Padre Adelar Baruffi - Aaron Simms - Writer, Author,...

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES, 03 DE DEZEMBRO DE 2014 | EDIÇÃO 162 Padre Adelar Baruffi Conforme vai se aproximando o Natal, deve aumentar a serenidade.

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Padre AdelarBaruffi

Conforme vai se aproximando o Natal, deve aumentar a serenidade.

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Por Kátia Bortolini e Janete Nodari

padre Adelar Baruffi, com a nomeação do padre Izidoro Bigolin como Vigário Geral da Diocese de Caxias do Sul e sua futura mudança para Caxias, assumirá, em 2015, como pároco da Paróquia Santo Antônio.

Baruffi nasceu em 19 de outubro de 1969, em Coronel Pilar, na época, distrito de Garibaldi. É filho dos agricultores Melíbio Baruffi e Iraci Benini Baruffi. É graduado em Filosofia e Teologia. Mestre em Teologia. Especialista em Espiri-tualidade, pela Pontifícia Universidade Teresianum, de Roma.

Integração - Estamos próximos à comemoração do Natal. A data re-mete à festa religiosa, ao encontro familiar e também ao consumo, em função do ato de presentear. O apelo comercial, cada vez mais intenso, tem ofuscado o sentido religioso da data?

Padre Baruffi - No dia do aniver-sário da gente, se recordássemos ou-tro fato e não o aniversário... imagine? Precisamos ter presente o motivo da festa: o nascimento de Jesus. A ale-gria, os presentes são sinais do gran-de presente que é o Filho de Deus. Os cantos natalinos trazem alegria. Tudo fala da alegria no Natal, enfeites, lu-zes. O que é mais difícil para nós é a simplicidade e a sobriedade do Na-tal. Quando nos deparamos com a manjedoura e o presépio, ficamos desconcertados. O despojamento da origem do Natal. Se Deus se fez tão pequenino, a comparação que eu faço do Natal é a seguinte: uma mãe tem uma criança pequenina que já fica de pé. Mas, ela fica grudada na mãe até a altura do joelho, e diz: eu quero colo. A mãe diz, então venha, mas ela não consegue a não ser que a mãe se abaixe e a traga ao colo. Deus também vem ao nosso encontro. É próprio de quem ama, ir ao encontro do amado, observava Santa Teresi-

Natal: o motivo da festa é o nascimento de Jesus Cristo

Quem lembra é o padre Adelar Baruffi, da Paróquia Santo Antônio

Padre Adelar Baruffi

nha. Deus vem ao nosso encontro no Natal, em forma do pequenino Jesus Cristo. Se conseguirmos entender isso no Natal, conseguiremos passar bem a data. Se nós não nos prepara-mos, a sociedade nos prepara. Não devemos criticar o consumismo. Mas, a preparação e a celebração refletem o modo que queremos viver.

Integração - Preparação em ple-na era do imediatismo?

Padre Baruffi - Sim, preparação e espera. Esse é um dos pontos em que nós mais precisamos nos deter: é importante saber esperar. Essa ca-pacidade nos ajuda a amadurecer. O tempo de Advento, que estamos

vivendo, é uma espera que tem ca-racterísticas de alegria. Há um tempo para viver plenamente e serenamen-te cada etapa de nossa vida. Essa ân-sia de ter que resolver em dezembro tudo o que ficou pendente no ano é ruim. Conforme vai se aproximando o Natal, deve aumentar a serenidade.

Integração - Como encontrar se-renidade em tempos tão atribulados?

Padre Baruffi - Intensificando a prática da oração em grupos de en-contros ou de novenas. Isso é pre-cioso, porque assim as pessoas se encontram e aguçam suas sensibili-dades. Esse tempo está centrado na Palavra de Deus, na solidariedade, na caridade e na fraternidade. Deus sempre é sereno.

Integração - O senhor vai ser o próximo Pároco do Santuário Dioce-sano Santo Antônio de Bento Gon-çalves?

Padre Baruffi - Sim. Com a nome-ação do padre Izidoro Bigolin como Vigário-Geral da Diocese de Caxias do Sul e sua futura mudança para Caxias, assumirei como pároco da Paróquia Santo Antônio, que abrange 25 co-munidades e três núcleos de atendi-mento pastoral.

Integração - Há três anos o se-nhor mora em Bento Gonçalves. Ago-ra, vai assumir um cargo de destaque na comunidade. Feliz?

Padre Baruffi - Sim, muito. Pri-meiro porque tive uma acolhida excelente. Logo me senti em casa. Segundo, porque essa é uma comu-nidade cristã com uma história de

fé que tem que ser respeitada. Uma história muito bonita, de festividades da fé cristã. Um exemplo é o significa-do da Festa de Santo Antônio para o município. Outro, é o modo como as comunidades foram se organizando, como foram obtendo seus espaços. Na paróquia Santo Antônio, estima-mos que mais de mil pessoas realizem trabalho voluntário, entre serviços or-ganizativos, equipes administrativas e funções ligadas à evangelização. Outro destaque da paróquia e de nossa Região de Bento Gonçalves é o Curso de Teologia e Bíblia para leigos, ministrado no edifício Santo Antônio. O curso aborda questões sobre o sen-tido da vida, interpreta a Palavra de Deus e analisa temas como depres-são e fé, por exemplo.

Integração - Depressão e fé?Padre Baruffi - Sim, depressão

e fé tem muito a ver. As pessoas que têm fé encontram força e luz para su-perar as adversidades da vida. Isso, nós cremos, inclusive, a Medicina e a Psicologia estão comprovando isso. Com o decorrer do tempo, a Psicolo-gia e a Igreja se aproximaram. Ela nos fornece elementos em que podemos superar as situações de perda, de

“A alegria, os presentes, são

sinais do grande presente que é o Filho de Deus. Os cantos natalinos trazem alegria”.

“Temos desafios, mas o coração

da comunidade é generoso”.

Kátia

Bor

tolin

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luto, de depressão. Quanto mais difí-cil é viver uma perda para quem não tem fé? A fé é um suporte para as si-tuações limites da vida.

Integração - Desafios no cargo de Pároco em Bento Gonçalves?

Padre Baruffi - Temos desafios, mas o coração da comunidade é ge-neroso. Por ocasião da visita pastoral do Bispo Diocesano, D. Alessandro Ruffinoni ao município fizemos uma grande avaliação. A orientação é para ajudarmos as pessoas a conhecerem mais a Palavra de Deus. Chamamos de leitura orante. A ideia é formar pequenos grupos. Temos um plane-jamento para 2015, de ir identifican-do grupos e possibilitando a con-gregação de pessoas. Isso nos ajuda a superar o anonimato das pessoas. Quem sou eu dentro da comunidade Santo Antônio? O segundo desafio é a evangelização da juventude. Temos sementes, como o Bote Fé, que ocor-reu no último dia 22 de novembro. Jovens de diversas cidades da região estiveram aqui reunidos.

Integração - O papa Francisco, primeiro latino-americano a ocupar o mais alto escalão da Igreja Católica Apostólica Romana, está fazendo a diferença no cenário religioso mun-dial. Quais são seus diferenciais?

Padre Baruffi - Energia, dinamis-mo, vitalidade... ele está sendo um grande dom para a igreja, pela sua pessoa, que é uma bênção. Ele fala claro, traz serenidade para as pesso-as, as ajuda a viver a fé, não como um peso. Vejo em Papa Francisco uma igreja muito mais positiva, acolhedo-ra, misericordiosa. Menos da lei, do jurídico, mais das pessoas. Ele usa a palavra: saiamos, vamos abrir a por-ta, vamos para fora, para as periferias existenciais e humanas. O papa Fran-cisco nos surpreende. Ele nos desafia como testemunho. Trata-se do foco do agir. Veja que ele não mudou ne-nhuma das verdades de fé, mas, a postura. Somos uma instituição que marca a história do Ocidente. Carre-gamos o ônus e o bônus. Ele nos aju-da a entender que o mais importante é sermos seguidores de Jesus Cristo. Questões de moral tomam sentido em nossa vida a partir de uma base, alicerçadas naquilo que nós cremos. O desafio não é somente dizer isto é pecado ou não, mas ajudar os batiza-dos a encontrarem o sentido de viver a partir de Jesus Cristo.

Integração - Com que idade e de que forma se manifestou sua vocação

religiosa?Padre Baruffi - Aos 13 anos, nas

férias do seminário de um amigo de infância, o hoje padre Anésio Ferla. Quando ele voltou para o interior onde morávamos, me disse, Adelar, tu também queres ser padre? De imediato, gostei da ideia. Aos 14 anos, iniciei minha caminhada no Seminário Nossa Senhora Aparecida, de Caxias do Sul. Em 1984, comecei o Ensino Médio, o propedêutico, de-pois a formação filosófica, em Caxias e a Teologia, em Viamão, estudando na PUC. Em 22 de janeiro de 1995, fui ordenado sacerdote na Igreja de São Lourenço, em Coronel Pilar. Logo fui nomeado para trabalhar na formação dos padres. Fiquei um ano e meio. Depois, acompanhei os seminaristas do Curso Propedêutico e auxiliei no Santuário de Caravaggio. Em setem-bro de 1998, Dom Paulo me enviou a Roma para estudar. Tive a graça de passar o ano jubilar em Roma. Ao re-tornar, em fevereiro de 2001, fui no-meado como reitor do Seminário N. Sra. Aparecida, em Caxias do Sul. Em 2008, fui enviado ao Seminário São José, também em Caxias do Sul, onde residem os seminaristas da etapa dos estudos filosóficos. Permaneci quatro anos. Em 2012, fui nomeado para vir à Paróquia de Santo Antônio, com grande alegria.

Integração - O senhor estudou em Roma. O que mudou nessa per-

manência em Roma?Padre Baruffi - Havia possibilida-

de de me aperfeiçoar aqui, no Brasil. Mas o fato de residir em Roma, apren-dendo a língua e tendo contato com muitas pessoas de países diferentes foi uma bênção e um aprendizado. Em Roma, compreendi que nós so-mos uma grande família no mundo. Aprendi o sentido da universalida-de da Igreja, da nossa fé cristã. Tive a oportunidade de trabalhar como padre em uma paróquia italiana, na Arquidiocese de L´Aquila. Conheci as famílias, a cultura, a culinária e tam-bém a igreja presente na Itália. Eles olham para a América Latina como a igreja que tem vitalidade. O Brasil também tem uma igreja que tem vi-talidade. Se uma vez os missionários vinham de Europa para cá, agora, eles nos veem como quem pode contri-buir, tanto que o papa Francisco é da Argentina.

“A fé é um suporte para as situações limites da vida”.

“Somos uma instituição que

marca a história do Ocidente.

Carregamos o ônus e o bônus”.

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DistribuiçãoGRATUITA ANO 13 | Nº 162 | DEZEMBRO 2014 | www.integracaodaserra.com.br

Editorial

Gentileza gera gentileza

Página 12

Publicação constataempreendedorismo de

Bento Gonçalves

Desfile Cênico de Natal com patinadores

nos dias 13 e 20Página 04

O Natal passa a valer desde ago-ra. Nossa equipe empenhou-se em trazer informações especiais e entre-vistas inteligentes. Na sobrecapa, o verdadeiro sentido do Natal, descrito pelo padre Adelar Baruffi, entre ou-tras reflexões. Ainda, na editoria, des-tacamos o perfil do Sr. Casagrande, com 66 anos dedicados à profissão de garçom.

Confira e confirme por que a má-xima “gentileza gera gentileza”, faz

tanto sentido.Nessa edição, a exemplo das an-

teriores, nos dedicamos para levar até você, leitor, reportagens, artigos, ensaios e fotos significativas. Confira também, a magia e o encantamento do Natal em depoimentos e a progra-mação do Natal Bento 2014.

Bom de ver. Bom de ler!Circularemos novamente antes

do Natal, mas, desde já, desejamos Boas Festas!

Colecionado arteCaderno Mosaico

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02 Jornal Integração da Serra | 03 de dezembro de 2014Opinião

Os artigos publicados com assinatura são

de inteira responsabilidade do autor e

não traduzem, necessariamente, a opinião

do Jornal. Suas publicações obedecem ao

propósito de refletir as diversas tendências

e estimular o debate dos problemas de

interesse da sociedade. Por razões de clareza

ou espaço, os e-mails poderão ser publicados

resumidamente.

Editor de Fotografia: André Pellizzari

Colaboradores e Colunistas: Aldacir Pancotto, Cristiane Grohe Genrich Arroyo, Ernani Cousandier, Paulo Capoani, Rogério Gava, Sinval Gatto Jr, Thompsson Didoné

Endereço: Rua Refatti, 101 - Maria Goretti - Bento Gonçalves - RS

Fone: (54) 3454.2018 / 3451.2500

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Site: www.integracaodaserra.com.br Filiado à ADJORI.

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRAPeriodicidade: MensalTiragem: 12.000 exemplaresCirculação: Na primeira semana de cada mês, em Bento Gonçalves,Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira, São Pedro, Vale dos Vinhedos, São Valentim, Tuiuty e Faria Lemos.Propriedade: Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda.Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374Redação/Revisão: Janete Nodari e Carlos GeovaneÁrea Comercial: Moacyr RigattiAdministrativo: Aline Festa

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Os Jetsons

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KátiaBortolini

[email protected]

Fotos do leitor

Mamãe Raquel Martinelli flagrou Bernardo conversando com o Papai Noel Joana Carboni incentivando o pai Sirlésio Jr. em mais uma corrida

a minha infância e juventude, gostava de pen-sar sobre como seria a vida nos anos 2000. Nú-mero redondo, forte, mudança de era, parecia

que muitos problemas do mundo seriam erradicados, entre eles o da fome. Hoje, sei que problemas fazem par-te da vida de todos e que a desgraça é covarde, nunca anda sozinha.

Uma forte referência da época para o século 21 era a da série de televisão Os Jetsons, que mostrava carros voadores, cidades suspensas, trabalho automatizado, aparelhos eletrodomésticos, de entretenimento e robôs domésticos.

Parecia tão distante o tal ano 2000. Lembrei-me

disso ao começar a escrever esse artigo, pensando no assunto do momento: avaliação do ano 2014, pela pro-ximidade de seu término. É sempre assim quando vou escrever, opinando. Vem à mente o assunto pontual, no caso a opinião sobre o ano que está terminando. Mas, transferi para o artigo da próxima edição, que circula an-tes do Natal. Talvez escreva, talvez não, vai depender de quanto, no dia, sentir que a minha opinião sobre os fatos que marcaram 2014 vai fazer diferença para os leitores.

Para esse artigo, afloraram lembranças nostálgicas, entre elas, a dos desenhos da família Jetsons, que entre robôs e aparelhos supermodernos levavam uma vida fá-cil e engraçada. Adorava assistir.

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Natal 0303 de dezembro de 2014 | Jornal Integração da Serra

As ruas, casas, lojas e fachadas de prédios em Bento Gonçalves estão decoradas com árvores de Natal, guir-landas, papais-noéis, luzes, presentes e laços. É a magia do Natal, lembrada também em família.

Para a economista e mestre em Vitivinicultura Internacional, Maria Inês Munari Balsan, decorar a casa dois meses antes é importante. “Sem-pre fizemos a ceia de Natal. É um

A magia do Natal em família

No coração de quem acreditaO ritual dos presentes sob a árvo-

re de Natal também é compartilhado pela família do corretor de seguros, Luís Carlos Bortolini. Pai de Pietro, 9 anos, Bortolini fez questão de manter o encantamento da figura do Papai Noel no imaginário do menino. Isso até o Natal de 2013. Ocasião em que Pietro pediu de presente games e foi até a loja com o pai escolher os jogos.

Arquivo Pessoal Arquivo Pessoal

Família de Maria Inês Munari Balsan reunida no Natal de 2013 Luís Carlos, Pietro e Adriane Bortolini preservam o encantamento do Natal

momento em que meus filhos, meu marido e eu disponibilizamos para estarmos juntos,“ reforça Maria Inês. Ela acrescenta que, melhor ainda é quando a festa reúne os avós, sobri-nhos, irmãos, cunhados. “O Natal é um momento de união e de dedi-cação à família,” enfatiza. “A ceia fica para a meia-noite. Brindamos, nos desejamos Feliz Natal e depois disso, distribuímos os presentes.”

“Como ele estava junto, pensei em contornar a situação, mas o es-pírito de Natal prevaleceu e guardei o presente”, recorda Bortolini. Ele relembra ainda que, quando Pietro encontrou o pacote na árvore, ficou perplexo. “Eu fiz o característico “ho ho ho” e falei, agora você também é Papai Noel, porque ele está no seu coração.” Para Bortolini, Papai Noel existe no coração de quem acredita.

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04 Jornal Integração da Serra | 03 de dezembro de 2014Natal

Natal Bento: decoração e festaspara encantar crianças e adultos

Dia 7, 20h30min - A Incrível Jor-nada de Anna - Espetáculo de Pa-tinação, inspirado em Frozen. Nesta história, a destemida e otimista Anna sai em uma jornada épica para en-contrar sua irmã Elsa, cujos poderes congelantes aprisionaram o reino de Arendelle em um inverno eterno. Em sua jornada, a jovem Princesa Anna encontra Trolls Místicos e um hilário boneco de neve chamado Olaf, entre outros personagens da Disney.

Local: Ginásio Municipal de Espor-tes

Realização: Centro de Patinação Rodas Di Bento. Informações: (54) 9223-7220 ou (54) 9223-7221

Dias 13 e 20, 21h - Buon Natale

- Desfile Cênico e Alegórico, espetá-culo de som, luz e dança, com patina-dores, bailarinos, artistas circenses e atores.

Local: Rua Herny Hugo Dreher, bairro Planalto

Realização: Centro de Patinação Rodas Di Bento. Evento Gratuito. In-formações: (54) 9223 7220 / (54) 9223

7221. Obs.: em caso de chuva, o even-to será transferido, data a confirmar.

Dia 15, 20h - 12ª edição Natale Del Gesù Bambin, nos Caminhos de Pedra com dança, coro, banda, flauta, teatro e participação especial da Esco-la São Pedro.

Local: Salão da Comunidade de São Pedro. Evento gratuito

Realização: Associação Caminhos de Pedra. Informações: (54) 3455 6333

Dia 18, 20h30min – Tholl - Ima-

gem e Sonho, uma mistura de cor, emoção, acrobacia e fantasia. Evento gratuito.

Local: Ginásio Municipal de Espor-tes

Realização: Secretaria Municipal de Turismo de Bento Gonçalves e CDL. Informações: (54) 3055 7141

Dia 19, 19h30min - Raízes de

Bento Gonçalves - 139 Anos de Imi-gração Italiana. Cânticos italianos, encenação da chegada das primeiras 20 famílias de Trentinos em Bento Gonçalves, celebração da palavra em

italiano, simbolização do Rosário e cânticos sacros em italiano.

Local: Praça das Rosas. Em caso de chuva, o evento será realizado na Igreja Cristo Rei. Evento gratuito.

Realização: Famiglia Trentina di Santo Antão e Circolo Trentino di Ben-to Gonçalves com apoio das demais entidades dedicadas à imigração ita-liana de Bento Gonçalves. Contato: Inerí Delcí Copat (54) 3451 2702.

Dia 21, 20h30min - Missa espe-cial de Natal - Vale dos Vinhedos.

Local: Salão da comunidade 8 da Graciema - Vale dos Vinhedos

Informações: (54) 3451-9601 Dias 21, 22, 23, 25, 28 e 29, 21h -

Anjos de Natal - os Pequenos Canto-res e a Orquestra do Instituto Tarcísio Michelon apresentam músicas natali-nas populares. Uma noite de encanto. Evento Gratuito

Local: Sacadas do Dall’Onder Grande Hotel

Realização: Instituto Tarcísio Mi-chelon. Informações: (54) 3455 3555

Confira a programação do mês de dezembro

Janete Nodari

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0503 de dezembro de 2014 | Jornal Integração da Serra Natal

LOCAIS DE ORAÇÃO

Segunda-feiral G.O. Sagrada FamíliaIgreja Matriz Santo Antônio, 20hl G.O. Santa RitaComunidade Santa Rita, 19h30minl Pais orando pelos filhosAssociação Servos de Maria, 13h30min

Terça-feiral G.O. Fé e VidaIgreja Matriz São Roque, 14h

Quarta-feiral G.O. Santo AntônioAuditório da Igreja Santo Antônio, 14hl Terço para homensIgreja São Luís, bairro Glória, 19h30min(somente na 2ª semana de cada mês)

Quinta-feiral G.O. Servos de MariaAssociação Servos de Maria, 14hl G.O. São LuísIgreja São Luís, bairro Glória, 19h30minl G.O. N. S. de CaravaggioIgreja N.S. Caravaggio, Tamandaré, 19h30l Adoração ao Santíssimo SacramentoAssociação Servos de Maria, das 8 às 14h

Sábadol G.O. Jovem nas Asas do EspíritoAssociação Servos de Maria, 20hl Adoração ao Santíssimo SacramentoIgreja São Luís, 18h - 4º Sábado

O verdadeiro

Apoio:

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sentido do Natal“Meus olhos viram a Tua Salvação”

Aproxima-se a festa do Natal. Para os que têm fé, Natal é a chegada feliz de Deus que vem a nosso encontro para nos fazer irmãos e nos ensinar os ca-minhos do bem. Veio na frieza da noite para acender em nós o fogo do amor e nos fazer irmãos. Veio pobre para nos dar a riqueza de Deus. Os anjos iluminaram a noite e trouxeram a mensagem do céu: “Nasceu hoje para nós o Salvador” (Lc 2,10). Isto era Natal...

Infelizmente hoje o Natal é festa comercial: ven-de-se muito e desperta-se a necessidade de comprar. A festa atual é do comércio. Perdeu-se o clima da reunião da família, em que as crianças se alegravam com seus pequenos presentes: bolas, bonecas, carri-nhos. Tudo simples e familiar, recordando a chegada

de Deus-Menino nos braços de Maria.Porém é no encontro com o Salvador que sentimos

a felicidade de nossa vida. Natal é festa de amor para to-dos: para os velhos cansados da vida, há um reconforto de esperança; para os adultos, a certeza da presença de Deus que veio para ficar conosco; para os jovens, uma ocasião para escolher certo o rumo de seus passos; para os que ainda vão nascer a alegria de ter Deus bem per-to de suas vidas inocentes. Moços e velhos, crianças e adultos, temos de preparar-nos para este encontro de salvação, de alegria e de graça com o Menino que nos foi dado na noite de Belém.

Fonte: Dom Benedicto de Ulhôa Vieira

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Rua Amos Perisutti, 163 - Santa Helena54 3453.6017

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Educação06 Jornal Integração da Serra | 03 de dezembro de 2014

Centenas de educadores e estu-dantes se reuniram no último fim de semana de outubro com o mesmo objetivo, integrar diversas tecnolo-gias ao ambiente escolar. Há anos, essa proposta é desenvolvida no Colégio Marista Aparecida e como resultado disso, o colégio alcançou mais um prêmio na área, o 3º lugar na Categoria Pesquisa do 6º Desafio de Robôs.

O evento foi realizado nos dias 30 e 31 de outubro no Centro de Even-tos e Negócios da Fenac, em Novo Hamburgo, com a temática “Agricul-tura familiar – alimentar o mundo, respeitar o planeta”.

O Desafio de Robôs consiste em Na categoria Pesquisa, 10 grupos representaram o Colégio em Novo Hamburgo

Colégio Marista Aparecida conquista 3º lugar em Desafio de Robôs

programar robôs para realizar tarefas nas chamadas arenas, numa compe-tição que envolve estratégia, criativi-dade e tecnologia. Cada arena repre-senta um elemento que possibilita ao estudante encontrar soluções, con-forme o tema do evento.

Além dos desafios na arena, a competição também contou com a categoria Pesquisa, em que os estu-dantes apresentam trabalhos rela-cionados ao tema do evento com o apoio de uma maquete explicativa, para visualizar o problema e a solu-

ção encontrados pelos estudantes. Ao todo, o Colégio Marista Apa-

recida levou 10 grupos de estudantes do 5º, 6º e 7º ano do Ensino Funda-mental para concorrerem na catego-ria pesquisa, desses grupos, a equipe “Robótica BR” ficou em 3º lugar. O time era composto por Valentina Ber-tani Sassi, Isabelle Sassi Caio, Lorenzo Volpi Bettim, Arthur Giordani Rasador e Gabriel Vanni de Miranda.

Além disso, o colégio foi repre-sentado nos desafios das arenas pelos estudantes do 6º e 7º ano do

Ensino Fundamental, integrantes da Oficina de Robótica, Bruno Paese, Ezequiel Wagner e Pedro Zandoná, que competiram na categoria Missão Arena.

O Desafio de Robôs foi o evento destaque do Festival Mostratec de Robótica Educacional. Coordenado pelos Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista, o festival tem como objetivo realizar demonstrações de tecnologias e metodologias empre-gadas na rede e entre seus parceiros para o desenvolvimento da Robótica Educacional.

Essas atividades integraram a Mostratec 2014, feira de ciência e tec-nologia realizada anualmente pela Fundação Liberato. O evento reuniu jovens cientistas do ensino funda-mental, médio e da educação profis-sional de nível técnico.

Há três anos, o Colégio Marista Aparecida conta com a Oficina de Ro-bótica, trabalho extraclasse que ex-pande o ambiente de aprendizagem, disponibilizando mais ferramentas, aumentando a gama de atividades que podem ser desenvolvidas e pro-movendo a integração de diversas disciplinas através da construção de dispositivos robóticos.

Fotos: Assessoria de Comunicação e Marketing do Colégio Marista Aparecida

Na Missão Arena, o colégio foi representado pelos estudantes Pedro

Zandoná, Bruno Paese e Ezequiel Wagner

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Bairros 0703 de dezembro de 2014 | Jornal Integração da Serra

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Apoio:

Associação de Moradores do Santa Helena encerra mandato contabilizando investimentos e conquistas

A Mais Bela ComunitáriaNo próximo dia 13 de dezembro

ocorre no ginásio da associação a Es-colha da Mais Bela Comunitária do Rio Grande do Sul, com a participa-ção de candidatas de associações de bairros de 26 municípios do Estado. O evento inicia às 20 horas.

As primeiras famílias a residir no bairro Santa Helena chegaram na déca-da de 1980. Hoje, são cerca de 1.500 fa-mílias. O bairro, há 18 anos, conta com o trabalho voluntário da Associação de Moradores. O ginásio de esportes da Associação é o ponto de encontro para atividades esportivas e sociais.

Os jantares Gauchesco, Italiano e o Festival do Chopp, promovidos nesse ano no ginásio da Associação, mobili-zaram cerca de 180 voluntários, entre as equipes de organização, cozinha, garçons e churrasqueiros.

A Associação agradece esse traba-lho prestado por moradores do bairro em eventos, ocorridos no decorrer de 2014. O lucro dessas festas foi reverti-do, no decorrer da gestão 2013/2014, em melhorias no ginásio de esportes da Associação.

Principais açõesl Resgate do projeto de constru-

ção de muro de contenção e calçada, em obras.

l Construção do Galpão do Coste-lão e de mezaninos nas churrasqueiras.

l Revitalização da gruta, da fonte e pintura da quadra de esportes.

EleiçõesNo próximo dia 12 de dezembro, das 18 às 20

horas, acontece no ginásio de esportes a eleição de nova Diretoria da Associação de Moradores do Bair-ro Santa Helena. Podem votar maiores de 18 anos, mediante comprovação de residência no bairro.

Construção da praçaOs integrantes da atual Diretoria estão dispos-

tos a permanecer nos cargos para dar continuidade aos trabalhos, entre eles o de concretizar uma das mais antigas reivindicações da comunidade: a cons-trução da praça, com academia ao ar livre. Integran-tes da Diretoria estiveram repassando ao prefeito Guilherme Pasin as principais reivindicações do bairro Santa Helena.

Nair Foscarini, Gilnei Basso, secretária de Educação Iraci Luchese Vasques, Ivanir José Franco, prefeito Guilherme Pasin, Edson

Rogério Biasi e o secretário de Obras, Valdir Possamai

l Aquisição de churrasqueira ro-tativa, 900 cadeiras, com capas, para- raios, carrinho hidráulico, televisão de led, freezer, toalhas e utensílios para a cozinha.

l Ampliação da área física do gi-násio, com a construção de palco e ba-nheiros.

l Projeto do PPCI de dois hidrantes.

Sociall Cerca de 120 estudantes, entre

7 e 15 anos, foram contemplados em 2014, pelo projeto Querendo Aprender Esportes, para futsal misto, aprovado em 2013 pelo Conselho Municipal de Esportes, sem passar pelo Legislativo.

l Criação da galeria dos ex-presi-dentes.

l Promoção permanente de Cam-panha do Agasalho.

l Doações a entidades assistenciais do município.

l Utilização do espaço do ginásio para a Escola Municipal Santa Helena, comunidade/Igreja Santa Helena e o Grupo da Melhor Idade Tempo de Viver.

l Conquista do primeiro lugar, em 2013, no concurso de Decoração Nata-lina, categoria Rua.

Gruta e fonte revitalizadas Construção de calçada e muro de contenção em obras Ginásio de Esportes da Associação Santa Helena teve sua área física ampliada

Fotos: Divulgação

Diretoria 2013/2014Presidente: Ivanir José Franco; Vice-presidente: Edson Rogério

Biasi; Primeira secretária: Nair Pereira; Segundo secretário: Gilnei

Basso; Tesoureiro: Lino Nardin; 2º Tesoureiro: Antenor Ferreira

Conselho Fiscal - Presidente: Magno da Silva Farias; Vice-

presidente: Adair Testa

Conselho Deliberativo: Valdomiro Lambracht, Ademar Leopoldo

Pereira, Lauro Numer, Mário Lunelli, Elias Mioti, Moacir Zeni,

Janete Maria Biasi, Rita Trevisan Franco, Olyr Giacomin, Rose dos

Santos Giacomin, Vilmar Villa

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Social / Moda08 Jornal Integração da Serra | 03 de dezembro de 2014

Social

Saudações nobres leitores. A partir deste mês escre-verei também sobre moda. Quem disse que apenas as senhoritas entendem do assunto? Bom, para começar é importante entendermos que moda não é sinônimo de roupas de grife e de alto valor. Esse pensamento está equivocado. Moda é originalidade, cultura. Lembro de uma conversa que tive no mês passado com o maquia-dor e fotógrafo paraibano, Pepe Pessoa, que mostrava seus trabalhos com modelos de distintos perfis. Ele foi incisivo ao afirmar que é possível se vestir de forma cool e elegante apenas com roupas de brechó, basta ter bom gosto e alternar peças.

Básico e coolO mais interessante no universo da moda gira em

torno da personalidade. O estilo sempre dialoga muito com o que a pessoa é... algo mais descolado combina com quem busca irreverência.

Um tênis All Star preto, shorts branco, blusa preta e

Cassius Souza

A Vinícola Aurora foi eleita pelos supermercadistas do Rio Grande do Sul, a Melhor Fornecedora de Vinhos e Espumantes do Estado. No dia 1 de dezembro, o gerente de Vendas da Vinícola Aurora do Rio

Grande do Sul, Silvio Santos (direita), recebeu o troféu do diretor da AGAS, José Reni

Merlo Fotografia

A bênção ao casal Ulisses e Ortencia Rigoni pelas Bodas de Ouro celebradas no dia 21 de novembro, na Igreja Matriz Cristo Rei

ModaRecortes da

RodrigoDe [email protected]

Alternativo e descoladochapéu e bolsa vermelha. Um look simples e autênti-co... perfeito para quem busca estilo neste verão. Além de descolado é confortável, uma ótima opção para se-rem usados em festivais de música, por exemplo.

Dica: é interessante combinar a parte de baixo com a de cima. Se usar um tênis ou sapato de cor preta, a blusa pode ser da mesma tonalidade (como da me-nina à direita na foto). O jogo do preto com o branco também sempre cola muito bem.

O xadrez nunca sai de moda. O estilo do começo da década de 90 voltou com tudo. É uma peça que combina com distintos looks. Na foto, a modelo usa um xadrez vermelho com detalhes em azul, contrastando com o preto. Nesse caso, a cor quebra com o mórbido, dando vida ao estilo.

Na segunda imagem, temos mais um exemplo para combinar a parte de baixo com a de cima. Um tê-nis cinza com uma blusa cinza escuro.

Repr

oduç

ão

Repr

oduç

ão

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JaneteNodari

[email protected]

03 de dezembro de 2014 | Jornal Integração da Serra 09

Social

Dia do ‘sim’ para o casal Diego Tumelero e Vanessa Tognon

Equipe da Simpala comemorando a inauguração da concessionáriaem Bento Gonçalves, no dia 5 de novembro

Kátia Bortolini

Kátia Bortolini

André Pellizzari Fotografia

André Pellizzari Fotografia

André Pellizzari Fotografia

Gabriel e Rafael Buttinger Comiotto em seu primeiro mês de vidaEnsaio dos gêmeos Eduarda e Lorenzo Pedrotti

Marco Pacheco, Newton Silveira, Flavio Augusto Vianna e Andrei Flavarin, da diretoria da Simpala e da Chevrolet

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Perfil10 Jornal Integração da Serra | 03 de dezembro de 2014

Por Janete [email protected]

Tranquilidade e simplicidade são as palavras da vida do garçom Idali-no Jácomo Casagrande, 84 anos. Ele é também músico e alfaiate. Profis-sões que aprendeu pela observação e experiência. Todas as quintas-feiras, Casagrande vai até o distrito de Faria Lemos para o ensaio da Banda Ber-saglieri, onde toca saxhorn (trompa). Nos demais dias da semana, atende pedidos de pequenos ajustes em rou-pas masculinas das lojas da cidade e, ainda trabalha, em eventos, como garçom.

Nascido em 14 de novembro de 1930, no distrito de Cocal do Sul, na época pertencente à cidade de Uru-çanga (SC), Casagrande tem duas filhas: Edena e Estela. Ele relata que, quando criança, trabalhou na roça, mas logo, mudou-se para a cidade, onde aprendeu a profissão de alfaia-te. Casou-se , em 1953, com Antônia Da Rolt (já falecida). Em 1957, veio a Bento Gonçalves para costurar em uma alfaiataria. Em 1961, partiu para

Garçom poliglota, alfaiate e músicoIdalino Jácomo Casagrande

a música. “Eu vi a banda tocar e decidi que queria aprender música,” relem-bra ele. Ele acrescenta que, também foi professor de Teoria Musical na Escola de Música Santa Cecília, loca-lizada na Galeria Central. Também foi músico da Orquestra Sinfônica de Ca-xias do Sul e da Banda Municipal de Bento Gonçalves.

De dia, alfaiate. À noite, garçom Casagrande relembra os momen-

tos em que foi garçom em carnavais

dos clubes sociais, restau-rantes e na Boate Bacus, si-tuada, no centro da cidade, nos anos 1980. “Servi muitas pessoas, desde Presidentes da República até os mais hu-mildes,“ enfatiza. Ele salienta que é uma pessoa tranquila, porque soube conviver com as diferenças. “O garçom tem que ser educado, ter respeito pelo cliente. Tudo o que faço, faço com prazer. Esse é o se-gredo de viver bem,“ ponde-ra.

Disposição

Casagrande tem disposição para o trabalho e para estudar idiomas. Ele fala inglês, espanhol, italiano gra-matical e dialeto vêneto. “Sinto-me sempre bem. Nunca fiquei doente,” pontua. A receita da vitalidade vem agregada ao trabalho e à música. “Meu dia-a-dia é trabalho, fico perdi-do, se não me solicitam os ajustes nas roupas,” complementa.

Segundo Casagrande, quando o pessoal do Restaurante Dalla Cos-ta precisa de garçom, logo liga para

ele, porque sabe da sua satisfação em servir nos eventos.

A profissão lhe ren-deu uma Portaria de Lou-vor e Agradecimento da Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves, em 2010, em reconhecimen-to ao exemplar traba-lho desenvolvido como garçom, ao longo de 62 anos. Agora, somam-se mais quatro.

Casagrande: vitalidade aos 84 anos

Aline Festa

O garçom tem que respeitar o cliente, diz Casagrande

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1103 de dezembro de 2014 | Jornal Integração da Serra

Você escolhe a mesa,nós lhe oferecemos o mundo

Quartas aos Sábados à noitel Entradas com empanados de frutos do marl Massasl Risotosl Carnesl Peixesl Sobremesas

Sábados e Domingos ao meio-dial Saladasl Massasl Picanha de Ovelhal Carré de Ovelhal Frango grelhado ao molho de tomate secol Picanhal Sobremesa

Atendimento com reservae jantares exclusivosdas 19 às 23hReservas pelo fone

54 3453.7473Na entrada do roteiro turísticoCaminhos de PedraDistrito de São Pedro Bento Gonçalves

Fotos: Carlos Ben

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Entidades12 Jornal Integração da Serra | 03 de dezembro de 2014

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobi-liário de Bento Gonçalves (Sitracom BG) abriu oficialmente, no dia 28 de novembro, a temporada de verão 2014/2015 do Centro de Lazer da en-tidade. A festa de abertura foi marca-da por uma grande confraternização que reuniu mais de 450 pessoas entre associados e seus dependentes. “Não poderíamos ter tido um dia melhor. Sol, calor e muitas famílias aproveitan-do toda a estrutura que o local dispo-nibiliza. Tudo para dar ao trabalhador e sua família mais qualidade de vida e cidadania”, comentou o presidente, Itajiba Soares Lopes.

O Centro, que foi inaugurado em 2004, para ser uma opção de lazer e entretenimento para as categorias de trabalhadores representadas pelo Si-tracom BG foi ganhando cada vez mais importância com o passar dos anos,

Bento Gonçalves é uma cidade de empreendedores. O município, conforme informações publicadas na 43ª Revista Pa-norama Socioeconômico de Bento Gonçal-ves 2014, com dados de 2013, tem 10.227 empresas, para uma população estimada em 112.318 habitantes. É uma empresa para cada quase 10 habitantes. O município possui o 14º Produto Interno Bruto (PIB) do estado – R$ 3,33 bi, apesar de ter a 18ª po-pulação.

A revista traz, em 210 páginas, dados re-levantes sobre a economia da cidade, entre eles a de que o faturamento bruto das em-presas cresceu 9,8% em 2013, em relação a 2012. O destaque ficou com o comércio, com um crescimento de 11,4%, colado por serviços com 11,3%. A indústria foi quem menos cresceu, com 9%. Por outro lado, o crescimento real foi de 2,1%, ficando abaixo do crescimento do PIB brasileiro no mesmo período, que foi de 2,3% e do gaúcho, de 5,8%, ambos impulsionados pelo agrone-gócio. Entre 2009 e 2013, a média de cresci-mento real do município foi de 2,9%, muito próximo do registrado no Brasil (2,6%) e no Estado (3%). O faturamento bruto (geração de receitas) foi de R$ 8,6 bi, com crescimen-to de 9,8% em relação a 2012.

A parcela da população economica-

Bento Gonçalves: cidade de empreendedores

mente ativa e ocupada (15 anos ou mais) aumentou, passando de 70% para 73%, demonstrando o aumento da geração de empregos no período. Os 43.053 empre-gos formais em 2012 pularam para 45.079 no ano passado, um crescimento de 4,6%. A indústria da transformação representa 45% dos empregos da cidade e os serviços 34%. Apesar de ser o menor empregador (16%), o comércio foi o segmento que mais

cresceu na geração de novas vagas, com um aumento de 7,7%. Mas, foi a construção civil que chamou a atenção neste quesito, com um incremento de 19% na geração de empregos.

Outro dado que chama a atenção no cenário econômico do município em 2013 foi o crescimento nominal de 19,8% da in-dústria vinícola, tendo como critério o Valor Adicionado Fiscal (VAF), que é a diferença

entre o valor das saídas e das entradas de mercadorias, dos serviços de transporte e de comunicação. O setor moveleiro, mais representativo na indústria, cresceu apenas 3%. No comércio, o destaque ficou com os supermercados com 20,2% e nos serviços com os estabelecimentos bancários, tam-bém com 20,2%. O Índice de Participação dos Municípios mostra que Bento é o oitavo município que mais arrecada no estado. Em 2012, Bento ocupava o 10º lugar.

O presidente do CIC/BG, Leonardo Gior-dani, destaca a relevância da publicação como ferramenta de apoio para gestores públicos e privados. “Com esta pesquisa temos condições de analisar melhor o mer-cado e a partir daí tomar decisões mais as-sertivas”, garante Giordani. Para o diretor de Comunicação e Marketing da entidade, Ri-cardo Da Campo, que coordenou os traba-lhos da comissão, as mudanças aplicadas na edição permitiram ampliar a abrangência. “A revista traz dados oficiais que traduzem a realidade econômica da cidade e região. O diagnóstico é preciso e verídico”, afirma.

A revista está disponível em dois idio-mas – português e inglês, com tiragem de mil exemplares, que está sendo distribuida entre as empresas associadas, entidades, órgãos públicos, bibliotecas e imprensa.

Comissão organizadora da pesquisa: Ricardo Da Campo, Laudir Piccoli, Diego Bertolini, Denise Somensi, Leonardo Giordani, Caroline Basso, Fabiano Larentis, Lucinara Masiero e Juliano Massoco

Cassiane Osório / Conceitocom Brasil

Sitracom BG abre temporada de verão no Centro de Lazercom o número crescente de frequen-tadores que, a cada temporada, passa pelo local. “Até então, nossos compa-nheiros e seus familiares tinham que buscar outras opções, mas a grande maioria acabava mesmo por ficar em casa, sem acesso ao lazer qualificado. Hoje estas pessoas têm o Centro de La-zer como uma extensão de seus lares”, observou Itajiba.

Com a demanda cada vez maior por parte dos trabalhadores, a diretoria do Sitracom BG passou a atuar de for-ma incisiva na qualificação do Centro. “Não bastava que a família Sitracom tivesse apenas uma área de lazer. Que-ríamos também que ela se sentisse em casa, com conforto e num ambiente em harmonia com a natureza. Por isso, com estes trabalhadores, fomos imple-mentando melhorias que, aos poucos, vêm trazendo excelentes resultados e atraindo mais gente. Acreditamos

que o caminho para qualidade de vida e cidadania passa por investimentos como estes que estamos fazendo no ser huma-no”, avaliou o sindica-lista Arcelo Rossini.

Para esta tem-porada de verão o Centro de Lazer re-cebeu mais melho-rias. Além da área de piscinas, estão dis-poníveis quiosques, cozinha comunitária, área de esportes com campo de futebol e voleibol, can-chas de bochas, bar, salão de festas e churrasqueiras. Os apartamentos para hospedagem, que atualmente são 20, estão sendo ampliados e serão 32 e, além disso, a área de camping conta com 27 cabanas com box para barra-

cas. “Tudo isso, porque temos a certe-za de que investir na felicidade destas famílias é um fator decisivo para o de-senvolvimento da cidadania. Trabalha-dor com acesso a um lazer qualificado é uma pessoa mais feliz e que também vai produzir com mais qualidade”, fina-lizou o vice-presidente, Ivo Vailatti.

Giovani Nunes

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Empresas 1303 de dezembro de 2014 | Jornal Integração da Serra

A Rádio Difusora 890 AM come-morou no último dia 21 de novem-bro, 67 anos de atividades em Bento Gonçalves. Atualmente com o slogan “A Rádio que faz amigos”, a Difusora procura estar sempre presente nos acontecimentos de Bento e região, reforçando ser a rádio comprometida com a comunidade.

A programação varia de uma rá-dio popular, com música, informação, entretenimento e esporte.

Os estúdios estão localizados na Avenida Osvaldo Aranha, 808, sala 102, no bairro Juventude. Na inter-net a rádio pode ser ouvida nowww.difusora890.com.br, que também funciona como um portal de notícias. Ainda nas redes so-ciais a fan page no facebook atualiza as informações a todo o momento, no endereço www.facebook.com/di-fusora890.

Com a proposi-ção da presidente Dilma Rousseff em março deste ano, regulamentando a migração do rá-dio AM para a faixa de FM, a Difusora

A loja Recanto Nativo, especializada em indumentária gaúcha, arti-gos para churrasco, chimarrão, artesanato e cursos de Danças Gaúchas de Salão completou dez anos de atuação no último dia 29 de novembro.

Na ocasião, foi inaugurada uma nova loja para melhor atender, localizada na rua Vitório Carraro, 251, sala 02, no bairro Botafogo. O novo espaço conta com estacionamento próprio. Os proprietários do estabelecimento, Daiane e Leandro Magnaguagno, convidam para tomar um chimarrão no novo ende-reço, lembrando que a loja da rua 13 de Maio permanecerá aberta.

O Hotel Villa Michelon, oferece pacote especial para o próximo Na-tal, de 20 a 29 de dezembro. A opção inclui cinco diárias, pagando apenas quatro. O pacote inclui café da ma-nhã, meia pensão jantar e ceia com música ao vivo na noite do dia 24 de dezembro, com água, refrigerante e espumante da casa, à vontade. Para as crianças, programação infantil du-rante todo o período.

Para o pacote de Réveillon, de 27 de dezembro a 05 de janeiro, os

Luciano Spader

Recanto Nativo inauguranova loja no Botafogo

Daiane e Leandro Magnaguagno entregam ao ganhador Tiago Alves, uma pilcha completa sorteada no dia 22 de novembro, na ABCTG

Divulgação

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ção

Rádio Difusora completa 67 anoscandidatou-se e segue desde então todos os passos para isso, entenden-do como oportunidade de evolução e oferecimento de mais qualidade para os ouvintes. A migração deverá ser confirmada entre o final deste ano e 2015.

Atualmente, o diretor geral é o empresário Volnei Pértile.

Duas grandes personalidades do meio radiofônico bento-gonçalvense com longa trajetória dedicada ao Rá-dio, seguem em atuação na Difusora. Elmo Sanchotene Marques, que co-meçou na Difusora em 1965, e Alceu Salvi Souto, em 1969.

Diretor Geral, Volnei Pértile, comemora com a equipe

Divulgação

Natal e Réveillon para afamília no Villa Michelon

hóspedes também podem optar por cinco diárias com os mesmos bene-fícios do Natal, inclusive ceia com música ao vivo na noite do dia 31 de dezembro. O ambiente aconchegan-te lembra as tradicionais festas de fa-mília, num clima de confraternização e muita alegria.

Além de oferecer estrutura dife-renciada para crianças e adultos no Vale dos Vinhedos, também dispõe de passeios ao Vale das Antas, Cami-nhos de Pedra e Vinhos da Montanha.

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Saúde14 Jornal Integração da Serra | 03 de dezembro de 2014

O Tacchini, nos últimos anos, re-gistrou um aumento considerável na procura de tratamento para uma das doenças mais avassaladoras do cenário atual: o câncer de mama. Se-gundo a médica oncologista Juliana Giacomazzi, de 2005 a 2012 foram atendidos no hospital 812 novos pa-cientes com a doença, corresponden-do a 11% dos diagnósticos de câncer da instituição. De acordo com ela, somente em 2012, foram diagnosti-cados 214 novos casos. Ainda con-forme a médica, neste ano 45 novos pacientes iniciaram o tratamento de quimioterapia. “Em média 30% dos pacientes que tem a doença estão com idades abaixo dos 50 anos. Esse número preocupa porque mostra que a mulher precisa se cuidar desde jovem”, alerta Juliana.

Para a presidenta da Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçal-ves, Maria Lúcia Severo, o diagnóstico precoce é importante para vencer a doença. “Quanto antes o câncer de mama for descoberto, maiores serão as chances de cura. Mamografia e ecografias são de extrema importân-cia”, diz.

Câncer de mama é uma doença que acomete mais as mulheres. Maria Lúcia lembra os fatores de risco: ida-de avançada; excesso de peso; histó-rico familiar ou de mutação genética.

Ela lembra ainda que, também estão propensas a desenvolver a do-ença, mulheres sem filhos ou com o primeiro após os 35 anos, as que não amamentaram, as que fizeram uso de reposição hormonal (principalmente com estrogênio e progesterona as-sociados), menstruaram muito cedo (antes dos 12 anos) e entraram mais

Para o término da construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro Botafogo, falta con-cluir a fossa séptica e o filtro anaeró-bico do complexo hospitalar. É pre-ciso também sanar os problemas de infiltração, o que permitirá o restante dos trabalhos. Embora 95% da UPA esteja concluída, são necessários re-paros e adequações, devido a falhas na execução do projeto e a interrup-ção das obras, em outubro de 2012, o

Aumenta procura de tratamento para câncer de mama no Hospital Tacchini

tarde na menopausa (acima dos 50 anos).

SintomasQuando as células da mama pas-

sam a dividir-se de forma desordena-da, um tumor maligno pode instalar--se principalmente nos ductos e mais raramente nos lóbulos. Em geral, o primeiro sinal da doença costuma ser a presença de um nódulo único, não doloroso e endurecido na mama. Outros sintomas devem ser conside-rados, como a deformidade e/ou au-mento da mama, a retração da pele ou do mamilo, os gânglios axilares aumentados, vermelhidão, edema, dor e a presença de líquido nos ma-milos.

DiagnósticoA mamografia (raios-X das ma-

mas) é o exame mais indicado para detectar precocemente a presença de nódulos nas mamas. O exame clí-nico e outros exames de imagem e laboratoriais também auxiliam a es-tabelecer o diagnóstico de certeza.

Apesar de a maioria dos nódulos de mama ter características benignas, para afastar qualquer erro de diag-nóstico, deve ser solicitada uma bióp-sia para definir se a lesão é maligna.

Reprodução Divulgação

O que ainda falta para o término daUnidade de Pronto Atendimento (UPA)

que contribuiu para a deterioração de várias dependências e equipamentos já instalados. Precisa ainda concluir a subestação de energia elétrica, para que a obra seja entregue à comuni-dade. A obra foi interrompida ainda, em 2012, por dificuldades financeiras da prefeitura. Depois de terem sido retomadas, em 2013, a prefeitura rompeu o contrato com a construtora Engeporto por problemas na execu-ção dos trabalhos.

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Esportes03 de dezembro de 2014 | Jornal Integração da Serra 15

Com 4,5 milhões de praticantes e o título de segundo esporte mais popular do Brasil, as corridas de rua, têm atraído cada vez mais adeptos. É o caso do engenheiro elétrico, Luís Delano Ozelame, que participou da Sparkling Night Run, no último dia 1 de novembro. Também participou, recentemente, da meia maratona, no Rio de Janeiro. Ele explica que a prática só traz benefícios à saúde. “Sinto-me mais disposto, nunca mais tive dores de cabeça. Perdi 12 quilos,” comenta. Ele acrescenta que, come-çou a participar, em 2006. Faz exames médicos periódicos e segue à risca as orientações. Além disso, para cor-rer, veste roupas leves (dryfit), tênis adequado, com bom amortecimen-to e hidrata-se durante o percurso. O bacana nisso tudo é que, Ozelame, contagiou a família. A mulher dele, Daniela, pratica o esporte também. O casal corre unido.

MotivaçãoO sócio-administrador da fran-

quia O Boticário de Bento Gonçalves, Sirlesio Carboni Jr. começou a correr

RodrigoDe MarcoAcadêmico de [email protected]

À espera de um milagreO brasileirão está acabando. Faltando uma rodada para o final da com-

petição, algumas questões devem ser observadas. Enquanto os mineiros, pelo segundo ano consecutivo, dominam o cenário nacional, outras equipe como Grêmio e Inter continuam correndo atrás, porém com pouca efetivi-dade.

O tricolor gaúcho começou o ano sob o comando do mineiro Enderson Moreira. Frágil e apática, a equipe não correspondeu e cerca de sete meses depois demitiu o treinador. Como solução imediata, foi chamado Luis Fe-lipe Scolari para resgatar a garra tricolor. Felipão recolocou o Grêmio, nos trilhos, mas não o suficiente para brigar pelo título brasileiro.

O último título de importância do Grêmio foi a Copa do Brasil de 2001, portanto há 13 anos o tricolor acumula fracassos. Com a construção da Are-na a impressão que se tem é que os próximos anos serão muito difíceis. Já para 2015 foi anunciado que haverá a contratação de jogadores baratos, apostando todas as fichas na base do clube. Isso quer dizer que será mais um ano mediano, com poucas chances de sonhar com conquistas.

É preciso ser realista perante os fatos. A equipe de Felipão lutou brava-mente, neste ano; no entanto, as limitações técnicas impediram que voos mais altos fossem feitos. Por outro lado, com Enderson Moreira no coman-do o Grêmio poderia estar correndo sérios riscos de rebaixamento. O que resta neste momento é planejar um 2015 e renovar as esperanças. Ficamos na espera de um milagre.

Corrida de rua já é o segundo esporte mais popular do BrasilEm Bento Gonçalves, tem aumentado o número de adeptos ao esporte

em junho de 2010, quando ainda morava em Porto Alegre. Segundo ele, estava 11 quilos acima do peso atual. Com apoio da mulher Paula, que também pratica esportes, Car-

boni decidiu que estava na hora de mudar e buscou na corrida esta mo-tivação. “Realizei os exames necessá-rios para a prática da atividade, o que recomendo para quem quiser iniciar, comprei um relógio e um monitor de frequência cardíaca e comecei rea-lizando trotes leves após sair do tra-balho,” comenta Carboni Jr. Ele acres-centa que no início parecia ser um sacrifício, mas acabou sendo fisgado pelo vício da corrida e desde então nunca mais parou.

Ele diz ainda que após sete me-ses de treinos, participou da primei-ra prova de cinco quilômetros, em companhia da mulher, em fevereiro de 2011, no litoral. “A experiência foi incrível, com mais de duas mil pesso-as”, salienta.

Carboni já participou de mais de 70 provas, com distâncias variadas, de 5 a 42 quilômetros. Ele considera as quatro maratonas (42 quilômetros) as provas mais especiais e emocio-nantes, porque unem o prazer da cor-rida com a dificuldade e a superação para chegar ao final.

Foco e disciplina A hair stylist Jane Gregio come-

çou correndo um quilômetro, inter-calando com uma caminhada, até se inscrever para a primeira rústica. Segundo Jane, com a prática da cor-rida, o corpo entra em forma e a men-te fica mais sã. “Super-recomendo,” diz. Ela acrescenta que é importante consultar um cardiologista para os que pretendem fazer longas distân-cias. Ainda conforme a esportista, é necessário reforço muscular. Associar outros esportes como pedalada e na-tação também contribuem para uma melhor performance e diminuem as chances de lesão. “Boa alimentação e descanso são indispensáveis,” com-plementa Jane que, no momento, está treinando para participar de ma-ratonas em 2015.

SINDICATO DOS TRABALHADORES EM LOGÍSTICA E TRANSPORTES RODOVIÁRIOS DE CARGA SECA, LÍQUIDA, INFLAMÁVEL; TRANSPORTES

RODOVIÁRIOS INTERNACIONAIS; TRANSPORTES RODOVIÁRIOS COLETIVOS MUNICIPAIS, INTERMUNICIPAIS, INTERESTADUAIS, INTERNACIONAIS; TRANSPORTES RODOVIÁRIOS DE TURISMO,

FRETAMENTO, URBANO, ESCOLAR; EMPRESAS DE ESTAÇÕES RODOVIÁRIAS E CONDUTORES DE VEÍCULOS AUTOMOTORES DE BENTO

GONÇALVES E REGIÃO – SINDITRANS

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

No uso das atribuições que me conferem os Estatutos e as Leis em vigor, CONVOCO todos os trabalhadores da categoria, pertencentes às bases de Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Monte Belo do Sul, Santa Tereza, Salvador do Sul, Barão, Veranópolis, Cotiporã, Boa Vista do Sul e Fagundes Varela, para a ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA, que realizar-se-á no dia 17 de dezembro de 2014, às 18h30min em primeira convocação e às 19h em segunda convocação, na Sede do Sindi-cato, situada na Rua 10 de Novembro, n° 667, Cidade Alta, Bento Gonçalves, RS.

ORDEM DO DIAa) Discussão e aprovação da previsão orçamentária para o exercício de 2015;b) Debate e aprovação do ajuste orçamentário do exercício de 2014.

Bento Gonçalves, 03 de dezembro de 2014.

Fernando ParisottoPresidente

Luís Delano Ozelame Sirlesio Carboni Jr.

Jane Gregio

Arquivo Pessoal Arquivo Pessoal

Arquivo Pessoal

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Agricultura16 Jornal Integração da Serra | 03 de dezembro de 2014

A batata-doce é originária da América do Sul. Possui dois tipos de raí-zes: tuberosa (batata), que constitui a principal parte de interesse comer-cial e a raiz absorvente, responsável pela absorção de água e extração de nutrientes de solo. As raízes tuberosas se formam desde o início do desen-volvimento da planta, sendo facilmente identificada pela maior espessura.

A batata-doce cresce melhor em clima tropical ou subtropical, com temperaturas acima de 20°C, sendo que a temperatura ideal para o cultivo situa-se entre 24°C e 26°C. Em locais com temperaturas baixas, a batata--doce pode ser cultivada em estufas, porém as raízes tuberosas obtidas, geralmente, são menores. Necessita de boa luminosidade para crescer bem, com pelo menos algumas horas de luz solar direta diariamente.

A maioria dos cultivares é adaptada ao fotoperíodo (tempo que uma planta ou animal precisa ficar exposto à luz, diariamente, para seu desen-volvimento normal) de dias curtos, como é o caso dos dias nos trópicos, e raramente floresce em regiões onde o dia tem mais de 12 horas de luz solar.

Pode ser cultivada a partir de ramas destacadas de plantas adultas, e a partir das próprias batatas-doces brotadas.

O método mais utilizado por quem já tem plantas de batata-doce na horta e vive em regiões tropicais ou subtropicais, é o plantio de ramas re-tiradas de suas plantas adultas mais vigorosas, com oito a dez entrenós (cada entrenó tem uma folha, portanto cada rama deve ter de 8 a 10 folhas já bem desenvolvidas). Cerca de metade da rama deve ser encoberta com terra, ficando a outra metade exposta. As ramas enraízam facilmente em solo úmido.

O plantio de batatas-doces é feito geralmente em regiões frias, onde as plantas não sobrevivem ao inverno, e por pessoas que estão iniciando suas plantações e não têm como obter ramas para o plantio. Normalmen-te, são utilizadas batatas-doces pequenas para o plantio, que são enterra-das a cerca de 5 centímetros de profundidade. Opcionalmente, as batatas--doces podem ser deixadas em um recipiente, parcialmente cobertas com água, para brotarem antes do plantio.

Batatas-doces podem ser cultivadas em vasos, sacos e outros recipien-tes, desde que estes tenham pelo menos 35 centímetros de diâmetro e de profundidade. É uma planta resistente e de crescimento vigoroso, e não exige tratos culturais específicos.

A colheita pode ocorrer de 100 dias a mais de 180 dias após o plantio, dependendo do cultivar utilizado, da forma de plantio e das condições de cultivo. Em regiões de clima tropical ou subtropical as raízes tuberosas po-dem permanecer na terra até o momento em que se tornam necessárias, já que a planta é perene. Em clima mais frio, a colheita precisa ocorrer antes da chegada das baixas temperaturas de inverno.

Variedades indicadasCultivares de batata com película externa branca, rosada ou aver-

melhada, e coloração da polpa de cor branca, amarela ou creme. A esco-lha para plantio depende da preferência do mercado ao qual se destina a produção. Deve-se dar preferência aos cultivares existentes na região, que apresentem boa adaptação às condições de clima e solo locais e boa produtividade. Além disso, em cada região produtora existem variedades locais, cujo material de reprodução é trocado entre produtores.

A batata-doce foi um dos alimentos de maior importância na alimen-tação dos nossos imigrantes italianos, e também de outros habitantes, principalmente do meio rural. Antigamente um dos produtos mais planta-dos era o trigo, e este servia como moeda de troca. O pão era um alimento pouco consumido, sendo que a polenta, seguida da batata-doce, foram os alimentos de subsistência que deram maior sustentação aos antepassados e, porque não dizer, até alguns anos atrás.

AldacirPancotto

Técnico ASCAR/EMATER/RSSanta Tereza

Cultivo da batata-doce

Cai o crescimento dademanda de suco de uva

O suco de uva que num primeiro momento apresentava-se como uma das vertentes mais viável à absorção dos excedentes das safras de uvas comuns (híbridas e americanas), considerado o cenário de reconhe-cida redução de consumo de vinhos comuns em razão da preferência pelos vinhos importados, contudo, decorridos 10 meses do ano, consta-ta-se resistência na demanda com a desaceleração de seu crescimento e início da estagnação do consumo.

Com um rápido crescimento no consumo, o suco de uva integral 100%, partiu de uma base inicial de 37 milhões de litros em 2009 e atingiu rapidamente 80 milhões de litros em 2013, equivalente a 16,3% de incremento em relação ao ano de 2012. Entretanto, decorridos 10 meses do presente ano e segun-do projeções, o incremento será de tão-somente de 4,9% e totalizará aproximadamente em 85 milhões de litros. Com a interrupção do cres-cimento de dois dígitos porcentuais por ano como ocorrera no passado, o atual patamar de aproximadamen-te 85 milhões de litros/ano deverá permanecer no futuro, consideran-do tratar-se de um “nicho” especial de mercado e com valor agregado, onde disputa o mercado com outros sucos naturais de frutas tropicais, com menor custo da matéria-prima (frutas industriais) e resultando em menor preço do produto ao consu-midor final. E, o suco de uva concen-trado, em igual situação de declínio, onde segundo projeções estima-se uma redução aproximadamente de 3% do consumo em relação ao últi-mo ano de 2013.

Para o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Suco de

Arquivo Pessoal

Uva (ASBRASUCO), José Carlos Es-tefenon, “é preocupante a redução do crescimento da demanda e da própria demanda, que por si só já caracterizaria o início da estagnação do consumo, evidenciando, segundo conceito doutrinário mercadológico, em especial, a análise do ciclo do pro-duto da teoria geral da administração CP/TGA, a proximidade da chamada “curva de saturação da demanda”, que poderá resultar em excedentes de estoques e de safra, inclusive da próxima que se avizinha.”

A próxima safra/2015 encontra--se em plena fase de formação, com previsão de uma grande safra, em torno de 700 milhões de Kg, entre uvas comuns e uvas vitis viníferas. A última safra/2014 foi de 606 milhões de Kg, sendo 540 milhões de Kg de uvas comuns (híbridas e americanas), onde 55% destas foram destinadas à industrialização de suco de uva, com-provando mais uma vez a real impor-tância e representatividade deste segmento junto à cadeia produtiva.

José Carlos Estefenon

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Caderno de Cultura e Arte Nº 17 | Dezembro 2014

Páginas 06 e 07

Ensaio de Rogério

Gava sobre a influência do dinheiro na vida das

pessoas

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02 | Mosaico | 03 de dezembro de 2014

Primeiras Palavras

RogérioGava

[email protected]

Os OutrosDizia Sartre que “o inferno são os outros”. Não sei

o que o caro leitor pensa dessa frase. Eu tenho lá mi-nhas reservas. Sei: às vezes o outro nos enlouquece – em casa, no trânsito, na fila do supermercado – e aí damos toda a razão ao velho filósofo. Viver é conviver; e conviver não é nada fácil.

Nossa vida implica outras. Que nos amparam, que nos acompanham, que nos sustentam. Dependemos dos outros para viver. E os outros dependem da gente. Mesmo que totalmente estranhos. Não conheço o pi-loto do avião no qual embarco, aquele próximo desco-nhecido que tem em suas mãos a minha vida e as de outras centenas. Mas confio no fato de ele ser um ser humano e prezar pelo outro. Vamos à farmácia e es-peramos que a atendente nos entregue o remédio cer-to. Ficamos gratos quando sentimos que ela é amável em se preocupar conosco.

Você vai ao restaurante e faz o pedido. Já parou para pensar na grandiosa cadeia humana que se es-conde por detrás de um simples bife com batatas? Aquela refeição que está aí na sua frente é resultado do trabalho de centenas, senão milhares. O mesmo vale para a cadeira na qual você senta para comer. Para o garfo que leva à boca. E assim com tudo. Do

antibiótico ao sapato. Do notebook ao refrigerante. Por mais dinheiro que possamos ter, ele não vale-

rá nada, definitivamente nada, se as pessoas não es-tiverem aí para fazer por nós o que não conseguimos fazer sozinhos. O empresário não é ninguém, sem aqueles que todos os dias chegam à fábrica para tra-balhar. O professor não é ninguém sem seus alunos. O escritor não é ninguém sem seus leitores. O padre não é ninguém sem seus fiéis. Não somos ninguém sem alguém por perto. Se todos passassem a nos ig-norar, enlouqueceríamos.

Ninguém é uma ilha, ninguém vive sozinho. Sa-bedoria antiga. Nada seríamos se nos fosse privado o contato humano. Primatas evoluídos, somos seres gregários que necessitam do outro para se enxergar. Os outros são nosso espelho. Nossa vida se consti-tui a partir de outras vidas. Do mais simples ao mais relevante. Você sai para jantar sozinho? Trabalha so-zinho? Está sozinho no trânsito? Cura-se de uma do-ença sozinho? Faz amor sozinho? Verdade da vida: só nos reconhecemos pelo olhar do outro.

Lembrar que são os outros que nos apoiam é es-quecer um pouco de nosso orgulho, de nossa altivez. Se amar o próximo é muitas vezes nos pedir demais – não vamos ser caras-de-pau, ao que me parece não amamos nossos vizinhos, tampouco os colegas de trabalho –, creio que reconhecer no outro uma pessoa tão importante quanto nós esteja ao nosso alcance.

Se ainda não atingimos a perfeição do “ama ao próximo como a ti mesmo”, vale o esforço de respeitar quem cruza pela gente nas ruas, quem trabalha em nossa empresa ou na nossa casa, quem nos atende quando vamos ao supermercado. Tudo isso tem um nome: gentileza. Hoje, mais do que nunca, precisa-mos dela. E gentileza gera gentileza. Mas ser gentil, nesses tempos loucos, não é fácil. É preciso, no en-tanto, tentar. Talvez ajude lembrar sempre que, para os outros, os outros somos nós.

EDITAL DE CONVOCAÇÃOO Presidente da Associação dos Moradores do Bairro Santa Maria Goretti e Medianeira convoca a comunidade em geral, para uma assembleia geral a ser realizada no dia 13 de dezembro de 2014, às 13h30min em primeira convocação, e às 14h em segunda e terceira convocação.

PAUTA DO DIAEleição da nova Diretorial 13h30min: apresentação das Chapasl das 14 às 15h, votaçãoApós a apuração haverá a posse da nova Diretoria.Local: Sede da Associação dos Moradores, junto ao salão da comunidade Santa Maria Goretti

Bento Gonçalves, 25 de novembro de 2014

André Avelino ZatteraPresidente da Associação

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Mosaico | 03 de dezembro de 2014 | 03Programe-se

A redação leu

O CENTAURO NO JARDIMAutor: Moacyr ScliarPáginas: 240Editora: Companhia das LetrasAno: 2004 (10ª edição)Valor sugerido: R$ 46,00

L I V R A R I A & R E V I S T E R I A

L´América Shopping, salas 111/11254 3454 5158

[email protected]

Apoio:

Repr

oduç

ão

Chegou ao mercado no mês de novembro o livro “Es-tratégias Proativas de Ne-gócio: As Quatro Chaves da Proatividade”. Escrita pelo ar-ticulista do Jornal Integração, Rogério Gava, em parceria com Leonardo Araújo, ambos professores da Fundação Dom Cabral, a obra é mais uma in-cursão dos autores no mundo da antecipação proativa. Re-cheado de exemplos práticos e casos empresariais, o livro é fruto da experiência de uma dé-cada de Gava e Araújo na área.

Ao mesmo tempo em que muito se fala a respeito da pro-atividade na vida pessoal e empresarial, pouco se sabe a seu respeito. Por esse motivo, o foco da obra é justamente desvendar o real significa-do da proação, explicando como os profissionais podem ter mais iniciativa no trabalho e na própria vida. Palavra muito falada, mas pouco compreen-dida, a proatividade ganha no livro uma aborda-gem fácil e rápida, mas sem perder a densidade.

Autores do premiado Empresas Proativas - lançado em 2011 e ganhador do Prêmio Jabuti -, Gava e Araújo são os maiores especialistas do país no assunto. Assim, o livro traz um enfoque único, escrito por quem realmente entende do tema. Concebido para ser uma verdadeira viagem pelo mundo da proatividade, Estratégias Proati-

O CENTAURO NO JARDIMMoacyr Scliar (1937-2011) é definitivamente um

dos grandes nomes da literatura gaúcha e nacio-nal. Em “O Centauro no Jardim”, livro já clássico e traduzido para diversos idiomas, o autor traça uma narrativa fantástica, uma ficção descabida (o prota-gonista metade homem, metade cavalo), mas que nos coloca questões existenciais totalmente em sintonia com o cotidiano.

O romance mescla fábula e realismo com rara competência literária, tendo como pano de fundo a vida de Guedali, que encarna o mitológico Centau-ro, às voltas com sua condição. Condição, aliás, de todos nós, seres ambíguos e em constante conflito entre o individual e o social.

Scliar consegue, ao longo da obra, desfiar con-dições completamente inverossímeis, mas, que, no contexto, acabam por soar absolutamente possí-veis. Um enredo estranho e inacreditável, mas que nos toca justamente por trazer à tona questões da vida que cabem a todos nós.

Publicado originalmente em 1980, “O Centauro no Jardim” foi eleito, em 2002, um dos cem melho-res livros de temática judaica escritos nos últimos duzentos anos, pelo National Yiddish Book Center, dos Estados Unidos. Um livro profundo, provocador e fascinante, que cativa do princípio ao fim.

SolenidadeO quê - Entrega das carteirinhas de Agente da NaturezaQuando - 5 de dezembro, 13h30minOnde - Colégio Medianeira

CerimôniaO quê - Fundação do LEO Clube de Bento GonçalvesQuando - 5 de dezembro, 20hOnde - Dall´Onder Grande Hotel

Jantar 1O quê - Jantar do Circolo Trentino de Bento GonçalvesQuando - 6 de dezembro, 20h30Onde - Vale dos Vinhedos

Dança 1O quê - Espetáculo AL NUR da Cia de Dan-ça Michele Plestch de Danças ÁrabesQuando - 7 de dezembro, 20hOnde - Fundação Casa das ArtesIngressos - antecipados R$ 30,00 - no local: R$ 40,00

Jantar 2O quê - Jantar das MassasQuando - 12 de dezembro, 20h30Onde - CTG Gaudério Serrano

NatalO quê - Natal SolidárioQuando - 13 de dezembro, das 12 às 18hOnde - bairro Santa Marta

O quê - Chegada do Papai Noel Quando - 13 de dezembro, 17hOnde - Estádio da Montanha (Antigo Espor-tivo) Informações - (54) 9143 8662 O quê - Apresentação Projeto AcordeOnde - L’ América ShoppingQuando - 13 de dezembro, 19hInformações - (54) 3451 8388

Dança 2O quê - Espetáculo de Ballet Aplausos Studio de DançaDireção - Deise Ceccagno e Patrícia Laren-tisQuando - 15 e 16 de dezembro, 20hOnde - Fundação Casa das ArtesIngressos - R$ 22,00 e R$ 11,00 (meia entrada)

LivroO quê - Lançamento do livro Memórias do Vinho Gaúcho, de Rinaldo Dal Pizzol e Sérgio Inglez de SousaQuando - 17 de dezembro, 19hOnde - Ecomuseu, Faria Lemos

Festa NatalinaO quê - 2° Belo Natal, chegada do Papai NoelQuando - 20 de dezembro, 18hOnde - Praça Padre José Ferlin, Monte Belo do Sul

Novo livro desvenda as chaves da Proatividade

vas de Negócio está repleto de dicas, insights e observações, que com certeza fazem toda a diferença para quem busca ser mais proativo no dia-a-dia.

Falando sobre a nova obra, Gava destacou: “Buscamos escrever um livro prático, um manual para a proatividade. Algumas questões que levan-tamos talvez pareçam pouco convencionais, mas isso não nos preocupa. Isso porque nos-so objetivo é justamente inquie-tar o leitor, surpreendê-lo, tirá-lo da zona de conforto, inspirá-lo, fazê-lo pensar em coisas que nunca pensou. O livro pode ser

aberto em qualquer página, lido de forma livre e aleatória. Em certo sentido, o próprio livro é pro-ativo, diferente”.

Publicado pela Editora Campus, Estraté-gias Proativas de Negócios já teve lançamen-to em Belo Horizonte e Caxias do Sul, além de workshops de divulgação em São Paulo e Bra-sília. Gava e Araújo são palestrantes, editores do portal Proatividade de Mercado (www.proa-tividademercado.com.br) e sócios da AeG Busi-ness, empresa de consultoria nas áreas de Es-tratégia, Proatividade e Marketing, com clientes em todo o país. Em Bento, o livro pode ser en-contrado na Livraria Paparazzi, L’América Shop-ping, ao preço de R$ 34,90.

Reprodução

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04 | Mosaico | 03 de dezembro de 2014

Por Rodrigo De [email protected]

Colecionar é um hobby para mui-tas pessoas. É o caso do psicólogo Roberto Luiz Bonfanti, 56 anos e do jornalista José Estefenon, 34 anos. Bonfanti, apreciador nato da músi-ca, coleciona discos de vinil e Es-tefenon, filmes. O psicólogo possui um acervo de cerca de 700 discos. Segundo ele, todos em perfeito es-tado de conservação. Bonfanti conta que a paixão pelos bolachões co-meçou na adolescência. “Eu tive a felicidade de ser adolescente na era do boom criativo do rock, no perío-do pós-Beatles. Era Black Sabbath, Led Zeppelin, e o início do rock pro-gressivo com Genesis e Pink Floyd”. Para ter acesso aos seus artistas preferidos, ele lembra que frequen-tava a loja 2001, na época referência na cidade. “Em Bento não havia ou-tro lugar para conseguirmos os dis-cos”, acrescenta.

Filho da geração baby-boomer (nascidos nos anos 50) o psicólogo ressalta que a internet possibilita conhecer inúmeras bandas que nos anos 70 as pessoas não sabiam que existiam. “Isso é maravilhoso”, sinte-tiza. Mas, acrescenta que a ascen-são da internet diminuiu a procura por cds. “Não há mais o romantismo

O Museu do Imigrante de Ben-to Gonçalves, sediado num imóvel construído em 1913, fechado em 2010 por causa das más condições do prédio, deve reabrir apenas no final de 2016. Em agosto de 2013 foi trocado o telhado. Agora, estão sendo restauradas as esquadrias. Na próxima etapa, prevista para ini-ciar em janeiro de 2015, será res-taurado o assoalho, reforçadas as

Colecionando arteUm amante do rock progressivo colecionador de discos e um cinéfilo “maluco” pela Sétima Arte contam sobre suas paixões artísticas e a forma como elas despertaram em suas vidas

dos discos de vinil, com suas capas elaboradas. Infelizmente, o que pre-valece é o material digital. Com isso as bandas tem sua maior fonte de renda na realização de shows”, ob-serva.

Após décadas apreciando o me-lhor do rock, Bonfanti lamenta o fato da pouca valorização de bandas al-ternativas. “A música, hoje em dia, está muito banalizada. O grande problema para as bandas do cenário alternativo é a questão financeira da arte. O investimento nesse pessoal independente teria que ser maior”, ressalta.

Zé - o cinéfiloO cinema foi criado no final do

século XIX pelos irmãos franceses Louis e Auguste Lumière. A partir dessa época o mundo passou a ser retratado através das lentes de uma forma distinta e inovadora. Estefa-non, que se considera um cinéfilo, possui cerca de 500 filmes. O in-teresse pela Sétima Arte teve início na sua infância, com apenas sete anos. “Lembro de ter visto no anti-go cinema Marcopolo o clássico do Tin Burton, os fantasmas se diver-tem. Aquela também era a época do VHS e eu ficava em torno de duas horas numa locadora. Foi um estudo para mim”, brinca. Aos 12 anos, Es-

tefenon foi morar com a mãe em Ca-xias do Sul, e foi lá que descobriu a existência de uma locadora de filmes mudos. Ele lembra que foi naquela época que começou a pesquisar os filmes, alimentando sua curiosidade pelo cinema.

Segundo Estefanon, a cinefilia (interesse demonstrado por tudo que se relaciona com a Sétima Arte), está na alma. “Um cinéfilo precisa ser inquieto, pesquisar diferentes cinematografias, indo atrás de no-vos estilos e estéticas. É uma forma de comunicação com o mundo e o pensamento humano”, sintetiza. Ele acrescenta que um cinéfilo procura, de forma intensa, cineastas indepen-dentes. “Eu adoro Zé do Caixão. É uma pena que no Brasil ele seja mal

compreendido. Nos Estados Uni-dos seus filmes são cultuados. Eu o considero um filósofo do cinema”, aponta.

Um crítico ferrenho, Estefanon afirma que o Brasil carece de bons filmes. “Ao meu ver, o que falta para o cinema nacional são roteiros mais elaborados”, diz. O jornalista reforça sua adoração por filmes brasileiros independentes. Além de Zé do Cai-xão, destaca outros diretores bra-sileiros, entre eles Arnaldo Jabor, Leon Richner, Glauber Rocha. Ele ressalta que no Rio Grande do Norte tem um grupo fazendo um cinema interessante. Diz ainda que os filmes independentes “O Som ao redor” e “Tatuagem” são dois nomes fortes do cinema nacional.

Museu do Imigrante deve reabrir apenas em 2016vigas do térreo e do segundo andar, refeitas as instalações elétrica e hi-dráulica e retirado o reboco externo e interno, entre outras obras. Segun-do o secretário municipal de Cultura, Jovino Nolasco, até agora foi capta-do para o restauro, pela Lei Roanet, o valor de R$ 627.573. O custo total está orçado em R$ 1.091.000.

O Secretário afirma que esse é o projeto cultural mais importante

em andamento no município. “Sabe-mos da importância do museu para a cidade. Parte da história de nos-sos antepassados está lá”, diz. Ele lembra que o museu era o segundo lugar mais visitado do município. O primeiro é a Cooperativa Vinícola Aurora. Também salienta que após o término do restauro, as escolas de Bento Gonçalves e outros municípios da região ganharão um novo roteiro.

“Sabemos da importância de mos-trar para nossas crianças e jovens a história. Eles precisam frequentar espaços que abrigam conhecimen-to”, observa. A Fundação Casa das Artes, proponente do projeto de res-tauro, trabalha ainda na elaboração da proposta museógrafa. “Existem diferentes estilos de propostas para museus. O nosso será contemporâ-neo”, adianta Nolasco.

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Assalto à joalheria!A polícia foi cha-

mada e já se encontra no local, assim como o re-pórter Valter, que está fazendo todo o levantamento

do crime. Na sua opinião, quem é

o suspeito? Envie sua resposta para

o endereço de e-mail contato@

ernanicousandier.com.br.

As melhores res-postas ganharão um exemplar do

livro “Nenhum dia sem um traço”,

autografado. Você pode indicar o

suspeito com uma seta e fotografar

a página, ou pode argumentar por

escrito. Participe.

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ComportamentoPor Rogério Gava

Prêmio Jabuti 2012Ilustrações: Ernani Cousandier

06 | Mosaico | 03 de dezembro de 2014

O dinheiro“Quanto a mim, gostaria que o dinheiro me desse apenas tempo livre e segurança.”Bertrand Russel, A Conquista da Felicidade, 1930.

“O dinheiro é belo, porque é a libertação.”Fernando Pessoa, Livro do Desassossego, obra póstuma.

No princípio, era o escambo. Quatro pei-xes por um fardo de feno. Nem sempre, porém, a correspondência se dava tão fácil. E se o proprie-tário dos peixes necessitasse, não de feno, mas de uma vasilha? E se em dada ocasião a pescaria fosse nula, o que haveria para trocar? Nasce, então, o di-nheiro. Com ele, pode-se comprar de qualquer um que queira vender. Pode-se vender a qualquer um que deseje comprar. Pode-se guardar o dinheiro para comprar no futuro. Pode-se medir mais facil-mente o valor das coisas. O verbo ligado ao dinhei-ro – note-se – é “poder”. O dinheiro, então, passa a ser quisto pelo poder que confere. Pelas possi-bilidades quase ilimitadas de posse e fruição que permite alcançar.

O dinheiro surge e muda o mundo. Nasce o co-mércio. O mercado. O capitalismo. E eis que o di-nheiro acaba por transcender sua própria origem instrumental. Símbolo máximo da sociedade de consumo, torna-se o fetiche e a ambição do mundo contemporâneo. Ricos, pobres. Todos. Ninguém escapa do dinheiro.

O Equivalente Universal O dinheiro – para usar a expressão de Marx – é

o equivalente universal de troca. Em uma socieda-de pautada pela compra e venda de mercadorias, portanto, em uma economia de mercado, o dinhei-ro desempenha um papel central e inexorável. Impossível viver sem ele. “Tudo o que pode ser com-prado – nos diz o filósofo Comte-Sponville – tem um preço e tudo o que tem um preço pode ser compra-do... Como não se amaria o dinheiro? Seria preciso não se amar nada, uma vez que o dinheiro leva a tudo”. E para não ser mal compreendido, logo arremata: “A tudo? Pelo menos a tudo o que se pode possuir, e claro que não é tudo, e claro que não é o essencial. Mas quem poderia passar sem ele? Em todo o homem dormita um proprietário, que o dinheiro desperta”.

Em uma sociedade em que (quase) tudo está à

venda, não ter dinheiro é de fato um grande pro-blema. Quem tem poucos recursos ou nenhum terá, nesse contexto, o que chamaríamos de uma vida bem difícil. A afluência de dinheiro – ou a sua falta – torna-se, assim, uma questão crucial da sociedade moderna. Se o dinheiro é o equivalente universal de tudo, não tê-lo trará dificuldades.

Os Limites do DinheiroA questão toda faz pensar sobre os limites do

dinheiro. Ou, como coloca o pensador americano Michael Sandel, sobre os limites morais do mer-cado. Ter mais ou menos dinheiro, sabemos, está na raiz da desigualdade social. Da distribuição desequilibrada de renda. Se essa desigualdade, no entanto, fosse apenas relacionada à ostentação e ao luxo – comenta Sandel –, isso não seria lá grande problema. Passamos bem e vivemos perfeitamente sem iates, carros de luxo ou férias no exterior. Mas a partir do momento em que o dinheiro passa a ser vital para termos acesso a bons médicos, uma residência confortável e decente, e escolas compe-tentes para nossos filhos, o fato se agrava. O que Sandel quer mostrar é que quando todas as coisas boas da vida podem ser vendidas e compradas, ter dinheiro (ou não tê-lo) passa a fazer toda a dife-rença.

O Dinheiro Compra Tudo? Não sejamos cínicos: não se vive sem dinhei-

ro e não tê-lo é péssimo. O dinheiro compra muita coisa. Quase tudo. Mas, frequentemente, falamos para nós próprios e para os outros que, sim, há coisas que o dinheiro não compra. Outras – bom observar –, que o dinheiro compra, mas que não seria correto fazê-lo. Como distinguir, afinal, o que pode e o que não pode ser comprado? Novamente

Sandel é quem nos ajuda.Vamos imaginar – nos provoca o filósofo – que

queiramos ter mais amigos. Poderíamos comprá--los? Bem verdade que não. Absolutamente. Mes-mo que oferecêssemos uma quantia razoável para uma pessoa ser nossa amiga, o máximo que conse-guiríamos seria uma falsa amizade, um amigo de mentirinha. Um amigo (falso) pelo qual se pagou não é, sem sombra de dúvida, a mesma coisa do que um amigo espontâneo (verdadeiro). A amiza-de, a verdadeira amizade, pois, não pode ser com-prada.

Um segundo exemplo. Suponha que você de-

“E quando o amor ao dinheiro, ao sucesso, nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu.”Érico Veríssimo, Olhai os Lírios do Campo, 1938.

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Mosaico | 03 de dezembro de 2014 | 07

seje de forma ardente ganhar um prêmio, uma condecoração por uma conquista especial. Mas, in-felizmente, você não o consegue. O prêmio perma-necerá sempre distante. Considere, por hipótese, que esse prêmio possa ser comprado. A falcatrua seria 100% segura, só o fraudador e você iriam sa-ber. Você poderia ostentar o prêmio e impressionar a todos. Poderia tirar proveito dele. Lucrar com ele. A farsa poderia enganar a todos, mas não a você próprio, tenho certeza disso. Isso porque um prê-mio pode até ser comprado, mas o reconhecimento nele embutido, não. O verdadeiro reconhecimento por uma conquista é mais um exemplo simples de algo que o dinheiro não pode comprar.

O mesmo pode ser dito do amor, do verda-deiro amor, da generosidade, da dignidade. Nada disso o dinheiro alcança. O valor de um ser huma-no – bom lembrar Kant – é justo o que não se en-contra à venda; o valor de um ser humano não tem preço. Esse valor, portanto, está imune à lógica de mercado.

O Que o Dinheiro Compra, Mas Não Deve Alguém poderá retrucar, no entanto e com ra-

zão, que os exemplos dados são demasiado óbvios; quem não sabe que o verdadeiro amor não se com-pra? Sim, é verdade, mas é justo a obviedade da questão quem nos remete a outra, esta bem mais espinhosa: existem coisas que o dinheiro pode, mas não deve comprar? Sigamos com Sandel, con-siderando o caso de um rim humano.

Mesmo que avaliemos a compra e venda de

PARA LER MAISO que o dinheiro não compra: os limites morais do mercado, Michael J. Sandel. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.

O dinheiro, em Bom dia, Angústia!, André Comte-Sponville. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

Lucro e Ética, Luiz P. Vares e Francisco A. Santos. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2003.

órgãos humanos como moralmente errada, temos que admitir que a transação não dissolve o valor do bem. Expliquemos melhor: no caso da amiza-de, a compra de amigos faria seu valor dissipar-se. Ninguém quer uma amizade por interesse. Já no caso do rim, ele funcionará, independente de ter sido comprado ou não. Dessa forma, enquanto seja óbvio que uma amizade comprada perderá total-mente seu valor, no caso de um órgão humano isso já não é verdadeiro. Assim, julgar se um rim deve, ou não, ser vendido, é uma questão de ordem pu-ramente moral.

O mesmo vale para outra questão difícil. Supo-nhamos que fosse possível comprar bebês. Embo-ra a maioria de nós fosse condenar tal prática, ela também não dissolveria o “bem” comprado. Um casal honesto e idôneo que sonhasse em ter um filho poderia pagar por uma adoção, e isso, certa-mente, não iria diminuir o valor do filho adotado. Mas, ao mesmo tempo, um mercado legalizado de crianças poderia levar, por exemplo, a que pais gerassem prole unicamente para a venda. O que, não há discussão, seria um comportamento cruel e desde sempre inaceitável.

As questões levantadas são complicadas e apontam para uma conclusão tão desconcertante quanto esclarecedora: em relação ao que o dinhei-ro compra ou não, podemos distinguir dois tipos diferentes de bens: aqueles que o dinheiro não po-derá nunca comprar (amizade, reconhecimento) e aqueles que o dinheiro pode comprar, mas algo nos diz que não deve (rim, bebês). A distinção, em resumo é esta: há casos óbvios em que a troca monetária corrompe o valor do bem. Há outros, no entanto, em que o bem sobrevive à compra e

venda, saindo ileso da operação. É em relação a esses últimos que a utilidade e o raciocínio frio e calculista devem ceder espaço à moral.

Dinheiro e FelicidadeSe o dinheiro pode nos dar tudo

(ou quase), é de se esperar que seja idolatrado. Que seja relacionado a sermos mais ou menos felizes. Mas não se trata aqui de colocar a clássica e antiga pergunta, sobre se o dinheiro traz, ou não, felicidade. Quem já vi-veu – e pensou minimamente – sabe que, de saída, a interrogação está mal colocada.

Felicidade é uma questão com-plexa e abstrata, altamente subjetiva, em certo sentido mais uma das ilu-sões humanas. Creio que não exista a tal felicidade, mas sim, momentos felizes. Momentos de serenidade e graça diante da vida. Momentos que, no mais das vezes, custam pouco ou

nada. Nesse sentido, podemos dizer que o dinhei-ro, no que tange a esses momentos, pouca dife-rença faz. É o que repetimos desde crianças, aliás. Mas por que, então, corremos tanto atrás dele? Se, como se diz, da morte nada escapará, tampouco e especialmente a riqueza, por que o dinheiro seduz tanto? Por que tanto esforço em acumular?

Uma resposta possível: dinheiro traz poder. O poder de usufruir, de possuir. O dinheiro, bem equivalente de todos os outros bens, concede a pos-sibilidade ilimitada de obter bens no futuro. E sen-do os bens futuros disponíveis ilimitados e sempre crescentes, não é de se admirar que o fascínio pelo poder do dinheiro só faça aumentar. Ensina, desde os primórdios, a ciência econômica, que nossas ne-cessidades são – e serão – sempre ilimitadas. Como não desejar aquele que nos leva a saciá-las?

O Truque e o EnganoNo livro “Os sete pecados capitais”, Fernando

Savater constrói um diálogo imaginário entre sata-nás e um escritor. O diabo, ali, tenta convencer seu interlocutor das vantagens em acumular. Trata-se de um ensaio sobre a avareza, para o autor, o ato de se dar ao dinheiro mais importância do que ele realmente tem. Ato equivocado de transformar um meio em um fim.

O dinheiro, equivalente universal de troca, só vale justamente pelas trocas que proporciona. No fundo, é papel pintado sobre o qual se acordou – socialmente – um valor. Um papel com um nú-mero impresso que pode ser trocado por qualquer coisa. Um “vale genérico”, compatível com todas as trocas, se quisermos assim entender.

A idolatria ao dinheiro emerge quando esse acordo social é esquecido, e o dinheiro é alçado à condição de sumo sacerdote do sentido e da felici-dade. O dinheiro, então, de abstração virtual, con-verte-se no objetivo máximo da vida, e tudo passa a ser acumular. De valor imaginário e arbitrário, o dinheiro passa a ter valor real. Um valor que fas-cina e, dependendo de nossa relação com ele, nos entorpece e ludibria. Nos engana.

O dinheiro é, ao fim e ao cabo, um truque.

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A integrante do Coral Maturida-de Ativa, Gema Furlanetto, 86 anos, nos dias 13 de cada mês lembra aos filhos que a levem até a Igreja Santo Antônio, onde o grupo anima a ce-lebração. Conforme a coordenadora do coral, Therezinha Fabris Larentis, Gema, mesmo com dificuldades de locomoção, procura não faltar, por-que se sente acolhida e faz o que mais gosta: cantar. O grupo iniciou, em 1993, como Coral do SESC. Hoje, o Maturidade Ativa, além de Gema e de Therezinha, mantém em sua formação as coralistas: Amyr Lando, Delvina Ranzi, Inelve Barbie-

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PersistênciaEm 1993, a coordenação esta-

va a cargo de Ivonete Giordani, no SESC, e o Maestro era o professor Egídio Furlanetto. A partir de 1995, os ensaios do coral passaram a ser no Auditório Santo Antônio. “Man-tivemos apenas o nome: Maturida-

de Ativa,“ diz a coordenadora. Ela acrescenta que, alguns coralistas migraram para outros grupos e al-guns desistiram. “Os que continuam, cantam por paixão à música,” com-plementa. O maestro vem sema-nalmente a Bento Gonçalves, com ajuda financeira de algumas empre-sas locais. O repertório é formado por músicas sacras, regionalistas e

Música Popular Brasileira (MPB). O coral tem realizado inúmeras apre-sentações, entre elas em concertos natalinos, encontros na Casa das Artes e celebrações religiosas, como no Santuário de Caravággio, onde foi gravado um CD. O Maturidade Ativa recebe novos participantes. Interes-sados entrar em contato com There-zinha, pelo fone 54. 3453.2073.

Janete Nodari