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2013
As entidades deAssistncia social
privadas sem fins lucrativos no brasil
Primeiros resultados
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Presidenta da RepblicaDilma Rousseff
Ministra do Planejamento, Oramento e GestoMiriam Belchior
INSTITUTO BRASILEIRODE GEOGRAFIA EESTATSTICA - IBGE
PresidentaWasmlia Socorro Barata Bivar
Diretor-ExecutivoFernando J. Abrantes
RGOS ESPECFICOS SINGULARES
Diretoria de PesquisasRoberto Lus Olinto Ramos
Diretoria de GeocinciasWadih Joo Scandar Neto
Diretoria de InformticaPaulo Csar Moraes Simes
Centro de Documentao e Disseminao de InformaesDavid Wu Tai
Escola Nacional de Cincias EstatsticasMaysa Sacramento de Magalhes
UNIDADE RESPONSVEL
Diretoria de Pesquisas
Coordenao de Populao e Indicadores SociaisBarbara Cobo Soares (em exerccio)
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Ministrio do Planejamento, Oramento e GestoInstituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE
Diretoria de PesquisasCoordenao de Populao e Indicadores Sociais
As Entidades de Assistncia Social Privadassem Fins Lucrativos no Brasil
2013
Primeiros resultados
Rio de Janeiro2014
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Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE
Av. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil
ISBN 978-85-240-4332-1 (meio impresso)
IBGE. 2014
Elaborao do arquivo PDFRoberto Cavararo
Produo de multimdiaHelena Maria Mattos PontesLGonzagaMrcia do Rosrio BraunsMarisa Sigolo MendonaMnica Pimentel Cinelli Ribeiro
Roberto Cavararo
CapaUbirat O. dos Santos - Coordenao de MarketingMarcelo Thadeu Rodrigues - Gerncia de EditoraoCentro de Documentao e Disseminao de Informaes - CDDI
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Sumrio
Apresentao
Introduo
Notas tcnicas
Objetivos
Unidade de investigao e informantes
Perodo de referncia
Abrangncia geogrfica
Instrumentos de coleta
Coleta dos dados e apurao
Disseminao dos resultados
Anlise dos resultados
Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos
Unidades de Prestao de Servio Socioassistencial
reas de atuao
Pblico-alvo e aes desenvolvidas pelas Entidades de AssistnciaSocial Privadas sem Fins Lucrativos
Ao desenvolvida por principal rea de atuao
Servios socioassistenciais das Entidades de Assistncia SocialPrivadas sem Fins Lucrativos
Servio social de proteo bsica
Servio social de proteo especial de mdia ealta complexidade
Assessoramento/defesa e garantia de direitos
rea de atuao das Entidades de Assistncia Social Privadas
sem Fins Lucrativos, segundo o servio socioassistencialprestado
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As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013
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Tabelas de resultados
1 - Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,total e por quantidade de Unidades de Prestao de Servio
Socioassistencial, segundo as classes de tamanho da populaodos municpios, as Grandes Regies, as Unidades da Federao e asRegies Metropolitanas - 2013
2 -Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,total e por principal rea de atuao, segundo as classes de tamanhoda populao dos municpios, as Grandes Regies, as Unidades daFederao e as Regies Metropolitanas - 2013
3 -Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,total e por pblico-alvo, segundo as classes de tamanho dapopulao dos municpios, as Grandes Regies, as Unidades da
Federao e as Regies Metropolitanas - 20134 -Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,total e por ao desenvolvida pela entidade, segundo as classesde tamanho da populao dos municpios, as Grandes Regies, asUnidades da Federao e as Regies Metropolitanas - 2013
5 -Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos, totale por tipo de servio socioassistencial prestado, segundo as classesde tamanho da populao dos municpios, as Grandes Regies, asUnidades da Federao e as Regies Metropolitanas - 2013
6 -Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,
total e por principal rea de atuao, segundo as Grandes Regies eo servio socioassistencial prestado - 2013
7 - Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,total e por principal rea de atuao, segundo as Grandes Regies ea ao desenvolvida - 2013
Referncias
Anexo
Questionrio da Pesquisa de Entidades de Assistncia SocialPrivadas sem Fins Lucrativos 2013
Glossrio
Convenes- Dado numrico igual a zero no resultante
de arredondamento;
.. No se aplica dado numrico;
... Dado numrico no disponvel;
x Dado numrico omitido a fim de evitar a individualizao dainformao;
0; 0,0; 0,00 Dado numrico igual a zero resultante de arredondamento de
um dado numrico originalmente positivo; e-0; -0,0; -0,00 Dado numrico igual a zero resultante de arredondamento de
um dado numrico originalmente negativo.
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Apresentao
OInstituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE, em parceriacom o Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome,apresenta, nesta publicao, a metodologia aplicada e os resultadosda Pesquisa de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins
Lucrativos - PEAS 2013A primeira PEAS foi realizada em 2006, e esta segunda edioda pesquisa, com ano de referncia 2013, contribui com um novolevantamento estatstico sobre o mbito da Assistncia Social privadapraticada em todo o Brasil, com importantes mudanas no seuplanejamento e forma de execuo.
A cargo da Coordenao de Populao e Indicadores Sociais daDiretoria de Pesquisas, a PEAS 2013 foi planejada para ser executadaem duas fases complementares: as Etapas I e II. A Etapa I, objetodeste volume, orientou-se por verificar e atualizar dados cadastrais,mapear as entidades que pertencem rea de atuao da Assistncia
Social e examinar um conjunto de informaes bsicas, tais como:pblico-alvo, abrangncia territorial e servios socioassistenciaisprestados. A Etapa II, ainda a ser divulgada, compreende uma gamabem mais ampla e detalhada de informaes sobre a atuao, aestrutura e o funcionamento das entidades. Em ambas as etapas, aoperao de coleta ocorre, exclusivamente, por meio de entrevistatelefnica assistida por computador, modalidade de coleta estatsticaa distncia, centralizada, utilizada com xito em pesquisas econmicase de verificao cadastral do IBGE. A PEAS 2013 , portanto, a primeirapesquisa social do IBGE nesta modalidade.
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Com base na seleo feita a partir do Cadastro Central de Empresas - CEMPRE, doIBGE, foram entrevistadas as entidades ativas com atuao exclusiva ou preponderantena Assistncia Social, as entidades que desenvolvem servios, programas, projetos
ou ofertam benefcios socioassistenciais com atuao no preponderante na rea e,ainda, as que atendem ao carter de vinculao ao Sistema nico de Assistncia Social- SUAS, em funo de prvia inscrio no Conselho de Assistncia Social Municipalou do Distrito Federal.
Esta publicao oferece em sua anlise de resultados um quadro geral dasEntidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos em todo o TerritrioNacional, delimitadas segundo os critrios anteriormente relacionados. As tabelas deresultados compreendem dados para Brasil, Grandes Regies, Unidades da Federao,Regies Metropolitanas e classes de tamanho da populao dos municpios, com basenas estimativas de populao residente em 1ode julho.
Roberto Lus Olinto Ramos
Diretor de Pesquisas
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Introduo
APoltica Nacional de Assistncia Social - PNAS, aprovada, em2004, pelo Conselho Nacional de Assistncia Social, compreendea consolidao do acesso Assistncia Social em todo o Territrio
Nacional, visando garantir a efetividade dos direitos universais. A
implantao e a consolidao do Sistema nico de Assistncia Social- SUAS, principal objetivo da PNAS, bem como a gesto da rede de
servios, composta por unidades de Assistncia Social pblicas e
privadas, implica a produo, a sistematizao e a disseminao de
informaes consistentes, especficas e atualizadas.
A primeira edio da Pesquisa de Entidades de Assistncia
Social Privadas sem Fins Lucrativos - PEAS 2006 consistiu em um
levantamento pioneiro sobre a rede privada de Assistncia Social
no Pas, tendo sido realizada em convnio com o Ministrio do
Desenvolvimento Social e Combate Fome, assim como esta nova
edio, PEAS 2013. Em ambas, a definio dos objetivos e a formulaodo contedo resultam da reflexo conjunta entre os tcnicos do IBGE
e do Ministrio envolvidos, cuja experincia traduz o processo de
profissionalizao da administrao pblica brasileira e se insere no
histrico de cooperao entre os dois rgos1.
Sob a responsabilidade da Coordenao de Populao e
Indicadores Sociais da Diretoria de Pesquisas do IBGE, a PEAS 2013
foi executada em duas etapas, em sequncia. O Cadastro Bsico de
Seleo da primeira etapa, formado por 36 782 entidades, foi gerado
1Para maiores informaes, consultar o Suplemento de Segurana Alimentar da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domiclios - PNAD, realizada em 2004 e 2009; o Suplemento de Assistncia Social daPesquisa de Informaes Bsicas Municipais -MUNIC, realizada em 2005, 2009 e 2013; e o Suplementode Assistncia Social da Pesquisa de Informaes Bsicas Estaduais - ESTADIC, realizada em 2012.Essas fontes de informao encontram-se listadas nas Referncias, ao final da publicao.
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As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013
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com base no estudo sobre as Fundaes Privadas e Associaes sem Fins Lucrativos
- FASFIL, a partir dos dados do Cadastro Central de Empresas - CEMPRE, do IBGE (AS
FUNDAES..., 2012). Esto reunidas as unidades locais, criadas at 2012, classificadas
no grupo 05 - Assistncia Social e, dentro do grupo 09 - Desenvolvimento e defesa de
direitos, nos subgrupos 09.5 - Defesa de direitos de grupo e minorias e 09.6 - Outras
formas de desenvolvimento e defesa de direitos, com base na Classificao dos
Objetivos das Instituies sem Fins Lucrativos a Servio das Famlias (Classification
of the Purposes of Non-Profit Institutions Serving Households - COPNI), adequada s
necessidades do estudo.
Na Etapa I, objeto deste volume, a pesquisa orienta-se por verificar e atualizar
dados cadastrais, mapear as entidades que pertencem rea de atuao da Assistncia
Social e registrar os servios socioassistenciais prestados, tanto os abrangidos pelaTipificao Nacional dos Servios Socioassistenciais (Resoluo CNAS no109, de
11.11.2009), incluindo-se o assessoramento e/ou defesa e garantia de direitos, como
outras formas de prestao de servio. Alm disso, prope-se a examinar um conjunto
de informaes especficas, tais como: pblico-alvo atendido, gesto financeira e
abrangncia territorial.
Com vistas a estabelecer a abrangncia territorial dos servios desenvolvidos,
foi criada a categoria Unidade de Prestao de Servio Socioassistencial - UPS, que
representa um outro endereo onde h prestao de servio, vinculado entidade/
unidade local pesquisada e sob sua responsabilidade jurdica. Assim, a Unidade de
Prestao de Servio Socioassistencial, quando for o caso, conta como nova unidade
de investigao e as Fichas de UPS, como instrumento de coleta complementar.
A Etapa II, ainda a ser divulgada, compreende um escopo bem mais amplo
e detalhado de informaes sobre a atuao, a estrutura e o funcionamento das
entidades. So examinadas informaes, tais como: pblico-alvo; forma de chegada
e encaminhamento dos usurios; critrio de seleo para atendimento; atividades e
objetivos do servio; cobertura e forma de registro dos atendimentos; alm de dados
sobre a oferta de benefcios e de alimentao, recursos humanos e outras. Acresce quecada Unidade de Prestao de Servio Socioassistencial cadastrada na fase anterior
torna-se uma unidade informante na Etapa II, a par das entidades/unidades locais a
que esto vinculadas, para obteno de informaes mais desagregadas.
A PEAS 2013 consistiu em consulta direta aos informantes nas entidades/
unidades locais, por meio de ligao telefnica via Sistema CATI2, e o resultado do
trabalho de Agentes e Supervisores de Pesquisa lotados na Coordenao de Entrevistas
Telefnicas Assistidas por Computador, da Diretoria de Pesquisas, responsveis pela
coleta e entrada de dados centralizada.
2 CATI o acrnimo para Computer Assisted Telephone Interviewing, que significa Entrevista Telefnica Assistida porComputador, uma tcnica de pesquisa estatstica realizada por meio do telefone.
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Notas tcnicas
OIBGE, na posio de principal rgo produtor de estatsticasde natureza econmica, social e demogrfica no Pas, busca,continuamente, aperfeioar seu sistema de levantamentos deinformaes. No esforo permanente de garantir a excelncia do seu
trabalho, o IBGE atualiza conceitos, metodologias e tecnologias, valendo-se da prpria experincia, adquirida ao longo dos anos, bem como deexperincias reunidas por institutos de estatstica internacionais deatestada competncia e tambm de recomendaes metodolgicas econceituais de organizaes e instncias internacionais.
No entanto, para os mesmos fins de garantir a qualidade e aeficincia da produo das estatsticas oficiais sob sua responsabilidade,o Instituto adota procedimentos e prticas que traduzem um foco eminovao e modernizao. O IBGE constantemente explora novosprocessos e tcnicas a fim de realizar sua misso institucional,adaptando-se s exigncias do programa de trabalho e s novas
realidades do Estado e da sociedade brasileiros.Essa nota metodolgica vem documentar e divulgar a
metodologia aplicada na fase de planejamento, execuo e apuraoda Etapa I da PEAS 2013, que tem nos aspectos de aprimoramento einovao tcnico-metodolgica uma combinao de fatores de xito.
ObjetivosAo considerar a relevncia e a abrangncia da funo da
Assistncia Social em um pas com as dimenses do Brasil, razovel
que esta seja desempenhada tambm por entidades privadas e noapenas por instituies pblicas.
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O Sistema nico de Assistncia Social - SUAS implantou um novo modelo deproteo social no contributiva, gerido de forma descentralizada e participativa, e queresponde pela oferta e gesto de servios, programas, projetos, aes e benefcios
socioassistenciais em todo o Territrio Nacional. No entanto, consignado ao SUAS epor vezes de forma desvinculada, operam uma estrutura e um conjunto de entidades eorganizaes que assumiram a atribuio da prestao de servios socioassistenciais noPas e que podem ou no desempenhar suas funes com aporte de recursos pblicos.
A fim de mapear e qualificar a rede privada de Assistncia Social em atividade noPas, na Etapa I da PEAS 2013, o objetivo inicial atualizar as informaes cadastraisdo IBGE sobre as entidades/unidades locais, caracterizando-as que a apresentamcomo sua principal rea de atuao, e aquelas que desenvolvem servios, programas,projetos ou ofertam benefcios socioassistenciais e possuem outra rea de atuaoprincipal.
Figura ainda, entre os objetivos principais dessa etapa, estabelecer a abrangncia
territorial das entidades/unidades locais, levando em conta que podem atuar, sobo mesmo registro no Cadastro Nacional da Pessoal Jurdica - CNPJ, da Secretariada Receita Federal, em mais de um municpio ou contar com mais de um endereode atuao no mesmo municpio. Constituiu-se, ento, para os fins da pesquisa, acategoria Unidade de Prestao de Servio Socioassistencial - UPS, que representauma unidade fsica de execuo direta de atendimento socioassistencial, vinculada entidade pesquisada e sob sua responsabilidade jurdica.
Por ltimo, as entidades ativas definidas dentro do mbito da pesquisa socaracterizadas a partir de um conjunto bsico de informaes, tais como: forma deatuao socioassistencial, pblico-alvo atendido, abrangncia territorial, e serviossocioassistenciais prestados no endereo cadastrado.
Destaca-se, ainda, a determinao de realizar a entrevista somente com pessoasque efetivamente atuem nas entidades, a fim de qualificar o informante e formar umbanco de contatos. Tal esforo se justifica nesse nvel de investigao, pois, em vezde prestadores de servio como contadores e advogados, que so frequentemente osinformantes dos levantamentos de registros administrativos, o conhecimento sobre asvariveis da PEAS 2013 supe que o entrevistado faa parte dos quadros da entidadee participe da atividade socioassistencial nela desenvolvida.
Unidade de investigao e informantesA unidade de investigao da PEAS 2013 a entidade/unidade local que compe
a rede privada sem fins lucrativos de Assistncia Social no Brasil, sendo informanteda pesquisa uma das pessoas responsveis pela entidade, no nvel da gesto, ouocupada na prestao de servios socioassistenciais.
Determinante para o incio da coleta de dados a confirmao, no Bloco 02,da Razo Social e do CNPJ cadastrado, duas chaves de identificao da entidadepesquisada, bem como, no Bloco 03, a declarao da condio de atividade ativa nadata de incio da entrevista.
Por sua vez, quando a unidade pesquisada no encontrada ou a chamadatelefnica resulta em telefone continuamente ocupado ou que ningum atende, ouainda em mensagem de telefone inexistente ou incorreto, apesar das tentativas emdiferentes horrios, foi adotada uma estratgia em quatro estgios:
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Notas tcnicas _____________________________________________________________________________________________
1 - Busca na base inicial do Cadastro Nacional de Entidades de Assistncia Social- CNEAS3, fornecido pelo Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome, composto por entidades/unidades locais privadas, e atualizado por
formulrio eletrnico durante o perodo de julho de 2012 a maro de 2013.Cabe dizer que o Cadastro Bsico de Seleo da PEAS 2013 e o CNEASsoformados por distintos critrios de seleo e classificao, sendo o CNEAScomposto por entidades privadas e seus respectivos servios, programas,projetos e benefcios socioassistenciais inscritos ou em processo de inscrionos Conselhos de Assistncia Social.
2 - Quando a busca no CNEASno obteve sucesso, a rede pblica local ligada aoSistema nico de Assistncia Social - SUAS foi consultada, nomeadamenteos Centros de Referncia de Assistncia Social, os Centros de RefernciaEspecializados de Assistncia Social, as Secretarias de Assistncia Social eos Conselhos de Assistncia Social Municipal ou do Distrito Federal. Essasinstituies terminaram por constituir-se em unidades secundrias de infor-mao, sem que fosse aplicado questionrio, mas apenas para a busca dereferncia e de nmero de telefone.
3 - Se a tentativa com a rede pblica local de Assistncia Social no equacionasseo problema, era feita verificao nas bases de dados da Relao Anual deInformaes Sociais - RAIS, do Ministrio do Trabalho e Emprego, especifi-camente em busca da declarao de RAIS Negativa das entidades, para osanos-base de 2011, 2012 e 2013. Ao verificar a declarao de RAIS Negativa,na qual so fornecidos somente os dados cadastrais de empresas e unida-des locais com CNPJ que no tiveram empregado durante o ano-base, h
o indicativo de que as entidades no encontradas possivelmente no estoem operao, motivo para o no sucesso do contato com a instituio pes-quisada. Ressalva feita s que atuam na Assistncia Social exclusivamentecom mo de obra voluntria.
4 - Como recurso ltimo, e a despeito da declarao de RAIS Negativa, a relaode entidades/unidades locais no encontradas era encaminhada s UnidadesEstaduais do IBGE. Solicitava-se s respectivas Agncias de Coleta um esforoconjunto de identificao dos endereos cadastrados e o objetivo especficode cadastrarem o nmero de telefone habilitado a responder pesquisa,uma vez que as etapas de planejamento e treinamento da PEAS 2013 foram
moldadas para a entrevista telefnica assistida por computador e no parao modelo de entrevista presencial.
Apesar dos processos de busca e verificao anteriormente descritos, das 36 782entidades/unidades locais do Cadastro Bsico de Seleo, 11 361 contam entre as noentrevistadas. Deste total, para 411, h informao de no possurem telefone, sendo essasentidades/unidades locais basicamente de reas rurais e distantes de centros urbanos.
3O Cadastro Nacional de Entidades de Assistncia Social - CNEAS, previsto no inciso XI do Art. 19 da Lei Orgnica daAssistncia Social - LOAS (Lei no8.742, de 07.12.1993), um instrumento de gesto do Sistema nico de Assistncia Social- SUAS, que tem por objetivos monitorar e reconhecer as ofertas socioassistenciais prestadas por entidades privadasde Assistncia Social. O CNEAS tem sua base composta pelas entidades de Assistncia Social bem como por ofertas
socioassistenciais (conjunto de servios, programas, projetos e benefcios) das entidades privadas que no tm atuaopreponderante na Poltica de Assistncia Social, autorizadas a funcionar no mbito da Poltica Nacional de AssistnciaSocial pelo poder pblico, mediante regular inscrio nos Conselhos de Assistncia Social dos Municpios e do DistritoFederal (Resoluo CNAS no14, de 15.05.2014).
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importante esclarecer, igualmente, que o status de entrevista concludano era aplicado a toda chamada atendida. As 25 421 entidades/unidades locaisque proporcionaram entrevistas concludas confirmaram a razo social e o CNPJ
cadastrado, registraram a condio de atividade na data de referncia e definiramsua rea de atuao.Os resultados quantitativos dessa abordagem esto apresentados na Tabela 1
ao final desta Nota tcnica.
Perodo de refernciaA data de referncia a data de incio da entrevista, uma vez que a coleta de
informaes pode se desenvolver em mais de uma chamada telefnica, sendo possvelhaver mudanas de status e de situao nos intervalos entre os contatos.
Nesta etapa, a coleta de informaes ocorreu no perodo entre a ltima semana
de novembro de 2013 at a terceira semana de setembro de 2014. Tendo iniciado noano anterior ao encerramento da coleta, o ano de referncia dos dados e registrosadministrativos das entidades que responderam pesquisa o ano de 2013. A exceoa essa definio feita para duas variveis especficas, no tema de gesto financeira,relativas s fontes de financiamento e s classes de valor da receita total da entidade,que tomam por base o exerccio financeiro de 2012.
Abrangncia geogrficaA PEAS 2013 investigou 36 782 entidades/unidades locais, distribudas pelas 27
Unidades da Federao. Com o objetivo de identificar servios, programas, projetos
ou oferta de benefcios socioassistenciais que funcionem em endereo diferente docadastrado, em caso de ocorrncia, foram nomeadas as Unidades de Prestao deServio Socioassistencial para as quais foram abertas Fichas de UPS, em nmerocorrespondente ao informado por cada entidade/unidade local.
Instrumentos de coletaA coleta da PEAS 2013 foi efetuada por um sistema de entrevistas telefnicas
assistidas por computador, sendo o preenchimento dos dados coletadosrealizado diretamente no questionrio eletrnico, produzido pela Coordenao deDesenvolvimento e Manuteno de Sistemas da Diretoria de Informtica.
Verificaram-se dados cadastrais das instituies, tais como: razo social; nomefantasia; sigla; endereo; telefone e endereo eletrnico das entidades; principal reade atuao. Alm desses dados, foram investigados tambm: perfil do pblico-alvo,servios socioassistenciais desenvolvidos e abrangncia territorial da prestao dosservios. No que se refere abrangncia territorial, a fim de identificar as Unidadesde Prestao de Servio Socioassistencial que funcionam em endereo diferente docadastrado, elaboraram-se Fichas de UPS, associadas ao questionrio de cada entidade/unidade local entrevistada. Alm do registro do endereo de funcionamento e dotelefone dessas unidades, as fichas registram o servio socioassistencial desenvolvido.
Para auxiliar a coleta das informaes do questionrio, o Manual do Entrevistadorcondensa as instrues bsicas e os conceitos tcnicos necessrios para a realizaodos trabalhos do Agente de Pesquisa do IBGE.
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Notas tcnicas _____________________________________________________________________________________________
Coleta dos dados e apuraoAps o processo de treinamento acerca dos objetivos, conceitos e procedimentos
da pesquisa, a cargo da Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, emnovembro de 2013, teve incio a fase de coleta das informaes.
Na Coordenao de EntrevistasTelefnicas Assistidas por Computador, localizada noRio de Janeiro, alternavam-se, nos turnos da manh e da tarde, dois grupos de Agentes eSupervisores de Pesquisa. Um total aproximado de 140 pessoas envolvidas, distribudasentre atividades de coleta por telefone, audio das entrevistas, batimento e busca dostelefones no encontrados em fontes de dados externos, consulta por telefone aos rgospblicos locais da Assistncia Social e gerao de relatrios de acompanhamento da coleta.
No procedimento padro, cada Agente de Pesquisa faz contato com cada entidadesorteada eletronicamente, dentro do seu grupo de atendimento, por meio do nmerotelefnico previamente carregado no cadastro da entidade e busca identificar ou obter a
indicao da pessoa, no nvel da gesto ou na rea tcnica, apta a prestar informaesinstitucionais e sobre a prestao de servios socioassistenciais. Essa pessoa entrevistada, sempre que possvel, em um primeiro e nico contato, e deve autorizarnovo contato com o pesquisador do IBGE, caso ocorra necessidade de esclarecer algumitem, dado ou conceito relativo pesquisa. Por vezes, o preenchimento do questionriotambm exigiu contato com mais de uma pessoa ou setor dentro da entidade.
A entrada de dados foi feita de forma descentralizada pelo prprio entrevistador,no momento da entrevista, preenchendo o Sistema PEAS 2013 e sob o acompanhamentoda superviso da Coordenao de Entrevistas Telefnicas Assistidas por Computador.
A crtica de consistncia dos dados coletados, por sua vez, foi feita emcolaborao entre a Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, a Coordenao
de Entrevistas Telefnicas Assistidas por Computador e a Diretoria de Informtica.Esteve a cargo desta ltima a implementao do sistema Oracle Business Intelligence,utilizado pela primeira vez no IBGE, responsvel por fornecer as ferramentas paraanlise e gerao de relatrios e consultas dos dados remetidos para o SistemaGerenciador de Banco de Dados Oracle.
Disseminao dos resultados necessrio ressaltar que os dados fornecidos pelas unidades informantes da
PEAS 2013 so de natureza sigilosa, configurando, assim, um conjunto de informaesa ser desidentificado. Consoantes com a legislao que assegura o sigilo na prestao
de informaes estatsticas, foram adotadas regras de desidentificao para evitar aindividualizao das respostas.
Este volume contm, alm das Notas tcnicas, um conjunto de textos analticossobre os temas abordados pela pesquisa, em que so destacados os aspectos consideradosmais relevantes pelos analistas, bem como um Glossrio, ao final da publicao, comos termos tcnicos mais importantes. Tambm so apresentados os resultados por meiode um conjunto de tabelas gerais selecionadas. Acompanha a publicao um CD-ROMcontendo a base de dados completa da pesquisa com informaes agregadas. Todasas tabelas aqui apresentadas so produto de agregaes dos dados de municpios porclasses de tamanho da populao, com base nas estimativas de populao residente em
1o
de julho, por Grandes Regies e Unidades da Federao em que esto localizadas, eainda por Regies Metropolitanas, variveis relevantes para compreenso, descrio eanlise de alguns aspectos abrangidos pela pesquisa.
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As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013
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(continua)
Ativa com
rea de
atuao fora
do mbito
Em
implantaoParalisada Inativa
Brasil 36 782 14 791 6 213 71 1 127 2 245
Classes de tamanho da populao dos municpios
At 5 000 hab. 1 770 510 433 3 78 121 De 5 001 a 10 000 hab. 2 271 865 372 11 92 156
De 10 001 a 20 000 hab. 4 121 1 666 626 12 132 298
De 20 001 a 50 000 hab. 5 899 2 541 825 15 196 362
De 50 001 a 100 000 hab. 4 138 1 793 603 6 130 242
De 100 001 a 500 000 hab. 8 135 3 397 1 355 12 203 479
Mais de 500 000 hab. 10 448 4 019 1 999 12 296 587
Grandes Regies, Unidades da Federao
e Regies Metropolitanas
Norte 1 158 423 166 2 37 62
Rondnia 187 88 21 - 6 12
Acre 43 14 8 - 3 3
Amazonas 165 49 25 - 6 8
Roraima 25 6 7 - - 1
Par 505 172 65 2 11 25
Regio Metropolitana de Belm 165 59 35 1 4 10
Amap 37 11 8 - - 1Tocantins 196 83 32 - 11 12
Nordeste 6 192 1 967 774 17 204 360
Maranho 704 136 57 3 19 24
Piau 288 81 40 1 6 19
Cear 1 141 336 136 1 33 58
Regio Metropolitana de Fortaleza 422 158 56 - 13 28
Rio Grande do Norte 476 120 61 1 28 68
Paraba 456 165 56 3 22 22
Pernambuco 953 359 120 1 25 63
Regio Metropolitana de Recife 462 196 63 1 16 47
Alagoas 190 75 36 - - 13
Sergipe 409 125 84 1 10 19
Bahia 1 575 570 184 6 61 74
Regio Metropolitana de Salvador 388 161 65 1 7 17
Sudeste 16 915 7 685 2 639 31 472 992
Minas Gerais 5 026 2 488 665 16 170 303
Regio Metropolitana de Belo Horizonte 1 030 432 167 3 35 69
Esprito Santo 597 248 77 2 24 34
Rio de Janeiro 2 442 870 471 2 81 146
Regio Metropolitana do Rio de Janeiro 1 701 564 346 1 63 100
So Paulo 8 850 4 079 1 426 11 197 509
Regio Metropolitana de So Paulo 3 784 1 518 625 5 90 211
Sul 10 223 3 681 2 241 16 346 701
Paran 3 150 1 393 532 5 120 249
Regio Metropolitana de Curitiba 749 295 131 - 27 47
Santa Catarina 3 177 995 745 5 117 233
Regio Metropolitana de Florianpolis 280 107 62 1 6 16
Rio Grande do Sul 3 896 1 293 964 6 109 219
Regio Metropolitana de Porto Alegre 919 348 186 1 23 42
Centro-Oeste 2 294 1 035 393 5 68 130
Mato Grosso do Sul 497 251 83 4 16 27
Mato Grosso 475 219 71 1 9 32
Gois 791 400 111 - 27 49 Regio Metropolitana de Goinia 286 139 58 - 9 12
Distrito Federal 531 165 128 - 16 22
Classes de tamanho da populao dos municpios,
Grandes Regies, Unidades da Federao
e Regies Metropolitanas
Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos do Cadastro Bsico de Seleo
Total
Entrevistas concludas
Ativa
e
mbito da
pesquisa
Motivo da no-coleta
da populao dos municpios, as Grandes Regies, as Unidades da Federaoe as Regies Metropolitanas - 2013
Tabela 1 - Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos do Cadastro Bsico de Seleo, por condio de atividade e motivo da no-coleta, segundo as classes de tamanho
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Notas tcnicas _____________________________________________________________________________________________
(concluso)
Mudana
para local
desconhecido
Impossibili-
dade de
fornecer
informaes
Recusa
Brasil 19 1 954 10 950 411
Classes de tamanho da populao dos municpios
At 5 000 hab. 1 - 50 537 37
De 5 001 a 10 000 hab. - - 44 686 45
De 10 001 a 20 000 hab. 4 - 80 1 226 77 De 20 001 a 50 000 hab. 3 - 106 1 770 81
De 50 001 a 100 000 hab. 1 - 94 1 218 51
De 100 001 a 500 000 hab. 6 1 197 2 429 56
Mais de 500 000 hab. 4 - 383 3 084 64
Grandes Regies, Unidades da Federao
e Regies Metropolitanas
Norte 2 - 31 424 11
Rondnia 2 - 4 52 2
Acre - - - 15 -
Amazonas - - 7 70 -
Roraima - - 1 10 -Par - - 10 212 8
Regio Metropolitana de Belm - - 5 50 1
Amap - - 2 15 -
Tocantins - - 7 50 1
Nordeste 4 - 119 2 616 131
Maranho - - 9 431 25
Piau - - 2 135 4
Cear - - 25 530 22 Regio Metropolitana de Fortaleza - - 17 147 3
Rio Grande do Norte 1 - 12 184 1
Paraba 1 - 13 171 3
Pernambuco 1 - 24 333 27 Regio Metropolitana de Recife - - 16 119 4
Alagoas - - 3 59 4
Sergipe - - 7 149 14
Bahia 1 - 24 624 31 Regio Metropolitana de Salvador - - 9 124 4
Sudeste 7 1 482 4 484 122
Minas Gerais 2 - 94 1 235 53
Regio Metropolitana de Belo Horizonte - - 31 285 8
Esprito Santo 1 - 7 203 1Rio de Janeiro - - 84 768 20
Regio Metropolitana do Rio de Janeiro - - 71 546 10
So Paulo 4 1 297 2 278 48 Regio Metropolitana de So Paulo 1 - 157 1 150 27
Sul 4 - 268 2 831 135
Paran 1 - 73 754 23
Regio Metropolitana de Curitiba - - 24 221 4
Santa Catarina 2 - 86 942 52 Regio Metropolitana de Florianpolis - - 8 78 2
Rio Grande do Sul 1 - 109 1 135 60
Regio Metropolitana de Porto Alegre - - 35 280 4
Centro-Oeste 2 - 54 595 12
Mato Grosso do Sul - - 13 101 2Mato Grosso 1 - 14 122 6
Gois - - 15 187 2
Regio Metropolitana de Goinia - - 4 63 1
Distrito Federal 1 - 12 185 2
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins
Lucrativos 2013.
Tabela 1 - Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos do Cadastro Bsico de Seleo, por condio de atividade e motivo da no-coleta, segundo as classes de tamanho
da populao dos municpios, as Grandes Regies, as Unidades da Federaoe as Regies Metropolitanas - 2013
Classes de tamanho da populao dos municpios,
Grandes Regies, Unidades da Federao
e Regies Metropolitanas
Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos do Cadastro Bsico de Seleo
Entrevistas no
concludas
Telefones
no
encontrados
Entidades
sem
telefone
Entrevistas concludas
Motivo da no-coleta
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Anlise dos resultados
Entidades de Assistncia SocialPrivadas sem Fins Lucrativos
A partir da Constituio de 1988, o Estado brasileiro comeou a
assumir sua responsabilidade para com a sociedade em sentido amploe universal, reconhecendo os direitos de todos educao, sade, ao
trabalho, moradia, ao lazer e segurana. A afirmao dos direitos,
como dispostos na Constituio, leva a dois caminhos complementares
de polticas pblicas: as polticas universais e aspolticas especficas,
destinadas a alguns segmentos que demandem ateno especfica.
A Carta Magna buscou garantir os direitos da populao
menos favorecida e dos segmentos vulnerveis ao reconhecer como
direitos dos cidados e dever do Estado e da sociedade as aes
destinadas a promover a Assistncia Social; assegurou, tambm,
que essa assistncia se faa de forma integrada no apenas com asdemais polticas de Seguridade Previdncia Social e Sade como,
tambm, com as polticas pblicas que asseguram direitos. Dessa
forma, a Assistncia Social afirmou-se como poltica pblica de direito
do cidado e dever do Estado, no Brasil. Em 1993, passou a ser um
direito exigvel pela populao pela promulgao da Lei Orgnica da
Assistncia Social LOAS (Lei no8742, de 07 de dezembro de 1993).
Ao assegurar novos paradigmas para a poltica de Assistncia, a
Constituio Federal e a Lei Orgnica da Assistncia Social traaram as
lgicas da gesto e do controle social: garantia de cidadania, proteo
social, carter no contributivo, necessria integrao entre o econmicoe o social, primazia da responsabilidade do Estado na universalizao
de direitos e de acessos aos servios. Um novo desenho institucional e
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As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013
_______________________________________________________________________________________Primeiros resultados
o controle social ficam estabelecidos atravs do comando nico e da descentralizao.Tem incio um amplo processo nacional de construo do sistema descentralizado eparticipativo dos entes federados brasileiros com a implantao dos conselhos, fundos,
planos e a realizao das conferncias nacionais, estaduais e municipais, e a organizaoda sociedade civil atravs da constituio de fruns municipais, estaduais e nacional.A Poltica Nacional de Assistncia Social - PNAS, aprovada em 2004, consolida
princpios, diretrizes, objetivos e aes da Assistncia Social. A partir da LOAS e daPNAS se reconhece a ampliao da noo de prestao de servios pblicos, aoincluir o atendimento, assessoramento aos beneficirios e a defesa de direitos, e aoestabelecer, como campos de ao da Assistncia Social, a proteo social, a vigilnciasocial e a defesa de direitos socioassistenciais. A PNAS estabelece a necessidade dese constituir uma rede formada por entidades de carter no governamental queatuem nas reas da Assistncia Social conforme consta no artigo 204 da ConstituioFederal de 1988. Segundo a LOAS:
Artigo 3oConsideram-se entidades e organizaes de Assistncia Social aquelasque prestam, sem fins lucrativos, atendimento e assessoramento aos beneficirios
abrangidos por esta lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de seus direitos4.
Artigo 7o As aes de Assistncia Social, no mbito das entidades e organizaes de
Assistncia Social, observaro as normas expedidas pelo Conselho Nacional de Assistncia
Social - CNAS, de que trata o art. 17 desta lei.
Artigo 9oO funcionamento das entidades e organizaes de Assistncia Social dependede prvia inscrio no respectivo Conselho Municipal de Assistncia Social, ou noConselho de Assistncia Social do Distrito Federal, conforme o caso.
1oA regulamentao desta lei definir os critrios de inscrio e funcionamento
das entidades com atuao em mais de um municpio no mesmo Estado, ou em
mais de um Estado ou Distrito Federal.
2oCabe ao Conselho Municipal de Assistncia Social e ao Conselho de Assistncia
Social do Distrito Federal a fiscalizao das entidades referidas no caput na forma
prevista em lei ou regulamento.
3oA inscrio da entidade no Conselho Municipal de Assistncia Social, ou no
Conselho de Assistncia Social do Distrito Federal, condio essencial para o
encaminhamento de pedido de registro e de certificado de entidade beneficente
de Assistncia Social junto ao Conselho Nacional de Assistncia Social - CNAS.
(Redao dada pela Medida Provisria no2.187-13, de 2001).
4oAs entidades e organizaes de Assistncia Social podem, para defesa deseus direitos referentes inscrio e ao funcionamento, recorrer aos Conselhos
Nacional, Estaduais, Municipais e do Distrito Federal.
De acordo com a PNAS/2004 e com a LOAS, so entendidos por servios,conforme art. 23 da LOAS, as atividades continuadas que visam a melhoria da vida dapopulao e cujas aes estejam voltadas para as necessidades bsicas da populao,observando os objetivos, princpios e diretrizes estabelecidas nessa lei. A PolticaNacional de Assistncia Social prev seu ordenamento em rede, de acordo com osnveis de proteo social: bsica e especial de mdia e alta complexidade.
4O Decreto 6.308, de 14 de dezembro de 2007, dispe sobre as entidades e organizaes de assistncia social, firmando,inclusive, seu conceito, suas caractersticas e espcies.
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Anlise dos resultados _____________________________________________________________________________________
Os programas de Assistncia Social, tratados no art. 24 da LOAS, compreendemaes integradas e complementares com objetivos, tempo e rea de abrangnciadefinidos para qualificar, incentivar e melhorar os benefcios e os servios assistenciais.
Definidos nos arts. 25 e 26 da LOAS, os projetos caracterizam-se como investimentoseconmicos e sociais nos grupos populacionais em situao de pobreza, buscandosubsidiar tcnica e financeiramente iniciativas que lhes garantam meios e capacidadeprodutiva e de gesto para a melhoria das condies gerais de subsistncia, elevaodo padro de qualidade de vida, preservao do meio ambiente e organizao social,articuladas com as demais polticas pblicas. De acordo com a PNAS/2004, esses projetosintegram o nvel de proteo social bsica, podendo, contudo, voltar-se ainda s famliase pessoas em situao de risco, pblico-alvo da proteo social especial.
Os benefcios assistenciais integram a Poltica de Assistncia Social e seconfiguram como direito do cidado e dever do Estado. Alm disso, so prestadosde forma articulada s seguranas afianadas pela Poltica de Assistncia Social, por
meio da incluso dos beneficirios e de suas famlias nos servios socioassistenciaise de outras polticas setoriais, ampliando a proteo social e promovendo a superaodas situaes de vulnerabilidade e risco social. Os benefcios se dividem em duasmodalidades direcionadas a pblicos especficos: o Benefcio de Prestao Continuadada Assistncia Social - BPC e os Benefcios Eventuais.
O Sistema nico de Assistncia Social - SUAS um sistema pblico, em construo,para organizar, de forma descentralizada, o conjunto dos servios socioassistenciaisno Pas (Lei no2.435/2011). O desenho de gesto do SUAS parte da compreensoda matricialidade scio-familiar, da descentralizao poltico-administrativa e daterritorializao, reafirmando as novas bases para relao entre Estado e a SociedadeCivil e para o financiamento e controle social da poltica. A busca por implementar um
sistema pblico que consolida um modo de gesto compartilhada, o cofinanciamento, acooperao tcnica entre os trs entes federativos, que hierarquiza as aes, uniformizaconceitos no sentido da classificao dos servios especficos de Assistncia Social eestabelece o lugar prprio da rede socioassistencial. As entidades so parte integrante doSUAS e, por isso, necessitam ter vnculo com o sistema para pleitear recursos pblicosda Assistncia Social. E, no que diz respeito lgica da gesto do SUAS, importanteobservar que a relao do Sistema com a rede socioassistencial est regulamentada pormeio da Norma Operacional Bsica do Sistema nico da Assistncia Social - NOB/SUASe de portarias especficas para este fim.
A PNAS incorpora as entidades prestadoras de Assistncia Social que
passam a integrar o SUAS, no s como prestadoras complementares de serviossocioassistenciais, mas, tambm, como cogestoras e corresponsveis na luta pelagarantia dos direitos sociais dos usurios da Assistncia Social. O SUAS exige regulaoestatal, normatizao e monitoramento dos padres de ateno socioassistencial.Como menciona a PNAS/2004: Cabe ao poder pblico conferir unidade aos esforossociais a fim de compor uma rede socioassistencial, rompendo com a prtica dasajudas parciais e fragmentadas, caminhando para direitos a serem assegurados deforma integral, com padres de qualidade passveis de avaliao (p.48).
Conforme a PNAS e o SUAS, prestam servios de Assistncia Social asinstituies que atuam no mbito da proteo social, atendimento direto, vigilnciasocial e defesa de direitos e integram a rede socioassistencial.
A definio de entidades e organizaes de Assistncia Social, atravs daregulamentao do artigo 3oda LOAS, fundamental para a implementao doSUAS e para o controle social, pois reconhece o carter pblico das aes prestadas
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As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013
_______________________________________________________________________________________Primeiros resultados
pelas entidades sociais, possibilitando sua insero na rede socioassistencial doSUAS, a qualificao dos servios de acordo com os objetivos gerais da PNAS e osprocedimentos de controle social. De acordo com a NOB/SUAS, a rede socioassistencial
um conjunto integrado de aes de iniciativa pblica e da sociedade que ofertam eoperam benefcios, servios, programas e projetos, o que supe a articulao entretodas estas unidades de proviso de proteo social sob a hierarquia de bsica eespecial e ainda por nveis de complexidade (NOB/2005).
Conforme regulamenta ainda o art. 3oda LOAS, as entidades de AssistnciaSocial consideradas sem fins lucrativos so caracterizadas em trs tipos: entidadesde atendimento, entidades de assessoramento e entidades de defesa e garantia dedireitos.
As entidades de atendimento so aquelas que prestam servios, executamprogramas ou projetos e concedem benefcios de prestao social bsica ou especial,dirigidos s famlias e indivduos em situaes de vulnerabilidade ou risco social
e pessoal, conforme Resoluo CNAS no 109/2005, Resoluo CNAS no33/2011 eResoluo CNAS no34/2011.
As entidades de assessoramento prestam servios e executam programas ouprojetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e dasorganizaes de usurios, formao e capacitao de lideranas, dirigidos ao pblicoda poltica de Assistncia Social, conforme Resoluo CNAS no27/2011.
E as entidades de defesa e garantia de direitos prestam servios e executamprogramas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e efetivao dosdireitos socioassistenciais, construo de novos direitos, promoo da cidadania,enfrentamento das desigualdades sociais, articulao com rgos pblicos de defesade direitos, dirigidos ao pblico da poltica de Assistncia Social, conforme ResoluoCNAS no27/2011.
De acordo com a Pesquisa de Entidades de Assistncia Social Privadas sem FinsLucrativos 2013, existiam no Brasil 14 791 entidades, distribudas de forma bastantedesigual pelo territrio brasileiro. A maior concentrao de entidades estava na RegioSudeste, 52,0%, seguida de pela Regio Sul, com 24,9%, Nordeste, com 13,3%, Centro-Oeste com 7,0% e Norte com 2,9% (Grfico 1).
%
2,9
13,3
52,0
24,9
7,0
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Grfico 1 - Distribuio percentual de Entidades de Assistncia Social Privadassem Fins Lucrativos, segundo as Grandes Regies - 2013
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidades
de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos 2013.
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Anlise dos resultados _____________________________________________________________________________________
A grande concentrao de entidades na Regio Sudeste deve-se, principalmente, aparticipao do Estado de So Paulo, que reunia 27,6% destas, e Minas Gerais, com 16,8%,totalizando 44,4% de todas as entidades do Pas em 2013. No outro extremo estavam os
Estados de Roraima, Amap e Acre que juntos somavam 0,2% das entidades.
Unidades de Prestao de Servio SocioassistencialAs entidades de Assistncia Social sem fins lucrativos, no que tange abrangncia
territorial, podem atuar, sob o mesmo CNPJ, em mais de um municpio ou contar com maisde um endereo no mesmo municpio. Quando isso ocorre, significa que alm da sede, aentidade dispe de uma ou mais Unidades de Prestao de Servio Socioassistencial UPS,que representam unidades fsicas de execuo direta de atendimento socioassistencial,vinculada entidade pesquisada e sob sua responsabilidade jurdica.
Segundo os dados da PEAS 2013, das 14 791 entidades de Assistncia Socialprivadas sem fins lucrativos no Brasil, 93,5% prestavam servio apenas na sede, comconcentrao na Regio Sudeste, com 51,8% do total dessas entidades.
Dessa forma, o percentual das entidades privadas de Assistncia Social semfins lucrativos no Brasil que contavam com uma ou mais UPS foi de 6,5%, totalizando643 entidades que prestavam servio em uma UPS, 149 em mais duas UPS e 165 emquatro ou mais UPS.
Em relao s classes de tamanho da populao dos municpios, existia umatendncia de quanto maior a classe de tamanho do municpio, menor o percentualde municpios com entidades privadas de Assistncia Social sem fins lucrativos queexecutavam servios apenas na sede, com exceo das entidades dos municpios commais de 100 001 a 500 000, cujo percentual apresentou uma ligeira elevao se comparadoao da classe anterior. Nas entidades com UPS, essa tendncia se inverte, pois o percentualde entidades cresce medida que aumenta a classe de tamanho da populao em
praticamente todas as situaes (Tabela 2).
1 2 3 4 ou mais
Brasil 93,5 4,3 1,0 0,4 0,7
Classes de tamanho da populao dos
municpios
At 5 000 hab. 98,4 0,8 0,6 0,2 -
De 5 001 a 10 000 hab. 98,3 1,5 0,1 - 0,1
De 10 001 a 20 000 hab. 96,5 2,8 0,4 0,2 0,2
De 20 001 a 50 000 hab. 95,6 3,3 0,5 0,4 0,3
De 50 001 a 100 000 hab. 92,2 5,6 1,0 0,5 0,7
De 100 001 a 500 000 hab. 92,6 4,9 1,4 0,4 0,7
Mais de 500 000 hab. 90,8 5,7 1,5 0,5 1,5
Grandes Regies
Norte 92,0 6,4 0,2 0,5 0,9
Nordeste 93,1 4,7 1,0 0,5 0,7
Sudeste 93,2 4,4 1,2 0,4 0,9
Sul 95,1 3,6 0,5 0,3 0,5
Centro-Oeste 91,8 5,3 1,9 0,2 0,8
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidades de
Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos 2013.
e as Grandes Regies - 2013
Tabela 2 - Percentual de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,por quantidade de Unidades de Prestao de Servio Socioassistencial,
Classes de tamanho da
populao dos municpios
e
Grandes Regies
segundo as classes de tamanho da populao dos municpios
Percentual de Entidades de Assistncia Social
Privadas sem Fins Lucrativos
Apenas
sede
Com Unidades de Prestao de
Servio Socioassistencial
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As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013
____________________________ ___________________________________________________________Primeiros resultados
reas de atuaoNas entidades privadas sem fins lucrativos os servios oferecidos variam, assim
como o foco e a principal rea de atuao, prevalecendo, na maioria dos casos, as
reas da Sade, Educao e Assistncia Social.
De acordo com os resultados obtidos na PEAS 2013, das 14 791 entidades
de Assistncia Social privadas sem fins lucrativos no Brasil, 72,6% declararam ter
a Assistncia Social como sua principal rea de atuao, com destaque para os
Estados do Acre e Paraba, cujos respectivos percentuais foram de 92,9% e 80,6%.
A Educao era a segunda rea principal de atuao das entidades (11,0%). Em
seguida, 6,6% afirmaram atuar principalmente em outras reas, e 4,7% tinham atuao
predominante na rea da Sade. Alm disso, as entidades que desenvolviam atividades
preponderantes na rea da Religio (1,7%), de Habilitao/Reabilitao (0,8%), de
Direitos Humanos (0,9%) e de Cultura e Esporte (1,6%), alcanaram um percentualmenor que 2% (Grfico 2, Tabela de resultado 2).
%
Grfico 2 - Percentual das Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,por Grandes Regies, segundo a principal rea de atuao - 2013
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidades de Assistncia Social Privadas
sem Fins Lucrativos 2013.
Assistncia
Social
Educao Sade Religio Habilitao/
Reabilitao
Direitos
Humanos
Cultura e
Esporte
Outras
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
72,
6
70,
4
73,
1
74,
8
68,
7
70,
7
11,
0
13,
2
11,
0
11,
8
12,
8
4,
7
3,
5
3,
5
4,
6
5,
5
5,
6
1,
72,
8
1,
6
1,
8
1,
2
2,
6
0,
8
1,
7
0,
6
0,
7
0,
9
0,
6
0,
9
2,
4
1,
5
0,
6
0,
7
2,
1
1,
6
1,
9
1,
7
1,
1
3,
0
0,
9
6,
6
4,
0
9,
6
5,
5
8,
1
4,
7
8,
4
Com relao ao recorte regional, interessante observar que o Estado do
Par destacava-se por ser o nico Estado da Regio Norte que possua entidades de
Assistncia Social privadas sem fins lucrativos em todas as reas de atuao que
constavam no questionrio da PEAS 2013, diferenciando-se, dessa forma, dos outros
Estados da Regio. As demais reas de atuao estavam presentes em entidades nas
seguintes Unidades da Federao: Educao (Acre, Roraima e Amap), Sade (Acre),
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Anlise dos resultados _____________________________________________________________________________________
Religio (Acre e Amap), Habilitao/Reabilitao (Roraima, Amap e Tocantins),
Direitos Humanos (Acre e Roraima) Cultura e Esporte (Rondnia, Acre e Amazonas),
e na opo Outras (Acre, Roraima e Amap). Havia entidades com principal rea de
atuao de Assistncia Social em todas as Unidades da Federao.
Pblico-alvo e aes desenvolvidas pelasEntidades Privadas de Assistncia Social semFins Lucrativos
As entidades de Assistncia Social privadas sem fins lucrativos so consideradas
de Assistncia Social quando seus atos constitutivos definirem expressamente sua
natureza, seus objetivos, sua misso e seu pblico-alvo, com a caracterizao dos
grupos que sero atendidos, de acordo com as disposies da Lei no8.742, de 07 dedezembro de 1993. Expressar, em seu relatrio de atividades, os objetivos, a natureza,
misso e o pblico-alvo, conforme delineado pela Lei Orgnica da Assistncia Social,
pela Poltica Nacional de Assistncia Social e suas normas operacionais uma das suas
caractersticas essenciais como dispostos no pargrafo nico do Decreto no6.308/2007
e complementadas pela Resoluo 191/2005. Constituem instituies voltadas para o
atendimento de grupos especficos da populao, tais como: crianas, adolescentes e
jovens, idosos, pessoas com deficincia e outros. Diversas dessas entidades, embora
se definam por um atendimento especfico a determinado grupo, acabam por agregar
outros grupos, com diferentes necessidades.
Na PEAS 2013 foi investigado o pblico-alvo a que se destinava o atendimento
das entidades, pergunta que admitia mais de uma possibilidade de resposta no
questionrio da Pesquisa. De acordo com os dados coletados, a maior parte (67,8%)
das entidades de Assistncia Social privadas sem fins lucrativos tinha como pblico-
alvo as famlias. Destacava-se tambm o atendimento s crianas de 0 a 12 anos de
idade (63,2%), seguido do grupo etrio de 13 a 17 anos de idade (59,1%); idosos com
60 anos ou mais (56,0%); adultos de 30 a 59 anos de idade (51,0%) e jovens de 18 a
29 anos de idade (50,2%), como mostra o Grfico 3. Por outro lado, apenas 8,3% das
entidades tinham como pblico-alvo os povos e comunidades tradicionais. Entre as
Grandes Regies, a Regio Norte apresentou o menor percentual de entidades quecontemplavam esse pblico, 8,0%, seguido da Regio Centro-Oeste, 10,7%, enquanto
a Regio Sudeste com 35,3% registrou o maior percentual (Tabela de resultado 3).
Com relao s aes desenvolvidas, as entidades podem executar diretamente
servios socioassistenciais de forma continuada, permanente e planejada. Elas prestam
esses servios de acordo com a Tipificao Nacional de Servios Socioassistenciais,
isto , fazem o encaminhamento dos usurios para programas de transferncia
de renda, contribuindo para a insero na rede de proteo social de Assistncia
Social; encaminham os usurios para os servios pblicos, oferecem orientao e
direcionamento para servios das demais polticas pblicas e fazem a concesso de
benefcios financeiros ou em produtos.
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As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013
_______________________________________________________________________________________Primeiros resultados
A execuo direta de servios socioassistenciais foi a ao mais citada dentre
aquelas desenvolvidas pelas entidades de Assistncia Social privadas sem fins
lucrativos, correspondendo a 12 328 entidades, ou seja, 83,3% do total. Observa-se
ainda que a Regio Sudeste se sobressaiu com o maior percentual de entidades
que realizaram essa ao, 85,9%. Nesta Regio destacavam-se ainda os Estados
de So Paulo e Minas Gerais. Em seguida, as Regies Centro-Oeste e Nordeste,
respectivamente com 83,8% e 82,4%. Na Regio Norte, 80,1% das entidades declarou
desenvolver esta ao, enquanto a Regio Sul apresentou o percentual mais baixo,
78,8% (Grfico 1).
O encaminhamento dos usurios para os servios pblicos foi a segundaao mais reportada, presente em 65,3% do total de entidades (9 661 entidades).
Em termos regionais, sua ocorrncia foi mais frequente na Regio Norte (72,6%).
Na sequncia, observa-se a Regio Nordeste (67,0%), o Sudeste (66,7%) e Centro-
Oeste (65,6%). O menor percentual de entidades que desenvolviam esse tipo de ao
estava na Regio Sul, 60,7%.
A ao de encaminhamento dos usurios para programas de transferncia
de renda foi realizada por 7 384 entidades (49,9%). Na Regio Norte esta ao era
mais frequente, atingindo 57,9% das entidades, com destaque para o Estado do Par.
As Regies Nordeste e Sudeste possuam, respectivamente, 53,3%, e 51,8% das
entidades informando desenvolver o encaminhamento dos usurios para programasde transferncia de renda. As Regies Sul e Sudeste em termos percentuais
alcanaram nmero semelhante, respectivamente 44,8% e 44,6%.
%67,8
63,2
59,1
50,2
51,0
56,0
44,0
35,7
35,6
8,3
18,5
25,8
19,4
16,2
Grfico 3 - Percentual de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,
segundo o pblico alvo - Brasil - 2013
Conselheiros e/ou lideranas populares
Populao em situao de rua
Pessoas com direitos violados e/ou sob risco de violncia
Usurios de lcool e outras drogas
Povos e comunidades tradicionais
Mulheres
Pessoas idosas com algum grau de dependncia
Pessoas com deficincia com algum grau de dependncia
Idosos com 60 anos ou mais
Famlias
Crianas de 0 a 12 anos
Adultos de 30 a 59 anos
Jovens de 18 a 29 anos
Adolescentes de 13 a 17 anos
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidades de Assistncia Social Privadas
sem Fins Lucrativos 2013.
Nota: A entidade pode ter mais de um pblico-alvo.
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Anlise dos resultados _____________________________________________________________________________________
%
NorteBrasil Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Grfico 4 - Percentual de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,por ao desenvolvida, segundo as Grandes Regies - 2013
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidadesde Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos 2013.
Nota: A entidade pode realizar mais de uma ao.
83,3
80,
1
82,
4
85,
9
78,
883,
8
49,
9
65,
3 72
,6
67,
0
66,
7
60,
765,
6
44,
6
44,
849,
5
52,
257,
9
53,
3
48,
8
48,
4
51,
8
49,7 5
7,0
Encaminhamento dos usurios paraprogramas de transferncia de renda
Execuo direta de servios socioassistenciais
Concesso de benefcios financeirosou em produtos
Encaminhamento dos usurios para os servios pblicos
E, por fim, constata-se a presena da concesso de benefcios financeiros
ou em produtos em 49,5% (7 319 entidades) das entidades de Assistncia Social
privadas sem fins lucrativos. No que se refere a anlise regional, o maior percentual
de entidades que desenvolviam essa ao estava na Regio Centro-Oeste (57,0%),seguida da Regio Norte (52,2%). As demais Regies, Nordeste, Sudeste e Sul
obtiveram percentual abaixo de 50,0% nesta ao.
Ao desenvolvida por principal rea de atuaoDe acordo com as informaes da PEAS 2013, Tabela de resultado 7, a principal
rea de atuao das entidades de assistncia social privadas sem fins lucrativos,
segundo a ao desenvolvida, era a Assistncia Social. Nesta rea de atuao, o
percentual de entidades que executavam diretamente servios socioassistenciais erade 88,1%, a esse padro mantido nas demais reas, com exceo das que declararam
ter Religio como sua principal rea de atuao. Merece nota que a entidade podia
declarar desenvolver mais de uma ao.
Com relao as Grandes Regies, tendo como principal rea de atuao a
Assistncia Social, o maior percentual de entidades que executavam diretamente
servios socioassistenciais foi na Regio Sudeste, 89,7%. Na sequncia estava a
Regio Centro-Oeste com 88,8%, e as Regies Nordeste e Norte apresentavam,
respectivamente, 88,5% e 85,6%. A Regio Sul foi a que apresentou o menor percentual
(84,6%). Merece nota que a entidade podia declarar desenvolver mais de uma ao.
Das entidades que informaram a Educao como principal rea de atuao,verificou-se o mesmo padro encontrado rea de Assistncia Social, o maior percentual
era o de entidades que executavam diretamente servios socioassistenciais. O
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As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013
_______________________________________________________________________________________Primeiros resultados
menor percentual de entidades tendo principal rea de atuao a Educao por ao
desenvolvida era das entidades que faziam concesso de benefcios financeiros ou
produtos (40,3%).
Quanto s entidades que tinham na rea da Sade atuao mais preponderante,a ao menos frequente foi o encaminhamento dos usurios para programas de
transferncia de renda (36,9%).
A ao de concesso de benefcios financeiros ou em produtos apresentou o
maior percentual (67,5%,3%) onde a principal rea de atuao a Religio, enquanto o
encaminhamento dos usurios para programas de transferncia de renda apresentou
o percentual mais baixo, 23,8%.
As aes desenvolvidas em Habilitao/Reabilitao e Direitos Humanos como
principais reas de atuao, apresentavam o mesmo padro encontrado na rea
da Sade.
Servios socioassistencias das Entidades deAssistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos
Para assegurar a concepo de sistema nico instituda pelo Sistema nico
de Assistncia Social - SUAS, faz-se necessrio que a poltica de Assistncia Social,
cuja execuo ocorre de forma descentralizada, preserve nacionalmente certo grau
de uniformidade quanto ao tipo e padres dos servios ofertados populao. Neste
sentido, vale destacar que o Conselho Nacional de Assistncia Social aprovou, em
11 de novembro de 2009, a Resoluo no109, que instituiu a Tipificao Nacional deServios Socioassistenciais, conforme as deliberaes da VI Conferncia Nacional de
Assistncia Social, realizada em Braslia em 2007, e as metas do Plano Decenal de
Assistncia Social. O documento define o rol de servios socioassistenciais que deve
ser ofertado no mbito da poltica pblica de Assistncia Social e estabelece alguns
padres para a organizao e a execuo dos mesmos. A tipificao preenche a lacuna
de regulamentao dos servios e cria uma identidade para estes, que passaram a
ter uma unidade nacional. Consiste, portanto, em referncias fundamentais para a
poltica de Assistncia Social no que tange implementao ou adequao dos
servios, configurando-se assim em um importante marco para a gesto da poltica.
Consequentemente, a padronizao dos servios abre caminhos para a delimitaode uma rede de servios socioassistenciais, ao permitir identificar aes e servios
em conformidade com as aes e programas previstos no SUAS.
No que tange s entidades privadas sem fins lucrativos, o poder pblico exige
a conformidade dos servios ofertados s instrues contidas no texto da Tipificao
Nacional dos servios socioassistenciais (Resoluo no 109, de 2009). Segundo
dados da PEAS 2013, do total das entidades que a pesquisa investigou (14 791),
83,3% (12 328) executavam diretamente servio socioassistencial. Este percentual
alcanava mais de 80,0% das entidades em quase todas as classes de tamanho dos
municpios e Grandes Regies, com exceo das entidades dos municpios com
at 5 000 habitantes e as da Regio Sul, cujos percentuais eram respectivamente
74,1% e 78,8%.
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Anlise dos resultados _____________________________________________________________________________________
O destaque foi o Estado de Roraima, com o menor percentual (50,0%) deentidades existentes que executavam diretamente servio socioassistencial. Osmaiores percentuais estavam nos Estados de Alagoas, com 89,3%; So Paulo, com87,3%; Sergipe, com 87,2% e Pernambuco, com 86,9%.
De 50 001 a 100 000
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidades
de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos 2013.
%
Brasil
De 5 001 a 10 000
De 10 001 a 20 000
At 5 000
De 20 001 a 50 000
De 100 001 a 500 000
Norte
Nordeste
Sul
Sudeste
Centro-Oeste
Mais de 500 000
83,374,1
83,5
82,4
83,5
84,6
83,6
84,0
80,1
82,4
85,9
78,8
83,8
16,725,9
16,5
17,6
16,5
15,4
16,4
16,0
19,9
17,6
14,1
21,2
16,2
Executam diretamente servio No executam diretamente servios
Grfico 5 - Percentual de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativoscom execuo direta de servios socioassistenciais, segundo as classes de tamanho da
populao dos municpios e as Grandes Regies - 2013
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidades
de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos 2013.
%
Grfico 6 - Percentual de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativoscom execuo direta de servios socioassistenciais, segundo as Unidades da Federao
em ordem decrescente - 2013
Alagoas
So Paulo
Sergipe
Pernambuco
Distrito Federal
Minas Gerais
Gois
Rio de Janeiro
Esprito Santo
Mato Grosso
Bahia
Mato Grosso do Sul
Par
Rondnia
Cear
Paraba
Paran
Amazonas
Tocantins
Acre
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
Maranho
Piau
Rio Grande do Norte
Amap
Roraima
75,3
79,5
82,1
80,0
79,6
89,3
87,3
87,2
86,9
86,1
84,4
84,3
84,1
83,9
83,1
83,0
82,0
80,7
80,7
79,8
78,6
78,2
78,1
77,2
75,0
72,7
50,0
-
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As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013
_______________________________________________________________________________________Primeiros resultados
Segundo o Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome - MDS o
novo modelo de gesto da poltica de Assistncia Social supe um pacto federativo,
com a definio de competncias e responsabilidades dos entes das trs esferas
de governo (federal, estadual e municipal) e a participao da sociedade civil. Estsendo implantado por meio de uma nova lgica de organizao das aes, com
a definio de nveis de complexidade do sistema: Proteo Social Bsica - PSB e
Proteo Social Especial - PSE de mdia e alta complexidade com a referncia no
territrio, considerando as especificidades das regies e portes de municpios e com
centralidade na famlia.
As opes de servios socioassistenciais aplicados no questionrio da PEAS
2013 correspondem a Tipificao Nacional de Servios Socioassistenciais, no sendo
mencionados o Servio de Proteo e Atendimento Integral Famlia - PAIF e o
Servio de Proteo e Atendimento Especializado a Famlias e Indivduos - PAEFIque
so implementados exclusivamente pela esfera pblica, ou seja, no so articuladospelas entidades privadas sem fins lucrativos. J o Assessoramento/Defesa e Garantia
de Direitos foram includos nas opes, porm, conforme mencionado na Resoluo
CNAS n 27/2011, considerou-se mais adequado caracteriz-los do que tipific-los a
fim de estabelecer conceitos e parmetros para o reconhecimento dessas atividades
no mbito da Assistncia Social.
Servio social de proteo bsicaA preveno de situaes de risco por intermdio do desenvolvimento de
potencialidades e aquisies e o fortalecimento de vnculos familiares e comunitrios
so os objetivos da Proteo Social Bsica - PSB do Sistema nico de Assistncia Social- SUAS. Esse nvel de proteo destinado para a populao que vive em situao de
vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privao (ausncia de renda, precrio
ou nulo acesso aos servios pblicos, entre outros) e/ou fragilizao de vnculos
afetivos relacionais e de pertencimento social (discriminaes etrias, tnicas, de
gnero ou por deficincias, entre outras). Alm disso, prev o desenvolvimento de
servios, programas e projetos locais de acolhimento, convivncia e socializao
de famlias e de indivduos, conforme identificao da situao de vulnerabilidade
apresentada. E dever incluir as pessoas com deficincia, organizando-as em rede,
de modo a inseri-las nas diversas aes ofertadas.
Entre os Servios de Proteo Social Bsica ofertados pelas entidades privadassem fins lucrativos esto o Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos e o
Servio de Proteo Social Bsica no Domiclio para Pessoas com Deficincia e Idosas.
O Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos o servio realizado em
grupos, organizado a partir de percursos, de modo a garantir aquisies progressivas
aos seus usurios, de acordo com o seu ciclo de vida, a fim de complementar o
trabalho social com famlias e prevenir a ocorrncia de situaes de risco social. Trata-
se de uma forma de interveno social planejada que cria situaes desafiadoras,
estimula e orienta os usurios na construo e reconstruo de suas histrias e
vivncias individuais e coletivas, na famlia e no territrio.
Dentre as entidades privadas sem fins lucrativos que executavam diretamenteservios socioassistenciais (12 328), o Servio de Convivncia e Fortalecimento
de Vnculos era ofertado por 79,7% das entidades, e em 83,0% das entidades dos
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Anlise dos resultados _____________________________________________________________________________________
municpios de 5 001 a 10 000 habitantes. Entre as Grandes Regies, 81,0% e 79,9%
dessas entidades realizavam Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos
na Regio Sudeste e Norte, respectivamente. Nesta Regio estavam os Estados com
o menor e maior percentual das entidades que ofertavam esse servio, Amap eAmazonas, com, respectivamente 62,5% e 89,7% (Grfico 7 e Tabela de resultado 5).
O Servio de Proteo Social Bsica no Domiclio para Pessoas com Deficincia
e Idosas tem por finalidade a preveno de agravos que possam provocar o
rompimento de vnculos familiares e sociais dos usurios. Ele visa a garantia de
direitos, o desenvolvimento de mecanismos para a incluso social, a equiparao
de oportunidades e a participao e o desenvolvimento da autonomia das pessoas
com deficincia e pessoas idosas, a partir de suas necessidades e potencialidades
individuais e sociais, prevenindo situaes de risco, a excluso e o isolamento.
Este servio era ofertado por 26,2% das entidades de Assistncia Social privadas
sem fins lucrativos que executavam diretamente servios socioassistenciais, e em
41,3% dessas entidades dos municpios com at 5 000 habitantes. Entre as Grandes
Regies, a Regio Sul se destacou com 32,8% dessas entidades com oferta desse
servio, seguida pela Regio Norte onde o servio era ofertado em 31,6% dessas
entidades. Com relao s Unidades da Federao, nos Estados do Amap e Alagoas
estavam os menores percentuais, respectivamente 12,5% e 13,4%, e em Tocantins o
maior percentual, 40,9% (Grfico 7 e Tabela de resultado 5).
%
Grfico 7 - Percentual de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos comexecuo direta de servios, por tipo de servio social de proteo bsica, segundo as
classes de tamanho da populao dos municpios e as Grandes Regies - 2013
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidadesde Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos 2013.
Servio de proteo bsica no domiclio
para pessoas com deficincia e idosasServio de convivncia e
fortalecimento de vnculos
Brasil
At5000
De5001a10000
De10001a20000
De20001a50000
De50001a100000
De100001a500000
Maisde500000
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
79,7
78,6
83,0
79,4
80,4
80,1
79,2
78,9
79,9
78,5
81,0
77,9
77,6
26,2
41,3
37,3
36,7
31,6
27,4
22,9
16,9
31,6
22,5
23,6
32,8
29,5
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As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013
_______________________________________________________________________________________Primeiros resultados
Servio social de proteo especial de mdia e altacomplexidade
A Proteo Social Especial - PSE do Sistema nico de Assistncia Social destinada a famlias e indivduos que se encontram em situao de risco pessoal
e social, por ocorrncia de abandono, maus tratos fsicos e/ou psquicos, abuso
sexual, uso de substncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas,
situao de rua, situao de trabalho infantil, entre outras situaes de violao
dos direitos. Os servios de proteo social especial tm estreita interface com o
sistema de garantia de direito, exigindo, muitas vezes, uma gesto mais complexa e
compartilhada com o Poder Judicirio, o Ministrio Pblico e outros rgos.
No caso da proteo social especial h dois nveis de complexidade: mdia
e alta. So considerados servios de mdia complexidade aqueles que oferecem
atendimento s famlias e aos indivduos com seus direitos violados, mas cujosvnculos familiares e comunitrios no foram rompidos. Os servios de proteo
social especial de alta complexidade so aqueles que garantem proteo integral
moradia, alimentao, higienizao e trabalho protegido para famlias e indivduos
que se encontram sem referncia e/ou em situao de ameaa, necessitando serem
retirados do convvio familiar e/ou comunitrio.
Entre os Servios de Proteo Social Especial ofertados pelas entidades
privadas sem fins lucrativos esto: de mdia complexidade, o Servio Especializado
em Abordagem Social, Servio de proteo social a adolescentes em cumprimento
de medida socioeducativa de Liberdade Assistida - LA e de Prestao de Servios
Comunidade - PSC, Servio de Proteo Social Especial para Pessoas com Deficincia,Idosas e suas Famlias e o Servio Especializado para Pessoas em Situao de Rua; de
alta complexidade, o Servio de Acolhimento Institucional, Servio de Acolhimento
em Repblica, Servio de Acolhimento em Famlia Acolhedora e o Servio de
proteo em situaes de calamidades pblicas e de emergncias.
O Servio Especializado em Abordagem Social um servio ofertado de
forma continuada e programada, com a finalidade de assegurar trabalho social de
abordagem e busca ativa que identifique nos territrios, a incidncia de trabalho
infantil, explorao sexual de crianas e adolescentes, situao de rua, dentre
outras. Devero ser consideradas praas, entroncamento de estradas, fronteiras,
espaos pblicos onde se realizam atividades laborais, locais de intensa circulaode pessoas e existncia de comrcio, terminais de nibus, trens, metr e outros. O
servio deve buscar a resoluo de necessidades imediatas e promover a insero
na rede de servios socioassistenciais e das demais polticas pblicas na perspectiva
da garantia dos direitos.
Dentre as entidades privadas sem fins lucrativos que executavam diretamente
servios socioassistenciais, o Servio Especializado em Abordagem Social era
ofertado por 28,8% dessas entidades, e em 32,8% dessas entidades dos municpios
de 50 001 a 100 000 habitantes. Entre as Grandes Regies, a Regio Norte se destacou
com 39,5% dessas entidades ofertando esse servio. Com relao s Unidades da
Federao, nos Estados do Amap e Rondnia estavam os menores percentuaisdessas entidades que ofertavam esse servio, respectivamente 12,5% e 18,3%, e no
Par esse percentual foi o maior observado, 49,6% (Tabela 3 e Tabela de resultado 5).
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Anlise dos resultados _____________________________________________________________________________________
Especializado
em abordagem
social
De proteo social
a adolescentes em
cumprimento de
medida socioedu-
cativa de liberdade
assistida e presta-
o de servios
comunidade
De proteo
especial
para pessoas
com deficincia,
idosas e suas
famlias
Especializado
para pessoas
em situao
de rua
Brasil 28,8 15,8 28,9 12,4
Classes de tamanho da populao
dos municpios
At 5 000 hab. 30,2 14,0 38,6 9,5
De 5 001 a 10 000 hab. 30,9 20,2 41,7 10,8
De 10 001 a 20 000 hab. 29,7 16,9 41,8 10,9
De 20 001 a 50 000 hab. 29,8 18,2 34,1 11,8
De 50 001 a 100 000 hab. 32,8 15,2 30,0 14,3
De 100 001 a 500 000 hab. 27,0 14,4 24,7 12,5
Mais de 500 000 hab. 27,0 14,5 19,5 13,1
Grandes Regies
Norte 39,5 18,9 34,5 12,7
Nordeste 29,5 19,4 25,1 16,0
Sudeste 28,3 14,1 27,1 11,8
Sul 28,5 16,4 33,5 10,7
Centro-Oeste 28,8 18,3 32,3 15,5
De
acolhimento
institucional
De
acolhimento
em repblica
De
famlia
acolhedora
De
proteo em
situaes de
calamidades
pblicas
e de
emergncias
Brasil 27,0 3,2 5,2 19,3
Classes de tamanho da populao
dos municpios
At 5 000 hab. 21,4 3,2 6,6 25,7 De 5 001 a 10 000 hab. 28,8 2,8 6,9 23,3
De 10 001 a 20 000 hab. 28,6 2,9 5,8 20,7
De 20 001 a 50 000 hab. 30,4 3,8 5,9 21,4
De 50 001 a 100 000 hab. 29,9 3,4 6,5 22,7
De 100 001 a 500 000 hab. 27,4 3,0 4,5 18,4
Mais de 500 000 hab. 22,7 3,1 4,0 15,1
Grandes Regies
Norte 28,6 9,1 8,6 21,8
Nordeste 25,5 3,5 9,5 23,1
Sudeste 29,1 2,8 4,2 16,7
Sul 22,1 2,9 4,7 23,1
Centro-Oeste 28,7 3,9 5,0 18,7
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidades de
Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos 2013.
Classes de tamanho da
populao dos municpios
e
Grandes Regies
Percentual de Entidades de Assistncia Social Privadas sem FinsLucrativos, que executavam servios socioassistenciais,
por tipo do servio
e as Grandes Regies - 2013
Tabela 3 - Percentual de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos,que executavam servios socioassistenciais, por tipo do servio,
Classes de tamanho da
populao dos municpios
e
Grandes Regies
segundo as classes de tamanho da populao dos municpios
Percentual de Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins
Lucrativos, que executavam servios socioassistenciais,
por tipo do servio
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As Entidades de Assistncia Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil 2013
_______________________________________________________________________________________Primeiros resultados
O Servio de Proteo Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida
Socioeducativa de Liberdade Assistida - LA e de Prestao de Servios Comunidade
- PSC tem por finalidade prover ateno socioassistencial e acompanhamento a
adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto,determinadas judicialmente. Para a oferta do servio faz-se necessrio a observncia
da responsabilizao face ao ato infracional praticado. Do total de entidades que
executavam servios diretamente, este servio foi ofertado por 15,8% e em 20,2% das
entidades dos municpios de 5 001 a 10 000 habitantes. A Regio Nordeste foi a que
apresentou o maior percentual dessas entidades que ofertaram esse servio, 19,4%.
Esse percentual atingiu seu maior valor no O Estado da Paraba, 35,6%, e menores
valores no Estado do Acre e de Alagoas (respectivamente 9,1% e 9,0%) (Tabela 3 e
Tabela de resultado 5).
O Servio de Proteo Social Especial para Pessoas com Deficincia, Idosas e
suas Famlias oferece atendimento especializado a famlias onde haja pessoas comdeficincia e idosos com algum grau de dependncia, que tiveram suas limitaes
agravadas por violaes de direitos, tais como: explorao da imagem, isolamento,
confinamento, atitudes discriminatrias e preconceituosas no seio da famlia, falta de
cuidados adequados, desvalorizao da potencialidade/capacidade da pessoa, dentre
outras que agravam a dependncia e comprometem o desenvolvimento da autonomia.
Este servio era ofertado por 28,9% das entidades que executavam servios
diretamente. Alm disso, 41,8% dessas entidades ofertavam esse servio nos
municpios de 10 001 a 20 000 habitantes e 34,5% ofertavam esse servio na Regio
Norte. Esse percentual era maior no Estado do Tocantins ,50,0% e menor nos Estado
do Amap e de Pernambuco, respectivamente 12,5% e 19,2 (Tabela 3 e Tabela deresultado 5).
O Servio Especializado para Pessoas em Situao de Rua um servio ofertado
para aqueles que utilizam as ruas como espao de moradia e/ou sobrevivncia. Tem a
finalidade de assegurar atendimento e atividades direcionadas para o desenvolvimento
de sociabilidades, na perspectiva de fortalecimento de vnculos interpessoais e/ou
familiares que oportunizem a construo de novos projetos de vida. O Servio de
Abordagem Social tem uma relao direta com este servio.
Das entidades que executavam diretamente servios socioassistenciais, 12,4%
ofertavam este servio. Esse percentual era de 14,3% nos municpios de 50 001 a
100 000 habitantes e 16,0% na Regio Nordeste. O Estado da Paraba tinha o maior
percentual dessas entidades que ofertavam este servio, 36,4%, e os Estado de Roraima
e do Amap no tinham nenhuma entidade que ofertasse o servio (Tabela 3 e Tabela
de resultado 5).
O Servio de Acolhimento Institucional, por sua vez, o acolhimento em
diferentes tipos de equipamentos sociais, destinado a famlias e/ou indivduos com
vnculos familiares rompidos ou fragilizados, a fim de garantir proteo integral. J
o Servio de Acolhimento em Repblica um servio que oferece proteo, apoio
e moradia subsidiada a grupos de pessoas maiores de 18 anos de idade em estado
de abandono, situao de vulnerabilidade e risco pessoal e social, com vnculos
familiares rompidos ou extremamente fragilizados e sem condies de moradia e
autossustentao.
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Anlise dos resultados _____________________________________________________________________________________
O Servio de Acolhimento em Famlia Acolhedora o servio que organiza o
acolhimento de crianas e adolescentes, afastados da famlia por medida de proteo,
em residncia de famlias acolhedoras cadastradas. previsto at que seja possvel
o retorno famlia de origem ou, na sua impossibilidade, o encaminhamento paraadoo. O servio o responsvel por selecionar, capacitar, cadastrar e acompanhar
as famlias acolhedoras, bem como realizar o acompanhamento da criana e/ou
adolescente acolhido e sua famlia de origem.
Por fim, o servio de proteo em situaes de calamidades pblicas e de
emergncias promove apoio e proteo populao atingida por situaes de
emergncia e calamidade pblica, com a oferta de alojamentos provisrios, atenes
e provises materiais, conforme as necessidades detectadas. Assegura a realizao
de articulaes e a participao em aes conjuntas de carter intersetorial para a
minimizao dos danos ocasionados e o provimento das necessidades verificadas.
O servio de acolhimento institucional era ofertado por 27,0% das entidadesprivadas sem fins lucrativos que executavam diretamente servios socioassistenciais,
executado por 45,5% dessas entidades do Estado da Paraba e nenhuma das entidades
do Amap ofertava o servio.
Os servios de acolhimento em Repblica e em famlia acolhedora eram
mais escassos nas entidades de Assistncia Social privadas sem fins lucrativos,
respectivamente 3,2% e 5,2% do total de entidades que executavam diretamente
servios. O servio de acolhimento em Repblica era ofertado na Regio Norte por
9,1% dessas entidades, enquanto na Regio Sul por 2,9%. A observao da frequncia
desse servio por Unidades da Federao permite notar que no Estado do Par
encontra-se o maior percentual dessas entidades ofertando esse servio, 14,2%. Porsua vez, no Amap no havia oferta em nenhuma entidade. No servio de acolhimento
em famlia acolhedora o destaque era o Estado da Paraba (31,8%) e o Estado do
Amazonas (15,4%) com os maiores percentuais de famlias cadastradas. Por outro
lado, Roraima destacava-se por no possuir nenhuma famlia cadastrada ofertando
o servio. (Grfico 8 e Tab