Palestra 02 Neuroses e Histerias

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NEUROSES E HISTERIAVISO PSICO-ESPIRITUALLGIA POMPEUAMEMGQuem no sabe agradecer, no sabe receber e nem mesmo pedir

Aniceto em Os Mensageiros -Andr Luiz/F.C.XavierIntroduoAnglica, jovem de aproximadamente 25 anos, internada em Hospital Psiquitrico.Portadora de psiconeurose histrica de longo curso, a caracterizar-se por ataques violentos de psicastenia dolorosa, que surgira em conseqncia dos distrbios neurovegetativos, que vem experimentando desde h algum tempo, acompanhados por outros de ordem motora.

Sua enfermidade descrita como tendo sido originada em passado delituoso, de conotao moral pouco recomendvel. No incio do sculo XX, constrangida a se casar com um homem mais velho, por imposio familiar.O marido, ao confidenciar-lhe que no tinha condies de assumir a vida sexual, permitiu-lhe relativa liberdade, com o compromisso de manter as aparncias da convenincia social. Acobertada, assim, pelo esposo insensato e leviano, tombou em sucessivas quedas, cometendo abortos, por quatro vezes consecutivas. Na ltima ocorrncia, desencarnou em conseqncia de violenta hemorragia.

NEUROSEDo ponto de vista psicolgico a criana, ao se deparar com um meio no adequado, onde os adultos vivem envolvidos em suas prprias dificuldades emocionais e vivenciais, pode se sentir desqualificada em seus sentimentosNo somente o seu verdadeiro eu prejudicado no seu desenvolvimento normal, como a necessidade de criar meios estratgicos artificiais para lidar com os outros, obriga-a a passar por cima dos seus verdadeiros sentimentos, desejos e pensamentos.

Acrescentamos, que, alm da influncia scio-familiar no desenvolvimento, no podemos nos esquecer que o indivduo traz impresso em seu perisprito as tendncias, conquistas e consequncias de toda a existncia, a qual se reflete no psiquismo atual, do ser encarnado.

Portanto, o desenvolvimento, saudvel ou neurtico, muitssimo mais complexo, para alm das possibilidades que somos capazes de lanar o nosso olhar.

No processo neurtico, pela insegurana acima citada, o indivduo cria todo um sistema de defesas, as quais no lhe permitem flexibilidade, por no expressar o seu verdadeiro eu, mas por sentir a necessidade de se transformar em algum que deva ser aceito e amado, no pelo que , mas pelo que acredita que o ajudar a compensar a falta de segurana de ser aceito pelo outro.

Atitudes de defesa :Perfeccionismo;Rigidez;No se permitir errar;Desejo de reformar o outro;Diversos mecanismos de controle;

Atingir o aperfeioamento muito diferente do ser perfeito. Uma jornada que se atinge atravs de passos, s vezes quase imperceptveis, compreende tambm retrocessos e quedas, erros e a certos. Aprender com os prprios equvocos, buscando recomear.

Alm do autoconhecimento que esta atitude traz para a pessoa, ensina-lhe tambm que o outro passa por processo semelhante, e, tem, como acontece consigo, o direito aos enganos, erros, iluses, alm, claro, das atitudes positivas j adquiridas.

Este desejo de perfeio existe no ntimo de todos ns, como expresso da demanda evolutiva espiritual, em direo ao Pai. a caminhada natural.

O homem, na tica espiritista, deve ser observado na sua dualidade, esprito e matria e na sua relao com o Criador, percebendo-se que o Esprito caminha consciente ou inconscientemente para a perfeio. Homero Gomez Roberto Lcio em O Homem Sadio Uma Nova Viso

Mas, aparentemente, o ser humano no pode desenvolver completamente as suas potencialidades, se no for sincero para consigo prprio, se no for ativo e produtivo, e se no cooperar com os seus semelhantes; no pode se desenvolver se mergulhar numa profunda idolatria do ego, atribuindo, sempre, os seus defeitos s deficincias alheias. Somente ser capaz de se desenvolver, no verdadeiro sentido do termo, se assumir a responsabilidade de seus atos K. Horney.

Precisamos desenvolver um trabalho pessoal e intransfervel, primeiramente de autoconhecimento , reconhecimento de possibilidades e potencialidades prprias, reconhecimento da necessidade de crescimento e aprendizado, e, neste sentido, tambm a capacidade de recompor os caminhos, atravs de atitudes novas e transformadoras.

15HISTERIA

Aspectos Psicolgicos

A personalidade histrica gravita em torno de si mesma, numa postura regredida, de egocentrismo. Apresenta sintomas e alta sensibilidade, fortes exigncias no campo afetivo, envolvendo, principalmente, a famlia e as pessoas prximas. Essas exigncias revelam-se de forma mais acentuada na necessidade constante de obter provas de que , realmente, amada. No ser atendido em suas exigncias tem o significado de agresso e torna-se uma prova da falta de afeto e abandono.

Quase sempre, essas exigncias so mantidas em segredo, no verbalizadas, na esperana e crena de que sero percebidas, de forma quase mgica, dentro daqueles aspectos regredidos, dos quais falvamos.

Outra forte caracterstica a unilateralidade afetiva, pois acredita no ser necessrio o movimento da busca do contato no relacionamento pessoal, nem a necessidade de se doar. Exige receber, mas no se sente em condies de doar.

Ressentimentos e mgoas; Facilmente influencivelSensibilidade exagerada;Exigncia exacerbada Provas de afeto;Vaidade Sistema de Orgulho Neurtico;Seduo - Sexualidade Reprimida;Personalidade Histrinica.

Caractersticas:Ressentimentos e mgoas, dirigidos, principalmente, contra familiares so profundos, acreditando-se, verdadeiramente, desvalida do aconchego familiar, buscando substitutos em todos aqueles de quem se aproximam.

Como sabemos, do ponto de vista esprita, muitos desafetos podem se reencarnar como parentes, sendo ento, possvel que essas percepes no sejam meras sensaes do paciente, mas uma situao real de reencontro, com o objetivo de se resgatar o passado de forma saudvel.Entretanto, dentro deste quadro doentio, o relacionamento pode tornar-se muito difcil, pois por parte do paciente existem as exigncias em receber e as dificuldades em doar, em suas sensaes de empobrecimento interior as quais no lhe permitem trocas e da falta de entendimento por parte da maioria dos famliares.Postura do terapeuta

delicada a postura do terapeuta, pois, ao mesmo tempo em que precisa atuar amorosamente, necessita saber colocar os limites reais, desestimulando atitudes de manipulao e seduo, desmistificando a idia do paciente de que aquele que ama, tem que estar a todo instante dando provas de seu amor.

Lembramos que grande maioria dos leigos e, at mesmo alguns profissionais da rea de sade, podem desacreditar da realidade da dor do paciente, por causa da caracterstica histrinica. Entretanto, sua dor verdadeira e apenas se manifesta de maneira inadequada, da nica forma com a qual o paciente sabe expressar-se.

Simplificadamente, poderamos dizer que cabe ao terapeuta facilitar criatura uma melhor leitura da sua experincia, oferecendo-lhe mecanismos prprios para a definio de metas e caminho. E, mesmo respeitando a liberdade de escolha do outro, o espiritista pautar sem sua leitura em pontos tais como: O Amor a Deus, a si e ao prximo; o perdo das ofensas, a reconciliao com o inimigo; a sublimao dos sentimentos e o aprimoramento da criatura, atravs da sua reforma ntima.

Abordagens Psicoteraputicas

Fundamental o trabalho individual com o paciente, bem como o atendimento familiar.

Das Tcnicas: Terapia Cognitiva Hipnoterapia Ericksoniana Arteterapia TRVP: Quais os riscos e benefcios? Constelao Familiar

HISTERIA DOENA DA ALMA

Ao reencarnar-se o Esprito culpado, atravs de processo muito complexo, fixou no centro coronrio, onde se situa a epfise, a veladora da sexualidade,os abusos anteriormente cometidos, que foram sendo revelados medida que a puberdade ativava o centro gensico, produzindo-lhe o estado atual, e, simultaneamente,

fazendo que a memria dos sucessos infelizes comeasse a trasladar-se do inconsciente profundo para o inconsciente atual, em forma de tormentosas crises evocativas das sensaes experimentadas nas pavorosas regies de dor donde proveio...

Manoel Philomeno de Miranda/ Divaldo Pereira Franco em Grilhes Partidos

Epfise glndula da vida espiritual do homem

Aos quatorze anos, aproximadamente, de posio estacionria, quanto s suas atibuies essenciais, recomea a funcionar no homem reencarnado. O que representava controle fonte criadora e vlvula de escapamento. reajusta-se ao concerto orgnico e reabre seus mundos maravilhosos de sensaes e impresses na esfera emocional. Entrega-se a criatura recapitulao da sexualidade, examina o inventrio de suas paixes vividas noutra poca, que reparecem sob fortes impulsos...

ela preside aos fenmenos nervosos da emotividade, como rgo de elevada expresso no corpo etreo. Desata, de certo modo, os laos divinos da Natureza, os quais ligam as existncias umas s outras, na sequncia de lutas

pelo aprimoramento da alma, e deixa entrever a grandeza das faculdades criadoras de que a criatura se acha investida...Na qualidade de controladora do mundo emotivo, sua posio na experincia sexual bsica e absoluta. De modo geral, todos ns, agora ou no pretrito viciamos esse foco sagrado de foras criadoras, transformando-o em m relaxado, nas sensaes inferiores de natureza animal.

Renncia, abnegao, continncia sexual e disciplina emotiva no representam meros preceitos de feio religiosa. So providencias de teor cientfico, para enriquecimento efetivo da personalidade... Centros vitais desequilibrados obrigaro a alma permanncia nas situaes de desequilbrioInstrutor Alexandre/ Andr Luiz/F.C.Xavier em Missionrios da Luz

Conto: O Pescador e Sua Mulher

Irmos GrimmEra uma vez um pescador que vivia com sua mulher em uma miservel cabana perto do mar.Certo dia, encontrava-se pescando, quando a linha foi puxada com muita fora, e ao pux-la, o pescador trouxe para fora do mar um enorme linguado.O linguado lhe disse:- Sade, pescador. Imploro-lhe que me deixe viver, pois na verdade no sou um peixe, mas sim, um prncipe encantado. Deixe-me ir embora.- No h preciso de tantas palavras replicou o pescador claro que no vou matar um peixe que tem o dom das palavras.

Ao chegar em casa, contou para a esposa o que tinha acontecido- No lhe pediste que te pagasse com alguma coisa?- No. O que iria pedir?- Ah! horrvel viver nesta pocilga suja e fedorenta. Podias pedir-lhe uma cabana melhor para ns! Volta e pede-lhe. Diga-lhe que precisamos de uma cabana melhor para viver.

O pescador no estava muito disposto a ir, mas tambm no estava disposto a enfrentar a resistncia da mulher. Ento foi at praia, onde o mar j no estava to calmo quanto antes.Chamou o linguado, que apareceu e perguntou:- O que est querendo a sua mulher? - Eu te pesquei, no verdade? A minha mulher acha que devo te pedir uma recompensa. Ela quer morar numa cabana melhor do que a pocilga suja e fedorenta que vivemos hoje.- Podes ir. Ela j tem.

Quando o pescador voltou, encontrou a esposa sentada num banco, ao lado de uma bela casinha, muito bem montada.A mulher, levando-o para dentro, perguntou:- No muito melhor?- Sem dvida! Aqui podemos viver felizes e satisfeitos!Passaram-se quinze dias, e um dia a mulher disse:- No achas que esta casa muito pequena para ns? O linguado bem que poderia nos dar uma melhor. Vai l e diga-lhe que eu quero morar em um castelo de pedra.

O marido, mesmo no querendo, foi para junto do mar, que se encontrava ainda mais agitado.Chamou o linguado.- Que que ela est querendo agora? Perguntou o linguado.O pescador, meio assustado, disse:Quer morar num castelo de pedra.- Volta, vais encontr-la diante da porta.Ao voltar, ele a encontrou na escadaria de um grande palcio de pedra.Na manh seguinte, a mulher acordou primeiro. Amanhecia e ela comeou a observar a paisagem maravilhosa ao redor. Acordou o marido e disse-lhe:- Levanta e v a beleza da paisagem! A gente podia ser rei de tudo isto aqui.E, decidindo de repente, acrescentou:- Vai procurar o linguado e diga-lhe que eu quero ser Rainha!

Mesmo acreditando que aquele desejo era um absurdo, o pescador foi procurar o linguado.Parou junto do mar, cujas guas estavam muito agitadas e chamou o linguado.Vamos ver o que mais quer agora disse o linguadoEla quer ser rainha. respondeu o pescador, morrendo de vergonha.-Volta. Ela j rainha.

Ao voltar o pescador se deparou um palcio muito maior e l estava a corte, com todo seu esplendor e a mulher sentada no trono.- Agora que s Rainha, est tudo bem. No desejemos mais coisa alguma.- No, meu marido. No estou satisfeita, no posso me resignar. Sou Rainha, mas devo ser Imperatriz. Vai dizer ao linguado que desejo ser Imperatriz!Mas, mulher, no posso pedir uma coisa dessas. S h um Imperador no mundo! No interessa, quero ser a Imperatriz!

- Isso no vai acabar bem! Ia o pescador falando enquanto se dirigia para a praia. - Ser Imperatriz um absurdo total!Chegou junto do mar, cujas guas estavam negras como a noite, agitado por ondas enormes.- Eu j o esperava disse o linguado. Que que ela est querendo?Ah, minha mulher quer ser Imperatriz disse o pescador quase sem voz. Volta para junto dela. Ela j Imperatriz.

Ao chegar, viu-a sentada em um trono de ouro com uma enorme coroa na cabea.- Ento, mulher, ests contente agora, que j s Imperatriz?- Sou Imperatriz, mas agora quero ser Papa. Vai dizer isso ao linguado.O marido ficou apavorado. Saiu em meio a um grande vendaval, que varria a terra e dobrava as rvores. Antes de anoitecer, j estava escuro. A chuva desabou sobre a praia.Foi assim, desesperado e trmulo que o pescador chamou o linguado.

O peixe, aparecendo no meio das ondas furiosas, perguntou:- Que que ela quer agora?- Quer ser o Papa!- Podes voltar para junto dela, que j virou Papa...Quando voltou j encontrou a mulher como Papa.- Agora que s Papa, vais ficar satisfeita. Nada mais podes deseja!- Vou pensar sobre isso!

No dia seguinte, ao acordar, a mulher viu a luz do sol entrando pela janela e pensou:- Por que no hei tambm de mandar no movimento do Sol e da Lua?E, tomando sbita resoluo, disse ao marido:- Vai dizer ao linguado que eu quero ser igual a Deus!- Que isso? Enlouqueceste, mulher? - Cala a boca e faze o que estou mandando!Reconhecendo o absurdo da pretenso da mulher, o pescador foi para a praia, no meio da tempestade, arriscando-se a ser fulminado por um raio.Tremendo de medo e frio, o pescador chamou o linguado.

- Que mesmo que ela quer?Quer ser igual a Deus! Exclamou o pescador.

Volta para junto dela, disse o linguado, e vais encontr-la na pocilga onde moravas.

E na pocilga esto os dois morando at hoje.

OBRIGADA!e-mail: [email protected]