais (12 328), o Servio de Convivncia e Fortalecimento

    de Vnculos era ofertado por 79,7% das entidades, e em 83,0% das entidades dos

  • 7/25/2019 Peas 2013

    30/73

    Anlise dos resultados _____________________________________________________________________________________

    municpios de 5 001 a 10 000 habitantes. Entre as Grandes Regies, 81,0% e 79,9%

    dessas entidades realizavam Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos

    na Regio Sudeste e Norte, respectivamente. Nesta Regio estavam os Estados com

    o menor e maior percentual das entidades que ofertavam esse servio, Amap eAmazonas, com, respectivamente 62,5% e 89,7% (Grfico 7 e Tabela de resultado 5).

    O Servio de Proteo Social Bsica no Domiclio para Pessoas com Deficincia

    e Idosas tem por finalidade a preveno de agravos que possam provocar o

    rompimento de vnculos familiares e sociais dos usurios. Ele visa a garantia de

    direitos, o desenvolvimento de mecanismos para a incluso social, a equiparao

    de oportunidades e a participao e o desenvolvimento da autonomia das pessoas

    com deficincia e pessoas idosas, a partir de suas necessidades e potencialidades

    individuais e sociais, prevenindo situaes de risco, a excluso e o isolamento.

    Este servio era ofertado por 26,2% das entidades de Assistncia Social privadas

    sem fins lucrativos que executavam diretamente servios socioassistenciais, e em

    41,3% dessas entidades dos municpios com at 5 000 habitantes. Entre as Grandes

    Regies, a Regio Sul se destacou com 32,8% dessas entidades com oferta desse

    servio, seguida pela Regio Norte onde o servio era ofertado em 31,6% dessas

    entidades. Com relao s Unidades da Federao, nos Estados do Amap e Alagoas

    estavam os menores percentuais, respectivamente 12,5% e 13,4%, e em Tocantins o

    maior percentual, 40,9% (Grfico 7 e Tabela de resultado 5).

    %

    Grfico 7 - Percentual de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos comexecuo direta de servios, por tipo de servio social de proteo bsica, segundo as

    classes de tamanho da populao dos municpios e as Grandes Regies - 2013

    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidadesde Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos 2013.

    Servio de proteo bsica no domiclio

    para pessoas com deficincia e idosasServio de convivncia e

    fortalecimento de vnculos

    Brasil

    At5000

    De5001a10000

    De10001a20000

    De20001a50000

    De50001a100000

    De100001a500000

    Maisde500000

    Norte

    Nordeste

    Sudeste

    Sul

    Centro-Oeste

    79,7

    78,6

    83,0

    79,4

    80,4

    80,1

    79,2

    78,9

    79,9

    78,5

    81,0

    77,9

    77,6

    26,2

    41,3

    37,3

    36,7

    31,6

    27,4

    22,9

    16,9

    31,6

    22,5

    23,6

    32,8

    29,5

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    31/73

    As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013

    _______________________________________________________________________________________Primeiros resultados

    Servio social de proteo especial de mdia e altacomplexidade

    A Proteo Social Especial - PSE do Sistema nico de Assistncia Social destinada a famlias e indivduos que se encontram em situao de risco pessoal

    e social, por ocorrncia de abandono, maus tratos fsicos e/ou psquicos, abuso

    sexual, uso de substncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas,

    situao de rua, situao de trabalho infantil, entre outras situaes de violao

    dos direitos. Os servios de proteo social especial tm estreita interface com o

    sistema de garantia de direito, exigindo, muitas vezes, uma gesto mais complexa e

    compartilhada com o Poder Judicirio, o Ministrio Pblico e outros rgos.

    No caso da proteo social especial h dois nveis de complexidade: mdia

    e alta. So considerados servios de mdia complexidade aqueles que oferecem

    atendimento s famlias e aos indivduos com seus direitos violados, mas cujosvnculos familiares e comunitrios no foram rompidos. Os servios de proteo

    social especial de alta complexidade so aqueles que garantem proteo integral

    moradia, alimentao, higienizao e trabalho protegido para famlias e indivduos

    que se encontram sem referncia e/ou em situao de ameaa, necessitando serem

    retirados do convvio familiar e/ou comunitrio.

    Entre os Servios de Proteo Social Especial ofertados pelas entidades

    privadas sem fins lucrativos esto: de mdia complexidade, o Servio Especializado

    em Abordagem Social, Servio de proteo social a adolescentes em cumprimento

    de medida socioeducativa de Liberdade Assistida - LA e de Prestao de Servios

    Comunidade - PSC, Servio de Proteo Social Especial para Pessoas com Deficincia,Idosas e suas Famlias e o Servio Especializado para Pessoas em Situao de Rua; de

    alta complexidade, o Servio de Acolhimento Institucional, Servio de Acolhimento

    em Repblica, Servio de Acolhimento em Famlia Acolhedora e o Servio de

    proteo em situaes de calamidades pblicas e de emergncias.

    O Servio Especializado em Abordagem Social um servio ofertado de

    forma continuada e programada, com a finalidade de assegurar trabalho social de

    abordagem e busca ativa que identifique nos territrios, a incidncia de trabalho

    infantil, explorao sexual de crianas e adolescentes, situao de rua, dentre

    outras. Devero ser consideradas praas, entroncamento de estradas, fronteiras,

    espaos pblicos onde se realizam atividades laborais, locais de intensa circulaode pessoas e existncia de comrcio, terminais de nibus, trens, metr e outros. O

    servio deve buscar a resoluo de necessidades imediatas e promover a insero

    na rede de servios socioassistenciais e das demais polticas pblicas na perspectiva

    da garantia dos direitos.

    Dentre as entidades privadas sem fins lucrativos que executavam diretamente

    servios socioassistenciais, o Servio Especializado em Abordagem Social era

    ofertado por 28,8% dessas entidades, e em 32,8% dessas entidades dos municpios

    de 50 001 a 100 000 habitantes. Entre as Grandes Regies, a Regio Norte se destacou

    com 39,5% dessas entidades ofertando esse servio. Com relao s Unidades da

    Federao, nos Estados do Amap e Rondnia estavam os menores percentuaisdessas entidades que ofertavam esse servio, respectivamente 12,5% e 18,3%, e no

    Par esse percentual foi o maior observado, 49,6% (Tabela 3 e Tabela de resultado 5).

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    Anlise dos resultados _____________________________________________________________________________________

    Especializado

    em abordagem

    social

    De proteo social

    a adolescentes em

    cumprimento de

    medida socioedu-

    cativa de liberdade

    assistida e presta-

    o de servios

    comunidade

    De proteo

    especial

    para pessoas

    com deficincia,

    idosas e suas

    famlias

    Especializado

    para pessoas

    em situao

    de rua

    Brasil 28,8 15,8 28,9 12,4

    Classes de tamanho da populao

    dos municpios

    At 5 000 hab. 30,2 14,0 38,6 9,5

    De 5 001 a 10 000 hab. 30,9 20,2 41,7 10,8

    De 10 001 a 20 000 hab. 29,7 16,9 41,8 10,9

    De 20 001 a 50 000 hab. 29,8 18,2 34,1 11,8

    De 50 001 a 100 000 hab. 32,8 15,2 30,0 14,3

    De 100 001 a 500 000 hab. 27,0 14,4 24,7 12,5

    Mais de 500 000 hab. 27,0 14,5 19,5 13,1

    Grandes Regies

    Norte 39,5 18,9 34,5 12,7

    Nordeste 29,5 19,4 25,1 16,0

    Sudeste 28,3 14,1 27,1 11,8

    Sul 28,5 16,4 33,5 10,7

    Centro-Oeste 28,8 18,3 32,3 15,5

    De

    acolhimento

    institucional

    De

    acolhimento

    em repblica

    De

    famlia

    acolhedora

    De

    proteo em

    situaes de

    calamidades

    pblicas

    e de

    emergncias

    Brasil 27,0 3,2 5,2 19,3

    Classes de tamanho da populao

    dos municpios

    At 5 000 hab. 21,4 3,2 6,6 25,7 De 5 001 a 10 000 hab. 28,8 2,8 6,9 23,3

    De 10 001 a 20 000 hab. 28,6 2,9 5,8 20,7

    De 20 001 a 50 000 hab. 30,4 3,8 5,9 21,4

    De 50 001 a 100 000 hab. 29,9 3,4 6,5 22,7

    De 100 001 a 500 000 hab. 27,4 3,0 4,5 18,4

    Mais de 500 000 hab. 22,7 3,1 4,0 15,1

    Grandes Regies

    Norte 28,6 9,1 8,6 21,8

    Nordeste 25,5 3,5 9,5 23,1

    Sudeste 29,1 2,8 4,2 16,7

    Sul 22,1 2,9 4,7 23,1

    Centro-Oeste 28,7 3,9 5,0 18,7

    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidades de

    Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos 2013.

    Classes de tamanho da

    populao dos municpios

    e

    Grandes Regies

    Percentual de Entidades de Assistncia Social Privadas sem FinsLucrativos, que executavam servios socioassistenciais,

    por tipo do servio

    e as Grandes Regies - 2013

    Tabela 3 - Percentual de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,que executavam servios socioassistenciais, por tipo do servio,

    Classes de tamanho da

    populao dos municpios

    e

    Grandes Regies

    segundo as classes de tamanho da populao dos municpios

    Percentual de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins

    Lucrativos, que executavam servios socioassistenciais,

    por tipo do servio

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    As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013

    _______________________________________________________________________________________Primeiros resultados

    O Servio de Proteo Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida

    Socioeducativa de Liberdade Assistida - LA e de Prestao de Servios Comunidade

    - PSC tem por finalidade prover ateno socioassistencial e acompanhamento a

    adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto,determinadas judicialmente. Para a oferta do servio faz-se necessrio a observncia

    da responsabilizao face ao ato infracional praticado. Do total de entidades que

    executavam servios diretamente, este servio foi ofertado por 15,8% e em 20,2% das

    entidades dos municpios de 5 001 a 10 000 habitantes. A Regio Nordeste foi a que

    apresentou o maior percentual dessas entidades que ofertaram esse servio, 19,4%.

    Esse percentual atingiu seu maior valor no O Estado da Paraba, 35,6%, e menores

    valores no Estado do Acre e de Alagoas (respectivamente 9,1% e 9,0%) (Tabela 3 e

    Tabela de resultado 5).

    O Servio de Proteo Social Especial para Pessoas com Deficincia, Idosas e

    suas Famlias oferece atendimento especializado a famlias onde haja pessoas comdeficincia e idosos com algum grau de dependncia, que tiveram suas limitaes

    agravadas por violaes de direitos, tais como: explorao da imagem, isolamento,

    confinamento, atitudes discriminatrias e preconceituosas no seio da famlia, falta de

    cuidados adequados, desvalorizao da potencialidade/capacidade da pessoa, dentre

    outras que agravam a dependncia e comprometem o desenvolvimento da autonomia.

    Este servio era ofertado por 28,9% das entidades que executavam servios

    diretamente. Alm disso, 41,8% dessas entidades ofertavam esse servio nos

    municpios de 10 001 a 20 000 habitantes e 34,5% ofertavam esse servio na Regio

    Norte. Esse percentual era maior no Estado do Tocantins ,50,0% e menor nos Estado

    do Amap e de Pernambuco, respectivamente 12,5% e 19,2 (Tabela 3 e Tabela deresultado 5).

    O Servio Especializado para Pessoas em Situao de Rua um servio ofertado

    para aqueles que utilizam as ruas como espao de moradia e/ou sobrevivncia. Tem a

    finalidade de assegurar atendimento e atividades direcionadas para o desenvolvimento

    de sociabilidades, na perspectiva de fortalecimento de vnculos interpessoais e/ou

    familiares que oportunizem a construo de novos projetos de vida. O Servio de

    Abordagem Social tem uma relao direta com este servio.

    Das entidades que executavam diretamente servios socioassistenciais, 12,4%

    ofertavam este servio. Esse percentual era de 14,3% nos municpios de 50 001 a

    100 000 habitantes e 16,0% na Regio Nordeste. O Estado da Paraba tinha o maior

    percentual dessas entidades que ofertavam este servio, 36,4%, e os Estado de Roraima

    e do Amap no tinham nenhuma entidade que ofertasse o servio (Tabela 3 e Tabela

    de resultado 5).

    O Servio de Acolhimento Institucional, por sua vez, o acolhimento em

    diferentes tipos de equipamentos sociais, destinado a famlias e/ou indivduos com

    vnculos familiares rompidos ou fragilizados, a fim de garantir proteo integral. J

    o Servio de Acolhimento em Repblica um servio que oferece proteo, apoio

    e moradia subsidiada a grupos de pessoas maiores de 18 anos de idade em estado

    de abandono, situao de vulnerabilidade e risco pessoal e social, com vnculos

    familiares rompidos ou extremamente fragilizados e sem condies de moradia e

    autossustentao.

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    Anlise dos resultados _____________________________________________________________________________________

    O Servio de Acolhimento em Famlia Acolhedora o servio que organiza o

    acolhimento de crianas e adolescentes, afastados da famlia por medida de proteo,

    em residncia de famlias acolhedoras cadastradas. previsto at que seja possvel

    o retorno famlia de origem ou, na sua impossibilidade, o encaminhamento paraadoo. O servio o responsvel por selecionar, capacitar, cadastrar e acompanhar

    as famlias acolhedoras, bem como realizar o acompanhamento da criana e/ou

    adolescente acolhido e sua famlia de origem.

    Por fim, o servio de proteo em situaes de calamidades pblicas e de

    emergncias promove apoio e proteo populao atingida por situaes de

    emergncia e calamidade pblica, com a oferta de alojamentos provisrios, atenes

    e provises materiais, conforme as necessidades detectadas. Assegura a realizao

    de articulaes e a participao em aes conjuntas de carter intersetorial para a

    minimizao dos danos ocasionados e o provimento das necessidades verificadas.

    O servio de acolhimento institucional era ofertado por 27,0% das entidadesprivadas sem fins lucrativos que executavam diretamente servios socioassistenciais,

    executado por 45,5% dessas entidades do Estado da Paraba e nenhuma das entidades

    do Amap ofertava o servio.

    Os servios de acolhimento em Repblica e em famlia acolhedora eram

    mais escassos nas entidades de Assistncia Social privadas sem fins lucrativos,

    respectivamente 3,2% e 5,2% do total de entidades que executavam diretamente

    servios. O servio de acolhimento em Repblica era ofertado na Regio Norte por

    9,1% dessas entidades, enquanto na Regio Sul por 2,9%. A observao da frequncia

    desse servio por Unidades da Federao permite notar que no Estado do Par

    encontra-se o maior percentual dessas entidades ofertando esse servio, 14,2%. Porsua vez, no Amap no havia oferta em nenhuma entidade. No servio de acolhimento

    em famlia acolhedora o destaque era o Estado da Paraba (31,8%) e o Estado do

    Amazonas (15,4%) com os maiores percentuais de famlias cadastradas. Por outro

    lado, Roraima destacava-se por no possuir nenhuma famlia cadastrada ofertando

    o servio. (Grfico 8 e Tab