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OS PEIXES DADOS TÉCNICOS Dos seres incontáveis que povoam o mar, os que são em maior número, com formas mais variadas, com mais belas cores e de maior utilidade para o Homem são, sem qualquer dúvida, os PEIXES. Esta importância superior dos peixes é tal que faz com que muitas vezes se aplique o mesmo nome a quase todos os animais aquáticos, quando são os peixes aqueles em que há menos razões para confusão, já que se deixam limitar melhor por características invariáveis. A definição de Peixes, tal como os naturalistas a adoptaram é, com efeito, clara e precisa: "São animais aquáticos vertebrados, de sangue vermelho, que respiram por brânquias por intermédio da água" (definição de Cuvier e Valenciennes em 1828). Esta definição, embora insuficiente, dava uma ideia notável, tendo em consideração os conhecimentos da época. A definição mais actualizada chama peixes aos vertebrados Anallantoideos que vivem na água, respirando o ar dissolvido pelas brânquias - têm apenas duas cavidades no coração (uma aurícula e um ventrículo) que corresponde ao coração venoso dos vertebrados superiores e cujos membros, quando existem, estão transformados em barbatanas (sustentadas por ossos particulares e não por pregas de pele como os batráquios). Têm formas admiravelmente adaptadas à deslocação na água, designadamente o corpo fuseiforme. A cabeça é tão grossa como o corpo, sendo o limite desta indicado pelas fendas branquiais e o anûs o limite do corpo em relação à cauda. A pele é nua ou quase nua, quase sempre coberta de protecções particulares, as conhecidas escamas, colocadas em série de lâminas como as telhas dos telhados ou, no caso dos esqualos, coberta por pequenos grãos (scutellos). O cérebro é composto, de uma maneira geral, por uma série de lóbulos que formam uma espécie de rosário duplo - os lóbulos situados na parte anterior são os lóbulos olfactivos - e o cérebro propriamente dito, composto por dois hemisférios - os lóbulos formam o cérebro anterior ou prosencephalo e os hemisférios o cérebro médio ou mesencephalo - a seguir têm o cerebelo, com uma cavidade a que se segue a medula alongada, com pequenos tubérculos, muito desenvolvida em relação ao cérebro. Devido ao ambiente em que vivem, os peixes têm o cristalino volumoso e mais ou menos esférico - a córnea é quase plana e muito mais espessa nos bordos que no centro - a pupila é longa e pouco contráctil e os olhos são grandes e movediços. (nos esqualos existe uma pálpebra inferior movediça). A visão não é o forte dos peixes mas é suficiente no ambiente aquático! No entanto as espécies predadoras possuem

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OS PEIXES – DADOS TÉCNICOS

Dos seres incontáveis que povoam o mar, os que são em maior número, com formas mais variadas, com mais belas cores e de maior utilidade para o Homem são, sem qualquer dúvida, os PEIXES. Esta

importância superior dos peixes é tal que faz com que muitas vezes se aplique o mesmo nome a quase todos os animais aquáticos, quando são os peixes aqueles em que há menos razões para confusão, já que se deixam limitar melhor por características invariáveis. A definição de Peixes, tal como os naturalistas a adoptaram é, com efeito, clara e precisa:

"São animais aquáticos vertebrados, de sangue vermelho, que respiram por brânquias por intermédio da

água" (definição de Cuvier e Valenciennes em 1828). Esta definição, embora insuficiente, dava uma ideia notável, tendo em consideração os conhecimentos da época. A definição mais actualizada chama peixes aos vertebrados Anallantoideos que vivem na água, respirando o ar dissolvido pelas brânquias - têm apenas duas cavidades no coração (uma aurícula e um ventrículo) que corresponde ao coração venoso dos vertebrados superiores e cujos membros, quando existem, estão transformados em barbatanas (sustentadas por ossos particulares e não por pregas de pele como os batráquios).

Têm formas admiravelmente adaptadas à deslocação na água, designadamente o corpo fuseiforme. A cabeça é tão grossa como o corpo, sendo o limite desta indicado pelas fendas branquiais e o anûs o limite do corpo em relação à cauda. A pele é nua ou quase nua, quase sempre coberta de protecções

particulares, as conhecidas escamas, colocadas em série de lâminas como as telhas dos telhados ou, no caso dos esqualos, coberta por pequenos grãos (scutellos).

O cérebro é composto, de uma maneira geral, por uma série de lóbulos que formam uma espécie de rosário duplo - os lóbulos situados na parte anterior são os lóbulos olfactivos - e o cérebro propriamente dito, composto por dois hemisférios - os lóbulos formam o cérebro anterior ou prosencephalo e os hemisférios o cérebro médio ou mesencephalo - a seguir têm o cerebelo, com uma cavidade a que se segue a medula alongada, com pequenos tubérculos, muito desenvolvida em relação ao cérebro.

Devido ao ambiente em que vivem, os peixes têm o cristalino volumoso e mais ou menos esférico - a córnea é quase plana e muito mais espessa nos bordos que no centro - a pupila é longa e pouco contráctil e os olhos são grandes e movediços. (nos esqualos existe uma pálpebra inferior movediça). A visão não é o forte dos peixes mas é suficiente no ambiente aquático! No entanto as espécies predadoras possuem

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uma óptima visão. O olfacto... bem, a capacidade de sentir o cheiro das substâncias na água é também muito apurada e varia inversamente com a visão i.e. menor olfacto = maior visão e menor visão = maior olfacto.

Quanto ao ouvido...não têm ouvido externo nem médio - o aparelho auditivo está reduzido ao ouvido interno, composto por um labirinto membranoso com três canais semi-circulares e um vestíbulo, mas é extremamente eficaz, podendo captar vibrações sonoras a quilómetros de distância.

Como possuem um sistema nervoso, embora rudimentar, (o cérebro-espinal - ligado por uma cadeia de gânglios - grande simpático), são sensíveis à dor e a outros estímulos - a maioria dos peixes possuem de cada lado do corpo uma linha de escamas com uma eminência alongada, onde terminam ramos nervosos, designada por linha lateral, que é um orgão de tacto, dando ao animal indicações sobre o estado do meio que o rodeia - apercebe-se da velocidade das correntes aquáticas e regula a sua própria velocidade de deslocação, sentindo também qualquer movimento na água em ambos os lados do seu corpo.

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ABRÓTEA

Greater forkbeard

Phycidae (Ficídeos)

Gadiformes (Bacalhaus)

Phycis Phycis – Linnaues 1766

Phycis Blennoides

A abrótea (parente do bacalhau, faneca e juliana) é uma espécie que pode ser encontrada desde as zonas

mais próximas da costa até aos 600m de profundidade. Carnívora e voraz, é também um peixe mais activo durante a noite, preferindo esconder-se em tocas durante o dia. É durante a noite que faz as suas grandes incursões em busca de presas por terrenos

afastados do seu "buraco". A sua alimentação é constituída preferencialmente por pequenos peixes, crustáceos e moluscos. Podem atingir os 60cm de comprimento e ultrapassar os 3kgs de peso.

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Peixe agulha Garfish / Garpike

Belone Belone

Classe - Actinopterygii Ordem - Beloniformes

Família - Belonidae

Espécie costeira, comum na costa portuguesa, é um peixe predominantemente de superfície, que se pesca muito bem com bóia de água ao corrico. Tem o corpo alongado e comprimido com escamas pequenas, as barbatanas sem raios espinhosos com barbatanas peitorais muito curtas. O dorso é de cor azulada ou esverdeada e o ventre claro (prateado). As

maxilas são alongadas (a superior mais que a inferior) em forma de bico e tem dentes espaçados e desiguais, grandes e afiados. Trata-se de um carnívoro muito rápido e voraz, cuja principal alimento são peixes pequenos. É mais facilmente pescado com pouca ondulação e pouco vento, utilizando preferencialmente iscos de cor clara ou amostras, embora ataque quase todos os iscos. Peixe diurno, aparece muitas vezes junto a cardumes de cavalas, aos pares, com as quais se entendem

perfeitamente durante as caçadas. Atinge a maturidade sexual aos 5/6 anos e vive mais de 17 anos.

TAMANHO MÁXIMO: 1 m - Peso - 1kg 500grs

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ANCHOVA / ENCHOVA

Bluefish

Pomatomus saltatrix - Pomatomus saltator

São peixes pertencentes à família Pomatomidae. Habitam águas costeiras, preferindo ambientes com

águas temperadas, e com alguma movimentação, (corrente e agitação) próximo das rochas, umas vezes em lugares mais afastados, outras muito perto do litoral.

Percorrem todo a costa portuguesa, no entanto aparecem com mais frequência nas regiões do sul principalmente Algarve e Costa Vicentina, não sendo rara a sua entrada nos estuários ode procuram caçar juvenis. É um peixe bastante forte, muito voraz que ataca as iscas com grande velocidade, permitindo uma boa luta quando ferrado. Geralmente anda em cardumes e, estão acompanhados por outras

espécies, como os robalos. São peixes predadores que atacam cardumes de peixes como sardinhas, carapaus e cavalas. Em regiões de pedras e algas (laminarias), ficam emboscadas à espera de pequenos peixes, e não descartam o marisco que se vai libertando da rocha. É normal caçarem ao longo da costa perseguindo cardumes de petinga, tal como o robalo, também gostam de caçar por detrás da rebentação, nestas alturas são por vezes sentidas pelos pescadores de corrico que se aproximam dessas zonas procurando os robalos, algumas vezes atacam as amostras, mas normalmente cortam as linhas pois estas não são

suficientemente fortes para aguentarem a sua força e os seus dentes. A pesca a estas bichinhas pode ser feita com iscas naturais, ou ao corrico com amostras. Para pescar com iscas naturais os anzóis devem ser robustos e empatados com linha de aço, sendo as iscas mais indicadas a sardinha e a cavala. Para pescar com iscas artificiais, as amostras que emitam uma petinga ou uma cavala são normalmente as mais indicadas. Na nossa costa de Cascais já houve anos em que entraram com alguma abundância perseguindo

cardumes de petinga, no entanto de alguns anos para cá raramente se capturam enchovas, o que é uma

pena pois a luta que proporciona vale a pena.

TAMANHO MÁXIMO REGISTADO: 1M 50CM PESO: 18 KGS

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PEIXE ARANHA OU ESCORPIÃO

Weeverfish

Família: Trachinidae Trachinus draco (Linnaeus, 1758) (peixe-aranha maior) Echiichthys vipera (Cuvier, 1829) (peixe-aranha menor)

Tamanho máximo registado: PEIXE- ARANHA MAIOR - 55 CM 1KG 890 GRS

PEIXE- ARANHA MENOR - 15 CM

Peixe muito vulgar e até frequente na costa portuguesa e também nos Açores, muito conhecido e temido

pelos banhistas, pelo facto de ser venenoso. Aparece nas praias, por vezes enterrado na areia a poucos centímetros de profundidade, normalmente na vazante.

Peixe solitário, permanece imóvel no fundo onde, quando se sente ameaçado ou pisado, ergue a primeira barbatana dorsal, na qual os três primeiros raios (de cor negra ou castanha escura) são venenosos, que se cravam no banhista, perfurando a pele e injectando o veneno (por vezes os espinhos partem-se e ficam

cravados no corpo do azarado). Estas picadas provocam dores terríveis e intensas, sendo sempre

aconselhável a procura imediata de ajuda médica. Os sintomas gerais são habitualmente moderados, mas nos casos graves pode ocorrer lipotímia, vertigens, náuseas, hipertermia, vómitos, cefaleias, ansiedade, diarreia, sudação, fasciculação dos músculos da extremidade do membro afectado, cãibras generalizadas, dôr inguinal ou axial, convulsões e dificuldade respiratória; ocasionalmente pode haver morte devido a paralisia respiratória. Nas mulheres grávidas pode induzir o aborto. As pessoas

reagem ao veneno de acordo com a sua sensibilidade ao mesmo - nos casos de alergia a este a situação pode revelar-se extremamente perigosa.

Sempre que ocorra uma picada, o tratamento imediato consiste no aumento da temperatura no local da

picada, quer por imersão do membro afectado em água à temperatura máxima suportável, durante 30 a 90 minutos, quer recorrendo a meios de improviso, como a aproximação de um cigarro aceso, à menor distância que se puder suportar; este tratamento baseia-se na termolabilidade (decomposição por acção do calor) do veneno e só tem interesse se aplicado na ½ hora seguinte à picada. Quando já passou algum tempo entre a picada e o tratamento, é necessário recorrer ao uso de analgésicos sistémicos, salicilatos ou opiáceos (geralmente meperidina), consoante a intensidade da dôr. Se a dôr persistir, pode infiltrar-se

a zona afectada com lidocaína ou procaína. Na picada por peixe-aranha não há interesse na abertura da ferida, a não ser que nela fique um resto de espículo, o que é muito raro; assim, o tratamento da ferida limitar-se-á à lavagem e, eventualmente, à irrigação da área e à aplicação de um desinfectante.

Deve ter-se em atenção que também existe um espinho venenoso em cada opérculo branquial, o que pode provocar picadas nos pescadores mais descuidados, sempre que procuram desferrar o peixe. O peixe aranha permanece vivo várias horas depois de retirado da água e a sua picada permanece venenosa mesmo muito tempo depois de morto.

Espécie carnívora, ataca peixes e invertebrados que passem ao seu alcance, pois a sua imobilidade e cor, que o confunde com o fundo, tornam-no quase invisível para as presas. É frequente a sua captura com qualquer isco, sempre que se pesca em fundos de areia. É utilizado na culinária, nomeadamente nas caldeiradas e fritadas.

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GORAZ

Red Seabream / Dorade Rose

Medida mínima de Lei: 25cm

Pagellus bogaraveo Pagellus centrodontus

FAMÍLIA: Sparidae

Conhecem-se sòmente sete espécies do género pagellus e seis delas encontram-se no Mar Mediterrêneo, subindo ao longo da costa Atlântica até à Dinamarca, que é o seu limite a Norte.

São normalmente peixes solitários, embora por vezes apareçam em pequenos cardumes. Não têm dentes caninos e os anteriores são todos em cardas, finos, com molares mais pequenos que os dos pargos. A sua alimentação é constituída maioritariamente por moluscos e crustáceos, embora também ocasionalmente consumam plantas marinhas. Desovam no princípio do Inverno, próximo dos estuários e embocaduras. Podem ser pescados durante todo o ano, preferencialmente de barco, já que da costa há grande dificuldade em encontrar pesqueiros que possibilitem a sua captura, pois preferem as águas mais

profundas, mas a melhor época de pesca é o princípio do Verão

Tamanho Máximo registado - 70 cm Peso 4 kgs

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BESUGO Axillary seabream / Pageot Acarné

Medida mínima de Lei: 18cm

Pagellus acarne

FAMÍLIA: Sparidae

Tamanho Máximo registado - 40 cm

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BODIÃO Wrasse

Classe - Actinopterygii Ordem - Perciformes

Família - Labridae

Espécie sedentária, comum nas águas portuguesas, habita preferencialmente zonas resguardadas, de

rocha ou com ervas marinhas, até aos 25 metros de profundidade. Muito activos durante o dia, altura em procuram alimento, são solitários, extremamente territoriais e hermafroditas, já que todos nascem fêmeas e algumas mudam numa fase posterior para machos. Apresentam olhos salientes, boca pequena em relação ao tamanho do corpo e o corpo revestido de pequenas e finas escamas, com barbatanas pouco desenvolvidas.

As suas cores mais vulgares são o castanho e o verde, podendo variar entre cores únicas, manchas de cores variadas, cores do arco íris e outras típicas dos peixes tropicais. As diferentes cores e morfologias do corpo dividem-nos em várias espécies encontradas em Portugal, podendo algumas atingir 1 metro de comprimento e 4/5 quilos de peso.

Espécies de bodião em Portugal

Bodião vulgar (Labraus bergylta) - tamanho: 15 a 25 cm

Bodião-cauda-de-vassoura (Cheilinus lunulatus) - tamanho: 11-25 cm

Bodião-palhaço (Coris formosa) - tamanho: 11-25 cm. Bodião-trompeteiro (Gomphosus caeruleus) - tamanho: 26-50 cm

Bodião-limpador (Labroides dimidiatus) - tamanho: até 10 cm Bodião-verde (Labrus viridis) - tamanho: 11-25 cm.

Bodião canário (Labrus bimaculatus) (Labrus bergylta) - tamanho: 26-50 cm Bodião-cinzento (Symphodus cinereus) - tamanho: 11-25 cm Bodião-manchado (Symphodus roissali) - tamanho: 11-25 cm

Bodião-diana (Bodianus diana) - tamanho: 11-25 cm. Bodião-de-sela-negra (Bodianus bilunulatus) - tamanho: 51-100 cm Bodião-cauda-de-lira (Bodianus anthioides) - tamanho: 11-25 cm

Bodião-lua (Thalassoma lunare) - tamanho: 11-25 cm. Bodião-dourado (Thalassoma hebraicum) - tamanho: 11-25 cm

Bodião-raiado (Cheilinus fasciatus) (Chaetodon xanthurus) - tamanho: 26-50 cm Bodião-de-seis-bandas (Thalassoma hardwicke) - tamanho: 11-25 cm

Por ser muito voraz, é um peixe de captura fácil, tido muitas vezes pelos pescadores com um peixe pouco

inteligente. Pode ser pescado durante todo o ano, em locais onde existam rochas, junto de pontões, cais ou muralhas, à bóia ou ao fundo, utilizando preferencialmente vermes, embora não recuse outros iscos, particularmente o camarão e a ameijoa.

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BOGA Bogue

Medida mínima de Lei: 15cm

Boops boops, Box boops, Box vulgaris

Família Cyprinidae Classe Actinopterygi

A boga é relativamente abundante na costa portuguesa (atlântica e mediterrânica) e também nos Açores e Madeira, sendo mais frequente perto da costa, tanto em fundos de rocha como de areia. Tem corpo

fuseiforme e alongado, muito brilhante, é um peixe omnívoro, mas prefere moluscos e larvas para a alimentação, bem como algumas espécies de algas. Não tem qualquer valor comercial, sendo usado muitas vezes como isco. Exala um cheiro característico, e muitos pescadores rejeitam esta espécie, que no entanto, tem verdadeiros apreciadores, depois de frita. Pode atingir os 35 cm. É hermafrodita e atinge a maturidade sexual com um ano vida. Muito voraz no ataque ao isco, proporciona boa luta ao pescador.

COMPRIMENTO MÁXIMO REGISTADO 40 CM

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CARAPAU - CHICHARRO

Athlantic Horse Mackerel / Chinchard D’Europe

Medida mínima de Lei: 15cm

trachurus trachurus

família caranx (carangidae ,carangoides) ordem perciformes

Aparecem principalmente nos mares tropicais e são relativamente abundantes na costa portuguesa e

francesa, aparecendo também no Verão nas Ilhas Britânicas. Vive em cardumes em mar aberto, até aos 200 metros de profundidade, aproximando-se das costas em busca de alimento, quando as águas estão mais quentes. Peixe comum, com o corpo em forma de fuso alongado, focinho nú e boca larga, com a linha lateral guarnecida em todo o comprimento com escudos (escamas mais altas que largas), mais

saliente na zona da cauda e provida de um espinho forte e acerado. O seu comprimento pode chegar aos 70 cm. Normalmente forma grandes cardumes a meia água, ocasionalmente junto à superfície (no caso de grandes cardumes a água parece ferver). Grandes predadores, muito agressivos, alimentam-se geralmente de peixes mais pequenos (que atacam violentamente), crustáceos e inveterados. De sexos separados, atingem a maturidade sexual com 20 centimetros, sendo a reprodução feita na Primavera/Verão, sempre em mar aberto. Carne óptima e muito apreciada no nosso País, que tem visto decrescer as capturas deste peixe devido à pesca de exemplares juvenis ,o que viola a lei (os apreciados

joaquinzinhos). Pesca-se ao fundo ou à bóia (preferencialmente à bóia), com mais de um anzol (há no mercado aparelhos p/ carapau - empates com vários anzóis), iscados preferencialmente com camarão ou pedacinhos de peixe, embora não desdenhem outros, iscos artificiais e, por vezes, até anzóis não iscados...

COMPRIMENTO MÁXIMO REGISTADO: 70 CM PESO MÁXIMO: 2 KGS

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SARDAS CAVALAS Athlantic Mackerel/Maquereau D’Atlantique Chub Mackerel/Maquereau Espagnol

Medida mínima de Lei: 20cm

família: scombridae (scomberoideos)

sarda: scomber scombrus cavala: scomber colias - Scomber japonicus

Sardas e cavalas pertencem à mesma família do bonito, atum, albacora, peixe-serra e são abundantes nos

mares tropicais e temperados, não se aventurando em águas muito frias. Abundantes nas costas da Europa e Mediterrâneo, vivem desde a superfície até aos 120 metros de profundidade. Aparecem raramente no Inverno, altura em que vivem em águas mais profundas e afastadas das costas, de onde se aproximam de novo a partir do início da Primavera, chegando muito próximo das praias e pontões e perto da superfície. Têm o corpo alongado e fusiforme com escamas excessivamente pequenas, cabeça cónica,

ligeiramente comprimida nos lados e focinho ponteagudo, com boca grande - as barbatanas são pouco desenvolvidas - a 1ª dorsal em forma de foice com 10 a 13 espinhos delgados e a dorsal posterior (oposta à anal) é baixa e curta. A cor varia desde o dorso com tonalidades azuladas ou esverdeadas e o ventre prateado. Podem atingir até 1m 80cm de comprimento e cerca de 45 quilos de peso, consoante as espécies. A maneira mais fácil de distinguir a sarda da cavala é olhar para a parte superior da cabeça: a cavala tem a parte superior da cabeça tão clara que se podem ver os nervos descobertos do cérebro aos

olhos, como se fosse através de um vidro, o que não acontece com a sarda.. E uma curiosidade...as

sardas, quando estão muito gordas, podem, em certas circunstâncias, serem luminosas - luzem na obscuridade, mesmo quando são tiradas da água e durante algum tempo. As sardas eram muito conhecidas dos Romanos, que as pescavam em grandes quantidades e as comiam grelhadas, depois de envoltas em pergaminho. São peixes extremamente vorazes, alimentando-se de peixes, moluscos e crustáceos. Vivem geralmente em grandes cardumes que patrulham as águas em busca de alimento que é arduamente disputado quando encontrado - quando uma sarda é ferida nestas disputas normalmente acaba por ser devorada pelo cardume sem qualquer contemplação. É uma espécie com algum valor

comercial para a indústria de conservas, depois da sardinha, embora em Portugal os pescadores a considerem peixe de segunda categoria - o que não corresponde de modo algum à realidade, já que, para além de extremamente combativa quando ferrada, dando uma luta emocionante ao pescador, tem uma carne muito saborosa e rica em gorduras saudáveis (o colesterol bom).Pode pescar-se de todas as formas (bóia ou fundo) sendo o corrico a melhor maneira. Para isco preferem peixe fresco - filetes de carapau ou da própria sarda , sardinha, camarão, ameijoa ou canivete....ou outro isco, pois até com minhocas se apanham cavalas.

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CHOUPA

Black Seabream / Dorade Gris

Medida mínima de Lei: 23cm

spondyliosoma cantharus

família: sparidae

Espécie vulgar e frequente na costa portuguesa (Mediterrâneo e Atlântico) e também na Madeira. Vive preferencialmente em zonas de fundo rochoso e com algas, até 300 metros da costa. Os adultos, solitários ou em cardume, nadam em águas mais expostas, mas sempre nas imediações de rochas ou pradarias de erva-marinha, até aos 50 m.. Espécie bentívora, adopta uma estratégia alimentar generalista, com fortes afinidades com o alimento disponível no meio. Peixe de hábitos gregários, costuma aparecer em grandes cardumes. Para isco pode usar-se desde a minhoca e casulo até à lula em tiras, camarão, ameijoa ou canivete.

Reproduz-se entre Janeiro e Maio, sendo hermafrodita.

Tamanho máximo registado: 65 cm Peso 1kg 300 Grs

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SAFIO / CONGRO

European Conger / Congre

Medida mínima de Lei: 58cm

FAMÍLIA CONGRIDAE

Peixe de feitio esguio , que habita normalmente junto à costa e em fundos rochosos, pois vive em buracos de onde sai para caçar durante a noite, patrulhando o seu território em busca de alimentação, É um

parente próximo da enguia, mas vive apenas na água salgada. Atinge a maturidade sexual entre os 5 e os 15 anos de idade. De grande porte, tem uma boca grande com bordos grossos e maxilas muito poderosas com duas fileiras de dentes pontiagudos. Pode atingir os 75/100 quilos e os 2/3 metros, não sendo invulgar na nossa costa a captura de exemplares com mais de 10 quilos. A sua cor varia de acordo com o habitat. Não gosta da luz do dia, mantendo-se escondido em fendas, só saindo para caçar à noite. É extremamente voraz e muito forte, dando muita luta ao pescador quando ferrado e tem a

particularidade de emitir sons perfeitamente audíveis. Para isco usam-se peixes inteiros ou metades, dependendo do tamanho do anzol (sardinha, cavala, carapau) , lula ou carne crua. Recomenda-se a utilização de material pesado, ao fundo, e o uso de estralho de aço ou de linha grossa (0.75 ou mais), pois para além da força e da violência que emprega para tentar soltar-se do anzol tem dentes muito fortes e afiados, que usa para roer a linha. Mantém-se vivo por muito tempo fora da água. Utilize um bicheiro

para retirar o peixe da água e mate-o de seguida espetando-lhe uma faca ou chave de fendas na cabeça - assim evita o sofrimento do peixe e acautela eventuais mordidelas, as quais podem ter alguma

gravidade.

Comprimento máximo registado - 3,25 m Peso máximo registado - 110 kgs

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CORVINA (Corvina legítima)

Meagre

Medida mínima de Lei: 42cm

Argyrosomus Regius

Espécie essencialmente carnívora, aparece em pequenos cardumes. Vive junto ao fundo, preferencialmente arenoso ou de lama, até aos 100 metros de profundidade, onde muitas vezes se encontram apenas pousadas. Também aparecem em zonas de água salobra, como estuários e/ou braços

de mar. É uma das espécies de eleição para o pescador desportivo, pela luta inolvidável que proporciona - vencer uma corvina é uma verdadeira proeza. Um troféu muito cobiçado e que exerce sobre o pescador um verdadeiro fascínio - tenhamos em conta que chega a atingir os 100 quilos e os dois metros de comprimento, tudo isto aliado a uma tremenda força e a uma combatividade feroz. Pode ser encontrada por toda a costa portuguesa até ao Golfo da Gasconha. Aparece com alguma regularidade no estuário do Rio Tejo, junto a Lisboa, onde são capturados exemplares entre os 6 e os 25 quilos. Pesca-se a partir de praias ou pontões, com material médio e linhas entre 0,35 e 0,45 , de preferência canas de carbono ou

grafite, iscadas com camarão, caranguejo, pequenos peixes e lula ou choco - mas prefere a isca viva. Como a boca é curvada para o lado de baixo, deve usar-se um estralho que permita que o isco assente na areia. Depois de ferrada normalmente engole o anzol e quase nunca se consegue soltar. Costuma emitir uma espécie de ronco ao sair da água, que por vezes assusta pescadores menos experientes. A melhor época para a sua pesca é de Agosto a Dezembro, embora possa ser capturada durante todo o ano. Aparecem na Costa Portuguesas vários tipos de corvinas (Pogonias cromis, Pristiophorus schroederi,

Argyrosomus hololepidotus>>corvina africana, Atractoscion aequidens>>corvina de boca amarela,

Pentheroscion mbizi>>corvina de boca negra, Miracorvina angolensis>>corvina de olhos grandes, Cynoscion arenarius>>corvinata, Atractoscion nobilis>>corvinata branca e outras.

TAMANHO MÁXIMO REGISTADO: 2M 55CM PESO: 138 KGS

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DOBRADA - DOBRADIÇA - JUDEU - VIÚVA - GALANA Saddled Seabream

Medida mínima de Lei: 15cm

Oblada melanura (Linnaeus, 1758)

família - sparoidae ordem - perciformes

Espécie vulgar na Ilha da Madeira e nos Açores, aparece também na costa mediterrânica portuguesa e, em menor quantidade, na costa atlântica. Trata-se de um peixe de corpo comprimido e cabeça pequena, caracterizada pela mancha negra no pedúnculo caudal, com olhos grandes e a boca inclinada para cima. Prefere fundos de rocha, e uma profundidade entre os 8 e os 30 metros. É um voraz e rápido predador, omnívoro, mas com especial predilecção por peixes pequenos. Embora assustadiça, prefere as águas muito claras, mas não é esquisita quanto ao isco, tanto atacando artificiais como iscos naturais,

proporcionando ao pescador uma luta semelhante à do carapau e da cavala. Por vezes aparece em pequenos cardumes junto da superfície - nestas alturas deve utilizar-se a técnica do trolling ou o buldo para a sua captura.

TAMANHO MÁXIMO REGISTADO: 35 CM

Distribuição Na Costa Portuguesa são mais frequentes de encontrar da zona da Nazaré para sul. Em maiores

quantidades na região Sul (Alentejo e Algarve) e nas ilhas (Madeira, Porto Santo, e Açores)

Hábitos São peixes gregários e podem andar em cardume não muito numerosos, em locais de baixa

profundidade e com águas claras.

São predadores e podem ser capturados com recurso aos flutuadores.

São mais frequentes em zonas de pedra com profundidades entre os 8 e os 30 mts.

Iscos preferidos/mais efectivos Todos os iscos são bons.

Sardinha, Camarão, Vermes (Minhoca, coreano, saltarim) serão os mais indicados

Técnicas de pesca Montagens de três anzóis com estralhos longos e flutuadores são uma boa técnica para a sua captura.

Estralhos com flutuadores são a melhor opção para a sua captura.

Curiosidades Podem crescer até cerca de 30 cms, sendo mais comum encontrá-las entre 10 e 20 cms.

São peixes combativos.

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DOURADA

Gilt-head seabream / Dorade Royalle

Medida mínima de Lei: 19cm

chrysophrys aurata

Sparus auratus

família: sparidae

As douradas (são da família dos sargos, pargos, bogas e gorazes), têm o corpo oblongo, coberto de escamas geralmente dentadas. Têm três espinhos na barbatana anal. O céu da boca é liso e possuem uma dentição característica, com dentes incisivos cortantes (4 ou 6 em cada maxila) e os posteriores arredondados (em três fiadas). Esta dentição permite-lhe partir as conchas grossas dos moluscos de que se alimentam. Habitam os mares tropicais e temperados (nas partes mais quentes), sendo relativamente abundante no Mediterrâneo e Atlântico, na costa portuguesa. Peixe sedentário e solitário, pode também enquadrar-se em pequenos cardumes.

Vive normalmente próximo das costas e desova no Verão - é um peixe essencialmente carnívoro, mas

muito tímido. Pode atingir 1 metro ou mais de comprimento e mais de 15 quilos de peso. A sua carne é um pouco seca mas de um gosto excelente. Aparece até aos 150 metros de profundidade, mas é entre os 25 e 30 metros que se sente mais à vontade.

A sua pesca ideal é ao fundo ( com muito calor escondem-se ) e o isco.... canivetes, camarão e sardinha, ameijoa e berbigão, caranguejo mole....mas claro que também vai ao ganso e casulo e não só!!!! Dá uma boa luta quando ferrada!!!

Peso máximo registado 19 quilos - Comprimento - 1m 50cm - Idade - 11 anos

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FANECA Pouting, Pout, Whiting, Poor Cod / Tacaud

Medida mínima de Lei: 17cm

Trisopterus Luscus

FAMÍLIA: GADIDAE

Espécie de natureza gregária, encontra no cardume a segurança e a defesa contra os predadores. Vulgar ao longo da costa portuguesa, o seu número tem vindo a decrescer gradualmente, possivelmente devido à contaminação dos estuários.. Essencialmente carnívora quando adulta, ocorre até aos 150 metros, aproximando-se da costa entre os meses de Outubro e Fevereiro. Apresenta uma boca grande com pequenos dentes e a maxila inferior proeminente com barbilho, utilizado como órgão sensitivo, olhos grandes e salientes adaptados à visão em águas profundas, onde a

iluminação é escassa. Cresce só até aos 40 cm, cor de cobre com manchas escuras no dorso e uma mancha preta na base das barbatanas peitorais. Corpo fusiforme, barbatanas sem raios espinhosos, e excelente nadadora, alimenta-se preferencialmente à noite e de uma forma muito rápida. A sua pesca não apresenta grandes dificuldades, embora a sua "picada" seja leve e nem sempre fácil de sentir. Como costuma ocorrer em cardumes de vários indivíduos, devem montar-se 2 a 3 anzóis não muito grandes e a diferentes alturas, utilizando-se como isco filetes de sardinha, cavala ou carapau, minhoca do mar, ganso ou casulo, de preferência durante a noite e em águas de alguma profundidade. É

um peixe de fácil captura devido à sua natureza voraz. A carne da faneca é muito saborosa, embora não muito rija, e de conservação difícil, o que requer alguns cuidados.

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FERREIRA

Stripped seabream / Marbré

Medida mínima de Lei: 15cm

lithognathus momyrus Família - sparidae

Classe - actinopterygii Ordem - perciformes

Espécie demersal relativamente frequente nas costas portuguesas (atlântica e mediterrânica), prefere fundos arenosos e aparece normalmente até aos 20 metros de profundidade, mas podendo ocorrer até aos 150m. Tem a mandíbula inferior extensível, com lábios grossos e várias fileiras de dentes. Alimenta-se preferencialmente de crustáceos e costuma aparecer em cardumes grandes, de dezenas ou centenas de indivíduos. A melhor época para a sua pesca é no Verão e na Primavera, embora possa ser capturada durante todo o ano. Para isco devem usar-se os anelídeos, camarão, ameijoa ou canivetes.

Maior exemplar registado - 60 cm

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LINGUADO Common Sole / Sole

Medida mínima de Lei: 24cm

solea solea solea vulgaris

família : pleuronectídeos

Pertencem a um grupo que é caracterizado por serem excepções à regra da simetria no mundo dos peixes. Têm o corpo muito comprimido lateralmente, discóide e assimétrico e colorido apenas no lado superior, sendo o lado inferior de cor esbranquiçada. Cabeça assimétrica, com os dois olhos colocados do mesmo lado, normalmente à direita - barbatana dorsal e anal pouco desenvolvidas, compostas de raios não espinhosos, quase sempre colocada em volta de todo o corpo, unindo-se à caudal. Pode atingir 60/70

cm de comprimento e 3 quilos de peso. Vivem em águas tropicais ou temperadas - muito poucas espécies são encontradas nas águas frias. São privados de bexiga natatória, pelo que se encontram constantemente no fundo - normalmente semi-enterrados na areia ou lodo, com a cabeça elevada de modo a poderem respirar, com a face colorida para cima, cuja cor se adapta maravilhosamente à cor do ambiente em que se encontram (mimetismo). Alimentam-se de vermes marítimos, peixes pequenos, moluscos e algas e podem ser encontrados em águas de poucos cm até centenas de metros de profundidade. Apresentam grande resistência à poluição.

Desovam normalmente em Maio.

A sua carne é muito saborosa, e são muito procurados para a alimentação humana, atingindo em Portugal preços muito elevados. A sua pesca é feita ao fundo, preferencialmente com vermes (minhoca, ganso ou casulo), embora não desdenhe outros iscos. Normalmente dá apenas um toque quando engole o isco, ficando quieto depois de

ferrado. Apenas quando o pescador recolhe a linha sente o seu peso, pois oferece toda a superfície do seu corpo como resistência à deslocação. Embucha quase sempre, tornando-se difícil tirá-lo do anzol.

Curiosidade: nesta espécie (pleuronectídeos) existe um peixe gigante, que pode atingir mais de 2 metros

de comprimento e mais de 60 quilos de peso - são peixes do Mar do Norte e encontram-se ao largo da Noruega e Islândia , onde são fumados e salgados para consumo.

Tamanho máximo registado: 75 cm Peso máximo: 3 kgs

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DA MESMA FAMÍLIA:

Solha European Plaice / Plie D’Europe

Medida mínima de Lei: 25cm

(pleuronectes flesus - Pleuronectes platessa )

Rodovalho Brill

Medida mínima de Lei: 30cm

(pleuronectes rhombus - Scophthalmus rhombus,)

Pregado Turbot

Medida mínima de Lei: 30cm

(Psetta maxima)

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PARGO

Red Gorgy / Pargue Rouge

Medida mínima de Lei: 20cm

pagrus pagrus

FAMÍLIA: sparidae

Da mesma família do sargo e dourada, o pargo é uma das espécies preferidas pelos apreciadores de peixe. Há muitas variantes de pargo, sendo o mais vulgar nas nossas costas o pargo de cor avermelhada (pargo rosa). Ainda relativamente frequente no nosso litoral atlântico, Açores e Madeira. Prefere fundos de pedra ou coral e vive normalmente desde a costa até aos 250 metros de profundidade. Oferece bastante luta quando ferrado, lutando até à superfície. Vive em cardumes e tem o dorso avermelhado com o ventre mais claro - muitas vezes quando capturados ficam com o corpo malhado. Atingem os 8 /10 quilos e os 60

cm. Peixe de fundo, alimenta-se de crustáceos e moluscos - para isco pode também usar-se a sardinha ou pedaços de peixe. Tem valor comercial em Portugal, onde é muito apreciado.

Tamanho máximo registado: 95 cm Peso: 10kgs 200grs

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PEIXE GALO - ALFAQUIQUE - ALFAQUETE - ALFAQUIM - SÃO PEDRO

John Dory , Doree, Jandorie , St. Peter's Fish

Zeus faber - Linnaeus, 1758 FAMÍLIA: ZEIDAE

Peixe de corpo espalmado e arredondado, de cor entre o verde, amarelo e o castanho e o cinzento, com

vários espinhos nas barbatanas, boca virada para cima, olhos proeminentes e uma característica mancha negra em cada lado do corpo, utilizada para ajuda em situações de perigo (quando ameaçado coloca-se de lado para que a mancha negra aparente ser o olho de um peixe muito grande). Atinge a maturidade sexual por volta dos 4 anos e a sua reprodução na área da costa portuguesa acontece a partir do final do Inverno.

Pode ser encontrado até aos 200 metros de profundidade, geralmente solitário. Não sendo um grande nadador, é, no entanto, um predador voraz, utilizando verdadeiras acrobacias que compensam a sua falta de velocidade, bem como a sua boca extensível. A sua alimentação varia entre pequenos peixes, crustáceos e cefalópodes, mas é, ele próprio, presa de grande parte das espécies de tubarões.

O seu estranho aspecto esconde uma carne delicadíssima, de textura firme e cor branca, sabor doce e baixo teor de gordura, que é muito apreciada em termos gastronómicos e tem grande valor comercial.

Não sendo muito frequente, a sua pesca acontece acidentalmente na pesca embarcada quando se utilizam

técnicas que visam outras espécies. Tem preferência por iscas vivas e proporciona uma luta violenta e entusiástica quando capturado.

TAMANHO MÁXIMO REGISTADO: 90 cm PESO: 8 kgs

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PEIXE LUA Ocean Sunfish

Mola mola (Linnaeus, 1758)

O peixe-lua é o maior peixe ósseo do mundo. Trata-se de uma espécie estranha, com uma fisionomia

bizarra e ainda não suficientemente estudada, que pode atingir as 2 toneladas e os 3m de altura. Tem o corpo arredondado, de forma discóide e achatada, com uma pele espessa e sem escamas.

Peixe oceânico que apenas ocasionalmente pode ser encontrado na zona costeira, vivendo na coluna de água (pelágico) desde a superfície até cerca de 600m de profundidade. Passa a maior parte do tempo alimentando-se em águas profundas, escuras e frias, e só raramente costuma vir à superfície, eventualmente em busca de águas mais aquecidas, onde pode ser auxiliado por outros peixes e até pelas gaivotas na remoção dos parasitas que costuma ter na pele (transporta normalmente uma impressionante carga de parasitas - até à data a comunidade científica identificou cerca de 50 espécies diferentes, entre

parasitas internos e externos) Bastante afável para com o ser humano, alimenta-se basicamente de cefalópodes, crustáceos e placton. Por baixo da pele tem uma grossa camada de tecido cartilaginoso, que forma uma espécie de couraça. A sua carne contém toxinas que a tornam venenosa por ingestão e é utilizada na medicina tradicional chinesa.

Embora não se conheçam inimigos naturais, é considerado um peixe raro, pelo que tem vindo a ser protegido na maior parte do mundo.

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PEIXE PORCO

Triggerfish

FAMÍLIA: Balistidae (Triggerfishes)

Balistes capriscus - Balistes carolinensis - Balistes vetula

Peixe porco ou peixe burro é o nome comum desta curiosa espécie de peixe, a que muitos pescadores ainda chamam, erradamente, pampo. De hábitos diurnos, tem um corpo comprimido e em feitio de diamante, com escamas placóides àsperas e consegue rodar cada um dos olhos independentemente. Com

um mecanismo de bloqueio da primeira espinha dorsal e uma boca forte com oito dentes grandes e muito afiados em cada maxilar, são muito agressivos, exigindo do pescador algum cuidado no seu manuseamento. Conhecidos também são os verdadeiros roncos que emite, donde se presume derive o seu nome vulgar.

São essencialmente carnívoros e alimentam-se de invertebrados, crustáceos e moluscos - conseguem partir as cascas duras dos ouriços e estrelas do mar com os dentes fortes.

Aparecem em pequenos cardumes, embora seja mais vulgar aparecerem indivíduos solitários, ou em grupos até 5 adultos, e preferem fundos arenosos. Grandes lutadores quando ferrados, vendem cara a derrota e lutam até ao fim. Para a sua pesca deve usar-se para isco lula, camarão ou ameijoa, e ter em

atenção que costumam cortar a linha com os dentes, quando se sentem presos. Podem até morder o pescador, pelo que se deverá ter algum cuidado enquanto estiver vivo.

A sua carne é muito saborosa e é usada para óptimos filetes - depois de esfolado, a pele pode também ser aproveitada. O peixe porco não é comercializado em Portugal, mas em algumas regiões do Brasil é largamente procurado e consumido.

Máximo registado: peso 7 kgs - 68 cm

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PEIXE REI Big-scale Sand Smelt

Família: Atherinidae

Atherina presbyter

Atherina boyeri

Espécie vulgar em Portugal. Peixe costeiro, vive em grandes cardumes, preferencialmente em locais de

fundo arenoso. É carnívoro, alimentando-se maioritariamente de pequenos crustáceos. Tem o corpo fusiforme, com a parte da barriga transparente. Fácil de pescar à bóia, usando pequenos pedaços de isco, já que se trata de um peixe de pequenas dimensões. Tem muitos apreciadores que o usam nas fritadas, do mesmo modo que o carapau pequeno. Costuma ser utilizado como isco vivo, sendo um dos alvos preferidos do robalo.

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RASCASSO - RASCAÇO - ROCAZ - CANTARILHO

Scorpionfish - Small Red

Família: Scorpaenidae

Scorpaena guttata / Scorpaena azorica / Scorpaena laevis / Scorpaena loppei

Scorpaena maderensis / Scorpaena notata / Scorpaena porcus / Scorpaena scrofa / Scorpaenodes arenai

Este peixe, comum em Portugal, de aspecto pouco amigável, pertence ao grupo dos peixes escorpião e é geralmente encontrado entre os 15 e os 150m de profundidade.

A sua coloração é variável, predominando as cores fortes como o vermelho e castanho escuro, sendo o

mimetismo (camuflagem) a técnica que utiliza para a captura das suas presas – imobilizados no fundo de pedra ou areia e pedra, esperam que uma presa passe perto para a engolirem. A sua alimentação é constituída principalmente por peixes pequenos, cefalópedes e crustáceos.

Grande parte dos peixes desta espécie são venenosos e quando ameaçados protegem-se eriçando os espinhos que têm na cabeça e no corpo. Deve ter-se muito cuidado quando se captura um exemplar,

evitando-se as picadas dos espinhos, que são muito dolorosas e, em algumas situações podem ocasionar complicações graves, ou mesmo a morte.

Sem grande interesse para o pescador lúdico/desportivo, o cantarilho da pedra e os rocazes, da mesma espécie do rascasso, são utilizados na alimentação.

TAMANHO MÁXIMO REGISTADO: 45 cm

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Medida mínima de Lei: 20cm

ROBALO European seabass/Bar

Medida mínima de Lei: 36cm

dicentrarchus labrax ordem: perciformes

Como todos os pescadores desportivos bem sabem, o robalo é um dos grandes campeões da pesca desportiva, dos mais apreciados tanto na pesca como na mesa. A sua beleza natural e dimensões que pode atingir fazem dele um dos melhores troféus de pesca. Quem não sonha com a captura de um belo

robalo cada vez que sai para a pesca? E em que história de pescador não aparece um robalo de vários quilos? E os segredos que os pescadores de robalos guardam só para si e seus amigos mais próximos? É um peixe que aparece habitualmente junto à costa onde a ondulação varre as praias e nas zonas rochosas onde a agitação do mar produz "águas brancas", e também em estuários e rios, onde procura águas de menor salinidade mais adequadas à conclusão do seu ciclo reprodutivo, normalmente entre Novembro e Março. Pode ser encontrado em toda a costa portuguesa ainda com relativa abundância.

Trata-se de um predador voraz e imprevisível que se alimenta de peixes e crustáceos, com especial predilecção pelo camarão, alternando períodos de extrema voracidade com desconfiança e desinteresse pelos iscos e amostras, transformando assim a sua pesca num verdadeiro desafio, numa verdadeira paixão, exigindo do pescador conhecimento e experiência - o robalo é um peixe de luta e caça - os predadores são os peixes mais inteligentes, já que usam todos os seus sentidos na detecção e captura das presas! É um peixe verdadeiramente elegante, com uma silhueta emblemática e uma poderosa barbatana caudal.

De cor cinzenta/prateada reluzente e abdomén esbranquiçado, cabeça forte e boca grande com dentes finos e ponteagudos e opérculos com dois espinhos - que por vezes causam ferimentos ao pescador quando desferram o peixe. Pode atingir cerca de 1m e 20cm de comprimento e cerca de 15 quilos de peso. É um nadador extraordinário, muito ágil e rápido - enquanto jovem desloca-se normalmente em grandes cardumes de peixes c/ o mesmo tamanho, tornando-se mais solitário à medida que vai crescendo. Muda o seu comportamento com muita facilidade e as alterações ambientais (vento, movimento da maré,

temperatura, transparência da água, luminosidade e pressão atmosférica) interferem consideravelmente no seu comportamento.

BAILA – ROBALO MOSQUEADO

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Nomes populares: robalo, robalete, robalote, cachaço, chaliço (aparece frequentemente na nossa costa uma espécie semelhante (dicentrarchus punctatus), vulgarmente chamada robalo mosqueado ou sarapintado ou baila - trata-se de um peixe muito parecido e da mesma família do robalo, com manchas

ou pontos negros no corpo, mas de menor tamanho, não ultrapassando os 60 cm. Época para pesca: todo o ano, principalmente entre Novembro e Abril. A pesca tem habitualmente

melhores resultados durante o período diurno, c/ a Lua em quarto crescente ou quarto minguante e com a maré na vazante sem a água muito fria, pois prefere as águas mais quentes (entre 20 e 25 graus C), embora suporte temperaturas desde os 2 graus C até aos 34 graus C - mas parece alimentar-se só em águas de temperatura superior aos 7 graus C. Com a a água a uma temperatura superior a 21 graus torna-se activo à superfície - abaixo desta e até aos 15 graus é encontrado a meia água e no fundo! Para a pesca do robalo tem particular importância o estado do mar, as condições meteorológicas, a hora

do dia, a altura da maré, a fase da lua e....a experiência do pescador! Note que o robalo utiliza muitas vezes, como forma de captura da presa a sucção, seguida da mordida - é por isso necessário estar atento para não se retirar o isco da boca do peixe na altura do "esticão" - obviamente este problema não se põe na pesca ao corrico...

Tenha em atenção que a medida mínima permitida na captura de robalos é 36 cm - e que só se a mesma for cumprida se pode continuar a contar com a presença desta espécie, e até mesmo aumentar a sua população.

Técnicas de pesca: São várias as técnicas utilizadas para a pesca do robalo - desde a pesca à bóia, c/ bóia de água (buldo), c/ chumbada (fundo) até ao surf casting e spinning, conforme a zona em que se pesca e o gosto do pescador - isto quando se pesca de terra. De barco a melhor forma é ao corrico ou spinning.

Iscos: caranguejo mole, lingueirão, camarão/camarinha, sardinha, buzios, camarão da pedra vivo, casulo e ganso, mexilhão, etc, até às amostras artificiais. Atenção ... o robalo prefere o isco vivo - e os seus hábitos alimentares mudam consoante os locais e as épocas do ano.

TAMANHO MÁXIMO REGISTADO: 1M 20 CM PESO MÁXIMO: 15 KGS

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RUIVO

Grey gurnard - Spiny gurnard - Carol´s gurnard

Lepidotrigla cavillone

Lepidotrigla carolae Lepidotrigla dieuzeidei

Eutrigla gurnardus

Família Triglidae

Espécie que pode ser encontrada ao longo de toda a costa portuguesa, normalmente em águas com

alguma profundidade, que é capturada com pouca frequência, sempre na pesca ao fundo, tanto da costa como de barco.

Vive junto ao fundo e prefere para alimentação peixes de pequeno tamanho, crustáceos e moluscos.

A sua cor varia entre o verde e o vermelho ou cor de laranja. O corpo está coberto de placas ósseas e tem as barbatanas peitorais de grande tamanho e com cores entre o azul e o violeta. Para a sua pesca, sempre ao fundo e que pode ser praticada todo o ano, deve utilizar-se como isco os habituais vermes ou crustáceos.

A sua carne é um verdadeiro petisco - basta ver o seu preço no comércio, normalmente superior ao do robalo e sargo e dourada.

Tamanho máximo registado: 70 cm

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SAFIA ou SARGO-SAFIA Two-Banded Seabream

Medida mínima de Lei: 15cm

família: Sparidae (Porgies)

Diplodus vulgaris

ordem: perciformes

classe: actinopterygii

Peixe comum nas nossas águas e muito apreciado pelo pescador desportivo pela sua picada característica e pela sua combatividade depois de ferrado. Vive geralmente junto ao fundo, em águas litorais de fundo rochoso ou arenoso até aos 150 metros de profundidade no Atlântico e até aos 90 metros no Mediterrâneo; os juvenis frequentam fundos mais baixos e preferencialmente com alguma vegetação. É um peixe da família do sargo legítimo (Diplodus sargus cadenati), com o qual é muitas vezes confundido.

Essencialmente carnívoro, alimenta-se de moluscos e crustáceos. São hermafroditas e reproduzem-se durante o Inverno, entre Outubro e Janeiro, dependendo das regiões. Encontra-se em todo o Mediterrâneo, com alguns registos no Mar Negro em frente à Bulgária, presentes no Oceano Atlântico entre o Sul da Bretanha e Cabo Verde, Madeira e Canárias, aparecendo também por vezes na costa africana até Angola. Possui 8 dentes incisivos em cada maxila seguidos duma série de pequenos molares que formam corno que placas. Com uma só barbatana dorsal, com 11 ou 12 raios duros, seguidos de, entre 13 e 16 raios

moles; a barbatana anal tem 3 raios duros seguidos de entre 12 e 15 raios moles. A linha lateral possui entre 51 e 61 escamas. A sua cor é cinzenta com tons acastanhados, amarelados e/ou esverdeados, com uma lista preta entre a parte superior da cabeça e o início da barbatana dorsal, que forma um triângulo cujo vértice inferior fica na axila da barbatana peitoral. Tem outra lista larga preta no pedúnculo caudal, sobrepondo-se aos raios posteriores das barbatanas dorsal e anal. As suas barbatanas são escuras, quase negras, excepto a parte anterior da dorsal.

Iscos: vermes, camarão, ameijoa e lingueirão

Tamanho máximo registado: 45 cm Peso máximo registado: 1kg 400 grs

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SALEMA

Sarpa Salpa/Saupe

Medida mínima de Lei: 18cm

Família Sparidae

Ordem Perciformes

Classe Actinopterygii

Habitat substrato rochoso

Peixe estranho este - hermafrodita - começa por ser macho passando a fêmea numa segunda fase da vida (a partir dos 4 anos). Carnívoro quando jovem, passa a herbívoro quando atinge a maturidade. Aparece geralmente em águas litorais até aos 50 metros, em zonas rochosas onde existam algas. Pescada todo o ano, é mais frequente de Novembro a Março, altura em que as águas estão mais agitadas. Tem maxilares com incisivos dispostos numa única linha e o corpo cinzento/prateado/esverdeado, com linhas

longitudinais de cor dourada/amarela.

Pesca-se preferencialmente à bóia, em zonas com algas, com uma linha fina - devido à sua visão muito apurada, torna-se bastante desconfiada, tanto em relação ao isco mal colocado como à linha e aos destorcedores. Para isco devem usar-se algas ou tripa de sardinha - no entanto também vão ao ganso, casulo e até à minhoca, bem como ao camarão e ameijoa. Dá uma excelente luta ao pescador quando

ferrada, normalmente exemplares com peso superior a um quilo.

A salema logo que for pescada deve ser "sangrada" - um corte de cada lado do peixe junto à barbatana caudal e amanhada de imediato, retirando-se totalmente a pele negra que reveste o interior da barriga e lavando-se bem com água do mar - assim se evitará o mau sabor característico (usualmente descrito como sabor a lodo). Antes de ser cozinhada, deve esfregar-se o interior do peixe com sumo de limão e

deixar estar algum tempo. No Verão a carne da salema pode ser tóxica, caso se tenha alimentado da alga caulerpa prolífera.

Tamanho máximo registado - 41 cm Peso - 2 kgs

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SALMONETE Stripped Red Mullet/Rouget

Medida mínima de Lei: 15cm

Mullus surmuletus

Aquele peixe que não se farta de vasculhar a areia e que levanta uma névoa à sua volta é habitualmente o salmonete. Este escavador incansável acaba assim involuntariamente por alimentar diversos outros peixes oportunistas. Há duas espécies de salmonetes em Portugal, o Mullus surmuletus e M. barbatus.

Neste artigo incidiremos especialmente sobre o primeiro. Este peixe da família Mullidae é facilmente identificado pelo seu par de barbilhos. Estes longos barbilhos (maiores que as barbatanas peitorais) têm funções tácteis e de determinação do sabor. O corpo é longitudinal, a cabeça é aplanada e tem grandes escamas. Tem habitualmente 20 a 25cm, mas pode atingir 40 cm aos 10 anos de idade (1 kg) e habita os fundos rochosos, arenosos e lodosos desde os 2 até aos 80 metros de profundidade. Estão presentes

preferencialmente na interface entre a rocha e areia. Curiosamente, a coloração deste inofensivo peixe varia conforme a actividade. Durante o dia quando está inactivo ou durante a noite, a sua coloração passa dos tons laranja, amarelo e castanho para uma camuflagem pouco conspícua. O salmonete, com nome científico Mullus surmuletus, pode ser facilmente confundido com o seu primo chegado M. barbatus. A forma mais simples de os distinguir é através das faixas que os M. surmuletus possuem na barbatana dorsal. Outros peixes da família Triglidae, como o Trigloporus lastoviza e Trigla lucerna, também podem ser confundidos com o salmonete, dada a sua semelhança corporal. No entanto, a presença de extensas barbatanas peitorais e a ausência de barbilhos são características que facilmente ajudam a distinção. O salmonete distribui-se em volta do continente europeu desde o Canal da Mancha (embora ocasionalmente apareça no Mar do Norte) até ao Senegal. Está também presente no Mediterrâneo e Mar Negro e nos arquipélagos da Macaronésia (Açores, Madeira e Canárias). Em termos gerais distribui-se no

Atlântico Este desde os 55ºN aos 14ºN. Reproduz-se entre Maio e Julho no Atlântico, incluindo Canal da Mancha e os Açores, e entre Março e Julho no Mediterrâneo. Estas diferenças parecem estar relacionadas com a diferença na temperatura das águas

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destas regiões. Os ovos são pelágicos (ou seja, encontram-se livres na coluna de água) e têm de 0.8 a 0.9mm. Os ovos eclodem 3 a 4 dias depois de ser libertados na coluna de água. Enquanto escavam o fundo à procura de alimento, os salmonetes acabam por levantar plumas de areia

que atraem outros peixes que assim se aproveitam para predar pequenos invertebrados que são projectados na coluna de água. Entre estes oportunistas contam-se as rainhas (Thalassoma pavo), os peixes-rei (Coris julis), os peixes-balão (Sphoeroides marmoratus), os sargos (Diplodus spp.) e as solhas (Bothus podas). Voltando à alimentação: os salmonetes inserem a cabeça na areia, fazendo grandes buracos, e sugam alguma areia para a boca, depois filtram os animais que interessam para a sua alimentação e, finalmente, libertam a restante areia. O par de barbilhos também é utilizado para identificar as presas enterradas na areia. A alimentação consiste em organismos bênticos o que inclui pequenos crustáceos (como camarões e anfipodes), poliquetas, moluscos e peixes. Muitas vezes, estes animais são observados em paralelo filtrando áreas com alguma dimensão. Em todo o continente Europeu este peixe é muito apreciado pelo seu sabor. Tal como o sargo, o

salmonete açoreano tem um sabor menos interessante. É um dos poucos peixes que podemos comer sem preocupações ambientais exacerbadas, visto que esta é uma das poucas espécies que não está em perigo.

Apesar disso dada a facilidade de captura, a caça do salmonete não é muito interessante pelo que a sua captura não é considerado um troféu. Em alguns locais do globo este peixe é alvo de pesca desportiva à linha. A lei nacional indica como tamanho mínimo de captura os indivíduos com mais de 11 centímetros. Este

valor é manifestamente insuficiente para proteger a primeira reprodução que acontece aos dois anos de idade (entre os 15,5 e 17 cm). O pescador consciente não deve capturar os animais com comprimentos inferiores a 18 cm. Neste caso, o regulamento de caça da Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas é adequado e precaucionário contabilizando apenas as presas com pesos superiores a 400g. É um peixe que vive em fundos arenosos, e permanece praticamente inactivo durante o dia para se alimentar à noite . Detecta as suas presas, que vivem na areia, com os barbilhos que possui junto à boca. Pesca-se ao fundo, utilizando como isco preferencialmente os vermes anelídeos (minhoca, ganso, coreano

ou casulo). A sua picada é muito suave , muitas vezes imperceptível e não oferece grande resistência durante a recolha. A sua carne é muito saborosa, embora tenha bastantes espinhas, e é relativamente caro no mercado.

TAMANHO MÁXIMO REGISTADO: 40 CM - PESO : 1 KG

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SARGO

Common Seabream/Sar

Medida mínima de Lei: 15cm

Diplodus sargus cadenati

família - sparoidae ordem - perciformes

sargus vulgaris, sargus annularis, sargus rondelet, archosargus probatocephalus, anisotremus, etc

São peixes de corpo oblongo/oval c/ escamas geralmente dentadas, barbatana dorsal c/ uma parte espinhosa e uma parte mole e anal c/ 3 espinhos, céu da boca quase sempre liso e dentição muito completa, com incisivos cortantes (dispostos numa única ordem, truncados nas extremidades)e os dentes posteriores arredondados (molares), inseridos por várias ordens. Os sargos dividem-se em mais de trinta espécies semelhantes, e estão espalhados pelo Mediterrâneo, Atlântico, costa leste dos E.U.A., América do Sul e Mar Vermelho. São peixes essencialmente costeiros, que podem ser encontrados até aos 50

metros de profundidade, preferindo fundos de pedra, coral ou outros que lhes proporcionem frestas e tocas onde se costumam abrigar, sendo normalmente mais activos durante a noite. Alimentam-se de moluscos (que podem arrancar das pedras e triturar c/ os dentes) e crustáceos. O período de reprodução é entre os meses de Janeiro a Março. Extremamente astucioso e desconfiado, nunca vive em cardumes quando adulto, ao contrário dos jovens que vivem em cardumes de pequena dimensão. Quando fisgados

procuram refugiar-se entre as pedras ou em tocas e tentam cortar a linha onde estão presos. Há relatos de sargos com cerca de um metro e dez a doze quilos (parece haver algum exagero nestas descrições,

que acreditamos terem muitas dezenas de anos) - actualmente, e reportando-nos a Portugal, os maiores sargos já capturados nunca excederam os 30/35 cm e os 2 a 3 quilos de peso, tamanho já considerável e invulgar nas nossas costas, onde os maiores exemplares geralmente não ultrapassam 1 a 1,5 quilos ( e um bicho destes é uma festa e não é p/ qualquer um...) Para isco o camarão fresco, caranguejo mole, ameijoa e canivetes, mas também se apanham com a minhoca casulo e ganso e outros... Pesca-se à bóia ou ao fundo. Carne muito saborosa e não explorada comercialmente.

TAMANHO MÁXIMO REGISTADO: 45 CM - PESO : 2,530 KG

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TAINHA

Mullet/Mulet

Medida mínima de Lei: 20cm

mugil cephalus - chelon labrosus - mugil capurrii - mugil bananensis - liza ramada - liza carinata

Família - mugilidae

São várias as espécies de mugilídios/muges abundantes em Portugal (tainha, fataça, negrão, garrento, mogueira, lisa, etc). São caracterizados pela forma da boca (que não se parece com nenhum outro peixe), com dois lábios grossos e retrácteis e por ter os opérculos largos e abaulados e pela fraqueza dos dentes ou pela sua ausência. São peixes essencialmente costeiros, que podem viver na água doce, salobra ou salgada. muito pouco agressivos, praticamente indefesos, sendo vítimas de numerosas espécies vorazes. Com o corpo praticamente cilíndrico coberto de escamas grandes que avançam até à parte de cima da cabeça - o seu estômago lembra o das aves, pois é composto de duas partes rodeadas de

músculos fortes que trituram os alimentos, superando assim a fraqueza ou ausência dos dentes. Embora abundante e vulgar nas costas portuguesas, não é um peixe muito pescado, não só pela dificuldade em si como também pela falta de interesse dos pescadores, devido ao seu nulo interesse gastronómico - porque vivem geralmente em locais fortemente poluídos (que suportam sem grande dificuldade), ficando impregnadas de todas as substâncias, desde o gasóleo e nafta até aos resíduos orgânicos. Exceptuam-se as que são pescadas em mar aberto. No entanto, as tainhas foram já, em tempos passados, uma das

espécies mais pescadas e comercializadas em Portugal. Têm um faro apuradíssimo, por isso são normalmente as primeiras a chegar sempre que se engoda - são difíceis de pescar - costumam "mastigar"

o isco e cuspi-lo. Deve usar-se um anzol pequeno e fio muito fino, à bóia, e como isco a sardinha ou minhoca (a cobrir completamente o anzol). Pode atingir 1 metro de comprimento e até cinco quilos.

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XARROCO - CHARROCO - ENCHARROCO

Lusitanian Toadfish

Halobatrachus didactylus

Família: Batrachoididae

Um peixe impressionante o xarroco e um predador temível. Com "cara de poucos amigos", vive entre os 10 e os 50 metros de profundidade, passando grande parte do tempo semi-enterrado no fundo, na areia

ou lama, ou debaixo de pedras, à espera que as presas passem ao seu alcance para num ápice as engolir

com a sua bocarra enorme, com dentes fortes, o maxilar inferior é proeminente, com expansões cutâneas, o que lhe permite engolir presas muito grandes.

Tem hábitos solitários, é sedentário e alimenta-se basicamente de peixes, crustáceos e moluscos, embora não enjeite os vermes.

Com uma cabeça maciça e completamente desproporcionada em relação ao corpo, os olhos colocados lateralmente e chegados ao topo da cabeça, a sua cor pode variar entre o castanho avermelhado e o verde, muitas vezes às manchas - tem o corpo coberto por uma substância viscosa, que é tóxica, e o seu aspecto faz lembrar um tamboril, ainda que nada tenha a ver com este.

Contrariamente ao que se pensa, a presença do xarroco indica água de boa qualidade, pois não tem grande resistência a águas poluídas.

É normalmente pescado de forma acidental, quando o pescador está direccionado para outras espécies, pois vive na mesma área, e quase nunca traz satisfação a quem o captura, É bastante comum nos estuários dos Rios Sado e Tejo e os poucos pescadores que o aproveitam fazem-no normalmente em

caldeiradas ou sopa de peixe.

Tamanho máximo registado: 55 cm

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Palmeta, Facaio Trachinotus Ovatus

Nomes Comuns Palmeta, Facaio

Distribuição Podem ser encontradas por toda a costa Portuguesa. Em maiores quantidades na região Sul (Alentejo

e Algarve) e nas ilhas (Madeira, Porto Santo, e Açores)

Hábitos Andam normalmente em cardume por vezes muito numerosos, em locais de baixa profundidade e

com águas claras.

Grande parte das vezes podem ser capturadas a pescar muito perto.

Acompanham a escoa das ondas e nadam pelos canais existentes ao longo das praias.

Iscos preferidos/mais efectivos Sardinha, Camarão, Minhoca

Técnicas de pesca Montagens de três anzóis com estralhos longos e flutuadores são a melhor técnica para a sua captura.

Procurar lançar para os canais que existem ao longo das praias.

Curiosidades Podem crescer até cerca de 70 cms, podendo atingir cerca de 2,800 kgs.

São peixes muito combativos.

São mais activos em dias de sol.

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Sargo-alcorraz (Diplodus annularis) - Mucharra

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alcorraz (Diplodus annularis)

Nome: Sargo-alcorraz

Nome Científico: Diplodus annularis (Linnaeus, 1758)

Família: Sparidae

Grupo: Peixes Ósseos

Classe: Peixes

Tamanho: 26-50 cm.

O sargo-alcorraz é uma espécie típica do litoral, principalmente de pradarias de plantas marinhas. Os

juvenis vivem em grupos, ao contrário dos adultos que são observados aos pares. Da sua alimentação

fazem parte crustáceos, moluscos, equinodermes e hidrozoários, que vivem sobre o fundo. Esta

espécie é hermafrodita, pois alguns indivíduos machos podem transformar-se em fêmeas.

Alguns Dados Retirados dos Sites: - KATEMBE

- OCEANÁRIO