P06 RT14 Informaxo Geoquxmica

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CONTRATO Nº 48000.003155/2007-17: DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DUODECENAL (2010 - 2030) DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA - MME SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL-SGM BANCO MUNDIAL BANCO INTERNACIONAL PARA A RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO – BIRD PRODUTO 06 GEOQUÍMICA NO BRASIL: BASES DE DADOS EXISTENTES E NECESSIDADES FUTURAS DE AQUISIÇÃO Relatório Técnico 14 INFORMAÇÃO GEOQUÍMICA CONSULTOR Antonio Juarez Milmann Martins PROJETO ESTAL PROJETO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA AO SETOR DE ENERGIA JULHO de 2009

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  • CONTRATO N 48000.003155/2007-17: DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS PARA

    ELABORAO DO PLANO DUODECENAL (2010 - 2030) DE GEOLOGIA, MINERAO E TRANSFORMAO MINERAL

    MINISTRIO DE MINAS E ENERGIA - MME

    SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAO E TRANSFORMAO MINERAL-SGM

    BANCO MUNDIAL

    BANCO INTERNACIONAL PARA A RECONSTRUO E DESENVOLVIMENTO BIRD

    PRODUTO 06

    GEOQUMICA NO BRASIL: BASES DE DADOS EXISTENTES E NECESSIDADES FUTURAS DE AQUISIO

    Relatrio Tcnico 14

    INFORMAO GEOQUMICA

    CONSULTOR

    Antonio Juarez Milmann Martins

    PROJETO ESTAL PROJETO DE ASSISTNCIA TCNICA AO SETOR DE ENERGIA

    JULHO de 2009

  • SUMRIO

    RESUMO EXECUTIVO ................................................................................................................5

    APRESENTAO .........................................................................................................................7

    1. INTRODUO ..........................................................................................................................8

    2. GEOQUMICA NO BRASIL .....................................................................................................9

    2.1. HISTRICO .............................................................................................................................9 2.2. O SISTEMA DE INFORMAES GEOLGICAS DO BRASIL ......................................................11

    3. A GEOQUMICA EM PASES SELECIONADOS.................................................................29

    3.1. FRICA DO SUL....................................................................................................................29 3.2. ARGENTINA .........................................................................................................................30 3.3. AUSTRLIA ..........................................................................................................................30 3.4. CANAD ..............................................................................................................................32 3.5. CHILE...................................................................................................................................33 3.6. CHINA ..................................................................................................................................33 3.7. EUA ....................................................................................................................................34 3.8. NDIA ...................................................................................................................................37

    3.9 MXICO .................................................................................................................................38

    3.10. PERU ..................................................................................................................................39 3.11. RSSIA...............................................................................................................................40

    4. CONCLUSES.........................................................................................................................41

    5. RECOMENDAES ...............................................................................................................43

    6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS......................................................................................45

  • Lista de Figuras Figura 1: Projetos de prospeco geoqumica regional 1 executados para o DNPM e CPRM nas dcadas de 70 a 90.........................................................................................................................12 Figura 2: Projetos de prospeco geoqumica regional 2 executados no Programa PLGB nas dcadas 70 a 90..............................................................................................................................13 Figura 3: Projetos de prospeco geoqumica de detalhe executados para a CPRM, CNEN, RENCA e GEBAM nas dcadas de 70 e 80..................................................................................13 Figura 4: Projetos sem atividade geoqumica sistemtica executados pela CPRM para a CNEN e rgos Estaduais............................................................................................................................14 Figura 5: Deteco geoqumica para Cu e Pt no PNG da China...................................................27 Figura 6: Distribuio de Cu em sedimentos de corrente e regolito no Estado do Paran............27 Figura 7: Distribuio de Pb em sedimentos de corrente e solos no Estado do Paran.................28 Figura 8: Grau de Cobertura com Levantamentos Geoqumicos Regionais na China..................34 Figura 9: Grau de Cobertura dos Levantamentos Geoqumicos nos EEUU..................................37

  • Lista de Quadros Quadro 1:Malhas de amostragens utilizadas nos projetos de geoqumica regional......................15 Quadro 2: Tipos de anlises qumicas usados nos projetos de geoqumica regional e respectivos materiais.........................................................................................................................................16 Quadro 3: Malhas de amostragens utilizadas nos projetos de geoqumica regional 2 e respectivos materiais.........................................................................................................................................17 Quadro 4: Tipos de anlises qumicas usados nos projetos de geoqumica regional 2 e respectivos materiais.........................................................................................................................................17 Quadro 5: Malhas de amostragens utilizadas nos projetos de geoqumica de detalhe..................18 Quadro 6: Projetos da CPRM com levantamentos geoqumicos: 1972-1995...............................20

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    RESUMO EXECUTIVO

    A grande evoluo da prospeco geoqumica, na procura de bens minerais, petrleo e gs natural deu-se logo aps a Segunda Guerra Mundial, especialmente nos EEUU e Europa, da se estendendo para quase todos os pases do mundo.

    No Brasil, o seu emprego regional em largas escalas deu-se a partir do final da dcada de 60 e, principalmente, na dcada de 70 e incio dos anos 80, como parte dos trabalhos do Plano Mestre Decenal para Avaliao de Recursos Minerais do Brasil, 1965-1974, integrando os levantamentos geolgicos na escala de 1:250.000 principalmente, e em todas as regies brasileiras.

    Praticamente todos os Servios Geolgicos do mundo utilizam a geoqumica como ferramenta auxiliar no conhecimento geolgico e na prospeco mineral. No entanto, nas naes mais desenvolvidas, hoje existe uma tendncia cada vez maior de uso da geoqumica com a preocupao ambiental em larga e pequena escalas. Este o caso, por exemplo, dos EEUU e Canad entre os pases estudados neste trabalho.

    EUA, Canad, Austrlia, China e ndia desenvolvem Programas Nacionais de Geoqumica de Baixa Densidade, caracterizados pela coleta de amostras de sedimentos fluviais ou de solos em escalas iguais ou menores que 1:250.000, com malhas menores do que 1 amostra/300 km (na Austrlia, a densidade para sedimentos de corrente chega a 1 amostra/ 5.500 km), analisadas por um conjunto consistente de mtodos. No Brasil, apenas duas experincias de monta foram realizadas at agora com a metodologia de coleta de baixa densidade: uma no Nordeste e outra no Paran, com relativo sucesso.

    Tal como o Brasil, os grandes pases enfrentam os mesmos problemas com os seus dados geoqumicos, advindos da coleta de amostras diferenciadas no tempo, com procedimentos analticos tambm diferenciados e arquivos de dados nem sempre recuperveis ou confiveis totalmente. Nas ltimas dcadas, a grande evoluo nos tipos e preciso dos equipamentos tem oferecido uma srie de oportunidades no s para as amostras que esto sendo coletadas, como para as antigas adequadamente conservadas.

    No Brasil, as informaes geoqumicas da CPRM - Servio Geolgico do Brasil esto organizadas em dois bancos de dados: o Catlogo de Projetos Geoqumicos e o GEOBANK. O primeiro tambm est integrado ao segundo hoje, e est disponibilizado em quatro categorias, de acordo com o promotor e/ou executor dos projetos com referncias temporais.

    Essas categorias compreendem: 1) Projetos com Prospeco Regional (Mapas 1), iniciados a partir de 1972 para o DNPM e projetos do Programa de Levantamentos Geolgicos Bsicos do Brasil PLGB, executados para a CPRM, abrangendo um total de 63 projetos; 2) Prospeco Geoqumica Regional 2 (Mapas 2), executados no mbito tambm do PLGB, no perodo entre 1975 e 1995, envolvendo reas relativamente menores do que as anteriores, num total de 76 projetos; 3) Prospeco Geoqumica de Detalhe, num total de 104 projetos realizados entre 1975 e 1989, tambm em todas as regies brasileiras; e 4) Projetos sem Prospeco propriamente dita, mas com alguma amostragem geoqumica, incluindo anlises de sondagens.

    De acordo com esses dados, o Brasil teria quase 4 milhes de km de seu territrio amostrados com sedimentos ativos de corrente, e pouco mais de 3 milhes de km com concentrados de bateia, os dois principais mtodos de amostragem utilizados, a maior parte nas Regies Norte e Nordeste. Essa quantidade de amostragem, evidentemente, nem sempre corresponde qualidade e ao nmero de anlises laboratoriais realizadas. H, ainda, uma grande diversidade de malhas de amostragem utilizadas (1 amostra/km at 1/900 km no caso dos sedimentos de corrente; e 1/5 km a 1/ 740 km , no caso dos concentrados de bateia).

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    O GEOBANK um banco de dados relacional orientado para objetos grficos, desenvolvido em plataforma Oracle, que pode ser acessado a partir de quaisquer lugares e dispe de formulrios na internet utilizando uma poltica de senhas que permite separar os diferentes usurios com objetivos de acesso distintos e seu grande desafio adequar dados digitais ou no sua estrutura, condicionada localizao geogrfica das informaes.

    A sua base geoqumica original contm anlises qumicas e mineralgicas em mais de 356 mil amostras coletadas em 407 projetos executados pela CPRM desde 1972, cujas informaes podem ser obtidas a partir de diversos parmetros.

    Dentre os pases selecionados para este Relatrio, apenas os EUA, a frica do Sul, o Canad e a Austrlia possuem sistemas de informao e base de dados geoqumicos to avanados quanto o GEOBANK. As informaes sobre a China e a Rssia (alm do Peru) no permitem avaliar claramente a profundidade de suas bases de dados em decorrncia, talvez, das relativamente poucas tradues para o ingls.

    Se o Brasil possui um banco de dados excelente, ele longe est de ter uma cobertura territorial com amostragem geoqumica semelhana das naes mais desenvolvidas, com dimenses similares.

    Em se considerando que a geoqumica uma ferramenta muito importante para o conhecimento geolgico e de seu potencial mineiro, e cada vez mais oferece elementos para estudos ambientais, urge que se estabelea um Programa Nacional de Geoqumica para o pas, a exemplo dos anteriormente citados, comeando com a coleta de baixa densidade de sedimentos de corrente em todas as regies do Pas, com nfase na Regio Amaznica, ainda a mais desconhecida. Em reas de difcil acesso, o Servio Geolgico da frica do Sul e do Canad utilizam helicpteros para a amostragem, com vantagens econmicas e esse tipo de transporte para o trabalho deve ser avaliado para a Amaznia.

    Idealmente, o Servio Geolgico do Brasil deve considerar, em um eventual Programa Nacional de Geoqumica, a reavaliao dos dados laboratoriais existentes (incluindo a re-anlise ou novas anlises de materiais que estejam arquivados) e o detalhamento das reas j trabalhadas nas dcadas anteriores, com a coleta de outras amostras (sedimentos, bateia, solos e gua).

    Ateno especial deve ser dada geoqumica com aplicaes ambientais, e, nesse caso, um programa especial de coleta e anlises deve ser executado em regies urbanas, naquelas com extenses expressivas de agropecuria e em zonas de minerao, como forma de remediao e controle da poluio.

    Um Programa desse tipo ir requerer um grande nmero de tcnicos preparados para coleta, integrao e interpretao de dados, e laboratrios apropriados e modernos, em nmero e equipamentos. Nesse sentido, convnios com Universidades e com os Estados da Federao que possam ter condies de participar desse esforo sero necessrios.

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    APRESENTAO

    O presente Relatrio Tcnico integra o denominado Estudos para Elaborao do Plano Duodecenal (2010-2030) de Geologia, Minerao e Transformao Mineral ESTAL, idealizado pelo Ministrio de Minas e Energia, atravs de sua Secretaria de Geologia, Minerao e Transformao Mineral SGM, qual compete coordenar os estudos de planejamento setoriais, propondo as aes para o desenvolvimento sustentvel da minerao e da transformao mineral, de acordo com o Decreto 5.267 de 05/11/2004.

    O citado Plano, com o horizonte de 20 anos, tem previso de revises quadrienais e detalhamento coincidentes com os perodos dos Planos Plurianuais PPAs do governo, obedecendo s premissas de dinamicidade, realismo, atualizao tecnolgica, agilidade na obteno da informao e na divulgao dos produtos, continuidade de recursos humanos e continuidade de recursos financeiros, segundo estabelece o seu Termo de Referncia para contratao de consultorias especializadas, como a J. Mendo Consultoria, responsvel pela apresentao dos diversos Relatrios Tcnicos, como parte dos seus 58 Produtos includos em 6 Macro-Atividades.

    Neste Relatrio Tcnico 14 se analisam quantitativa e qualitativamente as informaes geoqumicas disponveis no territrio brasileiro, assim como de alguns pases tradicionalmente mineradores selecionados e alguns da Amrica Latina, na medida do possvel considerando, nesta anlise, os percentuais de recobrimento, as escalas de trabalho e a abrangncia das informaes contidas nas bases de dados e os sistemas de informaes utilizados.

    sugerida a implantao de um Programa Nacional de Geoqumica, a exemplo de pases como os EUA, Canad, frica do Sul, China e Austrlia, que possuem dimenses territoriais similares s nossas, e feita uma avaliao do banco de dados hoje existente na CPRM Servio Geolgico do Brasil, um dos mais evoludos no mundo (GEOBANK), alm de outras recomendaes.

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    1. Introduo

    A Geoqumica tem sido desde tempos histricos uma das ferramentas mais importantes para o conhecimento, sobrevivncia e evoluo da humanidade, se forem consideradas as tentativas de se obter ouro atravs de outros metais, ou mesmo a descoberta das tcnicas de nossos ancestrais na fabricao de ferramentas de ferro e bronze.

    Textos gregos e romanos antigos registram a procura de ouro atravs do uso de bateia, e o clssico De Re Metallica de Georg Bauer (ou, como mais conhecido, Georgius Agricola), publicado em 1556, descreve mtodos para prospeco mineral, sua ocorrncia em depsitos aluviais e a distribuio de veios ou minrios, utilizando, entre outros, a anlise de gua de fontes, alm de observar o efeito txico de metais em plantas. O uso dessas tambm foi feito em meados do sculo 15 pelo italiano Giovani de Castro, para descobrir veios mineralizados em alunita prximo a Roma, aps o seu retorno da Sria, onde uma determinada planta tambm ocorria (Boyle, R.W., 1977).

    No entanto, como cincia tal como hoje conhecida, a geoqumica relativamente recente, datando, na verdade, do primeiro quartel do sculo 19, quando Larden Vanuxem chamou a ateno, em 1827, para a interao qumica entre a atmosfera e a crosta terrestre, e, em 1844, Henry D. Rodgers, tambm nos EUA, estimou a quantidade de carbono extrada da atmosfera e armazenada nas rochas. Um ano antes, James Dana havia introduzido o conceito de metamorfismo, onde a geoqumica tem relevante significado. (Souren, A.,1999). A Rssia, por sua vez, considera V.I. Vernadsky, um mineralogista que relacionou pela primeira vez os elementos qumicos com a formao de minerais na natureza, como o Pai da Geoqumica, tambm no incio dos anos 1800. Foi nesses primeiros anos, tambm, que pioneiros da geoqumica descobriram como produzir sal a partir de gua do mar e identificaram outros elementos e compostos, como o oznio, que ajudaram a entender a criao da vida na Terra e os requisitos qumicos bsicos para mant-la.

    Nos EUA, a grande evoluo da geoqumica parece estar ligada agricultura (anlise de solos), ao meio ambiente e sade (anlise de gua), mas interessante notar que nos pases com tradio mineira antiga (Alemanha, Frana, Inglaterra), a geoqumica teve razes mais profundas do que em naes sem essa tradio. A prpria cole de Mines de France j tinha um laboratrio qumico em 1838 (Souren, op. cit.).

    As tcnicas de prospeco geoqumica, aqui entendida como a aplicao dos princpios e dados da geoqumica e da biogeoqumica na procura de depsitos econmicos de bens minerais, petrleo e gs natural, tiveram um grande avano durante a Primeira Guerra Mundial e alcanaram um grau de sofisticao na dcada de 30 do sculo passado principalmente na Rssia e Pases Escandinavos. Aps a Segunda Guerra Mundial, diversos mtodos ento utilizados foram introduzidos na Inglaterra, Canad, EUA, e, da, para outros pases como o Brasil, sendo hoje empregada nos mais diversos terrenos, das estepes russas aos desertos da Monglia, Austrlia e Nambia, das florestas tropicais aos campos da Argentina, cerrados e caatinga brasileiros e africanos, e dos terrenos gelados da Antrtica s grandes cadeias montanhosas e fundos ocenicos.

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    2. Geoqumica no Brasil

    2.1. Histrico

    Segundo a Sociedade Brasileira de Geoqumica (2003), os registros mais antigos que se tem sobre a utilizao da geoqumica no Brasil datam do perodo 1881 a 1885, quando Henri Gorceix realizou anlises completas de rochas e terras raras para complementar seus estudos em petrologia e mineralogia no laboratrio da Escola de Minas em Ouro Preto, Minas Gerais, atravs do processo de copelao ou fire assay.

    Ainda de acordo com a SBGq, em sua excelente publicao sobre a histria da geoqumica em nosso Pas, no final da dcada de 30 o grande Djalma Guimares, estudioso da obra de Viktor M. Goldschimidt, que pouco antes divulgara a distribuio dos elementos na crosta terrestre, iniciou suas pesquisas com minerais raros, pegmatitos, bem como elementos raros utilizando espectrografia de emisso tica, no Servio Estadual da Produo Mineral - SEPM, da ento Secretaria de Agricultura de Minas Gerais.

    Por essa poca, o Laboratrio da Produo Mineral LPM, do DNPM, criado em 1934, j realizava anlises minerais e de gua, como parte do trabalho do Departamento no esforo de incentivar o estudo cientfico e a descoberta de depsitos econmicos.

    A Segunda Guerra Mundial provocou em vrios pases a procura por bens minerais radioativos (urnio, trio, nibio, tntalo, zircnio, terras raras), o que levou vrios pesquisadores do SEPM a estudarem as guas minerais e radioativas de MG na primeira campanha geoqumica de que se tem notcia no Brasil, segundo a SBGq, com amostras orientadas por contador geiger e aerocintilometria, sendo analisadas por espectrometria ptica de emisso e fluorimetria (Dutra, 1958). Na dcada de 50, como parte de acordo de cooperao com os EUA envolvendo o DNPM e o U.S.Geological Survey, foram realizados mapeamento e levantamento geoqumico do Quadriltero Ferrfero, com enorme sucesso.

    Na dcada seguinte comearam a ser montados diversos laboratrios de geoqumica em Universidades brasileiras, muito em decorrncia da criao dos primeiros Cursos de Geologia, com destaque para a UFBA, UFPE, USP, UFRJ, e em 1965 o DNPM lanou o Plano Mestre Decenal para Avaliao de Recursos Minerais do Brasil 1965 1974, marco inicial para o conhecimento sistemtico do territrio brasileiro, abrangendo, em essncia, trs grandes atividades: elaborao da Carta Geolgica do Brasil ao Milionsimo, a realizao de Projetos Bsicos em escalas de 1:250.000 a 1:50.000, e Projetos Especficos de Pesquisa Mineral em reas selecionadas.

    Conquanto nos Projetos Bsicos fossem realizadas amostragens e anlises de materiais de aluvies e rochas, foi nos Projetos Especficos que se concentraram os trabalhos de prospeco e pesquisa mineral, envolvendo geoqumica, geofsica, alm de poos, galerias, sondagens etc, e de acordo com a prioridade dada substituio da importao de metais e matrias-primas a eles relacionados.

    Entre os minrios prioritrios encontravam-se os de cobre, com estudos no Cear (municpios de Aurora, Iara), Rio Grande do Norte (So Joo do Sabugi), Bahia (Caraba, Bela Vista do Boio, Cacimba da Torre), Rio Grande do Sul (Camaqu, Crro dos Martins, Seival), Mato Grosso (Registro do Jauru); fsforo, na faixa costeira de Pernambuco-Paraba, Rio Grande do Norte e Cear, Minas Gerais (Arax, Tapira, Salitre, Serra Negra), So Paulo (Jacupiranga), Gois (Catalo); alumnio, em Minas Gerais (Poos de Caldas, Ouro Preto, Serro), Maranho (Ilha de Traura e Chapada de Pirocua), Amap e Par; zinco e vandio, em Minas Gerais (Vazante, Januria-Itacarambi) e Par (asfaltito do Rio Fresco); nquel e cromo, na Bahia (Campo Formoso, Sade, Santa Luz, Poes), Minas Gerais (Passos-Piumhi), Gois

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    (Niquelndia, Barro Alto, Canabrava, Hidrolndia, Cromnia); estanho, em Rondnia (Serra dos Pacas Novos, Canturia, So Domingos, Cautainho), Gois (Ipameri); titnio, no Cear (rio Curu, Canind, Pentecostes, Indepedncia), Gois (rio Piracanjuba), faixa costeira da Bahia ao Esprito Santo); chumbo, na Bahia (Boquira, Macabas, Januria-Sento S, Brejeiro, Morro do Gomes, Taquari-Rio Sso), So Paulo-Paran (vale do Ribeira de Iguape); ouro, no Par (bacia do rio Tapajs), Paraba (bacia do rio Pianc); diamantes, nos rios Tocantins (cachoeira de Itaboca) e bacia do Araguaia (Marab-Jatob); berlio, csio e rubdio, na Paraba e Rio Grande do Norte (serra da Borborema), Cear (bacias dos rios Jaguaribe e Pirangi), Rio de Janeiro e sul da Bahia (provncia pegmattica); tungstnio-molibdnio, no Rio Grande do Norte e Paraba (Provncia Scheelitfera). mangans (em Minas Gerais), carvo mineral (So Paulo-Rio Grande do Sul, Par, Amazonas), sdio e potssio (Sergipe) e enxofre completavam a lista dos bens minerais prioritrios a pesquisar, alm da gua subterrnea no Nordeste do Brasil. Entre eles, a prospeco geoqumica teve papel importante na pesquisa para cobre, fsforo, zinco e vandio, nquel e cromo, estanho, chumbo, ouro, contribuindo para o melhor conhecimento dos depsitos e ocorrncias e para a descoberta de outras reas favorveis sua concentrao. Os resultados dessas pesquisas esto dispersos em vrios relatrios inditos e algumas publicaes do DNPM e da CPRM.

    Em meados dos anos 80 do sculo passado, o DNPM lanou o Programa Levantamentos Geolgicos Bsicos do Brasil - PLGB 1985-1999, numa tentativa de alavancar o conhecimento geolgico do Pas, prejudicado com as crises do petrleo de 1978 e 1982, que praticamente pararam os trabalhos de campo de geologia (conquanto se compilavam e integravam as informaes no Projeto Mapas Metalogenticos e de Previso de Recursos Minerais).

    O PLGB previa o mapeamento geolgico e geoqumico na escala de 1:250.000 da rea pr-cambriana amaznica, a partir de regies selecionadas pela aerogeofsica (magnetometria e cintilometria) executada e a ser promovida, num total de 2.100.000 km; em escala de 1:100.000 em reas selecionadas pelo Projeto Mapas Metalogenticos e de Previso de Recursos Minerais, fora da regio amaznica, num total de cerca de 2.400.000 km; e na escala de 1:50.000 em cerca de 980.000 km. As condies econmicas mundiais e nacionais vigentes durante aquela dcada e a seguinte permitiram que muito pouco do pretendido fosse realizado, ainda que um novo Plano Decenal de Minerao fosse lanado pelo DNPM para o perodo 1990-1999, ratificado pelo Plano Plurianual para o Desenvolvimento do Setor Mineral DNPM de 1994, o qual resgatava basicamente as idias do PLGB, com as mesmas intenes para a Amaznia e o restante do Pas, no concernente ao mapeamento geolgico, geoqumico e geofsico, acrescentando estudos de geotecnia em reas metropolitanas e cartas especficas para insumos para agricultura e reas restritas (parques, reservas indgenas e florestais, faixas de fronteira etc).

    Na dcada de 70, vrias Companhias Estaduais de Minerao foram reforadas ou criadas, com destaque para a Metais de Gois, a Mineropar (Paran), a Companhia Bahiana de Pesquisas Minerais, a Metamig (Minas Gerais), a Metamat (Mato Grosso) e a CRM (Rio Grande do Sul). A Mineropar e a CBPM, em especial, realizaram prospeco geoqumica em escala regional, com importantes resultados na deteco de reas favorveis para a minerao e outras com conotaes ambientais (Mineropar).

    Trabalhos de alunos e professores de Universidades tambm vieram a contribuir para o conhecimento do comportamento geoqumico de diversas regies do Pas.

    Um novo Plano de Levantamentos Geolgicos Bsicos do Pas, lanado em 2004 pela CPRM, est em andamento, agora com nfase na Amaznia e nos aspectos ligados geodiversidade, incluindo tambm a geologia mdica.

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    O conjunto de trabalhos geolgicos, geoqumicos e geofsicos realizados nas dcadas de 60 e 70 principalmente foi o grande responsvel pelo conhecimento do subsolo brasileiro, redundando na descoberta ou incio de explotao mineira de grande parte dos importantes depsitos brasileiros conhecidos, a exemplo de:

    nquel em Niquelndia, Barro Alto, Canabrava, Morro do Engenho e Santa F em Gois; Ouro em Mara Rosa/Chapada, em Gois; Paracatu, Minas Gerais e Fazenda

    Brasileiro, na Bahia; Nibio em Seis Lagos, no Amazonas; Cassiterita em Rondnia e Pitinga, no Amazonas; Alumnio no rio Trombetas; Fluorita em Santa Catarina; Cobre, nquel, cobalto em Americano do Brasil, Gois; Cobre, chumbo, zinco em Palmeirpolis, Gois; Urnio em Lagoa Real, Bahia; Fosfato em Irec, Bahia, Itataia (c/ urnio, no Cear) e Patos de Minas, em Minas

    Gerais; Titnio e vandio em Campo Alegre de Lourdes, na Bahia; Cobre em Caraba, Bahia.

    2.2. O Sistema de Informaes Geolgicas do Brasil

    Como parte integrante do Programa Levantamentos Geolgicos do Brasil PLGB, a CPRM desenvolveu para o DNPM o primeiro Sistema de Informaes Geolgicas do Brasil SIGA, tendo por princpio o fato de que o programa iria gerar uma enorme quantidade de dados, alm dos existentes, obtidos na dcada de 70, e que se perderiam ou teriam dificuldade de manejo caso no fossem organizados e disponibilizados ao pblico atravs de um acesso fcil e compreensvel.

    A partir dessa concepo inicial, foi agregada ao PLGB uma srie de projetos destinados a aumentar a eficincia dos trabalhos tcnico-cientficos, tornar vivel a realizao de outros e, principalmente, melhor atender aos usurios dos seus resultados:

    Elaborao de um novo Plano Diretor de Informtica na CPRM; Criao de um sistema de informaes geolgicas de carter nacional (SIGA); Atualizao e modernizao de sistemas e equipamentos existentes; Atualizao dos sistemas de processamento geofsico e geoqumico; Introduo de uma filosofia de processamento distribudo, com participao dos

    usurios e incorporao de tecnologia de microcomputadores, redes e processamento grfico;

    Implantao de sistemas de apoio gerencial descentralizados; Adoo de sistemas de acesso a bases de dados nacionais e internacionais; Integrao dos bancos de dados do DNPM localizados nos computadores da CPRM

    (DNPM, 1984).

    O SIGA passou a integrar vrios bancos de dados que estavam na CAEEB Companhia Auxiliar de Energia Eltrica Brasileira (extinta no Governo Collor de Mello), envolvendo acervo bibliogrfico, bibliografia geolgica do Brasil, projetos de mapeamento bsico do DNPM, ocorrncias minerais, descrio de afloramentos, anlises petrogrficas projetos de mapeamento geolgico, geofsico e geoqumico, sondagens, ocorrncias fossilferas, anlises qumicas de rochas, dataes geocronolgicas, ocorrncias e cadastros de gemas, ndices cartogrficos, descrio de solos, conseguindo reunir (e disponibilizar ao pblico), 805.500 documentos no

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    perodo julho de 1986 a julho de 1988. Apenas da base de mapeamento geolgico, geofsico e geoqumico, haviam sido cadastrados no SIGA 10.200 documentos naquele perodo.

    Paralelamente, a CPRM criou um Servio de Atendimento aos Usurios denominado SEUS, at hoje em operao.

    O acesso s Bases das Bases de Dados geocientficas passou a ser atravs do Servio INTERDATA da Embratel, sendo a principal delas a GEOREF, produzida pelo American Geological Institute, dos EUA.

    Nos anos 90 e no atual sculo a CPRM experimentou um enorme salto de eficincia e qualidade de registros de dados, culminando com o atual GEOBANK, um banco de dados relacional desenvolvido em plataforma Oracle, orientado para objetos grficos e contendo vrias bases de dados. Segundo o Relatrio Anual 2007 da CPRM, foram acrescidos naquele ano 51 mil dados relativos s determinaes geoqumicas de amostras oriundas dos projetos da CPRM/SGB em todo o Pas, totalizando 351.055 amostras cadastradas na base Geoqumica.

    O exame das informaes sobre a rea de Geoqumica na pgina de internet da CPRM (maio de 2009) demonstra estarem ali cadastrados 262 projetos, em um total de 306.523 amostras coletadas para sedimentos de corrente (140.768), concentrados de bateia (41.930), solos (93.944) e rochas (26.881), no estando a consideradas as amostras de gua, vegetais e outras, correspondendo ao perodo de 1970 a 1998.

    Os Projetos envolvendo Geoqumica esto ali classificados em 4 (quatro) grandes categorias:

    Prospeco Geoqumica Regional 1 Mapas 1

    So projetos geoqumicos em nvel de levantamentos, iniciados a partir de 1972 para o DNPM Departamento Nacional da Produo Mineral, e projetos de geoqumica regional do Programa de Levantamentos Geolgicos Bsicos do Brasil PLGB, executados para a CPRM. So 63 projetos abrangendo basicamente os anos 70 (32), 80 (26) e incio dos anos 90 (5), cobrindo todas as regies do Pas, com nfase s regies Norte e Nordeste em termos de rea coberta e nmero de amostras coletadas (Figura1).

    Fonte: CPRM, 2009 Figura 1: Projetos de prospeco geoqumica regional 1 executados para o DNPM e CPRM

    nas dcadas de 70 a 90

  • 13

    Prospeco Geoqumica Regional 2 Mapas 2 So projetos de geoqumica regional que fazem parte do Programa Levantamento Geolgico Bsico do Brasil PLGB executados para o Departamento Nacional da Produo Mineral DNPM e para a CPRM Servio Geolgico do Brasil. So 76 projetos executados nos anos 70 (11), 80 (14) e, principalmente, na dcada de 90 (51), com nfase tambm s regies Norte e Nordeste, tal como acima (Figura 2).

    Fonte: CPRM, 2009

    Figura 2: Projetos de prospeco geoqumica regional 2 executados no Programa PLGB nas dcadas 70 a 90

    Prospeco Geoqumica de Detalhe Mapas 3 So projetos especiais e de prospeco geoqumica de detalhe executados para a CPRM Servio Geolgico do Brasil, Comisso Nacional de Energia Nuclear CNEN, Reserva Nacional do Cobre e Associados - RENCA e para o Grupo Executivo do Baixo Amazonas GEBAM. So a registrados 104 projetos, cobrindo grandes reas do Nordeste, Norte e Sul-Sudeste do Pas, executados principalmente na dcada de 80 (70) e 70 (34) (Figura 3).

    Fonte: CPRM, 2009

    Figura 3: Projetos de prospeco geoqumica de detalhe executados para a CPRM, CNEN, RENCA e GEBAM nas dcadas de 70 e 80

  • 14

    Sem Prospeco Mapas 4 So projetos sem atividade de prospeco geoqumica executados pela CPRM - Servio Geolgico do Brasil para a Comisso Nacional de Energia Nuclear CNEN e rgos de Governos Estaduais. Apesar de no haver uma prospeco geoqumica no sentido dos grupos de projetos anteriores, vrias anlises de sedimentos de corrente, concentrados de bateia, solos e rochas foram aqui realizados, principalmente nas Regies Norte e Nordeste (Figura 4).

    Fonte: CPRM, 2009

    Figura 4: Projetos sem atividade geoqumica sistemtica executados pela CPRM para a CNEN e rgos Estaduais

    2.2.1. Anlise dos dados disponveis

    2.2.1.1. Projetos de Prospeco Geoqumica Regional 1

    Realizados em todas regies do Brasil nas dcadas de 70 e 80, correspondem, em rea total, maior cobertura executada com trabalhos de geoqumica entre os quatro grupos considerados, abrangendo cerca de 2.133.153 km do Pas, dos quais, quase a metade na regio Norte (1.027.844 km).

    Na regio Norte constituem-se em projetos de grande extenso, como os Projetos Norte da Amaznia (Domnios Baixo Rio Negro e Oiapoque-Jari), que, sozinhos, tiveram uma rea amostrada de geoqumica de cerca de 370.000 km; o Rio Negro (na denominada cabea do cachorro), com 135.000 km de rea amostrada; Tapajs Sucunduri (30.802 km), Sudeste de Rondnia (73.033 km); e Gurupi (21.500 km).

    Nessa regio, as amostragens abrangeram sedimentos ativos de corrente (1 amostra/85 km na mdia), concentrados de bateia (1/198 km), solos (1/92 km) e rochas (1/37,3 km).

    Na regio Norte-Centro-Oeste destaca-se o Projeto Geofsica-Canad, com 375.000 km cobrindo parte dos Estados do Par, Mato Grosso, Gois e o hoje Tocantins, enquanto no domnio Gois-Bahia cobriu 97.000 km de rea amostrada em suas trs etapas.

    Na regio Centro-Oeste foi coberta uma rea de cerca de 463.990 km com trabalhos de geoqumica e tambm se realizaram amostragens de sedimentos de corrente (1/85 km), concentrados de bateia (1/71 km), solos (1/13,7 km) e rochas (1/70,7 km).

  • 15

    Na regio Nordeste, onde se cobriu cerca de 457.450 km totais com geoqumica, ressaltam como os maiores projetos o Fortaleza (53.000 km), o Baixo So Francisco-Vaza Barris (101.945 km) e o Rio Jaguaribe (72.000 km).

    Nessa regio igualmente a amostragem abrangeu sedimentos de corrente (1/16 km), concentrados de bateia (1/41 km), solos (1/10 km) e rochas (1/70 km).

    Tambm nas regies Sudeste (156.130 km de rea coberta com geoqumica) e sul (27.738 km) se realizaram, neste grupo de projetos, amostragens de sedimentos de corrente (malha de 1/11,5 km na Sudeste e 1/5 km na Sul), concentrados de bateia (1/55 km e 1/20 km, respectivamente), solos (1/195 km e 1/3,7 km) e rochas (1/334 km e 1/25,5 km).

    O Quadro 1 a seguir ilustra melhor esses parmetros:

    Regio Sedimento Concentrado Solo Rocha

    Norte 1/85 km 1/198 km 1/92 km 1/37,3 km

    Nordeste 1/16 km 1/41 km 1/101 km 1/70 km

    C. Oeste 1/85 km 1/71 km 1/13,7 km 1/70,7 km

    Sudeste 1/11,5 km 1/55 km 1/195 km 1/334 km

    Sul 1/5 km 1/20 km 1/3,7 km 1/25,5 km Quadro 1:Malhas de amostragens utilizadas nos projetos de geoqumica regional 1

    Obs: as malhas do Quadro 1 correspondem aos projetos onde se fizeram as coletas respectivas das amostras de sedimentos, concentrados e solos no universo de todos os projetos realizados e no ao total da rea coberta com geoqumica na regio. Alguns deles no tiveram coletas de amostras de solos, ou de rochas ou mesmo de concentrados de bateia.

    Em termos de amostras coletadas, a regio Norte contribuiu com 12.357 (sedimentos de corrente), 5.174 (concentrados de bateia), 937 (solos) e 2.065 (rochas).

    A regio Nordeste com 28.466 (sedimentos de corrente), 7.745 (concentrados de bateia), 3.010 (solos) e 4.128 (rochas).

    A regio Centro-Oeste com 5.450 (sedimentos de corrente), 1.252 (concentrados de bateia), 6.262 (solos) e 1.089 (rochas).

    A regio Sudeste com 13.545 (sedimentos de corrente), 1.560 (concentrados de bateia), 784 (solos) e 454 (rochas).

    E a regio Sul com 5.450 (sedimentos de corrente), 1.252 (concentrados de bateia), 6.222 (solos) e 1.089 (rochas).

  • 16

    O Quadro a seguir ilustra os tipos de anlises usadas para os materiais coletados, de maneira geral:

    Anlise Sedimento Concentrado Solo Rocha A.Atmica X X X X Colorimetria X X X X Elet.Espec X - X X Espectrog. X X X X Cromatograf X - - - Fluores. R X X - - X Mineral qua/quant - X - - E. fuso - X - - xidos - - X X

    Quadro 2: Tipos de anlises qumicas usados nos projetos de geoqumica regional e respectivos materiais

    Obs: Absoro atmica para metais (Cu, Pb, Zn, Sn, Au etc); Eletrodo Especfico para F, pH, Cromatografia para U, Fluorescncia de Raios X para Th, Colorimetria para As, Sb, Ensaio por fuso para Au.

    Nesses projetos foram poucas as amostras coletadas para gua, vegetais e minrios. 2.2.1.2. Projetos de Prospeco Geoqumica Regional 2

    Realizados tambm em todas as regies do Pas, no perodo 1975-1995, tiveram seu pice na primeira metade dos anos 90, e compreenderam cerca de 76 projetos que cobriram uma rea total de 551.722 km de nosso territrio com amostragem geoqumica, novamente com nfase s regies Norte (350.020 km) e Nordeste (139.270 km), seguidas do Centro-Oeste (36.000 km), Sudeste (21.700 km) e Sul (4.732 km).

    Ao contrrio do grupo anterior, no abrange projetos com enormes extenses amostradas, variando as reas cobertas entre um mnimo de 3.000 km e um mximo de 72.000 km (Folha Serra do Imeri, no norte do Amazonas, sudeste de Roraima). No entanto, demonstram a preocupao com a execuo de trabalhos sistemticos em reas especiais, como a da regio de Carajs, onde foram realizados trabalhos em cerca de 156.000 km na escala de mapeamento de 1:250.000, no perodo de 1987 a 1991, ou no noroeste de Rondnia, na divisa com o Acre e Amazonas, cobrindo, na escala 1:100.000 de mapeamento, cerca de 15.000 km.

    Nessa regio, predominou a amostragem de sedimentos de corrente (9.447 amostras) e concentrados de bateia (4.956), seguida de rochas (1.893) e solos (1.744). As malhas de amostragem variaram entre 1/11,3 km para sedimentos de corrente, 1/21,5 para concentrados, 1/61 km de solos e 1/56,2 km para rochas.

    Tambm na regio Nordeste, a preocupao era a de realizar trabalhos de mapeamento em folhas agrupadas, contnuas de preferncia, a exemplo dos Projetos Gavio - Serrinha (4 folhas na escala 1:100.000, num total de 12.000 km), Utinga-Mucug (3 folhas, 9.000 km), Riacho do Pontal (10 folhas, 30.000 km), Afogados da Ingazeira (4 folhas, 9.000 km).

    Aqui predominaram as amostragens de sedimentos de corrente (16.414 amostras), concentrados de bateia (4.827) e rochas (2.816), com a amostragem de solos em apenas 9 (2.222 amostras) dos 33 projetos do grupo. As malhas de amostragem abrangeram: 1/8,5 km (sedimentos), 1/29 km (concentrados), 1/62,7 km (solos) e 1/ 49,4 km (rochas).

  • 17

    Na regio Centro Oeste foram realizados 11 projetos, todos com reas de 3.000 km, exceo do Projeto Canabrava-Porto Real, j nos limites de Tocantins, que cobriu 6.000 km, e em todos eles as amostragens se restringiram a sedimentos de corrente (3.899 amostras) e concentrados de bateia (1.745), com total de apenas 31 amostras de solos coletadas em 3 dos projetos. Malhas de amostragem: 1/9,2 km e 1/20,6 km, respectivamente para sedimentos de corrente e concentrados de bateia.

    Na regio Sudeste, foi realizada amostragem geoqumica em 8 folhas no perodo 1987-1991, agrupadas em 3 Projetos: Cachoeiro do Itapemirim, ES (4 folhas, 11.200 km), Barbacena, MG (3 folhas, 9.000 km) e So Gonalo do Sapuca, tambm em Minas Gerais (1 folha de 1:100.000, 1.500 km).

    As amostragens predominantes tambm foram aqui as de sedimentos de corrente (2.257 amostras, malha de 1/9,6 km) e concentrados de bateia (950 amostras, malha de 1/22,8 km). Rochas foram coletadas em apenas quatro projetos (212 amostras, malha de 1/102 km).

    Na regio Sul este grupo compreende apenas 2 Projetos na escala 1:100.000 de mapeamento, com a coleta de 521 amostras de sedimentos de corrente (1/9 km), 430 de concentrados de bateia (1/11 km), 32 de solos (1/148 km), 274 de rochas 1/17,3 km).

    O Quadro 3 a seguir ilustra, por regio, as malhas respectivas de amostragens nos projetos onde elas foram efetivamente realizadas.

    Regio Sedimento Concentrado Solo Rocha Norte 1/9,5 km 1/23,8 km 1/76,5 km 1/59,3 km Nordeste 1/8,5 km 1/29 km 1/63 km 1/49,4 km C. Oeste 1/9,2 km 1/20,6 km - - Sudeste 1/9,6 km 1/22,8 km - 1/102,3 km Sul 1/9 km 1/11 km 1/148 km 1/17,3 km

    Quadro 3: Malhas de amostragens utilizadas nos projetos de geoqumica regional 2 e respectivos materiais

    Em termos de anlises, o padro utilizado foi praticamente o mesmo dos projetos do

    grupo anterior conforme demonstra o Quadro a seguir.

    Anlise Sedimento Concentrado Solo Rocha A.Atmica X X X X Colorimetria X X X X Elet.Espec X - X X Espectrog. X - X X Cromatograf - - - - Fluores. R X X - X X Mineral qua/quant - X - - E. fuso - X X X xidos - - X X

    Quadro 4: Tipos de anlises qumicas usados nos projetos de geoqumica regional 2 e respectivos materiais

    Obs: Absoro atmica para metais (Cu, Pb, Zn, Sn, Au etc); Eletrodo Especfico para F,

    pH, Cromatografia para U, Fluorescncia de Raios X para Th, Colorimetria para As, Sb, Ensaio por fuso para Au.

  • 18

    2.2.1.3. Prospeco Geoqumica de Detalhe Mapas 3

    Embora realizados em todas as regies geogrficas do Brasil, tal como os dois grupos anteriores, os Projetos deste grupo, num total de 104, tiveram sua execuo no perodo entre 1975 e 1989, com 70 deles somente na dcada de 80, cobrindo uma rea total amostrada de cerca de 120.176 km do Pas, com significativa concentrao nas regies Nordeste (43.730 km de rea amostrada) e Sudeste (42.725 km), seguidas das regies Norte (25.296 km), Sul (7.069 km) e Centro-Oeste (apenas 1.356 km amostrados com geoqumica).

    Na regio Norte, exceo do Projeto Seleo de reas/Porto Velho, que cobriu mais de 60.000 km amostrados com geoqumica, todos os demais projetos (num total de 36) abrangeram reas muito pequenas, entre 4 e 800 km em geral, com apenas alguns na faixa de 1.000 a 4.500 km.

    Nessa regio, a nfase foi dada amostragem de solos (24.395 amostras, malha de 1/0,90 km), seguida de concentrados de bateia (3.118 amostras, ou 1/5 km), sedimentos de corrente (2.521 amostras, malha de 1/6,9 km) e rochas (8.642 amostras; 1/5 km).

    A regio Nordeste, com 36 projetos, com destaque para a Bahia e Minas Gerais, compreendeu igualmente amostragens predominantes de solos (19.810 amostras, 1/0,9 km), seguidas de sedimentos de corrente (8.642 amostras; 1/5 km), concentrados de bateia (5.960 amostras ou 1/7,3 km) e rochas (5.020 amostras; 1/8,7 km).

    Tal como nos casos anteriores, tambm na regio Centro Oeste a predominncia foi de amostragens de solos (5.098 amostras, 1/0,26 km), seguidas de sedimentos de corrente (1.275 amostras ou 1/1 km), sedimentos de corrente (1.275 amostras ou 1/ 1,06 km). No universo dos 4 projetos realizados nessa regio, as amostras de rochas foram 37, em apenas 1 projeto (1/36,6 km), e a de concentrados de bateia em 2 projetos (70 amostras ou 1/19,4 km).

    No perodo de 1975 a 1989 foram realizados 15 projetos com amostragem geoqumica na regio Sudeste, com destaque para o Projeto Pesquisas Prprias e para a Seleo de reas/SP que abrangeram todo o norte do Paran e sul de So Paulo, respectivamente. Neles, conquanto o nmero de amostras de solos ainda tenha sido o maior (7.400 amostras; 1/5,8 km), o nmero de amostras de sedimentos ativos de corrente foi bastante significativo (4.772 ou 1/8,95 km), e o de rochas atingiu 1.459 amostras, com malha de 1/29,3 km. A quantidade de concentrados de bateia (493 amostras; 1/86,7 km) e de rochas (200 amostras; 1/ 214 km) foi muito pequena para ser representativa.

    Na regio Sul foram 14 projetos com amostragem geoqumica, sendo os maiores os rea 1 (1.000 km), Wolframita no Estado de Santa Catarina (4.430 km) Cobre nos Corpos Bsico-Ultrabsicos do Rio grande do Sul (2.745 km). Os demais variaram entre 2 e 545 km de rea levantada. As amostras de solos foram a maioria (6.963; malha de 1/5,6 km), seguidas de sedimentos de corrente 2.288; 1/3,1 km) e rochas (1.252; 1/5,6 km) e concentrados de bateia 989 ou 1/7,1 km).

    O Quadro a seguir ilustra as malhas de amostragem.

    Regio Sedimento Concentrado Solo Rocha Norte 1/6,9 km 1/5 km 1/0,9 km 1/5,2 km Nordeste 1/5 km 1/7,3 km 1/0,9 km 1/8,7 km C. Oeste 1/1 km 1/19,4 km 1/0,26km 1/36,6 km Sudeste 1/8,9 km 1/86,7 km 1/5,8 km 1/29,3 km Sul 1/3,1 km 1/7,1 km 1/1 km 1/5,6 km Quadro 5: Mapas de amostragens utilizadas nos projetos de geoqumica de detalhe

  • 19

    Quanto s anlises efetuadas, predominaram as de absoro atmica para elementos metlicos (Cu, Pb, ZN, Ag, Co, Ni, Cr) e colorimetria (As, Sb) em sedimentos de corrente, solos e rochas; xidos maiores para solos; e fluorescncia de Raios X (Rb, U, Th) para sedimentos e rochas. 2.2.1.4. Projetos Sem Prospeco

    Este Grupo compreende poucos projetos com amostragem geoqumica muito localizada (23 projetos, alguns abrangendo vastas reas de investigao na regio Norte, como o Projeto Sul do Par (22.500 km), no Norte-Nordeste, como o Recursos Minerais da Bacia do Parnaba (810.000 km) e Sudeste, como o Sondagem do Bambu (270.000 km). O pequeno nmero de amostras coletadas para mais de 1.000.000 km de rea (603 de sedimentos de correntes, 1.574 de concentrados de bateia, 18 de solos, 2.963 de rochas, alm de 405 de minrios) demonstra a pouca representatividade da amostragem realizada em termos de rea, embora tenham sido importantes para os objetivos dos Projetos (minerais nucleares principalmente). Mesmo assim, o Quadro 6 relaciona essa amostragem com as respectivas malhas de coleta.

    Aqui foram as rochas os materiais mais analisados (at porque muitas eram provenientes de testemunhos de sondagens), abrangendo mtodos quantitativos (xidos maiores, C orgnico, S, LiO2), absoro atmica, colorimetria (P, W, Ti), eletrodo on especfico (F), cromatografia (U), ensaio por fuso (Au) e fuorescncia de Raios X (Rb).

    Nesse grupo de projetos a CPRM ainda registra o Projeto Geoqumica Sedimentar de Superfcie da Margem Continental Brasileira, realizado em parceria com a Secretaria Interministerial para os Recursos do Mar SECIRM, em 1985, que cobriu todo o litoral do Pas, do Rio Grande do Sul ao Oiapoque, no Amap, mas com a coleta de apenas 1.723, amostras segundo o banco de dados da CPRM. 2.2.1.5. Consideraes Gerais

    Levando-se em considerao apenas esses 262 projetos realizados no perodo de 1971 a 1995, pode-se fazer as seguintes observaes genricas, a partir do Quadro 6.

  • 20

    Quadro 6: Projetos da CPRM com levantamentos geoqumicos: 1972-1995

    Sedimentos de Corrente Concentrados de Batia

    Regio Classe CPRM

    rea total km2

    N Projetos rea Amostrada

    km2 N Projetos

    N Amostras

    Malha rea Amostrada

    km2 N Projetos N Amostras Malha

    1 1.027.844 21 1.027.844 21 12.357 1/85 km2 1.027.844 21 5.174 1/198 km2

    2 350.020 21 350.020 21 32.308 1/0,8 km2 296.020 18 4.956 1/160 km2

    3 25.296 36 17.452 24 2.521 1/7 km2 15.622 21 3.118 1/5 km2

    NORTE

    4 123.243 9 89.019 4 272 1/327 km2 89.000 4 239 1/372 km2

    Subtotal 1.526.403 87 1.484.335 70 47.458 1/31,3 km2 1.428.486 64 13.487 1/106 km2

    1 457.451 19 457.466 19 28.466 1/16 km2 316.656 15 7.745 1/41 km2

    2 139.270 32 139.270 33 16.414 1/8,5 km2 132.820 31 4.827 1/29 km2

    3 46.430 35 43.730 22 8.642 1/5 km2 31.854 10 5.960 1/5,3 km2

    NORDESTE

    4 842.539 7 810.000 1 5 1/162.000 km2 828.562 4 1.113 1/744 km2

    Subtotal 1.485.690 93 1.450.466 75 53.527 1/27 km2 1.309.892 60 19.645 1/67 km2

    1 463.990 7 463.990 7 5.450 1/85 km2 88.990 6 1.252 1/71 km2

    2 36.000 11 36.000 11 3.899 1/9 km2 36.000 11 1.745 1/20,6 km2

    3 1.356 4 1.256 3 1.275 1/1 km2 344 2 70 1/5 km2

    CENTRO-

    OESTE

    4 6.000 2 6.000 2 281 1/21 km2 - - - -

    Subtotal 507.346 24 507.246 23 10.905 1/46,5 km2 125.334 19 3.067 1/41 km2

    1 156.130 8 156.130 8 13.545 1/11,5 km2 156.130 8 1.560 1/55 km2

    2 21.700 8 21.700 8 2.257 1/9,6 km2 21.700 8 950 1/23 km2

    3 42.725 15 42.406 13 4.772 1/9 km2 2.104 10 493 1/4,2 km2

    SUDESTE

    4 312.000 3 42.000 1 45 1/933 km2 - - - - Subtotal 532.555 34 262.236 30 20.619 1/12,7 km2 179.934 26 3.003 1/60 km2

    1 27.738 7 27.738 7 5.450 1/5 km2 25.368 6 1.252 1/20 km2

    SUL

    2 4.732 2 2.366 1 521 1/4 km2 4.732 2 430 1/11 km2

  • 21

    Sedimentos de Corrente Concentrados de Batia

    3 9.015 14 4.570 13 2.288 1/2 km2 6.253 9 989 1/6 km2

    4 42.000 1 - - - - 42.000 1 57 1/736 km2

    Subtotal 83.485 24 34.674 21 8.259 1/4,2 km2 78.353 18 2.728 1/28,7 km2

    1 4.135.479 262 3.738.957 219 140.768 1/26,56 km2 3.121.999 187 41.930 1/74 km2

    % Amostras 90,4% 75,5%

    % Pas 44% 36,7%

  • 22

    Quadro 6 (continuao)

    Solos Rochas

    Regio rea Amostrada km2 N Projetos N Amostras Malha rea Amostrada km2 N Projetos N Amostras Malha

    85.990 7 937 1/92 km2 76.990 14 2.065 1/37,3 km2

    144.186 11 1.744 1/83 km2 278.020 17 1.893 1/147 km2

    22.125 24 24.390 1/0,9 km2 11.030 19 2.126 1/5,2 km2

    NORTE

    26.119 3 55 1/475 km2 78.224 7 928 1/84,3 km2

    Subtotal 278.420 45 27.126 1/6,6 km2 444.264 57 7.012 1/63,3 km2

    303.651 10 3.010 1/101 km2 289.101 14 4.128 1/70 km2

    61.870 9 2.222 1/27,4 km2 130.270 32 2.816 1/46 km2

    17.905 22 19.810 1/0,9 km2 37.973 26 5.020 1/7,5 km2

    NORDESTE

    828.000 3 14 1/59.143 km2 84.850 4 1.443 1/59 km2

    Subtotal 1.211.426 44 25.056 1/48 km2 542.194 76 13.407 1/40,4 km2

    85.990 4 6.262 1/13,7 km2 76.990 7 1.089 1/70,7 km2

    3.000 3 9.000 1/290 km2 - - - -

    1.453 3 5.098 1/0,28 km2 100 1 37 1/2,7 km2

    CENTRO-

    OESTE

    - - - - - -

    Subtotal 90.443 10 20.360 1/4,4 km2 77.090 8 1.126 1/68,5 km2

    153.130 7 784 1/195 km2 153.130 7 458 1/334 km2

    3.000 1 1 1/3000 km2 10.500 4 212 1/49,5 km2

    42.698 13 7.400 1/5,8 km2 42.120 12 1.459 1/28,9 km2

    SUDESTE

    - 1 - - 270.000 3 544 1/496 km2

    Subtotal 198.828 22 8.185 1/24 km2 475.750 26 2.673 1/178 km2

    23.088 4 6.222 1/3,7 km2 27.738 7 1.089 1/25,5 km2

    2.366 1 32 1/74 km2 2.366 1 274 1/8,6 km2 SUL

    8.928 9 6.963 1/1,3 km2 8.968 1 1.252 1/7,1 km2

  • 23

    Solos Rochas

    - - - - 42.000 1 48 1/875 km2

    Subtotal 34.382 14 13.217 1/2,6 km2 81.072 10 2.663 1/30,4 km2

    1.813.499 135 93.944 1/18 km2 1.620.370 177 26.881 1/60,3 km2

    % Amostras 41,4% 39,2%

    % Pas 20,1% 19%

  • 24

    Os levantamentos geolgicos realizados na dcada de 70 (principalmente em sua primeira metade) objetivaram alvos especficos com possibilidades de se detectarem depsitos minerais importantes para substituio de importaes (Sn, Cu, Ni, Cr, Al, Co, P) ou aumento de reservas j conhecidas (Nb, T.R., Au). As amostragens geoqumicas acompanharam estes objetivos.

    Na dcada de 80, os levantamentos geolgicos foram sistemticos (PLGB), executados de acordo com o corte cartogrfico internacional para folhas 1:250.000 principalmente em reas selecionadas pelos trabalhos da dcada anterior e pelo Projeto Mapas Metalogenticos e de Previso de Recursos Minerais. Em outras palavras, obedeceram a um planejamento de curto, mdio e longo prazos (ainda que tivessem que ser interrompidos por falta de recursos oramentrios do DNPM. A prospeco geoqumica foi regional e de detalhe, acompanhando os levantamentos geolgicos, mas nem sempre de forma sistemtica. Aqui ainda ressaltam os projetos de detalhe executados para a pesquisa prpria da CPRM e para a CNEN Comisso Nacional de Energia Nuclear.

    Na dcada de 90 (primeira metade) houve a continuidade dos levantamentos geolgicos sistemticos, com amostragem geoqumica de detalhe em vrios deles.

    Considerados os quatro grupos de Projetos da pgina eletrnica da CPRM at aqui examinados, o Brasil teria quase a metade de seu territrio coberto com amostragem geoqumica no sistemtica: cerca de 4.135.479 km. Desse total, 3.738,957 km estariam cobertos com amostragem de sedimentos ativos de corrente (44% do Pas); 3.121.999 km com concentrados de bateia (36,7% do territrio); 1.813.499 km com amostragem de solos (20,1%), no considerados, claro, os trabalhos da Embrapa e de rgos estaduais; e 1.620.370 km (19% do Pas) com amostragem de rochas para fins geoqumicos, conforme mostra o Quadro 6 Projetos da CPRM com Levantamentos Geoqumicos no perodo 1971 1995.

    Nas dcadas 70 a 90 as regies Norte e Nordeste foram prioritrias na execuo dos trabalhos, seguidas do Centro Oeste, Sudeste e Sul, em nmero e extenso de projetos, mas foi nessas duas ltimas em que se concentraram os projetos com maior detalhamento.

    A malha mdia de amostragem nesses quase 50% do territrio brasileiro foi de 1/26,56 km para sedimentos de corrente; 1/74 km para concentrados de bateia; 1/18 km para solos; e 1/60,3 km para rochas com objetivos de conhecimento geoqumico.

    A regio Centro-Oeste foi a que teve a maior malha de amostragem para sedimentos de corrente (1/ 46,5 km), seguida das regies Norte (1/31,3 km), Nordeste (1/27 km), Sudeste (1/ 12, 7 km) e Sul (1/4,2 km).

    J a regio Norte foi a que teve a maior malha de amostragem para concentrados de bateia (1/106 km), seguida das regies Nordeste (1/67 km), da Sudeste (1/60 km), Centro Oeste (1/41 km) e Sul (1/ 28,7 km).

    Solos variaram entre 2,6 e 6,6 amostras por km nos projetos amostrados para geoqumica nas regies Sul, Centro-Oeste e Norte, at 1/48 km (Nordeste) e 1/24 km na Sudeste.

    Os nmeros acima, ilustrados detalhadamente no Quadro 6, demonstram no ter havido sistemtica ou normatizao/padronizao de amostragem geoqumica para os projetos realizados nas diversas regies do Pas. Em parte, certamente, por condies de acesso (regies Norte e Centro-Oeste poca), em parte pelo preparo e nmero diferenciados das equipes envolvidas nos levantamentos e em parte pelos objetivos dos projetos nas dcadas de 70, 80 e 90.

  • 25

    A pergunta que se poderia fazer : so vlidos os resultados obtidos? Certamente que sim, mesmo se considerando os equipamentos laboratoriais da poca, que no permitiam atingir os limites de deteco que os atuais equipamentos permitem. E isso vlido para a grande maioria dos pases que realizaram seus trabalhos aps a 2 Guerra Mundial.

    O Relatrio Anual da CPRM referente ao ano de 2007 demonstra a realizao de 12 projetos de mapeamento geolgico na escala de 1:250.000, com rea total de 385.716 km, dos quais 339.816 km na regio Norte, 36.000 km na regio Nordeste e 9.900 km na regio Sul.

    Nesses projetos teriam sido coletadas apenas 539 amostras de sedimentos de corrente e 883 de concentrados de bateia, o que daria uma malha de 1/363 km para os primeiros e 1/221 km.

    No mesmo Relatrio, 23 projetos em 1:100.000 sendo realizados ou em fase final, cobrindo uma rea total de 100.935 km, dos quais, 9.136 km na regio Norte, 37.500 km na Nordeste, 3.000 km na Centro-Oeste, 43.291 km na Sudeste, 8.008 km na Sul.

    Aqui foram coletadas 1.218 amostras de sedimentos de corrente e 382 de concentrado de bateia, resultando em 1/19,6 km para as primeiras e 1/62,4 km para as segundas.

    Assim, em relao aos projetos dos anos 70 e principalmente 80, o nmero de amostras geoqumicas coletadas por projeto foi bem menor. 2.2.1.6. O GEOBANK DA CPRM - Geoqumica

    A partir do final dos anos 90 a CPRM comeou a implantar um dos mais completos e efetivos bancos de dados de Servios Geolgicos do mundo, concorrendo at mesmo com os dos pases mais desenvolvidos e com maior tradio em minerao.

    O GEOBANK um banco de dados relacional, orientado para objetos grficos, desenvolvido em plataforma Oracle, contendo vrias bases de dados, segundo o Relatrio Anual 2007 da empresa. No momento, esto nele includas as bases de afloramentos, dataes geocronolgicas, estruturas, geodiversidade, geoqumica, litoestratigrafia, projetos, recursos minerais, petrografia, segundo a pgina eletrnica da CPRM. Uma outra base importante da CPRM o SIAGAS Sistema de Informaes sobre gua Subterrnea.

    Alm dos 226 projetos tratados nos itens anteriores, o GEOBANK registrava, em maio de 2009, mais 102 projetos com amostragem geoqumica, num total de 328 Projetos. Parte deles ainda pertence ao PLGB Programa Levantamentos Geolgicos Bsicos do Brasil das dcadas de 80 e 90. Outros localizam-se no Nordeste (Folhas Belo Jardim, Garanhuns, Jardim do Serid, Macau, Pesqueira, Santa Cruz/Capibaribe, Sertnia, Solnea, Souza, Venturosa), Norte (regio de Porto Velho-Abun) e Platina no Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste e Sul, abrangendo reas extensas e malhas de amostragem com baixa densidade, entre outros.

    Esses Projetos no invalidam as estatsticas consideradas anteriormente, mas nos projetos mais recentes a metodologia prospectiva abrange a coleta de amostras de sedimentos ativos de corrente (drenagem) por equipes especializadas e analisadas por Espectrometria com equipamento gerador de Plasma (ICP-MS) para cerca de 70 elementos qumicos, com grande sensibilidade e preciso, em baixos limites de deteco (partes por bilho). Paralelamente, so coletadas amostras de concentrados de bateia, que permitem a deteco direta de minerais pesados, notadamente os metlicos, por meio do estudo mineralgico dos gros.

    Segundo ainda a pgina atual da CPRM, a base geoqumica original formada por anlises qumicas e mineralgicas executadas em 356.688 amostras coletadas em estaes de 403 projetos executados pela Companhia desde 1972. No GEOBANK, as amostras podem ser selecionadas por coordenadas limtrofes, nome do projeto e classe da amostra (tipo coletado). As bases pontuais no

  • 26

    antigo banco de dados da CPRM (SIGA) foram aproveitadas em sua maioria na migrao para o GEOBANK, segundo a CPRM, mas alguns campos introduzidos nas novas bases no foram contemplados e ficaram sem informaes, estando, no entanto, sendo atualizadas e consistidas.

    Levada em considerao a extenso total do Brasil, ter-se- 1 amostra de geoqumica (sedimentos de corrente, que so as mais comuns) por 23,8 km. 2.2.1.7. Amostragens geoqumicas de baixa densidade

    Os levantamentos geoqumicos voltados para a prospeco mineral caracterizam-se, em geral, pela coleta de um grande nmero de amostras de sedimentos de corrente, concentrados de bateia, solos e rochas, conforme o caso, cobrindo reas determinadas como potencialmente mineralizadas a partir de mapeamentos geolgicos, geofsicos, estudos a partir de sensores remotos envolvendo tectnica, petrologia e at mesmo registros histricos. A partir do reconhecimento geoqumico em grandes reas, os levantamentos vo passando por etapas cada vez mais detalhadas at se restringirem os alvos desejados.

    Como coadjuvante do mapeamento geolgico regional, a geoqumica contribui para auxiliar na identificao de ambientes metalogenticos, sobretudo em reas com grandes coberturas sedimentares recentes ou com solos espessos e zonas com poucos afloramentos rochosos e coberturas vegetais densas.

    Todavia, em reas de dimenses continentais, h que se utilizarem outros parmetros que no os usuais na prospeco mineral ou no mapeamento geolgico em escalas iguais ou maiores do que 1:250.000. preciso, nesses casos, que se coletem amostras em grandes bacias hidrogrficas ou com grandes espaamentos, mas que tenham representatividade e confiabilidade para a regio.

    a que entra o denominado mapeamento geoqumico de baixa densidade, baseado na coleta de amostras de sedimentos fluviais ou solos, realizados em escala regional similar cartografia geolgica de sntese, menor do que 1:250.000 e com malha menor do que 1 amostra/300 km (Lins e Licht, 2007). Nesse tipo de levantamento so utilizadas amostras de sedimentos de corrente ativo, sedimentos de plancies aluviais, sedimentos de fundos de lagos, plataforma submarina, rea de manguezais, gua, regolito e solos, e at mesmo vegetais.

    Em 1988, o Programa Internacional de Correlao Geolgica (IGCP) estabeleceu o Projeto 259 Mapeamento Geoqumico Internacional, com o objetivo de realizar uma reviso de mtodos usados poca em levantamentos de pequena escala e grandes reas geogrficas e desenvolver recomendaes para a produo de bases de dados geoqumicas em escala global (Reimann e Smith, 2008). Nessas duas ltimas dcadas, o mtodo tem sido aprimorado em todas as suas etapas de coleta, anlises e interpretao de dados, e, hoje, os mtodos analticos usados na prospeco geoqumica, com seus limites cada vez mais baixos de deteco (ICP-AES, ICP-MS etc) para a grande maioria de elementos qumicos, tem contribudo para o crescente uso do levantamento geoqumico de baixa densidade na pesquisa mineral de grandes reas, com relativamente baixo custo. Entre os exemplos de sucesso esto os trabalhos desse tipo executados na China e no Canad, com base no Global Reference Network (GRN), que cobre a superfcie da Terra com cerca de 5.000 clulas de 160x160 km (rea de 25.600 km). Entre os requisitos para esse tipo de trabalho esto o de dados analticos para todos os elementos com significado ambiental ou econmico e os menores limites analticos possveis para todos os elementos (Reeder, 2006). Estudos desse tipo esto sendo levados no Mxico, Coria do Sul, frica do Sul, Colmbia, Chipre e outros.

    As figuras a seguir ilustram exemplos de deteco geoqumica para cobre e platina utilizados no Programa Nacional de Geoqumica da China.

  • 27

    Fonte, Geological Survey of China, 2009

    Figura 5: Deteco geoqumica para Cu e Pt no PNG da China

    No Brasil foram realizadas duas experincias a partir de 1995, com o objetivo de testar a metodologia proposta pelo Projeto IGCP 259, em dois ambientes diversos: um no semi-rido nordestino e outro no Paran (Lins e Licht, op.cit).

    No Nordeste, a CPRM executou o levantamento geoqumico de baixa densidade em rea de 625.000 km, no perodo de 1995-2000, abrangendo os Estados de Alagoas, Cear, Paraba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe, e partes da Bahia e Piau. Foram coletadas 240 amostras de sedimentos ativos de corrente, em drenagens com rea de captao entre 20 e 100 km (1 amostra/2.600 km); 119 amostras de sedimentos de plancies de inundao, com bacias de captao entre 1.000 e 6.000 km (1 amostra/5.250 km) e a mesma quantidade de regolitos (solos) que dos sedimentos de corrente, com densidade igual a desses.

    Concluiu-se nesse trabalho que os sedimentos das plancies de inundao so mais adequados para mapeamentos em escalas menores que 1:250.000, enquanto os de corrente so melhores para escalas de mapeamento maiores.

    As Figuras 6 a seguir, extrada de Lins e Licht, op cit, ilustra a distribuio de cobre em sedimento de corrente, e regolito e as respectivas estaes de amostragens.

    Fonte: Lins e Licht, 2001

    Figura 6: Distribuio de Cu em sedimentos de corrente e regolito no Estado do Paran

  • 28

    No Estado do Paran o levantamento geoqumico de baixa densidade iniciou-se em 1996, com coleta de 696 amostras, de gua e sedimentos ativos de corrente de bacias hidrogrficas com rea mdia de 225 km, analisadas, respectivamente para 32 ctions, nions e parmetros fsico-qumicos fluviais (Licht et al., 2001, apud Lins e LIcht, op. cit), e 13 elementos nos sedimentos de corrente. Posteriormente, foram coletadas mais 696 amostras de sedimentos fluviais, analisadas para 69 elementos ou xidos, e, em seguida 307 amostras de solos em malha regular de 25 km. Os resultados desse trabalho permitiram a delimitao de compartimentos geoqumicos (muitos dos quais coincidentes com os limites geolgicos) e um melhor conhecimento da distribuio dos elementos de interesse econmico e a indicao de novas reas potenciais para concentrao mineral.

    A Figura 7, extrada de Lins e Licht, op. cit, ilustra o mapa geoqumico de Pb obtido a partir de amostras compostas de sedimentos de corrente e de solos, (horizonte B), respectivamente.

    Fonte: Lins e Licht, 2001 Figura 7: Distribuio de Pb em sedimentos de corrente e solos no Estado do Paran

    Esses e outros exemplos constantes da literatura demonstram que, apesar de algumas crticas ao processo, os levantamentos geoqumicos de baixa intensidade podem sim ser importantes na indicao de zonas anmalas ou provncias com vocao para explorao mineral.

    2.2.1.8. As parcerias da CPRM nos levantamentos geolgicos e outros bancos de dados

    No intuito de acelerar o conhecimento do territrio brasileiro, a CPRM Servio Geolgico do Brasil passou, a partir de 2004, a realizar trabalhos em parceria com Universidades e Governos Estaduais. Em vrios desses projetos tm sido coletadas amostras geoqumicas para detalhamento ou reavalizao de reas conhecidamente mineralizadas.

    Entre as Universidades parceiras destacam-se as Federais do Rio Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Ouro Preto, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Par, Cear e Mato Grosso, alm da UnB, UNESP, UERJ.

    Entre os convnios com governos estaduais, merecem destaque o Mato Grosso (Provncia Aurfera Juruena - Teles Pires), Bahia (Provncia de Marra-Oliveira dos Brejinhos), Minas Gerais (Quadriltero Ferrfero e Entorno).

    Os elementos coligidos nessas parcerias esto sendo registradas no GEOBANK, fortalecendo-o sobremaneira.

  • 29

    Alm dos registros geoqumicos oriundos de trabalhos prprios das Universidades (professores e alunos de graduao e ps-graduao) no presente e no passado (e dificilmente acessveis para a sociedade), algumas instituies governamentais ainda mantm operando seus bancos de dados, alguns da produtiva dcada de 70, quando se encontravam ativas as empresas de minerao estaduais, das quais poucas sobreviveram, como a Mineropar, no Paran, e a CBPM Cia. Baiana de Pesquisas Minerais, na Bahia. Infelizmente, importantes dados da Metago-Metais de Gois e Metamat - Metais do Mato Grosso, entre outras, foram praticamente perdidos ou no esto sendo aproveitados adequadamente.

    3. A Geoqumica em Pases Selecionados

    3.1. frica do Sul

    O Council for Geoscience CGS um dos Conselhos Nacionais de Cincia da frica do Sul e sucedneo legal do Geological Survey of South Africa, criado em 1912, e hoje trabalha sob trs mandatos, segundo seu regimento:

    O Ato da Geocincia, cujo objetivo desenvolver e disseminar o conhecimento e produtos geocientficos de classe mundial e oferecer servios relacionados s geocincias para o pblico e a indstria sulafricana;

    O Sistema Nacional de Inovao, atravs do qual o Departamento de Cincia e Tecnologia exerce um papel de integrao na regulamentao da cincia e tecnologia atravs de todas as organizaes de pesquisa do Pas;

    A preparao de informaes para o Presidente da Repblica e outras autoridades, incluindo as propostas de oramentos para os Ministrios de Minerais e Energia e de Cincia e Tecnologia.

    Seu sistema de informaes compreende: a) publicaes (relatrios anuais, livros, memrias, boletins, srie sismolgica, notas explicativas de mapas, bibliografia e ndex da geologia da frica do Sul, publicaes da Comisso de Estratigrafia da frica do Sul, sries populares de geocincias); b) relatrios e documentos em open file; c) coleo de testemunhos de sondagens para prospeco mineral; d) banco de dados bibliogrficos e) biblioteca; f) mapoteca; g) e o GEODE, um conjunto de subsistemas operados como um nico banco de dados referenciado espacialmente. Ele opera paralelamente ao sistema que o sistema do CGS que foi desenvolvido usando-se o programa GIS. Aparentemente, semelhana do que aconteceu com o SIGA e o GEOBANK brasileiros.

    O GEODE abrange o SAMINDABA (dados de minas, depsitos e ocorrncias minerais no territrio sulafricano), COREDATA (sondagens para prospeco mineral), COALDATA (dados de sondagens para carvo mineral com respectivas anlises qumicas), ENGGODE (dados de geologia de engenharia), SACS (litoestratigrafia, cronoestratigrafia e bioestratigrafia), SAGEOLIT (bibliografia), FARMS (informaes sobre as fazendas sulafricanas), Turfas; Paleontologia; e o prprio GEODE/GIS.

    A frica do Sul oferece Mapas Geoqumicos, Metalogenticos e de Depsitos Minerais e um interessante banco de dados geoqumicos de furos de sondagens realizados em todo o Pas, especialmente nas suas pores centro-noroeste, sudeste e nordeste.

    O Programa de Mapas Geoqumicos Regionais oferece mapas na escala de 1:1.000.000 para cada folha em 1:250.000, compreendendo um breve sumrio da preparao de amostras e das tcnicas analticas utilizadas, uma breve descrio geolgica, breve descrio geoqumica, estatsticas para cada elemento para cada folha 1:250.000, mapa geolgico em 1:1.000.000 com legenda, mapa com as ocorrncias minerais conhecidas, mapas imagem geoqumicos de 23

  • 30

    elementos, incluindo As, Ba, Co, Cr, Cu, Fe203, MnO, Nb, Ni, Pb, Rb, Sb, Se, Sn, TiO2, Th, U, V, W, Y, Zn e Zr, overlaies com contatos geolgicos, estradas, cidades para cada folha, e status do mapa do Programa de Geoqumica Regional no momento de sua publicao.

    De acordo com informaes do Council of Sciences of S.A. nos meses de inverno, a amostragem geoqumica feita com helicptero, como o meio mais importante de transportar a coleo de amostras. At 2007 haviam sido coletadas 360.000 amostras, com uma densidade de amostragem de 1 /km, por equipes de 9 a 13 pessoas. Com uma mdia de 350 amostras por dia em vrias ocasies, e a cada ano, o custo da amostragem tem sido reduzido.

    Alm da amostragem regional feito follow-up com veculos terrestres ou a p, com malhas de 20x20 at 1.000 x 1.000 m. 3.2. Argentina

    O Servicio Geolgico Minero Argentino SEGEMAR o rgo nacional do pas ligado Secretaria de Mineria de La Nacin, no mbito do Ministrio de Planificacin Federal, Inversin Pblica y Servicios, e tem 103 anos de idade.

    Est integrado por duas unidades especializadas: o Instituto de Geologia y Recursos Minerales (IGRM), responsvel pelo reconhecimento e caracterizao dos recursos naturais no renovveis, pelo mapeamento geolgico e pela produo de mapas geolgicos e temticos do Pas, e pelo Instituto de Tecnologia Minera (INTEMIN), encarregado do processo tecnolgico para o setor mineiro, contribuindo para o seu desenvolvimento atravs da seleo, adaptao, gerao e difuso do conhecimento cientfico e tecnolgico aplicado.

    O SEGEMAR mantm o Programa da Carta Geoqumica da Repblica da Argentina, sob a Direccin de Recursos Geolgico-Mineros, que se encarrega de digitalizar, sistematizar e publicar os dados produzidos pelos estudos regionais de explotao e prospeco geoqumica executados desde a dcada de 60 at a de 80, inclusive. Novas informaes geoqumicas tm sido geradas com base multielementar, com propsitos diversos, incluindo evidncias ou indcios que auxiliem no descobrimento de depsitos minerais e na identificao da disponibilidade potencial excessos e deficincias - de elementos qumicos no meio ambiente.

    A informao de cada folha geoqumica publicada na Srie Contribuiciones Tcnicas Del SEGEMAR em duas verses na escala 1:250.000: dados de compilao e novos dados multielementos gerados a partir de amostras de sedimentos de corrente recentes e de arquivo. A informao disponibilizada em papel e formato digital, e inclui um mosaico de imagens de satlites com os locais de amostragem, mapas temticos com a distribuio geogrfica de 49 elementos qumicos e planilhas com os dados analticos originais.

    At dezembro de 2007, segundo as informaes da pgina eletrnica do SEGEMAR, haviam sido publicadas 40 Cartas Geoqumicas Multielemento e oito estavam em execuo. Outras 46 Cartas Geoqumicas para Cu-Pb-Zn se achavam publicadas e seis estavam em execuo. 3.3. Austrlia

    O Australian Geological Survey Organization AGSO o rgo do Pas responsvel pela produo e disseminao do conhecimento geolgico e mineiro do Pas.

    Seu Projeto Nacional de Mapas Geolgicos compila informaes geolgicas de toda a Austrlia, com apoio especial dos Servios Geolgicos do Estado e do Territrio do Norte (Northern Territory), incluindo ainda as zonas marinhas e o Territrio Antrtico da Austrlia.

  • 31

    Esse projeto compreende trs componentes principais:

    A base de dados das Unidades Estratigrficas da Austrlia (nomes, atributos descritivos e fontes de referncia de todas as unidades usadas no Pas, e seu histrico);

    A geologia de superfcie da Austrlia (compilada em escala de 1:1.000.00, principalmente a partir de escalas 1:250.000);

    A base de dados das Provncias Geolgicas da Austrlia (limites e descries de rochas relacionadas no espao e no tempo, atravs de uma histria geolgica comum).

    Uma base web de mapeamento chamada ProvExplorer uma ferramenta que permite pesquisas interativas das provncias, e apresenta os resultados em relatrios, mapas e links para outras bases de dados. Os dados das provncias podem ser integrados com outras bases de dados, como as de geofsica, depsitos minerais e poos de petrleo via online e podem ser acessados no National Datasets Online GIS ou atravs de download gratuito da pgina do Geoscience Australia.

    Os levantamentos geoqumicos so parte integral da estratgia da maioria das empresas de minerao no pas. Alguns Estados tambm realizam esses levantamentos em grandes reas, mas a maior parte deles foi executada pelas empresas dentro de seus prprios objetivos.

    O Programa do Servio Nacional de Geoqumica da Austrlia (National Geochemical Survey of Australia - NGSA) foi estabelecido em 2006 sob o Australian Governments Onshore Energy Security Initiative e faz parte de um Plano de cinco anos, com investimentos aproximados US$ 4 milhes.

    O objetivo principal desse Servio fornecer dados e conhecimento para apoiar a explotao de recursos energticos do Pas, especialmente urnio e trio em escala nacional.

    O Programa tem por base uma srie de projetos - piloto de geoqumica realizados recentemente pela Geoscience Australia e o Cooperative Research Center for Environment and Mineral Exploitation (CRCLEME) para testar os protocolos de mtodos e custos para coleta, preparao e anlise de amostras.

    O projeto foi iniciado porque no havia uma cobertura completa de geoqumica do territrio australiano e porque esse parmetro fundamental para a explotao com sucesso dos bens energticos e outros minerais.

    Cerca de 60% da Austrlia carece de qualquer informao geoqumica, segundo os registros de seu banco de dados OZCHEM, e onde existem tais dados eles em geral no so comparveis entre si em funo de:

    Amostragem de material inconsistente (rochas de vrios tipos e graus de alterao, mineralizao e intemperismo, por exemplo);

    Mtodos inconsistentes de preparao de amostras (anlise total versus digestes parciais com materiais qumicos fracos)

    Grandes diferenas em instrumentao usada levando a limites de deteco variveis; Ausncia de metadados na qualidade dos dados (por exemplo, a calibrao de

    instrumentos, preciso, descrio do tipo de amostra etc); Conjuntos variveis de elementos analisados (s vezes somente Au ; outras Au mais Cu).

    Dessa forma, o projeto tem como objetivos principais:

    Coletar amostras de regolito transportado nas sadas de grandes bacias de captao cobrindo mais de 90% da Austrlia, usando uma baixssima densidade;

    Preparar e analisar as amostras para extrair a quantidade mxima de informao geoqumica (60 ou mais elementos) utilizando tcnicas consistentes e modernas;

  • 32

    Alimentar a base de dados nacional de geoqumica com os novos dados; Compilar um atlas de mapas geoqumicos para uso da indstria mineira na identificao

    de reas de interesse em termos de recursos energticos e outros bens minerais, para que elas se tornem o foco de trabalhos de detalhes.

    A amostragem, testada previamente, abrange uma malha de 1 amostra/1.000km at 1/10.000 km. A mdia de amostragem de sedimentos em plancies de inundao feita em duas profundidades: 0-10 cm abaixo da superfcie e a cada 10 cm no intervalo de 60-90 cm.

    Essa amostragem compreende 1.390 pontos cobrindo 91% (cerca de sete milhes de km) em todo o territrio australiano, com uma mdia de uma amostra/5.500 km.

    Um manual detalhado ainda mostra o tipo de preparao e anlise de amostras, o controle de qualidade exigido e outros parmetros.

    Segundo informaes recebidas diretamente da Geoscience Australia, o pas tem menos de 40% de seu territrio coberto com amostragem geoqumica de solos e rochas, a densidades variveis entre 1/10 e 1/1.000 km. 3.4. Canad

    O Geological Survey of Canada GSC um dos mais antigos e respeitados Servios Geolgicos do mundo e opera sob o Earth Sciences Sector do Natural Resources Canada, fornecendo interpretao, manuteno e distribuio de mapas, informaes, tecnologia, padres e especialistas no territrio emerso e offshore nos campos da geocincia, geodsia, mapeamento, topografia e sensoriamento remoto.

    O GSC mantm um sistema de informaes admirvel, moderno e constantemente atualizado, voltado com nfase para sua indstria mineral, mas cada vez mais, tambm, com a preocupao ambiental e sade da populao (geologia mdica).

    Pelas suas condies climticas, os mtodos indiretos de prospeco so bastante evoludos e servem de modelos aplicados em outros pases, inclusive o Brasil. Entre eles o sensoriamento por imagens, a geofsica (area e terrestre) e os levantamentos geoqumicos.

    O Programa Nacional de Reconhecimento Geoqumico do Canad (Canadas National Geochemical Reconnaissance Program - NGR) comeou em 1975, e abrange amostragem de sedimentos de corrente e gua em lagos nas Provncias de Saskatchewan e Manitoba. As reas estudadas foram crescendo durante os anos e hoje os dados disponveis cobrem mais de 83.000 lagos e 78.000 rios em uma rea correspondente a 1/5 do territrio canadense, segundo informaes constantes da pgina eletrnica do NGR Geochemical data.

    No incio do programa, as anlises eram feitas por absoro atmica, espectrofotometria e colorimetria para 12 a 13 elementos em sedimentos, ao lado de U, pH e F em guas.

    Atualmente, os open files contm dados de 50 ou mais variveis em sedimentos e guas a partir de uma combinao de ICP-MS, ICP-ES, cromatografia de on especfico, INAA e mtodos especficos.

    Inicialmente, os relatrios eram usados pelas empresas de minerao para a prospeco de urnio e metais bsicos, mas medida que as tcnicas analticas foram ficando mais evoludas, foram sendo colocados disposio dados para ouro e outros metais preciosos, terras raras e, mais recentemente, diamantes.

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    A amostragem de baixa densidade de sedimentos de corrente existe em muitas partes do Canad, assim como a de sedimentos de lagos. A amostragem de guas tem aumentado de importncia graas ao aumento da sensibilidade das tcnicas analticas, especialmente do ICP-MS.

    O Programa mantm um controle de qualidade de amostragem e anlises bastante rgido e os dados so arquivados em bancos de uma amostra por local de amostragem, com campos para nmero da amostra, coordenadas geogrficas, observaes de campo e dados analticos. A metodologia usada abrange:

    Densidade de amostragem de 1 amostra/13 km ou mais em reas de 1.000 km ou maiores;

    Amostragem de sedimentos de corrente em reas de relevo moderado ou montanhoso; Amostragem de sedimentos de lagos em regies de relevo moderado a baixo; Resultados divulgados em open files um ano depois de iniciados os trabalhos de

    geoqumica.

    Manuais especiais orientam as amostragens por tipos de material de anlises recomendadas.

    3.5. Chile

    O Servicio Nacional de Geologa y Minera SERNAGEOMIN a instituio oficial do Chile encarregada de oferecer produtos e servios nas reas de geologia e minerao para os organismos do governo, companhias privadas, indivduos e outras entidades interessadas.

    Entre outros produtos, o SERNAGEOMIN fornece os seguintes:

    Informaes sobre a geologia do territrio chileno continental, insular e fundos ocenicos, incluindo os ambientes e locais contendo depsitos minerais e energticos, reas de riscos geolgicos como o estado de atividade dos vulces, avaliao dos recursos hidrogeolgicos, recomendando seu uso e avaliando sua vulnerabilidade. As informaes so tambm digitais e esto disponveis no Sistema de Informao Nacional - SIGEO;

    Cadastro e estatsticas mineiras; Arquivos geolgicos nacionais e mineiros, mantendo atualizadas as compilaes de

    geologia e minerao do pas; Inspeo de segurana nas minas e monitoramento ambiental; Assistncia tcnica s concesses mineiras, geotermais e de carter geolgico; Cursos e seminrios para trabalhadores e estudantes de geologia; Servios de laboratrio geolgico e ambiental a todo tipo de interessados.

    A principal atividade na rea de geologia do SERNAGEOMIN est na elaborao da Carta Geolgica do Chile, Srie Geologia Bsica, combinando as disciplinas de geologia regional, geologia estrutural, petrologia, geoqumica, e bioestratigrafia, consistindo no levantamento geolgico nas escalas de 1:100.000 e 1:50.000 nas regies central e norte, segundo a complexidade geolgica da rea em estudo, seguidos da publicao de snteses em escalas de 1:250.000 e 1:1.000.000 (Mapa geolgico do Chile). Na regio sul do pas, a escala dos levantamentos de 1:250.000. 3.6. China

    Na China, o Instituto de Explorao Geofsica e Geoqumica realiza o Projeto Nacional de Reconhecimento Geoqumico do Pas (RGNR) desde 1979. Entre 1978 e 1982, vrios projetos cooperativos foram realizados para a preparao e distribuio de amostras padro de referncia e para o desenvolvimento de tcnicas de amostragem, metodologia analtica multi-elementos e

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    procedimento de monitoramento de qualidade dos dados. Grandes projetos - piloto foram iniciados tambm em diversas provncias. Depois de cinco anos de preparao tcnica, o Projeto comeou intensivamente e mais de cinco milhes de km da China territorial estavam cobertos com esse trabalho at 1997 (Xuejing et al, 1997).

    O objetivo do RGNR era a amostragem sistemtica dos vrios tipos de materiais superficiais, analis-los para 39 elementos, utilizando sistemas de anlises multielementares e apresentar mapas geoqumicos em diferentes escalas com a variao espacial de vrios elementos.

    O projeto era orientado para a explorao mineral originalmente, mas o grande volume de material coletado pde ser direcionado tambm para as questes ambientais e solucionar casos rapidamente e com baixo custo. Uma extenso dele compreende o levantamento sistemtico de grandes plancies aluvionares totalizando mais de um milho de km e o mapeamento detalhado de distritos urbanos (Xueling e Tianxing, 1993).

    No perodo de 1993-1995 foi dado incio a um outro projeto nacional de geoqumica, sob a denominao de Rede Ambiental de Monitoramento Geoqumico e Mapas Geoqumicos Dinmicos da China, como um trabalho piloto para se determinar a escala mdia adequada para aplicao no mapeamento geoqumico global.

    Mais de 66% das novas descobertas de mineralizaes econmicas feitas pelo Bureau do Servio Geolgico Chins at o final da dcada de 90 haviam sido atribudas ao projeto RGNR, que, alm do mais, contribuiu para o estabelecimento de padres de coletas, densidades e anlises laboratoriais em levantamentos de pequenas escalas, de carter continental.

    A Figura 8, extrada da pgina eletrnica do Instituto de Geofsica e Geoqumica da China mostra a situao de cobertura do territrio chins com levantamentos geoqumicos.

    Fonte: Institute of Geophysics and Geochemistry of China, 2009 Figura 8: Grau de Cobertura com Levantamentos Geoqumicos Regionais na China

    3.7. EUA

    Criado em 1879, o United States Geological Survey constitui-se, ao lado de seus congneres ingls e canadense, uma das instituies nacionais de geologia mais antigas do mundo, sendo hoje a

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    nica instituio da cincia subordinada ao Department of the Interior do Pas, com um extenso acervo de dados geolgicos e biolgicos.

    Com sede em Reston, VA, e vrios escritrios espalhados no territrio americano, o USGS

    abrange cinco grandes disciplinas cientficas: biologia, geografia, geologia, geomtica e gua.

    Hoje, o Programa mais importante em realizao pelo USGS National Cooperative Geologic Mapping Program, cujo componente FEDMAP dentro do USGS, criado como resposta ao National Geologic Mapping Act de 1992, tem por objetivos a produo de mapas geolgicos digitais de multi-uso de alta qualidade, redes regionais de geologia e outros modelos geolgicos que podem ser usados para a ocupao racional da terra, atravs da indicao de reas de risco (deslizamentos, terremotos, vulces, inundaes, carstes, emisses de radnio), recursos (gua, minrios, energia, agregados), Terras Federais (Parques Nacionais, reas de Conservao), exossistemas e mudanas climticas.

    O NCGMP representa h mais de uma dcada a cooperao de sucesso entre o Governo Federal (FEDMAP), Estaduais (STATEMAP) e Universidades (EDMAP) na produo e divulgao de mapas geolgicos digitais.

    O National Geologic Map Database - NGMDB a fonte original para a informao sobre mapas geolgicos dos EUA e est organizado em trs grandes partes para obteno de dados:

    Catlogo de Mapas Geocientficos, que permite acesso aos mapas geolgicos e outras informaes relacionadas aos FEDMP, STATEMAP e EDMAP, e links para outras organizaes e informaes sobre geologia geral, desastres naturais, recursos minerais e hdricos, geofsica, geoqumica, geocronologia, estratigrafia, paleontologia e geologia marinha;

    Nomenclatura Geolgica, incluindo o lxico de unidades litolgicas e geocronolgicas usadas nos mapas geolgicos e relatrios cientficos;

    Novos Levantamentos, com informaes sobre os novos mapeamentos em realizao no Pas.

    O USGS, em colaborao com outras agncias federais, estaduais, indstria e a academia, est conduzindo o National Geochemistry Survey NGS, com o objetivo de produzir um conjunto de dados geoqumicos para os Estados Unidos da Amrica, baseado inicialmente em sedimentos de corrente analisados por um grupo consistente de mtodos. Segundo o Geological Survey Open File Report 2004-1001, esses dados iro compor uma cobertura geoqumica completa em escala nacional e possibilitaro a elaborao de mapas geoqumicos, o refinamento das estimativas de concentraes dos elementos qumicos na mdia amostrada, e o fornecimento de um contexto para uma grande variedade de estudos geocientficos e ambientais.

    Nesse sentido, o NGS pretende analisar um mnimo de uma amostra de sedimentos de corrente a cada 289 km de rea atravs de um nico conjunto de mtodos analticos em todo o pas.

    O NGS incorpora dados geoqumicos de uma grande variedade de fontes, incluindo anlises j existentes nas bases de dados do USGS, reanlises de amostras dos arquivos, e anlises de amostras coletadas recentemente.

    A pgina eletrnica do NGS registra que, no momento, esto registradas informaes de 71% do territrio americano, com amostras dos 50 Estados da Federao.

    O Sistema de Informaes do NGS registra uma facilidade extra para a pesquisa dos interessados atravs do chamado Perguntas mais freqentes, que inclui as seguintes:

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    O que esse conjunto de dados descreve?

    como deveria ser esse conjunto citado? que rea geogrfica coberta? como ele aparece? o conjunto descreve as condies em um dado perodo de tempo? qual o formato geral desse conjunto de dados? como esse conjunto de dados representa feies geogrficas? como o conjunto descreve as feies geogrficas?

    Quem produziu esse conjunto de dados?

    quem so os produtores originais dos dados? quem tambm contribuiu com eles? a quem o usurio dos dados deve enviar questes?

    Como foi o conjunto de dados criado?

    De que trabalhos prvios foram os dados tirados? Como foram os dados gerados, processados e modificados? Que dados similares ou relacionados o usurio deveria procurar?

    Quo confiveis so os dados; que problemas restam no conjunto de dados?

    Como foram os dados confirmados? Quo precisas so as localizaes geogrficas? Quo precisos so os dados de altitude e profundidade? Onde esto as falhas nos dados? O que est faltando? Quo consistentes so as relaes entre os dados, incluindo a topologia?

    Como se pode obter uma cpia do conjunto de dados?

    H alguma restrio legal para acessar ou usar os dados? Quem distribui os dados? Que nmero do catlogo eu necessito para solicitar os dados? Que alertas legais eu devo ler? Como posso fazer o download ou solicitar os dados?

    Quem escreveu os metadados?

    Para cada uma das perguntas acima so fornecidas respostas adequadas para a pesquisa dos dados, mas quaisquer outras perguntas podem ser feitas.

    Os dados do banco do NGS podem ser vistos em tela (em janela web browser ou em qualquer GIS usando o OGC WMS) e podem ser baixados no computador por uma ou mais reas geogrficas ou pelo conjunto total de dados.

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    A Figura 5, retirada do USGS NGS database (http://mrdata.usgs.gov/geochemistry/ngs.html), ilustra a cobertura do projeto.

    Fonte: U.S. Geological Survey, 2009

    Figura 9: Grau de Cobertura dos Levantamentos Geoqumicos nos EEUU 3.8. ndia

    O Geological Survey of India foi criado oficialmente em 1856, mas somente depois da independncia do Pas da Inglaterra que o SGI passou a ter uma enorme influncia na localizao de recursos minerais. Em 1951 foi lanado o primeiro Plan