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OUTDATED METHODOLOGY INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 25 DE NOVEMBRO DE 2019 Índice: INTRODUÇÃO 1 O ESCOPO DESTA METODOLOGIA 2 ABORDAGEM GERAL PARA ATRIBUIR RATING A EMPRESAS FINANCEIRAS 2 DISCUSSÃO DO COMPONENTE AVALIAÇÃO INDIVIDUAL 8 DISCUSSÃO DO COMPONENTE DE PROVISÃO DE SUPORTE 30 OUTRAS CONSIDERAÇÕES DE RATING 32 DISCUSSÃO DO COMPONENTE AO NÍVEL DE EMISSOR E NÍVEL DE INSTRUMENTO 33 PREMISSAS 34 LIMITAÇÕES 34 ANEXOS 36 PUBLICAÇÕES RELACIONADAS DA MOODY’S 54 Contatos dos Analistas: NOVA YORK +1.212.553.1653 Ana Arsov +1.212.553.3763 Managing Director - Financial Institutions [email protected] Andrea Usai +1.212.553.7857 Associate Managing Director [email protected] LONDRES +44.20.7772.5454 Anna Sherbakova +1.212.553.7946 Assistant Vice President - Analyst [email protected] FRANKFURT +49.697.073.0700 Carola Schuler +49.697.073.0766 Managing Director - Banking [email protected] HONG KONG +852.3758.1300 Stephen Long +852.3758.1306 Managing Director - Financial Institutions [email protected] Metodologia para Empresas Financeiras Introdução Nesta metodologia de rating, explicamos nossa abordagem geral para avaliar o risco de crédito das empresas financeiras globalmente, incluindo fatores qualitativos e quantitativos que deverão afetar o resultado dos ratings deste setor. Discutimos a tabela de pontuação (scorecard) utilizada para este setor. O scorecard 1 é uma ferramenta de referência relativamente simples que pode ser usada, junto com nossa Análise de Default Conjunto (JDA, em inglês), na maioria dos casos para aproximar os perfis de crédito deste setor e explicar, de forma resumida, os fatores que são geralmente mais importantes na atribuição de ratings para empresas desta indústria. Os fatores do scorecard podem ser avaliados, utilizando tanto dados históricos quanto prospectivos. Discutimos também outras considerações de rating, que são fatores que podem ser importantes para os ratings, mas não estão incluídos no scorecard, geralmente porque podem ser significativos para diferenciar os perfis de crédito, mas apenas em alguns casos. Além disso, parte das considerações metodológicas descritas em uma ou mais metodologias de rating intersetoriais podem ser relevantes para os ratings deste setor. 2 Dado que os ratings são prospectivos, incorporamos frequentemente opiniões direcionais dos riscos e mitigadores de uma maneira qualitativa. Consequentemente, o resultado indicado no scorecard não deve corresponder ao rating efetivo de cada empresa. Nossa apresentação desta metodologia de rating prossegue com (i) o escopo da metodologia; (ii) nossa abordagem geral para atribuir rating a empresas financeiras; (iii) uma discussão do componente de avaliação individual; (iv) uma discussão do componente de provisão de suporte; (v) outras considerações de rating que não são refletidas no scorecard; (vi) uma discussão das 1 Em nossas metodologias e pesquisas, os termos “scorecard” e “grade” são equivalentes. 2 Um link para uma lista de nossas metodologias setoriais e intersetoriais pode ser encontrado na seção “Publicações Relacionadas da Moody’s”. Esta metodologia de rating substitui a metodologia Empresas Financeiras, publicada em dezembro de 2018. Nesta atualização, revisamos nossas escalas de pontuação do Indicador de Nível Macro para alinhá-las com as escalas de pontuação introduzidas na atualização da nossa metodologia de rating para soberanos em novembro de 2019. This methodology is no longer in effect. For information on rating methodologies currently in use by Moody’s Investors Service, visit www.moodys.com/methodologies

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METODOLOGIA DE RATING

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 25 DE NOVEMBRO DE 2019

Índice:

INTRODUÇÃO 1O ESCOPO DESTA METODOLOGIA 2ABORDAGEM GERAL PARA ATRIBUIR RATING A EMPRESAS FINANCEIRAS 2DISCUSSÃO DO COMPONENTE AVALIAÇÃO INDIVIDUAL 8DISCUSSÃO DO COMPONENTE DE PROVISÃO DE SUPORTE 30OUTRAS CONSIDERAÇÕES DE RATING 32DISCUSSÃO DO COMPONENTE AO NÍVEL DE EMISSOR E NÍVEL DE INSTRUMENTO 33PREMISSAS 34LIMITAÇÕES 34ANEXOS 36PUBLICAÇÕES RELACIONADAS DA MOODY’S 54

Contatos dos Analistas:

NOVA YORK +1.212.553.1653

Ana Arsov +1.212.553.3763Managing Director - Financial Institutions [email protected]

Andrea Usai +1.212.553.7857Associate Managing Director [email protected]

LONDRES +44.20.7772.5454

Anna Sherbakova +1.212.553.7946Assistant Vice President - [email protected]

FRANKFURT +49.697.073.0700

Carola Schuler +49.697.073.0766Managing Director - Banking [email protected]

HONG KONG +852.3758.1300

Stephen Long +852.3758.1306Managing Director - Financial Institutions [email protected]

Metodologia para Empresas Financeiras

Introdução

Nesta metodologia de rating, explicamos nossa abordagem geral para avaliar o risco de crédito dasempresas financeiras globalmente, incluindo fatores qualitativos e quantitativos que deverão afetaro resultado dos ratings deste setor.

Discutimos a tabela de pontuação (scorecard) utilizada para este setor. O scorecard1 é umaferramenta de referência relativamente simples que pode ser usada, junto com nossa Análise deDefault Conjunto (JDA, em inglês), na maioria dos casos para aproximar os perfis de crédito destesetor e explicar, de forma resumida, os fatores que são geralmente mais importantes na atribuiçãode ratings para empresas desta indústria. Os fatores do scorecard podem ser avaliados, utilizandotanto dados históricos quanto prospectivos.

Discutimos também outras considerações de rating, que são fatores que podem ser importantespara os ratings, mas não estão incluídos no scorecard, geralmente porque podem ser significativospara diferenciar os perfis de crédito, mas apenas em alguns casos. Além disso, parte dasconsiderações metodológicas descritas em uma ou mais metodologias de rating intersetoriaispodem ser relevantes para os ratings deste setor.2 Dado que os ratings são prospectivos,incorporamos frequentemente opiniões direcionais dos riscos e mitigadores de uma maneiraqualitativa.

Consequentemente, o resultado indicado no scorecard não deve corresponder ao rating efetivo de cada empresa.

Nossa apresentação desta metodologia de rating prossegue com (i) o escopo da metodologia; (ii) nossa abordagem geral para atribuir rating a empresas financeiras; (iii) uma discussão do componente de avaliação individual; (iv) uma discussão do componente de provisão de suporte; (v) outras considerações de rating que não são refletidas no scorecard; (vi) uma discussão das

1 Em nossas metodologias e pesquisas, os termos “scorecard” e “grade” são equivalentes. 2 Um link para uma lista de nossas metodologias setoriais e intersetoriais pode ser encontrado na seção “Publicações

Relacionadas da Moody’s”.

Esta metodologia de rating substitui a metodologia Empresas Financeiras, publicada em dezembro de 2018. Nesta atualização, revisamos nossas escalas de pontuação do Indicador de Nível Macro para alinhá-las com as escalas de pontuação introduzidas na atualização da nossa metodologia de rating para soberanos em novembro de 2019.

This methodology is no longer in effect. For information on rating methodologies currently in use by Moody’s Investors Service, visit www.moodys.com/methodologies

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considerações do componente ao nível de emissor e ao nível de instrumento; (vii) premissas da metodologia; e (viii) limitações.

Nos anexos, descrevemos (i) como usamos o "Scorecard" para chegar a uma avaliação individual; (ii) os limiares do índice de Perfil Financeiro para cada subsetor; (iii) a estrutura de nossa JDA; (iv) como empregamos a JDA na avaliação do suporte da afiliada e suporte de governo; (v) nosso teste de estresse para empresas financeiras; e (vi) características das empresas de desenvolvimento de negócios (BDCs).

O Escopo desta Metodologia

Esta metodologia aplica-se globalmente a uma variedade de empresas financeiras não bancárias3 que fornecem financiamento comercial e ao consumidor e serviços associados. O universo das empresas financeiras inclui uma série de subsetores de serviços financeiros, que classificamos em quatro grandes subsetores. As empresas financeiras tradicionais compreendem três desses subsetores: crédito, arrendamento mercantil4 e empresas de desenvolvimento de negócios (BDCs, em inglês). O quarto subsetor é de prestadores de serviços e outros (prestadores de serviços), que é composto por empresas que prestam serviços relacionados a financiamento, mas não costumam manter empréstimos ou leasings em seus balanços.

O setor inclui empresas financeiras com uma ampla gama de modelos de negócio, mix e qualidade de ativos, áreas geográficas, ambientes regulatórios e perfis de crédito. Algumas empresas financeiras são bem diversificadas, enquanto outras estão altamente concentradas em uma única linha de negócios de alto risco.

Esta metodologia aplica-se a financeiras que não classificarmos como bancos ou instituições semelhantes a bancos. Por favor, consulte nossa metodologia de atribuição de rating a bancos para obter uma descrição das características que definem e diferenciam os bancos das empresas financeiras. Algumas instituições são híbridas. Nesses casos, empregamos normalmente a metodologia que consideramos que melhor corresponde à atividade principal da instituição, com base em seus ganhos ou ativos, a menos que estes não representem a preponderância dos riscos de crédito. Podemos também utilizar o scorecard de mais de uma metodologia relevante para completar nossa análise. Para subsidiárias financeiras cativas, utilizamos os princípios gerais desta metodologia em conjunto com nossa metodologia para subsidiárias financeiras cativas. Consulte nossas metodologias para bancos e subsidiárias financeiras cativas.5

Abordagem Global para Atribuir Rating a Empresas Financeiras

O resultado do scorecard da empresa financeira é expresso como um intervalo de três notches na nossa escala de rating e é orientado pela avaliação individual da empresa. A avaliação individual atribuída é uma pontuação alfanumérica em letras minúsculas, expressas em nossa escala de rating de 21 pontos, que está, muitas vezes, mas nem sempre, dentro do intervalo de três notches indicado.

Incorporamos nossa JDA na avaliação individual para ajustar o suporte de afiliada e de governo na medida em que é considerada provável e reduzirá a perda esperada. Usamos nossa metodologia e modelo de Perda em Caso de Default (LGD, em inglês) para a atribuição de ratings a nível de instrumento para empresas

3 Empresas financeiras incluem financeiras de montadoras automotivas, desenvolvimento de negócios, financeiras de atacado e/ou varejo, arrendamento mercantil,

compradores de dívida, empresas de factoring, fintechs, empresas de crédito consignado, empresas de financiamento de imóveis residenciais e empresas de financiamento estudantil.

4 Consideramos, em geral, as empresas que originam leasing operacionais locadores e empresas que originam leasing financeiros como financiadores. Esta distinção baseia-se no tratamento do ativo no balanço da empresa financeira, independentemente do tratamento da obrigação no balanço do arrendatário ou do devedor.

5 Um link para uma lista de nossas metodologias setoriais e intersetoriais pode ser encontrado na seção “Publicações Relacionadas da Moody’s”.

Esta publicação não anuncia uma ação de rating de crédito. Para quaisquer ratings de crédito mencionados nesta publicação, consulte a tabela rating na página de emissor/entidade em www.moodys.com para obter informações de ação de rating de crédito mais atualizadas e o histórico de rating.

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financeiras de grau especulativo em países nos quais essa metodologia é utilizada para empresas não-financeiras. Utilizamos nossa metodologia para notching de ratings de instrumentos corporativos com base em diferenças de garantia e prioridade de recebimento para atribuir rating a nível de instrumento por empresas financeiras com grau de investimento, e nos casos onde a metodologia LGD não é aplicável.

A nossa abordagem global é ilustrada na Figura 1.

FIGURA 1

Abordagem Global para Atribuir Rating a Empresas Financeiras

Fonte: Moody’s Investors Service

Estrutura do Scorecard

O scorecard para avaliação individual é composto de três subcomponentes, todos os quais possuem fatores. Parte dos quatro fatores do Perfil Financeiro engloba uma série de subfatores. Cada um dos quatro subsetores gerais da empresa financeira tem um scorecard ligeiramente diferente.6 Um exemplo do scorecard de uma financeira de crédito é mostrado abaixo (Figura 2).

6 O scorecard usado para uma financeira corresponde às suas atividades de negócios principais, com base em seus ganhos ou ativos, a menos que eles não

representem a preponderância dos riscos de crédito. Em alguns casos, quando uma empresa financeira tem várias linhas de negócios em subsetores amplos, também podemos considerar os resultados indicados pelo scorecard com base em seus outros subsetores.

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FIGURA 2

Exemplo de Scorecard para Financeiras de Crédito

Perfil Financeiro

Pesos Iniciais dos Fatores (%

do Peso do Perfil Financeiro

Total)

Pesos Atribuídos dos Fatores (% do Peso do Perfil Financeiro

Total) Índice

Histórico Pontuação

Inicial Pontuação Atribuída Fator Principal #1 Fator Principal #2

Rentabilidade Lucro Líquido / Média de Ativos Sob Gestão (%) 10% 10% 2.00% Baa1 Baa1

Adequação de Capital e Alavancagem Capital Tangível / Ativos sob Gestão Tangíveis (%) 25% 25% 5.00% B3 B3

Qualidade dos Ativos Crédito em Atraso / Carteira de Crédito Bruta (%) 10% 10% 0.01% Aaa A2 Crescimento Rápido Composição da

Carteira Créditos Baixados para Prejuízo Líquidos / Média da

Carteira de Crédito Bruta (%) 10% 10% 0.04% Aaa A1 Diferenças na

contabilidade e reporte Risco Operacional e Regulatório

Média Ponderada da Pontuação do Risco de Ativos Aaa A2 Fluxo de Caixa e Liquidez

Cobertura de Vencimentos da Dívida (%) 0% 10% N/A Caa1 Vencimentos a curto e médio prazo

Testes de Estresse

FFO / Dívida Total (%) 25% 15% 2.00% Caa2 Caa2 Dívida Com Garantia/ Ativos Brutos Tangíveis (%) 20% 20% 5.00% Aa2 Aa2 Média Ponderada da Pontuação de Fluxo de Caixa

e de Liquidez Ba1 Ba1

Peso Total do Perfil Financeiro 100% 100% Pontuação do Perfil Financeiro 100% Baa3 Ba1

Ambiente Operacional País de Origem Pesos do Fator Escala

Qualitativa Pontuação

Indicador de Nível Macro 0% Aa3 Força Econômica 25% aa1 Força Institucional e de Governança 50% a3 Suscetibilidade a Risco de Evento 25% aaa

Risco da Indústria 100% B Pontuação do Ambiente Operacional do País de Origem

B2

Pesos do Fator Pontuação Comentário

Pontuação do Ambiente Operacional 0% Aa1

PERFIL FINANCEIRO AJUSTADO Pontuação Pontuação do Perfil Financeiro Ajustado Ba1

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FIGURA 2

Exemplo de Scorecard para Financeiras de Crédito

Perfil Financeiro

Pesos Iniciais dos Fatores (%

do Peso do Perfil Financeiro

Total)

Pesos Atribuídos dos Fatores (% do Peso do Perfil Financeiro

Total) Índice

Histórico Pontuação

Inicial Pontuação Atribuída Fator Principal #1 Fator Principal #2

Peso do Perfil Financeiro 100% Peso do Ambiente Operacional 0%

Perfil de Negócio e Política Financeira Ajuste Comentário Diversificação de Negócios, Concentração e

Posicionamento da Franquia 0

Opacidade e Complexidade 0 Comportamento Corporativo/Gestão de Risco 0

Gestão de Liquidez 0 Total do Perfil de Negócio e Ajustes de Política Financeira

Ba1

Comentário

Restrições de Soberano ou de Controladora Aa1 Comentário

Intervalo da Avaliação Individual baa3 - b2

Ponto Médio do Intervalo da Avaliação Individual ba1

Avaliação Individual Atribuída ba1

* As colunas “Fator Principal” resumem as razões para o ajuste da pontuação inicial. Fonte: Moody’s Investors Service

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Para uma transparência maior, o scorecard da empresa financeira nos permite mostrar como nossas expectativas futuras para métricas financeiras (que são incorporadas na pontuação final) variam dos resultados históricos de uma empresa financeira.

O resultado indicado no scorecard da empresa financeira é expresso como um intervalo de três notches na nossa escala de rating e é orientado pela avaliação individual da empresa. A utilização de um intervalo reconhece que os pesos do fator para um determinado emissor podem ser diferentes dos pesos fixos no scorecard, devido às suas circunstâncias individuais. A avaliação individual atribuída é expressa como um alfanumérico em letra minúscula na nossa escala de rating, que pode ou não estar dentro do intervalo de três notches pelos motivos descritos acima, mas que está, na maioria das vezes dentro dele. Os scorecards baseados nas demonstrações financeiras consolidadas estão orientados pela avaliação individual para a família corporativa.

Quando for relevante, aplicamos nossa JDA7 para incorporar qualquer suporte de afiliada e, em seguida, qualquer suporte do governo, conforme detalhado no Anexo 3. Tanto o suporte de afiliada quanto o de governo consideram a probabilidade de que o suporte será fornecido e a capacidade do garantidor (baseada geralmente na avaliação individual da afiliada ou no rating de longo prazo em moeda local do governo). O suporte de afiliada é aplicado à avaliação individual do emissor e fornece um intervalo indicado de níveis de elevações8. A avaliação individual pós suporte de afiliada incorpora geralmente nível de elevação dentro do intervalo de suporte de afiliada produzido pelo scorecard do JDA, mas ela pode ficar fora do intervalo em alguns casos. A aplicação da JDA de suporte do governo fornece um intervalo sugerido de nível de elevação.9 O rating de emissor/corporativo atribuído incorpora normalmente nível de notching para cima dentro do intervalo de suporte de governo, mas pode, em alguns casos, ficar fora desse intervalo e, em todos os casos, o rating de emissor/corporativo atribuído incorpora o teto-país em moeda local.

Em geral, o resultado10 da combinação do nosso scorecard (que fornece uma avaliação individual da qualidade crédito de uma empresa financeira, com base em considerações de ordem quantitativa e qualitativa), com a nossa JDA (que incorpora o suporte de afiliada e do governo na medida em que é considerado provável e que reduz o default ou a perda esperada) é orientado pelo rating corporativo (CFR, em inglês) para empresas financeiras de grau especulativo e o rating de dívida sênior sem garantia ou rating de emissor para empresas financeiras com grau de investimento. Os ratings de instrumento individuais também levam em conta as considerações de notching com base no nível de prioridade e garantia. Os documentos que fornecem diretriz ampla para essas decisões de notching são a metodologia de rating sobre perda em caso de default para empresas não financeiras com grau especulativo e a metodologia de alinhamento de ratings de instrumentos corporativos com base nas diferenças de garantia e prioridade de recebimento.11 Este último documento discute também nossa abordagem geral para análise de subordinação estrutural e seu impacto nos ratings.

1. Cálculo ou Estimativa dos Fatores do Scorecard

Explicamos nossa abordagem geral para pontuar cada fator do scorecard e mostrar os pesos utilizados no scorecard. Fornecemos também um racional das razões que tornam esses componentes importantes indicadores de crédito. As informações utilizadas na avaliação dos subfatores geralmente são encontradas

7 Para empresas financeiras cativas, esta metodologia é utilizada para chegar à avaliação individual, e utilizamos a nossa metodologia para empresas financeiras

cativas para outras considerações incorporadas em seus ratings, incluindo o suporte da controladora industrial. Um link para uma lista de nossas metodologias setoriais e intersetoriais pode ser encontrado na seção “Publicações Relacionadas da Moody’s”.

8 O notching para cima sugerido pode ser zero ou mais notches. 9 O notching para cima sugerido pode ser zero ou mais notches. 10 O resultado é expresso como um alfanumérico em nossa escala de rating. 11 Um link para uma lista de nossas metodologias setoriais e intersetoriais pode ser encontrado na seção “Publicações Relacionadas da Moody’s”.

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ou calculadas a partir de demonstrações financeiras ou documentos regulatórios da companhia, derivadas de outras observações ou estimadas pelos analistas da Moody's.

Nossos ratings são prospectivos e refletem nossas expectativas para o desempenho financeiro e operacional futuro. No entanto, os resultados históricos são úteis para entender os padrões e tendências do desempenho de uma companhia bem como para comparações com pares. Exceto onde indicado, os índices financeiros históricos no scorecard são calculados geralmente com base nas demonstrações financeiras mais recentes (ou seja, métricas orientadas por balanço patrimonial). Para métricas orientadas por demonstrações do resultado do exercício ou por fluxo de caixa, usamos a mais fraca entre 1) a métrica baseada no ano fiscal mais recente; e 2) a média aritmética dos três anos fiscais mais recentes.12 Contudo, os fatores no scorecard podem ser avaliados usando outros períodos. Por exemplo, comitês de rating podem considerar analiticamente útil examinar o desempenho tanto histórico quanto o projetado para períodos individuais ou até mesmo períodos de vários anos.

Todas as métricas de crédito quantitativas incorporam nossos ajustes padrões em demonstrações financeiras na análise de instituições financeiras e nossos ajustes para títulos de capital híbridos.13 Também podemos fazer outros ajustes analíticos que são específicos de uma empresa financeira em particular.

Para definições de nossos termos de índices mais comuns consulte Definições Básicas da Moody’s para Estatísticas de Crédito (Guia do Usuário). Para uma explicação de nossos ajustes padrões e ajustes de capital híbrido, consulte a metodologia intersetorial que descreve nossos ajustes nas demonstrações financeiras para análise de instituições financeiras e a metodologia intersetorial que descreve equity credit para títulos híbridos. Os links para essas metodologias podem ser encontrados na seção “Publicações Relacionadas da Moody’s”.

A pontuação inicial para cada subfator é baseada em dados financeiros históricos ou projetados,14 como descrito abaixo nas discussões de fator, e é um ponto de partida útil para nossa análise do subfator. O scorecard da empresa financeira nos permite mostrar como nossas expectativas futuras para métricas financeiras (que são incorporadas na pontuação final) diferem dos resultados históricos. A pontuação atribuída para cada subfator quantitativo incorpora esta visão prospectiva e outras considerações pertinentes. Algumas razões pelas quais nossas pontuações atribuídas para cada um dos subfatores do índice financeiro podem ser diferentes de uma pontuação baseada em resultados históricos incluem: os efeitos dos ajustes pro forma de eventos recentes ou esperados tais como aquisições, desinvestimentos, eventos de alavancagem ou desalavancagem e outras eventos relacionados à entidade ou setor, e informações não públicas que levam nossa expectativa de resultados futuros a divergir dos índices históricos. A magnitude de qualquer ajuste para a pontuação é baseada principalmente em nossa interpretação analítica sobre até que ponto a pontuação inicial não é um reflexo exato das tendências futuras. Em nossas expectativas futuras, podemos considerar operações ou eventos (abrangentes ou de um emissor específico), que aconteceram recentemente, ou que possam vir a ocorrer no futuro previsível, e que possam afetar significativamente os resultados futuros da empresa e posição financeira. Além disso, podemos realizar também testes de estresse relativos a receitas, despesas e o fluxo de caixa, e considerar a resiliência ou susceptibilidade de uma empresa financeira a um cenário de estresse em nossas pontuações atribuídas.

12 Para mais detalhes, consulte o Anexo 2, que mostra scorecards para cada subsetor. 13 Um link para as nossas metodologias de rating setoriais e intersetoriais pode ser encontrado na seção “Publicações Relacionadas da Moody’s”. 14 Dados financeiros históricos são, normalmente, o relatório anual mais recente ou os números dos últimos 12 meses, incorporando os ajustes padrões, conforme

descrito em nossa metodologia intersetorial que discute ajustes padrões na análise de instituições financeiras.

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Discussão do Componente Avaliação Individual

A avaliação individual é um dos três componentes principais da nossa abordagem global típica para avaliar o risco de crédito de empresas financeiras. Este componente possui três subcomponentes: o perfil financeiro, o ambiente operacional, e ajustes de notching qualitativos para o Perfil de Negócios e Política Financeira.

Subcomponente da Avaliação Individual: Perfil Financeiro

Neste subcomponente avaliamos o perfil financeiro individual. Este subcomponente possui quatro fatores, compostos por subfatores, embora esses variem de acordo com o tipo de empresa financeira, como mostrado na tabela abaixo.

FIGURA 3 Empresas Financeiras: Fatores do Perfil Financeiro e Pesos dos Subfatores*

Fatores Subfatores

Peso do Subfator para empresas financeiras de

crédito

Peso do Subfator para

empresas de arrendamento

Peso do Subfator

para BDCs Peso do Subfator para

prestadores de serviços

Rentabilidade Lucro Líquido/ Média de Ativos sob Gestão 10% 10% 10% 10%

(EBITDA / Despesas de Juros e Dividendos Preferenciais) - 5% - 20%

Adequação de Capital e Alavancagem

Capital Tangível / Ativos sob Gestão Tangíveis 25% 15% - 10%

Dívida/EBITDA - 10% - 25%

Índice de Reserva de Cobertura de Ativos - - 35% -

Qualidade de Ativos †

Exposição ao Valor Residual de Leasing / Capital Tangível - 15% - -

Crédito em Atraso / Carteira de Crédito Bruta 10% - 10% -

Empréstimos Seniores com Garantia como % do Total de Investimentos

- - 10% -

Créditos Baixados para Prejuízo Líquidos / Média Carteira de Crédito Bruta

10% - - -

Fluxo de Caixa e Liquidez †

Cobertura dos Vencimentos de Dívida 10% 10% 20% 10%

FFO / Dívida Total 15% 15% - 25%

Dívida Com Garantia / Ativos Brutos Tangíveis 20% 20% 15% -

Perfil Financeiro Total 100% 100% 100% 100%

* O peso de um fator aplicável a uma categoria de empresa financeira é igual à soma dos pesos dos subfatores correspondentes dentro daquela categoria. Por exemplo, a rentabilidade para os arrendadores tem um peso de 15% no subcomponente Perfil Financeiro.

† Os pesos do subfator na tabela acima refletem um caso no qual todas as métricas estão disponíveis. Para Qualidade de Ativos, para empresas financeiras de crédito apenas, pelo menos um entre Crédito em Atraso / Carteira de Crédito Bruta ou Créditos Baixados para Prejuízo Líquidos / Média Carteira de Crédito é necessário para a pontuação. Se uma dessas métricas não estiver disponível, realocaremos então seu peso, adicionando seu peso ao peso existente da outra métrica tanto para a pontuação inicial quanto para a pontuação atribuída. Para Fluxo de Caixa e Liquidez, para financeiras de crédito, arrendamento mercantil e os prestadores de serviços, pelo menos uma das métricas da Cobertura de Vencimentos de Dívida ou FFO / Dívida Total é necessária para a pontuação. Se a métrica FFO/Dívida não estiver disponível, realocaremos então seu peso e o adicionaremos ao peso existente da Cobertura dos Vencimentos de Dívida, tanto para a pontuação inicial quanto para a pontuação atribuída. Se o índice de Cobertura de Vencimentos de Dívida não puder ser calculado porque o denominador é zero nos próximos 12 meses, então realocaremos seu peso e o adicionaremos ao peso existente do FFO/Dívida Total para a pontuação inicial. Uma pontuação atribuída é avaliada conforme a discussão do subfator a seguir e é concedido o peso mostrado na tabela acima.

Fonte: Moody’s Investors Service

Fator 1: Rentabilidade

Por que é Relevante?

O poder de geração de resultado é um fator determinante no sucesso ou fracasso de uma instituição financeira no longo prazo. A rentabilidade de longo prazo de uma empresa financeira é um elemento fundamental de sua capacidade de gerar capital e dar suporte as obrigações dos credores. A rentabilidade principal ou recorrente é a primeira linha de defesa para absorver prejuízos relacionados ao crédito e perdas

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decorrentes de riscos de mercado, operacionais e de negócios. A rentabilidade sólida também é crucial para a confiança dos investidores, dada a grande escala e a frequência de refinanciamento de dívida da empresa financeira.

Avaliamos o retorno do lucro líquido sobre a média dos ativos sob gestão para analisar a rentabilidade de uma empresa. Utilizamos a média de ativos sob gestão (em vez dos ativos totais no balanço) porque eles podem incluir alguns ativos relevantes que estão fora do balnaço patrimonial, fornecendo assim uma medida melhor dos ativos que geram ganhos. Exemplos de ativos extrapatrimoniais podem incluir ativos securitizados e ativos de sale-leaseback (dependendo do regime contábil).

Avaliamos também até que ponto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA), uma importante medida do resultado operacional de uma empresa, pode cobrir despesas de juros. Este índice é usado apenas para empresas financeiras com modelos de negócios orientados por fluxo de caixa - empresas de leasing e prestadoras de serviços. Este é um importante indicador da capacidade de uma arrendadora ou uma prestadora de serviços de financiar ou refinanciar o seu negócio.

Como Avaliamos Isso para o Scorecard

LUCRO LÍQUIDO / MÉDIA DOS ATIVOS SOB GESTÃO (TODAS AS EMPRESAS FINANCEIRAS):

Usamos este índice para os empresas financeiras de crédito, de leasing, BDCs e prestadores de serviços.

O numerador é o lucro líquido (ou seja, o ganho após todos os custos, incluindo impostos), e o denominador é a média dos ativos sob gestão.

Calculamos o índice histórico pela utilização do mais fraco entre 1) o índice com base no ano fiscal mais recente reportado; e 2) a média dos três anos fiscais mais recentes reportados.

EBITDA / DESPESAS DE JUROS E DIVIDENDOS PREFERENCIAIS:

Usamos este índice para as empresas de leasing e prestadoras de serviços.

O numerador é o EBITDA. Para maior clareza, nosso cálculo do EBITDA para este índice adiciona de volta as baixas por perda de valor recuperável (impairment) associadas ao goodwill e a outros ativos intangíveis, por considerarmos esses encargos semelhantes a despesas de depreciação e amortização. Normalmente, ajustamos também o EBITDA dos ganhos e perdas auferidos nas recompras da dívida, porque consideramos que geralmente essas operações são não-recorrentes. O EBITDA pode incluir despesas (por exemplo, despesa de compensação com base em ações), que não são capturadas nas medidas de fluxo de caixa tradicional, mas que consideramos importantes para medir fluxos de caixa sustentáveis.

O denominador do índice inclui despesas de juros e dividendos preferenciais como uma medida do serviço da dívida.

Calculamos o índice histórico pela utilização do mais fraco entre 1) o índice com base no ano fiscal mais recente reportado; e 2) a média dosdos índices anuais dos três anos fiscais mais recentes reportados.

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FATOR 1

Rentabilidade

Subfator Peso do Subfator Subsetor Aaa Aa A Baa Ba B Caa Ca

Lucro Líquido/ Média de Ativos Sob Gestão (%)

10% Financeiras de Crédito,

Leasing, BDCs e Prestadoras

de Serviços

>8,5% 5,5– 8,5% 2,5– 5,5% 1 - 2,5% 0,5– 1% 0 - 0,5% (2,5 )- 0% < (2,5)%

EBITDA / (Despesas de Juros e Dividendos Preferenciais) (x)

5% Leasing > 8,5x 7,5 - 8,5x 6,5 - 7,5x 4 - 6,5x 3 - 4x 1 - 3x 0,5 - 1x < 0,5x 20% Prestadores de

Serviços > 8x 7 - 8x 6 - 7x 5 - 6x 3,5 - 5x 1 - 3.5x 0,5 - 1x < 0,5x

Fonte: Moody’s Investors Service

Ajustes do Subfator

Consulte a seção “Cálculo ou Estimativa dos Fatores do Scorecard” acima para uma descrição geral sobre como os ajustes são empregados no scorecard. As considerações típicas que poderão levar a ajustes da pontuação do subfator Rentabilidade incluem:

Ajustes pro forma. Nossas pontuações atribuídas para cada um dos subfatores de Rentabilidade podem ser ajustadas para cima ou para baixo a partir das pontuações iniciais do subfator com base em nossos ajustes pro forma, incluindo ajustes para aquisições ou desinvestimentos recentes ou esperados e para itens não recorrentes reconhecidos nos últimos períodos reportados.

Tendência esperada. Podemos ajustar as pontuações do subfator Rentabilidade para cima ou para baixo, para refletir tendências e trajetórias importantes desses índices que acreditamos que não são inteiramente capturadas na pontuação inicial. Estes ajustes podem refletir tendências que são específicas da empresa, bem como as tendências do setor. Por exemplo, podemos ajustar o subfator Lucro Líquido/ Média dos Ativos sob Gestão de uma financeira de crédito para baixo se consideramos que ele não reflete o desempenho por todo o ciclo de crédito, para capturar o potencial aumento das perdas de crédito. Podemos ajustar também as pontuações do subfator Rentabilidade para baixo se a empresa ingressar em um negócio mais arriscado e, do nosso ponto de vista, a rentabilidade reportada não refletir um nível normalizado de perda de crédito para uma carteira madura.

Testes de estresse. Podemos realizar testes de estresse de receita, despesa e fluxo de caixa, e considerar os resultados deles em nossas pontuações atribuídas.

Volatilidade dos ganhos. Podemos ajustar as pontuações históricas para cima ou para baixo, para refletir a volatilidade dos lucros. A estabilidade dos rendimentos é um benefício importante para os credores. A capacidade de uma empresa financeira de administrar com sucesso os altos e baixos dos ciclos de negócios e do mercado é um importante colaborador para a sua força de crédito. Uma entidade que gera rentabilidade elevada em tempos bons, mas ganhos baixos ou prejuízo em tempos ruins, tem fluxos de caixa menos confiáveis que uma entidade que gera lucros mais consistentes e sustentáveis durante os ciclos.

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INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Fator 2: Adequação de Capital e Alavancagem

Por que é Relevante?

A adequação de capital é um elemento fundamental em nossa avaliação sobre a capacidade de uma empresa financeira de absorver a volatilidade dos ativos, incluindo baixa contábeis, ou o impacto de uma crise sistêmica que provoca deslocamento nos mercados financeiros. Um capital amplo melhora a flexibilidade financeira, que pode apoiar o acesso aos mercados de capital em momentos de estresse. As empresas financeiras com menor alavancagem têm alternativas mais estratégicas; elas são mais capazes de financiar o crescimento e aquisições ou vender negócios não essenciais e absorver perdas em operações descontinuadas.

Além de capitalização, que avaliamos para as financeiras de crédito, empresas de leasing e prestadoras de serviços, por meio da análise sobre em que medida o capital tangível suporta os ativos tangíveis da empresa financeira, avaliamos também uma métrica de alavancagem, a dívida/EBITDA, para empresas de leasing e prestadoras de serviços, que têm características de fluxo de caixa semelhantes ao das corporações. A Alavancagem da Dívida, medida pela relação dívida/EBITDA e caixa gerado nas operações (FFO)/dívida, é um indicador importante da capacidade da empresa financeira para pagar os juros da dívida e cumprir os vencimentos de dívida, financiar seu negócio e atrair capital para investimentos. Tal como acontece com a forte capitalização, a baixa alavancagem aumenta a flexibilidade financeira; por outro lado, a alavancagem elevada restringe a flexibilidade financeira e pode limitar seriamente o acesso dessas empresas ao mercado de capitais.

Podemos calcular ou estimar a adequação de capital e alavancagem de uma BDC por meio de uma avaliação do tamanho do colchão de reserva entre o índice de cobertura de ativos (ACR, em inglês) da empresa e os níveis de ACR prescritos pelos reguladores ou covenants da linha de crédito. Isso ocorre porque os perfis de crédito das BDCs são sensíveis ao risco de eventos decorrentes de violações dos seus ACRs regulatórios ou covenants de ACR em suas linhas de crédito que são normalmente fixados iguais ao, ou acima do, requisito regulatório. Uma violação do covenant do ACR representa um risco de liquidez significativo para as BDCs, porque permite geralmente que os credores reportem um evento de default e acelerem o repagamento da dívida. As violações de ACR refletem geralmente uma erosão do capital de perdas auferidas ou não auferidas (valor justo).

Como Avaliamos Isso para o Scorecard

CAPITAL TANGÍVEL / ATIVOS SOB GESTÃO TANGÍVEIS:

Usamos este índice para os financeiras de crédito, empresas de leasing e prestadoras de serviços.

O numerador é capital tangível (TCE, em inglês).15 O denominador são os ativos tangíveis sob gestão tangíveis (TMAs, em inglês), que representam o total de ativos tangíveis da empresa e incluem ativos extrapatrimoniais, tais como ativos securitizados e ativos de sale-leaseback.

O índice histórico é calculado com base no período mais recente reportado (por exemplo, fiscal ou ínterim).

DÍVIDA/EBITDA:

Usamos este índice para empresas de leasing e prestadoras de serviços.

15 TCE equivale ao patrimônio líquido total menos: ações preferenciais, participação minoritária, reservas de valor justo/ganhos ou perdas não auferidos em títulos AFS,

reservas de reavaliação de ativos, reservas de hedge/ajuste para hedges de fluxo de caixa, e goodwill e outros ativos intangíveis líquidos de passivos de impostos diferidos relacionados. O TCE é ajustado também para refletir a equity credito da Moody’s para títulos híbridos. O TEC é calculado para uma série de outras métricas de subfator nesta metodologia de rating.

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INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

O numerador é a dívida total, que inclui a dívida com e sem garantia, considerando também a dívida sem recurso, se os fluxos de caixa que garantem estas obrigações estiverem incluídos no EBITDA.

O denominador é o EBITDA. Nosso cálculo do EBITDA para este índice adiciona de volta as baixas por perda de valor recuperável (impairment) associadas ao goodwill e outros ativos intangíveis, por considerarmos essas baixas semelhantes a despesas de depreciação e amortização. Normalmente, ajustamos o EBITDA também dos ganhos e perdas auferidos nas recompras da dívida, porque consideramos que geralmente essas operações são não-recorrentes. O EBITDA pode incluir despesas (por exemplo, despesa de compensação com base em ações), que não são capturadas no fluxo de caixa tradicional, mas que consideramos importantes para medir fluxos de caixa sustentáveis.

Tal como acontece com outras métricas, realizamos ajustes padrões de acordo com nossa metodologia intersetorial para ajustes de demonstrações financeiras para instituições financeiras.16

Calculamos o índice histórico pela utilização do mais fraco entre 1) o índice com base no ano fiscal mais recente reportado; e 2) a média dos índices anuais referentes aos três anos fiscais mais recentes reportados.

ÍNDICE DE RESERVA DE COBERTURA DE ATIVOS (RESERVA DE ACR):

Nós usamos esta métrica para BDCs.

A reserva de ACR para qualquer período é o ACR do emissor menos o ACR mais alto entre o exigido por covenants e o nível requerido pela regulação dividido pelo ACR mais alto entre o requerido por covenants e o nível exigido pela regulação.

O numerador do ACR é total dos ativos menos os passivos que não são dívidas. O denominador é dívida total. Certos tipos de endividamento, tais como empréstimos sob o programa Small Business Administration (SBA) dos EUA, são excluídos do índice.

Para o índice histórico do ACR, nós usamos o ACR divulgado em relatórios mais recentes do BDC. Se não for divulgado, o estimamos com base nos últimos resultados trimestrais.

FATOR 2

Adequação de Capital e Alavancagem

Subfator Peso do Subfator Subsetor Aaa Aa A Baa Ba B Caa Ca

Capital Tangível / Ativos Tangíveis sob Gestão (%)

25% Crédito > 50% 31 - 50%

16 - 31%

12 - 16%

8 - 12% 4 - 8% (15) - 4%

< (15)%

15% Leasing > 50% 35 - 50%

27 - 35%

20 - 27%

14 - 20% 11 - 14%

8 - 11% < 8%

10% Prestadoras de Serviços

> 20% 16 - 20%

12 - 16%

8 - 12% 4 - 8% 0 - 4% (10) - 0%

< (10)%

Dívida / EBITDA (x) 10% Leasing < 0,5x 0,5 - 1,5x

1,5 - 2,5x

2,5 - 3,5x

3,5 - 4,5x

4,5 - 6,5x

6,5– 10,0x

> 10x

25% Prestadoras de Serviços

Índice de Reserva de Cobertura de Ativos (%) 35% BDCs > 50% 35 - 50%

25 - 35%

17,5 - 25%

10 – 17,5%

0 - 10%

(25) - 0%

< (25)%

Fonte: Moody’s Investors Service

16 Um link para um índice de nossas metodologias setoriais e intersetoriais pode ser encontrado na seção "Publicações Relacionadas a Moody's".

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INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Ajustes do Subfator

Consulte a seção “Cálculos ou Estimativas dos Fatores do Scorecard” acima para uma descrição geral sobre como os ajustes são empregados no scorecard. As considerações típicas que poderão levar a ajustes da pontuação das pontuações dos subfatores Adequação de Capital e Alavancagem incluem:

Ajustes Pro forma. Nossas pontuações atribuídas para cada um do subfator Adequação de Capital e Alavancagem podem ser ajustadas para cima ou para baixo a partir das pontuações iniciais do subfator com base em nossos ajustes pro forma, incluindo quitações ou emissões de dívida recentes ou esperadas, oferta de ações, aquisições ou vendas de ativos, itens incomuns e não recorrentes reconhecidos nos últimos períodos reportados, e mudanças na política financeira, tais como distribuições de dividendos.

Tendência esperada. Podemos ajustar as pontuações do subfator Adequação de Capital e Alavancagem para cima ou para baixo para refletir tendências importantes e trajetórias desses índices que acreditamos que não são inteiramente capturadas na pontuação inicial. Avaliamos se a pontuação inicial representa uma anomalia, como seria o caso de uma holding com grandes quantidades de capital para uma aquisição planejada ou outro evento corporativo, uma vez que a alta capitalização reportada seria temporária. Nós ajustamos também as pontuações de capitalização e alavancagem para cima ou para baixo para refletir as tendências de rentabilidade esperada e o seu impacto sobre o capital e a alavancagem.

Crescimento excessivo. O crescimento de ativos pode ser um indicador importante de aumento do apetite por risco. Taxas de crescimento que são mais elevadas que a média da indústria sugerem uma estratégia mais agressiva. Podemos ajustar a pontuação de capital para baixo quando a taxa de crescimento de uma empresa financeira é significativamente maior do que a de seus pares, e esses ajustes são mais prováveis quando a taxa de crescimento da empresa financeira excede ou é propensa a exceder o crescimento de seu capital.

Outros ajustes. As pontuações de capitalização podem ser ajustadas para refletir a alavancagem dupla, quando a holding depende das distribuições da subsidiária para o serviço da dívida da holding ou que consiste em passivos contingentes. Outra razão para um ajustamento para baixo da pontuação de capital histórico seria operação significativa com partes relacionadas (por exemplo, empréstimos para acionistas). O desenvolvimento do projeto poderia justificar um ajuste para baixo das pontuações de subfator nos casos em que o capital e o caixa são destinados ao desenvolvimento do projeto, o que implica riscos elevados. Podemos ajustar as pontuações de capital para cima para empresas financeiras que compram ou originam ativos altamente líquidos com fluxos de caixa contratuais fortes e previsíveis. Podemos ajustar para baixo as pontuações de capitalização se acreditamos que uma empresa tem planos para se descapitalizar. Quando uma empresa financeira possui e opera um montante significativo de imóveis (por exemplo, possui edifícios de escritórios e os aluga a inquilinos comerciais17), podemos ajustar a pontuação do Capital Tangível / Ativos sob Gestão Tangíveis para cima depois de considerar um índice ajustado que remova o efeito da depreciação imobiliária no capital e na base de ativos de uma empresa.

17 Emissores que estão principalmente envolvidos no controle e operação de propriedades comerciais para investimento de longo prazo, são classificados conforme a

nossa metodologia para REITs e outras empresas imobiliárias comerciais. Um link para um índice de nossas metodologias setoriais e intersetoriais pode ser encontrado na seção "Publicações Relacionadas da Moody's".

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INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Fator 3: Qualidade de Ativos

Por que é Relevante?

A qualidade dos ativos é um fator importante da formação dos ganhos e do capital para financeiras de crédito e BDCs. As empresas financeiras têm com frequência uma concentração em uma única classe de ativos ou opera em nichos que são intrinsecamente mais arriscados (por exemplo, subprime), e que podem ser vulneráveis à mudança de sentimento do investidor, independentemente do desempenho da qualidade de ativos esperada. A deterioração de qualidade de ativos em uma recessão cíclica pode ser mais pronunciada para uma empresa financeira do que para instituições financeiras mais diversificadas. Além disso, problemas inesperados de qualidade de ativos estão entre as principais fontes de risco que podem afetar negativamente os ganhos, a capacidade de servir a dívida e o capital das empresas financeiras. A reação negativa do investidor à deterioração da qualidade de ativos ou o risco de contágio, quando a tolerância dos investidores ao risco diminui, pode também prejudicar o acesso da companhia ao mercado de capitais e a sua capacidade de levantar capital necessário.

A proporção da carteira de empréstimos de uma empresa financeira tradicional que está inadimplente ou deverá ficar inadimplente, ou que gerou perdas ou deverá gerar perdas, é um indicador importante da sustentabilidade dos negócios. O nível de inadimplência ou perda corresponde, muitas vezes, à natureza dos ativos subjacentes da empresa. Por exemplo, as financeiras com as carteiras de crédito ao consumidor subprime consideráveis possuem, muitas vezes, altas taxas de perdas com empréstimo em comparação com instituições financeiras mais diversificadas. Uma vez que a qualidade do crédito deteriora, a taxa de empréstimos em atraso sobe, sinalizando potenciais problemas, que incluem perdas com crédito e consequente pressão sobre a solvência, o que reduz os ganhos e os colchões de reserva de capital que protegem os credores.

Para as empresas de leasing, o nível de exposição do valor residual de leasing em relação ao patrimônio é um indicador importante da nossa visão sobre o desempenho futuro do valor do ativo.

Para BDCs, é importante considerar o tamanho dos empréstimos seniores com garantia em suas carteiras de investimento em relação ao total da carteira de crédito. Geralmente, existe um risco maior de quebra de covenant associado a uma proporção relativamente grande de títulos juniores.

Os prestadores de serviços e empresas semelhantes que têm negócios baseados em fluxo de caixa não dispõem de métricas de scorecard para qualidade de ativos.

Como Avaliamos Isso para o Scorecard

CRÉDITO EM ATRASOS / CARTEIRA DE CRÉDITO BRUTA:

Usamos este índice para financeiras de crédito e BDCs.

O numerador deste índice é o total dos créditos em atraso. Embora algumas empresas possam definir os empréstimos em atraso de forma diferente, nós os definimos como: (1) “impaired loans", como é definido no parágrafo 59 da IAS 39 (ou seu sucessor) para empresas financeiras que divulgam relatórios de acordo com a IFRS ou (2) nonaccrual loans mais accrual loans que estão vencidos há 90 dias ou mais. Tendo em vista que a abertura dos valores de empréstimos em atraso por empresas financeiras não são uniformes, podemos fazer ajustes para melhorar a comparabilidade.

O denominador deste índice é o total da carteira de crédito bruta. A carteira de crédito bruta inclui os empréstimos a clientes e leasings financeiros e exclui o resultado não realizado, provisão para perdas de crédito e outras deduções. Para BDCs, o índice de empréstimos em atraso é calculado com base no valor justo.

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15 25 DE NOVEMBRO DE 2019

METODOLOGIA DE RATING: METODOLOGIA PARA EMPRESAS FINANCEIRAS

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Calculamos o índice histórico pela utilização do mais fraco entre 1) o índice com base no ano fiscal mais recente reportado; e 2) a média dos índices anuais para os três anos fiscais mais recentes reportados.

CRÉDITOS BAIXADOS PARA PREJUÍZO LÍQUIDOS / MÉDIA DA CARTEIRA DE CRÉDITO BRUTA:

Utilizamos este índice para financeiras de crédito.

O numerador são os créditos baixados para prejuízo líquidos, que refletem as dívidas que provavelmente não serão recebidas, líquidas de recuperações. A carteira de crédito bruta é definida de acordo com o subfator Empréstimo em Atraso/Carteira de Crédito Bruta, definida anteriormente.

Calculamos o índice histórico pela utilização do mais fraco entre 1) o índice com base no ano fiscal mais recente reportado; e 2) a média dos índices anuais para os três anos fiscais mais recentes reportados. Quando a informações sobre os créditos baixados para prejuízo líquidos não estiverem disponíveis, o peso para este subfator é alocado para o subfator empréstimos em atraso/carteira de crédito bruta.

EXPOSIÇÃO AO VALOR RESIDUAL DE LEASING /CAPITAL TANGÍVEL:

Utilizamos este índice para empresas de leasing.

O numerador é o valor residual de leasing. Os valores residuais de leasing são calculados como o investimento líquido em operações de leasing menos o valor presente dos pagamentos mínimos futuros de leasing. O denominador é capital tangível. Para índices calculados com base histórica, normalmente utilizamos o período mais recente reportado (ano fiscal mais recente ou ínterim).

EMPRÉSTIMOS SENIORES COM GARANTIA/ TOTAL DE INVESTIMENTOS:

Nós usamos este índice para BDCs.

O numerador é o montante dos empréstimos seniores com garantia do BDC, e o denominador é o montante total da carteira de investimento a valor justo.

Para índices calculados numa base histórica, normalmente utilizamos o período mais recente reportado (ano fiscal mais recente ou ínterim).

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16 25 DE NOVEMBRO DE 2019

METODOLOGIA DE RATING: METODOLOGIA PARA EMPRESAS FINANCEIRAS

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

FATOR 3 Qualidade de Ativos

Subfator Peso do Subfator Subsetor Aaa Aa A Baa Ba B Caa Ca

Empréstimos em atraso / Carteira de Crédito Bruta (%)

10% Crédito e BDCs

< 0,25% 0,25 - 0,5% 0,5 - 0,75% 0,75 - 2% 2 - 4% 4 - 7% 7 - 10% > 10%

Créditos Baixados para Prejuízo Líquidos /Carteira de Crédito Bruta Média (%)

10% Crédito <0,5% 0,5 - 1% 1 - 1,5% 1,5 - 3% 3 - 5% 5 - 8% 8 - 15% > 15%

Exposição do Valor Residual de Leasing /Capital Tangível (%)

15% Leasing < 10% 10 - 50% 50 - 100% 100 - 200% 200 - 300%

300 - 400%

400 - 500%

> 500%

Empréstimos Seniores com Garantia/ Total de Investimentos (%)

10% BDCs > 95% 90 - 95% 85 - 90% 70 - 85% 55 - 70% 45 - 55% 35 - 45% < 35%

Fonte: Moody’s Investors Service

Ajustes do Subfator

Consulte a seção “Cálculo ou Estimativa dos Fatores do Scorecard” acima para uma descrição geral sobre como os ajustes são empregados no scorecard. As considerações típicas que poderão levar a ajustes das pontuações do subfator Qualidade de Ativos incluem:

Ajustes pro forma. Nossas pontuações atribuídas para cada um dos subfatores de Qualidade de Ativos podem ser ajustadas para cima ou para baixo a partir das pontuações iniciais do subfator com base em nossos ajustes pro forma, incluindo aquisições recentes ou esperadas ou vendas de negócios ou carteiras de ativos. Por exemplo, nós podemos ajustar para cima as pontuações da Qualidade de Ativos para uma empresa que saiu de uma linha de negócios de alto risco ou entrou em uma linha de negócio de baixo risco, e ajustar para baixo as pontuações de uma empresa que entrou em uma linha de negócio de alto risco.

Tendência esperada. Podemos ajustar as pontuações do subfator para cima ou para baixo para refletir tendências e trajetórias importantes desses índices que acreditamos que não são inteiramente capturadas na pontuação inicial. Normalmente, consideramos se as métricas históricas da Qualidade de Ativos são consistentes com tendências recentes ou emergentes. Neste contexto, podemos considerar o potencial do ciclo de crédito ou outras tendências do setor para afetar as métricas de qualidade de ativos. Podemos ajustar a pontuação do subfator para baixo nos casos em que uma empresa não tem um histórico ao longo do ciclo, para ajustar a sazonalidade ou se a empresa financeira está entrando em um novo negócio. Podemos ajustar também as pontuações da Qualidade de Ativos para baixo se acreditamos que os padrões de subscrição de uma empresa foram flexibilizados, mas a expectativa para a deterioração de ativos ainda não é aparente nas métricas de Qualidade de Ativos da empresa.

Crescimento rápido. Uma expansão rápida de um empréstimo, leasing ou carteira de investimento poderia também levar a um ajuste para baixo porque o crescimento elevado pode sinalizar um grande apetite para o risco incremental e contribuir para a volatilidade. Empresas que apresentam rápido crescimento podem sobrecarregar a capacidade da sua gestão de riscos e processos e sistemas de controle. Isto pode levar a significativas falhas de gestão de riscos e de controles que prejudicam a qualidade de crédito.

Composição da carteira. Podemos ajustar pontuações de subfatores para cima ou para baixo a fim de refletir o nosso ponto de vista sobre a composição da carteira e riscos granulares. Podemos ajustar a pontuação de Qualidade de Ativos para baixo se acreditamos que uma empresa tem uma concentração significativa que pode criar um desempenho volátil, por exemplo, uma elevada exposição a um pequeno número de devedores, a um setor específico ou a uma determinada região. Podemos ajustar as pontuações de subfatores de Qualidade de Ativos para cima ou para baixo para refletir nossa visão das prováveis

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17 25 DE NOVEMBRO DE 2019

METODOLOGIA DE RATING: METODOLOGIA PARA EMPRESAS FINANCEIRAS

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

recuperações. Por exemplo, as recuperações de uma financeira de crédito sem garantia podem ser menores do que as de uma de financiamento imobiliário ou de uma empresa de leasing com garantia subjacente forte. Para as empresas de leasing, podemos distinguir qualitativamente os quocientes de riscos entre classes de ativos na avaliação do grau da exposição residual.

Diferenças na contabilidade e reporte. Avaliamos a necessidade de um ajuste para baixo nas pontuações de Qualidade de Ativos, quando uma empresa financeira marca seus ativos a valor justo e, portanto, não registra os créditos baixados para prejuízo, com base no risco de baixas contábeis a valor justo. Podemos também fazer ajustes com base na nossa avaliação da política contábil de reconhecimento de empréstimos em atraso ou baixas para prejuízo. Por exemplo, ajustamos a pontuação do subfator de empréstimos em atraso para baixo (por exemplo, para as financeiras de crédito payday) que originam empréstimos subprime de curto prazo porque esses empréstimos podem ser baixados antes de serem colocados em status non-accrual.

Risco regulatório e operacional. Podemos ajustar a pontuação de Qualidade de Ativos para empresas financeiras com risco operacional e regulatório elevado, como financeiras de crédito payday ou empresas americanas de financiamento imobiliário residencial que vendem para empresas patrocinadas pelo governo (“GSEs”, em inglês) e estão expostas a risco de recompra.

Fator 4: Fluxo de Caixa e Liquidez

Por que é Relevante?

A capacidade de uma empresa financeira de acessar a liquidez de forma recorrente é um componente essencial de seu modelo operacional. A maioria das empresas financeiras dependem muito de financiamento oriundo de investidores sensíveis a volatilidade de mercado. Esta é uma desvantagem significativa em relação aos bancos que possuem, muitas vezes, acesso ao financiamento do banco central e de depósitos de varejo estáveis e de baixo custo que são frequentemente resilientes a estresses de mercado. Uma crise de liquidez, seja ela específica da empresa ou ocasionada por um evento de mercado, pode ter um efeito profundo até mesmo na empresa financeira mais forte, considerando que a forte liquidez pode ajudar uma instituição a se manter adequadamente financiada durante tempos difíceis.

Dado que o financiamento de atacado é, às vezes, pouco confiável, avaliamos a disponibilidade de recursos líquidos (definida abaixo) para cobrir os vencimentos da dívida que possam surgir ao longo dos próximos 12 meses. Isso é a base de nossa métrica de cobertura dos vencimentos de dívida, que é um indicador importante da flexibilidade financeira e da adequação da liquidez disponível no balanço de uma empresa financeira e da liquidez contingente comprometida em relação aos seus vencimentos de dívida de curto prazo.

Além disso, consideramos o montante de ativos de uma empresa financiada com dívida com garantia. A alta dependência de dívida com garantia reduz a flexibilidade financeira da empresa financeira, porque os ativos garantidores estão indisponíveis para serem usados como uma fonte de liquidez em caso de uma necessidade inesperada. A geração de fluxo de caixa em relação à dívida é um indicador importante da capacidade de uma empresa de atrair e manter linhas de liquidez.

Como Avaliamos Isso para o Scorecard

COBERTURA DE VENCIMENTOS DE DÍVIDA (TODAS AS EMPRESAS FINANCEIRAS):

O numerador (recursos líquidos) compõe o caixa sem restrição e investimentos não dados em garantia em títulos públicos líquidos e em agências governamentais mais disponibilidade de linhas bancárias compromissadas sem garantia com vencimento superior a um ano mais financiamentos imobiliários residenciais subprime dos EUA disponíveis para venda (incorporando um haircut de 20%).

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18 25 DE NOVEMBRO DE 2019

METODOLOGIA DE RATING: METODOLOGIA PARA EMPRESAS FINANCEIRAS

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

O denominador são os vencimentos de dívida (excluindo securitizações) durante os próximos 12 meses.

Para títulos líquidos de soberanos e de agências governamentais, incluímos os investimentos em títulos do país da empresa e investimentos em títulos soberanos com rating alto.

Este índice é uma medida da capacidade da empresa financeira de cobrir vencimentos de dívida nos próximos 12 meses com o que consideramos como sendo fontes de liquidez altamente confiáveis e prontamente disponíveis (depois da aplicação de haircuts) e disponibilidade de linha bancária compromissada e sem garantia (com um prazo de vencimento superior a um ano de uma carteira diversificada de contrapartes fortes). Os vencimentos da dívida incluem todos os prazos de vencimento das obrigações financiadas, exceto para as non-recourse, estruturas completamente autoliquidáveis, tais como securitização a prazo.

Calculamos o índice histórico com base no ano fiscal mais recente reportado.

CAIXA GERADO NAS OPERAÇÕES (FFO) / TOTAL DA DÍVIDA:

Usamos este índice para os financeiras de crédito, empresas de leasing e prestadoras de serviços.

O numerador é FFO ajustado e o denominador é a dívida total.

Para as financeiras de crédito, ajustamos nossa definição padrão do FFO, que representa o valor do fluxo de caixa operacional antes das variações dos ativos e passivos operacionais. Para as financeiras de crédito que reportam originações e recebimentos de empréstimos no fluxo de caixa operacional, excluímos estes itens do cálculo do FFO para avaliar melhor os fundos gerados internamente da empresa em um estado constante e favorecer a comparabilidade entre as empresas financeiras com diferentes padrões de divulgação. Com este ajuste, reclassificamos essencialmente as perdas com empréstimos, que representam a diferença entre recebimentos e originações de empréstimo, de fluxos de caixa operacionais para fluxos de caixa de investimento, o que torna o cálculo do FFO consistente com as financeiras de crédito que reportam os recebimentos e originações de empréstimos no fluxo de caixa de investimentos.

Um segundo ajuste que fazemos para as financeiras de crédito considera os custos de provisão, que são itens não monetários que são geralmente adicionados de volta aos fluxos de caixa das operações, e perdas de crédito, que, seja por meio de divulgações próprias ou de nossos ajustes, são incluídas nos fluxos de caixa de investimento. Fazemos este ajuste por meio da subtração dos créditos baixados para prejuízo líquidos de recuperações, uma proxy para perdas de crédito, dos fluxos de caixa operacionais. Este ajuste compensa, em grande parte, o custo de provisão, que é uma despesa não monetária e representa uma proporção significativa dos fluxos de caixa operacionais para as financeiras de crédito subprime.

Para os compradores de dívida, ajustamos normalmente nossa definição padrão de FFO, (i) adicionando de volta a compra de carteiras de empréstimos, e (ii) excluindo a amortização das carteiras adquiridas do fluxo de caixa operacional. Fazemos esses ajustes no cálculo do FFO para avaliar melhor a geração de caixa subjacente de uma empresa, removendo qualquer distorção do crescimento ou redução relacionados à compra de dívidas.

DÍVIDA COM GARANTIA / ATIVOS BRUTOS TANGÍVEIS:

O índice é aplicável a financeiras de crédito, empresas de leasing e BDCs. As prestadoras de serviços não possuem geralmente ativos que geram juro e que podem ser securitizados para gerar liquidez; portanto, sua capacidade de financiamento não depende dos ativos garantidores.

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19 25 DE NOVEMBRO DE 2019

METODOLOGIA DE RATING: METODOLOGIA PARA EMPRESAS FINANCEIRAS

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

O numerador é dívida com garantia, e o denominador é o montante dos ativos brutos tangíveis (antes das provisões para perdas de crédito).

Calculamos o índice histórico com base no ano fiscal mais recente reportado.

FATOR 4

Fluxo de Caixa e Liquidez

Subfator Peso do Subfator Subsetor Aaa Aa A Baa Ba B Caa Ca

Cobertura de Vencimentos de Dívida (%)

10% Crédito, Leasing, Prestadoras de Serviços

> 400% 300 - 400%

200 - 300%

120 - 200%

60 - 120% 40 - 60% 5 - 40% < 5%

20% BDCs > 400% 300 - 400%

200 - 300%

120 - 200%

60 - 120% 40 - 60% 5 - 40% < 5 %

FFO / Dívida Total (%)

15% Crédito > 65% 45 - 65% 30 - 45% 20 - 30% 12,5 - 20% 5 - 12,5% 0 - 5% < 0%

15% Leasing

25% Prestadoras de Serviços

Dívida Com Garantia / Ativos Brutos Tangíveis (%)

20% Crédito 0% 0 - 8% 8 - 15% 15 - 30% 30 - 45% 45 - 60% 60 - 80% > 80%

20% Leasing

15% BDCs Fonte: Moody’s Investors Service

Ajustes do Subfator

Consulte a seção “Cálculo ou Estimativa dos Fatores do Scorecard” acima para uma descrição geral sobre como os ajustes são empregados no scorecard. As considerações típicas que podem levar a ajustes das pontuações dos subfatores Fluxo de Caixa e Liquidez incluem:

Ajustes pro forma. Nossas pontuações atribuídas para cada um dos subfatores de Fluxo de Caixa e Liquidez podem ser ajustadas para cima ou para baixo a partir das pontuações iniciais do subfator com base em nossos ajustes pro forma, incluindo ajustes para eventos corporativos recentes ou esperados e outros itens extraordinários e não recorrentes reconhecidos nos últimos períodos reportados. Exemplos desses eventos são liquidação de dívidas ou emissões, reserva de caixa para desenvolvimento de projetos ou necessidades de financiamento, emissões de ações, vendas ou aquisições e ganhos e perdas realizados sobre venda de ativos. As pontuações ajustadas refletem nossa visão sobre os montantes de liquidez alternativa disponível para a companhia, bem como nossa estimativa de fundos gerados internamente e que estão disponíveis de maneira estável.

Tendência esperada. Podemos ajustar as pontuações do subfator para cima ou para baixo, para refletir tendências e trajetórias importantes desses índices, que acreditamos que não estão inteiramente capturadas na pontuação inicial.

Testes de estresse. Podemos ajustar as pontuações dos subfatores para cima ou para baixo para refletir nossa visão da resiliência da posição de liquidez da empresa com base em teste de estresse de liquidez. O caso de estresse é utilizado para analisar a liquidez de uma companhia e sua flexibilidade para lidar com eventos de mercado e sua capacidade para cumprir seus compromissos de captação e financiar originações de ativos sob estresse.

Nossos cenários de estresse para empresas financeiras são descritos no Anexo 5.

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Para BDCs, as pontuações dos subfatores Fluxo de Caixa e Liquidez podem ser ajustadas para baixo com base no tamanho da reserva de ACR e na probabilidade de uma violação de um covenant de ACR em uma linha de crédito, ou uma violação de ACR regulatório.

Vencimentos de curto e médio prazo. Podemos ajustar a pontuação do subfator da cobertura dos vencimentos de dívidas para cima ou para baixo com base no escalonamento dos vencimentos da dívida. Levaremos em consideração quaisquer vencimentos de dívida dentro do horizonte de 12 meses capturado pela métrica de cobertura dos vencimentos de dívida, mas também podemos considerar quaisquer vencimentos para além do próximo ano, inclusive no médio prazo (por exemplo, dentro de três a seis anos). Também consideramos o perfil de liquidez de uma empresa além de 12 meses para atribuir uma pontuação quando a taxa de cobertura de 12 meses não pode ser calculada porque o denominador é zero. Por exemplo, normalmente vemos uma obrigação de dívida com um pagamento de principal considerável programado em 24 meses como relevante para o perfil de liquidez de uma empresa, mesmo que essa empresa não tenha uma dívida com vencimento no próximo ano. Os vencimentos concentrados no médio prazo também podem ser relevantes, particularmente para uma empresa que acreditamos que esperará até o vencimento se tornar de curto prazo antes de providenciar o refinanciamento. Por exemplo, podemos pensar que a empresa postergará oportunamente o refinanciamento de um modo prejudicial para a liquidez quando o spread ou taxa de sua dívida existente for mais atraente do que a dívida disponível no mercado atual.

Outros ajustes. Podemos fazer ajustes adicionais para as pontuações dos subfatores Fluxo de Caixa e Liquidez das companhias. Podemos ajustar a cobertura dos vencimentos de dívida de uma empresa financeira para baixo nos casos em que os investimentos em títulos soberanos e de agências governamentais incluídos na métrica de cobertura dos vencimentos de dívida são de emissores com rating baixo ou há limitações de mercado ou estruturais sobre a liquidez desses títulos. Nesses casos, a pontuações ajustada pode refletir haircuts para esses títulos.

Podemos ajustar a cobertura do vencimento da dívida de uma empresa financeira para cima para refletir a disponibilidade nas suas linhas de crédito com garantia, desde que possua ativos livres suficientes para acessar essas linhas. Realizamos geralmente um haircut nos ativos livres disponíveis porque o montante pode mudar significativamente de um período para outro.

Podemos ajustar as pontuações da cobertura dos vencimentos da dívida e do FFO/Dívida de empresas de leasing para baixo quando um índice ajustado que inclui compromissos de compra como dívida é significativamente diferente, porque os consideramos como obrigações semelhantes à dívida. Esse ajuste é aplicável principalmente para arrendadoras de aviões, embora possamos fazer um ajuste similar para grandes compromissos de financiamento de outras empresas financeiras tradicionais.

Podemos ajustar o índice dívida com garantia sobre ativos brutos para baixo caso a qualidade de ativos subjacentes seja fraca, o que não seria atrativo como garantia para um potencial credor garantido. Podemos ajustar igualmente para baixo com base em nossa visão de qualquer fraqueza na profundidade e liquidez dos mercados de captação, ou na resiliência da demanda do investidor. Quando uma empresa financeira possui e opera uma quantia substancial de imóveis (por exemplo, possui edifícios de escritórios e os arrendam a inquilinos comerciais18), podemos ajustar a dívida com garantia sobre ativos brutos para cima depois de considerar um índice ajustado que exclui o efeito de depreciação imobiliária no capital e na base de ativos de uma empresa.

18 Emissores que estão principalmente envolvidos na propriedade e operação de imóveis comerciais para investimento de longo prazo, são classificados conforme a

nossa metodologia para REITs e outras empresas imobiliárias comerciais. Um link para um índice de nossas metodologias setoriais e intersetoriais pode ser encontrado na seção “Publicações Relacionadas da Moody’s”

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Também podemos ajustar para cima as pontuações de liquidez das empresas financeiras que compram ou originam ativos altamente líquidos com fluxos de caixa contratuais fortes e previsíveis.

Subcomponente da avaliação individual: Ambiente Operacional

Um componente fundamental de nossa análise é em que medida as condições externas podem ter uma influência significativa nos perfis de crédito das empresas financeiras. O subcomponente incorpora dois fatores: O Indicador de Nível Macro e o Risco da Indústria. A pontuação para Ambiente Operacional é combinada com a pontuação do Perfil Financeiro para determinar a pontuação do Perfil Financeiro Ajustado.

Por que é Relevante?

O subcomponente Ambiente Operacional captura as condições econômicas, jurídicas, regulatórias, institucionais e operacionais gerais relevantes que podem afetar a qualidade de crédito das empresas financeiras. Em alguns casos, essas condições podem, ao longo do tempo, ter o mesmo impacto, se não mais, sobre a viabilidade de longo prazo das empresas financeiras do que a força intrínseca de suas próprias operações.

Os indicadores de nível macro são Força Econômica, Força de Governança e das Instituições e Suscetibilidade a Risco de Evento.

» Força Econômica: A força intrínseca de uma economia fornece indicações críticas da resiliência de um soberano aos choques externos. A capacidade do soberano para gerar receita suficiente para honrar sua dívida no médio prazo depende de crescimento econômico sustentável e prosperidade, ou seja, riqueza. Tais considerações afetam diretamente a qualidade de crédito dos ativos das empresas financeiras e sua capacidade de permanecerem lucrativas ao longo do tempo.

» Força de Governança e das Instituições. A força de governança e das instituições são determinantes importantes da qualidade de crédito de um soberano, porque influenciam a previsibilidade e a estabilidade do ambiente legal e regulatório, o que é importante para os investidores. As instituições e a governança fornecem uma forte indicação da disposição de um governo em pagar sua dívida. Eles influenciam a capacidade e a vontade do soberano de formular e implementar políticas econômicas, fiscais e monetárias que suportem o crescimento, a estabilidade socioeconômica e a sustentabilidade fiscal, que por sua vez protegem os interesses dos credores a longo prazo. Tais considerações são importantes para as perspectivas de longo prazo das empresas financeiras e direitos dos credores.

» Suscetibilidade a Risco de Evento. A suscetibilidade a eventos extremos repentinos que podem afetar seriamente a economia de um país ou suas instituições, ou tensionar as finanças públicas é um importante indicador da qualidade de crédito de um soberano. Os riscos de eventos são variados e geralmente incluem riscos políticos e geopolíticos domésticos, risco de liquidez do governo, risco do setor bancário e risco de vulnerabilidade externa. Acreditamos que tais eventos podem ter implicações negativas significativas para instituições financeiras, incluindo as empresas financeiras.

O ambiente competitivo de uma empresa financeira pode ter um profundo impacto sobre sua estratégia financeira e operacional bem como sobre a rentabilidade atual e futura. De maneira semelhante, as características fundamentais do subsetor (ou subsetores) no qual a empresa financeira opera, incluindo o grau das barreiras de entrada e a supervisão regulatória, e a difusão da mudança secular, podem apresentar riscos e oportunidades significativos que são considerações importantes na avaliação de seu perfil de crédito.

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Como Avaliamos Isso para o Scorecard

A Figura 4 resume como avaliamos o impacto de crédito do ambiente operacional de uma empresa financeira.

FIGURA 4

Pontuação do Ambiente Operacional

Fonte: Moody’s Investors Service

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Fator 5: Indicador de Nível Macro

A pontuação do Indicador de Nível Macro é baseada em três fatores de nossa metodologia de rating soberanos19 e atribuída com base no(s) país/países no(s) qual(is) uma empresa financeira opera.

Força Econômica: Nossa pontuação de fator publicada para Força Econômica de um país constitui 25% da pontuação do Indicador de Nível Macro.

Força de Governança e das Instituições: Nossa pontuação de fator publicada para Força de Governança e das Instituições de um país constitui 50% da pontuação do Indicador de Nível Macro.

Suscetibilidade a Risco de Evento: Nossa pontuação de fator publicada para Suscetibilidade a Risco de Evento de um país constitui 25% da pontuação do Indicador de Nível Macro.

Fator 6: Risco da Indústria

Ao avaliarmos o Risco da Indústria, consideramos a posição competitiva, exposição a forças econômicas cíclicas e o histórico de oferta de produtos de uma ou mais linhas de negócios de uma empresa financeira.

Dentro dos quatro subsetores das empresas financeiras que identificamos (crédito, leasing, BDCs, prestadoras de serviços e outros), diferenciamos também o Risco da Indústria entre várias linhas de negócios, que acreditamos terem grupos de riscos únicos. Por exemplo, entre as financeiras de crédito, categorizamos as empresas de financiamento imobiliário, de automóveis e arrendadoras de aviões como linhas de negócios distintas. Em alguns casos, definimos uma linha de negócios de maneira ainda mais restrita devido ao nicho específico que uma indústria ocupa em uma oferta de produto mais ampla ou devido a um conjunto específico de riscos que ela enfrenta. Por exemplo, consideramos o leasing de automóveis como uma linha de negócios distinta do financiamento de automóveis, porque as arrendadoras de veículos têm exposição ao risco de valor residual. De maneira semelhante, as empresas de financiamento imobiliário com foco no segmento subprime são diferentes de um grupo mais amplo de empresas de financiamento imobiliário; portanto, as consideramos como linhas de negócios distintas. Nossa visão de uma linha de negócios única (Ex: leasing de automóveis) pode ser diferente em alguns países devido, por exemplo, a um cenário competitivo ou regulatório distinto.

A pontuação de Risco da Indústria de uma linha de negócios dentro de um país ou região é consistente entre as empresas financeiras. A pontuação de uma empresa financeira em particular é baseada em seu mix de linhas de negócios e os países ou regiões nos quais opera.

Os fatores de risco principais que consideramos quando avaliamos o Risco da Indústriada Indústria incluem posição competitiva, estabilidade do setor e risco de produto. Nossa avaliação do Risco da Indústria para uma linha de negócios é qualitativa, mas podemos consultar referências quantitativas do setor.

» A posição competitiva refere-se à participação de mercado doméstica da empresa financeira (Ex: vis-a-vis bancos e provedores de capital alternativos nos setores de financiamento ao consumidor e imobiliário) e em que medida o setor está internamente concentrado ou, inversamente, fragmentado. Essencialmente, avaliamos a natureza das barreiras de entrada em uma linha de negócios, o poder de precificação do setor, a existência de produtos similares e soluções oferecidas por outros setores. Caso o contexto não se altere, uma linha de negócios na qual as empresas financeiras têm uma participação de mercado pequena ou há um alto nível de fragmentação tem geralmente uma pontuação de Risco da Indústria menor que uma com forte poder de precificação.

19 Um link para as nossas metodologias de rating setoriais e intersetoriais pode ser encontrado na seção “Publicações Relacionadas da Moody’s”.

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» A estabilidade da indústria refere-se à exposição da linha de negócios aos ciclos econômicos, mudanças repentinas da regulação ou cenário competitivo (Ex: devido a mudanças tecnológicas), ou risco de evento elevado. A exposição excessiva ao ciclo econômico poderia resultar em um aumento repentino dos empréstimos em atraso em momentos de desaceleração da economia. Consequentemente, apesar de esperarmos que a maioria das linhas de negócios esteja geralmente correlacionada com o ciclo econômico mais amplo, subsetores ou linhas de negócios com níveis históricos de volatilidade elevada da qualidade de ativos têm geralmente pontuação menor para o Risco da Indústria que aquelas com exposição moderada, se o contexto não se alterar. De modo semelhante, uma taxa elevada de crescimento das empresas financeiras em geral ou para um determinado subsetor ou linhas de negócios pode indicar uma expansão insustentável do crédito e vulnerabilidade a reversões repentinas. Por outro lado, as linhas de negócios com históricos de longo prazo de desempenho estável ou aquelas isoladas de ciclos econômicos domésticos (por exemplo, com presença global) têm geralmente pontuações de Risco da Indústria mais altas, se o contexto não se alterar. As linhas de negócios expostas a disrupção tecnológica e mudança do tratamento regulatório (mesmo se o tratamento atual for favorável) têm geralmente uma pontuação menor. Embora as empresas financeiras sejam menos supervisionadas por órgãos reguladores do que os bancos, elas são sujeitas, frequentemente, a regras de financiamento justo e de proteção ao consumidor, e podem ficar vulneráveis quando as regulações mudam ou novas regulações são introduzidas. Desenvolvimentos tecnológicos podem mudar a forma como os produtos são entregues, reduzir barreiras de entrada e criar vencedores e perdedores, desestabilizando a indústria.

» O risco de produto refere-se ao histórico da oferta de produtos na linha de negócio. Se o contexto não mudar, as linhas de negócios com baixo risco de obsolescência e um forte histórico de desempenho do produto têm normalmente pontuações de Risco da Indústria maiores, enquanto as linhas de negócios dominadas por novos produtos com pouco ou nenhum histórico ou produtos baseados em tecnologia não comprovada ou com exposição a segmentos demográficos da população de alto risco possuem geralmente pontuações de Risco da Indústria mais baixas.

Avaliamos o Risco da Indústria de forma holística com base em nossa visão geral dos principais aspectos de uma linha de negócios em um dado país ou região. Para que uma linha de negócios de uma empresa financeira atinja uma pontuação específica, os fatores de risco em todas as considerações acima teriam de corresponder normalmente a essa pontuação ou pertencer a uma categoria superior. De um modo geral, uma linha de negócios com um fator de risco que constitui uma fraqueza notável teria uma pontuação fraca, mesmo quando outros fatores de risco exibem força relativa. Por exemplo, uma linha de negócios estável com barreiras de entrada elevadas, mas uma oferta de produtos de alto risco, teria normalmente uma baixa pontuação no Risco da Indústria, assim como uma linha de negócios com risco regulatório elevado.

Nos casos de empresas que operam uma série de linhas de negócios ou em vários países e regiões, utilizamos normalmente uma pontuação média ponderada de Risco da Indústria, na qual os pesos correspondem à proporção de cada linha de negócios em cada país ou região. Para empresas financeiras altamente diversificadas, avaliamos o Risco da Indústria da empresa como um todo e com base nas pontuações individuais do Risco da Indústria para os principais subfatores e linhas de negócios da companhia.

Geralmente, as empresas financeiras possuem uma única linha de negócio (monoline, em inglês), com diversificação operacional limitada, o que impacta a pontuação do Risco da Indústria. A concentração expõe o setor a níveis mais altos de volatilidade intrínseca do ciclo de crédito, e limitamos as pontuações do Risco da Indústria ao nível Aa. Nossa avaliação do Risco da Indústria pode ser baseada também em nossa avaliação das condições de crédito, condições de captação e estrutura do setor bancário de um país ou região. Em geral, atribuímos pontuações do Risco da Indústria para uma linha de negócios de uma empresa financeira em um determinado país que estão bem abaixo das pontuações comparáveis da nossa

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metodologia para atribuir ratings a bancos, porque as empresas financeiras têm perfis de captação menos diversificados, carteiras mais concentradas e um escopo de operações menor.

Em alguns casos, nossa avaliação inclui considerações adicionais, incluindo as relacionadas a regulações especiais ou políticas governamentais. Por exemplo, em alguns países, certas empresas financeiras possuem uma função específica, atuando como empresas de gestão de ativos em dificuldades financeiras. Em outros países, as empresas financeiras podem ter um papel quase político, destinado a estimular a atividade em um determinado setor. Nesses casos, avaliamos a força geral da (s) linha (s) de negócio (s) da empresa financeira, considerando os benefícios e riscos dessas situações especiais.

FIGURA 5

Fator do Risco da Indústria

Aa A Baa Ba B Caa Ca

As empresas financeiras possuem poder de precificação

monopolista; oligopolista.

Setor

excepcionalmente estável sem

praticamente nenhuma

probabilidade de disrupção

tecnológica ou mudança regulatória adversa; isolado do

ciclo econômico doméstico;

volatilidade histórica excepcionalmente baixa; sem risco de

evento.

Risco excepcionalmente

baixo de obsolescência do produto, com um

histórico de desempenho

excelente. Produto destinado a segmentos

populacionais amplos.

Indústria concentrada liderada

por empresas financeiras; poucos ou nenhum novo

participante; poder de precificação

oligopolista; concorrência baixa a

inexistente de bancos e provedores de

capital alternativo.

Setor altamente estável com

probabilidade remota de disrupção

tecnológica ou mudança regulatória adversa; isolado do

ciclo econômico doméstico;

volatilidade histórica extremamente baixa;

risco de evento muito baixo.

Risco muito estável e extremamente baixo de obsolescência do

produto, com um histórico de desempenho

excepcional. Produto destinado a segmentos

populacionais amplos.

Setor com concentração moderada e

empresas financeiras que possuem uma

participação de mercado alta, com

muitos poucos participantes novos; ameaça competitiva limitada de bancos e provedores de capital

alternativos.

Indústria estável; pequena exposição a

disrupção tecnológica ou

mudança regulatória adversa; volatilidade histórica baixa; risco

baixo de evento.

Baixo risco de obsolescência de

produto, com histórico de

desempenho estável por mais de 10 anos. Produto destinado a

segmentos populacionais

amplos.

Empresas financeiras têm uma

participação de mercado doméstica

moderada nesta linha de negócio; barreiras de entrada limitadas; poder de precificação

limitado.

Níveis limitados de exposição a disrupção

tecnológica ou mudança regulatória

adversa; o setor segue o ciclo econômico

doméstico, com níveis moderados de

volatilidade em relação a outros

setores; risco moderado de evento.

Oferta de produto de

nicho, mas estável, com risco

relativamente baixo de obsolescência,

com histórico de pelo menos 10 anos. Parte

do setor pode ser exposto a segmentos

de risco maior.

Empresas financeiras têm uma

participação limitada no mercado

doméstico em sua linha de negócio;

níveis moderados de fragmentação;

padrões de precificação

competitivos.

Exposição moderada a disrupção

tecnológica ou mudanças

regulatórias adversas; setor

moderadamente mais volátil que o ciclo econômico, com níveis mais

elevados de volatilidade que

setores pares; risco de evento moderado.

Histórico limitado

sobre o desempenho do produto. Segmentos

populacionais moderadamente

arriscados.

As empresas financeiras têm baixa

participação de mercado agregada; setor fragmentado

com várias participantes novos e

estabelecidos ou dominado por

bancos; padrões de precificação altamente

competitivos.

O setor está altamente

correlacionado com forças econômicas cíclicas, mas com

volatilidade histórica mais elevada; exposição a disrupção

tecnológica; taxas de crescimento

extremamente elevadas para o setor ou dependência de

um regulação chave; risco de evento alto.

Novo produto sem

histórico, dependência de tecnologia não

testada ou exposição a segmentos

populacionais de alto risco.

As empresas financeiras têm participação de

mercado agregada extremamente baixa;

setor altamente fragmentado com

muitos participantes novos ou forte dominância de

bancos e padrões de precificação altamente

competitivos.

Histórico de volatilidade

extremamente alto com exemplos

passados de crises financeiras;

exposição atual a disrupção

tecnológica ou mudança regulatória

adversa; risco de evento muito alto.

Produto com

histórico anterior de perdas e volatilidade

elevada; ou destinado a setores

populacionais de alto risco.

Fonte: Moody’s Investors Service

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Operações significativas em mais de uma linha de negócio ou país

Nos casos em que a empresa financeira tem operações consideráveis em mais de uma linha de negócio ou país, atribuímos uma pontuação representativa da pontuação composta do Ambiente Operacional para esse emissor. São fornecidos mais detalhes no Anexo 1.

Subcomponente da Avaliação Individual: Perfil do Negócio e Política Financeira

Neste subcomponente, avaliamos como o perfil do negócio e a política financeira de uma determinada empresa financeira afetam seu perfil de crédito. Identificamos quatro fatores qualitativos que suplementam aqueles considerados nos subcomponentes Perfil Financeiro e Ambiente Operacional e que contribuem significativamente para a qualidade de crédito de uma empresa financeira.

Os quatro fatores são:

» Diversificação de Negócios, Concentração e Posicionamento da Franquia: a amplitude das atividades de negócios de uma empresa financeira, seja ela dependente de um único negócio ou distribuída por várias atividades ou regiões, expondo-a ou protegendo-a do risco de concentração proveniente de uma única atividade ou região.

» Opacidade e Complexidade: até que ponto a complexidade inerente de uma empresa financeira pode aumentar os desafios de gerenciamento e o risco de erros estratégicos, e o grau em que os demonstrativos financeiros são um guia confiável para seus fundamentos.

» Comportamento Corporativo/Gestão de Risco: até que ponto a estratégia, gestão e políticas corporativas de uma empresa financeira podem reduzir ou aumentar o perfil de risco como um todo.

» Gestão da Liquidez: o nível de prontidão de uma empresa financeira para lidar com eventos de estresse ou circunstâncias inesperadas que podem resultar em saídas de caixa significativas ou repentinas ou outros fatores que possam prejudicar os recursos financeiros de uma empresa financeira, incluindo um cronograma de vencimentos de dívida oneroso e desigual, riscos de refinanciamento ou excesso de confiança em fontes de capitação incertas e de curto prazo.

Incorporamos esses fatores no scorecard como um ou mais ajustes de notching direto ao Perfil Financeiro Ajustado. Para mais detalhamento, os ajustes de notching referem-se às considerações de crédito cujos efeitos não são totalmente refletidos na pontuação Perfil Financeiro Ajustado (isto é, eles não são contabilizados duas vezes). Os ajustes de notching pode ser para cima ou para baixo, como descrito a seguir. Todos os ajustes são notches inteiros. Os quatro fatores do Perfil do Negócio e Política Financeira e o notching relacionado são descritos abaixo.

Fator 7: Diversificação de Negócios, Concentração e Posicionamento da Franquia

Diversificação de Negócio reflete a amplitude das atividades de negócios de uma empresa financeira, seja ela dependente de um único negócio ou distribuída por várias atividades ou regiões, expondo-a ou protegendo-a do risco de concentração proveniente de uma única atividade ou região. Em geral, uma concentração alta em uma única região com uma economia relativamente sem diversificação aumenta o perfil de risco de crédito de uma instituição. Por outro lado, uma boa diversificação entre regiões que desfrutam de economias altamente diversificadas reduz a vulnerabilidade de uma empresa aos ciclos econômicos regionais, contribuindo para uma maior consistência nos lucros. A dependência elevada de uma linha de negócios pode tornar uma instituição altamente vulnerável a possíveis mudanças na dinâmica do

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INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

mercado, que podem ser repentinas e imprevisíveis, sem fluxo de ganhos compensatórios para proteger a solvência econômica da instituição. A falta de diversificação de linhas de negócios é, frequentemente, uma fraqueza de crédito para as empresas financeiras.

Definimos uma empresa como monoline se ela obtiver mais de 80% de seu lucro líquido de uma única linha de negócios. Portanto, dado que a maioria das empresas financeiras é monoline, quando há um ajuste de notching devido à diversificação de negócios relevantes que reduz a exposição a ciclos econômicos e de produto, esse ajuste é normalmente para cima.

A Concentração, quando representa um risco material, normalmente leva a um ajuste de notching para baixo. Uma característica de muitas empresas financeiras está concentrada nas relações-chave com os clientes (incluindo as entidades para as quais a empresa financeira fornece financiamento ao cliente ou outros serviços financeiros) ou fornecedores (ou seja, empresas que originam ou geram oportunidades de financiamento). Às vezes, isso inclui um elemento de propriedade, como no caso de empresas financeiras cativas. Empresas financeiras com exposições concentradas de clientes podem enfrentar grandes perdas caso esses clientes não possam ou não desejem pagar seus empréstimos, arrendamentos ou valores a receber. A perda de um cliente importante pode resultar em perda significativa de lucros e receitas. A perda de um fornecedor importante pode impor desafios operacionais significativos. Os riscos de crédito associados às concentrações de relacionamento são obviamente menores quando o cliente ou fornecedor tem um perfil financeiro forte e maior quando o perfil de crédito é ruim ou quando a informação é limitada. No entanto, a solidez financeira do cliente não elimina o risco de outros potenciais rompimentos relacionados a concentrações de relacionamento, como mudanças na direção estratégica do cliente ou fornecedor, ou incursões de concorrentes que ameaçam prejudicar o relacionamento. Para BDCs, consideramos normalmente os 10 maiores investimentos de uma BDC em relação a seu colchão de capital e podemos atribuir um notching para baixo quando o índice é alto.

O Posicionamento de Franquia é a robustez e resiliência da posição de mercado de uma empresa financeira com base na força de suas vantagens competitivas. Uma franquia sólida e defensável é um elemento fundamental para a capacidade de uma instituição de gerar e sustentar lucros básicos. Quando analisamos a força da franquia de uma empresa financeira, consideramos o mercado da empresa como um todo e sua posição no mercado. Entidades que atingiram um posicionamento de franquia superior e têm uma participação de liderança no mercado, que é suportada por proposições de valor muito estabelecidas ou únicas, podem receber um ajuste de notching para cima. Por outro lado, start-ups, novos participantes ou empresas financeiras com participação de mercado muito marginal em relação a seus pares podem receber um ajuste de notching para baixo.

Fator 8: Opacidade e Complexidade

O risco de uma empresa financeira aumenta com a sua opacidade e complexidade, se os outros fatores permanecerem iguais. Isso ocorre porque a opacidade e a complexidade aumentam os desafios de gestão, o risco de erros estratégicos e de negócios e o risco operacional. Além disso, organizações complexas tendem a ser mais opacas, porque as divulgações públicas necessariamente fornecem uma visão simplificada de suas operações. Por outro lado, uma empresa financeira relativamente simples pode geralmente obter mais transparência com divulgação menos volumosa.

Consideramos que as empresas financeiras com opacidade ou complexidade acima da média podem apresentar as seguintes características:

» Inúmeras linhas de negócios em muitas regiões e entidades jurídicas. Isso traz benefícios de diversificação, como discutido acima, mas também complexidade organizacional.

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INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

» Estrutura jurídica complexa. Uma empresa financeira pode ter uma estrutura jurídica ou de propriedade complexa (por exemplo, participações minoritárias múltiplas, holdings offshore ou estruturas piramidais).

» Contabilidade e controles não confiáveis. Alguns padrões contábeis transmitem maior confiança do que outros. Normalmente, acreditamos que os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos (GAAP, em inglês) dos EUA e os Padrões Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS, em inglês) oferecem altos padrões. No entanto, alguns padrões contábeis GAAP locais são menos exigentes e, portanto, levantam dúvidas sobre a integridade e precisão das demonstrações financeiras e divulgações relacionadas. Além dos próprios padrões contábeis, a maturidade dos padrões e práticas de auditorias, e questões idiossincráticas sobre a qualidade dos relatórios financeiros e controles internos de uma empresa financeira, podem também levantar dúvidas.

Podemos realizar um ajuste de notching para baixo normalmente de um notch para a Opacidade e Complexidade de uma empresa financeira que apresenta qualquer uma dessas características, mas o ajuste pode ser maior nos casos de opacidade e complexidade extremas.

Fator 9: Comportamento Corporativo/Gestão de Risco A qualidade de crédito de uma empresa financeira pode ser influenciada por seu comportamento corporativo e gestão de risco. Quando combinada com processos e sistemas eficazes, uma cultura de gerenciamento de riscos profundamente incorporada reduz o perfil de risco geral de uma empresa financeira. Quanto mais a gestão de risco for integrada às operações gerais da empresa, maior será a probabilidade de que as unidades operacionais tornem a disciplina parte integral de como sua empresa é gerenciada.

A gestão de riscos visa reduzir ou restringir os riscos enfrentados por uma empresa - sejam eles usuais (políticas de subscrição, atividades do dia a dia), cíclicos ou provocados por eventos - ou aproveitá-los quando benéficos. Em conjunto, esses riscos afetam a rentabilidade principal e a previsibilidade de ganhos e podem, até mesmo, em um cenário extremo, prejudicar seriamente a posição de crédito de uma empresa se não forem administrados adequadamente.

Consideramos normalmente uma série de fatores como mostrado a seguir:

» Proeminência da função de gestão de risco em uma organização. Para a gestão de risco, as considerações fundamentais incluem a proeminência, independência e autoridade da função de gestão de risco em uma organização. Normalmente olhamos para evidências de verificações efetivas e equilíbrios entre executivos seniores e diretoria e entre a administração e as unidades empresariais. A gestão do risco de qualidade caracteriza-se também pelo uso regular de testes de estresse e, principalmente, a independência total da função de risco e da própria função de risco. Além disso, o envolvimento da diretoria na gestão do risco é importante, geralmente por meio de um comitê técnico de diretores (provavelmente um comitê de auditoria ou gerenciamento de riscos) que é dedicado à supervisão da gestão do risco e que é totalmente independente e composto de diretores com habilidades relevantes. A gestão de risco efetiva é suportada por sistemas de informação, ferramentas de mensuração e práticas que seja consistente com o tamanho, estrutura, apetite por risco e perfil da companhia.

» Políticas financeiras. Uma política de dividendos agressiva pode implicar a redução da flexibilidade financeira. As equipes administrativas costumam ser lentas para reduzir os níveis estabelecidos de dividendos devido à preocupação com a sinalização negativa e um impacto adverso no preço das ações. Da mesma forma, aquisições financiadas por dívida e empréstimos para financiar recompras de ações também são sinais de políticas financeiras agressivas. Esses

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atributos podem levar a um notching para baixo. Por outro lado, podemos reconhecer um histórico forte e consistente das políticas financeiras favoráveis aos credores (evidenciadas por um foco bem-sucedido no crescimento orgânico, acumulação de capital e retenção, e empréstimos limitados) com um ajuste de notching para cima.

» Estratégia e gestão. Uma mudança radical na estratégia, uma reorganização na administração ou uma equipe não testada podem, individualmente, anunciar mudanças repentinas que aumentam a incerteza sobre o perfil de risco de uma empresa financeira. Um plano de crescimento agressivo pode também sinalizar um apetite de risco elevado, enquanto um claro enfraquecimento da gestão de risco pode elevar a exposição da empresa financeira a desdobramentos adversos. Quaisquer preocupações em relação ao rigor da diretoria ou da supervisão e governança da administração podem também ser consideradas no notching que aplicamos. Em outros casos, podemos aplicar um notch para cima a equipes administrativas experientes que apresentam estratégias consistentes e deliberadas que resultam em desempenho muito estável no longo prazo.

» Risco operacional. O aumento da dependência tecnológica amplia o risco operacional e a suscetibilidade ao crime cibernético, bem como problemas de sistemas ou interrupções que podem causar uma perda de clientes e valor de franquia ou um aumento nos custos. Embora a probabilidade e os custos financeiros e de reputação provenientes de qualquer problema significativo relacionado à tecnologia não possam ser facilmente quantificados, podemos fazer um ou mais ajustes de notching para baixo para refletir esse risco, particularmente nos casos em que uma empresa financeira tem um histórico mais fraco nessa área em comparação com seus pares ou demonstra outras fraquezas potenciais em seu investimento em infraestrutura, supervisão e processos relevantes.

» Pessoas-chave e riscos relacionados a terceiros. A alta dependência de uma empresa financeira em um único proprietário, executivo ou pequeno grupo de executivos pode representar riscos crescentes, porque a perda de uma única pessoa pode afetar negativamente seus fundamentos futuros. Por exemplo, uma empresa financeira cujos clientes associam estreitamente o proprietário ou diretor executivo à própria instituição poderia sofrer uma perda de negócios e lucros e, em última análise, registrar uma redução da capacidade de servir a dívida se o proprietário ou diretor executivo saísse ou ficasse indisponível, sem um planejamento de sucessão adequado. A propriedade ou dependência de um único indivíduo ou grupo de indivíduos pode também criar conflitos de interesses (por exemplo, empréstimos de partes relacionadas) e prejudicar a reputação devido à associação a essas pessoas, caso se envolvam em publicidade negativa proveniente de outras atividades não relacionadas.

» Política de compensação. Do mesmo modo, uma política de compensação agressiva, por exemplo, o uso generalizado de pagamentos de bônus elevados em relação aos salários e distorcidos em relação ao caixa, pode encorajar o comportamento de tomada de risco de curto prazo, em detrimento dos credores.

» Políticas contábeis. Algumas empresas financeiras, embora sujeitas a padrões contábeis mais exigentes (por exemplo, US GAAP ou IFRS), podem optar por adotar políticas contábeis agressivas. Isso pode ser, às vezes, um forte indício de problemas mais amplos com a cultura corporativa e o compliance que podem ser prejudiciais aos interesses dos credores.

» Exposições jurídicas. A exposição significativa a litígios em curso, pendentes ou potenciais, ou reivindicações não declaradas conhecidas, também representa riscos crescentes.

Podemos fazer um ajuste de notching para cima ou para baixo para refletir nossa visão do impacto do comportamento corporativo ou da gestão de risco, se considerarmos que qualquer um desses fatores tem

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uma influência relevante no perfil geral de risco de uma empresa financeira. Por exemplo, podemos rebaixar o notch se virmos uma política agressiva de dividendos combinada com um rápido crescimento de uma nova linha de negócios; e podemos aumentar o notch se percebemos uma gestão exemplar sustentada ao longo do tempo, e onde há um impacto tangível no perfil de risco de uma empresa financeira. Normalmente, o notching para baixo é de um notch, mas pode ser maior se percebermos problemas múltiplos ou mais profundos e sérios. O notching para cima é limitado geralmente a um notch.

Fator 10: Gestão da Liquidez Frequentemente, analisamos a gestão de liquidez das empresas financeiras e a incorporamos em nossa avaliação prospectiva, quando apropriado. Buscamos geralmente entender o nível de prontidão de uma empresa financeira para lidar com eventos de estresse ou circunstâncias inesperadas que possam resultar em saídas de caixa significativas e repentinas ou outros fatores que possam prejudicar seus recursos financeiros (tais como, por exemplo, um cronograma de vencimentos de dívida oneroso e desigual, riscos de refinanciamento, execução de garantias, ou dependência excessiva de fontes de capitação incertas e de curto prazo). Quando a gestão de liquidez é fraca, podemos fazer um ajuste de notching para baixo, tipicamente de um a dois notches, mas, ocasionalmente, em casos mais extremos, o ajuste pode ser maior.

Nossa avaliação qualitativa pode ser baseada na realização de um cenário de estresse plurianual que incorpora fontes e usos em um ambiente com restrição de crédito, semelhante ao cenário de estresse descrito no Anexo 5. Para esclarecimento, os cenários de estresse não são duplamente contabilizados. Em vez disso, a execução do cenário ao longo de vários anos fornece percepções sobre o impacto das decisões de gestão de liquidez da administração e políticas relacionadas. Um exemplo importante é o perfil de vencimento da dívida. Normalmente, vemos que uma empresa financeira com vencimentos muito concentrados ao longo de um período de dois a três anos se expôs a um alto nível de risco que pode justificar um notching negativo, mesmo que tenha uma cobertura de vencimentos de dívida forte. Na avaliação de um cenário de estresse de múltiplos anos, consideraríamos o histórico da administração. Por exemplo, um histórico sólido de refinanciamento antecipado de dívidas prestes a vencer e de extensão de linhas de crédito bem antes de seu vencimento pode mitigar um perfil de vencimento concentrado em alguns casos. Acordos de refinanciamento de última hora para servir dívidas prestes a vencer ou menos linhas de crédito de reserva que o esperado em relação a necessidades de financiamento ou relativas a pares podem levar a ajustes negativos, uma vez que acreditamos que isso sinaliza má gestão de liquidez, o que aumenta os riscos para os credores.

Discussão do Componente de Provisão de Suporte

Suporte de Afiliada e de Governo

Quando for relevante, aplicamos nossa JDA para incorporar qualquer suporte de afiliada e, em seguida, qualquer suporte do governo. Para mais detalhes, consulte a seção “Aplicação de Suporte de Afiliada e Governo” no Anexo 1, bem como os Anexos 2 e 3.

Embora, na maioria dos casos, o suporte seja progressivamente positivo, há casos em que a afiliação de grupo pode restringir o rating de uma empresa financeira em relação à sua avaliação individual. Por exemplo, se a empresa financeira é afiliada de entidades fracas e altamente alavancadas, essa relação de afiliação pode enfraquecer a empresa financeira, uma vez que os recursos podem sair das entidades mais fortes para as mais fracas dentro do grupo corporativo.

Os ratings que atribuímos a empresas financeiras não refletem normalmente uma expectativa de suporte de governo. Com base em nossas observações, acreditamos que o suporte do governo não será amplamente

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oferecido nem suficientemente confiável, nem previsível para ser rotineiramente incorporado nesses ratings. As empresas financeiras têm sido frequentemente autorizadas a quebrar sem a intervenção de governos locais ou nacionais. Em casos limitados em que esse suporte é recebido, levamos em consideração suas implicações de crédito caso a caso. Se acreditarmos que o suporte do governo é significativo e de longo prazo por natureza, aplicamos a JDA como descrito nos Anexos 1, 2 e 3.

Algumas empresas financeiras que têm controle governamental podem ser designadas como emissores relacionados ao governo. Consulte nossa metodologia de rating para emissores relacionados ao governo, que descreve como incorporamos o suporte nesses casos.20

O Impacto do Suporte do Governo ou de Outros Suportes Governamentais no Rating

As empresas financeiras têm normalmente relações com o risco de crédito soberano, por meio de exposições ao cenário econômico e instituições, bem como exposição ao sistema bancário doméstico e ao mercado de capitais. Consulte nossa metodologia intersetorial que discute como a qualidade de crédito soberano pode afetar outros emissores.21

20 Um link para as nossas metodologias de rating de crédito setoriais e intersetoriais pode ser encontrado na seção “Publicações Relacionadas da Moody’s”. 21 Um link para as nossas metodologias de rating de crédito setoriais e intersetoriais pode ser encontrado na seção “Publicações Relacionadas da Moody’s”.

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Outras Considerações de Rating

Ratings podem incluir fatores adicionais que não estão no scorecard, porque geralmente têm um efeito significativo na diferenciação da qualidade de crédito em apenas alguns casos, mas não todos. Esses fatores incluem controles financeiros e a qualidade dos relatórios financeiros; avaliações da governança corporativa, bem como considerações ambientais e sociais; exposição a regimes de licenciamento incertos; e possível interferência do governo em alguns países. Riscos regulatórios, de litígio, liquidez e tecnologia e de reputação, bem como mudanças nos padrões de gastos de consumidores e empresas, estratégias de concorrentes e tendências macroeconômicas também afetam os ratings.

A seguir, alguns exemplos de considerações adicionais que podem ser refletidas nos nossos ratings e que podem torná-los diferentes dos resultados indicados pelo scorecard.

Risco de Evento

Reconhecemos também a possibilidade da ocorrência de um evento inesperado que poderia causar uma queda brusca e acentuada na qualidade de crédito fundamental de um emissor, o que poderia fazer com que os ratings atribuídos sejam inferiores ao resultado indicado pelo scorecard. Riscos de evento – que são variados e podem ser desde recapitalizações alavancadas até mudanças regulatórias repentinas ou passivos – podem surpreender até uma empresa estável e bem capitalizada. Alguns outros tipos de risco de evento incluem fusões e aquisições, vendas de ativos, cisões, litígio, eventos significativos de crimes cibernéticos e distribuições para acionistas.

Instituições Financeiras com Histórico Financeiro Limitado

A maior parte das empresas financeiras com rating atribuído tem muitos anos de histórico financeiro e longos históricos operacionais que geralmente atuam como base para nossas análises de crédito prospectivas. As empresas financeiras com histórico financeiro limitado podem sofrer evolução rápida inicialmente, antes de desenvolver características operacionais prontamente distinguíveis e estáveis. As instituições financeiras são altamente sensíveis à confiança. Um histórico comprovado pode ser fundamental na construção da confiança do cliente e do mercado, o que cria valor de franquia e dá suporte ao desempenho da instituição durante um ciclo de baixa.

O valor de franquia das start-ups de financiamento é geralmente fraco e a maioria tende a não ter profundidade de produto, participação de mercado, experiência operacional como uma instituição (e não como um grupo de indivíduos) e um histórico de resiliência através de um ciclo de crédito completo. Esses sistemas, políticas e procedimentos tendem a ser menos robustos que os de empresas financeiras estabelecidas.

Para start-ups que não têm histórico financeiro de pelo menos vários anos e em casos de transformação significativa nos negócios de uma empresa financeira, tal que seu histórico financeiro não fornece uma boa indicação de resultados futuros (coletivamente, empresas financeiras com histórico financeiro limitado), o histórico financeiro existente fornece menos informações sobre o perfil de crédito futuro. Nesses casos, nossas projeções base podem refletir expectativas mais conservadoras do que as projeções da administração. Além disso, é provável que façamos ajustes para baixo em vários fatores em nosso scorecard, a fim de refletir a incerteza considerável em torno de nossas expectativas básicas sobre as operações futuras e o perfil financeiro. Dado que esses riscos e incertezas não são totalmente capturados no scorecard, eles podem ser refletidos em uma avaliação individual atribuída que é menor do que o resultado indicado pelo scorecard.

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As empresas financeiras com histórico financeiro limitado podem ser beneficiadas por suporte externo. Quando esse suporte é significativo, o incorporamos em nossos ratings. Ao avaliarmos o nível do suporte esperado, avaliamos geralmente se o status da companhia como start-up poderá afetar o desejo do provedor de suporte de fornecê-lo, caso necessário. Para uma subsidiária start-up com alto grau de divulgação de uma controladora com um perfil de crédito sólido, podemos esperar um nível elevado de suporte. Por outro lado, algumas empresas controladoras e afiliadas, poderiam estar menos dispostas a fornecer apoio se os riscos financeiros e de reputação associados ao fracasso de um negócio em estágio inicial forem menores que para subsidiárias com longo histórico e negócios muito estabelecidos em seus mercados domésticos. Esperamos geralmente que o suporte governamental para start-ups - participantes geralmente pequenos nos primeiros anos das operações que não são sistematicamente importantes-, seja baixo. As exceções podem incluir start-ups públicas e start-ups de financiamento com importância estratégica de longo prazo para iniciativas políticas governamentais.

Considerações Ambientais

Para empresas financeiras, os riscos ambientais são indiretos e relacionados principalmente ao impacto de regulações ambientais e desastres naturais sobre seus clientes. O risco principal é de perda de crédito, mas em casos relativamente raros, uma financeira pode enfrentar passivos relacionados, por exemplo, a execução de garantias, ou risco de reputação (publicamente negativo) para empréstimos a setores ou tomadores de empréstimos percebidos como causadores de danos ambientais. Algumas linhas de negócios de empresas financeiras podem estar em risco devido a exposições concentradas de empréstimos ou arrendamentos a setores ou projetos individuais, por exemplo, petróleo e gás, leasing de aeronaves, automóveis ou grandes projetos imobiliários comerciais em áreas propensas a desastres. As empresas financeiras, cujas linhas de negócios possuem geralmente vencimentos mais curtos, estão menos expostas que aquelas que fornecem empréstimos de longo prazo, leasing ou outros investimentos.

Questões Sociais

Para os emissores deste setor, consideramos também questões sociais que podem afetar materialmente a probabilidade de inadimplência e gravidade da perda, por exemplo, por meio de impactos adversos na reputação do negócio, força da marca e relação com funcionários.

Governança Corporativa

O conhecimento financeiro do comitê de auditoria, os incentivos criados por pacotes de remuneração de executivos, operações com partes relacionadas, interações com auditores externos e estrutura acionária estão entre as áreas que podemos considerar em nossa avaliação sobre como a governança corporativa afeta o perfil de crédito do emissor.

Discussão do Componente ao Nível de Emissor e Nível de Instrumento

Depois de considerar o resultado indicado pelo scorecard, provisões de suporte, outras considerações de rating e metodologias intersetoriais relevantes, atribuímos normalmente um rating corporativo (CFR, em inglês) a emissores com grau especulativo ou um rating sênior sem garantia para emissores com grau de investimento. Para emissores relacionados ao governo, podemos atribuir uma Avaliação de Perfil de Risco de Crédito Individual (BCA, em inglês).22

22 Para uma explicação sobre a BCA, consulte Símbolos e Definições de Rating e nossa metodologia intersetorial para emissores relacionados ao governo. Os links para

um índice de nossas metodologias setoriais e intersetoriais e Símbolos e Definições de Rating podem ser encontrados na seção "Publicações Relacionadas da Moody's".

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Os ratings de instrumentos de dívida individuais podem ser ajustados para cima ou para baixo a partir do CFR ou do rating sênior sem garantia para refletir nossa avaliação das diferenças na perda esperada relacionada ao nível de senioridade e garantia de um instrumento. Os documentos que fornecem ampla orientação para essas decisões de notching são a metodologia de rating para perdas em caso de default de empresas não financeiras com grau especulativo, a metodologia para notching de ratings de instrumentos corporativos com base em diferenças de garantia e prioridade de recebimento e a metodologia para atribuição de ratings de curto prazo.23

Na aplicação do modelo LGD para empresas financeiras, a premissa da taxa de perda normal para a família corporativa é de 50%. No entanto, em bases excepcionais, podemos pressupor uma taxa de perda menor, de 35%, para empresas financeiras com porcentual de empréstimos com garantia bem como um porcentual elevado de empréstimos e ativos de investimento que exibem volatilidade baixa nos mercados secundários (Ex: empréstimos imobiliários de agências) ou ativos com garantia altamente diversificados e qualidade forte.

Normalmente atribuímos ratings de instrumento de acordo com o resultado do modelo LGD. No entanto, para instrumentos sem garantia, podemos avaliar também a disponibilidade esperada de ativos livres no default, com base em parte no balanço, histórico e política financeira da empresa financeira.

Premissas

As premissas-chave de rating que são aplicáveis a este setor incluem nossa visão de que o risco de crédito soberano está fortemente relacionado ao dos emissores locais, que a prioridade legal de crédito afeta a recuperação média em diferentes classes de dívida o suficiente para gerar diferenças nos ratings em diferentes classes de dívida do mesmo emissor, e que a premissa que aborda a liquidez é um determinante forte do risco de crédito.

As nossas opiniões prospectivas baseiam-se em pressupostos que podem ser, em retrospectiva, incorretos. As razões que podem fazer com que nossas expectativas prospectivas sejam incorretas incluem alterações inesperadas em um dos seguintes fatores: o ambiente macroeconômico e as condições financeiras gerais do mercado, competição no setor, tecnologia disruptiva, e ações regulatórias e legais.

Limitações

Nas seções anteriores, discutimos os fatores do scorecard, muitas de outras considerações que podem ser importantes na atribuição de ratings e algumas premissas fundamentais. Nesta seção, discutimos as limitações relacionadas ao scorecard e à metodologia geral de rating.

Limitações do Scorecard

Existem vários motivos pelos quais os resultados indicados pelo scorecard podem não ficar próximos dos ratings atribuídos.

O scorecard desta metodologia de rating é uma ferramenta relativamente simples, focada em indicadores de força de crédito relativa. As considerações de perda e recuperação de crédito, que normalmente são mais importantes à medida que um emissor se aproxima do default, podem não ser totalmente capturadas no scorecard. O scorecard é limitado também por seus limites superior e inferior, fazendo com que os

23 Um link para as nossas metodologias de rating setoriais e intersetoriais pode ser encontrado na seção “Publicações Relacionadas da Moody’s”.

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resultados indicados pelo scorecard tenham menos probabilidade de se alinhar com os ratings dos emissores nos extremos superior e inferior da escala de rating.

A ponderação para cada subfator e fator no scorecard representa uma aproximação de sua importância para as decisões de rating, mas a importância real de um fator em particular pode variar substancialmente com base nas circunstâncias individuais da companhia.

Os fatores que não estão no scorecard, incluindo aqueles discutidos acima na seção “Outras Considerações de Rating”, podem ser importantes para os ratings, e sua importância relativa também pode variar de empresa para empresa. Além disso, certas considerações metodológicas amplas descritas em uma ou mais metodologias de rating intersetoriais podem ser relevantes para os ratings deste setor.24 Exemplos de tais considerações incluem: como a qualidade do crédito soberano afeta emissores não-soberanos, a avaliação do suporte de crédito de outras entidades, o rating relativo de diferentes classes de dívida e títulos híbridos e a atribuição de ratings de curto prazo.

Podemos utilizar o scorecard de vários períodos históricos ou prospectivos. Além disso, incorporamos frequentemente em nossos ratings opiniões direcionais dos riscos e mitigadores de uma maneira qualitativa.

Limitações Gerais da Metodologia

Esta metodologia não inclui uma descrição abrangente de todos os fatores que podemos considerar para atribuir ratings neste setor. As companhias no setor podem enfrentar novos riscos ou novas combinações de riscos, e podem desenvolver novas estratégias para mitigá-los. Buscamos incorporar todas as considerações de crédito materiais nos ratings e adotar a perspectiva mais prospectiva possível que a visibilidade desses riscos e mitigadores permite.

Os ratings refletem nossas expectativas sobre o desempenho futuro de um emissor; no entanto, à medida que o horizonte futuro se alonga, a incerteza e a necessidade de estimativas precisas aumentam, dado que as informações do scorecard ou outras considerações de rating, diminuem. Em ambos os casos, a previsão do futuro está sujeita a uma incerteza significativa.

24 Um link para uma lista de nossas metodologias setoriais e intersetoriais pode ser encontrado na seção “Publicações Relacionadas da Moody’s”.

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Anexo 1: Utilização do Scorecard para Chegar a uma Avaliação Individual Indicada no Scorecard

1. Atribuição de Pontuações de Perfil Financeiro e Mapeamento para uma Pontuação Numérica de Perfil Financeiro

Métricas quantitativas são pontuadas em uma escala alfanumérica. Para cada métrica, a grade de pontuação mostra o intervalo por categoria alfa. Para chegar a uma pontuação ajustada de subfator, o intervalo alfa é dividido em três intervalos alfanuméricos equivalentes, para os quais a métrica é mapeada. Por exemplo, se a grade de pontuação indicar que um intervalo Ba para uma determinada métrica é 3x a 4,5x (com 4,5x sendo a mais forte), o intervalo alfa é dividido em um intervalo de 3x a 3,5x que corresponde a uma pontuação de Ba3, um intervalo de 3,5x a 4x que corresponde a uma pontuação de Ba2 e um intervalo de 4x a 4,5x que corresponde a uma pontuação de Ba1. O scorecard mostra a pontuação alfanumérica sem ajuste correspondente para o subfator. A pontuação do subfator pode ser ajustada como descrito na seção “Cálculo ou Estimativa dos Fatores no Scorecard” e a discussão dos fatores Perfil Financeiro. Cada subfator possui, por tanto, uma pontuação sem ajuste (ou pontuação “inicial”) e uma pontuação atribuída.

As pontuações de subfator sem ajuste e atribuídas são então convertidas em valores numéricos de 1 a 20 com base na tabela abaixo (Figura 6).

FIGURA 6

Equivalentes Numéricos da Escala de Rating

Alfanuméricos Alfa Amplo Equivalente Numérico

Aaa Aaa 1

Aa1 2

Aa2 Aa 3

Aa3 4

A1 5

A2 A 6

A3 7

Baa1 8

Baa2 Baa 9

Baa3 10

Ba1 11

Ba2 Ba 12

Ba3 13

B1 14

B2 B 15

B3 16

Caa1 17

Caa2 Caa 18

Caa3 19

Ca Ca 20

Fonte: Moody’s Investors Service

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A pontuação numérica para cada pontuação atribuída do subfator é multiplicada pelo peso desse subfator com os resultados sendo então somados para chegar a uma pontuação agregada ponderada do fator. A pontuação ponderada agregada do fator é arredondada então para o número inteiro mais próximo e mapeada de volta para um equivalente alfanumérico com base na tabela acima para chegar a uma pontuação alfanumérica do Perfil Financeiro.

Por exemplo, uma empresa financeira com uma pontuação ponderada agregada dos fatores de 11,7 teria uma pontuação de Perfil Financeiro de Ba2.

Considerações de cálculo especiais:

» EBITDA / Despesas de Juros e Dividendos Preferenciais. Para Empresas de Leasing e Prestadoras de Serviços: Para o cálculo do índice histórico para o scorecard, são aplicadas as condições abaixo a cada um dos anos fiscais reportados mais recente: Se a despesa de juros mais os dividendos preferenciais for zero ou negativa e o EBITDA for positivo, então o índice para aquele ano é reatribuído com um valor consistente à pontuação Aaa. O valor reatribuído é 9,0x para empresas de leasing e 8,5x para prestadoras de serviços. Se o numerador e o denominador são negativos, então o índice para aquele ano é reatribuído com um valor consistente à pontuação Ca. O valor reatribuído é 0,25x tanto para leasing quando para prestadoras de serviços.25

» Dívida/EBITDA. Para Empresas de Leasing e Prestadoras de Serviços: Para o cálculo do índice histórico para o scorecard, é aplicada a seguinte condição a cada um dos últimos anos fiscais reportados: Se um índice for negativo, então o índice para esse ano é reatribuído com um valor de 11,75x, que é consistente com uma pontuação de Ca26 .

» Exposição do Valor Residual do Leasing /Capital Tangível. Empresas de Leasing: se o indicador é negativo, então a pontuação é Ca.

2. Atribuição de Pontuações do Fator Ambiente Operacional

As empresas financeiras podem operar em vários países e várias linhas de negócios. Pontuamos normalmente o Ambiente Operacional ao nível do país com base nas pontuações do Indicador de Nível Macro para aquele país e as pontuações do Risco da Indústria para cada uma das linhas de negócios significativas que a empresa financeira possui nesse país. Atribuímos então uma pontuação do Ambiente Operacional para esse emissor, de acordo com o tamanho e importância de suas operações em cada país.

O fator Ambiente Operacional incorpora dois subfatores: O Indicador de Nível Macro e o Risco da Indústria.

» A pontuação do subfator do Indicador de Nível Macro é baseada em três fatores da metodologia de atribuição de rating soberano:27 Força Econômica (25%), Força de Governança e das Instituições (50%) e Suscetibilidade a Risco de Evento (25%).

Para o Indicador de Nível Macro, começamos com as pontuações de fator publicadas para a Força Econômica e a Força de Governança e das Instituições do país, que são expressas em uma escala alfanumérica, e a Suscetibilidade ao Risco de Evento, que é expressa em uma escala alfa ampla. Em seguida, convertemos essas pontuações em pontuações numéricas usando as duas tabelas de Mapeamento das

25 Os valores atribuídos novamente detalhados acima são escolhidos de forma que fiquem ligeiramente além dos respectivos valores-limites de Aaa ou Ca para a

métrica. Isto é feito para assegurar que para o cálculo da média de três anos aplicável a esta métrica, o impacto dos valores atribuídos novamente seja proporcional ao impacto dos valores do índice situados dentro dos intervalos de pontuação finitos (isto é, correspondendo a pontuações diferentes de Aaa ou Ca).

26 O valor atribuído novamente detalhado acima é escolhido para que fique um pouco além do valor-limite de Ca para essa métrica. Isto é feito para assegurar que, para o cálculo da média de três anos aplicável a esta métrica, o impacto dos valores reatribuídos seja proporcional ao dos valores do índice situados dentro de intervalos de pontuação finita (isto é, correspondendo a pontuações diferentes de Aaa ou Ca).

27 Um link para uma lista de nossas metodologias de rating setoriais e intersetoriais pode ser encontrado na seção Publicações Relacionadas da Moody’s”.

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Pontuações de Fator da Metodologia de Rating Soberano abaixo (Figuras 7 e 8) e as combinamos de acordo com os pesos descritos no parágrafo anterior. Especificamente, a pontuação numérica equivalente para cada pontuação atribuída ao fator de metodologia soberana é multiplicada pelo seu peso, com os resultados somados para produzir uma pontuação do subfator do Indicador de Nível Macro ponderado agregado. Essa pontuação numérica é então arredondada para o número inteiro mais próximo e mapeada de volta para um equivalente alfanumérico utilizando a tabela na Figura 6.

FIGURA 7

Mapeamento das Pontuações de Fator da Metodologia de Rating Soberano para Força Econômica e Força de Governança e das Instituições*

Pontuação da Força Econômica e Força de Governança e das Instituições Equivalente Numérico

aaa, aa1 1

aa2, aa3 2

a1 4

a2 5

a3 6

baa1 7

baa2 9

baa3 10

ba1, ba2 11

ba3 13

b1 14

b2 15

b3 16

caa1, caa2 18

caa3, ca 19 * O efeito deste mapeamento é compactar as pontuações dos fatores soberanos alfanuméricos e convertê-los em uma pontuação numérica para uso

no scorecard para empresas financeiras.

Fonte: Moody’s Investors Service

FIGURA 8 Mapeamento das Pontuações de Fator da Metodologia de Rating Soberano para Suscetibilidade ao Risco de Evento

Suscetibilidade do Risco de Evento Equivalente Numérico

aaa 1

aa 2

a 4

baa 7

ba 10

b 14

caa 18

ca 19 Fonte: Moody’s Investors Service

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A pontuação do subfator do indicador de Risco da Indústria é atribuída com base na tabela daquela respectiva seção. A pontuação da categoria de rating ampla resultante (Aaa, Aa, A, Baa, Ba, B, Caa ou Ca) é então convertida em um valor numérico com base na tabela da Figura 6.

3. Determinação do Perfil Financeiro Ajustado

Para cada país, a pontuação do Indicador de Nível Macro é combinada com a pontuação do Risco da Indústria geral do emissor, com base nas pontuações do Risco da Indústria das linhas de negócios individuais da empresa financeira naquele país, utilizando a ponderação dinâmica mostrada na Figura 9. O resultado é uma pontuação do Ambiente Operacional para o emissor no país. A ponderação dinâmica é baseada na pontuação do Indicador de Nível Macro; à medida que o fator enfraquece, é atribuído mais peso progressivamente a ele, de modo que não afete a pontuação do Ambiente Operacional a menos que tenha influência negativa sobre ela. O peso atribuído à pontuação do subfator Risco da Indústria é derivado da subtração do peso atribuído da pontuação do fator Indicador do Nível Macro de 100%. O valor numérico para cada pontuação de fator é multiplicado pelo peso desse fator com os resultados sendo então somados para chegar a uma pontuação ponderada agregada do subcomponente. Para demonstrar o impacto da ponderação dinâmica, a Figura 9 mostra o efeito expresso em termos alfanuméricos.

FIGURA 9

Combinação das Pontuações do Fator Ambiente Operacional para formar a Pontuação do Ambiente Operacional*

Pontuação e Peso do Indicador de Nível Macro

Aaa Aa1 Aa2 Aa3 A1 A2 A3 Baa1 Baa2 Baa3 Ba1 Ba2 Ba3 B1 B2 B3 Caa1 Caa2 Caa3

0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 35% 40% 45% 50% 55% 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90%

Pont

uaçã

o do

Ris

co d

a In

dúst

ria Aaa Aaa Aaa Aaa Aaa Aaa Aaa Aaa Aa2 Aa3 A1 A2 A3 Baa1 Baa2 Ba1 Ba2 B1 B2 Caa1

Aa Aa2 Aa2 Aa2 Aa2 Aa2 Aa2 Aa2 A1 A1 A2 A3 Baa1 Baa2 Baa3 Ba1 Ba3 B1 B3 Caa1

A A2 A2 A2 A2 A2 A2 A2 A3 A3 Baa1 Baa2 Baa2 Baa3 Ba1 Ba2 B1 B2 B3 Caa2

Baa Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa3 Ba1 Ba1 Ba2 Ba3 B1 B2 Caa1 Caa2

Ba Ba2 Ba2 Ba2 Ba2 Ba2 Ba2 Ba2 Ba2 Ba2 Ba2 Ba2 Ba2 Ba3 Ba3 B1 B2 B3 Caa1 Caa2

B B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B3 Caa1 Caa2 Caa3

Caa Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa3

Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca

*O peso do Indicador de Nível Macro é de 0% se a pontuação do fator do indicador Nível Macro é mais alta que a pontuação do fator Risco da Indústria. Fonte: Moody’s Investors Service

Nos casos em que uma empresa financeira tem operações materiais em mais de um país, atribuímos uma pontuação do Ambiente Operacional de acordo com o tamanho e a importância das operações em cada país, com base na média ponderada das pontuações do ambiente operacional ao nível do país descritas acima. A ponderação é representativa da alocação setorial/região do risco e retornos e é geralmente baseada em nossa perspectiva futura do nível de receita sustentável; no entanto, podemos ajustar o peso nos casos em que as receitas não são proporcionais aos lucros ou riscos. A média ponderada resultante é arredondada e convertida para uma pontuação do fator, com base na Figura 6. Em alguns casos limitados, a pontuação atribuída pode ser diferente da pontuação média ponderada para refletir, por exemplo, os riscos em um determinado país ou segmento que tem um impacto desproporcional no perfil de risco operacional e de negócios da empresa.

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40 25 DE NOVEMBRO DE 2019

METODOLOGIA DE RATING: METODOLOGIA PARA EMPRESAS FINANCEIRAS

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Para países que representam uma grande parcela dos negócios do emissor e quando informações relevantes estão disponíveis, calculamos geralmente uma pontuação do Ambiente Operacional separada para cada linha de negócios relevante nesses países.28 Atribuímos então uma pontuação do Ambiente Operacional geral que é baseada na média ponderada das pontuações subjacentes. Para linhas de negócios que são menos relevantes, ou quando o relatório sobre a linha de negócios de um emissor é menos precisa ou espera-se que o mix mudará significativamente, podemos atribuir uma pontuação do Risco da Indústria com base em nossa estimativa das linhas de negócios detalhadas naquele país ou região.

Nos casos em que o relatório regional é sobre uma região em vez de um país, adotamos uma das duas abordagens a seguir. Se os Indicadores ao Nível Macro para os países na região que representam a preponderância dos negócios do emissor são muito semelhantes, utilizamos normalmente a pontuação do Indicador de Nível Macro que consideramos ser a mais representativa entre esses países e atribuímos a pontuação do Risco da Indústria para a região. Se os indicadores ao nível macro para os países na região que representam a preponderância dos negócios do emissor são muito distintos, estimamos normalmente a proporção do negócio em cada país. Atribuímos então uma pontuação do ambiente operacional geral que é baseada na média ponderada das pontuações subjacentes.

Um conceito de ponderação dinâmica é utilizando também para combinar as pontuações dos fatores Perfil Financeiro e Ambiente Operacional para determinar a pontuação do Perfil Financeiro Ajustado. A ponderação dinâmica é baseada na pontuação do Ambiente Operacional como mostrado na Figura 9; à medida em que este fator enfraquece, é atribuído mais peso progressivamente. O valor numérico para cada subfator é multiplicado pelo peso para esse fator, com os resultados sendo então somados para chegar a uma pontuação ponderada agregada do Perfil Financeiro Ajustado. Como mostrado na Figura 10, a pontuação do Ambiente Operacional contribui para o perfil de crédito do scorecard da empresa financeira apenas na medida que ela exerce uma influência negativa na pontuação do Perfil Financeiro. Desse modo, é atribuído um peso de 0% para o Ambiente Operacional se a pontuação do Ambiente Operacional é maior ou igual à pontuação do Perfil Financeiro. No entanto, se a pontuação do Ambiente Operacional é “Baa” ou menor, e é mais fraca que a pontuação do Perfil Financeiro, ela exerce uma influência negativa no Perfil Financeiro Ajustado.

FIGURA 10

Combinação das Pontuações do Ambiente Operacional e Perfil Financeiro para formar a Pontuação do Perfil Financeiro Ajustado*

Pontuação e Peso do Ambiente Operacional

Aaa Aa1 Aa2 Aa3 A1 A2 A3 Baa1 Baa2 Baa3 Ba1 Ba2 Ba3 B1 B2 B3 Caa1 Caa2 Caa3 Ca

0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 35% 40% 45% 50% 55% 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% 95%

Pont

uaçã

o do

Per

fil F

inan

ceiro

Aaa Aaa Aaa Aaa Aaa Aaa Aaa Aaa Aa2 Aa3 A1 A2 A3 Baa1 Baa2 Ba1 Ba2 B1 B2 Caa1 Caa3

Aa1 Aa1 Aa1 Aa1 Aa1 Aa1 Aa1 Aa1 Aa3 A1 A2 A3 Baa1 Baa2 Baa3 Ba1 Ba3 B1 B3 Caa1 Caa3

Aa2 Aa2 Aa2 Aa2 Aa2 Aa2 Aa2 Aa2 A1 A1 A2 A3 Baa1 Baa2 Baa3 Ba1 Ba3 B1 B3 Caa1 Caa3

Aa3 Aa3 Aa3 Aa3 Aa3 Aa3 Aa3 Aa3 A1 A2 A3 Baa1 Baa1 Baa2 Ba1 Ba2 Ba3 B1 B3 Caa2 Caa3

A1 A1 A1 A1 A1 A1 A1 A1 A2 A3 A3 Baa1 Baa2 Baa3 Ba1 Ba2 Ba3 B2 B3 Caa2 Caa3

A2 A2 A2 A2 A2 A2 A2 A2 A3 A3 Baa1 Baa2 Baa2 Baa3 Ba1 Ba2 B1 B2 B3 Caa2 Caa3

A3 A3 A3 A3 A3 A3 A3 A3 A3 Baa1 Baa1 Baa2 Baa3 Ba1 Ba2 Ba3 B1 B2 B3 Caa2 Caa3

Baa1 Baa1 Baa1 Baa1 Baa1 Baa1 Baa1 Baa1 Baa1 Baa1 Baa2 Baa3 Baa3 Ba1 Ba2 Ba3 B1 B2 Caa1 Caa2 Caa3

Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa3 Ba1 Ba1 Ba2 Ba3 B1 B2 Caa1 Caa2 Caa3

28 Os setores no mesmo país são pontuados com um indicador de Nível Macro semelhante, mas as pontuações do Risco da Indústria podem ser diferentes entre os

setores.

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41 25 DE NOVEMBRO DE 2019

METODOLOGIA DE RATING: METODOLOGIA PARA EMPRESAS FINANCEIRAS

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Baa3 Baa3 Baa3 Baa3 Baa3 Baa3 Baa3 Baa3 Baa3 Baa3 Baa3 Ba1 Ba1 Ba2 Ba3 B1 B2 B3 Caa1 Caa2 Ca

Ba1 Ba1 Ba1 Ba1 Ba1 Ba1 Ba1 Ba1 Ba1 Ba1 Ba1 Ba1 Ba2 Ba2 Ba3 B1 B2 B3 Caa1 Caa2 Ca

Ba2 Ba2 Ba2 Ba2 Ba2 Ba2 Ba2 Ba2 Ba2 Ba2 Ba2 Ba2 Ba2 Ba3 Ba3 B1 B2 B3 Caa1 Caa2 Ca

Ba3 Ba3 Ba3 Ba3 Ba3 Ba3 Ba3 Ba3 Ba3 Ba3 Ba3 Ba3 Ba3 Ba3 B1 B1 B2 B3 Caa1 Caa2 Ca

B1 B1 B1 B1 B1 B1 B1 B1 B1 B1 B1 B1 B1 B1 B1 B2 B3 B3 Caa1 Caa3 Ca

B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B2 B3 Caa1 Caa2 Caa3 Ca

B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 B3 Caa1 Caa2 Caa3 Ca

Caa1 Caa1 Caa1 Caa1 Caa1 Caa1 Caa1 Caa1 Caa1 Caa1 Caa1 Caa1 Caa1 Caa1 Caa1 Caa1 Caa1 Caa1 Caa2 Caa3 Ca

Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa2 Caa3 Ca

Caa3 Caa3 Caa3 Caa3 Caa3 Caa3 Caa3 Caa3 Caa3 Caa3 Caa3 Caa3 Caa3 Caa3 Caa3 Caa3 Caa3 Caa3 Caa3 Caa3 Ca

Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca Ca

*O peso do Ambiente Operacional é 0%, se a pontuação do Ambiente Operacional é maior ou igual à pontuação do Perfil Financeiro. Fonte: Moody’s Investors Service

4. Determinação da Avaliação Individual Geral Indicada pelo Scorecard

Incorporamos quatro fatores no scorecard como um ou mais ajustes diretos de notching ao Perfil Financeiro Ajustado, como detalhada na seção “Perfil de Negócios e Política Financeira” desta metodologia de rating. Os quatro subfatores são:

» Diversificação de Negócios, Concentração e Posicionamento da Franquia

» Opacidade e Complexidade

» Comportamento Corporativo/Gestão de Risco

» Gestão da Liquidez

Todos os notches são números inteiros. Ajustes de notching para cima elevam o equivalente alfanumérico (Ex: um notch a mais de Baa1 para A3) e reduz o valor numérico da pontuação (Ex: de 8 para 7). Os ajustes de notching para baixo reduzem o equivalente alfanumérico (Ex: de Baa1 para Baa2) e aumentam a pontuação numérica (Ex: de 8 para 9).

A aplicação dos ajustes de notching no Perfil Financeiro Ajustado resulta na avaliação individual indicada no scorecard, antes do impacto no rating soberano em moeda local. A avaliação individual pode ser rebaixada em consequência do impacto no rating soberano em moeda local. Consulte nossa metodologia intersetorial que discute como a qualidade de crédito soberano pode afetar outros emissores.29 O equivalente alfanumérico pós-teto resultante é o ponto médio da avaliação individual indicada no scorecard, que é expressa como um intervalo de três notches em nossa escala de rating alfanumérica. 30

A avaliação individual atribuída é expressa como um único alfanumérico em nossa escala de rating, que pode ou não estar dentro do intervalo de três notches. No entanto, na maioria das vezes ele está dentro desse intervalo. Os scorecards baseados nas demonstrações financeiras consolidadas estão orientados pela avaliação individual para a família corporativa.

29 Um link para uma lista de nossas metodologias setoriais e intersetoriais pode ser encontrado na seção “Publicações Relacionadas da Moody’s”. 30 Nos casos em que o equivalente alfanumérico pós-teto é aaa, o ponto médio é aaa e o intervalo resultante é de aaa a aa1. Nos casos em que o equivalente

alfanumérico pós-teto é ca, o ponto médio é ca e a faixa resultante é de caa3 a ca.

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METODOLOGIA DE RATING: METODOLOGIA PARA EMPRESAS FINANCEIRAS

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

5. Aplicação do Suporte de Afiliada e Governo

Quando for relevante, para empresas financeiras não cativas, aplicamos nossa JDA para incorporar qualquer suporte de afiliada e, em seguida, qualquer suporte do governo O suporte de afiliada é aplicado à avaliação individual do emissor e fornece um intervalo indicado elevações positivas,31 em notches. A avaliação individual pós-afiliada incorpora geralmente um nível de notching para cima dentro do intervalo de suporte de afiliada, mas ela pode ficar fora do intervalo em muitos casos. A aplicação da JDA do suporte do governo fornece um intervalo sugerido de notching.32 O rating de emissor/corporativo atribuído incorpora normalmente um nível de notching para cima dentro do intervalo de suporte de governo, mas pode, em alguns casos, ficar fora desse intervalo e, em todos os casos, o rating de emissor/corporativo atribuído incorpora o teto-país em moeda local.

O anexo 3 descreve nossa JDA. O anexo 4 descreve como utilizamos a JDA para determinar o impacto da elevação do rating (se houver) do suporte da afiliada e do governo na avaliação individual atribuída.

Consulte nossa metodologia para empresas financeiras cativas para uma descrição de como avaliamos o suporte de seus controladores.33

6. Determinação dos Ratings de Instrumentos

Consulte a seção “Discussão do Componente ao Nível de Emissor e Nível de Instrumento”.

Anexo 2: Perfil Financeiro: Limiares do Índice

Financeiras de Crédito: Resumo dos Principais Fatores, Métricas e Diretrizes da Pontuação

Fator Principal e Pesos dos Subfatores Aaa Aa A Baa Ba B Caa Ca

Perfil Financeiro

Rentabilidade (10%)

Lucro Líquido / Média de Ativos Sob Gestão (10%) > 8,5% 5,5 - 8,5% 2,5 - 5,5% 1 - 2,5% 0,5 - 1% 0 - 0,5% (2,5) - 0% < (2,5)%

Adequação de Capital e Alavancagem (25%)

Capital Tangível / Ativos sob Gestão Tangíveis (25%)

> 50% 31 - 50% 16 - 31% 12 - 16% 8 - 12% 4 - 8% (15) - 4% < (15)%

Qualidade de Ativos (20%)†

Crédito em Atraso / Carteira de Crédito Bruta (10%)

< 0,25% 0,25 - 0,5% 0,5 - 0,75% 0,75 - 2% 2 - 4% 4 - 7% 7 - 10% > 10%

Créditos Baixados para Prejuízo Líquidos/Média da Carteira de Crédito Bruta (10%)

< 0,5% 0,5 - 1% 1 - 1,5% 1,5 - 3% 3 - 5% 5 - 8% 8 - 15% > 15%

Fluxo de Caixa e Liquidez (45%) †

Cobertura dos Vencimentos de Dívida (10%) > 400% 300 - 400% 200 - 300% 120 - 200% 60 - 120% 40 - 60% 5 - 40% < 5%

FFO / Dívida Total (15%) > 65% 45 - 65% 30 - 45% 20 - 30% 12,5 - 20% 5– 12,5% 0 - 5% < 0%

Dívida Com Garantia / Ativos Brutos Tangíveis (20%)

< 0% 0 - 8% 8 - 15% 15 - 30% 30 - 45% 45 - 60% 60 - 80% > 80%

† Os pesos do subfator na tabela acima refletem um caso em que todas as métricas estão disponíveis. Para Qualidade de Ativos, é necessário pelo menos um indicador entre Crédito em Atraso/ Carteira de Crédito Bruta ou Créditos Baixados para Prejuízo Líquidos/Média da Carteira de Crédito Bruta para a pontuação. Se uma dessas métricas não estiver disponível, realocaremos então seu peso, adicionando seu peso ao peso existente da outra métrica tanto para a pontuação inicial quanto para a pontuação atribuída. Para Fluxo de Caixa e Liquidez, pelo menos uma das métricas da Cobertura de Vencimentos de Dívida ou FFO / Dívida Total é necessária para a pontuação. Se a métrica FFO/Dívida não estiver disponível, realocaremos então seu peso e o

31 O notching para cima sugerido pode ser zero ou mais notches. 32 O notching para cima sugerido pode ser zero ou mais notches. 33 Um link para um índice de nossas metodologias setoriais e intersetoriais pode ser encontrado na seção "Publicações Relacionadas da Moody's".

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INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

adicionaremos ao peso existente da Cobertura dos Vencimentos de Dívida, tanto para a pontuação inicial quanto para a pontuação atribuída. Se o índice de Cobertura de Vencimentos de Dívida não puder ser calculado porque o denominador é zero nos próximos 12 meses, então realocaremos seu peso e o adicionaremos ao peso existente do FFO/Dívida Total para a pontuação inicial. Uma pontuação atribuída é avaliada conforme descrito na discussão de subfator e é concedido o peso mostrado na tabela acima.

Fonte: Moody’s Investors Service

Empresas de Leasing: Resumo dos Principais Fatores, Métricas e Diretrizes da Pontuação

Fator Principal e Pesos dos Subfatores Aaa Aa A Baa Ba B Caa Ca

Perfil Financeiro

Rentabilidade (15%)

Lucro Líquido / Média de Ativos Sob Gestão (10%)

> 8,5% 5,5 - 8,5% 2,5 - 5,5% 1 - 2,5% 0,5 - 1% 0 - 0,5% (2,5) - 0% < (2,5)%

EBITDA / Despesas de Juros e Dividendos Preferenciais) (x) (5%)

> 8,5x 7,5 - 8,5x 6,5 - 7,5x 4 – 6,5x 3 - 4x 1 - 3x 0,5 - 1x < 0,5x

Adequação de Capital e Alavancagem (25%)

Capital Tangível / Ativos Tangíveis sob Gestão (15%)

> 50% 35 - 50% 27 - 35% 20 - 27% 14 - 20% 11 - 14% 8 - 11% < 8%

Dívida / EBITDA (x) (10%) < 0,5x 0,5 – 1,5x 1,5 – 2,5x 2,5 – 3,5x 3,5 – 4,5x 4,5 – 6,5x 6,5 – 10,0x > 10x

Qualidade de Ativos (15%)

Exposição Valor Residual do Leasing /Capital Tangível (15%)

< 10% 10 - 50% 50 - 100% 100 - 200% 200 - 300% 300 - 400% 400 - 500% > 500%

Fluxo de Caixa e Liquidez (45%)†

Cobertura dos Vencimentos da Dívida (10%) > 400% 300 - 400% 200 - 300% 120 - 200% 60 - 120% 40 - 60% 5 - 40% < 5%

FFO / Dívida Total (15%) > 65% 45 - 65% 30 - 45% 20 - 30% 12,5 - 20% 5– 12,5% 0 - 5% < 0%

Dívida Com Garantia / Ativos Brutos Tangíveis (20%)

0% 0 - 8% 8 - 15% 15 - 30% 30 - 45% 45 - 60% 60 - 80% > 80%

† Os pesos do subfator na tabela acima refletem um caso em que todas as métricas estão disponíveis. Para Fluxo de Caixa e Liquidez, é necessário pelo menos uma das métricas de Cobertura dos Vencimentos de Dívida ou FFO/Dívida Total para pontuação. Se FFO/Dívida Total não estiver disponível, realocaremos então seu peso, adicionando seu peso ao peso existente da Cobertura dos Vencimentos de Dívida tanto para a pontuação inicial quanto para a pontuação atribuída. Se a Cobertura de Vencimentos de Dívida não puder ser calculada porque o denominador é zero nos próximos 12 meses, então realocaremos seu peso e o adicionaremos ao peso existente do FFO/Dívida Total para a pontuação inicial. Uma pontuação atribuída é avaliada conforme descrito na discussão de subfator e é concedido o peso mostrado na tabela acima.

Fonte: Moody’s Investors Service

BDCs: Resumo dos Principais Fatores, Métricas e Diretrizes da Pontuação

Fator Principal e Pesos dos Subfatores Aaa Aa A Baa Ba B Caa Ca

Perfil Financeiro

Rentabilidade (10%)

Lucro Líquido / Média de Ativos Sob Gestão (10%)

> 8,5% 5,5 - 8,5% 2,5 - 5,5% 1 - 2,5% 0,5 - 1% 0 - 0,5% (2,5) - 0% < (2,5)%

Adequação de Capital e Alavancagem (35%)

Índice de Reserva de Cobertura de Ativos (35%)

> 50% 35 - 50% 25 - 35% 17,5 - 25% 10 – 17,5% 0 - 10% (25) - 0% < (25)%

Qualidade de Ativos (20%)

Crédito em Atraso / Carteira de Crédito Bruta (10%)

< 0,25% 0,25 - -0,5% 0,5 - 0,75% 0,75 - 2% 2 - 4% 4 - 7% 7 - 10% > 10%

Empréstimos Seniores com Garantia % do Total de Investimentos (10%)

> 95% 90 - 95% 85 - 90% 70 - 85% 55 - 70% 45 - 55% 35 - 45% < 35%

Fluxo de Caixa e Liquidez (35%)

Cobertura dos Vencimentos de Dívida (20%) > 400% 300 - 400% 200 - 300% 120 - 200% 60 - 120% 40 - 60% 5 - 40% < 5%

Dívida Com Garantia / Ativos Brutos Tangíveis (15%)

0% 0 - 8% 8 - 15% 15 - 30% 30 - 45% 45 - 60% 60 - 80% > 80%

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METODOLOGIA DE RATING: METODOLOGIA PARA EMPRESAS FINANCEIRAS

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Prestadoras de Serviços e Outros: Resumo dos Principais Fatores, Métricas e Diretrizes da Pontuação

Fator Principal ou Pesos do Subfator Aaa Aa A Baa Ba B Caa Ca

Perfil Financeiro

Rentabilidade (30%)

Lucro Líquido / Média de Ativos Sob Gestão (10%)

> 8,5% 5,5 - 8,5% 2,5 - 5,5% 1 - 2,5% 0,5 - 1% 0 - 0,5% (2,5) - 0% < (2,5)%

EBITDA / Despesas de Juros e Dividendos Preferenciais) (x) (20%)

> 8x 7 - 8x 6 - 7x 5 - 6x 3,5 - 5x 1 – 3,5x 0,5 - 1x < 0,5x

Adequação de Capital e Alavancagem (35%)

Capital Tangível / Ativos Tangíveis sob Gestão (10%)

> 20% 16 - 20% 12 - 16% 8 - 12% 4 - 8% 0 - 4% (10) - 0% < (10)%

Dívida / EBITDA (x) (25%) < 0,5x 0,5 - 1,5x 1.5 - 2,5x 2,5 - 3,5x 3,5 - 4,5x 4,5 - 6,5x 6,5 - 10,0x > 10x

Fluxo de Caixa e Liquidez (35%)†

Cobertura dos Vencimentos de Dívida (10%) > 400% 300 - 400% 200 - 300% 120 - 200% 60 - 120% 40 - 60% 5 - 40% < 5%

FFO / Dívida Total (25%) > 65% 45 - 65% 30 - 45% 20 - 30% 12,5 - 20% 5 - 12,5% 0 - 5% < 0%

† Os pesos dos subfatores na tabela acima refletem um caso no qual todas as métricas estão disponíveis. Para Fluxo de Caixa e Liquidez, é necessária pelo menos uma das métricas Cobertura dos Vencimentos de Dívida ou FFO / Dívida Total para pontuação. Se o FFO/Dívida Total não estiver disponível, realocaremos então seu peso e o adicionaremos no peso existente da Cobertura dos Vencimentos de Dívida tanto para a pontuação inicial quanto para pontuação atribuída. Se o índice de Cobertura dos Vencimentos de Dívida não puder ser calculado porque o denominador é zero nos próximos 12 meses, realocaremos então seu peso e o adicionaremos ao peso existente d do FFO/Dívida Total para a pontuação inicial. Uma pontuação atribuída é avaliada conforme descrito na discussão do subfator e é concedido o peso mostrado na tabela acima.

Fonte: Moody’s Investors Service

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METODOLOGIA DE RATING: METODOLOGIA PARA EMPRESAS FINANCEIRAS

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Anexo 3: Análise de Default Conjunto (JDA, em inglês) no Suporte

Nossas estimativas de suporte são determinadas por nossa JDA. A JDA opera dentro do princípio que o risco de default (e, portanto, de perda) para certas obrigações depende do desempenho tanto do devedor primário quanto o de outra entidade (ou entidades) que podem fornecer suporte ao devedor primário. O principal benefício oferecido pela JDA é uma abordagem consistente e transparente para a incorporação de suporte externo não contratual e incerto. Isso dito, os ratings atribuídos continuarão a ser determinados por meio de julgamento, e não por modelos.

A JDA das empresas financeiras avalia o suporte potencial em uma abordagem por módulos. A intenção dessa abordagem é replicar a sequência provável na qual o suporte externo para uma empresa financeira estaria disponível. Cada provedor de suporte é avaliado por sua capacidade e desejo de apoiar a empresa financeira. A análise da capacidade é baseada na avaliação individual do provedor de suporte da empresa financeira, e o rating em moeda local no caso de uma entidade pública. A análise do desejo é baseada na nossa opinião sobre a probabilidade do suporte estar disponível se necessário. A probabilidade que duas partes entrar em default conjuntamente depende a) da probabilidade que uma delas entre em default, e (b) da probabilidade de a segunda entrar em default, dado que a primeira já entrou em default. Expresso algebricamente, pode-se escrever isso para os eventos A e B como:

P(A e B) = P(A | B) x P(B) (1)

Ou, de forma equivalente,

P(A e B) = P(B | A) x P(A) (2)

Definimos A como o evento “o devedor A entra em default de suas obrigações” e B como o evento “o devedor B entra em default de suas obrigações”. Da mesma maneira, “A e B” são o evento conjunto “devedores A e B entram em default de suas obrigações.” O operador P (x) representa a probabilidade de o evento “x” ocorrer e P (x | y) é definido como a probabilidade condicional do evento “x” ocorrer dado que o evento “y” ocorreu.

Para estimar as probabilidades de default condicionais P (A | B) e P (B | A), deve-se levar em conta a relação entre os fatores do default para os dois devedores. Cada uma dessas quatro probabilidades - P (A), P (B), P (A | B) e P (B | A) – é destinada a representar medidas de risco sem suporte. Ou seja, elas representam a probabilidade de default do devedor na ausência de qualquer suporte ou interferência conjunta.

Embora seja possível abordar esse problema diretamente estimando-se uma das probabilidades de default condicionais descritas nas equações (1) e (2), pode ser mais intuitivo concentrar-se no produto da probabilidade condicional de default de uma empresa com rating mais baixo, ou com suporte, e a probabilidade incondicional de default para a empresa de rating maior ou com suporte. Usando L para denotar o evento “o devedor de rating mais baixo L entra em default de suas obrigações” e H para denotar “o devedor H com rating maior entra em default de suas obrigações”, podemos reescrever a equação (1) como:

P(L e H) = P(L | H) x P(H) (3)

Não é difícil imaginar situações em que a probabilidade condicional P (L | H) possa estar no seu máximo teórico (isto é, 1) ou no seu mínimo (isto é, P (L)). Vamos considerar esses resultados extremos, por sua vez, a título de exemplo.

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46 25 DE NOVEMBRO DE 2019

METODOLOGIA DE RATING: METODOLOGIA PARA EMPRESAS FINANCEIRAS

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

» P(L | H) = 1. Suponha que a saúde financeira de um emissor esteja crucialmente vinculada às operações de outra entidade com rating mais alto. Por exemplo, o risco de default de um distribuidor em um mercado de distribuição competitivo dominado por um único fornecedor pode ser altamente dependente da saúde financeira desse fornecedor. Em outras palavras, a probabilidade condicional de default do distribuidor, em caso de um default do fornecedor com rating mais alto, P (L | H), é igual a um. Sob tal cenário, a probabilidade de default conjunto P (L e H) na equação (3) acima é simplesmente P (H). Ou seja, o rating aplicado a essas obrigações com suporte conjunto seria igual ao rating do fornecedor, sem qualquer aumento dos ratings, independentemente da classificação individual do emissor L.

» P(L | H) = P(L). Suponha que um banco europeu altamente qualificado forneça uma carta de crédito a um agronegócio com rating mais baixo nos EUA. Embora possa haver circunstâncias em que o agronegócio possa enfrentar dificuldades financeiras por conta própria, sua saúde operacional intrínseca geralmente não tem relação com as circunstâncias que podem levar o banco europeu a deixar de cumprir suas obrigações. Nesse cenário, a probabilidade condicional de default pelo agronegócio, em caso de um default do banco - ou seja, P (L | H) - é simplesmente o risco de default individual P (L) do agronegócio. Ou seja, os eventos L e H são independentes uns dos outros e, portanto, não correlacionados. Nesse caso, sua probabilidade de default conjunto é o produto de suas probabilidades de default individuais, P (L)*P (H). O rating conjunto da obrigação com suporte implícito por essa relação é geralmente maior do que o rating da entidade provedora do suporte H.

Na prática, o risco de default condicional da entidade com rating mais baixo, em caso de default da entidade mais forte, variará entre esses dois extremos de dependência total (ou seja, onde P (L | H) = 1) e independência (ou seja, onde P (L | H) = P (L)).

Nível Intermediário das Correlações

Usamos uma ferramenta simples para modelar casos intermediários de vinculação de risco de default. Denotemos a variável W como um fator de ponderação de correlação, onde W = 1 corresponde a uma dependência máxima do default da entidade de rating mais baixo sobre a da entidade de rating mais alto; e W = 0 corresponde à independência completa (isto é, correlação zero) entre eventos de default. Os valores fracionários de W indicam níveis intermediários de dependência entre os dois eventos de default.

Utilizando o conceito de ponderação da correlação, podemos expressar a probabilidade de default conjunto entre os devedores L e H como:

P(L e H) =W* P(L e H | W=1) + (1-W)*P(L e H | W=0) (4)

Ou mais compactamente:

P(L e H) = W*P(H) + (1 - W)*P(L)* P(H) (5)

Em outras palavras, uma vez que tenhamos determinado ratings individuais para os dois devedores, a tarefa de atribuir um rating a uma obrigação com suporte em conjunto pode ser reduzida à atribuição de um peso de correlação.

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Premissas Padrões

Utilizamos geralmente as seguintes premissas em nossa JDA.

FIGURA 11

Premissas de Probabilidade de Suporte por Categoria

Níveis de Suporte Mais Baixo Mais Altos

Suportado por Governo ou Afiliada 95% 100%

Muito Alta 70% 94,9%

Alta 50% 69,9%

Moderada 30% 49,9%

Baixa 0% 29,9% Fonte: Moody’s Investors Service

FIGURA 12

Premissas de Dependência por Categoria

Dependência Muito Alta 90%

Elevado 70%

Moderada 50% Fonte: Moody’s Investors Service

Risco Relativo e Ratings

Mapeamos os ratings para as medidas de risco. A medida do risco de separação sucessiva múltipla é de aproximadamente de 0,62. Por exemplo, isso significa que - para os propósitos da JDA - uma elevação de um notch representa, em média, uma redução do risco de aproximadamente 38%. Essa relação se mantém ao longo da escala de rating, com exceção de Aaa/Aa1. Os ratings Aaa são atribuídos apenas a obrigações que consideramos de qualidade mais alta, sujeitas ao nível mais baixo do risco de crédito, o múltiplo de Aaa relativo a Aa1 é 0,10. Isso significa que para obter uma elevação de um notch para Aaa de Aa1, precisamos considerar que o risco é um décimo de seu nível anterior. Isso significa que a elevação de um provedor de suporte com rating Aaa sob a JDA é proporcionalmente mais forte que a de um provedor de suporte com rating Aa1.

Em seguida, mapeamos uma gama de medidas de risco de volta aos ratings, em que o intervalo é dado pela média geométrica dos valores de risco de uma categoria de rating e da categoria abaixo dela. Por exemplo, se associarmos Baa2 a 0,62% e Baa3 a 1,00%, a média geométrica (a raiz quadrada de seu produto) é 0,79%, o que significa que se o evento de default conjunto P (L e H) tiver uma medida de risco menor que 0,79%, mas superior a 0,49% (a média geométrica de Baa1 e Baa2), seria mapeado de volta para Baa2, mas se tivesse um valor maior que 0,79%, mas menor que 1,27% (a média geométrica de Baa3 e Ba1), nós o mapearíamos de volta para Baa3.

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Os valores e limites de risco para aumento da JDA são reproduzidos no Anexo 13 abaixo.

FIGURA 13

Risco Relativo Pesquisa inversa de rating

Avaliação individual Medida de Risco (%) (Baa3 = 1)*1

Limiar da Extremidade Mais Alta (%)*2 Avaliação Suportada

Aaa 0,00 0,01 Aaa

Aa1 0,02 0,03 Aa1

Aa2 0,03 0,04 Aa2

Aa3 0,06 0,07 Aa3

A1 0,09 0,11 A1

A2 0,15 0,19 A2

A3 0,24 0,30 A3

Baa1 0,38 0,49 Baa1

Baa2 0,62 0,79 Baa2

Baa3 1,00 1,27 Baa3

Ba1 1,62 2,06 Ba1

Ba2 2,62 3,33 Ba2

Ba3 4,24 5,39 Ba3

B1 6,85 8,72 B1

B2 11,09 14,11 B2

B3 17,94 22,83 B3

Caa1 29,03 36,93 Caa1

Caa2 46,98 59,76 Caa2

Caa3 76,01 96,69 Caa3

Ca 122,99 156,45 Ca

C 199,01

*1 Arredondado para duas casas decimais.

* 2 O limite superior para um determinado nível de rating é derivado da média geométrica do (i) valor de risco associado a esse nível de rating e (ii) valor de risco associado ao nível de rating adjacente mais baixo. Para a apresentação desta tabela, o limite superior foi arredondado para duas casas decimais.

Fonte: Moody’s Investors Service

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Anexo 4: Utilização da Análise de Default Conjunto (JDA, em inglês) na Avaliação do Suporte de Afiliada e de Governo

Probabilidade de Suporte de Afiliada

Classificamos a probabilidade do fornecimento de suporte da afiliada de " Suportada pela Afiliada " até "Muito Alta", "Alta", "Moderada" e "Baixa". Cada uma dessas categorias corresponde a uma série de probabilidades de suporte.

Chegamos a esse julgamento avaliando as seguintes considerações:

» Controle: Uma entidade que é 100% detida e controlada por um grupo tem maior probabilidade de ser suportada.

» Marca: É mais provável que uma entidade que leva o nome e o logotipo de um grupo seja suportada devido ao interesse próprio do grupo em preservar sua reputação.

» Regulamento: É mais provável que uma entidade sujeita ao mesmo regulador seja suportada devido à compulsão regulatória, desde que não haja barreiras regulatórias para o suporte.

» Região: Por outro lado, uma entidade provedora do suporte pode ser restringida por considerações políticas ou regulatórias domésticas no fornecimento do suporte a sua subsidiária estrangeira.

» Suporte documentado: Cartas de conforto, contratos “keepwell” públicos ou privados podem evidenciar probabilidade de suporte.

» Adequação estratégica: Uma entidade que é importante para a estratégia do grupo tem menor probabilidade de ser vendida e, portanto, é mais provável que o suporte seja durável. As subsidiárias maiores são frequentemente - mas nem sempre - mais importantes estrategicamente do que as menores.

» Ligações financeiras: Consideramos o impacto de uma possível venda da entidade com rating nas demonstrações financeiras e na estratégia corporativa do grupo - quanto mais adverso for o impacto, menor a probabilidade de ocorrer uma venda prejudicial a uma instituição potencialmente menos solvente. Uma entidade em que existem ligações significativas de financiamento intragrupo pode também ter probabilidade maior de receber suporte.

» Política da controladora: Nossa premissa é que os grupos suportem suas afiliadas por natureza; no entanto, isso nem sempre pode ser o caso. Nos casos em que os grupos não conseguiram anteriormente dar suporte a uma entidade, ou descartaram uma entidade pouco antes de um default, isso pode reduzir nossa avaliação da probabilidade de suporte.

Capacidade de Fornecimento do Suporte

Para estabelecer a capacidade da afiliada de suportar a entidade, usamos geralmente a própria avaliação individual da afiliada. Como as avaliações independentes são geralmente baseadas em demonstrações financeiras consolidadas - isto é, incluindo subsidiárias - podemos ocasionalmente modificar esta avaliação individual para refletir melhor a força financeira da afiliada excluindo a entidade suportada, e evitar a incorporação dos pontos fortes ou fracos da própria entidade na capacidade da afiliada de fornecer suporte.

Quando consideramos que o apoio é derivado de um grupo de forma mais geral, em vez de uma entidade específica dentro do grupo, podemos usar uma avaliação individual "nocional" desse grupo. Esta é a

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avaliação individual que atribuiríamos se o grupo fosse uma única entidade jurídica, ou seja, com base em suas finanças consolidadas. Ocasionalmente, podemos modificar isso para excluir a entidade suportada.

Essa abordagem implica que o suporte potencial do governo que se aplicaria à afiliada ou grupo não pode ser estendido à entidade em questão, e que os recursos disponíveis para suportar a entidade estão limitados à sua capacidade individual. Geralmente, adotamos essa abordagem porque consideramos o suporte do governo separadamente (veja abaixo). No entanto, podemos empregar, ocasionalmente, ratings com suporte (geralmente, o rating de dívida sênior sem garantia) como nossa medida de capacidade de suporte quando circunstâncias individuais justificam isso - por exemplo, se a entidade suportada for virtualmente inseparável da afiliada de suporte devido a interligações complexas e o suporte do governo fluiria, portanto, quase certamente via afiliada.

Quando a afiliada é uma entidade não bancária, por exemplo, uma companhia de seguros ou empresa não financeira, podemos usar também um rating de probabilidade de default quando disponível.

Dependência entre o Provedor do Suporte e o Destinatário do Suporte

Normalmente, julgamos que a dependência se enquadra em uma das três grandes categorias, “Muito alta”, “Alta” e “Moderada” - embora possamos ocasionalmente divergir disso para refletir uma visão diferente.

Nossa escolha de dependência baseia-se nos seguintes fatores principais:

» O grau de integração entre as afiliadas: Quanto maior a confiança de uma entidade no financiamento intragrupo, maior é a probabilidade de considerarmos a dependência como Muito Alta em vez de Alta.

» Os respectivos ambientes operacionais: Quanto mais próximas as ligações entre os mercados nos quais as afiliadas operam, maior a probabilidade de considerarmos sua dependência como Muito Alta em vez de Alta. Nessa avaliação, consideramos as linhas de negócios e tipos de produtos, assim como a localização geográfica.

Um exemplo da Planilha de Suporte da Afiliada é mostrado na Figura 14.

FIGURA 14

Exemplo de Planilha de Suporte da Afiliada Premissas

País da afiliada provedora do suporte País XYZ Afiliada provedora do suporte Banco Controlador Inc Qualidade de Crédito de referência BCA Qualidade de Crédito da Provedora de Suporte baa1

Dependência Muito Alta

Avaliação Individual Nível do Suporte

Orientação do Notching (Mín - Méd - Máx)

Notching Atribuído

Avaliação Individual após o Suporte da Afiliada

Ba1 Alto 1 - 1 - 2 1 Baa3

Fonte: Moody’s Investors Service

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Suporte do Governo

Nossa abordagem para o suporte do governo é semelhante àquela para determinar o suporte de uma afiliada. Nossa avaliação é projetada para ser de natureza qualitativa e flexível, permitindo-nos incorporar as mudanças do mundo real, muitas vezes sutis, que definem atitudes para suportar as instituições financeiras.

Avaliamos a probabilidade de suporte por parte de um órgão público (geralmente um governo, mas às vezes um banco central ou uma instituição supranacional) para uma classe de credores, de acordo com uma das seguintes cinco categorias que melhor reflete a importância desse instrumento para o público: "Suportada pelo Governo", "Muito Alta", "Alta", "Moderada" e "Baixa". Nossa avaliação - que é basicamente específica à cada classe de instrumentos de cada empresa - é feita por meio da análise de várias considerações.

Primeiro, incorporamos a estrutura de políticas públicas em geral. Nossa avaliação geral da probabilidade de suporte do governo para um determinado instrumento com rating é significativamente condicionada por uma compreensão da atitude geral dos órgãos públicos relevantes e quaisquer restrições que eles possam enfrentar, além de sua própria qualidade de crédito, em fornecer suporte.

Em seguida, avaliamos vários assuntos específicos da indústria e da entidade, incluindo participação de mercado, impacto no mercado, natureza da atividade e envolvimento público, e podemos avaliar probabilidades mais altas de suporte em alguns casos.

Um exemplo da Planilha de Suporte do Governo é mostrado na Figura 15.

FIGURA 15

Exemplo de Planilha de Suporte do Governo Premissas

Autoridade provedor de suporte País XYZ

Qualidade da provedora de suporte Aa2

Dependência Muito Alta

Teto de depósito bancário em moeda local Aaa

Teto-país em moeda local Aaa

Teto de depósito bancário em moeda estrangeira Aaa

Teto-país em moeda estrangeira Aaa

Avaliação Individual após o Suporte da Afiliada

Nível do Suporte

Orientação do Notching (Mín - Méd - Máx)

Notching Atribuído

Impacto do teto-país em moeda local

Rating atribuído em moeda local

Impacto do teto-país em moeda estrangeira

Rating atribuído em moeda estrangeira

Baa3 Alto 2 - 3 - 5 3 0 A3 0 A3

Fonte: Moody’s Investors Service

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Anexo 5: Teste de Estresse da Empresa Financeira

Podemos avaliar a liquidez de uma empresa financeira em termos de flexibilidade para lidar com eventos de mercado e sua capacidade de financiar originações sob estresse. O teste de estresse pode assumir várias formas, de acordo com o mix de ativos e a estrutura de financiamento da empresa financeira. Os resultados dos testes de estresse podem mostrar as pontuações dos subfatores ajustadas e a pontuação de certos fatores de notching. Eles também podem ser incorporados qualitativamente nos ratings.

Um exemplo de um teste de estresse de liquidez é descrito abaixo.

Este exemplo de teste de estresse incorpora as seguintes premissas: a) nenhuma capacidade de levantar novos recursos nos mercados de capital garantidos e não garantidos nos próximos 12 a 24 meses; b) todas as dívidas devem ser pagas no vencimento e quaisquer opções de venda dentro das escrituras de dívida são exercidas; c) todos os dividendos e juros são pagos; d) todas as despesas operacionais são pagas; e e) os novos negócios continuam a ser financiados a um nível que reabastece as carteiras, a fim de preservar o posicionamento das franquias. As empresas financeiras com um plano detalhado para atender suas necessidades de caixa sob várias circunstâncias de estresse com uma combinação de liquidez disponível e fontes alternativas robustas se saem melhor no cenário de estresse.

Para este teste, consideramos a liquidez do balanço altamente confiável para incluir dinheiro, títulos com ratings altos do governo federal e dos governos locais bem como títulos de agências governamentais. A liquidez contingente comprometida altamente confiável inclui principalmente linhas bancárias sem garantia e comprometidas com vencimentos de pelo menos um ano. A dívida pode ser patrimonial, extrapatrimonial, com garantia e sem garantia e com e sem recourse. Embora não seja servida por fluxos de caixa corporativos, a dívida non-recourse (por exemplo, securitização) é incluída geralmente em nossa análise porque serve provavelmente como uma fonte de financiamento fundamental, cuja ausência poderia resultar em uma redução acentuada das atividades comerciais que poderiam prejudicar a franquia.

Podemos incorporar também cenários de estresse para o fluxo de caixa operacional e fluxos de caixa da carteira para refletir a incerteza em relação ao desempenho da qualidade de crédito e as margens. Nossa análise incorpora também diferenças regionais nas dinâmicas de crédito, quando apropriado.

Durante os períodos de real estresse de liquidez, as empresas financeiras com ativos livres de alta qualidade podem ser capazes de gerar liquidez de vendas de ativos ou de uma redução no volume de novos negócios que resulte no escoamento líquido do portfólio. Essa é uma consideração secundária e menor em nossa análise, devido ao momento e quantia incertos desses fluxos de caixa e, além disso, devido aos danos à franquia que podem ocorrer se uma empresa financeira reduzir substancialmente as novas atividades comerciais.

Além de analisar um escoamento de liquidez em um horizonte de 12 a 24 meses, também analisamos períodos mais longos para avaliar se os vencimentos das dívidas estão adequadamente alinhados para minimizar o risco de refinanciamento concentrado em qualquer período. Também avaliamos o rigor dos sistemas de monitoramento e controle de liquidez, bem como o planejamento de contingência e os testes de estresse de liquidez.

Para BDCs, além dos critérios acima, estimamos uma possível erosão de seu patrimônio líquido em relação às marcações de valor justo e o declínio correspondente em seus ACRs e Reservas de ACRs. Estimamos as marcações de valor justo com base nas maiores remarcações observadas durante uma grande crise financeira (por exemplo, a crise de 2008-09) para cada tipo de investimento.

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Anexo 6: Descrição das Características de Crédito da BDC

Características de Crédito Especiais da BDC

As BDCs são empresas financeiras comerciais monoline nos EUA com riscos e pontos fortes exclusivos que se originam dos limites estabelecidos em sua regulamentação e seu foco em empréstimos alavancados.

As BDCs são vulneráveis a riscos de eventos decorrentes de uma violação de seu índice de cobertura de ativos regulatórios (ACR, em inglês),34 ou dos níveis de ACR exigidos por convenants em suas linhas de crédito. O covenant pode ser estabelecido em um nível que é mais rigoroso que a exigência regulatória. Uma violação do covenant do ACR representa um risco de liquidez extremamente significativo para as BDCs, porque geralmente permite que os credores reportem um evento de default e antecipem o reembolso da dívida. Uma violação do ACR ocorre geralmente por meio da erosão do patrimônio líquido, a partir de perdas não realizadas (valor justo) ou perdas realizadas. Portanto, avaliamos a probabilidade de uma BDC ultrapassar seu limite de ACR, pode meio da análise da composição e a concentração do portfólio em relação ao colchão de capital. Também podemos avaliar a probabilidade da BDC de violar o limite mínimo regulatório, bem como o limite específico em suas cláusulas de empréstimo. As repercussões de uma violação do limite regulatório geralmente teriam um impacto de crédito negativo muito maior.

As BDCs são muito bem capitalizados em comparação com a maioria das outras instituições financeiras, porque sua alavancagem é limitada por um ACR regulatório. A baixa alavancagem geralmente ajuda a proteger os credores contra o desempenho de crédito inerentemente volátil dos empréstimos subjacentes das BDCs para empresas privadas de middle-market. Mesmo no caso de uma violação de ACR, o valor do ativo de uma BDC teria que cair consideravelmente antes que os ativos (em uma base contábil) não cobrissem totalmente a dívida, o que implica uma perda esperada menor em caso de default.

No entanto, a capacidade das BDCs de reter e emitir capital também é limitada por regulamentações. Primeiro, como as empresas de investimento regulamentadas (RICs, em inglês), as BDCs são obrigadas a distribuir como dividendos uma porcentagem muito grande de seus ganhos, o que impede a acumulação de capital por meio de lucros acumulados. Segundo, as BDCs são impedidas de emitir ações quando suas ações estão sendo negociadas abaixo do valor patrimonial líquido (NAV, em inglês).

34 De acordo com a Lei de Sociedades de Investimento de 1940, o cálculo do índice de cobertura de ativos é definido como a relação entre o valor do total de ativos,

menos o passivo não relacionado à dívida e o endividamento em aberto. Certos tipos de endividamento, tais como empréstimos sob o programa Small Business Administration (SBA) dos EUA, são excluídos do índice.

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Publicações Relacionadas da Moody’s

Os ratings de crédito são determinados principalmente por metodologias de rating de crédito setoriais. Algumas considerações metodológicas amplas (descritas em uma ou mais metodologias de ratings de crédito intersetoriais) podem também ser relevantes para determinar os ratings de crédito de emissores e instrumentos. Uma lista de metodologias de ratings de crédito setoriais ou intersetoriais pode ser encontrada aqui.

Para dados que resumem a robustez e poder preditivo histórico dos ratings atribuídos com base nesta metodologia, acesse este aqui.

Para informações adicionais, consulte Símbolos e Definições de Rating, disponível aqui.

Definições Básicas para Estatísticas de Crédito (Guia do Usuário) da Moody’s pode ser encontrado aqui.

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Número do Relatório: 1187101

Autores

Brian Harris Anna Sherbakova Pano Karambelas

© 2019 Moody’s Corporation, Moody’s Investors Service, Inc., Moody’s Analytics, Inc. e/ou suas licenciadas e afiliadas (em conjunto, “MOODY’S”). Todos os direitos reservados.

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A Moody’s Investors Service, Inc., uma agência de rating de crédito, subsidiária integral da Moody’s Corporation (“MCO”), pelo presente, divulga que a maioria dos emissores de títulos de dívida (incluindo obrigações emitidas por entidades privadas e por entidades públicas locais, outros títulos de dívida, notas promissórias e papel comercial) e de ações preferenciais classificadas pela Moody’s Investors Service, Inc., acordaram, antes da atribuição de qualquer rating, pagar à Moody’s Investors Service, Inc., para fins de avaliação de ratings e serviços prestados por esta agência, honorários que poderão ir desde US$1.000 até, aproximadamente, US$2.700,000. A MCO e a MIS também mantêm políticas e procedimentos destinados a preservar a independência dos ratings da MIS e de seus processos de rating. São incluídas anualmente no website www.moodys.com, sob o título “Investor Relations — Corporate Governance — Director and Shareholder Affiliation Policy” informações acerca de certas relações que possam existir entre administradores da MCO e as entidades classificadas com ratings e entre as entidades que possuem ratings da MIS e que também informaram publicamente à SEC (Security and Exchange Commission – EUA) que detêm participação societária maior que 5% na MCO.

Termos adicionais apenas para a Austrália: qualquer publicação deste documento na Austrália será feita nos termos da Licença para Serviços Financeiros Australiana da afiliada da MOODY’s, a Moody’s Investors Service Pty Limited ABN 61 003 399 657AFSL 336969 e/ou pela Moody’s Analytics Australia Pty Ltd ABN 94 105 136 972 AFSL 383569 (conforme aplicável). Este documento deve ser fornecido apenas a distribuidores (“wholesale clients”), de acordo com o estabelecido pelo artigo 761G da Lei Societária Australiana de 2001. Ao continuar a acessar esse documento a partir da Austrália, o usuário declara e garante à MOODY’S que é um distribuidor ou um representante de um distribuidor, e que não irá, nem a entidade que representa irá, direta ou indiretamente, divulgar este documento ou o seu conteúdo a clientes de varejo, de acordo com o significado estabelecido pelo artigo 761G da Lei Societária Australiana de 2001. O rating de crédito da Moody’s é uma opinião em relação à idoneidade creditícia de uma obrigação de dívida do emissor e não diz respeito às ações do emissor ou qualquer outro tipo de valores mobiliários disponíveis para investidores de varejo.

Termos adicionais apenas para o Japão: A Moody’s Japan K.K. (“MJKK”) é agência de rating de crédito e subsidiária integral da Moody’s Group Japan G.K., que por sua vez é integralmente detida pela Moody’s Overseas Holdings Inc., uma subsidiária integral da MCO. A Moody’s SF Japan K.K. (“MSFJ”) é uma agência de rating de crédito e subsidiária integral da MJKK. A MSFJ não é uma Organização de Rating Estatístico Nacionalmente Reconhecida (“NRSRO”). Nessa medida, os ratings de crédito atribuídos pela MSFJ são Ratings de Crédito Não-NRSRO. Os Ratings de Crédito Não-NRSRO são atribuídos por uma entidade que não é uma NRSRO e, consequentemente, a obrigação objeto de rating não será elegível para certos tipos de tratamento nos termos das leis dos E.U.A. A MJKK e a MSFJ são agências de ratings de crédito registadas junto a Agência de Serviços Financeiros do Japão (“Japan Financial Services Agency”) e os seus números de registo são “FSA Commissioner (Ratings) n° 2 e 3, respectivamente.

A MJKK ou a MSFJ (conforme aplicável) divulgam, pelo presente, que a maioria dos emitentes de títulos de dívida (incluindo obrigações emitidas por entidades privadas e entidades públicas locais, outros títulos de dívida, notas promissórias e papel comercial) e de ações preferenciais classificadas pela MJKK ou MSFJ (conforme aplicável) acordaram, com antecedência à atribuição de qualquer rating, pagar à MJKK ou MSFJ (conforme aplicável), para fins de avaliação de ratings e serviços prestados pela agência, honorários que poderão ir desde JPY125.000 até, aproximadamente, JPY250.000,000.

A MJKK e a MSFJ também mantêm políticas e procedimentos destinados a cumprir com os requisitos regulatórios japoneses.