Ouro Preto - Tópicos de História: Arquitetura, Música, Documento, Conservação

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Este livro congrega seis artigos com uma temática comum apaixonante: Ouro Preto. Os olhos do historiador ouropretano convergem para a paisagem, a arquitetura, a música e o povo desta cidade, para as relações destes elementos nos tempos passado e presente de modo inequivocamente passional, mesmo considerada a abordagem metódica e a pretensa erudição. A paixão, confessa no primeiro artigo (Eu “Ouro Preto”), se desdobra em considerações topográficas sobre os templos coloniais (Adequação retórico-arquitetônica da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto). A mesma paixão visceral que aguça os ouvidos para sons reais e imaginários (Música colonial, cérebro retórico e êxtase religioso) relê a poesia arcádica situando física e politicamente as referências do poeta detrator (As cartas chilenas: carta terceira, notas de leitura). Ainda com os olhos voltados para o passado, e nada é mais presente no passado que a morte, abstrair de algumas lápides os resquícios das paixões de outras épocas é tarefa inglória e fascinante (Aqui jazem os restos do irmão J.F.C. falleciddo), tanto quanto querer apontar nos requícios já arqueológicos da mineração aurífera (Curral de Pedras: abandono e omissão) as tensões vividas em uma época anterior cujas marcas estão por todo lado, cravadas na essência da brasilidade. A retórica da história clama em coros dissonantes e cada vagido é repleto de significâncias, todas elas se articulando para dar significado ao que somos. Cada olhar sobre a Ouro Preto de outrora completa a visão que temos de nós mesmos, quer como agentes de uma existência em contínua construção, quer como amantes do pretérito edificado em magnífica herança.

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Este texto foi revisado, preparado e composto pela Editora Keimelon.

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Eu Ouro Preto

Tópicos de História:

Arquitetura, Música, Documento, Conservação

Editora Keimelion Ltda. Ouro Preto

2009

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Brindo ao povo de minha terra.

Brindo aos historiadores das Minas Gerais.

Brindo aos visitantes de Ouro Preto.

Brindo à preservação de nossas memórias.

O Autor contou com a colaboração de Will Oliveira e Gustavo Athayde Athayde. Agradecimentos a ambos.

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Sumário

1 Eu “Ouro Preto” .............................................................................................. 7

2 Adequação retórico-arquitetônica da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto .......................................................................................................... 13

2.1 Orientação das fachadas .......................................................................... 16

2.2 Visão e visibilidade .................................................................................. 202.2.1 Igreja de Nossa Senhora do Pilar ........................................................... 212.2.2 Capela de São Miguel e Almas ................................................................ 242.2.3 Igreja de Nossa Senhora do Carmo ......................................................... 252.2.4 Igreja de Nossa Senhora do Rosário ....................................................... 272.2.5 Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia ............................ 282.2.6 Igreja de São Francisco de Paulo ........................................................... 292.2.7 Igreja de São José ...................................................................................... 312.2.8 Comparação e análise ............................................................................... 32

3 Música colonial, cérebro retórico e êxtase religioso ................................... 34

3.1 Da descrição do som, do tom e da melodia colonial … ........................ 34

3.2 …à demonstração da harmonia, do ritmo e da composição retórica… 40

3.3 …à mimese na composição, no desempenho, na escuta… ..................... 45

3.4 …à compreensão da retórica e êxtase religioso. .................................... 51

4 As cartas chilenas: Carta terceira, notas de leitura .................................... 57

4.1 Carta terceira ............................................................................................ 57

4.2 Resumo explicativo .................................................................................. 62

4.3 A casa da Câmara e Cadeia (Museu da Inconfidência) ....................... 65

4.4 Personagens e eventos .............................................................................. 664.4.1 Personagens ............................................................................................... 664.4.2 Critilo ......................................................................................................... 66

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4.4.3 Doroteu ...................................................................................................... 674.4.4 Governador ................................................................................................ 68

4.5 Eventos ...................................................................................................... 68

5 Aqui jazem os restos do irmão J.F.C. falleciddo ......................................... 70

5.1 Documentação epigráfica ....................................................................... 70

5.2 As lápides funerárias .............................................................................. 72

5.3 As lápides exteriores da Igreja de N.S. das Mercês e Perdões de Ouro Preto .................................................................................................................... 76

5.3.1 Situação espacial ...................................................................................... 785.3.2 Breve análise ............................................................................................ 79

5.4 Considerações ........................................................................................... 81

6 Curral de Pedras: abandono e omissão ........................................................ 82

6.1 O Curral de Pedras e a arqueologia da mineração do século XVIII 82

6.2 O conjunto de sítios mineratórios ......................................................... 88

6.3 Um sítio desconhecido ............................................................................ 91

6.4 Aproximação fotográfica ........................................................................ 97

6.5 Os caminhos para as minas .................................................................... 99

6.6 O Passa Dez ............................................................................................ 101

6.7 Inconclusões ........................................................................................... 1086.7.1 Sugestões .................................................................................................. 109

7 Bibliografia ................................................................................................. 110

Índice das ilustrações ........................................................................................... 115

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1 Eu “Ouro Preto”

Pois é, esse livro tem o nome do blog do Ronald Peret1

Eu “Ouro Preto” é título, aqui e lá no blog do Ronald, mas esse título é verbo, per-cebem? Eu “Ouro Preto”, tu ouro pretas, ele ouro-preta, nós ouropretamos… É o verbo ouropretar, regularíssimo, conjugável em todos os tempos, modos e pessoas. Todos podem ouropretar, todos podem praticar a ação de viver Ouro Preto que o verbo expressa. Mas ouropretar expres-

, mas ele é meu amigo há tempo suficiente para eu tomar essa liberdade de pedir emprestado um título sem comu-nicar antes. Depois ele viu e endossou, fiquei remido. A-lém do mais, de muita história de nossas infâncias, temos em comum Ouro Preto, terra mais que própria para vi-vermos as histórias de sempre, da infância, adolescência, maturidade… E vivermos as histórias de antes, de nossos pais, avós… E as histó-rias de quem está na his-tória: Olímpia Cota, Be-né da Flauta, Tiradentes – gente que não existe mais, mas cujas histó-rias eternizaram e miti-ficaram seus nomes, ape-

lidos e feitos.

1 Ronald Peret é ouropretano, fotógrafo e meu amigo. O blog a que me

refiro: <http://euouropreto.blogspot.com/>

Foto 1-1 Torres do Pilar

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sa sentir a cidade, interpretá-la, tentar compreendê-la, passar pelo menos uma noite gélida perambulando em meio à névoa, entrevendo as ruas e as torres, e pelo menos um dia tórrido no alto do morro apreciando o conjunto setecentista. Em ponto menor, ouropretar pode ser até despencar de ônibus pelo meio da manhã, passar pelo Pilar em meia hora, correr para São Francisco e Concei-ção, engolir um feijão tropeiro com torresmo, ver um mu-seu de cada lado da Praça Tiradentes e voltar para a rodoviária. Mas fazer isso é sempre uma experiência incompleta de ouropreta-ção.

Nem todos têm o privilégio do Ronald e meu, que pu-demos ouropretar desde o primeiro vagido e seguir ouropretando por décadas. Mas não é o tempo que con-ta, não é o tempo da quan-tidade de horas, semanas ou anos. O que conta é á intensidade do olhar, a obliquidade da análise, a sutileza de perceber as diferenças do aroma da cidade na canícula de uma estiagem invernal ou na bolorenta invernada das consoadas. O que conta é tentar

Foto 1-2 Sino do Padre Faria

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2 Adequação retórico-arquitetônica da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto

Apresentarei e discutirei aqui alguns aspectos topográfi-cos e de visibilidade dos templos católicos da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto em função dos critérios de edificação preconizados pelas Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia e relativizados pela topografia local e outras condicionantes locais.

No período colonial, a paisagem urbana estava vinculada à presença dos religiosos, uma vez que cada ordem religi-osa, irmandade ou confraria dominava uma parcela do território, sendo esta dominação de base econômica e ide-ológica, exercida pela religião católica.14

Cumprirá sempre lembrar a cidade como “o lugar onde se articulam o social e sua representação”

15, lembremo-nos ainda de que a maior parte dos templos a que nos referi-mos foi edificada sob a égide de concepções ilustradas decorrentes da reconstrução de Lisboa devida ao terremo-to de 1º de novembro de 1555.16

A recomendação geral era de que os templos tivessem a fachada orientada a Oeste

17

14 FRIDMAN e MACEDO, 2007.

, e que o templo ficasse em

15 ROSANVALLON, 1995:12. 16 CARVALHO, 2003:27. 17 VIDE, 1720:L4,T17,688.

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Adequação retórico-arquitetônica da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto

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local destacado e imponente, preferencialmente numa elevação.18

Mas em Ouro Preto, o relevo montanhoso e a ocupação sem planejamento formal (como hoje é enten-dido) criaram condições práticas que requereram desvios dessas orientações, principalmente no que se refere à ori-entação das fachadas. As posições de destaque ocupadas pelos templos na paisagem geral da cidade são relativas, como será demonstrado.

Figura 2-1 Const. Prim. do Arceb. da Bahia, Livro 4, Tit. 17; 687.

18 VIDE, 1720:L4,T17,687.

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Públio Athayde Este e outros livros estão disponíveis para compra pelo sistema de impressão sob demanda! Estou preparando para disponibilizar todos meus trabalhos. Com o apoio de meus leitores, milhares, que se dispuseram a ler meus trabalhos nas versões e-book. Agora eles podem ser impressos! Acesse http://clubedeautores.com.br/ e pesquise por meu nome. Se este link estiver disponível, ele vai diretamente à minha página lá: http://migre.me/at4p

Articulando Coletânea de artigos. Alguns são artigos leves, outros bem mais profundos. Alguns têm origem em trabalhos acadêmicos e foram simplificados para essa edição, estando disponíveis inclusive pela internet, suas versões completas e anotadas. Há artigos bem recentes e outros de mais de dez anos. Novo livro publicado. Não necessariamente novos textos, pois se trata de uma coletânea

de Públio Athayde: "Juntei alguns artigos espalhados (mentira: estavam todos na mesma pasta do computador), selecionei bastante (outra mentira: coloquei tudo que era pertinente) e organizei esse livrinho eletrônico com o que prestava (ou eu pensei assim). O bacana é a facilidade, o baixo custo (zero) e a provisoriedade: tudo pode e vai ser revisado montes de vezes e nunca estará perfeito."

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O objetivo deste

Manual Keimelion 2010 para redação acadêmica é subsidiar a produção de textos científicos, fornecer elementos para que os aspectos linguísticos e formais não constituam grandes obstáculos ao trabalho. Espera-se que aqui se encontrem algumas indicações de procedimentos a serem seguidos ou evitados. São fornecidas sugestões de apresentação dos trabalhos, de

acordo com as usuais formatações e regras de referência. Note-se que há enormes variações entre as diferentes instituições quanto a esses aspectos. As formas propostas são síntese simplificada das exigências genéricas. Este trabalho é fruto de minha experiência como revisor, atuando especificamente com teses e dissertações ao longo de mais de dez anos.

Camonianas Quatro sonetos de Luís de Camões dão origem a 56 composições em que o poeta Públio Athayde desenvolve sugestões de cada um dos versos da significativa tetralogia. Tomado como primeira frase dos novos poemas, o verso do grande luso é o mote que conduz o desempenho do sonetista ouro-pretano no virtuosismo de uma delicada, difícil e audaciosa operação.

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Confissões “confissões/ foram tantas/ nas lições/ que me cantas”. Mais poesias de Públio Athayde; desta vez, poesia confessional. Crônica completa de um amor do passado em sonetos livremente acrósticos. Todo ilustrado com fotos de Ouro Preto antigas.

Dirceu Sonetos Bem(e)Ditos

Quatorze versos cada poema de vário amor absolutamente bandido. Uma contorção de quem subtrai a Musa ao tango para trazê-la a um sabá orgírico em ritmo de seresta. Poesia-tese é a resposta que Doroteu nos oferece...

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Marília & Dirceu Um triângulo de dois vértices

Teatro. Drama em um ato de Públio Athayde sobre textos de Tomas Antônio Gonzaga, José Benedito Donadon-Leal e Públio Athayde. Ao fundo do palco vêem-se a casa de Marília e, em último plano, o IItacolomi, nos lados, altares "barrocos" com ícones

gregos mencionados no texto; alguns móveis, dois leitos e adereços de época, velas acesas, luzes cambiantes entre os vários ambientes de cena.

Sonetos para Ser entendido “É o próprio título que talvez forneça a principal chave de leitura

dos textos: algo como uma ascese para se chegar ao entendimento e ser um entendido em paz neste mundo. O leitor, além disso, deve se manter atento, tal como o poeta nos adverte o poema “De atalaia”: “Porque coisa escondida existe / Até no mais óbvio do chiste.” [...] Como sabemos, o cômico, a ironia, o grotesco, o escatológico, o blasfemo, o chulo são territórios considerados menos nobres na

literatura, ainda sob o império do apolíneo. São raros, portanto, os autores que levam a sério a pesquisa desses territórios e sabemos de sua luta para terem as respectivas obras reconhecidas. [...] Encerro no poema “Pátria”, da sessão “Sonetos infantis”, que foi escrito quando Públio era ainda um menino e acreditava em tantas coisas importantes. É porque no centro do riso mora uma pungência insofismável. " Ronald Polito

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Eu Ouro Preto Tópicos de História: Arquitetura,

Música, Documento, Conservação Públio Athayde

Este livro congrega seis artigos com uma temática comum apaixonante: Ouro Preto. Os olhos do historiador ouropretano convergem para a paisagem, a arquitetura, a música e o povo desta cidade, para as relações destes elementos nos tempos

passado e presente de modo inequivocamente passional, mesmo considerada a abordagem metódica e a pretensa erudição. A paixão, confessa no primeiro artigo (Eu “Ouro Preto”), se desdobra em considerações topográficas sobre os templos coloniais (Adequação retórico-arquitetônica da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto). A mesma paixão visceral que aguça os ouvidos para sons reais e imaginários (Música colonial, cérebro retórico e êxtase religioso) relê a poesia arcádica situando física e politicamente as referências do poeta detrator (As cartas chilenas: carta terceira, notas de leitura). Ainda com os olhos voltados para o passado, e nada é mais presente no passado que a morte, abstrair de algumas lápides os resquícios das paixões de outras épocas é tarefa inglória e fascinante (Aqui jazem os restos do irmão J.F.C. falleciddo), tanto quanto querer apontar nos requícios já arqueológicos da mineração aurífera (Curral de Pedras: abandono e omissão) as tensões vividas em uma época anterior cujas marcas estão por todo lado, cravadas na essência da brasilidade. A retórica da história clama em coros dissonantes e cada vagido é repleto de significâncias, todas elas se articulando para dar significado ao que somos. Cada olhar sobre a Ouro Preto de outrora completa a visão que temos de nós mesmos, quer como agentes de uma existência em contínua construção, quer como amantes do pretérito edificado em magnífica herança.

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As Quatro Estações Mimeses

Este trabalho apresenta as mimeses transversais entre duas leituras contemporâneas de duas obras do século XVIII e discute a invenção baseada em emulações sobre As Quatro Estações, de Antonio Vivaldi. O engenho focado é um conjunto pictórico capaz de representar simultaneamente as Quatro Estações

como ciclo temporal e metáfora das fases da vida. A composição pictórica integra elementos formais da iconografia antiga a elementos da linguagem plástica contemporânea tendo como referenciais: a iconografia de Cesare Ripa e o trabalho de Amílcar de Castro. A proposta inclui aspectos transdisciplinares entre poesia, a música e a pintura. Uma das leituras, a literária, feita nos últimos anos do século passado, e outra o Programa Iconográfico, mais recente ainda, dos primeiros anos do XXI. Essa sobreposição de mimeses, além da emulação entre artes distintas, compreende a transversalidade da leitura interpretativa. O objetivo do Programa Iconográfico em questão não foi fazer doutrina da percepção sensorial, estética ou intersemiológica. A pretensão foi a da produção artística. Ao cabo do processo, esse livro discute a investigação que resultou na pintura e os resultados dela.

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3 Música colonial, cérebro retórico e êxtase religioso

3.1 Da descrição26 do som, do tom e da melodia colonial27

A caverna em que habito fica numa região em que há muitas outras.

28

Mas o que menos pude ouvir foi o silêncio. Não havia nenhum fogo em minha espelunca, mas várias luzes pe-netravam pelas frestas, nenhuma delas natural. Mas ha-via ruídos das cavernas adjacentes, de todos os lados, das pessoas transitando entre elas, e dos fogos sempre acesos em algumas delas, de animais… Nunca há silêncio, quando há tantas cavernas.

Passei nela uma madrugada acordado, tentando ouvir o silêncio da noite – nem havia estrelas. As outras pessoas que vivem comigo não produziam ne-nhum ruído, provavelmente dormissem…

26 Os títulos dos capítulos deste trabalho se inspiram na retórica tradi-

cional, mas foram tomados em sentido lato. Descrição, aqui emulado apenas o sentido de descriptio, sem a amplitude de εκ-φρασιζ. De-monstração será empregado adiante no sentido de demonstratìo, sem necessária referência a καλον ou αισκρον. Mimese será empregado como referência às fontes que foram emuladas. Retórica, elocução e disposição serão empregados no sentido retórico próprio. Outros aspec-tos dos títulos e da estrutura do texto são emulações da obra de JOUR-

DAIN (1998), como será referido. 27 JOURDAIN, 1998, caps.1, 2 e 3. 28 JOURDAIN, 1998, Introdução.

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Do silêncio da noite, aquele que nos permite ouvir a voz das estrelas, só pude ter a saudade de algum dia bem dis-tante quando estive em lugar bem menos habitados, lugar em que o fogo mais perto, em linha reta, teria viajado alguns anos antes de chegar a mim. E os ruídos eram das folhas, dos insetos, o ar se movimentando… Sons que não se sobrepõem ao éter ou ao atrito da atmosfera com o planeta em seu giro diário.

Fiquei imaginando qual seria, há 200 anos, o som da noi-te no lugar mesmo em que nasci29

Entendi então que, para ter uma ideia qualquer sobre a noção de som, a compreensão de tons e a melodia da mú-sica colonial, o ponto de partida seria a aceitação do fato de que os habitantes das cavernas por perto de onde eu nasci, 200 anos antes dessa efeméride, seriam em número muito menor, teriam muito menos fogos a crepitar pela noite, ficariam muito mais recolhidos depois de o sol se por… E estariam muito mais propriamente afetados pela calada da noite. E não é na calada da noite – agora no sentido moderno mesmo da expressão – que estamos mais afetados pelos medos, pelas melancolias, pelos fantasmas e pelas fés? Acredito que a centésima parte das pessoas produzam a centésima parte dos ruídos e tenha motivos para ter cem vezes mais medos.

… Quando ali haveria poucas cavernas e a centésima parte das pessoas dentre as quais eu vivo. E muito poucos lumes e candeias competi-am com a radiação dos astros.

29 Ouro Preto.

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5 Aqui jazem os restos do irmão J.F.C. falleciddo

5.1 Documentação epigráfica

As lápides representam a tentativa de permanência, o recado para a posteridade. E podem representar muito mais. O interesse dos historiadores por esse tipo de legado é corrente em diversas correntes historiográficas. Elas são, inegavelmente, fonte; registro palpável de dados e de vontades e ideias pretéritas. Fonte de história local, das mentalidades e inclusive outras vertentes.

A história local assume particular premência num tempo marcado por uma crescente globalização e propensão pa-ra a massificação e uniformização cultural, em que urge desenvolver a consciência do valor da História e do pa-trimônio enquanto marcas da herança cultural coletiva. Neste sentido, a história local propõe-se desenvolver e enquadrar estudos no âmbito da história regional e na-cional.

A Arqueologia insere-se na vocação matricial da história local, desde sempre ligada aos estudos epigráficos e à ne-cessidade de assegurar enquadramento técnico e científi-co adequado ao tratamento, conservação e estudo do vasto patrimônio arqueológico local em geral e de Ouro Preto, no nosso caso. Tem como objetivos centrais o desenvolvi-mento de projetos de inventário de patrimônio material,

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móvel e construído e de tratamento museológico, assu-mindo uma vocação para a prestação de serviços a enti-dades públicas e particulares, incluindo a atividade eco-nômica do turismo dentre seus objetivos, sem priorizá-lo nem secundá-lo em sua relevância.

Elegi para este trabalho, como documento a ser analisa-do, a lápide de J.F.C. e outras que circundam a igreja de Nossa Senhora das Mercês dos Perdões, em Ouro Preto.

Chamou-me mais atenção a lápide de J.F.C. por seu ta-manho, a qualidade que ainda apresenta e por sua situa-ção no local onde se encontra, como descreverei.

Foto 5-1 Lápide de J.F.C. (Foto de G. Athayde)

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5.4 Considerações

Muitas vezes, quando pensamos nos mortos, a primeira imagem que nos vem à mente é a da morte e do tempo que nos separa deles, raramente paramos para refletir que a morte é apenas um momento, o último, de suas vidas. Mas um momento especial para o qual muitos se prepa-ram cuidadosamente. Esquecemos que estas pessoas vive-ram e, por viverem, tinham desejos, paixões e sonhos.

As lápides constituem categorias documentais ímpares para capturarmos fragmentos destes fenômenos efêmeros e, além disso, nos fazem refletir sobre a importância do papel da Epigrafia no estudo da história do cotidiano. A análise de tais documentos fornece dados interessantes para repensarmos em modelos interpretativos mais tradi-cionais, fundamentados somente nas fontes escritas, em que os falecidos e os vivos são mostrados como uma massa amorfa e sem vontade própria.

Os exemplos aqui comentados, mesmo que en passant, representam a complexidade e heterogeneidade de visões sobre a vida e a morte, bem como abrem caminhos para se explorar o cotidiano das pessoas a partir de seus pró-prios registros ou de pessoas bem próximas a eles. Neste sentido, a epigrafia local nos desafia e encoraja a ouvir as vozes das diferentes camadas da sociedade e a repensar abordagens que, muitas vezes, apresentam suas vidas de maneira homogênea e monolítica.

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6 Curral de Pedras: abandono e omissão

6.1 O Curral de Pedras e a arqueologia da mineração do século XVIII

O entorno de Ouro Preto ainda está repleto de vestígios da atividade mineradora dos séculos XVIII e XIX. São muitos quilômetros de canais, centenas ou milhares de bocas de minas, ruínas de residências, muros e sítios cuja natureza ou função permanece indeterminada.

O Curral de Pedras faz parte desse conjunto, situando-se nos limite entre a zona urbana e a rural, destaca-se por sua dimensão e pela hipótese de que não teria sido origi-nalmente um curral, mas uma fortificação. Trata-se de um quadrilátero de cerca de 200m de perímetro, edifica-do com muros de pedra cuja denominação deve ser, se-gundo meu pensamento, ligada ao uso tardio.

As paredes de pedra tinham mais de 2m de altura, com cerca de 1m de largura na base. Havia edificações inter-nas e uma série de obras hidráulicas complementares.

A edificação tem sido agredida nas últimas décadas, nu-ma intervenção predatória e rápida; suas paredes têm si-do destruídas. Não se tem notícia de referências historio-gráficas ou documentais sobre o sítio.

Meu objetivo aqui será apenas apresentar algumas ques-tões indicativas do estado de abandono de todos os sítios

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6.4 Aproximação fotográfica

Há hoje dois acessos para o Curral de Pedras: um pelo trevo da Rodovia dos Inconfidentes, tomando rumo de São Bartolomeu até o Alto da Pedra de Amolar e voltan-do pela crista do maciço; ou subindo pelo Pau-Doce (Rua Manganês no Bairro São Cristóvão) e acompanhar os canais que serpenteiam o morro passando de uma cota à outra até o cume da elevação. Este foi o caminho percor-rido nessa expedição fotográfica.

Foto 6-13 - Vista da Rua Perita

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Foto 6-25 Do outro lado do morro

Foto 6-26 Vale do Rio das Velhas

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6.7 Inconclusões

Existe muito a ser conhecido, explorado, documentado e compreendido em volta de Ouro Preto. Houve uma ativi-dade exploratória absolutamente importante na região e pouco se estudou e quase nada se sabe sobre os sítios ar-queológicos dessa atividade.

O grande crescimento populacional da cidade, nas últi-mas décadas, tem feito as áreas habitadas da cidade a-vançarem sobre esses sítios de forma desorganizada e predatória.

Tabela 1 Ouro Preto - População Residente

ANOS URBANA RURAL TOTAL

1970 31.883 14.282 46.165

1980 37.964 15.446 53.410

1991 48.150 14.364 62.514

2000 55.823 9.908 65.731

Fonte: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

A ruína conhecida como Curral de Pedras apresenta uma série de contradições e permite especulações sobre sua função, sobre sua idade e sobre sua preservação. A lacuna historiográfica a respeito dessa ruína e dos sítios que a circundam merece atenção de pesquisadores e autorida-des públicas.

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6.7.1 Sugestões

Criação de um grupo interdisciplinar para estudo e acompanhamento dos sítios arqueo-lógicos do entorno de Ouro Preto.

Promoção de sistemático registro documen-tal, fotografias, topografia, quantificação, de todos os sítios e ruínas existentes.

Amplo levantamento da documentação his-tórica que possa subsidiar a compreensão da arqueologia da mineração.

Levantamento dos estudos aerofotográficos feitos na área nas últimas décadas para ava-liação das perdas recentes.

Criação de um museu aberto integrando os sítios mineratórios remanescentes.

Promoção de visitação de povo, estudantes e turistas aos sítios da mineração.

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Ouro Preto Tópicos de História

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7 Bibliografia

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AMARAL, Carlos Eduardo. A música sacra brasileira, hoje. Continente Multicultural, julho de 2006.

ATHAYDE, Públio. Manual para redação acadêmica. Belo Horizonte: Editora Keimelion, 2009.

ATHAYDE, Públio. Dirceu: Sonetos Bem(e)Dito(s). Belo Horizonte: Editora Keimelion, 2009a.

ATHAYDE, Públio. Marília & Dirceu. Belo Horizonte: Editora Keime-lion, 2009b.

BASTOS, Rodrigo Almeida. A ordem sagrada da cidade colonial: teológi-ca retórica e formação das povoações na capitania de Minas Gerais no século XVIII. IV Seminário do Barroco Ibero-Americano. Ouro Preto, novembro de 2006.

BASTOS, Rodrigo Almeida. A ordem sagrada da república colonial. Mí-meo, s.n.t.

BASTOS, Rodrigo Almeida. Retórica e Arquitetura colonial luso-brasileira no século XVII. II Encontro de História da Arte, Cmpinas, 27 de março de 2006.

BLIKSTEIN, I. Kaspar Hauser ou A fabricação da realidade. São Paulo: Cultrix, 1985.

BOSCHI, Caio César. Os Leigos e o Poder. Irmandades leigas e política colonizadora em Minas Gerais. São Paulo: Ática, 1986.

BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Pers-pectiva, 1982.

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Eu Ouro Preto Tópicos de História

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BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.

CARVALHO, Côn. José Geraldo Vidigal de. Folhinha de Mariana. Disponível em < http://www.arqmariana.com.br/?page_id=11> Aces-so em 6 de novembro de 2009.

CARVALHO, Marieta Pinheiro de. Uma idéia de cidade ilustrada as transformações urbanas da nova corte portuguesa (1808-1821). UERJ, 2003. Dissertação de Mestrado.

CASIMIRO, Ana Palmira Bittencourt Santos. Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia: Educação, Lei, Ordem e Justiça no Brasil Colo-nial. Acesso em 23 de janeiro de 2007 a <http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/artigos_frames/artigo_005.html>.

DUPRAT, Regis. A música sacra no Brasil Imperial; Revista IPHAN 29, 2001. p243-255.

EAGLETON, Terry. “Intentio Lectoris: apontamentos sobre a semiótica da recepção”. In: Eagleton, Terry. Os limites da interpretação. São Paulo: Perspectiva, 1995.

FRIDMAN, Fania e MACEDO Valter L. A ordem urbana religiosa no Rio de Janeiro colonial. Acesso em 23 de janeiro de 2007 a <http://www.ifch.unicamp.br/ciec/revista/artigos/dossie2.pdf>

FURTADO, Joaci Pereira. O falso manifesto da revolução que nunca hou-ve. Nossa História, São Paulo, n. 31, p. 80-83, mai 2006.

FURTADO, Joaci Pereira. Uma República de Leitores – História e me-mória na recepção das Cartas Chilenas (1845-1989). São Paulo: Hucitec, 1997.

FURTADO, João Pinto. Uma república entre dois mundos: Inconfidência Mineira, historiografia e temporalidade. Rev. bras. Hist., São Paulo, v. 21, n. 42, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882001000300005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 13 fevereiro de 2007.

GONZAGA, Tomás Antônio. Carta terceira: em que se contam as injusti-ças e violências que Fanfarrão executou por causa de uma cadeia, a que

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Curral de Pedras: abandono e omissão

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deu princípio. In As cartas chilenas. <http://pt.wikisource.org/wiki/Cartas_Chilenas/III.> Acesso em 13 de fe-vereiro de 2007.

GONZAGA, Tomás Antônio. Carta terceira: em que se contam as injusti-ças e violências que Fanfarrão executou por causa de uma cadeia, a que deu princípio. In As cartas chilenas (Introdução, cronologia, notas e estabelecimento de texto por Joaci Pereira Furtado). São Paulo: Compa-nhia das Letras. 1996

JOURDAIN, Robert. Música, cérebro e êxtase. Rio de Janeiro: Objetiva, 1988.

LANGE, Francisco Curt. A Música no Período Colonial em Minas Ge-rais. Seminário sobre a cultura mineira no período colonial. Belo Hori-zonte. Conselho Estadual de Cultura de Minas Gerais, 1979.

LIMA, Patrícia C. Fonemas da criação | uma doce investigação semiótica dos começos. Universidade Federal de Pernambuco, Brasil. Centro de Artes e Comunicação, Departamento de Design - Curso de Pós-graduação em Design da Informação. Recife, setembro, 2004.

MATTOS, Wilson Roberto de. Negros contra a ordem: Resistências e prá-ticas negras de territorialização no espaço da exclusão social. Salvador-BA (1850-1888). Paulo, PUC/SP, 2000. (Doutorado-História).

MIRANDA, Daniel. Músicos de Sabará: a prática musical religiosa a serviço da Câmara (1749-1822). UFMG/FAFICH, 2002. Dissertação de Mestrado.

MOREIRA, Rafael - A arquitetura militar do Renascimento em Portugal. In: A Introdução da arte da Renascença na Península Ibérica. Coimbra, EPARTUR, 1981.

NEVES, José Maria. Arte, artesanato e tradição na música colonial brasi-leira; Revista IPHAN 28, 1999. p174-197.

OLIVEIRA, Tarquínio J. B. de. Cartas Chilenas – Fontes Textuais. São Paulo: Referência, 1972.

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Eu Ouro Preto Tópicos de História

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PERET, Ronald. Eu Ouro Preto. <http://euouropreto.blogspot.com/> Aces-so em 5 de novembro de 2009.

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ROSANVALLON, Pierre. Por uma História Conceitual do Político (nota de trabalho). In: Revista Brasileira de História. São Paulo, 15(30). 1995.

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SCHAFF, A. Langage et Conaissance. Paris: Anthopos, 1974.

SEGAWA, Hugo. Os jardins públicos no período colonial e o passeio pú-blico do Rio de Janeiro. Revista Barroco, Belo Horizonte, UFMG, n.12, 1982-1983.

SOUZA Tânia Maria F. de e Reis Liana. Técnicas mineratórias e escravi-dão nas minas gerais dos séculos XVIII e XIX: uma análise comparativa introdutória. Acesso a <http://www.cedeplar.ufmg.br/seminarios/seminario_diamantina/2006/D06A018.pdf> em 12 de fevereiro de 2007.

TELLES, Augusto C. da Silva. Alpoim - O grande arquiteto do Brasil no século XVIII. DaCultura, ano IV n. 7. s.d.

TIAGUSVINICIUS.O Dobro do Elias. Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=09625fEVaK4> Acesso a 7 de novembro de 2009.

TOLEDO, Benedito Lima de. A Ação dos Engenheiros Militares na Ordenação do Espaço Urbano no Brasil. Urbanismo de origem portuguesa 4. Acesso a <http://libdigi.unicamp.br/document/?down=vtls000231856> em 12 de feve-reiro de 2007.

VASCONCELLOS, Sylvio de. Vila Rica. São Paulo: Perspectiva, 1977.

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Curral de Pedras: abandono e omissão

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VIDE, Dom Sebastião Monteiro da. Constituições Primeiras do Arcebis-pado da Bahia. Coimbra: Real Collegio das Artes da Comp. de Jesus, 1720.

VIEIRA, Amaral. Te Deum in stilo barroco, opus 213. Missa Choralis, Opus 282. Slovak Philharmonic Orchestra and Chois. Reg. Mario Kisik. São Paulo: Pulus, 1998.

XAVIER, Angela Leite. Tesouros, Fantasmas e Lendas de Ouro Preto. Ouro Preto: s.e. 2007.

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Índice das ilustrações

Foto 1-1 Torres do Pilar ................................................................. 7

Foto 1-2 Sino do Padre Faria ......................................................... 8

Foto 1-3 Igreja de Santa Efigênia .................................................. 11

Foto 5-1 Lápide de J.F.C. (Foto de G. Athayde) ............................... 71

Foto 5-2 Lateral da I. N. S. Mercês e Perdões, em Ouro Preto. ........... 72

Foto 5-3 Detalhe: Portaateral e a lápide de J.F.C. ............................ 72

Foto 5-4 Lápide A, com “sobrelápide”. (Fotos: G. Athayde). ............... 76

Foto 5-5 Lápide C ........................................................................ 77

Foto 5-6 Lápide D ....................................................................... 77

Foto 5-8 Lápide F ........................................................................ 77

Foto 5-7 Lápide E ........................................................................ 77

Foto 5-9 Lápide B ....................................................................... 78

Foto 6-1 Caixa D’Água ................................................................. 89

Foto 6-2 Projeção da construção completa. ..................................... 90

Foto 6-3 Corte na parte anterior da caixa-d'água. ............................ 90

Foto 6-4 Curral de Pedras: vista parcial dos resquícios da parede sul. 91

Foto 6-5 Detalhe da parede lesta da edificação interna. .................... 92

Foto 6-6 Parede sul, vista de dentro da edificação. ........................... 92

Foto 6-7 Medindo a edificação interna. ........................................... 93

Foto 6-8 Detalhe da demolição da parede oeste. ................................ 94

Foto 6-9 Parede oeste em franca demolição. .................................... 95

Foto 6-10 Medição da espessura da parede sul. ................................. 95

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Foto 6-11 - Aspecto da parede norte, único segmento com altura total preservada. .................................................................................. 96

Foto 6-12 - Ângulo externo formado pelas paredes sul e oeste. ............ 96

Foto 6-13 - Vista da Rua Perita ..................................................... 97

Foto 6-15 Princípio da subida: os canais. ......................................... 98

Foto 6-14 Rodovia dos Inconfidentes (OP/BH) e Jardim Botânico. ..... 98

Foto 6-16 Vista do Passa Dez. ...................................................... 100

Foto 6-17 Panorâmica de Ouro Preto (1) ....................................... 102

Foto 6-18 Panorâmica de Ouro Preto (2) ....................................... 103

Foto 6-19 Vista da Rodovia dos Inconfidentes ................................ 103

Foto 6-20 Panorâmica de Ouro Preto (3) ....................................... 104

Foto 6-21 Panorâmica de Ouro Preto (4) ....................................... 105

Foto 6-22 Vista da rodovia dos Inconfidentes ................................. 105

Foto 6-23 As Alterosas ................................................................ 106

Foto 6-24 Montanha em forte aclive ............................................. 106

Foto 6-25 Do outro lado do morro ................................................. 107

Foto 6-26 Vale do Rio das Velhas ................................................. 107

Figura 2-1 Const. Prim. do Arceb. da Bahia, Livro 4, Tit. 17; 687. ...... 14Figura 2-2 Referências das Constituições Primeiras a sua base jurídica.

.................................................................................................. 15

Figura 2-3 Const. Prim. do Arceb. da Bahia, Livro 4, Tit. 17; 688. ...... 22

Figura 3-1 Dois observadores, A e B, diante de uma viola. ................. 37

Figura 3-2 CD da Slovak Philharmonic .......................................... 48

Figura 6-1 Vila Rica, séc XVIII (REIS, 2001) .................................. 88

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Google Earth 2-1 Igreja de Nossa Senhora do Pilar .......................... 17

Google Earth 2-2 Capela de São Miguel e Almas .............................. 18

Google Earth 2-3 Igreja de N. Senhora do Carmo ............................. 18

Google Earth 2-4 Ig de N. S. do Rosário ......................................... 19

Google Earth 2-5 Igreja de das Mercês e Misericórdia ...................... 19Google Earth 2-6 Matriz, de N. S. Do pilar em primeiro plano, vista para o vale. ........................................................................................ 23

Google Earth 2-7 Vale do Pilar, com a Matriz assinalada (face NE). . 23Google Earth 2-8 Pilar, com a Matriz assinalada (vista do fundo e lado NE do vale) ................................................................................. 24

Google Earth 2-9 S. Miguel e Almas, vista da cumeeira. ................... 24

Google Earth 2-10 S. Miguel e Almas e vale a sua frente. .................. 25

Google Earth 2-11 N.S. Carmo, vista lateral. ................................... 26

Google Earth 2-12 N. S. Carmo, vista frontal. .................................. 26

Google Earth 2-13 N.S. do Carmo e entorno. .................................... 26

Google Earth 2-14 N.S. do Rosário, vista de fundo. ........................... 27

Google Earth 2-15 N.S. do Rosário e entorno. .................................. 27

Google Earth 2-16 N.S. Rosário, áreas de visibilidade. ...................... 27

Google Earth 2-17 N. S. Mercês e entorno. ...................................... 28

Google Earth 2-18 N. S. Mercês e seu campo visual. .......................... 29

Google Earth 2-19 S. F. de Paulo e campo visual. ............................. 29

Google Earth 2-20 S.F. de Paulo, vista da cumeeira. ........................ 30

Google Earth 2-21 S. F. de Paulo, campo visual. .............................. 30

Google Earth 2-22 S. José, área de visão. ........................................ 31

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Google Earth 2-23 São José, vegetação do entorno. ............................ 31

Google Earth 2-24 S. José, área de visibilidade. ................................ 31

Google Earth 5-1 Igreja N.S. das Mercês e Perdões - Vista aérea. ....... 76

Google Earth 5-2 Igreja N. S. das Mercês e Perdões. ......................... 79

Google Earth 6-1 Localização do Curral de Pedras. .......................... 85

Google Earth 6-2 Imagem do Curral de Pedras ................................. 86

Google Earth 6-3 Perímetro de cerca de 200m da edificação. ............. 86

Google Earth 6-4 Vertentes do Vale do Rio Doce e Rio das Velhas ...... 87

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Page 37: Ouro Preto - Tópicos de História: Arquitetura, Música, Documento, Conservação

Públio Athayde Este e outros livros estão disponíveis para compra pelo sistema de impressão sob demanda! Estou preparando para disponibilizar todos meus trabalhos. Com o apoio de meus leitores, milhares, que se dispuseram a ler meus trabalhos nas versões e-book. Agora eles podem ser impressos! Acesse http://clubedeautores.com.br/ e pesquise por meu nome. Se este link estiver disponível, ele vai diretamente à minha página lá: http://migre.me/at4p

Articulando Coletânea de artigos. Alguns são artigos leves, outros bem mais profundos. Alguns têm origem em trabalhos acadêmicos e foram simplificados para essa edição, estando disponíveis inclusive pela internet, suas versões completas e anotadas. Há artigos bem recentes e outros de mais de dez anos. Novo livro publicado. Não necessariamente novos textos, pois se trata de uma coletânea

de Públio Athayde: "Juntei alguns artigos espalhados (mentira: estavam todos na mesma pasta do computador), selecionei bastante (outra mentira: coloquei tudo que era pertinente) e organizei esse livrinho eletrônico com o que prestava (ou eu pensei assim). O bacana é a facilidade, o baixo custo (zero) e a provisoriedade: tudo pode e vai ser revisado montes de vezes e nunca estará perfeito."

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Page 38: Ouro Preto - Tópicos de História: Arquitetura, Música, Documento, Conservação

O objetivo deste

Manual Keimelion 2010 para redação acadêmica é subsidiar a produção de textos científicos, fornecer elementos para que os aspectos linguísticos e formais não constituam grandes obstáculos ao trabalho. Espera-se que aqui se encontrem algumas indicações de procedimentos a serem seguidos ou evitados. São fornecidas sugestões de apresentação dos trabalhos, de

acordo com as usuais formatações e regras de referência. Note-se que há enormes variações entre as diferentes instituições quanto a esses aspectos. As formas propostas são síntese simplificada das exigências genéricas. Este trabalho é fruto de minha experiência como revisor, atuando especificamente com teses e dissertações ao longo de mais de dez anos.

Camonianas Quatro sonetos de Luís de Camões dão origem a 56 composições em que o poeta Públio Athayde desenvolve sugestões de cada um dos versos da significativa tetralogia. Tomado como primeira frase dos novos poemas, o verso do grande luso é o mote que conduz o desempenho do sonetista ouro-pretano no virtuosismo de uma delicada, difícil e audaciosa operação.

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Page 39: Ouro Preto - Tópicos de História: Arquitetura, Música, Documento, Conservação

Confissões “confissões/ foram tantas/ nas lições/ que me cantas”. Mais poesias de Públio Athayde; desta vez, poesia confessional. Crônica completa de um amor do passado em sonetos livremente acrósticos. Todo ilustrado com fotos de Ouro Preto antigas.

Dirceu Sonetos Bem(e)Ditos

Quatorze versos cada poema de vário amor absolutamente bandido. Uma contorção de quem subtrai a Musa ao tango para trazê-la a um sabá orgírico em ritmo de seresta. Poesia-tese é a resposta que Doroteu nos oferece...

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Marília & Dirceu Um triângulo de dois vértices

Teatro. Drama em um ato de Públio Athayde sobre textos de Tomas Antônio Gonzaga, José Benedito Donadon-Leal e Públio Athayde. Ao fundo do palco vêem-se a casa de Marília e, em último plano, o IItacolomi, nos lados, altares "barrocos" com ícones

gregos mencionados no texto; alguns móveis, dois leitos e adereços de época, velas acesas, luzes cambiantes entre os vários ambientes de cena.

Sonetos para Ser entendido “É o próprio título que talvez forneça a principal chave de leitura

dos textos: algo como uma ascese para se chegar ao entendimento e ser um entendido em paz neste mundo. O leitor, além disso, deve se manter atento, tal como o poeta nos adverte o poema “De atalaia”: “Porque coisa escondida existe / Até no mais óbvio do chiste.” [...] Como sabemos, o cômico, a ironia, o grotesco, o escatológico, o blasfemo, o chulo são territórios considerados menos nobres na

literatura, ainda sob o império do apolíneo. São raros, portanto, os autores que levam a sério a pesquisa desses territórios e sabemos de sua luta para terem as respectivas obras reconhecidas. [...] Encerro no poema “Pátria”, da sessão “Sonetos infantis”, que foi escrito quando Públio era ainda um menino e acreditava em tantas coisas importantes. É porque no centro do riso mora uma pungência insofismável. " Ronald Polito

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Eu Ouro Preto Tópicos de História: Arquitetura,

Música, Documento, Conservação Públio Athayde

Este livro congrega seis artigos com uma temática comum apaixonante: Ouro Preto. Os olhos do historiador ouropretano convergem para a paisagem, a arquitetura, a música e o povo desta cidade, para as relações destes elementos nos tempos

passado e presente de modo inequivocamente passional, mesmo considerada a abordagem metódica e a pretensa erudição. A paixão, confessa no primeiro artigo (Eu “Ouro Preto”), se desdobra em considerações topográficas sobre os templos coloniais (Adequação retórico-arquitetônica da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto). A mesma paixão visceral que aguça os ouvidos para sons reais e imaginários (Música colonial, cérebro retórico e êxtase religioso) relê a poesia arcádica situando física e politicamente as referências do poeta detrator (As cartas chilenas: carta terceira, notas de leitura). Ainda com os olhos voltados para o passado, e nada é mais presente no passado que a morte, abstrair de algumas lápides os resquícios das paixões de outras épocas é tarefa inglória e fascinante (Aqui jazem os restos do irmão J.F.C. falleciddo), tanto quanto querer apontar nos requícios já arqueológicos da mineração aurífera (Curral de Pedras: abandono e omissão) as tensões vividas em uma época anterior cujas marcas estão por todo lado, cravadas na essência da brasilidade. A retórica da história clama em coros dissonantes e cada vagido é repleto de significâncias, todas elas se articulando para dar significado ao que somos. Cada olhar sobre a Ouro Preto de outrora completa a visão que temos de nós mesmos, quer como agentes de uma existência em contínua construção, quer como amantes do pretérito edificado em magnífica herança.

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As Quatro Estações Mimeses

Este trabalho apresenta as mimeses transversais entre duas leituras contemporâneas de duas obras do século XVIII e discute a invenção baseada em emulações sobre As Quatro Estações, de Antonio Vivaldi. O engenho focado é um conjunto pictórico capaz de representar simultaneamente as Quatro Estações

como ciclo temporal e metáfora das fases da vida. A composição pictórica integra elementos formais da iconografia antiga a elementos da linguagem plástica contemporânea tendo como referenciais: a iconografia de Cesare Ripa e o trabalho de Amílcar de Castro. A proposta inclui aspectos transdisciplinares entre poesia, a música e a pintura. Uma das leituras, a literária, feita nos últimos anos do século passado, e outra o Programa Iconográfico, mais recente ainda, dos primeiros anos do XXI. Essa sobreposição de mimeses, além da emulação entre artes distintas, compreende a transversalidade da leitura interpretativa. O objetivo do Programa Iconográfico em questão não foi fazer doutrina da percepção sensorial, estética ou intersemiológica. A pretensão foi a da produção artística. Ao cabo do processo, esse livro discute a investigação que resultou na pintura e os resultados dela.

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