PARÓQUIA CATEDRAL DE SÃO CARLOS...

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I niciamos o mês de Novembro com a solenidade de todos os Santos e santas de Deus. No cristianismo, Dulia (do grego, "douleuo" que significa "honrar"), é um termo teológico que significa a honra e culto de veneração devotados aos santos. A veneração especial devotada a Maria chama-se hiperdulia. Esse culto aos Santos e à Nossa Senhora é feito através da liturgia e também, em maior intensidade, através da piedade popular. No campo da piedade popular, destacam-se a veneração de imagens (desde que não se trate de idolatria) - chamada iconodulia -, as procissões, as peregrinações e as múltiplas devoções feitas à Virgem Maria ao Anjo da Guarda e aos Santos. A dulia e a hiperdulia diferenciam-se muito da latria, que é o culto de adoração prestado e dirigido unicamente a Deus. A Igreja afirma a diferença de culto a Deus, aos santos e à Maria. Assim, adora somente a Deus uno e trino (Pai, Filho e Espírito Santo), prestando-lhe o culto de "latria", a Maria somente venerar com o culto de "hiperdulia" e aos santos o culto de veneração simples denominado de "dulia", fundado no dogma da comunhão dos santos. Este dogma ensina que os habitantes do Céu, através da sua oração, são os nossos intercessores junto de Deus, sendo este fato favorável ao género humano. Logo, eles são dignos da nossa veneração. A intenção catequética da devoção aos santos vem ressaltar que somos chamados por Jesus Cristo a sermos santo e estarmos um dia com o Pai que é o Santo dos Santos. Comemorando nosso padroeiro dia 04 de novembro com uma programação muito especial e nosso bispo em carta dirigida a todos os padres da Cidade de São Carlos assim se expressa: Meus amados Padres Aproxima-se o dia de São Carlos Borromeu, padroeiro de nossa Diocese. É de meu desejo que o Padroeiro de nossa cidade e Diocese seja comemorado de modo muito expressivo. Não podemos perder a oportunidade de dar o nosso testemunho de presença católica, expressando nossa fé, nossa alegria e nossa comunhão fraterna; Assim, convoco todo o povo santo de Deus, os padres, Comunidades Paroquiais, Ministérios, Movimentos, para participarem e celebrarem Nosso Padroeiro em nossa Catedral. Para melhor enriquecer nossa Novena do Padroeiro com nossa participação, segue roteiro pensado por mim pela equipe do Governo da Diocese e elaborado pelos padres da Catedral. Que o Santo que teve como lema de vida a “Humildade” seja estímulo para nossa comunhão e nossa missão. Com meu abraço paternal e minha benção, Paulo Cezar Costa Bispo Diocesano Finados: Lembramos com carinho respeito e esperança nossos entes queridos que nos precederam para que estejam na casa do Pai e intercedam por nós. Com nossas orações pedimos a Deus que conceda a todos o descanso e a luz eterna na gloria do Pai. Teremos a oração na Cripta, no dia 2 de novembro, após a Missa das 7h por todos os falecidos, de modo especial pelos bispos falecidos e pelo Monsenhor Luiz Checinato que estão sepultados nesta cripta da Catedral. Pe. José Luis Beltrame Pároco PARÓQUIA CATEDRAL DE SÃO CARLOS BORROMEU CATEDRAL DE SÃO CARLOS BORROMEU Informativo Paroquial Ano I nº 005 Outubro-Novembro/2017 N M S C, P Foto: Tadeu Germano Imagem de São Carlos Borromeu, na Catedral de São Carlos

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Iniciamos o mês de Novembro com a solenidade de todos os Santos e santas de Deus. No cristianismo, Dulia (do

grego, "douleuo" que significa "honrar"), é um termo teológico que significa a honra e culto de veneração devotados aos santos. A veneração especial devotada a Maria chama-se hiperdulia.

Esse culto aos Santos e à Nossa Senhora é feito através da liturgia e também, em maior intensidade, através da piedade popular. No campo da piedade popular, destacam-se a veneração de imagens (desde que não se trate de idolatria) - chamada iconodulia -, as procissões, as peregrinações e as múltiplas devoções feitas à Virgem Maria ao Anjo da Guarda e aos Santos.

A dulia e a hiperdulia diferenciam-se muito da latria, que é o culto de adoração prestado e dirigido unicamente a Deus.

A Igreja afirma a diferença de culto a Deus, aos santos e à Maria. Assim, adora somente a Deus uno e trino (Pai, Filho e Espírito Santo), prestando-lhe o culto de "latria", a Maria somente venerar com o culto de "hiperdulia" e aos santos o culto de veneração simples denominado de "dulia", fundado no dogma da comunhão dos santos. Este dogma ensina que os habitantes do Céu, através da sua oração, são os nossos intercessores junto de Deus, sendo este fato favorável ao género humano. Logo, eles são dignos da nossa veneração.

A intenção catequética da devoção aos santos vem ressaltar que somos chamados por Jesus Cristo a sermos santo e estarmos um dia com o Pai que é o Santo dos Santos.

Comemorando nosso padroeiro dia 04 de novembro com uma programação muito especial e nosso bispo em carta dirigida a todos os padres da Cidade de São Carlos assim se expressa:

Meus amados Padres Aproxima-se o dia de São Carlos Borromeu, padroeiro de nossa Diocese. É de meu desejo que o Padroeiro de nossa cidade e Diocese seja comemorado de modo muito expressivo.Não podemos perder a oportunidade de dar o nosso testemunho de presença católica, expressando nossa fé, nossa alegria e nossa comunhão fraterna; Assim, convoco todo o povo santo de Deus, os padres, Comunidades Paroquiais, Ministérios, Movimentos, para participarem e celebrarem Nosso Padroeiro em nossa Catedral.Para melhor enriquecer nossa Novena do Padroeiro com nossa participação, segue roteiro pensado por mim pela equipe do Governo da Diocese e elaborado pelos padres da Catedral.Que o Santo que teve como lema de vida a “Humildade” seja estímulo para nossa comunhão e nossa missão. Com meu abraço paternal e minha benção,

Paulo Cezar CostaBispo Diocesano

Finados: Lembramos com carinho respeito e esperança nossos entes queridos que nos precederam para que estejam na casa do Pai e intercedam por nós. Com nossas orações pedimos a Deus que conceda a todos o descanso e a luz eterna na gloria do Pai.

Teremos a oração na Cripta, no dia 2 de novembro, após a Missa das 7h por todos os falecidos, de modo especial pelos bispos falecidos e pelo Monsenhor Luiz Checinato que estão sepultados nesta cripta da Catedral.

Pe. José Luis BeltramePároco

PARÓQUIA

CATEDRAL DE SÃO CARLOS BORROMEU

CATEDRAL DE SÃO CARLOS BORROMEUInformativo Paroquial Ano I nº 005 Outubro-Novembro/2017

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Imagem de São Carlos Borromeu, na Catedral de São Carlos

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Um dos momentos fortes dos ritos iniciais da santa Missa é o chamado, ato penitencial.

Poucos valorizam esse momento, pois, como já se tornou rotina, não vivencia-mos a espiritualidade que está por detrás dessa parte necessária da celebração eucarística. O pedido de súplica na liturgia tem origens bíblicas. O caso de Davi, rei de Israel, que reconhece seu pecado: “Então Davi reconheceu seu erro e confessou a Deus: “Pequei gravemente com a minha atitude. Agora, pois, eu te imploro que perdoes o pecado do teu servo, porquanto cometi uma grande loucura!”,(1 Cr 21,8). O salmo 50, é um belíssimo relato de pedido de perdão é atribuído a Davi na sua confis-são, “purifica meu pecado e ficarei puro, lava-me, e ficarei mais branco dom que a neve”, (Sl 50[51], 9). Temos o pedido de perdão do cego de Jericó, “Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim” (Mt 15,22b). Enfim, é bíblico e necessário o pedido de perdão, de misericórdia. E na liturgia é fundamental.

O ritual da Missa sugere que esse momento seja precedido por uma exortação do sacerdote celebrante, “irmãos e irmãs, reconheçamos as nossas culpas para celebrar dignamente os santos mistérios”. Iniciamos a celebração do memorial de Cristo reconhecendo quem nós somos, pecado-res, e as nossas culpas, nossos pecados,

nossa condição de pecadores, para celebrar com dignidade os santos mistérios. Não se pode suprimir uma atitude não necessária, antes de qualquer oração, ou ato da própria comunidade deve-se pedir perdão a Deus.

O ato penitencial tem no núcleo um pedido, Kyrie eleison! Senhor tende piedade de nós! A Igreja congregada no Espírito Santo reconhece sua dependên-cia do perdão de Cristo. Somente um coração humilde e esvaziado pode se colocar diante da graça de Deus que pelo Verbo encarnado chega a todos nós. Eis uma das mais antigas fórmulas de ato penitencial:

Confesso a Deus Todo-Poderoso e a vós, irmãos, que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos, e a vós, irmãos, que rogueis por mim a Deus, Nosso Senhor.

A profundidade desse momento se dará em outras partes do rito litúrgico. Além do ato penitencial encontramos no Glória um pedido, “vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós”, no rito de comunhão temos outro pedido de perdão: “não olheis os nossos pecados, mas a fé...”. E no Cordeiro de Deus também pedimos, “tende piedade de nós”. É visível que em toda a Santa Missa permanecemos em espírito de humildade e recolhimento diante do

ministério de Cristo. Na própria fórmula de consagração do vinho está presente a dimensão da redenção que se dá pelo sangue de Cristo, que purifica e lava todos os pecados, “derramado por vós e por todos para a remissão dos pecados”.

O ato penitencial termina com uma belíssima benção, quando o sacerdote celebrante suplica sobre toda a assemble-ia o perdão de Deus. “Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe nossos pecados, e nos conduza a vida eterna”. Portanto, ao participarmos da Santa Missa, seja nos dias feriais ou dominicais, participemos bem, com o espírito da sagrada liturgia. Que nosso pedido de perdão seja sincero, com humildade, com profundidade. Aliás, toda a celebração exige de todos nós uma participação ativa e consciente.

A liturgia da Missa deve nos educar na fé, ou seja, sempre iniciar nossas orações com um pedido de misericórdia, antes de fazer nossos louvores ou nossos pedidos. Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes, (Tg 4,6).

Tende compaixão de nós SenhorPor que somos pecadores

Manifestai, Senhor a vossa misericórdiaE dai-nos a vossa salvação. Amém

Padre Kécio Henrique FeitosaVigário Paroquial

Formação

02 Informativo Paroquial outubro/novembro | 2017

A S���� M����, III P����

“O Sangue da nova e eterna aliança derramado por vós para a remissão dos pecados”

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2017 | outubro/novembro Informativo Paroquial 03

Acrisma ou Confirmação é um dos Sete Sacramentos da Igreja Católica. Os Sacramentos são sinais da graça e da ação de Deus no meio da Igreja, por meio

dos quais podemos perceber a presença de Deus em nossas vidas. A Crisma, juntamente com o Batismo e a Eucaristia, são os chamados Sacramentos de Iniciação Cristã, que insere e mantêm os cristãos na comunidade eclesial.

A Crisma é um Sacramento que nos dá o Espírito Santo, imprime na nossa alma o caráter de soldados de Cristo que deve perseverar em ser fiel ao Senhor. Por este Sacramento o fiel confirma a fé recebida pelo Batismo. Segundo a Doutrina da Igreja Católica, durante o Sacramento da Crisma o fiel recebe, através da ação do bispo, a unção com o óleo do Crisma (óleo de oliveira).Trata-se de um rito em que o ministro sagrado impõe as mãos sobre os confirmados, invocando o Espírito Santo, e os unge com óleo. A celebração reservada ao bispo significa que este Sacramento corrobora o vínculo eclesial.

A celebração deste Sacramento resulta em efusão especial do Espírito Santo, como outorgado antigamente aos apóstolos por ocasião do Pentecostes. Significa também um aprofundamento e crescimento da graça batismal e do sentido de filiação divina, pois une o crismando mais solidamente a Cristo, aumentando os dons do Espírito Santo. Com a Confirmação, a vinculação do fiel com a Igreja torna-se mais perfeita e concede ao fiel uma especial graça para testemunhar a fé. É como se deixasse na alma um selo ou marca indelével que vincula o crismado como se fosse uma "propriedade" de Cristo.

Este sacramento da Crisma é administrado quando se atinge a “idade da discrição” (cân. 891 do Código de Direito Canônico), que significa sete anos completos. Mas como norma

geral, é recomendado que a Crisma não seja conferida antes dos doze anos de idade. Contudo, mais do que com o número de anos, o Pastor deve preocupar-se com a maturidade do crismando na fé e com a inserção na comunidade.

Pela Graça de Deus, na Catedral de São Carlos Borromeu, estão sendo preparados 18 jovens e 16 adultos que receberão o Sacramento da Crisma no dia 29 de outubro de 2017 às 10 horas. Que pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, nos 300 anos de sua aparição, os Crismados sintam e vivam a fé confirmada pelo Espirito Santo.

Que a comunidade da Catedral siga rezando pelos novos confirmados na fé, para que assumam verdadeiramente o ser cristão e a missão deixada por Cristo: cuidar da Sua Igreja.

S��������� �� C�����Antonio Serra

Catequista de Crisma

Catequese

Padre Kécio Feitosa com os Catequistas da Catedral

Foto: Eduarda Dias

reparação para o Sacramento da Eucaristia: a partir Pdo Concílio Vaticano II, a catequese se redescobre como educação permanente para a comunhão e

participação na comunidade. Volta a mostrar a necessidade de conversão e de compromisso para a transformação do mundo.

É nesse contexto que a catequese se caracteriza pela apresentação de uma nova imagem de Jesus Cristo, modelo e fonte de vida. Ter fé significa fazer adesão à pessoa de Jesus, e isso supõe comprometimento com os irmãos.

Nosso objetivo primeiro quando falamos em catequese para crianças é, portanto, fazer Jesus Cristo conhecido e amado e, a partir daí, levar os pequeninos a amar o próximo. Na Paróquia da Catedral, a catequese para crianças e adolescentes caminha graças ao serviço de alguns poucos catequistas, na sua maioria mulheres.

Nossos catequizandos vêm de lugares distantes. Chegam de diferentes e bairros e das periferias e trazem um objetivo: “fazer a Primeira Comunhão”.

Por que buscam a Catedral?Não o sabemos, mas a todos acolhemos carinhosamente,

procurando formá-los no amor a Deus e ao próximo. Muitos pouco ouviram falar da Igreja e de Jesus e é aí que começa nossa missão : transformá-los em crianças apaixonadas por Jesus,

desejosas de seus ensinamentos e capazes de testemunhar, em pequenos gestos, tudo que ouviram e assimilaram.

Tendo a Palavra de Deus, isto é a Bíblia, como fonte primeira da catequese, as crianças aprendem a manuseá-la, pois assim ela passará a ser fonte de fé, amor e esperança.

É através da Bíblia que falamos de Jesus às crianças que com Ele, aprendem a beleza do amor sem medidas, da paz, da justiça, da solidariedade. Aprendem o quanto é importante ser justo, humilde, pacífico, misericordioso.

Os encontros catequéticos acontecem semanalmente, aos domingos. Têm duração de pouco mais de uma hora e seguem a linha do “pensar, julgar, agir”. Sendo assim, através do amor, do diálogo e do acolhimento, catequistas e catequizandos crescem e se enriquecem na fé

Ao fim do tempo de preparação para o Sacramento da Eucaristia, ao vê-los partir alegres para suas comunidades, pois poucos permanecem em nosso meio, fica em nós o desejo de que em todos se concretizem as palavras do profeta: “Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir” (Jr,20)

Maria de Lourdes MalerbaCatequista Coordenadora

C�������� I������ J������ �� C�������

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m dos temas mais difíceis de ser abordado é, sem Udúvida, o da doença/enfermidade. E é ao, mesmo tempo um tema corriqueiro. Quem nunca adoeceu?

Quem nunca teve que ajudar ou acompanhar um conhecido ou parente numa situação de dor? Quanto mais vemos a dor e o sofrimento mais queremos nos afastar dele, e assim o temor dele cresce cada vez mais. Como cristãos, nossa atitude deve ser diferente dos que vivem distantes da fé e de Deus. Nossa missão é dar esperança para os que lutam com sofrimentos, mas também, nos prepararmos para sabermos sofrer.

Ao nos depararmos com a vida e missão de Jesus, o encon-tramos sempre movido para os que sofrem e sobretudo, os que sofrem doenças físicas que na cultura judaica daquele tempo eram considerados amaldiçoados. Quantos exemplos encontra-mos na Sagrada Escritura onde a doença é relacionada com o pecado: “quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus”, (Jo 9, 2-3). A própria história de Jó, que vivenciou em sua carne a doença, mostra a fé daquele que confia no Senhor em suas lutas.

Jesus é por excelência médico das nossas almas e dos nossos corpos, “tomou sobre Si as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças” (Mt 8, 17). Ele quis que a sua Igreja continuasse, com a força do Espírito Santo, a sua obra de cura e de salvar, mesmo para com os seus próprios membros. É esta a finalidade dos dois sacramentos de cura: o sacramente da Penitência e o da Unção dos enfermos, (CIC 1421). O sacra-mento da Unção dos Enfermos é de origem bíblica e tem na tradição da Igreja uma grande importância por ser uma ação do próprio Senhor Jesus. “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite

em nome do Senhor; E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados”, (Tg 5,14-15).

O Catecismo da Igreja Católica apresenta uma bela reflexão sobre a dor «Pela sua paixão e morte na cruz, Cristo deu novo sentido ao sofrimento: desde então este pode configurar-nos com Ele e unir-nos à sua paixão redentora» (Catecismo, 1505). «Cristo convida os discípulos a seguirem-no, tomando a sua cruz (cf. Mt 10,38). Seguindo-O, eles adquirem uma nova visão da doença e dos doentes» (Catecismo, 1506).

O sacramento da Unção dos Enfermos tem por finalidade conferir uma graça especial ao cristão que enfrenta as dificulda-des inerentes ao estado de doença grave ou de velhice. A formula da unção expressa bem a oração da Igreja:

Por esta santa unção e pela sua infinita misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo; para que, liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na sua bondade, alivie os teus sofrimentos.

Na Igreja Católica temos a Pastoral da Saúde e a Pastoral dos Enfermos que são braços de Deus presentes na vida de tantos homens e mulheres que sofrem no corpo, na solidão, enfim, que precisam de um apoio nosso. Atualmente, sendo Capelão da Santa Casa de São Carlos me deparo com tantas situações difíceis, mas, encontro tantas pessoas com esperança, com fé, com uma confiança em Deus tão grande que são verdadeiras testemunhas do sofrer com Deus. Precisamos aprender mais a viver a fé nas várias dimensões da nossa vida. A graça de Deus que vem em nosso socorro pela ação dos sacramentos não pode ser descartada. Ao contrário, precisamos buscar e incentivar os necessitados a buscarem-na com fé e amor.

04 Informativo Paroquial outubro/novembro | 2017

Vida Cristã

Pe. Kécio Henrique Feitosa

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Foto: Reprodução Canção Nova

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Formação Vicentina

2017 | outubro/novembro Informativo Paroquial 05

No dia 27 de setembro a Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP) comemorou o dia de seu patrono, São Vicente de Paulo.

Vicente de Paulo nasceu na cidade de Pouy, na França, aos 24 de abril de 1581. Era filho de pobres camponeses. Entrou para o seminário e foi ordenado padre com apenas 19 anos de idade.

O início de sua vida sacerdotal foi marcado por muitas dificuldades e desacertos. Diante de uma série de fracassos, foi amadurecendo e, sobretudo a partir de 1612, se lançou inteira-mente no serviço aos pobres. Em contato com os camponeses, conheceu o estado de abandono religioso e miséria em que viviam as populações do campo. Percebeu que os pobres tinham necessidades urgentes e que, para ser fiel a Cristo, era preciso servi-los. Começou, então, a pregar missões entre os pobres e a organizar diversas organizações de caridade.

Passando a residir em Paris e enfrentando uma época de guerra, confusão política, de grandes problemas sociais e de desorganização da Igreja, Pe. Vicente de Paulo passou a se dedicar inteiramente à evangelização e serviço dos pobres. Para este fim, fundou a Congregação da Missão (lazaristas) e unido a Santa Luiza de Marillac, edificou a Companhia das Filhas da Caridade (irmãs vicentinas). De muitas maneiras e com criatividade, desenvolveu uma intensa ação caritativa e missionária, sempre contando com os padres e irmãos de sua Congregação, com as irmãs de Caridade e com muitos leigos e leigas generosos.

Entendia que o pobre é a imagem de Cristo desfigurado a quem devemos servir. E a Igreja deve estar a seu serviço. Por isso, atuou na reforma da Igreja colaborando na reforma do clero.

Por todo seu legado, em 1834, a Conferência de Caridade, resolveu homenagear o Vicente de Paulo como patrono da obra. Foi quando se deu o nome da nossa instituição: Sociedade de São Vicente de Paulo.

Morreu em Paris a 27 de setembro de 1660.

S�� V������, � P������ �� SSVP

o dia 06/09/2017, nosso querido vigário paroquial, NPe. Kécio, tornou-se capelão na Capela da Santa Casa. A missa de posse foi presidida por D. Paulo

César e contou com as presenças dos padres José Luis Beltrame e Rene José de Souza.

Em 11/09/17 faleceu o Monsenhor Amador Romão, vigário paroquial desde 2004, na Paróquia Senhor Bom Jesus em Matão.

O dia 14/09 foi o dia da Exaltação da Santa Cruz e, na sexta-feira dia 16, tivemos a Instituição de 8 novos MESCE em missa presidida pelo Pe. Kécio e concelebrada pelo Pe. José Luis Beltrame.

Teve início no dia 21/09, do Curso de Formação Litúrgica, em que foram abordados pelo Pe. Kécio os Capítulos I e II da Introdução ao Missal Romano e no dia 27/09, foi dada continui-dade com os capítulos III e IV.

Ainda no dia 27/09, o Pe. Kécio fez a Instituição da Comissão Paroquial de Liturgia, formada por Ariane Florin, Demauricio Guerreste, Diana Cury, Maria de Lourdes Malerba,

Silmei Antonio, Sonia Coelho e Lindaura Alves. E por fim, tivemos de 1 a 7 de outubro, o Cerco de Jericó,

quando a Comunidade vivenciou momentos fortes de renova-ção da Fé.

Aconteceu na Catedral

Milena Anselmo Ferreira Crochemore

Foto: João Sganzela

Fiquepor

Dentr!

Setembro-Outubro 2017

Cerco de Jericó: momento de profunda Oração

“Dez vezes irão aos pobres, dez vezes encontrarão a Deus” São Vicente de Paulo

São Vicete de Paulo: Pouy, 24/04/1581 - Paris, 27/09/1660

Maria José Viera Rothen

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Tema Humilitas: A humildade e a vida cristã

PROGRAMAÇÃO

São CarlosBorromeu

26 out a 03 nov

2017

1. 26 de outubro (quinta-feira). Missa de Abertura da Novena, às 19h30

Paróquias convidas: Catedral São Carlos Borromeu, Nossa Senhora do Carmo, Santa Madre Cabrini, São Francisco de Assis e Santa Luzia

2. 27 de outubro (sexta-feira), segundo dia da novena. Missa às 19h30

Paróquias convidadas: São João Ba�sta,São João Paulo II, São Cristóvão, Santa Edwiges, São Miguel Arcanjo e São Sebas�ão.

3. 28 de outubro (Sábado), terceiro dia da novena. Missa às 16h30.

Após a Missa, apresentação cultural do Coral Wilson Wady Cury. 4. 29 de outubro (Domingo), quarto dia da novena. Missa às 7h, 10h, 17h e 19h30. Após a Missa das 19h30, apresentação do Coral Brasileto Ensemble de música de capela.

5. 30 de outubro (segunda-feira), quinto dia da novena. Missa às 19h30

Paróquias convidadas: São Benedito, Santa Isabel, Nossa Senhora Aparecida, São Brás, São Domingos Sávio e Santa Rita.

6. 31 de outubro (terça-feira), sexto dia da novena. Missa às 19h30

Paróquias convidadas: Rosa Mís�ca, São Bento, Nossa Senhora de Guadalupe, Comunidade Nossa Senhora Auxiliadora, Santa Eudóxia, Santo Antônio e São Nicolau de Flüe.

7. 01 de novembro (quarta-feira), sé�mo dia da novena. Missa às 19h30

Paróquias convidadas: São Roque, São José, São Judas Tadeu, N. Sra. do Perpétuo Socorro, Santurário de Adoração São Pio X e Nossa Senhora de Fá�ma

8. 02 de novembro (quinta-feira), oitavo dia da novena. Dia dos Fiéis Defuntos

7h Missa Catedral. Após a Missa, oração na Cripta junto aos Bispos falecidos 19h Missa. Após a Missa Apresentação Cultural: Orquestra

9. 03 de novembro (sexta-feira). Encerramento da Novena19h30 Missa de Ins�tuição do Ministério de Acolitato aos Seminaristas da Teologia. Celebração presidida por Dom Paulo Cezar Costa, Bispo Diocesano.

DIA 04 de novembro (Sábado). FESTA DE SÃO CARLOS BORROMEU7h Missa em honra de São Carlos Borromeu16h30 Missa Solene de São Carlos Borromeu. Preside a Celebração Dom Airton José dos Santos, Arcebispo Metropolitano de Campinas.

Realização:

Paróquia Catedral De São Carlos BorromeuPraça Dom Marcondes Homem de Melo, s/n – centro

CEP: 13560-970 – São Carlos- SP – Fone: (16) 3371.2277