Panamby Magazine Edição nº 4
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1
AUMENTA A MOBILIZAÇÃO EM DEFESA DO PARQUE BURLE MARX
Ano
1 -
Ed
ição
04
- J
ulho
20
14
ROTEIRO CULTURAL pelo Morumbi
2
3
FOTO DA CAPA: Isabelle VallantinANO 1 | Nº 04 | Jun 2014
eDITOrIAl
SuMÁrIO
dIretoreS: luiza Oliva ([email protected]) e Marcelo Santos ([email protected]) PuBlIcIdade: Silvia Perutti crIação e arte: Adalton Martins e Vanessa Thomaz atendIMento ao leItor: Catia Gomes IMPreSSão: laser Press PerIodIcIdade: Mensal cIrculação: Condomínios de alto padrão e comércio do Panamby JornalISta reSPonSável: luiza Oliva MTB 16.935
PanaMBY MaGaZIne é uma publicação mensal da editora leitura Prima. PANAMBY MAGAZINe não se responsabiliza pelos serviços, informes publicitários e produtos de empresas que anunciam neste veículo.
redação, PuBlIcIdade e adMInIStração: Al. dos Jurupis, 1005, conj. 94 – Moema – São Paulo – SP Tel. (11) 2157-4825, 2157-4826 e 98486-3000 – [email protected] – www.leituraprima.com.br www.panambymagazine.com.br – www.facebook.com/panambymagazine M Tecnologia e Comunicação ltda.
Caro morador do PANAMBYPanamby Magazine continua acompanhando a
mobilização dos moradores em defesa do Parque
Burle Marx, contra projetos imobiliários que ame-
açam a mata nativa da região. A matéria de capa desta
edição traz informações de um novo laudo, preparado
pelo botânico ricardo Henrique Cardim, e que analisa a
área localizada em frente à portaria principal do parque e
para onde está previsto projeto da Camargo Corrêa.
O estudo de ricardo revelou que há no terreno 30
exemplares de canela, árvore quase extinta na cidade. A
preservação deve ser o único destino da área, atesta o bo-
tânico. Procuramos também ouvir as construtoras envol-
vidas com projetos no Panamby. A Camargo Corrêa não se
manifestou, enquanto a Cyrela afi rmou que não inter-
virá em Áreas de Proteção Permanente ou nascentes.
Nesta edição, preparamos um roteiro cultural pelo
Morumbi, mostrando que arte também combina com
o bairro. Conheça ainda a história da vira-lata loira,
na reportagem que começa na página 18, uma sim-
pática moradora do Panamby. Aproveite ao máximo
a revista deste mês.
um abraço,
luiza Oliva
editora
12
04
roteIroCultura no Morumbi
Foto
: Eve
rto
Ba
llard
in
18 anIMaISAtitudes responsáveis contra o abandono de animais
22 crIançaSTeatro de bonecos no Shopping
23 novIdadeSloja infantil de casa nova
24 veÍculoSServiços e produtos diferenciados para seu carro
26 orIentação ProFISSIonalestratégia clínica: forma consciente de escolher a profi ssão
Exposição Poente, de Felipe Cohen, na Capela do Morumbi.
04 caPaAumenta a mobilização em defesa do Burle Marx
4
CAPA
Por Luiza Oliva Fotos: Isabelle Vallantin
Moradores intensificam mobilização contra empreendimentos imobiliários que ameaçam o meio ambiente. Vereador e deputado apoiam o
movimento. Participe, assinando a petição que será encaminhada ao prefeito Fernando Haddad.
Aumenta a mobilização em defesa do Burle MArx
movimento em defesa do Parque Burle Marx
está tomando conta do Panamby. Aumentou
a mobilização dos moradores contra dois pro-
jetos de empreendimentos imobiliários que, caso rea-
lizados, trarão enormes prejuízos ao meio ambiente e à
população, entre eles o corte de 5.500 árvores de mata
nativa, o sombreamento do parque pelos prédios, a eli-
minação de nascentes e cursos d’água, a impermeabili-
zação do solo e o aumento do trânsito.
Até o fechamento desta edição, petição que será en-
viada ao Prefeito Fernando Haddad contava com mais de
6.500 assinaturas de cidadãos apoiando a causa, contra
os projetos imobiliários e a favor do meio ambiente. Ou-
tra ação que o movimento dos moradores realizará será a
distribuição de cartazes e folhetos pelo bairro, informan-
do a respeito do risco que paira sobre o Burle Marx.
A insatisfação dos moradores é grande. A advogada
rachel Tucunduva vê os projetos imobiliários como ab-
surdos, “um desfavor para o bairro”. “Quem frequenta o
parque sabe que o terreno vizinho à Marginal Pinheiros,
onde a Cyrela pretende construir um empreendimen-
to, tem cursos d’água e uma mata bastante fechada.
Além de cortar milhares de árvores, o parque ficaria com
sua insolação totalmente comprometida. Felizmente
O
5
os moradores estão se mobilizando e já existe junto ao
Condephaat um pedido para que a área ameaçada seja
considerada uma extensão da área tombada do Parque”,
diz rachel, que se mudou para o Panamby há dois anos,
justamente para contar com os benefícios de ter um
parque como vizinho. “A própria Cyrela construiu empre-
endimentos no Panamby prometendo uma vista para o
Parque Burle Marx. Agora, ela mesma está ameaçando o
verde. Não deixa de ser uma forma de enganar o consu-
midor”, constata a advogada, que também reforça o ris-
co dos usuários ficarem sem estacionamento.
roberto Delmanto Jr., advogado, acrescenta que os
moradores atualmente arcam com o custo do estacio-
namento: “Por ser um parque municipal, o Burle Marx
deveria ter estacionamento gratuito ou com zona azul, o
que não acontece, obrigando os moradores a pagar pelo
estacionamento privado no terreno da Cyrela/Fundo Pa-
namby, cuja parte dos valores é destinada ao Parque.”
Para roberto, que criou uma página no Facebook, a SOS
Árvores do Panamby, há um conflito entre a posição dos
moradores em defesa do Parque e a da Fundação Aron
Birmann. “Há um afastamento dos vizinhos e usuários
diante do choque entre a opinião dos moradores que
compõem as mais de 6.500 assinaturas do abaixo assi-
nado SOS PANAMBY, que entendem inaceitáveis para a
cidade as construções da Cyrela e da Camargo Corrêa,
e lutam pela ampliação do Parque (e que contam com o
apoio da nota divulgada pelo Conselho Gestor no sentido
de se preservarem as Áreas de Proteção Permanente –
APPs e o verde), e o posicionamento exposto pela direto-
ria executiva da Fundação Aron Birmann, que afirmou ser
favorável às construções mediante contrapartidas para
a manutenção do Burle Marx, apesar delas ameaçarem
cortar milhares de árvores, emparedar, sufocar e até tirar
o sol da praça principal do próprio Parque, além de preju-
dicar todo o ecossistema, secar as várzeas e ainda trazer
mais caos ao trânsito”, pondera.
O advogado completa que esse choque de posiciona-
mento entre moradores e a Fundação Aron Birmann di-
ficulta a busca de recursos para manutenção do Parque
junto à vizinhança. “Certamente será muito mais fácil a
Fundação Aron Birmann buscar recursos com as milio-
nárias Cyrela e Camargo Corrêa, bem como com o Fun-
do Imobiliário Panamby, do que com os moradores que
lutam contra as construções por já estarem literalmen-
te sufocados com a vergonhosa destruição do verde na
cidade e no bairro, e que não aguentam mais a especu-
lação imobiliária e o trânsito, que têm destruído a quali-
dade de vida de todos os moradores, e pior, o ar e a água
dos nossos filhos e netos.”
Questionada sobre a ameaça ao verde, a construto-
ra Cyrela declarou que “o projeto não prevê intervenções
em APPs ou nascentes”. “Vamos respeitar rigorosamen-
te a legislação e o meio ambiente, como sempre fize-
mos em mais de 50 anos de história”, afirmou a empresa
Saiba mais sobre o Parque Burle Marx e a mobilização dos moradores em favor do meio ambiente em nosso site www.panambymagazine.com.br – e facebook – www.facebook.com/panambymagazine.
6
CAPA
através de sua assessoria de imprensa à reportagem da
Panamby Magazine. Sobre novos empreendimentos no
bairro, a empresa não dá detalhes, mas afirma que há um
projeto, “em fase de desenvolvimento, em que todas as
aprovações exigidas serão submetidas aos órgãos com-
petentes”. A Cyrela afirma, ainda, que irá “preservar e in-
crementar o entorno, inclusive destinando uma grande
área do terreno ao parque”. “Temos exemplos bem suce-
didos na própria cidade, como, por exemplo, o empreendi-
mento Paulistania Bosque residencial, no Brooklin. Além
de revitalizarmos o bosque, ao lado do empreendimento,
a manutenção do espaço é realizada pelo próprio condo-
mínio. Não temos dúvidas de que, ao revitalizar uma área
verde, o valor que é gerado à região só contribui para o
desenvolvimento sustentável da cidade”, afirmou a cons-
trutora por meio de sua assessoria de imprensa. Também
questionada, a Camargo Corrêa, que entrou com pedido
para concessão de alvará de construção na área localiza-
da logo após a rua Dona Helena Pereira de Moraes, não
respondeu à solicitação da Panamby Magazine.
InIcIatIvaS
O movimento de moradores tem conseguido apoio de re-
presentantes junto à Câmara dos Vereadores e à Assem-
bleia legislativa. Para o vereador Gilberto Natalini, o Par-Flyers e cartazes criados pela Babel Propagan-
da & Digital começam a ser distribuídos pelo bair-
ro. A equipe da agência – larissa Almeida, Diogo
Mono ramos, Paula Geroldi e leonardo Mangini –
trabalhou voluntariamente no projeto, assim como
a Gráfica Aquarela, que imprimiu os materiais.
Caso você tenha como colaborar com o mo-
vimento de moradores do Panamby, envie uma
mensagem via Facebook para o SOS Árvores do
Panamby ou para roberto Delmanto Jr., através do
e-mail [email protected].
Acupuntura MÉDICA
Acupuntura: a acupuntura é um dos tratamentos médicos mais antigos do mundo. Consiste na estimulação de locais anatômicos sobre ou na pele – os chamados pontos de acupuntura.
Principais indicações: Insônia, ansiedade, depressão, estresse, enxaqueca, pânico, artrite, artrose, sinusite, rinite, dores na coluna, problemas digestivos, dores no nervo ciático, difi culdade de concentração, sonolência, baixa imunidade, dores musculares, DTM (dor temporo-mandibular) entre outras. Realizada por um médico especialista.
Rua Mal. Hastimphilo de Moura, 277 casa 1
Tel: 3742-1615
www.clinicaoca.com.br
facebook.com/Odontologia.OCA
7
que Burle Marx é uma área de interesse ambiental de toda
a cidade, e não só dos moradores do entorno. “Não é mais
possível sustentar a ação predatória das construtoras em
São Paulo. O Burle Marx deve ser preservado.” Natalini já
solicitou para a Secretaria Municipal de Habitação cópias
de todos os processos e projetos envolvidos com a área
do Burle Marx. “Fiz essa solicitação há cerca de um mês e
não tive retorno. Quero avaliar todo o material e caso não
seja entregue, entraremos com um pedido via judicial.”
O deputado estadual Carlos Giannazi, que convocou
Audiência Pública no dia 29 de maio, no Plenário Tiraden-
tes da Assembleia, também apoia a luta dos moradores
do Panamby. “Após a Audiência, preparamos um reque-
rimento de informação para a Secretaria do Verde e do
Meio Ambiente da Prefeitura e acionamos o prefeito Fer-
nando Haddad, pedindo providências contra os projetos
de empreendimentos imobiliários na região. eles são uma
agressão explícita ao meio ambiente”, aponta Giannazi,
que está estudando a possibilidade de apresentar um
projeto de lei para tombar ambientalmente a área. “esta-
mos realizando estudos e consultas técnicas e acredito
que em agosto poderemos apresentar o projeto. Como é
uma área com espécies remanescentes de Mata Atlânti-
ca, com aves e plantas raras, temos um bom fundamento
para conseguir o tombamento. Nesse caso, as construto-
ras continuam sendo proprietárias dos terrenos, porém
não poderão mais construir neles. Outra opção seria pe-
dirmos a desapropriação dos terrenos, para a Prefeitu-
ra ou o Governo do estado, e a área toda se tornaria um
parque público.” Para o deputado Giannazi, o desejo dos
moradores coincide com a pauta mundial, que é a ques-
tão ambiental. “São Paulo é uma cidade em colapso. As
empresas também precisam rever suas posições.”
Acupuntura MÉDICA
Acupuntura: a acupuntura é um dos tratamentos médicos mais antigos do mundo. Consiste na estimulação de locais anatômicos sobre ou na pele – os chamados pontos de acupuntura.
Principais indicações: Insônia, ansiedade, depressão, estresse, enxaqueca, pânico, artrite, artrose, sinusite, rinite, dores na coluna, problemas digestivos, dores no nervo ciático, difi culdade de concentração, sonolência, baixa imunidade, dores musculares, DTM (dor temporo-mandibular) entre outras. Realizada por um médico especialista.
Rua Mal. Hastimphilo de Moura, 277 casa 1
Tel: 3742-1615
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8
CAPA
PatrIMônIo da cIdade
roberto Delmanto Jr. acredita que todos devem se empe-
nhar contra a possibilidade do Panamby se transformar
em uma selva de prédios, como o Itaim Bibi ou outros bair-
ros altamente adensados. “Tanto a área da Camargo Cor-
rêa quanto a da Cyrela possuem trechos de preservação
permanente, conforme laudos de especialistas”, aponta.
Segundo Delmanto, um novo laudo, preparado pelo
botânico ricardo Henrique Cardim, referente ao frag-
mento de Mata Atlântica localizado em frente à portaria
principal do Burle Marx e para onde está previsto o pro-
jeto da Camargo Corrêa, constata que a área vem sendo
lentamente dilapidada. Quase todas as árvores estão
com plaqueamento e numeradas, prática comum em si-
tuações de manejo ou supressão de árvores. Também é
nítido o bosqueamento, que consiste na remoção com-
pleta ou de parte significativa da vegetação de sub-bos-
que (ervas, epífitas, cipós, mudas e arbustos), que vive
embaixo da sombra das árvores. Conforme o botânico
ricardo Cardim, “isso provoca desequilíbrios na floresta,
como a perda das mudas de árvores e impedimento da
sua renovação e ciclo natural, menor umidade e maior
chance de incêndios, erradicação de parte importante da
fauna e flora e perda de sustentação de grandes árvores”.
Árvores nativas típicas paulistanas e hoje pratica-
mente desaparecidas são facilmente encontradas no
terreno, como pau-jacaré, tapiá, ipê-amarelo, canjera-
na, jacarandá paulista, aroeira, jacatirão, guaçatonga e
embiruçu. Há ainda árvores frutíferas nativas com mais
de 60 anos de idade, tais como jabuticabeiras, araçás,
uvaias e palmito-jussara, e plantas ameaçadas de extin-
ção, como o xaxim, as pimentas-de-macaco e bromélias.
Mas, segundo Cardim, o grande destaque botânico
do terreno é a sua importante população de caneleiras
ou canelas, essência de madeira nobre quase extinta na
metrópole paulistana. “Mais de 30 exemplares adultos,
alguns de grande porte e aparentando idade avançada,
se espalham pelo terreno. As canelas são árvores com
forte ligação histórica e cultural com a cidade de São
Paulo e seu povo. Na época colonial, entre os séculos xVII
e xVIII principalmente, essas árvores eram as principais
fornecedoras do madeiramento das pontes sobre os rios
paulistanos e das casas bandeiristas”, explica o botânico
no estudo. A conclusão de Cardim é que a única destina-
ção para a área é a preservação. “Qualquer outra utiliza-
ção significa um claro atentado ao patrimônio histórico,
cultural e ambiental de todos os paulistanos”, adverte.
Quem se recorda do Morumbi antes do bairro se tor-
nar um dos campeões em lançamentos imobiliários da
cidade percebe a nítida diferença entre as paisagens com
riachos e árvores frutíferas do cenário atual, onde trânsi-
to e construções povoam as ruas. “Presenciei em pouco
mais de meio século uma devastação indiscriminada no
Morumbi. eu era garoto e vinha do Butantã para o Morum-
bi de bicicleta, através de uma picada aberta no mato.
eram quase duas horas de viagem. O Morumbi era cheio
de gabiroba, frutinha silvestre que dá em arbustos, além
de goiabeiras e maracujá, e no Panamby corria um riacho”,
lembra o jornalista Vital Battaglia, que se mudou para o
Panamby em 1996. “Pensei que viveria muitos anos com
o verde como vizinho. Mas o progresso atropelou tudo e
em menos de 20 anos o perfil do bairro mudou comple-
tamente”, afirma.
Battaglia comenta que não se trata de saudosismo,
10
mas de exigir o cumprimento da lei. “Temos uma legisla-
ção muito bem feita no que se refere à questão ambiental.
Queremos apenas que não cortem árvores na calada da
noite, que se mantenha o equilíbrio ecológico e não ma-
tem os cursos de rio. O que foi feito daquele riacho com
árvores nativas de antigamente? A cidade precisa crescer,
mas com o mínimo de respeito aos cidadãos e pensando
no que deixaremos para nossos fi lhos e netos”, conclui.
Mesmo moradores que chegaram mais recentemente
ao Panamby estão abraçando a causa em defesa do ver-
de. Hamilton Ferraz e a família têm um apego sentimen-
tal pelo Burle Marx. “Passeamos aqui desde que minha
esposa estava grávida. Hoje, nossa fi lha tem oito anos
e adoramos o Parque. São raros os locais como esse em
São Paulo. Não podem destruir o pouco que nos resta da
natureza”, fi naliza.
PoSSIBIlIdadeS de PatrocÍnIo
O Parque Burle Marx busca formas de captar verbas
para ajudar na conservação e mantê-lo viável eco-
nomicamente, à parte a discussão sobre os projetos
imobiliários. Administrado pela Fundação Aron Bir-
mann, a partir de convênio fi rmado com a Prefeitura,
o Parque convida empresas a patrocinarem projetos
em troca de publicidade. É possível participar de
melhorias, como na sinalização do parque. “Temos
um público de 15 mil pessoas visitando o parque
mensalmente. Temos projetos de custo acessível a
uma empresa, e estamos também abertos a outros,
por exemplo que envolvam cultura, como cinema ou
música”, diz Thiago Santos, gestor ambiental da Fun-
dação Aron Birmann.
Os eventos são outra fonte de receita: é possível
organizar no Burle Marx de casamentos a ações pro-
mocionais e eventos corporativos (como coletivas,
workshops, palestras e exposições, na área de 4 mil
metros quadrados do Jardim Burle Marx). Segundo
Thiago tudo deve seguir regras e procedimentos es-
tabelecidos pela Fundação, evitando impacto aos
outros usuários do parque e especialmente ao meio
ambiente. Para mais informações, utilize o e-mail
coMo PartIcIPar
Moradores do Panamby e Morumbi e simpatizantes do Parque Burle Marx podem aderir à causa em defesa da fauna e da fl ora da região.
• Curta a página do Facebook: www.facebook.com/SOSÁrvoresdoPanamby
• Assine a petição, acessando https://secure.avaaz.org/po/petition/Sr_Fernando_Haddad_Prefeito_da_Cidade_de_Sao_Paulo_Amplie_o_Parque_Burle_Marx_em_SP_desapropriando_areas_verdes_ao_redor/edit/
CAPA
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Foto
: Cri
stia
no
Ma
sca
rorOTeIrO
Por Luiza Oliva
O Morumbi e o Panamby reservam a seus moradores algumas dicas interessantes de passeios culturais. Exposições e boa música acontecem em parques e espaços diferenciados, e o melhor: bem pertinho de casa.
Cultura no MOruMBI
Morumbi é um bairro repleto de serviços, como
ótimos colégios e hospitais, e com muito verde.
Será que um bairro em constante crescimen-
to, que a cada dia recebe novos moradores e mais em-
preendimentos imobiliários, tem lugar reservado para a
cultura? Preparamos um roteiro cultural, com endereços
imperdíveis na região, onde é possível aproveitar exposi-
ções e concertos, em lindos cenários.
Fundação MarIa luISa e oScar aMerIcano
um parque com espécies nativas da fl ora brasileira, co-
leção de arte e objetos históricos, espaço para recitais e
concertos de música erudita e, de quebra, um Salão de
Chá, com serviço impecável, ambiente aconchegante e
delícias variadas. Com esse mix de atrações, a Fundação
Maria luisa e Oscar Americano é um dos endereços obri-
gatórios quando o assunto é cultura no Morumbi.
A Fundação foi instituída em 1974 pelo engenheiro Os-
car Americano. Os seis anos seguintes foram dedicados
à reformulação da antiga residência da família, visando
transformá-la na atual sede. A partir de 1980, acervo ar-
quitetônico, paisagístico e artístico tornaram-se acessí-
veis ao público, passando a constituir um dos espaços cul-
turais e de lazer mais importantes da cidade de São Paulo.
Parque (com aproximadamente 25.000 árvores) e
casa são projetos representativos do movimento moder-
no de arquitetura. O primeiro, de autoria de Otávio Au-
gusto Teixeira Mendes, precedeu à construção da casa,
concebida por Oswaldo Arthur Bratke.
A coleção de arte e objetos históricos foi iniciada com
peças pertencentes à família Americano, tendo sido gra-
dualmente ampliada. Hoje preserva e retrata grande par-
te da História do Brasil, compondo-se de três núcleos
principais: Brasil Colônia, formado por pinturas do século
xVII – entre estas, obras do holandês Frans Post – e por
objetos e imagens do século xVIII; Brasil Império, que reú-
O
Foto: Siomara Lim
on
gi
13
PalácIo doS BandeIranteS
A Curadoria do Acervo do Palácio dos Bandeirantes apre-
senta um novo percurso expositivo até janeiro de 2015,
com o objetivo de contar aspectos da história do estado
de São Paulo e da sede do governo paulista por meio de
imagens. O novo percurso de visitação, que iniciou em
junho, ocupa parte do pavimento térreo e do primeiro
andar do prédio, onde são exibidas, entre outras obras,
pinturas, esculturas, gravuras, mobiliário e arte sacra.
esse percurso, criado para fruição do visitante no
Palácio dos Bandeirantes, permite ao cidadão conhecer
algumas das mais representativas obras da história da
arte brasileira, preservadas pelo Governo do estado de
São Paulo. Todas as visitas são acompanhadas por edu-
cadores. No térreo, é apresentada uma breve história do
estado de São Paulo, do Palácio dos Bandeirantes, desde
sua aquisição até os dias de hoje, e da coleção de arte
nele abrigada. Na entrada principal, há obras de Henrique
Bernardelli, Candido Portinari e Giovanni Oppido que ho-
menageiam os bandeirantes.
O Hall Nobre trata da expansão de São Paulo, com o
painel de Antonio Henrique Amaral, e aborda a origem
rural desse crescimento, com as obras de Djanira e Clóvis
Graciano. A participação dos imigrantes também é des-
tacada, assim como o ciclo do ouro e a devoção do povo
paulista com um núcleo temático de arte sacra. No Me-
zanino estão expostos retratos de 30 ex-governantes de
São Paulo, reunidos para promover uma leitura histórica e
estética, presente na arte do retrato. No Salão dos Conse-
lhos, é apresentada a série de 100 pinturas de José Cláu-
dio da Silva, que narra a viagem da comitiva científica de
Paulo Vanzolini ao rio Madeira, na região amazônica.
A visita continua no Salão dos Pratos, com obras de
arte moderna brasileira de artistas imigrantes que aqui
Foto
: Ka
tia
Szk
ud
lare
k
ne retratos a óleo e objetos da época imperial brasileira;
Mestres do Século xx, formado por obras de alguns dos
mais destacados artistas brasileiros, entre eles Portinari,
Brecheret, lasar Segall e Di Cavalcanti.
Na Fundação, arte e paisagem têm encontro marca-
do com a música erudita. Os concertos acontecem aos
domingos, às 11h30, com venda antecipada de ingressos.
Confira a programação dos próximos concertos:
10 de agosto: Del Claro, Fialkov e De los Santos – violon-
celo, piano e violino
24 de agosto: Duo Witowski – piano 4 mãos
14 de setembro: Fábio Godoi – piano
28 de setembro: Trio Brasileiro – piano, violino e violoncelo
12 de outubro: Grupo Pau Brasil – piano, sax, violão, bai-
xo e bateria
26 de outubro: linda Bustani – piano
09 de novembro: ensemble SP e Vera Astrachan – cor-
das e piano
30 de novembro: Quinteto Schubert – piano, violino,
viola, violoncelo e baixo
14 de dezembro: Concerto de Natal
Fundação MarIa luISa e oScar aMerIcano
Acervo – visitas monitoradas, Parque, Concertos,
Salão de Chá, eventos.
Horário de funcionamento: de terça a domingo
das 10h às 17h30, entrada para acervo até 17h
Av. Morumbi, 4.077 (em frente ao Palácio dos
Bandeirantes)
Informações: 3742-0077
www.fundacaooscaramericano.org.br
Ingresso: r$ 10,00 (acesso a Fundação), r$ 5,00
(estudantes e acima de 60 anos)
Foto
: Div
ulg
aç
ão
14
se naturalizaram, nos corredores e no átrio esquerdo de
acesso à escada, com peças importantes do movimen-
to de renovação das artes do século xx e com gravuras,
e no átrio direito, que destaca o programa Patrimônio
em rede, da Secretaria de estado da Casa Civil, res-
ponsável pelo inventário do acervo artístico-cultural
pertencente a todas as unidades administrativas do
estado. A visita é finalizada com a exposição de pintu-
ras, móveis e objetos da Fundação Crespi Prado e da Pina-
coteca do estado de São Paulo, atualmente em comodato
com o Acervo Artístico-Cultural dos Palácios.
Inaugurado oficialmente em 1970, o Palácio dos Ban-
deirantes está localizado em uma área de 125 mil metros
quadrados. O jardim corresponde a 70% do terreno, con-
tendo mais de duas mil árvores, como o pau-brasil e o
ipê-amarelo. Há também espécies exóticas, como cere-
jeiras e cedros-do-líbano. Aproximadamente 40 espé-
cies de aves têm nessa área verde seu habitat, entre elas,
pica-paus, amarelo e negro, quero-quero, joão-de-barro,
tico-tico, alma-de-gato e sabiá-laranjeira.
PalácIo doS BandeIranteS
Av. Morumbi, 4.500 – Portão 2
Horário: de terça-feira a domingo, das 10h às 17h
entrada: gratuita e acessível a pessoas
com deficiência
Informações: 2193-8282 [email protected]
Grupos acima de 10 pessoas: agendamento em
www.acervo.sp.gov.br
rOTeIrOFo
to: D
ivu
lga
çã
o
orqueStra doS MédIcoS do alBert eInSteIn
A Orquestra Filarmônica dos Médicos do Hospital Israelita
Albert einstein completou 21 anos em 2010. Os ensaios são
abertos aos pacientes internados, pacientes ambulatoriais,
familiares, acompanhantes, visitantes, público em trânsito
no hospital e funcionários em geral. Os interessados podem
assistir e interagir com os integrantes após os ensaios.
A Orquestra começou suas atividades após alguns en-
contros de médicos que, independentemente de compro-
missos formais, reuniam-se, uma ou duas vezes ao ano e
apresentavam-se no Auditório do Hospital, tocando seus
instrumentos, individualmente, em duos ou em pequenos
grupos. Foi então que o cirurgião Professor Doutor Jaques
Pinus, flautista, teve a ideia de pesquisar e conversar com
todos aqueles médicos, com o objetivo de formar uma Or-
questra. Com a orientação da pianista internacional Ma-
ria José Carrasqueira, contatou o Maestro Nasari Campos,
que aceitou o desafio.
Foto
: Divu
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inste
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enSaIoS orqueStra FIlarMônIca
doS MédIcoS do HoSPItal ISraelIta
alBert eInSteIn
quando: quartas-feiras às 20h
onde: Hospital Israelita Albert einstein – unidade
Morumbi – Auditório Kleinberger
entrada livre
Para confirmação dos ensaios: Vera Macedo
(11) 2151-0309 ou (11) 2151-2463
1616
caPela do MoruMBI
um dos endereços mais conhecidos do bairro, a Capela
do Morumbi foi erguida em 1949 por Gregori Warchavchik
sobre paredes de taipa de pilão do século 19. A Capela
situa-se em um terreno da antiga Fazenda do Morumbi.
Documento de 1825 aponta que a propriedade perten-
cia ao inglês John rudge, que ali cultivava chá. A fazenda
passou por vários proprietários – na década de 1940, a
Cia. Imobiliária Morumby efetivou o loteamento de suas
últimas glebas e dele fazia parte a antiga casa-sede da
fazenda e a edifi cação em ruínas de taipa de pilão.
São várias as interpretações históricas atribuídas a
estas ruínas: ora como sendo uma capela consagrada a
São Sebastião dos escravos, ora como capela acompa-
nhada de sepulturas destinada aos proprietários da fa-
zenda. Outros estudiosos acreditam ainda que tenham
sido apenas ruínas de um paiol. Contratado pela Cia.
Imobiliária Morumby, o arquiteto Gregori Warchavchik
interpretou as ruínas como remanescentes de uma an-
tiga capela e completou a edifi cação com alvenaria de
tijolos. Convidou a pintora lúcia Suanê que, em afresco,
representou a cena do batismo de Cristo e os anjos com
fi sionomias de índios, nas paredes do batistério.
caPela do MoruMBI Av. Morumbi, 5387 – Tel. 3772-4301
Horário de funcionamento: de 3a a domingo, das 9 às 17h
entrada gratuita e livreInformações: www.museudacidade.sp.gov.br
Desde 1991 o local é destinado a exposições de arte
contemporânea. entre os artistas que já criaram pe-
ças para a Capela estão Guto lacaz, laura Vinci e José
Spaniol. A instalação Poente, desenvolvida pelo artista Feli-
pe Cohen, pode ser visitada na Capela até o dia 31 de julho.
rOTeIrO
Foto
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e
Parque Burle MarX
O Descanso da sala, de José Spaniol
Av. Dona Helena Pereira de Morais, 200
Horário: das 7h às 19h
Tel. 3746-7631
www.parqueburlemarx.com.br
Parque Burle MarX
A obra de arte “O Descanso da Sala”, de José
Spaniol, desde setembro de 2011 pode ser
visitada no Parque Burle Marx e este ano
foi doada ofi cialmente ao Parque. A obra,
construída em aço e ferro, mostra uma sala
de estar suspensa de ponta cabeça sobre o
lago do Parque Burle Marx. Segundo José,
o projeto previa a instalação sobre um es-
pelho d´água. “Tive difi culdades para via-
bilizá-lo em outros parques da cidade. Mas
o Conselho do Parque Burle Marx foi muito
favorável à instalação da obra no local. Fiz
alguns ajustes na peça em relação à clareira
disponível no espaço e ao tamanho do lago,
e também em como posicionar o trabalho
para que houvesse um ângulo de visão fa-
vorável ao visitante”, explica o artista plás-
tico. O público pode caminhar em torno da
peça e primeiro vê o refl exo da obra na água,
aponta Spaniol, já que os objetos estão ins-
talados a oito metros de altura.
Foto
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18
ANIMAIS
Loira é o que se chama de cão comunitário: vive no Panamby, cheia de carinho e cuidados. Mas nem todos os animais de rua têm a
mesma sorte. Saiba como ajudar.
Atitudes responsáveis contra o ABANDONO De ANIMAIS
uem passa pela rua Forte William,
no entroncamento com a rua Maria
Antonio ladalardo, se surpreende
com uma casinha de cachorro, cuidadosa-
mente instalada no local. A moradora da casi-
nha é loira, uma meiga vira-lata, já conhecida
de muitos moradores da região. Maria Helena
Cipolla Gabriolli, moradora da Forte William,
lembra que loira vinha à tarde para a rua, em
busca de comida. Foi fi cando, fazendo amigos,
atraindo atenção e cuidados.
Helena conta que alguns amigos se cotiza-
ram para comprar a casinha, que foi chumba-
da no piso da pequena área verde. Cobertores
e tapetes garantem conforto para a moradora
especial. Helena alimenta loira e cuida para
que não fi que ração no comedouro. “Algumas
pessoas querem ajudar e colocam ração, mas
não podemos deixar a comida exposta ao
tempo, atraindo formigas e insetos.”
Já aconteceu de, em noites frias e chu-
vosas, loira ganhar abrigo em algum aparta-
mento. Mas loira é uma cachorra de hábitos
livres e não se acostuma em uma residência.
ela adora caminhar: todos os dias pela ma-
nhã vai até o VIP Pet Shop, na rua José ra-
mon urtiza. lá, recebe afagos da proprietária
Marcella Azevedo, dos funcionários e da vete-
rinária Camila Masotti. Toma banho frequen-
temente no pet shop, se alimenta e recebe as
vacinas. No fi nal do dia, Camila a leva de volta
Q
Loira em sua casinha: dócil e querida.
19
Atitudes responsáveis contra o ABANDONO De ANIMAIS
para sua “casa” na Forte William. loira é o que se chama
de cão comunitário. “um cão precisa de carinho e conta-
to humano. e loira é muito dócil, todos a adoram”, comen-
ta lígia Freitas de Azevedo, ex-vizinha de Helena, que se
mudou do Panamby mas continua indo frequentemente
ao bairro para visitar a cachorrinha.
loira não é a primeira SrD (sem raça defi nida) que
ganhou cuidados das amigas Helena e lígia. “Infeliz-
mente existem pessoas que consideram animais como
lixo e os despejam no bairro. Não somos colecionadoras
de animais, mas o mínimo que podemos fazer é alimen-
tar e cuidar de qualquer ser vivo que esteja necessita-
do”, afi rmam as amigas, que já promoveram a castra-
ção de 32 gatos e resgataram e enviaram 14 cães para a
Associação MaxMello de Amparo à Vida Animal. “lolita
e Brad Pitt foram os primeiros que aqui chegaram, em
2009, pelas mãos de Helena e lígia. elas
fazem um trabalho muito importante de
acolhimento de animais abandonados”, diz
Sandra Maria Guilarducci, diretora da Max-
Mello, que há 10 anos se dedica aos cuida-
dos de animais.
Hoje, a entidade abriga mais de 350
cães, além de gatos, que consomem três
toneladas e meia de ração por mês. “recebemos muitos
cães vítimas de maus tratos e de torturas. É inacreditá-
vel a que ponto chega a maldade humana. Aqui todos
são tratados, recuperados e vacinados e vivem felizes na
MaxMello, à disposição para adoção. Temos cães de raça,
como pit bulls, rottweillers, dogue de Bordeaux e poodles,
que foram largados pelos donos. Muita gente compra um
cachorro e simplesmente o abandona, quando percebe
que ele dá despesas e fi ca doente”, constata Sandra.
Muitos também são deixados na porta da instituição,
hoje instalada em Ibiúna e de mudança para um novo
espaço em Piedade. Sandra defende ações de cidadãos
como Helena e lígia, do Panamby: “Gente como elas faz o
que o estado deveria fazer. Até porque os animais, por lei,
pertencem ao estado. Se cada um de nós tomasse atitu-
des semelhantes, certamente teríamos menos cães nas
ruas. Há poucas ações de castração, fazen-
do com que os fi lhotes fi quem pelas ruas,
e ainda há os animais abandonados pelos
proprietários.”
A diretora da MaxMello também reforça
a importância dos cães receberem carinho.
este ano um vídeo sobre o trabalho da enti-
dade fez sucesso na internet, com mais de
“Muita gente compra
um cachorro e
simplesmente o
abandona, quando
percebe que ele
dá despesas e fi ca
doente.”
Sandra, da MaxMello: cuidados e carinho para os animais.
20
450 mil visualizações. O vídeo foi idealizado pelos publi-
citários Gregory Kickow e Thiago Bocatto e conta a his-
tória de Pat, cachorrinha resgatada pela entidade depois
de viver anos acorrentada. O convite era claro: “Pat já co-
nheceu o lado mau do ser humano. Mostre pra ela o lado
bom: faça um carinho.” Assista ao vídeo no link http://
www.youtube.com/watch?v=QwkmkHoBBjk. Através do
vídeo, o cantor luan Santana conheceu a história de
Sandra e da MaxMello e gravou um videoclipe na insti-
tuição. A repercussão rendeu reportagens nos telejor-
nais do SBT e da record e participação de Sandra e de
Pat com luan no programa de Ana Maria Braga. Apesar
das participações, as difi culdades para manter a enti-
dade continuam: “Nossas despesas são elevadíssimas,
não podemos continuar sem o apoio de empresas, já que
não temos ajuda de nenhum órgão público, não obstante
nosso trabalho ser de utilidade pública”, aponta Sandra.
Para saber mais sobre a Associação MaxMello de Am-
paro à Vida Animal acesse www.facebook.com/Associa-
çãoMaxMello. A entidade precisa de doações e também
convida os interessados a apadrinharem cães. Mais infor-
mações pelo e-mail [email protected].
ANIMAIS
coMo coMBater o aBandono
Abandono de animais é crime e deve ser registrada
queixa na delegacia mais próxima. A informação é da
médica veterinária do Centro de Controle de Zoono-
ses (CCZ) de São Paulo, Tamara leite Cortez. “O regis-
tro de crimes de abandono é baixíssimo, o que acarre-
ta inclusive uma maior difi culdade em defi nir políticas
públicas na cidade para a questão”, diz a veterinária,
reforçando que o CCZ é um órgão ligado à Secretaria
Municipal de Saúde e não atua frente ao abandono de
animais. “recolhemos apenas animais que represen-
tam um risco à saúde da população.”
Se qualquer cidadão presenciar um abandono e
conseguir anotar a placa do carro, deve fazer Boletim
de Ocorrência na delegacia. Vídeos de câmeras de sis-
temas de segurança, de residências ou condomínios,
também podem ser utilizados para identifi car quem
abandonou um animal na rua. “Apenas a presença do
animal na via pública não pressupõe abandono. ele
pode ter fugido de casa, estar acostumado a passear
por um tempo fora, ter nascido na rua ou realmente ter
sido deixado pelo proprietário. Nesse caso, confi gura
um crime.” Maus tratos ou crueldades contra animais
também devem ser registrados através de BO na dele-
gacia (lei Municipal 13.131/01 e lei Federal 9.605/98).
Para prevenir o abandono de animais, a veterinária
acredita que só há um caminho: a posse responsável.
“Quando se escolhe ter um animal, é importante saber
que ele não é de pelúcia. ele vai comer, beber, fazer cocô
e xixi. Precisa de cuidados, ser vacinado, vermifugado,
necessita no mínimo de uma consulta veterinária anual.
e, quando envelhece, assim como os humanos, os ani-
mais também darão mais trabalho. Precisam de rações
específi cas e mais atenção à saúde. e nem por isso de-
vemos jogá-los fora”, aponta. Cães especialmente pre-
cisam passear, ter contato com outros cães e com as
pessoas da família. “Quanto melhor a relação do cão
com a família menor a chance de ele ser abandonado”,
resume a veterinária Tamara.
Loira recebe cuidados de pet shop e moradores.
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Tradicional evento do Jardim Sul chega à 14a edição.
Até o dia 3 de agosto, o Shopping Jardim Sul realiza a 14a
edição do Festival Teatro de Bonecos, consagrada ação
que o empreendimento realiza desde 2001, sempre
com apresentações gratuitas para crianças de dois a 12 anos.
Neste ano, o projeto aposta na diversidade de linguagem e,
por isso, contará com nove diferentes espetáculos, dos grupos
Navega Jangada, Núcleo de Trecos e Cacarecos, Caleidoscópio,
Cia de Bonecos urbanos e Companhia-Companhia.
As peças serão apresentadas as sextas, sábados e domin-
gos. Às sextas-feiras as apresentações serão às 16h e aos sá-
bados e domingos às 16h e 18h, no palco montado na praça
de eventos. O evento tem como objetivo reunir um panorama
cultural por meio de apresentações de espetáculos com lingua-
gens e técnicas variadas.
Segundo Vilmar Verdade, Superintendente do Shopping Jar-
dim Sul, o empreendimento está sempre preocupado em oferecer
Fotos: Divulgação
CrIANçAS
as melhores opções para toda a família
e fomentar a cultura na região. “Além de
oferecer um mix completo de lojas e ser-
viços buscamos realizar eventos que pro-
porcionem lazer, entretenimento e cultura
para nossos clientes, como o Festival Tea-
tro de Bonecos”, fi naliza.
Teatro de bonecos no SHOPPING
XIv FeStIval de teatro de BonecoS
data: De 18 de julho a 03 de
agosto, de sexta a domingo.
Horário: Sextas às 16h e sábados
e domingos às 16h e às 18h.
entrada Gratuita
Shopping Jardim Sul
Av. Giovanni Gronchi, 5.819,
Morumbi – SP.
www.jardimsul.com.br
23
Em novo endereço, Bugudum oferece moda, acessórios e linha para ballet e danças em geral.
Bugudum está de casa nova. Há quatro anos
no Morumbi, a loja é apaixonada pelo uni-
verso infantil e inaugurou um novo espaço,
onde as crianças têm um cantinho exclusivo, sofi sti-
cado, aconchegante e divertido só para elas.
A Bugudum dispõe de moda a acessórios, desde
a maternidade até o tamanho 14, proporcionando
aos bebês, crianças e teens o que há de melhor em
conforto, beleza, elegância e criatividade. A loja ofere-
ce produtos de marcas como Tyrol, luluzinha, Oliver,
Sônia, Anuska e Trânsito (com peças diferenciadas e
numeração até 16, atendendo a fase da pré-adoles-
cência e teens).
O Pijama Divertido é um dos destaques da Bugu-
dum e excelente opção para presentear: o pijama vem
com um boneco de pano feito com o mesmo tecido
do pijama. Há também opções de pijamas para o pa-
pai e a mamãe (com numeração até GG), iguais aos
das crianças. Acessórios, como bandanas, lenços, fi -
velas para cabelo, bolsas, além de moda praia, podem
ser encontrados na Bugudum.
Outro diferencial da loja é a parceria com diversas
escolas de ballet do Morumbi. Na loja é possível en-
NOVIDADeS
contrar uniformes para as pequenas bailarinas, com
sapatilhas, collant, sainhas, bolsas e meias, inclusive
com numeração de adulto. A linha de papelaria en-
canta especialmente as meninas e são ideias para
lembrancinhas de aniversário. No andar superior, a
Bugudum tem um outlet com peças lindas e excelen-
tes preços.
De CASA NOVAAv. Dr. Guilherme Dumont
Villares, 1477 (ao lado da Padaria letícia)
Tel. 3507-7319 e 3507-5823
www.facebook.com/BugudumBabiesAndKids
Loja infantil
A
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ATS Pneus oferece diversos serviços automo-
tivos, com atendimento e equipamentos di-
ferenciados a preços competitivos. Os sócios,
Amílcar Suehasu e elthon Akinaga, colocaram sua expe-
riência no setor de competições de carros esportivos no
projeto da ATS. “Até 2013 atuei junto a Yokohama Pneus
no departamento de motor esporte, em categorias como
a Porsche Cup do Brasil. Hoje, 90% dos pneus comercia-
lizados na loja são Yokohama, que tem produtos de cate-
goria superior, mas também somos multimarcas”, conta
elthon. Conhecendo o público de proprietários de mar-
cas esportivas, como Porsche e Subaru, a dupla investiu
na ATS para esse nicho de mercado. “Preparamos carros
esportivos para competições, como a Porsche Cup e a
lancer Cup, nas provas do rally Mitsubishi. Mas também
atendemos carros convencionais, apostando em servi-
ços de qualidade, na área de pneus, suspensão, freios, ro-
das, alinhamento e balanceamento, montagem de pneus
blindados, troca de óleo e baterias”, explica.
equIPaMentoS de ÚltIMa Geraçãoum dos diferenciais da loja são os equipamentos.
Há quatro elevadores pantográfi cos, prepa-
rados para levantar qualquer carro, desde
os extremamente pesados, como pica-
pes blindadas, até modelos esportivos,
mais baixos. O alinhamento 3D é de
última geração e permite uma leitura
Serviços e produtos DIFereNCIADOS para seu carro
ATS Pneus une experiência em competições a produtos de primeira para oferecer serviços de qualidade.
VeíCulOS
bem mais precisa do carro. “Temos o
software mais atualizado do merca-
do e nosso balanceamento é com-
putadorizado”, diz elthon. Para manter
a suspensão em ordem, o alinhamento
da direção e o balanceamento das rodas
são indicados a cada 7 mil quilômetros. Os procedimentos
garantem melhor dirigibilidade, maior economia de pneus
e combustível, estabilidade e segurança. “Mas conforme
o tipo de pneu utilizado, como os de uso misto ou fora de
estrada, recomendamos antecipar o alinhamento e o
balanceamento para 5 mil quilômetros.”
BlIndaGeM de PneuSA ATS também faz blindagem de pneus.
elthon explica que a roda é envolvida
com uma cinta de aço, de poliureta-
no ou de borracha, que impede que o
pneu solte da roda em caso de furo.
“Se o pneu escapar da roda, torna-se
inviável guiar o veículo. Com a cinta, o
carro mantém certa estabilidade mes-
mo com o pneu furado. Carros não blinda-
dos também podem contar com a segurança dos
pneus blindados”, acrescenta. A ATS dispõe ainda dos
pneus run fl at da Yokohama, que rodam até 80 quilôme-
tros sem ar.
Av. Morumbi, 7826
Tel. 5521-3996 / 2366-2962
www.atspneus.com.br
A
26
OrIeNTAçãO PrOFISSIONAl
escolha por uma profissão na adolescência
representa muito mais do que uma seleção
por uma atividade de trabalho, implica refletir
quem se deseja ser, significa a busca por uma identidade
pessoal e profissional. É justamente nesta fase que o jo-
vem experimenta importantes transformações hormo-
nais, emocionais e intelectuais tornando-o suscetível a
conflitos internos e externos. Sentimentos como medo,
dúvida, angústia, confusão, incerteza, receio e insegu-
rança são claramente evidenciados nesta fase, pelo fato
de os adolescentes atribuírem a si mesmos a responsa-
eSTrATÉGIA ClíNICA: forma consciente de escolher
a profissãoPor Cleire L. Molinari Bosio
bilidade da escolha, como se essa definisse seu futuro e
lugar na sociedade.
O jovem de hoje é fruto de uma geração que nasceu
conhecendo o computador, os jogos eletrônicos, pluga-
do no mundo das informações rápidas e globais. Porém,
a grande questão é: com que profundidade compreende
ou utiliza as informações obtidas? Observa-se que nos
momentos de optarem por seus projetos de vida, os jo-
vens tendem a deparar-se com uma certa “fragilidade de
conhecimento”, ou seja, não se sentem emocionalmente
preparados para tomarem decisões.
A
Atualmente, o vínculo que o adolescente estabelece
com a profi ssão é um dilema. Isso ocorre porque o pro-
cesso de escolha da profi ssão requer que o jovem possa
selecionar, discriminar, diferenciar, descartar e, para que
isso aconteça, é preciso conhecer e não apenas “zapear”
as características das inúmeras opções disponíveis de
profi ssões e atuações no mercado.
É neste contexto que o trabalho de orientação profi s-
sional deve ser pautado, promovendo o autoconhecimen-
to nos jovens e, sobretudo, a refl exão conjunta na escolha
da profi ssão, traçando um caminho no qual o adolescente
possa transitar em busca de um objetivo, estimulando-o
a fazer escolhas de maneira mais consciente e madura. É
imprescindível criar condições para que os jovens possam
ter acesso à maior quantidade possível de informações
em relação as suas escolhas. O orientador profi ssional
atuará como um facilitador neste processo, desenvolven-
do estratégias para que o próprio jovem identifi que suas
aptidões, interesses, valores e características de persona-
lidade, favorecendo dessa forma a elaboração de um pro-
jeto de vida de maneira responsável e consciente. Fo
to: Fo
tolia
cleire l. Molinari Bosio é psicóloga e orientadora
profi ssional, Coach certifi cada pela Sociedade Brasileira
de Coaching – SBC